UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA ELIZABETH …
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
ELIZABETH LEHMKUHL
STHEFANY DOS SANTOS ABREU
ANÁLISE DE ESTABILIDADE DE TALUDE
ESTUDO DE CASO: TALUDE DA NSCTV – COMUNICAÇÃO
(FLORIANÓPOLIS/SC)
Palhoça
2021
ELIZABETH LEHMKUHL
STHEFANY DOS SANTOS ABREU
ANÁLISE DE ESTABILIDADE DE TALUDE
ESTUDO DE CASO: TALUDE DA NSCTV – COMUNICAÇÃO
(FLORIANÓPOLIS/SC)
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado ao Curso de Engenharia Civil
da Universidade do Sul de Santa Catarina
como requisito parcial à obtenção do título
de Bacharel.
Orientadora: Profª. Fernanda Soares de Souza Oliveira, Msc.
Palhoça
2021
ELIZABETH LEHMKUHL
STHEFANY DOS SANTOS ABREU
ANÁLISE DE ESTABILIDADE DE TALUDE.
ESTUDO DE CASO: TALUDE DA NSCTV–COMUNICAÇÃO
(FLORIANÓPOLIS/SC).
Este Trabalho de Conclusão de
Curso foi julgado adequado à obtenção do
título de Bacharel e aprovado em sua
forma final pelo Curso de Engenharia Civil
da Universidade do Sul de Santa Catarina.
Palhoça, 08 de junho de 2021.
______________________________________________________ Professora e orientadora Fernanda Soares de Souza Oliveira, Msc.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________ Prof. Huri Alexandre Raimundo, Msc.
Universidade do Sul de Santa Catarina
______________________________________________________ Miryan Yumi Sakamoto
Engenheira Civil
Dedicamos à Deus; sem ele nós não
teríamos capacidade para desenvolver
este trabalho; e não há exemplo maior de
dedicação do que o das nossas famílias.
Às nossas queridas famílias, que tanto
admiramos, dedicamos o resultado do
esforço realizado ao longo deste percurso.
AGRADECIMENTOS
Agradeço à Deus, por ter me dado a vida, pois sem ele, eu não seria quem sou
hoje;
À meus pais e meu irmão, por todo incentivo, carinho, compreensão, ajuda e
amparo em todos esses anos de vida acadêmica;
À professora e mestre Fernanda Soares de Souza Oliveira, por disponibilizar o
material necessário para produção deste trabalho acadêmico e pelo ótimo
desempenho como orientadora, sempre auxiliando em nossas dúvidas e dificuldades;
Ao professor e mestre Huri Alexandre Raimundo e à engenheira civil Miryan
Yumi Sakamoto, por terem aceito o convite, fazendo parte da banca examinadora,
contribuindo com nosso aprendizado;
Ao meu noivo Rodrigo Hames, por compreender todos os momentos que não
pude estar junto dele aos finais de semana e por sempre me incentivar a crescer na
vida profissional e pessoal;
À engenheira civil Maria Olga Rodrigues Martins, que me serviu de inspiração
a seguir a carreira de engenheira civil desde a infância;
À Universidade do Sul de Santa Catarina por disponibilizar a estrutura
indispensável do Laboratório de Engenharia Civil (LEC) para execução dos ensaios
de laboratório e dispor de seus funcionários para elaboração e desenvolvimento dos
mesmos;
À minha amiga Sthefany dos Santos Abreu, por me acompanhar nesse período
na qual passamos por muitos eventos e que fez toda a diferença tê-la ao meu lado;
E a todos os demais que de alguma forma me ajudaram, tanto direta ou
indiretamente em todo o meu percurso de formação acadêmica.
Elizabeth Lehmkuhl
AGRADECIMENTOS
Obrigada, meu Deus, pois sei que nos momentos mais difíceis, me carregou no
colo. Gratidão por ter abençoado e iluminado meu caminho. A fé no Senhor, me ajudou
a lutar até o fim.
Agradeço aos meus pais, Solange dos Santos Abreu e Flávio Pedro de Abreu,
guerreiros que me deram apoio e incentivo nas horas difíceis. Sem o suor de vocês
nada disso seria possível.
Ao amor da minha vida, "meu tchan", Renato Luís Casarin, que independente
do meu humor, ficou ao meu lado, me apoiando e me auxiliando. Obrigada por sempre
me acalmar, mesmo quando estava distante.
A professora e mestre, Fernanda Soares de Souza Oliveira, responsável pela
orientação desse trabalho, por todo carinho e atenção.
Agradeço ao professor e mestre Huri Alexandre Raimundo e a engenheira civil
Miryan Yumi Sakamoto pelo interesse e disponibilidade em participar da banca
examinadora.
Agradeço a todos os professores que fizeram parte da minha jornada
acadêmica. Obrigada pela dedicação.
À Universidade do Sul de Santa Catarina e aos funcionários do laboratório de
engenharia civil.
À minha amiga Elizabeth Lehmkuhl, por todo apoio ao longo da nossa jornada.
Obrigada por toda força e cumplicidade.
À todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu
muito obrigado.
Sthefany dos Santos Abreu
“O segredo da criatividade está em dormir bem e abrir a mente às
possibilidades infinitas. O que é um homem sem sonhos?” Albert Einstein
RESUMO
Este trabalho analisa a estabilidade de um talude localizado na NSCTV Comunicações
situado no Morro da Cruz em Florianópolis/SC. No decorrer deste processo foi
estudado o local a partir de 8 (oito) ensaios SPT, coletada 1 (uma) amostra de solo
indeformado e 1 (uma) amostra de solo deformado para realização de ensaios em
laboratório, como limite de plasticidade, limite de liquidez, granulometria com ensaio
de sedimentação, cisalhamento direto e índices físicos. A verificação da estabilidade
do talude foi executada pelo método de Bishop Simplificado a partir da assistência do
software Slide da Rocscience (2010) no qual foram estabelecidos os dados dos solos
que caracterizam o talude analisado, representando algumas situações, como as
variações do nível de água com a finalidade de alcançar um fator de segurança
representativo. Com base nessa análise concluiu-se que este talude apresenta
estabilidade suficiente para a segurança do local, dando o menor FS (Fator de
Segurança) de 1,911.
Palavras-chave: Estabilidade. Fator de Segurança. Talude.
ABSTRACT
This work analyzes the stability of a slope located at NSCTV Comunicações situated
in Morro da Cruz in Florianópolis / SC. During this process, the site was studied from
8 (eight) Standard Penetration Test, collected 1 (one) sample of undisturbed soil and
1 (one) samples of deformed soil to perform laboratory tests, such as plasticity limit,
liquidity limit, granulometric analysis with sedimentation test, direct shear and physical
indexes. The verification of the stability of the slope was performed by the Bishop
Simplified method using the assistance of the Slide software from Rocscience (2010)
in which the data of the soils that characterize the analyzed slope were established,
representing some situations, such as variations in the water level in order to achieve
a representative safety factor. Based on this analysis, it was concluded that this
embankment has sufficient stability for the safety of the site, giving the smallest FS
(Safety Factor) of 1.911.
Keywords: Stability. Safety Factor. Slope.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - O ciclo das rochas ..................................................................................... 21
Figura 2 – Principais camadas ou horizontes do solo. .............................................. 23
Figura 3 - Diagramas de tensão-deformação. ........................................................... 25
Figura 4 – Talude. ..................................................................................................... 27
Figura 5 - Resultados de análise probabilística de estabilidade de taludes. ............. 28
Figura 6 - Massa de solo dividida em fatias .............................................................. 30
Figura 7 - Fatia de solo analisada individualmente ................................................... 30
Figura 8 - Fatia de Bishop ......................................................................................... 32
Figura 9 - Drenagem superficial e os dispositivos utilizados no sistema ................... 35
Figura 10 - Sistema de drenagem profunda .............................................................. 36
Figura 11 - Retaludamento de corte. ......................................................................... 38
Figura 12 - Seção transversal de um solo grampeado com grampos de diferentes
comprimentos ............................................................................................................ 39
Figura 13 – Tipos de muros de arrimo....................................................................... 41
Figura 14 - Seção transversal de Crib-Wall ............................................................... 42
Figura 15 – Exemplo de curvas granulométricas ...................................................... 44
Figura 16 – Frasco de sedimentação ........................................................................ 45
Figura 17 – Sistema representando as três fases ..................................................... 46
Figura 18 – Demonstração das três fases separadas de um determinado solo. ....... 47
Figura 19 – Perspectiva do aparelho de Casagrande. .............................................. 51
Figura 20 – Amostra do solo antes do ensaio de limite de liquidez. .......................... 52
Figura 21 – Amostra do solo depois do ensaio de limite de liquidez. ........................ 52
Figura 22 – Curva de fluidez ..................................................................................... 53
Figura 23 – Ensaio de limite de plasticidade. ............................................................ 53
Figura 24 - Componentes básicos de uma caixa de cisalhamento ........................... 55
Figura 25 – Gráficos obtidos através do ensaio de cisalhamento. ............................ 56
Figura 26 - Ilustração do atrito entre dois corpos ...................................................... 57
Figura 27 – Fluxograma do processo de análise. ...................................................... 60
Figura 28 - Localização do município em relação ao país......................................... 61
Figura 29 – Localização da NSC Comunicações. ..................................................... 62
Figura 30 - Localização do talude – Vista superior .................................................... 63
Figura 31 – Vista lateral do talude. ............................................................................ 63
Figura 32 – Localização dos furos e da extração da amostra no terreno .................. 65
Figura 33 – Perfil Geotécnico 1 ................................................................................. 66
Figura 34 – Talude. ................................................................................................... 67
Figura 35 - Perfil geotécnico 2. .................................................................................. 68
Figura 36 – Perfil geotécnico 3. ................................................................................. 68
Figura 37 – Coleta da amostra deformada. ............................................................... 69
Figura 38 - Coleta da amostra indeformada .............................................................. 70
Figura 39 - Etapas da preparação de amostras ........................................................ 71
Figura 40 - Etapas do peneiramento. ........................................................................ 72
Figura 41 - Etapas do ensaio de sedimentação. ....................................................... 73
Figura 42 - Etapas do ensaio de sedimentação (continuação 1). .............................. 74
Figura 43 - Etapas do ensaio de sedimentação (continuação 2). .............................. 75
Figura 44 - Demonstração do ensaio de densidade real dos grãos. ......................... 76
Figura 45 - Demonstração do ensaio de densidade real dos grãos (continuação). ... 77
Figura 46 - Etapas do ensaio de limite de liquidez. ................................................... 78
Figura 47 - Etapas do ensaio de limite de liquidez (continuação). ............................ 79
Figura 48 – Comparação da amostra. ....................................................................... 80
Figura 49 – Etapas do ensaio de Cisalhamento Direto. ............................................ 80
Figura 50 - Etapas do ensaio de Cisalhamento Direto (continuação). ...................... 81
Figura 51 – Perfil geotécnico. .................................................................................... 86
Figura 52 - Seção longitudinal do talude. .................................................................. 90
Figura 53 – Perfil pela proposta de Alonso para a coesão e ângulo de atrito. .......... 91
Figura 54 - Perfil pela proposta de Alonso para a coesão e ângulo de atrito para todas
as camadas. .............................................................................................................. 93
Figura 55 – Perfil pela proposta de Teixeira e Godoy para a coesão e a proposta de
Teixeira para o ângulo de atrito. ................................................................................ 94
Figura 56 – Perfil pela proposta de Teixeira e Godoy para a coesão e a proposta de
Godoy para o ângulo de atrito. .................................................................................. 95
Figura 57 – Perfil com nível da água a 0,50 metros da superfície. ............................ 97
Figura 58 – Perfil com nível da água a 0,25 metros da superfície. ............................ 98
Figura 59 - Perfil com nível da água a 1,25 metros da superfície. ............................ 99
Figura 60 - Perfil com nível da água a 2,50 metros da superfície. ............................ 99
Figura 61 - Perfil com nível da água na superfície do terreno. ................................ 100
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 – Resultado da curva de distribuição granulométrica ................................ 81
Gráfico 2 – Resultado do ensaio de cisalhamento direto. ......................................... 82
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Tipos de movimentos gravitacionais. ....................................................... 25
Tabela 2 - Condições de equilíbrio e superfície de ruptura ....................................... 31
Tabela 3 – Nível de segurança desejado contra perda de vidas humanas. .............. 33
Tabela 4 - Nível de segurança desejado contra perdas materiais e ambientais ....... 34
Tabela 5 – Fatores de segurança mínimos. .............................................................. 34
Tabela 6 - Tipos de geossintéticos e suas principais aplicações. ............................. 37
Tabela 7 – Resultado do ensaio de cisalhamento direto ........................................... 82
Tabela 8 – Resumo dos resultados dos ensaios realizados. ..................................... 83
Tabela 9 - Estado de compacidade e consistência de um solo. ................................ 85
Tabela 10 - Peso específico de solos argiloso. ......................................................... 85
Tabela 11 - Peso específico de solos arenosos. ....................................................... 86
Tabela 12 - Determinação da coesão dos solos conforme SPT. ............................... 87
Tabela 13 - Propostas de correlações entre SPT e coesão, segundo Alonso e Teixeira
e Godoy. .................................................................................................................... 88
Tabela 14 – Correlação entre SPT e ângulo de atrito, segundo Alonso. ................... 89
Tabela 15 - Propostas de correlação entre SPT e ângulo de atrito segundo Alonso,
Teixeira e Godoy. ...................................................................................................... 89
Tabela 16 - Propostas de correlação entre SPT e coesão. ....................................... 92
Tabela 17 - Propostas de correlação entre SPT e ângulo de atrito. .......................... 92
Tabela 18 – Análise do FS e dos parâmetros dos solos. .......................................... 96
Tabela 19 – Parâmetros dos solos utilizados nas análises de estabilidade. ............. 96
Tabela 20 – Verificação do fator de segurança de acordo com o nível de água. .... 100
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 16
1.1 TEMA 16
1.1.1 Justificativa ................................................................................................... 17
1.2 OBJETIVOS....................................................................................................... 17
1.2.1 Objetivo Geral ................................................................................................ 17
1.2.2 Objetivos Específicos ................................................................................... 17
1.3 METODOLOGIA ................................................................................................ 17
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO .......................................................................... 18
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ............................................................................ 19
2.1 SOLO 19
2.1.1 Formação do Solo ......................................................................................... 19
2.1.1.1 Classificação dos solos segundo sua origem ............................................... 20
2.1.1.2 Classificação pedológica e geológica do solo ............................................... 22
2.2 RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS ......................................... 23
2.2.1 Mecanismos de Deformação ........................................................................ 24
2.2.1.1 Tensões no Solo ........................................................................................... 24
2.2.1.2 Relação Tensão-Deformação ....................................................................... 24
2.3 MOVIMENTOS DE MASSA GRAVITACIONAIS ............................................... 25
2.3.1 Classificação dos Movimentos de Massa Gravitacionais ......................... 25
2.4 ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES ...................................................................... 27
2.4.1 Tipos de Análises de Estabilidade............................................................... 28
2.4.1.1 Análises Probabilísticas ................................................................................ 28
2.4.1.2 Determinística ............................................................................................... 29
2.4.1.3 Método Comum das Fatias ........................................................................... 29
2.4.1.4 Método de Bishop Simplificado ..................................................................... 31
2.4.2 Fator De Segurança ...................................................................................... 33
2.4.3 Obras de Estabilização de Taludes ............................................................. 34
2.4.3.1 Drenagem ..................................................................................................... 34
2.4.3.2 Geossintéticos .............................................................................................. 36
2.4.3.3 Retaludamento ............................................................................................. 37
2.4.3.4 Solo Grampeado ........................................................................................... 39
2.4.3.5 Cortina Atirantada ......................................................................................... 40
2.4.3.6 Muro de Arrimo ............................................................................................. 40
2.4.3.7 Gabiões ........................................................................................................ 41
2.4.3.8 Muros Crib Walls .......................................................................................... 42
2.5 ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO FÍSICA ...................................................... 43
2.5.1 Preparação da Amostra ................................................................................ 43
2.5.2 Análise granulométrica ................................................................................. 43
2.5.2.1 Ensaio de sedimentação ............................................................................... 45
2.5.3 Índices Físicos............................................................................................... 46
2.5.3.1 Teor de Umidade .......................................................................................... 47
2.5.3.2 Peso específico aparente ............................................................................. 48
2.5.3.3 Peso especifico aparente de um solo seco ................................................... 48
2.5.3.4 Índice de vazios ............................................................................................ 48
2.5.3.5 Porosidade .................................................................................................... 48
2.5.3.6 Grau de Saturação........................................................................................ 49
2.5.3.7 Peso específico de um solo saturado ........................................................... 49
2.5.3.8 Peso especifico de um solo submerso.......................................................... 49
2.5.3.9 Determinação da densidade real .................................................................. 49
2.5.4 Limite de liquidez .......................................................................................... 50
2.5.5 Limite de plasticidade ................................................................................... 53
2.6 ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA ............................................... 54
2.6.1 Ensaio de Cisalhamento Direto.................................................................... 54
2.6.1.1 Ângulo de atrito e coesão ............................................................................. 56
2.6.2 Standart Penetration Test – SPT .................................................................. 57
3 METODOLOGIA ............................................................................................... 59
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ................................................. 61
4.1 CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO .................................................................... 61
4.1.1 Definição do talude a ser analisado ............................................................ 62
5 ENSAIOS REALIZADOS.................................................................................. 64
5.1 SONDAGEM E ENSAIOS SPT .......................................................................... 64
5.1.1 Perfil do Solo ................................................................................................. 69
5.2 COLETA DE AMOSTRAS DEFORMADAS E INDEFORMADAS ...................... 69
5.2.1 Coleta de amostra deformada ...................................................................... 69
5.2.2 Coleta de amostra indeformada ................................................................... 69
5.3 ENSAIOS DE CARATERIZAÇÃO FÍSICA ......................................................... 70
5.3.1 Preparação da amostra deformada ............................................................. 70
5.3.2 Análise granulométrica com sedimentação ............................................... 71
5.3.3 Ensaio de densidade real dos grãos ........................................................... 75
5.3.4 Ensaio de determinação do limite de liquidez ............................................ 78
5.3.5 Ensaio de determinação do limite de plasticidade ..................................... 79
5.4 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA ................................................. 80
5.4.1 Ensaio de cisalhamento direto..................................................................... 80
5.5 RESULTADOS DOS ENSAIOS ......................................................................... 81
6 ANÁLISE DE ESTABILIDADE ......................................................................... 84
6.1 FATOR DE SEGURANÇA ADMISSÍVEL........................................................... 84
6.2 PARÂMETROS UTILIZADOS ............................................................................ 84
6.3 ANÁLISE DA ESTABILIDADE DO TALUDE...................................................... 97
6.4 ANÁLISE DO NÍVEL DE ÁGUA ......................................................................... 97
7 CONCLUSÃO ................................................................................................. 101
7.1 CONCLUSÃO .................................................................................................. 101
7.2 SUGESTÃO PARA TRABALHO FUTURO ...................................................... 102
REFERÊNCIAS ....................................................................................................... 103
ANEXOS ................................................................................................................. 108
ANEXO A – Resultado dos Ensaios de Caracterização Física e Mecânica ...... 109
ANEXO B – Projeto Geotécnico – Planialtimétrico – Localização dos SPT ..... 116
ANEXO C – Sondagem do Solo - Ensaios SPT ................................................... 118
16
1 INTRODUÇÃO
Taludes são superfícies inclinadas que limitam um maciço de solo, rocha ou de
solo e rocha. Podendo ser naturais ou artificiais.
