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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ZOOTECNIA E ENGENHARIA DE ALIMENTOS
MARCOS KENJI NAGATA
Caracterização Econômica de Planos de Negócios: um estudo de
caso FZEA/USP
Pirassununga
2018
MARCOS KENJI NAGATA
Caracterização Econômica de Planos de Negócios: um estudo de
caso FZEA/USP
Versão Corrigida
Pirassununga 2018
Dissertação apresentada à Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Mestre em Ciências. Área de concentração: Gestão e Inovação na Indústria Animal Orientador: Prof. Dr. César Gonçalves de Lima
Ficha catalográfica elaborada pelo Serviço de Biblioteca e Informação, FZEA/USP,
com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)
Permitida a cópia total ou parcial deste documento, desde que citada a fonte - o autor
Nagata, Marcos Kenji N147a Caracterização Econômica de Planos de Negócios: um
estudo de caso FZEA/USP / Marcos Kenji Nagata ; orientador César Gonçalves de Lima ; coorientador Celso da Costa Carrer. -- Pirassununga, 2018.
63 f.
Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-Graduação em Mestrado Profissional Gestão e Inovação na Indústria Animal) -- Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo.
1. Agronegócio. 2. Empreendedorismo. 3. Plano de Negócio. 4. Atividade Econômica. I. Lima, César Gonçalves de, orient. II. Carrer, Celso da Costa, coorient. III. Título.
MARCOS KENJI NAGATA
Análise para Caracterização Econômica de Planos de Negócios: um
estudo de caso FZEA/USP
Data de aprovação: 13/08/2018
Banca Examinadora:
______________________________________________________________
Presidente da Banca Examinadora – Prof. Dr. César Gonçalves de Lima -FZEA/USP
______________________________________________________________
Examinador 1 - Prof. Dr. Celso da Costa Carrer – FZEA/USP
______________________________________________________________
Examinador 2 - Prof. Dr. Carlos Alberto Ferreira Bispo - AFA
______________________________________________________________
Examinador 3 - Prof. Dr. João Vilhete Viegas d’Abreu - UNICAMP
Dissertação apresentada à Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Mestre em Ciências. Área de concentração: Gestão e Inovação na Industria Animal Orientador: Prof. Dr. César Gonçalves de Lima
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho a meus pais, Keigi (in memorian) e Shigueió Nagata, que sempre me apoiaram com a firmeza de um amor incondicional, que sempre me ensinaram o
caminho da busca de uma sociedade mais justa e fraterna. Dedico também, à aqueles que buscam constante aprimoramento.
AGRADECIMENTOS
Agradeço inicialmente a meus pais, Keigi(in memorian) e Shigueió, que sempre me
apoiaram com a firmeza de um amor incondicional. Agradeço a meu filho Matheus,
por ser a constante fonte de inspiração.
Agradeço ao Prof. Dr. Cesar Gonçalves de Lima pela orientação e condução dos
trabalhos de levantamento e pesquisa. Pela paciência e dedicação, sem as quais não
teria concluído este trabalho.
Agradeço, em especial, ao Prof. Dr. Celso da Costa Carrer pela oportunidade de
proporcionar um caminho, que, com enorme paciência e compreensão me ensinou a
ser pragmático, sem a qual nem teria iniciado este trabalho.
“A ciência deve ser universal, sem dúvida. Porém, nós
não devemos acreditar incondicionalmente nisto.”
Cesar Mansueto Giulio Lattes
RESUMO
NAGATA, M. K. Caracterização Econômica de Planos de Negócios: um estudo
de caso FZEA/USP. 63 p. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Zootecnia e
Engenharia de Alimentos, Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2018.
O empreendedorismo possui um conjunto de qualificações técnicas e
comportamentais necessárias tanto ao mercado de trabalho, quanto para a
construção de um novo empreendimento. A partir do final da década de 1990, o
ensino do empreendedorismo passa a ter enorme difusão, principalmente com o
programa do Governo Federal “Brasil Empreendedor”, tendo como objetivo a
disseminação em massa do empreendedorismo, e como principal ferramenta de
gestão e orientação, o Plano de Negócios. Este trabalho tem por finalidade estudar a
caracterização econômica dos diversos Planos de Negócios elaborados entre 2003 e
2014, por estudantes de graduação da FZEA/USP. Através do estudo, foi possível
caracterizar os planos de negócio de acordo com as atividades econômicas e elos da
cadeia produtiva, classificadas por suas variáveis econômicas.