O estudo da análise de estabilidade de talude tem por objetivo prevenir
catástrofes causadas por erosões, escorregamentos, inclinações irregulares.
Um fenômeno que a população brasileira vem enfrentando frequentemente, é
a instabilidade de talude. Em épocas chuvosas e em regiões tropicais, o índice
pluviométrico é elevado, e são nesses períodos que as encostas ficam sujeitas a
escorregamentos, levando a enormes perdas.
De acordo com Reis (2010), a sedimentação do maciço para ocorrer a ruptura
do talude, é dada por fatores como a geometria, interfaces litológicas, ações
antrópicas, posição do nível d’agua e a presença de vegetação. Por esse motivo, o
estudo e cálculo da estabilidade de talude é de máxima importância.
Existem várias técnicas para estabilizar um talude, como: drenagem da água
subterrânea, obras de contenção e mudança na sua geometria, sendo pela redução
de altura ou de ângulo do maciço. Para Caputo (2015), o talude é denominado como
uma massa de solo submetida à três forças: peso, escoamento da água e resistência
ao cisalhamento. A forma mais simplificada de reduzir o peso, é a de reduzir o ângulo
de inclinação.
Segundo Mota (2014), é de extrema importância a interação da Geologia e a
Geotecnia, pois os estudos da estabilidade do talude estão relacionados com as
propriedades dos materiais e agentes perturbadores.
1.1 TEMA
Análise de estabilidade do talude localizado nas dependências da NSC
Comunicações, no município de Florianópolis/SC, utilizando os métodos
determinísticos e sensibilidade de parâmetros.
17
1.1.1 Justificativa
É importante estudar e analisar a estabilidade de talude, juntamente com seu
ângulo de inclinação e características, para definir qual método é apropriado para
fornecer maior segurança. Escolheu-se este local de estudo de caso para aplicação
da teoria por facilidade de levantamento topográfico e coleta de amostras.
1.2 OBJETIVOS
1.2.1 Objetivo Geral
Analisar a estabilidade de talude na NSCTV Comunicações localizado no Morro
da Cruz em Florianópolis/SC.
1.2.2 Objetivos Específicos
• Pesquisar os conceitos referentes à estabilidade de taludes;
• Reunir informações do talude.
• Análise do perfil do solo a partir dos ensaios de SPT;
• Coletar dados in loco;
• Executar ensaios de caracterização física e mecânica e,
• Realizar a análise de estabilidade do talude.
1.3 METODOLOGIA
O estudo realizado utiliza uma pesquisa explicativa de análise qualitativa a
partir de pesquisas bibliográficas, tendo por objetivo prover um maior conhecimento
sobre taludes, tanto estabilização, como métodos existentes para contenção.
Gil (2002) afirma que a análise qualitativa depende de alguns fatores, como a
natureza dos dados coletados, extensão da amostra, instrumentos de pesquisa e a
teoria, ou seja, é uma sequência de atividades, envolvendo redução de dados,
categorização dos dados, interpretação dos dados e o resultado.
18
De acordo com Cervo e Bervian (1996), a pesquisa tem como metodologia
racional e sistemática, com a intenção de alcançar as respostas para os problemas
nos trabalhos investigados.
Será apresentada a metodologia utilizada para análise de estabilidade do
talude, onde serão explicadas todas as etapas, citando a pesquisa teórica, a área de
realização dos estudos, fonte de dados do talude e as propriedades do material que o
forma.
1.4 ESTRUTURA DO TRABALHO
O presente trabalho é composto de sete capítulos, estes são:
O capítulo um equivale à introdução, diferenciando as principais razões do
estudo da estabilização de taludes, os principais objetivos deste, e a metodologia
utilizada para confecção da análise.
O capítulo dois corresponde à revisão bibliográfica, que orienta esse estudo e
compreende os muitos conceitos relacionados a taludes, como o solo e sua formação;
a resistência ao cisalhamento do solo e seus mecanismos de deformação; a definição
e classificação dos movimentos de massas e as tensões que atuam nessa
movimentação; a teoria sobre estabilização de taludes, juntamente com seus tipos de
análise, fator de segurança e obras de estabilização de taludes; os ensaios de
caracterização física e mecânica que foram realizados com a amostra do solo no
talude em análise.
No capítulo três é exposta a metodologia utilizada para a realização deste
estudo de caso.
No capítulo quatro é apresentado as informações do local de estudo, com as
características gerais da região e do talude a ser analisado.
O capítulo cinco exibe a coleta e os resultados dos ensaios realizados para o
estudo de caso, como SPT e os de caracterização física e mecânica.
O capítulo seis demonstra os parâmetros utilizados para as análises de
estabilidade do talude realizadas através do software Slide.
No capítulo sete, é apresentada a conclusão de todos os objetivos que foram
realizados para a realização deste trabalho.
19
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo são apresentadas descrições sobre parâmetros e ensaios
laboratoriais necessários para análise de um talude de terra, como o solo e sua
formação; resistência a cisalhamento dos solos e a relação tensão-deformação;
movimento de massas gravitacionais; estabilização de taludes, com seus tipos de
análises e reforços de maciços; e os ensaios de caracterização física e mecânica dos
solos. Tudo isto está presente de maneira a fundamentar este Trabalho de Conclusão
de Curso (TCC).
2.1 SOLO
Knappett e Craig (2014) citam que solo é cada combinação de partículas
minerais soltas ou fracamente unidas, formada pela decomposição de rochas como
parte do ciclo pertencente a elas, tratando-se do espaço vazio entre as partículas
ocupadas por água e/ou ar. As frágeis ligações podem ser resultadas por óxido ou
óxidos depositados por matéria orgânica ou entre as partículas.
Vargas (1977) descreve que solo é cada elemento da crosta terrestre que não
apresenta resistência impraticável á escavação mecânica e que quando em longo
contato com a água, deixa de existir toda sua resistência; sendo então a rocha, o
material que necessite de explosivos para sua decomposição.
2.1.1 Formação do Solo
Knappett e Craig (2014) explicam que deve-se procurar informações sobre a
história geológica da região pois o perfil de solo pode ser um conjunto de solos e
rochas, característicos de depósitos aceitáveis, composto por centenas de milhões de
anos no período geológico.
Caputo (2015) declara que é pela ação das intempéries na rocha, que o solo
tem origem. Essas intempéries podem ser decomposição química ou desintegração
mecânica:
20
a) Físico e mecânico
Esse tipo de intemperismo permite uma expansão na superfície das partículas
minerais, sem alterar a composição cristalina (ANTUNES; SALOMÃO, 1998).
Caputo (2015) cita que as causas naturais para a desintegração física e
mecânica são: temperatura, vento, água e vegetação. Formando os siltes,
pedregulhos, areias e argilas (apenas em situações específicas).
b) Químico
Compreende-se a maneira que há transformação mineralógica ou química da
rocha de origem. A água é a principal responsável, e os mais importantes meios de
corrosão são a hidratação, efeitos químicos da vegetação, oxidação e carbonatação
(CAPUTO, 2015).
2.1.1.1 Classificação dos solos segundo sua origem
Vargas (1977) afirma que para classificar o solo segundo sua origem, deve se
considerar unicamente a constituição inicial dos solos. Contudo, essa classificação
segue ao menos cinco elementos: a topografia da região, o clima da região; os
processos orgânicos, a natureza da rocha madre e o agente intempérico de
transporte.
Assim, cada circunstância particular de um determinado meio ambiente terá
validade restrita em toda classificação genética.
FONTES e PASTORE, (1998, p. 197) descrevem a classificação genética
como:
[...] corresponde à interpretação da gênese do solo, com base na análise tátil-
visual, já apresentada, e em observações de campo acerca da forma de
ocorrência (morfologia) e das relações estratigráficas com outras ocorrências
(outros solos ou rochas), interpretando-se os processos responsáveis pela
gênese e, eventualmente, a rocha de origem.
21
Tornando assim, um método de análise que resulta em uma determinação
sucinta que exige cautela pois essa classificação demanda escolher um sistema com
características específicas e provável desempenho (FONTES; PASTORE, 1998)
Na Figura 1, é apresentado o ciclo das rochas, sendo nos processos físicos ou
químicos que se dá origem ao solo.
Figura 1 - O ciclo das rochas
Fonte: Knappett e Craig (2014, p. 3).
Vargas (1977) explica que sobre o mesmo perfil, podem atuar vários processos
de formação, assim se leva em consideração o último processo geológico do perfil,
deixando os anteriores como secundários. São classificados em solo transportados,
orgânicos e residuais.
O solo transportado descende de materiais que toleraram deslocamento pela
ação do vento, da água ou gravidade. Esses solos podem ser bons materiais para
obras na construção civil, mas também poder ser problema em fundações encostas
naturais e estabilidades de talude de corte (FONTES, PASTORE, 1998; Vargas,
1977).
22
Solos orgânicos se formam pela introdução de matéria orgânica em depósitos
existentes ou pela alteração carbonífera de substâncias de derivação vegetal inclusa
no material sedimentado (VARGAS, 1977).
Solos residuais surgem quando são expostos às intempéries e permanecem no
local de origem da rocha, formando uma transição gradual da rocha até a superfície
(CAPUTO, 2015).
2.1.1.2 Classificação pedológica e geológica do solo
A ciência que tem o objetivo de estudar as camas superficiais terrestres é
conhecida como pedologia, que leva em conta sua classificação e formação,
juntamente com a ação dos agentes climatológicos. A origem dessa ciência se deve
a um conjunto de geólogos e agrônomos, principalmente, por ser de maior relevância
para a Agronomia (CAPUTO, 2015).
Segundo essa ciência, a formação de um solo ns está em função de algumas
variáveis: rocha de origem (nr), do clima (ncl), do tempo (nt), da ação dos organismos
vivos (no) e da fisiografia (nf), sendo então como na equação 1:
ns = f(nr, ncl, nt, no, nf) (1)
Conforme Antunes e Salomão, (1998), os horizontes que compõem os perfis
de solo, quando refletem a ação da pedogênese, são denominados horizontes
pedogenéticos; quando não refletem esta ação, convém denominá-los de camadas. A
Figura 2 apresentada a seguir, demonstra os principais horizontes de solo em forma
de camadas (por não refletirem a ação da pedogênese):
23
Figura 2 – Principais camadas ou horizontes do solo.
Fonte: Pena (2020).
Horizonte O: camada composta por materiais orgânicos de origem vegetal e
animal, desimpedida de drenagem;
Horizonte A: Camada superficial ou situada abaixo do horizonte O, composta
por materiais oriundos da rocha mãe e de outras áreas; podem exibir coloração mais
escuro por apresentar traços do horizonte O;
Horizonte B: camada localizada abaixo do horizonte A, é conhecida como de
grande importância no contraste das classes de solo;
Horizonte C: camada profunda pouco deteriorada e com muitos fragmentos da
rocha sã, localizada logo acima do horizonte R;
Horizonte R: camada com rocha sã ou alterada.
2.2 RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS
Pinto (2006), trata o cisalhamento como um fenômeno da ruptura dos solos,
que ocorre geralmente na sobrecarga do solo com uma estrutura de fundação ou em
um escorregamento de um talude. É a máxima tensão que o solo suporta sem se
deformar.
24
Das (2011) afirma que “a resistência ao cisalhamento de uma massa de solo é
a resistência interna por área unitária que a massa de solo pode oferecer para resistir
a rupturas e a deslizamentos ao longo de qualquer plano no seu interior.’’
Por isso deve-se entender, analisar e prevenir questões como pressão lateral
em estruturas de contenção de terra, capacidade de carga de fundações em geral e
estabilidade dos taludes de terra (VARGAS, 1977).
2.2.1 Mecanismos de Deformação
Caputo (2015) cita que as tensões provocam alterações nas posições de cada
ponto da estrutura. As tensões de cisalhamento produzem o escoamento plástico, ou
seja, com alteração da forma, podendo acarretar a ruptura do maciço; já as tensões
normais provocam uma compressão das camadas, alterando o volume e danificando
muito pouco o formato do maciço, fazendo-se causador dos recalques, uniformes e
diferenciais, das estruturas.
2.2.1.1 Tensões no Solo
A tensão é uma grandeza física proveniente da grandeza de força. Essas
grandezas são supostas e somente podem ser medidas por análise dos seus
resultados, como ruptura ou deformação de um corpo resistente (COELHO, MIOTO,
1998).
De acordo com Caputo (2015), a tensão é produzida por esforços que
demandam em um maciço, que são resultantes da carga de uma estrutura, de seu
peso próprio, ou da ação de um transmissor, provocam tensões em toda sua extensão.
2.2.1.2 Relação Tensão-Deformação
Godoi (2016) explica que a relação entre tensões e deformações é diferente
para diferentes tipos de solos. Assim, um mesmo tipo de solo, dependendo do tipo de
carregamento, pode apresentar algumas relações diferentes. Essa relação tensão-
deformação pode variar de acordo com o índice de vazios, história de tensões,
composição do solo e trajetória de tensões de carregamento.
25
As deformações no solo aumentam proporcionalmente ao aumento das
tensões aplicadas, assim, declara-se que o material está no ‘estado elástico’; se
continuar aumentando as tensões, o material apresenta leves deformações, estando
no ‘estado plástico’; se continuar ainda, acontecem fissuras e chega no ‘estado de
ruptura’ (CAPUTO, 2015)
A Figura 3 demonstra diagramas de tensão-deformação feitos a partir de
ensaios triaxiais com areias e argilas, onde percebe-se um intervalo linear no estado
elástico, acompanhado de um intervalo curvo pertencendo ao estado plástico até o
ponto da ruptura.
Figura 3 - Diagramas de tensão-deformação.
Fonte: Caputo (2015).
2.3 MOVIMENTOS DE MASSA GRAVITACIONAIS
2.3.1 Classificação dos Movimentos de Massa Gravitacionais
Augusto Filho (1994), classificou os movimentos gravitacionais
existentes no Brasil, de acordo com a Tabela 1.
Tabela 1 – Tipos de movimentos gravitacionais.
Processos Características do Movimento/Material/Geometria
RASTEJO (*CREEP*) Vários planos de deslocamento (interno)
Velocidade muito baixa (cm/ano) a baixas, decrescente com a profundidade
26
Solos, depósitos, rochas alterada/fratura.
Geometria indefinida
ESCORREGAMENTOS
(*SLIDES*)
Poucos planos de deslocamento (externo)
Velocidade médias (m/h) a altas (m/s)
Pequenos a grande volume de material
Geometria e materiais variáveis:
Planares ou translacionais: solos poucos espessos, solos e rochas com um
plano de fraqueza.
Circulares ou rotacionais: solos espessos homogêneos e rochas muito
fraturadas.
Em cunha: solos e rochas com dois planos de fraqueza.
QUEDAS (*FALLS*)
Sem planos de deslocamento
Movimento tipo queda livre ou em plano inclinado
Velocidades muito altas (vários m/s)
Material rochoso
Pequenos à médios volumes
Rolamento de matacão - tombamento
CORRIDAS (*FLOWS*)
Muitas superfícies de deslocamento (internas e externas à massa em
movimento)
Movimento semelhante ao de um líquido viscoso
Desenvolvimento ao longo das drenagens
Velocidade média a altas
Mobilização de solo, rochas, detritos e água.
Grandes volumes de materiais
Extenso em raio de alcance, mesmo em área planas.
Fonte: Adaptado de Augusto Filho (1994) apud Guimarães (2016)
De acordo com Gerscovich (2010), rastejo é um movimento lento e contínuo,
podendo afetar grandes áreas e, por não identificar uma ruptura, acaba não
apresentando uma diferença entre a terra em movimento e a região estável.
Segundo Heidemann (2011), os escorregamentos rotacionais decorrem de
uma superfície de ruptura côncava e curva. Estão associados a materiais
homogêneos.
27
Os escorregamentos translacionais são movimentos de terra mais comum nas
encostas cobertas por solos. A superfície de ruptura é de forma planar, conforme Dias
e Herrmann (2002).
Para Augusto (1994) e Almeida (2016), as quedas de blocos são como um
movimento em queda livre de alta velocidade, as quais desprendem-se de encostas
inclinadas.
As corridas são movimentos rápidos, podendo ser provocadas por
escorregamentos que se movem em direção aos fluxos de água, conforme Dias e
Herrmann (2002).
2.4 ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES
De acordo com Caputo (2015) a definição de talude compreende quaisquer
superfícies inclinadas que limitam um maciço de terra, de rocha ou de terra e rocha.
Podem ser naturais, caso das encostas, ou artificiais, como os taludes de cortes e
aterros. A Figura 4 apresenta a formação de um talude.
Figura 4 – Talude.
Fonte: Caputo (2015)
A estabilidade do talude é criada quando ocorre, por razões ambientais ou
construtivas, uma escavação de ângulo inferior ao existente. A estabilização precisa
ser escolhida conforme as situações existentes e com a execução dos estudos
geotécnicos e geológicos, tem-se as características definidas quanto ao material
existente e a possível causa da ruptura (CAPUTO, 2015).
28
2.4.1 Tipos de Análises de Estabilidade
De acordo com Dyminski (2009), a análise de estabilidade é dividida em:
análises probabilísticas e análises determinísticas.
2.4.1.1 Análises Probabilísticas
Segundo Flores (2008), a análise de probabilidade de ruptura constitui-se em
primeiro determinar os valores para obter uma função de probabilidade representativa
de cada parâmetro que demonstra incerteza na análise. Em seguida, as distribuições
são incluídas na análise para estimar a distribuição de probabilidade do fator de
segurança. A Figura 5 demonstra esta análise:
Figura 5 - Resultados de análise probabilística de estabilidade de taludes.
Fonte: Flores (2008).
Flores (2008) afirma que a maior vantagem da análise probabilística de
estabilidade, é que podem ser quantificada as incertezas inerentes. Com os resultados
são dadas as informações que influenciam significativamente o problema.
29
2.4.1.2 Determinística
Segundo Flores (2008), as análises determinísticas são baseadas em métodos
de equilíbrio limite (BISHOP, 1955; SPENCER, 1967; MORGENSTERN-PRICE, 1965;
JANBU, 1973).
2.4.1.3 Método Comum das Fatias
O método das fatias compõe-se em dividir a massa do solo, acima da superfície
de ruptura, em fatias, sendo que a superfície de ruptura pode ser circular ou poligonal.
De acordo com Dutra (2013), o método consiste em:
• Subdividir o talude em fatias e assumir a base da fatia linear;
• Efetuar o equilíbrio de forças de cada fatia, sendo que as tensões normais na
base da fatia são geradas pelo peso de solo contido na fatia;
• Calcular o equilíbrio do conjunto através da equação de equilíbrio de
momentos.
As Figura 6 e Figura 7 mostram, respectivamente, a massa do solo dividida em
fatias e uma das fatias sendo analisada.
30
Figura 6 - Massa de solo dividida em fatias
Fonte: Das (2007).
Figura 7 - Fatia de solo analisada individualmente
Fonte: Das (2007).
31
Onde:
Wn – Peso da fatia;
Nr – Componente normal da reação R;
Tr – Componente tangencial da reação R;
Pn e Pn+1 – Forças normais que atuam nas faces da fatia;
Tn e Tn+1 – Forças de cisalhamento que atuam nas faces da fatia.
Na Tabela 2 são apresentados os principais métodos de equilíbrio limite
utilizados na Mecânica dos Solos e as principais diferenças entre os mesmos.
Tabela 2 - Condições de equilíbrio e superfície de ruptura
Fonte: Vilhete (2017).
2.4.1.4 Método de Bishop Simplificado
De acordo com Bishop e Morgenstern (1960), é permitido omitir os termos de
esforços horizontais entre as fatias (Xn, Xn+1), com uma perda de precisão de menos
de 1%, isso faz com que exista o método Bishop simplificado.
Esse método é feito apenas na direção vertical, gerando a atuação de uma
força normal no centro da fatia, conforme a Figura 8.
32
Figura 8 - Fatia de Bishop
Fonte: Massad (2010).
O cálculo do fator de segurança é dado pela equação:
(2)
Onde:
F – Fator de segurança
P – Peso da fatia
u – Poropressão
c’ – Coesão efetiva
∆x – Comprimento da fatia da base aproximada por um segmento de reta
ᶲ - Ângulo de atrito interno efetivo
ᶱ - Ângulo de inclinação da base da fatia com a horizontal
De acordo com Das (2007), encontra-se o F dos dois lados da equação, sendo
necessário um cálculo iterativo para determina-lo, arbitra-se um valor para F, sendo
um procedimento de tentativa e erro, até que os dois lados da equação, sejam iguais.
33
2.4.2 Fator De Segurança
O fator de segurança é padronizado pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas, através da Norma Brasileira 11682:2009, a qual considera que as análises
usuais de segurança desprezam as deformações que ocorrem naturalmente no talude
ou na encosta e que o valor do fator de segurança (FS) tem relação direta com a
resistência ao cisalhamento do material do talude, ou seja, quanto maior o valor de
FS, maior a segurança contra a ruptura.
De acordo com NBR11682 (2009), o fator de segurança tem como objetivos
cobrir as incertezas naturais das diversas etapas de projeto e construção.
Dependendo dos riscos envolvidos, inicialmente enquadra-se o projeto em uma das
classificações de nível de segurança, determinada a partir da possibilidade de perdas
de vida humanas e de danos materiais e ambientais, conforme Tabelas 3, 4 e 5.
Tabela 3 – Nível de segurança desejado contra perda de vidas humanas.
GRAU DE
SEGURANÇA CRITÉRIOS
Alto
Áreas com intensa movimentação e permanência de pessoas, como edificações
públicas, residenciais ou industriais, estádios, praças e demais locais, urbanos ou
não, com possibilidade de elevada concentração de pessoas
Ferrovias e rodovias de tráfego intenso
Médio Áreas e edificações com movimentação e permanência restrita de pessoas
Ferrovias e rodovias de tráfego moderado
Baixo Áreas e edificações com movimentação e permanência eventual de pessoas
Ferrovias e rodovias de tráfego reduzido
Fonte: Adaptado de NBR 11682 (2009).
34
Tabela 4 - Nível de segurança desejado contra perdas materiais e ambientais
GRAU DE
SEGURANÇA CRITÉRIOS
Alto
Danos materiais: Locais próximos a propriedades de alto valor histórico, social ou
patrimonial, obras de grande porte e áreas que afetem serviços essenciais
Danos ambientais: Locais sujeitos a acidentes ambientais graves, tais como nas
proximidades de oleodutos, barragens de rejeito e fábricas de produtos tóxicos
Médio Danos materiais: Locais próximos a propriedades de valor moderado
Danos ambientais: Locais sujeitos a acidentes ambientais moderados
Baixo Danos materiais: Locais próximos a propriedades de valor reduzido
Danos ambientais: Locais sujeitos a acidentes ambientais reduzidos
Fonte: Adaptado de NBR 11682 (2009).
Tabela 5 – Fatores de segurança mínimos.
Grau de segurança Grau de Perdas de segurança vida Perdas materiais e ambientais
Alto Média Baixo
Alto 1,5 1,5 1,4
Médio 1,5 1,4 1,3
Baixo 1,4 1,3 1,2
Fonte: Adaptado de NBR 11682 (2009).
2.4.3 Obras de Estabilização de Taludes
Scariot (2018) afirma que, apesar do maciço não possuir solo de boa
capacidade, isso não significa que não possa ser utilizado para projeto. Para isso, é
feita a recuperação das áreas, com técnicas como: drenagem, estabilização química,
contenção com geossintéticos, retaludamento, solo grampeado, muro de arrimo e
cortina atirantada.
2.4.3.1 Drenagem
De acordo com Dutra (2013), as obras de drenagem têm como objetivo captar
e o direcionar as águas do escoamento superficial e também a retirada de parte da
água de percolação do maciço.
35
Segundo Dyminski (2007), a água exerce muitos efeitos sobre o maciço, tanto
de solo quanto de rocha, por esse motivo é necessário tomar os cuidados
recomendados quanto a drenagem do terreno.
Como as águas superficiais e de infiltração influenciam na estabilidade do
talude, é necessário diferenciar os tipos de drenagem, tanto superficial, através de
canaletas, como profunda, por meio de furos horizontais, como demonstrado
respectivamente na Figura 9 e Figura 10 (CAPUTO, 2015).
De acordo com Dyminski (2007), no caso da drenagem superficial deve ser
instalado canaletas no talude para coletar a água.
Figura 9 - Drenagem superficial e os dispositivos utilizados no sistema
Fonte: Adaptado de Carvalho (1991).
36
Figura 10 - Sistema de drenagem profunda
Fonte: Adaptado Carvalho, (1991).
2.4.3.2 Geossintéticos
De acordo com a NBR ISO 10318 (2015), geossintético é definido como produto
polimérico industrializado.
Vertematti (2015), forma os geossintéticos como sendo, preferencialmente,
polímeros sintéticos, derivados do petróleo que, quando adicionados aos processos
de fabricação em menor escala de aditivos, permite melhores condições de
comportamento dos polímeros nas aplicações. Os polímeros principais usados na
fabricação dos geossintéticos, são os polietilenos, polipropilenos, poliésteres,
poliamidas, entre outros (KOERNER, 1998; BUENO, 2004)
Segundo Lopes (2016), o geossintético tem como finalidade melhorar as
propriedades mecânicas do solo, pois o reforço irá inibir o desenvolvimento de tensões
do maciço, assim, melhora a resistência ao cisalhamento do conjunto.
Dyminski (2007), afirma que os geossintéticos podem ser utilizados com
finalidades diferentes: separação de materiais, reforço de aterros, filtração, drenagem
37
e barreiras impermeáveis. A Tabela 6, relaciona os principais geossintéticos com suas
aplicações básicas.
Tabela 6 - Tipos de geossintéticos e suas principais aplicações.
Fonte: Adaptado de Vertematti (2015)
2.4.3.3 Retaludamento
Segundo Dutra (2013), o retaludamento equivale a um processo de
terraplanagem, no qual são alterados por cortes e/ou aterros os taludes existentes em
um determinado local. O processo é feito a partir da diminuição da angulação e a
altura da encosta ou talude de corte como demonstrado na Figura 11. Para que ocorra
um aumento na estabilidade, diminui-se o peso junto à crista e acrescenta-o ao pé do
talude, ou seja, é feito um corte próximo à crista que reduz o momento atuante e a
colocação de uma sobrecarga no pé do talude (MASSAD, 2010).
A vantagem de retaludamento em relação aos outros métodos é que possui
efeito permanente, já que as mudanças no sistema de forças atuantes sofrem
38
alterações ao mesmo tempo em que ocorre alteração na estabilidade (MARANGON,
2009). Para Guidicini e Nieble (2013), é um dos métodos mais simples e econômicos
para serem executados.
Figura 11 - Retaludamento de corte.
Fonte: Carvalho (1991)
39
2.4.3.4 Solo Grampeado
Dutra (2013), define que o solo grampeado é uma obra de contenção, muito
eficiente e prática para a estabilização de taludes de escavação através do reforço in
situ. Compreende a introdução de barras metálicas em maciços naturais ou aterros,
como na Figura 12. A execução é composta por: perfuração do maciço, introdução da
barra metálica no furo e o preenchimento do mesmo com nata de cimento,
(DYMINSKI, 2007).
Com relação aos muros de solo grampeado, eles podem ter paredes inclinadas,
variando de acordo a geometria natural do terreno, fazendo com que as escavações
sejam reduzidas.
Figura 12 - Seção transversal de um solo grampeado com grampos de
diferentes comprimentos
Fonte: GeoRio 2000.
40
2.4.3.5 Cortina Atirantada
Os tirantes são peças de aço formados por cabos, tem como função resistir a
esforços, forças ou tensões de tração, transferindo os esforços do solo para uma
estrutura de contenção. O tirante imerso no solo tem sua ponta ancorada, enquanto a
carga do sistema é transferida para a estrutura de concreto armado pela ponta
externa.
Os tirantes podem ser divididos em três partes principais: cabeça, trecho
ancorado e trecho livre. A cabeça do tirante, que tem por função transferir a carga do
tirante para a estrutura de paramento, se encontra na parte externa da cortina, o trecho
ancorado é responsável de transmitir os esforços de tração do tirante para o solo e o
trecho livre fica entre esse trecho e a cabeça, está localizado o trecho livre
(MIKOS,2017).
O conjunto de tirantes é chamado de “cortina”.
Segundo Dyminski (2007), a cortina atirantada é formada por uma parede de
concreto armado, a qual é perfurada, sendo introduzidos nos furos os tirantes. Em
seguida, é inserida a nata de cimento a alta pressão, a qual penetra nos vazios do
solo, formando um bulbo e ancorando os tirantes. Decorrido o tempo de cura da nata
de cimento, os tirantes são protendidos e presos na parede de concreto.
2.4.3.6 Muro de Arrimo
Para Dyminski (2007), os muros de arrimo são paredes que tem por objetivo
conter a massa de terra, como na Figura 13.
Os muros de arrimo podem ser de gravidade, quando construído em alvenaria
ou de concreto simples ou ciclópico, de flexão ou de contraforte, de concreto armado
ou “muro de fogueira”, formado por peças de madeira, aço ou concreto armado pré-
moldado, preenchidos com solos entre as peças (CAPUTO, 2015).
41
Figura 13 – Tipos de muros de arrimo.
Fonte: Dyminski 2007
2.4.3.7 Gabiões
Segundo Silva (2012), este muro é formado por gaiolas metálicas com arame
galvanizado, onde seus vazios são preenchidos com pedras e colocadas com fios de
aço galvanizados em malha hexagonal, produzindo muros de vários formatos. São
utilizados como proteção superficial de encostas, de muros de contenção e proteção
de rios ou riachos. Os muros são de normalmente 2m de comprimento, com 1m de
42
aresta de secção transversal quadrada, sendo estruturas deformáveis e drenadas.
Quando ocorre ruptura de algum arame, a dupla torção absorve as deformações.
A estrutura de contenção do muro, dá uma resistência a movimentação do
talude, com a finalidade de resistir aos esforços tendentes a instabilização (LEITE,
2011).
Devido a sua simplicidade construtiva e o seu baixo custo, os gabiões vem
sendo muito utilizados como contenção de aterros e de encostas provisórias e de
menor responsabilidade (IPT,1991).
2.4.3.8 Muros Crib Walls
Segundo Almeida (2016), esses muros (Figura 14) são formados por peças de
concreto encaixadas, formando “gaiolas” ou “fogueiras”, sendo que os seus vazios são
preenchidos com material terroso, blocos de rochas ou entulhos.
Figura 14 - Seção transversal de Crib-Wall
Fonte: Almeida 2016.
43
2.5 ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
Vargas (1977) explica que para ter sucesso em uma obra de terra ou
fundação, precisa ter conhecimento das propriedades técnicas do solo onde são
feitas. Com isso, busca-se entender e alcançar essas propriedades a partir de outras
mais descomplicadas.
Essas propriedades são profundamente estudadas na física dos solos, e a
partir delas, pode-se classificá-los em grupos, tornando mais previsível as reações
dos solos a que pertencem (VARGAS, 1977).
2.5.1 Preparação da Amostra
O primeiro passo para uma adequada credibilidade dos resultados é o correto
desenvolver dos ensaios, visto que os ensaios dependem da representação das
amostras (FRASÃO, PARAGUAÇU; 1998).
A NBR 6457 (2016) prescreve o método para a preparação de amostras de
solos para os ensaios de caracterização e de compactação.
2.5.2 Análise granulométrica
A granulometria se refere a tamanho dos grãos de solo, sendo um critério de
classificação das rochas sedimentares, já que nas rochas vulcânicas e plutônicas, a
granulação diferencia macroscopicamente (FRASCÁ, SARTORI; 1998).
Essa análise é executada através do peneiramento em malhas padronizadas, e propicia obter a distribuição dos tamanhos das partículas. Com base nesta distribuição, podem ser avaliados os tipos de aplicação dos agregados, pois cada tipo de uso, é requerida uma determinação dimensional. (FRASÃO, PARAGUAÇU; 1998).
A escala granulométrica da ABNT (NBR 6502) separa os solos da seguinte
forma:
• Argila: < 0,005 mm
• Silte: entre 0,005 e 0,5mm
• Areia fina: 0,05 e 0,42 mm
44
• Areia média : 0,42 e 2,0 mm
• Areia grossa: 2,0 e 4,8mm
• Pedregulho: 4,8mm e 76mm
Essa análise então determina a proporção relativa do material estudado e
determina as dimensões das partículas do solo. Com essas informações é possível
representar graficamente a curva granulométrica, como na Figura 15. Essa curva é
posicionada numa escala semilogaritimica, sendo o eixo das ordenadas com as
porcentagens em peso do material com dimensão inferior à dimensão examinada; e
no eixo das abscissas são marcados os logaritmos das dimensões dos fragmentos
(DAS, 2011).
Figura 15 – Exemplo de curvas granulométricas
Fonte: Caputo (2015).
Caputo (2015) esclarece que com o diagrama é possível perceber que os solos
com similar composição granulométrica têm uma forma da curva bem semelhante.
Conforme a forma da curva granulométrica pode-se caracterizar alguns tipos de
granulometria, como a granulometria descontínua (curva B) e a contínua (curva A);
uniforme (curva C); mal graduada ou bem graduada (curva A).
45
2.5.2.1 Ensaio de sedimentação
Para a análise dos solos argilosos e siltosos, por serem mais finos, o
peneiramento se torna impraticável, já que as peneiras seriam impossíveis de serem
obtidas industrialmente. Com essa situação, emprega-se o ensaio de sedimentação
para grãos menores que 0,075 mm (VARGAS, 1977).
Vargas (1977) menciona também que nesse ensaio, é dispersado uma
quantidade de solo em um frasco de água juntamente com um agente defloculante,
com o objetivo de alcançar uma suspensão fina. Dessa forma, as partículas descem
por efeito da gravidade, com velocidade uniformemente proporcional à massa, em um
ambiente resistente e relacionado à forma das partículas.
Com um hidrômetro calibrado, poderá ser verificada a quantidade de grãos em
suspensão pela medida da densidade acima da profundidade z (Figura 16). Com isso,
após um tempo t, consegue-se a densidade da suspensão que permite o cálculo da
porcentagem de grãos em suspensão. (DAS, 2011).
Figura 16 – Frasco de sedimentação
Fonte: Vargas (1977).
46
2.5.3 Índices Físicos
Segundo Caputo (2015), o solo é formado por um agrupamento de partículas
sólidas, que podem ser preenchidas por água, totalmente ou em parte. Geralmente é
um sistema desordenado formado por três fases: sólida, gasosa e líquida, como
demonstra na Figura 17.
Figura 17 – Sistema representando as três fases
Fonte: Caputo (2015).
Na Figura 18 é esquematizado o volume exemplar correspondente ocupado
pelas três fases. Os índices e as relações apresentadas nos próximos tópicos
representam um papel importante no estudo das propriedades do solo, já que
dependem dos seus componentes e das proporções referentes, da mesma maneira
que correlaciona uma fase sobre as outras (CAPUTO, 2015).
47
Figura 18 – Demonstração das três fases separadas de um determinado solo.
Fonte: Caputo (2015).
Considerando as anotações da Figura 18, onde:
Vt = Volume total
Vv= Volume de Vazios
Vs= Volume sólido
Va= Volume de água
Var= Volume de ar
Ps = Peso sólido
Pa= Peso da água
Pt = Peso total
2.5.3.1 Teor de Umidade
Segundo Vargas (1977), o teor de umidade do solo é estabelecido com relação
percentual entre o peso da água, contida num certo volume de solo, e o peso dos
grãos sólidos neste mesmo volume. Uma amostra é seca em uma estufa a 110 ºC ou
ao ar, e após um tempo especificado a amostra pesará Ps pois a água terá evaporado.
O peso da água Pa é encontrado pela diferença entre o peso total Pt é o peso do solo
seco Ps, na equação 3:
Pa = Pt – Ps (3)
48
Assim o teor de umidade é representado pela equação 4:
h = Pa
Ps∗ 100 (4)
2.5.3.2 Peso específico aparente
Peso ou massa específica aparente é a relação entre o peso total com o volume
total, considerado a umidade diferente de zero, conforme equação 5 (CAPUTO, 2015):
γ = Pt
Vt (5)
2.5.3.3 Peso especifico aparente de um solo seco
Considerando a umidade do solo como nula, o peso específico aparente seco
é a relação entre o peso do solo com o volume total (CAPUTO, 2015). A equação 6
demonstra o peso específico:
γs = Ps
Vt (6)
2.5.3.4 Índice de vazios
De acordo com Caputo (2015), o índice de vazios é a relação entre o volume
de vazios (Vv = Va + Var) e o volume da parte sólida do solo e é determinada pela
equação 7:
e = Vv
Vs (7)
2.5.3.5 Porosidade
A porosidade do solo é calculada sendo a razão entre o volume de vazios e o
volume total de uma amostra do solo, como confirma a equação 8:
𝑛% = Vv
Vt∗ 100 (8)
49
2.5.3.6 Grau de Saturação
O grau de saturação de um solo é calculado pela porcentagem de volume de
água contida no volume de vazio da amostra e é obtida pela equação 9:
S% = Va
Vv∗ 100 (9)
2.5.3.7 Peso específico de um solo saturado
O peso específico de um solo saturado se dá pela soma do peso específico do
solo seco com a multiplicação do peso específico da água e o índice de porosidade,
conforme equação 10:
γsat = γs + γa ∗ 𝑛 (10)
2.5.3.8 Peso especifico de um solo submerso
Segundo Caputo (2015), o solo sofre um empuxo da água quando está
submerso e a equação que o determina é o peso específico do solo saturado menos
a densidade da água, como mostra na equação 11:
γsub = γsat − γa (11)
2.5.3.9 Determinação da densidade real
A Densidade Real ou Densidade de Partículas e corresponde à relação entre a
massa de uma amostra de solo e o volume ocupado pelas suas partículas sólidas.
Refere-se então ao volume de sólidos de uma amostra de solo, sem considerar a
porosidade (BAZZOTTI, FRANKIEVICZ)
Conforme DNER-ME 093/94, a densidade real do solo é feita a partir de
pesagens com um picnômetro. Primeiro, deve-se pesar o picnômetro vazio, seco e
limpo (P1); coloca-se a amostra no picnômetro e pesa-se (P2); coloca-se então, a
água destilada no picnômetro, deixando ferver por 15 minutos para dispersar todo o
ar que existe entre os grãos de solo e agitando para não superaquecer; espera-se o
picnômetro esfriar em temperatura ambiente; completa-se todo o picnômetro com
água destilada e se deixa em um banho de água por 15 minutos a temperatura
50
ambiente; coloca-se a rolha perfurada e se mede a temperatura do banho (t); recolhe-
se o picnômetro do banho e o deixe-o seco; pesa-se p picnômetro em seguida (P3);
se retira todo o material do picnômetro para em seguida lavar e enche-lo por completo
com água destilada; coloca-se no banho de água á temperatura ambiente durante 15
minutos, coloca-se a rolha perfurada e se mede a temperatura do banho (t); recolhe-
se o picnômetro do banho e o deixe-o seco; pesa-se p picnômetro em seguida (P4);
Com esses dados, a densidade real do solo à temperatura D(t) é alcançada
com a equação 12:
𝐷(𝑡) = 𝑃2 − 𝑃1
(𝑃4 − 𝑃1) − (𝑃3 − 𝑃2) (12)
Onde:
D (t)= densidade real do solo à temperatura t
P1 = peso do picnômetro vazio e seco, em g;
P2 = peso do picnômetro mais amostra, em g;
P3 = peso do picnômetro mais amostra, mais água, em g;
P4 = peso do picnômetro mais água, em g;
2.5.4 Limite de liquidez
Das (2011) cita que quando minerais de argila são existentes em um solo com
granulação fina, este solo por ser remoldado junto com umidade sem se desmanchar.
Essa propriedade coesiva é provocada pela água infiltrada que contorna as partículas
de argila.
A NBR 6459 (2016) afirma que o ensaio é feito pelo aparelho de Casagrande,
demonstrado na Figura 19. Este aparelho é constituído por um prato de latão, com
formato de concha, sobre um suporte com manivela.
51
Figura 19 – Perspectiva do aparelho de Casagrande.
Fonte: Vargas (1977).
Neste equipamento então, é colocado a massa do solo e com um cinzel faz-se
um sulco na massa, conforme Figura 20. Gira-se a manivela fazendo com que o
excêntrico eleve o recipiente a uma constante altura igual a 1 cm e caia em seguida,
chocando-se com a base. Esse esforço do choque da concha na base representa um
esforço de cisalhamento que encaminha o solo lateral à ranhura, escorregando e
fechando-a, conforme Figura 21 (VARGAS, 1977).
52
Figura 20 – Amostra do solo antes do ensaio de limite de liquidez.
Fonte: Adaptado de Das (2011).
Figura 21 – Amostra do solo depois do ensaio de limite de liquidez.
Fonte: Adaptado de Das (2011).
Das (2011) afirma que é necessário realizar pelo menos 3 ensaios para o
mesmo solo e com diferentes teores de umidade, devendo o número de golpe (N)
estar entre 15 e 35. Após, os resultados com o número de golpes e o teor de umidade
são transcritos para papel semilogarítmico, e percebe-se que os pontos se dispõem
em uma linha reta. Esta linha reta é chamada de curva de fluidez (Figura 22), e a partir
53
desta curva, o teor de umidade relacionado a 25 números de golpes, é gerado o limite
de liquidez do solo.
Figura 22 – Curva de fluidez
Fonte: Cava (2018)
2.5.5 Limite de plasticidade
Vargas (1977) declara que o limite de plasticidade foi definido por Atterberg e
atualmente o ensaio foi padronizado. O ensaio consiste em moldar um cilindro de 3mm
de diâmetro sobre uma placa de vidro fosco, em superfície horizontal. Essa moldagem
deve ser feita com movimentos de vai e vem dos dedos da mão, como Figura 23. No
processo de moldar o cilindro, a amostra vai perdendo umidade até chegar ao ponto
que começa a se partir, determinando assim o limite de plasticidade.
Figura 23 – Ensaio de limite de plasticidade.
Fonte: Vargas (1977).
54
Segundo NBR 7180 (2016), se a amostra se fragmentar, deve-se amassar
novamente o material e repetir o processo, devendo assim, finalizar ao menos 3
ensaios para determinar a umidade. É considerado aceitável quando nenhum dos
valores obtidos da umidade diferir mais do que 5% da média de resultados. Quando
há impossibilidade de se alcançar um cilindro de 3 mm de diâmetro, deve se
considerar a amostra como não apresentando limite de plasticidade (NP).
2.6 ENSAIOS DE CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA
Para estimar as obras de engenharia, usam-se os ensaios de laboratórios,
apesar de serem mais demorados, eles proporcionam os resultados mais verdadeiros.
De acordo com Das (2011), os métodos para adquirir a resistência ao
cisalhamento, são vários, porém os mais conhecidos são os ensaios de cisalhamento
simples, direto e triaxial.
2.6.1 Ensaio de Cisalhamento Direto
De acordo com Holtz e Kovacs (1981), o ensaio de cisalhamento direto, é um
dos ensaios para determinação da resistência do solo, mais antigo existente, sendo
que Coulomb, há mais de 200 anos, realizou com um tipo de caixa de cisalhamento
para obter os parâmetros da sua envoltória.
Segundo Mota (2014), esse ensaio foi desenvolvido para determinar a
resistência ao cisalhamento dos solos.
Para Roesner (2015), o ensaio de cisalhamento direto é baseado no critério de
Mohr-Coulomb. Onde são relacionadas diretamente as tensõesnormal e cisalhantes
aplicadas a um corpo de prova.
Nesse ensaio, demonstrado na Figura 24, o corpo de prova é posto em uma
caixa bipartida, onde é aplicado uma força vertical e, após um período de consolidação
da amostra de solo, é aplicado uma força horizontal (ROESNER, 2015).
55
Figura 24 - Componentes básicos de uma caixa de cisalhamento
Fonte: Godoi (2016).
Como não existe uma norma brasileira para padronizar o ensaio, usa-se a
norma ASTM D3080 como referência para a executar os ensaios.
O ensaio de cisalhamento direto é dividido em duas etapas: adensamento e
cisalhamento. No adensamento, as amostras de solo, dentro da caixa bipartida, são
submersas em água e submetidas ao carregamento normal, por meio de pesos que
são colocados em cada pendural, que é sustentado pelo corpo de prova, até atingir
por completa a consolidação primária. No caso do cisalhamento, é uma etapa do
ensaio que consiste em aplicar uma força ao corpo de prova a uma velocidade
constante (ROESNER, 2015).
Para Escobar (2012), o ensaio de cisalhamento deve ser realizado pelo menos
três vezes para cada tipo de solo, e usada uma tensão normal diferente da anterior.
Quanto maior a tensão normal aplicada, maior será a tensão de cisalhamento no solo
no momento da ruptura.
Após os valores serem registrados, no final dos ensaios é possível obter a curva
tensão x deformação e a reta que representa a envoltória de ruptura do material,
aferindo assim os valores de coesão e ângulo de atrito do solo (ESCOBAR, 2012). A
Figura 25 mostra os gráficos citados.
56
Figura 25 – Gráficos obtidos através do ensaio de cisalhamento.
a) Curvas tensão x deformação de
um solo.
b) Tensão máxima.
c) Construção da envoltória de ruptura.
Fonte: Das (2014).
2.6.1.1 Ângulo de atrito e coesão
Segundo Pinto (2006), a atração química entre as partículas, pode provocar
uma resistência independente da tensão normal atuante, formando uma coesão real,
como se tivesse uma “cola” sendo aplicada entre os grãos do solo.
Vale ressaltar que a existência de coesão aparente é um fenômeno de atrito, o
qual a tensão normal que a determina é consequente da pressão capilar da água
contida nos solos, agindo como se fosse uma pressão externa (Caputp, 1988).
De acordo Fiori e Carmignani (2009), o ângulo de atrito é resultado da tendência
de movimento, pois a existência de atrito entre corpos depende da existência de
movimento.
Para Pinto (2006), é possível observar na Figura 26 que se uma força vertical
N é transmitida pelo corpo, a força horizontal T necessária para fazer o corpo deslizar
57
deve ser superior a f.N, e f é o coeficiente de atrito entre os dois materiais. Existindo
proporcionalidade entre a força tangencial e a força normal.
Figura 26 - Ilustração do atrito entre dois corpos
Fonte: Pinto, (2016).
Essa relação é escrita pela equação 13.
𝑇 = 𝑁.𝑡𝑔𝜙 5 (13)
Onde 𝜙 é o ângulo formado pela resultante das duas forças com a força normal.
2.6.2 Standart Penetration Test – SPT
O ensaio de SPT é um método direto de investigação do subsolo que admite
amostrar, identificar e indicar a consistência ou compacidade do material em
profundidade, além de definir o nível freático (Pinto, 2006).
De acordo com Odebrecht; Schnaid (2012), o ensaio de SPT é o método mais
popular para investigações geotécnicas na maior parte do mundo, ele é realizado a
partir de uma perfuração através de trado ou circulação de água usando um trépano.
No decorrer da lavagem, é possível avaliar o material, o qual é retirado com água, de
58
forma tátil-visual, podendo identificar uma mudança na camada e tipo de solo
presente. Após a realização do primeiro metro escavado, são coletadas amostras, por
meio do amostrador padrão, a cada metro. Quando posicionado o amostrador ao
fundo da escavação, solta-se um peso de 65kg, a partir de uma altura de 75cm para
efetuar a cravação. São anotados os números de golpes necessários, a cada 15 cm,
para cravar 45cm do amostrador. O valor de Nspt é dado pela soma dos números de
golpes necessários para cravar os últimos 30cm do amostrador. Apresenta-se
também o número de golpes para a penetração dos 30cm iniciais, para poder ter um
comparativo com a cravação dos últimos 30cm. Se for observado uma diferença muito
alta entre a quantidade dos golpes, pode-se ter a indicação de falha na limpeza do
furo de sondagem ou amolgamento do solo.
59
3 METODOLOGIA
Neste capítulo é exposta a metodologia utilizada para a realização deste estudo
de caso, cujo objetivo é analisar um talude no município de Florianópolis/SC e
relacionar métodos e parâmetros do material que o compõe para verificar a melhor
solução a ser adotada para estabilizá-lo.
Apresentam-se todas as etapas referindo-se a pesquisa teórica, a área de
realização dos estudos, bem como a fonte de dados do talude e resultados dos
ensaios em laboratório, que foram primordiais para indicação dos parâmetros
necessários para analisar estabilidade do talude estudado.
Foram coletadas amostras de solo indeformado e realizaram-se no Laboratório
de Engenharia Civil (LEC) os ensaios de caracterização do solo, como granulometria
com sedimentação, densidade, limite de liquidez e plasticidade. Realizou-se também
o ensaio de cisalhamento direto para a resistência do solo. Com esses parâmetros
dos ensaios e a topografia do local, foi realizada a análise de estabilidade do talude
no programa Slide para assim, verificar a segurança do talude.
A pesquisa em questão, teve como objetivo identificar os fatores que
influenciam ou que determinam para a ocorrência dos fenômenos. A pesquisa
explicativa é a que mais se aprofunda para a realidade, pois explica a razão e o porquê
de algo, porém é o tipo mais complexo e delicado, podendo cometer erros
consideráveis (GIL, 2002).
Gil (2002), afirma que as pesquisas são solicitadas em momentos em que ainda
não existem informações suficientes, ou inexistentes, para chegar a um resultado ao
problema proposto. Na Figura 27, o fluxograma demostra o processo citado.
61
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
Neste capítulo são apresentadas as informações do local de estudo.
Inicialmente, com as características gerais da região e após mais detalhadas.
4.1 CARACTERÍSTICAS DA REGIÃO
A região de estudo está localizada no município de Florianópolis, capital do
estado de Santa Catarina. A Figura 28 apresenta a localização do município em
relação ao estado de Santa Catarina e ao Brasil.
Figura 28 - Localização do município em relação ao país.
Fonte: Intern Brazil (2020).
O município de Florianópolis ocupa toda a extensão da Ilha de Santa Catarina
e uma estreita área litorânea do continente com uma área de aproximadamente
675,4km² e com relevo bem acidentado. A ligação entre a área continental e a insular
é feita por três pontes.
62
A ilha conta com 54 quilômetros de extensão e 18 de largura. Os abundantes
recortes da costa propiciaram o aparecimento de praias, sendo as situadas ao norte
mais povoadas. O relevo é composto de cadeias de montanhas e planícies e na região
oeste destacam-se as cadeias de dunas originadas pela ação dos ventos.
O clima é caracterizado por estações do ano bem definidas, com variações de
temperatura entre 7°C (no inverno) a 36°C (no verão). As chuvas ocorrem durante
todo o ano, mas são mais frequentes no verão.
4.1.1 Definição do talude a ser analisado
O local de estudo consiste em uma encosta antropizada localizada em uma
área de preservação permanente (APP). Sua localização tem como coordenadas
27°35'25.4"S e 48°32'03.9"W. O talude está situado nas dependências da NSC
Comunicações (Figura 29), na rua General Vieira da Rosa, no centro do município
de Florianópolis/SC. A vista superior do talude é mostrada na Figura 30.
Figura 29 – Localização da NSC Comunicações.
Fonte: Google Maps (2021).
63
Figura 30 - Localização do talude – Vista superior
Fonte: Google Maps (2021).
O talude possui comprimento de aproximadamente 163 metros e altura máxima
de 11 metros. Tem-se uma visualização do talude na Figura 31. A caracterização
geométrica do talude foi obtida com base no levantamento topográfico realizado pela
empresa Toposolo Soluções em Engenharia e JA. Barossi Tecnologia de Solos Ltda.
Figura 31 – Vista lateral do talude.
Fonte: Google Maps (2021).
N
64
5 ENSAIOS REALIZADOS
Com a finalidade de alcançar os dados indispensáveis para constatação da
estabilidade do talude, foram realizados ensaios de caracterização física e mecânica.
5.1 SONDAGEM E ENSAIOS SPT
O ensaio de sondagem a percussão (SPT), foi realizado para o estudo do solo
do terreno. A Figura 32 mostra onde foram realizados os furos da sondagem SPT e a
área que foi extraída a amostra de solo. No Anexo B, consta o projeto geotécnico que
compreende a planta baixa e no Anexo C, as sondagens do solo.
66
Analisando o perfil geotécnico 1 (Figura 33), nos furos SP2 e SP3, contemplam
cerca de 0,20 metros de camada vegetal, já no SP1 não há essa camada por estar
localizado na extremidade de um estacionamento existente.
Figura 33 – Perfil Geotécnico 1
Fonte: Autores (2021).
Percebe-se uma camada de aterro mole, com Nspt de 2 a 4. Mesmo sendo
maioria argila avermelhada e somente na SP1 uma parte cinza, a consistência é mole.
Foi unida essa camada devido à resistência do aterro principal ser argiloso.
Abaixo do aterro, nos furos SP1 e SP2, encontra-se uma camada de argila
marrom de consistência média, com Nspt entre 5 e 9. Já no furo SP3, abaixo do aterro,
também há uma camada de argila marrom, mas por ter Nspt de 4 ela é considerada
de consistência mole.
No furo SP1, abaixo da argila marrom, tem uma sequência de camadas finas
de silte com aproximadamente 1 metro cada, iniciando com silte arenoso
medianamente compacto, com Nspt 13; abaixo, um silte com pedregulhos amarelado
e compacto, com Nspt de 32; e outra camada de silte arenoso amarelado e compacto
com Nspt de 22 à 42.
67
Abaixo da camada de argila no furo SP2, encontra-se uma camada de argila
silte arenosa avermelhada e dura com Nspt de 37.
Também abaixo da camada de argila mole no furo SP3, está situada uma
camada de argila arenosa cinza e dura com Nspt de 32.
Tanto no furo, SP1, quanto no SP2 e SP3, chegou-se ao impenetrável a
percussão. No SP1 em 11,80 metros, no SP2 em 10,20 metros e no SP3 nos 5,50
metros de profundidade. Com o perfil desses três furos em escala, nota-se que estão
alinhados, podendo ser matacão, já que externamente (Figura 34) se percebe alguns
deles no talude.
Figura 34 – Talude.
Fonte: Adaptado de Google Maps (2021).
Foram feitos três furos alinhados ao SP1: SP1A, SP1B e SP1C, e no perfil
geotécnico 2, que é formato por esses furos (Figura 35) percebesse uma constância
nas camadas, somente no furo SP1C acredita-se ter encontrado um matacão aos
2,45m pois ficou impenetrável à percussão.
68
Figura 35 - Perfil geotécnico 2.
Fonte: Autores (2021).
No SP3, também foram feitos furos complementares, e percebe-se uma
sequência também nas camadas, como mostra a Figura 36.
Figura 36 – Perfil geotécnico 3.
Fonte: Autores (2021).
69
As consistências descritas foram apresentadas na própria descrição tátil-visual
do boletim de sondagem.
5.1.1 Perfil do Solo
Para efeito desse estudo foi definido somente uma seção para analisar a
estabilidade do talude, apresentada na Figura 33.
5.2 COLETA DE AMOSTRAS DEFORMADAS E INDEFORMADAS
5.2.1 Coleta de amostra deformada
A coleta de amostras deformadas ocorreu conforme a norma NBR 9604 (2016),
para a realização dos ensaios de caracterização física. A Figura 37 mostra o material
utilizado e a coleta.
Figura 37 – Coleta da amostra deformada.
a) Coleta de amostra deformada
b) Amostra deformada
Fonte: Autores (2021).
5.2.2 Coleta de amostra indeformada
A coleta de amostras indeformadas aconteceu seguindo a norma NBR 9604
(2016), com a finalidade de determinar as características do solo. Tendo em vista que
70
devem ser extraídas com o mínimo de perturbação possível. A Figura 38 mostra o
processo da coleta.
Figura 38 - Coleta da amostra indeformada
a) Cilindro para retirar amostra.
b) Amostra sendo coletada.
c) Apoio para cravação.
d) Amostra envolvida em plástico filme.
Fonte: Autores (2021).
5.3 ENSAIOS DE CARATERIZAÇÃO FÍSICA
5.3.1 Preparação da amostra deformada
O processo de preparação de amostras deformadas foi realizado seguindo a
NBR 6457 (2016). Na Figura 39 são demonstradas as etapas do processo.
71
Figura 39 - Etapas da preparação de amostras
a) Amostra deformada
b) Destorroamento da amostra
c) Peneiramento
d) Pesagem das amostras
Fonte: Autores (2021).
5.3.2 Análise granulométrica com sedimentação
A análise granulométrica foi realizada de acordo com a NBR 7181 (2016), por
meio de peneiramento e sedimentação. As Figuras 40, 41, 42 e 43, mostram os
passos dessas etapas.
72
Figura 40 - Etapas do peneiramento.
a) Amostra retida na peneira de
2mm
b) Lavagem da amostra
c) Amostra seca
d) Peneiramento
Fonte: Autores (2021).
73
Figura 41 - Etapas do ensaio de sedimentação.
a) Amostra para ensaio
b) Defloculante em proveta para
adicionar á amostrra
c) Amostra em solução defloculante
Fonte: Autores (2021).
74
Figura 42 - Etapas do ensaio de sedimentação (continuação 1).
a) Transferência da amostra para o
copo de dispersão
b) Aparelho de dispersão em ação
c) Introdução da amostra na proveta
d) Amostra em proveta após
agitação.
Fonte: Autores (2021).
75
Figura 43 - Etapas do ensaio de sedimentação (continuação 2).
a) Acompanhamento do ensaio
b) Lavagem da amostra
c) Secagem da amostra
Fonte: Autores (2021).
5.3.3 Ensaio de densidade real dos grãos
Utilizou-se a DNER-ME 093/94 para determinar a densidade real dos grãos. Na
qual se usou a bomba de vácuo para eliminar o ar existente no solo. As Figuras 44 e
45 mostram as etapas do ensaio de densidade.
76
Figura 44 - Demonstração do ensaio de densidade real dos grãos.
a) Amostra em becker com
defloculante
b) Transferência da amostra para o
copo de dispersão
c) Aparelho de dispersão em ação
d) Transferência da amostra para o
picnômetro
Fonte: Autores (2021).
77
Figura 45 - Demonstração do ensaio de densidade real dos grãos
(continuação).
a) Picnômetro com amostra
b) Aparelho de vácuo
c) Procedimento do picnômetro
para expulsar o ar existente
d) Bolhas de ar sendo sugadas da
amostra de solo
Fonte: Autores (2021).
78
5.3.4 Ensaio de determinação do limite de liquidez
O ensaio de determinação do limite de liquidez foi realizado de acordo com a
NBR 6459 (2017) e as Figura 46 e 47 demonstram as etapas desse ensaio.
Figura 46 - Etapas do ensaio de limite de liquidez.
a) Amostra seca.
b) Amostra umidecida com água e
sendo homogenizada.
c) Equipamento utilizado no ensaio.
d) Equipamento utilizado no ensaio.
Fonte: Autores (2021).
79
Figura 47 - Etapas do ensaio de limite de liquidez (continuação).
a) Solo úmido com equipamentos
utilizados no ensaio
b) Ensaio em andamento
c) Amostra pós execução dos golpes
Fonte: Autores (2021).
5.3.5 Ensaio de determinação do limite de plasticidade
A Figura 48 mostra a comparação da amostra do ensaio com o cilindro de 3
mm de diâmetro.
80
Figura 48 – Comparação da amostra.
Fonte: Autores (2021).
5.4 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO MECÂNICA
5.4.1 Ensaio de cisalhamento direto
Usou-se a norma ASTM D3080 como referência para a executar os ensaios
para determinar a resistência de cisalhamento do solo. As Figura 49 e 50 mostram as
etapas desse ensaio.
Figura 49 – Etapas do ensaio de Cisalhamento Direto.
a) Remoção da amostra
b) Moldagem da amostra
Fonte: Autores (2021).
81
Figura 50 - Etapas do ensaio de Cisalhamento Direto (continuação).
a) Colocação da amostra para o
cisalhamento
b) Amostra cisalhada
Fonte: Autores (2021).
5.5 RESULTADOS DOS ENSAIOS
Com a realização dos ensaios, no Laboratório de Engenharia Civil da Unisul,
foram obtidos os resultados que estão exibidos na Erro! Fonte de referência não
encontrada., nos Gráfico 1 e 2 e no Anexo A.
Gráfico 1 – Resultado da curva de distribuição granulométrica
Fonte: Autores (2021).
82
Tabela 7 – Resultado do ensaio de cisalhamento direto
Fonte: Autores (2021).
Gráfico 2 – Resultado do ensaio de cisalhamento direto.
Fonte: Autores (2021).
83
Com os dados expostos, o solo analisado em laboratório é silte argiloso, de
acordo com o ensaio granulométrico, porém no ensaio de SPT, percebe-se uma
diferença no tipo de solo, com a posição e profundidade da retirada da amostra, o solo
deveria ser argilo arenoso. Pela maior confiabilidade, adota-se então, que a primeira
camada é silte argilo arenosa.
Na Tabela 8 consta o resumo dos resultados citados acima.
Tabela 8 – Resumo dos resultados dos ensaios realizados.
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
Teor de umidade média(%) 2,38
Fator de correção de umidade 0,9768
SEDIMENTAÇÃO
Massa específica dos grãos do solo (g/cm³) 2,705
Coeficiente de Viscosidade do meio dispensor na temperatura de ensaio (g.s/cm³) 9,13E-06
DENSIDADE
Massa específica dos grãos (g/cm³) 2,705
LIMITE DE LIQUIDEZ
WL (%) 46,4
LIMITE DE PLASTICIDADE
WP (%) 29.5
IP (%) 16,9
CISALHAMENTO DIRETO
Peso específico Natural médio (kN/m³) 17
Coesão (kN/m²) 0,0
Ângulo de atrito interno (°) 35,8 Fonte: Autores (2021).
84
6 ANÁLISE DE ESTABILIDADE
Neste capítulo é interpretado o fator de segurança e alguns parâmetros
indispensáveis demonstrados para a análise do talude estudado.
6.1 FATOR DE SEGURANÇA ADMISSÍVEL
O fator de segurança é interpretado de acordo com NBR11682 (2009). Na
Tabela 3, adotando o critério de ser uma área com movimentação e permanência
restrita de pessoas, tem-se um grau de segurança de nível médio desejado contra
perdas de vidas humanas. Pela Tabela 4, seguindo o critério de danos materiais, como
o local é próximo a propriedades de alto valor histórico, obras de grande porte e áreas
que afetem serviços essenciais (comunicação), adota-se um grau de segurança de
nível alto desejado contra perdas materiais e ambientais. Por fim, relacionando esses
níveis de segurança na Tabela 5, o fator de segurança mínimo é de 1,5 para o talude.
Este valor será utilizado para as próximas análises de estabilidade.
6.2 PARÂMETROS UTILIZADOS
A primeira camada, sendo silte argilo arenosa, consiste na coesão de 0 kN/m²,
ângulo de atrito 35,8° e peso específico de 17,00 kN/m³. Pela indisponibilidade da
realização desses ensaios em laboratório nas demais camadas, é preciso aderir
métodos empíricos para determinar o intercepto coesivo, ângulo de atrito e peso
específico com a finalidade de avaliar a estabilidade do talude pelo Método de Bishop
Simplificado.
Por ser um método empírico, é importante entender que essas analogias são
indicadas em fases de pré análise, pois apesar desses métodos encontrarem-se
consolidados no universo geotécnico, não podem suprir os ensaios em laboratório,
pois são valores estimados.
Como não foi atingido o nível da água nos ensaios de SPT, foi adotado uma
altura com o objetivo de gerar uma situação melhor para a segurança da análise do
talude estudado.
85
Para Godoy (1972), quando não há ensaios laboratoriais e é preciso determinar
o peso específico de um solo, opta-se por usar valores próximos conforme a
compacidade da areia e a consistência da argila. Esses valores são dados em função
do índice de resistência à penetração (N) do SPT e a Tabela 9 - Estado de
compacidade e consistência de um solo. presente na NBR 6484 (2020) expõe essa
classificação.
Tabela 9 - Estado de compacidade e consistência de um solo.
Fonte: Adaptado de NBR 6484 (2020).
As correlações realizadas por Godoy (1972) se encontram na Tabela 10 e 11.
Tabela 10 - Peso específico de solos argiloso.
Fonte: Adaptado de Godoy (1972).
86
Tabela 11 - Peso específico de solos arenosos.
N (golpes) Consistência Peso específico (kN/m³)
Areia seca Úmida Saturada
< 5 Fofa 16 18 19
5 – 8 Pouco compacta
9 – 18 Medianamente compacta 17 19 20
19 – 40 Compacta 18 20 21
>40 Muito compacta
Fonte: Adaptado de Godoy (1972).
Foi então simplificado os tipos de solo de mesma consistência, apresentado na
Figura 51.
Figura 51 – Perfil geotécnico.
Fonte: Autores (2021).
Relacionando os dados da Tabela 9 obtida da NBR 6484 (2020) com a Tabela
10 sugerida por Godoy (1972) tem-se que a camada formada por argila arenosa
87
media, tem consistência média, resistência média de penetração de 8 e peso
específico 17 kN/m³.
A camada de argila arenosa dura, com resistência media de penetração 35 e
peso específico de 21 kN/m³. já a camada de argila mole, com resistência media de
penetração 4 e peso específico de 15 kN/m³.
E com os dados da Tabela 9 obtida da NBR 6484 (2020) com a Tabela
11Tabela 10 sugerida por Godoy (1972) nota-se que a camada formada por silte
arenoso, tem consistência compacta, resistência média de penetração de 27 e peso
específico de 20 kN/m³ por não estar sob o nível da água.
Para estabelecer a coesão das camadas: argila arenosa media, argila arenosa
dura, argila mole, e silte arenoso; analisou-se as correlações de Teixeira e Godoy
(1996) e de Alonso (2010). Teixeira e Godoy (1996), sugerem a equação 14 para
estimar a coesão.
C = 10 * N (kPa) (14)
Onde:
C = coesão
N = índice de resistência á penetração
Já Alonso (2010) propôs a Tabela 12 com os valores de coesão.
Tabela 12 - Determinação da coesão dos solos conforme SPT.
Fonte: Adaptado de Alonso (2010).
Com base nas duas sugestões de correlação, comparou-se os valores de
coesão para as camadas de argila arenosa media, argila arenosa dura, argila mole, e
silte arenoso, de acordo com a Tabela 13.
88
Tabela 13 - Propostas de correlações entre SPT e coesão, segundo Alonso e
Teixeira e Godoy.
Solo Método Correlação Índice de resistência
à penetração (N)
Coesão
(kPa)
Argila
arenosa
media
Alonso (2010) SPT de 4 a 8 ->
coesão entre 25 e 50 8 50
Teixeira e Godoy (1996) C = 10 x N 80
Argila
arenosa dura
Alonso (2010) SPT > 30 ->
coesão > 200 35 225
Teixeira e Godoy (1996) C = 10 x N 350
Argila mole Alonso (2010)
SPT de 2 a 4 ->
coesão entre 10 e 25 4 25
Teixeira e Godoy (1996) C = 10 x N 40
Silte arenoso Alonso (2010)
SPT de 15 a 30 ->
coesão entre 100 a 200 27 80
Teixeira e Godoy (1996) C = 10 x N 270
Fonte: Autores (2021).
Para definir o ângulo de atrito interno (ϕ) da camada de argila arenosa media,
argila arenosa dura, argila mole, e silte arenoso, analisou-se algumas sugestões que
o correlacionam com o SPT, como a de Teixeira (1996), Godoy (1983) e Alonso
(2010). Os dois primeiros definem a correlação por meio de equação para arbitrar o
ângulo de atrito. A proposta de Godoy (1983) é dada pela equação 15:
ϕ = 28° + 0,4 x N (15)
Onde:
ϕ = ângulo de atrito interno;
N = índice de resistência à penetração.
A proposta de Teixeira (1996) usa a equação 16.
ϕ = √20 𝑥 𝑁 + 15° (16)
Onde:
89
ϕ = ângulo de atrito interno;
N = índice de resistência à penetração.
Já a proposta de Alonso (2010) utiliza a Tabela 14.
Tabela 14 – Correlação entre SPT e ângulo de atrito, segundo Alonso.
Fonte: Alonso (2010).
Com base nas três propostas de correlação entre SPT e ângulo de atrito para
as camadas de argila arenosa media, argila arenosa dura, argila mole, e silte arenoso,
apuraram-se os valores demonstrados na Tabela 15 - Propostas de correlação entre
SPT e ângulo de atrito segundo Alonso, Teixeira e Godoy.
Tabela 15 - Propostas de correlação entre SPT e ângulo de atrito segundo
Alonso, Teixeira e Godoy.
Solo Método Correlação
Índice de
Resistência à
penetração (N)
ϕ (°)
Argila
arenosa
media
Alonso (2010) SPT entre 4 e 10 -> ϕ entre 30 e 35
8
7,33
Teixeira (1996) ϕ = √20 𝑥 𝑁 + 15° 27,65
Godoy (1983) ϕ = 28° + 0,4 x N 31,20
Argila
arenosa
dura
Alonso (2010) SPT entre 35 e 50 -> ϕ entre 40 e 45
35
40
Teixeira (1996) ϕ = √20 𝑥 𝑁 + 15° 41,46
Godoy (1983) ϕ = 28° + 0,4 x N 42
Argila
mole
Alonso (2010) SPT entre 4 e 10 -> ϕ entre 30 e 35
4
30
Teixeira (1996) ϕ = √20 𝑥 𝑁 + 15° 23,94
Godoy (1983) ϕ = 28° + 0,4 x N 29,60
silte
arenoso
Alonso (2010) SPT entre 10 e 30 -> ϕ entre 35 e 45
27
43,50
Teixeira (1996) ϕ = √20 𝑥 𝑁 + 15° 38,24
Godoy (1983) ϕ = 28° + 0,4 x N 38,80
Fonte: Autores (2021).
90
Sendo assim, foram feitas análises de maneira a confrontar as propostas dos
autores e decidir quais medidas devem ser empregadas como valores para inspeção
do talude posteriormente.
Por meio do perfil geotécnico 1, dos ensaios realizados e parâmetros obtidos
foi criada a seção longitudinal do talude e atingidos os cálculos pelo método de Bishop
Simplificado, utilizando um software próprio para a inserção da geometria e o cálculo
de estabilidade de taludes, o Rocscience Slide, versão 6.0.
A Figura 52, apresenta o perfil da seção longitudinal do talude.
Figura 52 - Seção longitudinal do talude.
Fonte: Autores (2021).
Depois da inclusão da geometria do talude no software, foram feitas algumas
simulações com variações nos parâmetros obtidos através das correlações entre
estes e o SPT. Dessa forma, pôde-se observar a sensibilidade do FS em relação aos
valores informados e, dessa forma, escolher os parâmetros mais adequados para a
análise de estabilidade final.
Para o perfil da Figura 53, adotou-se a proposta de Alonso para a coesão e
ângulo de atrito da argila arenosa média, argila arenosa dura, argila mole e silte
arenoso.
91
Figura 53 – Perfil pela proposta de Alonso para a coesão e ângulo de atrito.
Fonte: Autores (2021).
Analisando esta seção, o software está interpretando que a primeira camada
é um solo sem coesão e a superfície de ruptura está tangente a superfície do talude
com FS = 1,023 (ou seja, iminência de ruptura).
Como esta análise é voltado para o talude, não houve interpretação da
estabilidade interna do muro, admitindo-se que esta seria satisfatória. Por isso foi
adotada uma resistência infinita para o muro e as superfícies de ruptura não passaram
por ele.
Geralmente, um solo com uma coesão de 0, é um solo 100% arenoso. Apesar
de o ensaio de cisalhamento ter apresentado coesão de 0, o ensaio de granulometria
afirma ser um solo silte argilo arenoso, e o boletim de ensaio SPT descreve a camada
como argilosa, e como o ensaio de cisalhamento se dá a partir de amostra
indeformada, e pelo laboratório ser distante do local de coleta do solo, pode ter
acontecido amolgamento da amostra.
Um talude com FS= 1 significa que tem eminência de ruptura e um talude com
FS menor que 1 é fisicamente impossível. Como se trata de um estudo de caso de um
talude existente e estável, uma coesão de 0, na prática, resulta em um FS no limite
da aceitação, tratando então de uma incoerência física. Por esse motivo, ajustou-se a
92
coesão da camada de silte argilo arenoso, usando a correlação da Tabela 12 e
Equação 14, sendo então apresentada na Tabela 16.
Tabela 16 - Propostas de correlação entre SPT e coesão.
Solo Método Correlação Índice de resistência
à penetração (N)
Coesão
(kPa)
Silte argilo
arenoso
Alonso (2010) SPT de 2 a 4 ->
coesão entre 10 e 25 3 15
Teixeira e Godoy (1996) C = 10 x N 30
Fonte: Autores (2021).
Ajustando também o ângulo de atrito da camada de silte argilo arenoso, utiliza-
se a correlação das Tabela 14, Equação 15 e 16, constituindo a Tabela 17.
Tabela 17 - Propostas de correlação entre SPT e ângulo de atrito.
Solo Método Correlação
Índice de
Resistência à
penetração (N)
ϕ (°)
Silte argilo
arenoso
Alonso (2010) SPT < 4 -> ϕ < 30
3
22,05
Teixeira (1996) ϕ = √20 𝑥 𝑁 + 15° 22,75
Godoy (1983) ϕ = 28° + 0,4 x N 29,20
Fonte: Autores (2021).
Para o perfil da Figura 54, optou-se a proposta de Alonso (2010) para a coesão
e o ângulo de atrito para todas as camadas.
93
Figura 54 - Perfil pela proposta de Alonso para a coesão e ângulo de atrito para
todas as camadas.
Fonte: Autores (2021).
Nota-se um bom Fator de Segurança, porém a superfície de ruptura encontra-
se somente na camada de silte argilo arenoso, devido as resistências das demais
camadas serem mais elevadas do que esta.
Para o perfil da Figura 55, optou-se pela proposta de Teixeira e Godoy (1996)
para a coesão e a proposta de Teixeira (1996) para o ângulo de atrito para todas as
camadas.
94
Figura 55 – Perfil pela proposta de Teixeira e Godoy para a coesão e a proposta
de Teixeira para o ângulo de atrito.
Fonte: Autores (2021).
Igualmente no perfil anterior, as demais camadas não foram alcançadas na
superfície de ruptura, porém o FS está bem mais alto, já que teve alteração em todas
as coesões.
Para o perfil das Figura 56, optou-se a proposta de Teixeira e Godoy (1996)
para a coesão e a proposta de Godoy (1983) para o ângulo de atrito de todas as
camadas.
95
Figura 56 – Perfil pela proposta de Teixeira e Godoy para a coesão e a proposta
de Godoy para o ângulo de atrito.
Fonte: Autores (2021).
A diferença desta para a segunda proposta, somente se deu no ângulo de atrito,
continuando então com a seção de ruptura somente na primeira camada do talude e
com um FS bem aceitável.
A Tabela 18 –mostra os valores envolvidos nas análises dos parâmetros dos
solos do talude em questão.
96
Tabela 18 – Análise do FS e dos parâmetros dos solos.
Proposta
Parâmetros Alonso p/ coesão e ϕ
Teixeira e Godoy p/
coesão e Teixeira p/ ϕ
Teixeira e Godoy p/
coesão e Godoy p/ ϕ
Silte argilo arenoso C=15 kPa
ϕ=22,05º
C=30 kPa
ϕ=22,75º
C=30 kPa
ϕ=29,2º
Argila arenosa
media
C=50 kPa
ϕ=7,33º
C=80kPa
ϕ=27,65º
C=80kPa
ϕ=31,20º
Argila arenosa dura C=225kPa
ϕ=40º
C=350kPa
ϕ=41,46º
C=350kPa
ϕ=42º
Argila mole C=25kPa
ϕ=30º
C=40kPa
ϕ=23,94º
C=40kPa
ϕ=29,60º
Silte arenoso C=80kPa
ϕ=43,50º
C=270kPa
ϕ=38,24º
C=270kPa
ϕ=38,80º
FS 1,641 2,431 2,741
Fonte: Autores (2021).
Pela análise dos dados fornecido pelo software Slide e da Tabela 18, observou-
se que coesão dos siltes estão com valores bem diferentes. Entre as argilas, a que
mais se difere das outras, é a camada de argila arenosa dura, muito acima da média
de coesão.
A fim de verificar a estabilidade do talude será aplicada a proposta de Teixeira
(1996) para o ângulo de atrito, a proposta de Teixeira e Godoy (1996) para coesão e
proposta de Godoy (1972) para o peso específico das camadas, com exceção da
camada de silte argilo arenoso, encontrada em laboratório. A Tabela 19 define então,
os solos do talude e seus parâmetros no sentido de análise de estabilidade no
software Slide.
Tabela 19 – Parâmetros dos solos utilizados nas análises de estabilidade.
Solo Peso específico (kN/m³) Coesão (kPa) Ângulo de atrito (°)
Silte argilo arenoso 17 30 22,75
Argila arenosa média 17 80 27,65
Argila arenosa dura 21 350 41,46
Argila mole 15 40 23,94
Silte arenoso 20 270 38,24
Fonte: Autores (2021).
97
6.3 ANÁLISE DA ESTABILIDADE DO TALUDE
Depois que as configurações indispensáveis para análise da estabilidade foram
inseridas no software, os parâmetros estabelecidos para cada camada de solo do
talude, o cálculo do fator de segurança é efetuado, segundo o método de Bishop
Simplificado. A Figura 57, apresenta o resultado do cálculo realizado pelo software,
para a seção geotécnica com nível de água de aproximadamente 0,50 metros.
Figura 57 – Perfil com nível da água a 0,50 metros da superfície.
Fonte: Autores (2021).
Verificou-se que o fator de segurança calculado para este perfil atendeu ao
mínimo da NBR11682 (2009), ou seja, tem-se uma condição estável.
6.4 ANÁLISE DO NÍVEL DE ÁGUA
Visto que o ensaio SPT não foi possível encontrar o nível de água da região e
de modo que este intervém no fator de segurança do talude, e com finalidade de
98
examinar a atuação do nível de água no solo ponderou-se determinadas
profundidades admissíveis do nível de água do talude analisado, somente para
simular de forma esquemática a alteração do Fator de Segurança. As Figuras 57 e
Figura 58 a 61, exibem os cálculos do FS consequentes das oscilações do nível de
água.
Na Figura 58 adotou-se o nível de água com 0,25 metros abaixo da superfície
do terreno.
Figura 58 – Perfil com nível da água a 0,25 metros da superfície.
Fonte: Autores (2021).
O perfil adotado com o nível de água de 0,50 metros abaixo da superfície do
terreno é encontrado na Figura 57. Na Figura 59 adotou-se o nível de água com 1,25
metros abaixo da superfície do terreno.
99
Figura 59 - Perfil com nível da água a 1,25 metros da superfície.
Fonte: Autores (2021).
Na Figura 60 adotou-se o nível de água com 2,50 metros abaixo da superfície
do terreno.
Figura 60 - Perfil com nível da água a 2,50 metros da superfície.
Fonte: Autores (2021).
Na Figura 61 adotou-se o nível de água na superfície do terreno e na Figura 55
adotou-se o talude com nível de água inexistente.
100
Figura 61 - Perfil com nível da água na superfície do terreno.
Fonte: Autores (2021).
Compara-se então, o fator de segurança com o nível de água na Tabela 20.
Tabela 20 – Verificação do fator de segurança de acordo com o nível de água.
Nível de
água
Altura do nível d’água em
relação á superfície do terreno
Fator de Segurança
calculado Verificação
Mediano 0,25 1,866 Adequado
Mediano 0,5 1,911 Adequado
Mediano 1,25 2,033 Adequado
Mediano 2,5 2,208 Adequado
Nível do
terreno - 1,753 Adequado
Inexistente - 2,431 Adequado
Fonte: Autores (2021).
Essa simulação da localização do nível de água foi realizada para fins de
cálculo. Percebe-se que independentemente do nível da água, o talude encontra-se
com valor de Fator de Segurança adequado e seguro, sendo sobretudo, que o nível
da água dificilmente se encontrará com as características estudadas.
101
7 CONCLUSÃO
7.1 CONCLUSÃO
Foi concluído todos os objetivos propostos a esta análise de estabilidade do
talude na NSCTV Comunicações localizado no Morro da Cruz em Florianópolis/SC.
Pesquisaram-se os conceitos referente ao solo e sua formação, à estabilidade
de taludes, como os tipos de análises, fator de segurança e obras de estabilização de
taludes. Realizou-se a reunião de informações atuais do talude, como ensaios de SPT,
sendo 8 furos realizados pela empresa JA. Barossi Tecnologia de Solos Ltda. e
levantamento topográfico executado pela empresa Toposolo Ltda.
Com o resultado do ensaio SPT e o levantamento topográfico, foram definidos
3 eixos de perfis geotécnicos, na qual foram analisados separadamente cada um
desses. O perfil geotécnico 1 é formado pelos furos SP01, SP02 e SP03, e está
alinhado paralelamente com o sentido de declive do talude estudado, na qual exibe
todas as camadas de solos encontradas nos ensaios SPT. Já os perfis 2 e 3, estão
alinhados paralelamente ao topo e base do talude, respectivamente. O perfil
geotécnico 2 é composto pelos furos SP01, SP1A, SP1B e SP1C, tendo camadas bem
parecidas de aterro, argila e de silte, mas no SP1C acredita-se se tratar de um
matacão na chegada no impenetrável á percussão aos 2,45 metros. O perfil
geotécnico 3 é composto pelos furos SP03, SP3A e SP3B, contendo camada de silte
predominância de argila.
Foi possível coletar solo deformado e indeformado para realização dos ensaios
de caracterização física, tendo obtido limite de liquidez de 46,4%; limite de plasticidade
de 29,5%; índice de plasticidade de 16,9%; no de granulometria com sedimentação,
concluiu-se que o solo coletado é um silte argilo arenoso por ser constituído de 26,57%
de silte, 20,44% de argila, 17,39% de areia grossa, 14,26% de areia média, 13,21%
de pedregulho e 8,13% de areia fina, e a massa específica dos grãos de 2,705g/cm³;
e para caracterização mecânica foi realizado ensaio de cisalhamento direto onde
obteve-se peso específico natural médio de 17 kN/m², coesão de 0,0 kN/m² e ângulo
de atrito de 35,8°.
A análise final se deu através do software Slide, na qual visualizou-se melhor
as possível Seções de Ruptura e os Fatores de Segurança para cada possibilidade.
102
Definindo então a proposta de Teixeira (1996) para o ângulo de atrito, a proposta de
Teixeira e Godoy (1996) para coesão e proposta de Godoy (1972) para o peso
específico das camadas, com exceção da camada de silte argilo arenoso, identificado
em laboratório, tendo como resultado um FS de 2,431. Por não ter encontrado o nível
de água nos ensaios de SPT, foi analisado algumas alturas diferentes de níveis de
água, com 0,25m encontrou-se um FS de 1,866; com 0,50m, um FS de 1,911; com
1,25m, um FS de 2,033; com 2,50m, um FS de 2,208; com nível da água inexistente
encontrou-se um FS de 2,431 e com o nível da água na superfície do terreno um FS
de 1,753. Nessas condições, e por ser um método empírico, percebe-se que o talude
está com estabilidade quando se considerar todas as informações deste trabalho.
7.2 SUGESTÃO PARA TRABALHO FUTURO
• Realizar sondagens mistas, na qual são a percussão em solo e rotativa em
rocha, para confirmar se o impenetrável estava localizado em rocha-mãe e,
• Coletar mais amostras de solo indeformado para ensaios de cisalhamento.
103
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11.682: Estabilidade de encostas. 2009.
______ NBR 7180: Solo — Determinação do limite de plasticidade. 2016.
______ NBR 7181: Solo - Analise granulométrica. 2017.
______ NBR 6502: Rochas e solos – Terminologia. 1995.
______ NBR 6457: Amostras de solo – Preparação para ensaio de compactação e ensaio de caracterização. 2016.
______ NBR 6459: Solo - Determinação do limite de liquidez. 2016.
______ NBR 6484: Solo – Sondagem de simples reconhecimento com SPT – Método de ensaio. 2020.
______ NBR ISO 10318-1 - Geossintéticos – Termos e definições. 2015.
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105
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107
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109
ANEXO A – Resultado dos Ensaios de
Caracterização Física e Mecânica
ANEXO A – Resultado dos Ensaios de Caracterização Física e Mecânica
Solicitante: Elizabeth; Sthefany Laboratorista: Franciély E. da da Silva
Data: Responsável: Fernanda S. de S. Oliveira
204 401
20,82 20,67
96,71 91,07 2300,4
94,93 89,45 297,67
1,78 1,62 2002,73
74,11 68,78 1956,20
2,40 2,36 2253,87
Nº (mm) (g)
3" 75,0 0,00 0,00% 0,00% 100,00%
2" 50,0 0,00 0,00% 0,00% 100,00%
1,5 37,5 0,00 0,00% 0,00% 100,00%
1" 25,0 0,00 0,00% 0,00% 100,00%
3/4" 19,1 14,93 0,66% 0,66% 99,34%
3/8" 9,5 7,46 0,33% 0,99% 99,01%
4 4,75 33,43 1,48% 2,48% 97,52%
10 2,0 241,85 10,73% 13,21% 86,79%
16 1,19 8,06 6,96% 6,96% 93,04% 80,75%
30 0,60 15,14 13,07% 20,03% 79,97% 69,41%
40 0,42 6,16 5,32% 25,35% 74,65% 64,79%
50 0,30 6,62 5,72% 31,07% 68,93% 59,83%
100 0,15 9,38 8,10% 39,17% 60,83% 52,80%
200 0,075 7,13 6,16% 45,32% 54,68% 47,46%
Massa Específica dos Grãos de Solo (g/cm³): 2,705 Densímetro Nº: 1
1003,3
Volume da Suspensão (cm³): 1000 Peso da Amostra Úmida (g): 118,57
9,130E-06 Peso da Amostra Seca (g): 115,82
t L Cm H L Lr Lc % D
45 25,5 1,0425 0,0005 9,59 1042,5 1003,3 39,2 46,57% 0,045
70 25,5 1,0410 0,0005 9,83 1041,0 1003,3 37,7 44,79% 0,037
120 25,5 1,0390 0,0005 10,15 1039,0 1003,3 35,7 42,42% 0,028
240 25,5 1,0375 0,0005 9,69 1037,5 1003,3 34,2 40,64% 0,020
480 25,4 1,0354 0,0005 10,02 1035,4 1003,3 32,1 38,13% 0,014
990 25,2 1,0315 0,0005 10,65 1031,5 1003,3 28,2 33,46% 0,010
1800 25,2 1,0306 0,0005 10,79 1030,6 1003,3 27,3 32,39% 0,008
3600 25,0 1,0270 0,0005 11,36 1027,0 1003,3 23,7 28,08% 0,006
7200 24,8 1,0245 0,0005 11,76 1024,5 1003,4 21,1 25,07% 0,004
14400 24,8 1,0225 0,0005 12,08 1022,5 1003,4 19,1 22,69% 0,003
32400 24,0 1,0206 0,0005 12,38 1020,6 1003,5 17,1 20,28% 0,002
86400 23,5 1,0190 0,0005 12,63 1019,0 1003,6 15,4 18,28% 0,001
09:14:45
Diâmetro
dos Grãos
(mm)
% Amostra
Total
Peso
Retido
0,9768Fator de correção da umidade
PE
NE
IRA
ME
NT
O
FR
AÇ
ÃO
FIN
A
Peneira
Dados de Ensaio
RETIDA
Fração
GrossaFração Grossa
Retido
Acumulado
PASSANTE
Fração
Fina
09:14:00
10:14:00
11:14:00
13:14:00
18:14:00
Dados de Ensaio
FR
AÇ
ÃO
G
RO
SS
A
PORCENTAGEM
Sedimentação
Fração Fina
Coeficiente de Viscosidade do Meio Dispersor na Temperatura de Ensaio
(g.s/cm²):
Massa Específica do Meio Dispersor na Temperatura de Ensaio (g/cm³):
Tempo
(s)
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
Curso de Engenharia Civil
Peso da Cápsula + Solo Úmido (g)
Nº Cápsula
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL
Dados para CálculoTeor de Umidade da Amostra
ABNT NBR 7181:2016 - Análise Granulométrica
CAMPUS NORTE / PEDRA BRANCA
Peso Úmido Total (g):
Peso da Cápsula (g)
19/11/2020
Peso da Cápsula + Solo Seco (g)
09:30:30
09:22:00
09:16:00
09:18:00
Hora
Peso de Água (g)
Peso de Solo Seco g)
Teor de Umidade Médio (%) 2,38
Teor de Umidade (%)
09:44:00
Peso Seco Retido na # 10 (g):
Peso Úmido Passado na # 10 (g):
Peso Seco Passado na # 10 (g):
Peso Seco Total (g):
09:15:10
Leitura
Corrigida
Altura de
Queda
(cm)
Correção
Devido à
Temperatura
Correção do
Menisco (cm)
Conversão da
Leitura
Densimétrica
Leitura
Densimétrica
Temperatura
(°C)
ARGILA
0,0 - 0,002
20,44% 100,00%
Solicitante: Elizabeth; Sthefany Laboratorista: Franciély E. da da Silva
Data: Responsável: Fernanda S. de S. OliveiraAreia silto argilosa
SILTE AREIA FINA
13,21%
0,002 - 0,06 0,06 - 0,20 0,20 - 0,60 0,60 - 2,0 2,0 - 60,0
19/11/2020
CURVA DE DISTRIBUIÇÃO GRANULOMÉTRICA
ABNT NBR 6502:1995 - Rochas e Solos
AREIA GROSSAAREIA MÉDIA
8,13%
PEDREGULHO
26,57% 14,26% 17,39%
DESCRIÇÃO DA AMOSTRA
Arg
ila
Silte
Are
ia F
.
Are
ia M
.
Are
ia G
.
Ped
regulh
o
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
0,001 0,01 0,1 1 10 100
Porc
enta
gem
Pas
sante
(%
)
Diâmetro dos Grãos (mm)
Solicitante: Elizabeth; Sthefany Laboratorista: Franciély Espindola da Silva
Data: Responsável: Fernanda S. de S. Oliveira
6 6
257,07 257,07
372,07 372,07
112,33 112,33
1239,9 1239,9
1352,2 1352,2
1310,8 1310,8
41,43 41,43
2,711 2,711
22,9 22,9
0,9976 0,9976
2,705 2,705
204 401
20,82 20,67
96,71 91,07
94,93 89,45
2,40 2,36
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINACAMPUS NORTE - PEDRA BRANCA
Curso de Engenharia Civil
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL
ABNT NBR 6458:2016 - Graos de solos que passam na peneira de abertura 4,8 mm - Determinacao da massa
especifica
0,9768 Coeficiente de correção da umidade
Nº Picnômetro
Dados de ensaio
Peso do picnômetro vazio (g)
Peso da Cápsula (g)
Teor de Umidade Médio (%) 2,38
Teor de Umidade (%)
Peso do picnômetro com solo úmido (g)
Peso da Cápsula + Solo Úmido (g)
Nº Cápsula
Massa específica dos grãos (g/cm³)
Peso da Cápsula + Solo Seco (g)
Temperatura (ºC)
Determinação do teor de umidade higroscópico
Peso do solo seco (g)
Massa específica dos grãos (g/cm³)
Fator de correção devido à temperatura
19/11/2020
Massa específica dos grãos corrigida (g/cm³)
Peso do picnômetro com água (g)
Peso do picnômetro com água mais solo seco (g)
Peso do picnômetro mais solo imerso (g)
Peso deslocado (g)
Solicitante: Elizabeth, Sthefany Laboratorista: Franciély Espindola da Silva
Data: Responsável: Fernanda S. de S. Oliveira
40 48 54 29 4
11,47 11,10 11,62 12,41 11,38
18,48 19,45 18,16 21,33 16,00
Cápsula + Solo Seco (g) 16,34 16,87 16,10 18,47 14,47
36 34 28 22 14
2,14 2,58 2,06 2,86 1,53
4,87 5,77 4,48 6,06 3,09
43,9 44,7 46,0 47,2 49,5
41 2 44 46 33
9,72 9,28 10,13 11,63 10,18
11,37 10,57 11,82 13,47 11,80
Cápsula + Solo Seco (g) 11,00 10,27 11,43 13,06 11,45
0,37 0,30 0,39 0,41 0,35
1,28 0,99 1,30 1,43 1,27
28,9 30,3 30,0 28,7 27,6
28,9 30,3 30,0 28,7 ---
Peso de Solo Seco (g)
Teor de Umidade (%)
WL (%) 46,4
Nº Cápsula
ABNT NBR 7180:2016 - Determinação do limite de plasticidade
ABNT NBR 6459:2016 - Determinação do limite de liquidez
Nº Cápsula
Peso da Cápsula (g)
Cápsula + Solo Úmido (g)
Peso de Água (g)
Nº de Golpes
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
CAMPUS NORTE - PEDRA BRANCA
Curso de Engenharia Civil
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL
Determinação dos Limites de Consistência do Solo
19/11/2020
IP (%) 16,9
Peso da Cápsula (g)
Cápsula + Solo Úmido (g)
Peso de Água (g)
Peso de Solo Seco (g)
WP (%) - Média 1 29,1
Teor de Umidade (%)
Situação Ok!
WP (%) - Média 2 29,5
25
R² = 0,99
10
100
40 42 44 46 48 50 52 54
Núm
ero d
e G
olp
es
Teor de Umidade (%)
WL - Reta de Escoamento
Solicitante: Elizabeth; Sthefany Laboratorista: Franciély E. da SilvaData: Responsável: Fernanda S. de S. Oliveira
Teor de umidade natural médio (%): 27,1%Peso específico natural médio (kN/m³ ): 17,00Índice de vazios: 1,02
Velocidade de ensaio (mm/min): 0,055Densidade real dos grãos: 2,705Condições do Ensaio: Consolidado, Drenado
0,035,8Ângulo de Atrito Interno ( f ) ( º ):
15/06/2021
Coesão ( kN/m² ):
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINACAMPUS NORTE / PEDRA BRANCA
Curso de Engenhaira Civil
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL
ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO
Observações
RESULTADOS
0
20
40
60
80
100
120
0 2 4 6 8 10 12 14
Ten
são
Cis
alha
nte
(kN
/m²)
Deformação Horizontal ( % )
-2,5
-2,0
-1,5
-1,0
-0,5
0,00 2 4 6 8 10 12 14
Def
orm
ação
Ver
tica
l (%
)
Deformação Horizontal ( % )
y = 0,6608xR² = 0,9929
0
20
40
60
80
100
120
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Ten
são
Cis
alh
ante
(k
N/m
²)
Tensão Normal (kN/m²)
Solicitante: Elizabeth; Sthefany Laboratorista: Franciély E. da Silva
Data: Responsável: Fernanda S. de S. Oliveira
Estágio CP w (%) γh (kN/m³) γd (kN/m³) δ e
1 1 24,96% 17,53 14,03 2,705 0,93
2 2 26,08% 16,92 13,42 2,705 1,02
3 3 30,21% 16,55 12,71 2,705 1,13
Onde:
w (%) Teor de umidade
γh (kN/m³) Peso específico natural ou Peso específico úmido
γd (kN/m³) Peso específico seco
δ Densidade real das partículas
e Índice de vazios
RESUMO DOS ÍNDICES FÍSICOS OBTIDOS
UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA
CAMPUS NORTE / PEDRA BRANCA
Curso de Engenhaira Civil
LABORATÓRIO DE ENGENHARIA CIVIL
ENSAIO DE CISALHAMENTO DIRETO
19/11/2020
116
ANEXO B – Projeto Geotécnico –
Planialtimétrico – Localização dos SPT
ANEXO B – Projeto Geotécnico –
Planialtimétrico – Localização dos SPT
Descrição da Folha:
PLANIALTIMÉTRICO - LOCALIZAÇÃO DOS SPT
Tipo de Projeto:
Indicada
Projetista:
Obra:
Escala:
Rev. Data
Proprietário:
Arquivo do Projetista
NSCTV - COMUNICAÇÕES
PROJETO GEOTÉCNICO
Data: Desenhista:
Giliardi
Descrição Responsável
00Emissão
Tarcísio / Rafael
24/01/2020
24/01/2020
Rua General Vieira da Rosa - Morro da Cruz - Florianópolis / SC
Sistema Normas Técnicas Adotada Sistema Normas Técnicas Adotadas
NBR 6122Projetos e execução de fundações
Faze do Projeto:
Folha:
EXECUTIVO
01
Especificações das Sondagens a
percussão:
- SPT 01: Profundidade máxima = 11 metros
- SPT 02: Profundidade máxima = 08 metros
- SPT 03: Profundidade máxima = 07 metros
Observações:
- Caso a impenetrável ocorra antes destas profundidades, realizar
deslocamentos com afastamento variando entre 4m a 5m em relação ao furo
principal.
- Realizar no máximo 2 deslocamentos em relação ao furo principal
Eng. Rafael Fabiano Cordeiro
CREA/SC 101.753-5
SPT-01
0+00.00
0+05.00
0+10.00
0+15.00
0+20.00
0+25.00
0+30.00
0+35.00
0+40.00
0+45.00
0+50.00
0+55.00
0+60.00
0+65.00
0+70.00
0+75.00
0+80.00
0+85.00
0+90.00
0+95.00
1+00.00
1+05.00
1+10.00
1+15.00
1+20.00
1+25.00
1+30.00
1+35.00
1+40.00
1+45.00
1+50.00
1+55.00
1+56.27
0+
01.00
0+
02.00
0+
03.00
0+
04.00
0+
06.00
0+
07.00
0+
08.00
0+
09.00
0+
11.00
0+
12.00
0+
13.00
0+
14.00
0+
16.00
0+
17.00
0+
18.00
0+
19.00
0+
21.00
0+
22.00
0+
23.00
0+
24.00
0+
26.00
0+
27.00
0+
28.00
0+
29.00
0+
31.00
0+
32.00
0+
33.00
0+
34.00
0+
36.00
0+
37.00
0+
38.00
0+
39.00
0+
41.00
0+
42.00
0+
43.00
0+
44.00
0+
46.00
0+
47.00
0+
48.00
0+
49.00
0+
51.00
0+
52.00
0+
53.00
0+
54.00
0
+
5
6
.0
0
0
+
5
7
.0
0
0
+
5
8
.0
0
0
+
5
9
.0
0
0
+
6
1
.0
0
0
+
6
2
.0
0
0
+
6
3
.
0
0
0
+
6
4
.
0
0
0
+
6
6
.
0
0
0
+
6
7
.
0
0
0
+
6
8
.
0
0
0
+
6
9
.
0
0
0
+
7
1
.
0
0
0
+
7
2
.
0
0
0
+
7
3
.
0
0
0
+
7
4
.
0
0
0
+
7
6
.
0
0
0
+
7
7
.
0
0
0
+
7
8
.
0
0
0
+
7
9
.
0
0
0
+
8
1
.
0
0
0
+
8
2
.
0
0
0
+
8
3
.
0
0
0
+
8
4
.
0
0
0
+
8
6
.
0
0
0
+
8
7
.
0
0
0
+
8
8
.
0
0
0
+
8
9
.
0
0
0
+
9
1
.0
0
0
+
9
2
.0
0
0
+
9
3
.0
0
0
+
9
4
.0
0
0
+
9
6
.0
0
0
+
9
7
.0
0
0
+
9
8
.0
0
0
+
9
9
.0
0
1
+
0
1
.0
0
1
+
0
2
.0
0
1
+
0
3
.0
0
1
+
0
4
.0
0
1
+
0
6
.0
0
1
+
0
7
.0
0
1
+
0
8
.0
0
1
+
0
9
.0
0
1
+
1
1
.0
0
1
+
1
2
.0
0
1
+
1
3
.0
0
1
+
1
4
.0
0
1
+
1
6
.0
0
1
+
1
7
.0
0
1
+
1
8
.0
0
1
+
1
9
.0
0
1
+
2
1
.0
0
1+
22.00
1+
23.00
1+
24.00
1+
26.00
1+
27.00
1+
28.00
1+
29.00
1+
31.00
1
+
3
2
.0
0
1
+
3
3
.0
0
1+
34.00
1+
36.00
1+
37.00
1+
38.00
1+
39.00
1+
41.00
1+
42.00
1+
43.00
1+
44.00
1
+
4
6
.0
0
1+
47.00
1+
48.00
1+
49.00
1+
51.00
1+
52.00
1+
53.00
1+
54.00
1+
56.00
Planta de Localização
escala 1:150
SPT-02
SPT-03
1330.4
972.3
1
0
0
4
.
7
7
0
0
ÁREA EDIFICADA
1
2
1
.
9
X =743434,53
3
9
8
.
7
Eng. Tarcisio Lucio Lunardeli
CREA/SC 054755-5
[email protected] - tel. 48 984047797
NC - COMUNICAÇÕES SA
CNPJ: 79.227.963/0001-35
X =6945786,50
X =743427,18
X =6945779,67
X =743422,05
X =6945774,90
CLIENTE: NSCTV - COMUNICAÇÕES. REF:10105/2020
LOCAL SERVIÇO: Rua General Vieira da Rosa - Morro da Cruz - Florianópolis- SC. Data inicial:13/02/2020
Sondagem: SP01 Cota (m): 238 Data final: 13/02/2020
Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostras - - - - das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º camadas
1,00 1 2 2 ATERRO, ARGILOSO, AVERMELHADO, MUITO MOLE;
2,00 2 2 22,50
3,00 3 2 2ATERRO, ARGILOSO, CINZA, MUITO MOLE;
4,00 4 2 2
5,00 5 2 2
5,706,00 6 5 6
ARGILA, MARROM DE CONSISTÊNCIA MÉDIA;
7,00 7 7 97,80
8,00 8 11 13 SILTE ARENOSO, CINZA, MEDIANAMENTE COMPACTO; 8,50
9,00 9 26 32 SILTE COM PEDREGULHO, AMARELADO, COMPACTO; 9,70
10,00 10 18 22SILTE ARENOSO, AMARELADO, COMPACTO;
11,00 11 36 42
11,8012,00 12
IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (SILTE ARENOSO)
13,00 ENSAIO DE TREPANAÇÃO POR LAVAGEM;
10 minutos - avanço - 5,00 cm14,00
10 minutos - avanço - 4,00 cm
15,00 10 minutos - avanço - 3,00 cm
CONFORME NBR 6484 16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
Obs.:
Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4
JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA
Prof. N.A (m):
X= 743434,53 / X= 6945786,50
Não atingiu o nível da água
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
CLIENTE: NSCTV - COMUNICAÇÕES. REF:10105/2020
LOCAL SERVIÇO: Rua General Vieira da Rosa - Morro da Cruz - Florianópolis- SC. Data inicial:14/02/2020
Sondagem: SP1.A Cota (m): 238 Data final: 14/02/2020
Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostras - - - - das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º camadas
PISO LAJOTA;0,15
1,00 1 2 2
2,00 2 2 2
3,00 3 2 2 ATERRO, ARGILO ARENOSO, AVERMELHADO;
4,00 4 2 2
5,00 5 2 25,50
6,00 6 4 5 ARGILA, MARROM DE CONSISTÊNCIA MÉDIA; 6,60
7,00 7 36 42SILTE ARENOSO, AMARELADO, COMPACTO;
8,00 8 39 45
9,00 9 9,00
IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (SILTE ARENOSO) 10,00 10
ENSAIO DE TREPANAÇÃO POR LAVAGEM;
11,0010 minutos - avanço - 5,00 cm
12,00 10 minutos - avanço - 4,00 cm
10 minutos - avanço - 3,00 cm13,00
CONFORME NBR 6484
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
Obs.:
Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4
JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA
Prof. N.A (m): Não atingiu o nível da água
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
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11
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14
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16
17
18
19
20
21
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
CLIENTE: NSCTV - COMUNICAÇÕES. REF:10105/2020
LOCAL SERVIÇO: Rua General Vieira da Rosa - Morro da Cruz - Florianópolis- SC. Data inicial:14/02/2020
Sondagem: SP1.B Cota (m): 238 Data final: 14/02/2020
Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostras - - - - das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º camadas
PISO DE LAJOTA;0,15
1,00 1 2 2
ATERRO ARGILO ARENOSO, AVERMELHADO;2,00 2 2 2
3,00 3 2 2
4,00 4 2 24,50
5,00 5 4 5
ARGILA POUCO ARENOSA, MARROM, DE CONSISTÊNCIA MÉDIA; 6,00 6 4 5
7,00 7 34 39 7,00
8,00 8 42 46 SILTE ARENOSO, AMARELADO, COMPACTO;
9,00 9 45 49
9,8010,00 10
IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (SILTE ARENOSO)
11,00 ENSAIO DE TREPANAÇÃO POR LAVAGEM;
10 minutos - avanço - 4,00 cm12,00
10 minutos - avanço - 4,00 cm
13,00 10 minutos - avanço - 3,00 cm
CONFORME NBR 6484 14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
Obs.:
Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4
JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA
Prof. N.A (m): Não atingiu o nível da água
0
1
2
3
4
5
6
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9
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16
17
18
19
20
21
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
CLIENTE: NSCTV - COMUNICAÇÕES. REF:10105/2020
LOCAL SERVIÇO: Rua General Vieira da Rosa - Morro da Cruz - Florianópolis- SC. Data inicial:14/02/2020
Sondagem: SP1.C Cota (m): 238 Data final: 14/02/2020
Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostras - - - - das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º camadas
PISO DE LAJOTA;0,15
1,00 1 4 5
ATERRO, ARGILO ARENOSO, AVERMELHADO, DE CONSISTÊNCIA MÉDIA;2,00 2 5 6
2,453,00 3 IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (MATACAO OU ROCHA)
CONFORME NBR 6484 4,00
5,00
6,00
7,00
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
Obs.:
Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4
JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA
Prof. N.A (m): Não atingiu o nível da água
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
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16
17
18
19
20
21
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
CLIENTE: NSCTV - COMUNICAÇÕES. REF:10105/2020
LOCAL SERVIÇO: Rua General Vieira da Rosa - Morro da Cruz - Florianópolis- SC. Data inicial:12/02/2020
Sondagem: SP02 Cota (m): 234 Data final: 12/02/2020
Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostras - - - - das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º camadas
CAMADA VEGETAL;0,20
1,00 1 2 2
2,00 2 2 2ATERRO, ARGILO ARENOSO, AVERMELHADO;
3,00 3 4 4
4,00 4 3 44,50
5,00 5 4 5
6,00 6 7 9ARGILA POUCO ARENOSA, MARROM, DE CONSISTÊNCIA MÉDIA;
7,00 7 7 8
8,00 8 7 9
9,00 9 5 79,30
10,00 10 32 37 ARGILA SILTE, ARENOSA, AVERMELHADA, DURA;
10,5011,00 11
IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (MATACAO OU ROCHA)
12,00 CONFORME NBR 6484
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
Obs.:
Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4
JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA
Prof. N.A (m):
X= 743427,18 / X= 6945779,67
Não atingiu o nível da água
0
1
2
3
4
5
6
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18
19
20
21
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
CLIENTE: NSCTV - COMUNICAÇÕES. REF:10105/2020
LOCAL SERVIÇO: Rua General Vieira da Rosa - Morro da Cruz - Florianópolis- SC. Data inicial:12/02/2020
Sondagem: SP03 Cota (m): 231 Data final: 12/02/2020
Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostras - - - - das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º camadas
CAMADA VEGETAL;0,20
1,00 1 3 4
ATERRO, ARGILOSO, AVERMELHADO;2,00 2 4 4
2,50
3,00 3 4 4ARGILA, MARROM, MOLE;
4,00 4 4 4 4,30
5,00 5 18 32 ARGILA, ARENOSA, CINZA, DURA;
6,00 6 5,50
IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (MATACAO OU ROCHA) 7,00
CONFORME NBR 6484
8,00
9,00
10,00
11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
Obs.:
Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4
JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA
Prof. N.A (m):
X= 743422,05 / X= 6945774,90
Não atingiu o nível da água
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
CLIENTE: NSCTV - COMUNICAÇÕES. REF:10105/2020
LOCAL SERVIÇO: Rua General Vieira da Rosa - Morro da Cruz - Florianópolis- SC. Data inicial:13/02/2020
Sondagem: SP3.A Cota (m): 231 Data final: 13/02/2020
Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostras - - - - das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º camadas
CAMADA VEGETAL;0,20
1,00 1 2 2ATERRO, ARGILO ARENOSO, AVERMELHADO, MUITO MOLE;
2,00 2 2 2
3,00 3 2 23,70
4,00 4 5 6ARGILA, MARROM DE CONSISTÊNCIA MÉDIA;
5,00 5 7 95,30
6,00 6 32 38 SILTE ARENOSO, AMARELADO, COMPACTO;
6,507,00 7
IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (SILTE ARENOSO)
8,00 ENSAIO DE TREPANAÇÃO POR LAVAGEM;
10 minutos - avanço - 5,00 cm9,00
10 minutos - avanço - 4,00 cm
10,00 10 minutos - avanço - 3,00 cm
CONFORME NBR 6484 11,00
12,00
13,00
14,00
15,00
16,00
17,00
18,00
19,00
20,00
21,00
Obs.:
Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4
JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA
Prof. N.A (m): Não atingiu o nível da água
0
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60
CLIENTE: NSCTV - COMUNICAÇÕES. REF:10105/2020
LOCAL SERVIÇO: Rua General Vieira da Rosa - Morro da Cruz - Florianópolis- SC. Data inicial:13/02/2020
Sondagem: SP3.B Cota (m): 231 Data final: 13/02/2020
Profun-
Prof. Nº. das Golpes / cm didade DESCRIÇÃO
(mts) Amostras - - - - das DOS SOLOS
1º+2º 2º+3º camadas
CAMADA VEGETAL;0,20
1,00 1 2 2
ATERRO, ARGILO ARENOSO, AVERMELHADA, MUITO MOLE;2,00 2 2 2
2,70
3,00 3 3 4
ARGILA, MARROM DE CONSISTÊNCIA MÉDIA; 4,00 4 5 6
5,00 5 6 7
6,00 6 6 6
7,00 7 5 6
8,00 8 4 5
9,00 9 5 6
10,00 10 5 6
11,00 11 4 5
12,00 12 5 6
13,00 13 6 713,70
14,00 14 34 38SILTE ARENOSO, AMARELADO, COMPACTO;
15,00 15 39 43
15,5016,00 16
IMPENETRÁVEL A PERCUSSÃO (SILTE ARENOSO)
17,00 ENSAIO DE TREPANAÇÃO POR LAVAGEM;
10 minutos - avanço - 4,00 cm18,00
10 minutos - avanço - 3,00 cm
19,00 10 minutos - avanço - 3,00 cm
CONFORME NBR 6484 20,00
21,00
Obs.:
Resp Técnico: Arnildo Barossi/CREA-SC- 11814-4
JA BAROSSI TECNOLOGIA DE SOLOS LTDA
Prof. N.A (m): Não atingiu o nível da água
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