Palavras-Chave: agronegócio, empreendedorismo, plano de negócios, atividade
econômica.
.
ABSTRACT
NAGATA, M. K. Economic Characterization of Business Plans: a case study FZEA
/USP. 63 p. M.Sc. Dissertation - Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos,
Universidade de São Paulo, Pirassununga, 2018.
Entrepreneurship has a set of technical and behavioral qualifications necessary both
for the labor market and for the construction of a new enterprise. Since the end of the
1990s, entrepreneurship education has become widely diffused, especially with the
"Brasil Empreendedor" Federal Government program, aimed at the mass
dissemination of entrepreneurship, and as the main management and orientation tool,
the Business Plan. This study aims to study the economic characterization of the
various Business Plans elaborated between 2003 and 2014 by undergraduate
students from FZEA / USP. Through the study, it was possible to characterize the
business plans according to the economic activities and links of the productive chain,
classified by their economic variables.
Key Words: agribusiness, entrepreneurship, business plan, economic activities.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Box-plot das variáveis Payback, TRKT, KINV e margem Líquida dos
planos de negócios. .................................................................................................. 34
Figura 2 - Histograma dos valores de Payback, TRKT, KINV e Margem Liquida dos
planos de ngócios ..................................................................................................... 35
Figura 3 - Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela Payback(anos) .......................................................................................................... 36
Figura 4 - Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela TRKT
(Taxa de Retorno de Capital Total) ......................................................................... 37
Figura 5 - Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela variável KINV (Capital de Investimento) .................................................................. 38
Figura 6 - Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela variável LÍQUIDA (Margem Líquida) ..................................................................................... 39
Figura 7 - Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela variável INOVAÇÃO................................................................................................. 39
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Modelo de Plano de Negócio.................................................................. 22
Tabela 2 - Fases do Agronegócio no Brasil............................................................ 24
Tabela 3 - Custos de Produção e indicadores de resultado econômico.................. 25
Tabela 4 - Métodos de Análise de Investimentos e seus autores............................25
Tabela 5 - Critérios de Classificação dos planos de negócios................................. 31
Tabela 6 - Distribuuição de frequências dos planos de negócios por atividade...... 33
Tabela 7 - Distribuição de frequências dos planos de negócio por elo da cadeia... 33
Tabela 8 - Estatísticas descritivas do Payback, TRKT, KINV e Margem Líquida dos
planos de negócios.................................................................................................. 34
Tabela 9 - Correlação linear de Pearson entre as variáveis Payback, TRKT, KINV e
Margem Líquida dos planos de negócios................................................................. 35
Tabela 10 - Mapeamento das Atividades Econômicas e suas características......... 42
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AGRO: Agropecuária
BIO: Biotecnologia
COE: Custo Operacional Efetivo
COT: Custo Operacional Total
CP: Cadeia Produtiva
CT: Custo Total
C&T: Ciência e Tecnologia
DIST: Distribuição
EMBRAPA: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
Empretec: Seminário voltado para empresários para formar e desenvolver capaci-
dades empreendedoras
EUA: Estados Unidos da América
EVA: Economic Value Add (Valor Econômico Agregado)
GEM: Global Entrepeneurship Monitor
FINEP: Financiadora de Estudos e Projetos
FZEA: Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos
IBC: Índice Custo/Benefício
IEA: Instituto de Economia Agrícola
IES: Instituições de Ensino Superior
IL: Índice de Lucratividade
IME: Inovação em Mercado Emergente
IND: Agroindústria
INSU: Insumos
IP: Inovação Presente
IPPA: Inovação com Potencial de Patente
KGIRO: Capital de Giro
KINV: Capital Investido
L: Lucro
MAPEL: Método, Ambiente, Pessoas, Estratégia, Liderança e Resultado
MB: Margem Bruta
MDIC: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
ML: Margem Líquida
MO: Mão de obra
Networks: compartilhar o conhecimento
OCDE: Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico
OCO: Outros Custos Operacionais
ONU: Organização das Nações Unidas
PA: Patente
PET: Animais de estimação
P&D: Pesquisa e Desenvolvimento
PIPE: Programa de Inovação Tecnológica em Pequenas Empresas
PN: Plano de Negócio
PNs: Planos de Negócios
PROC: Processamento
PROD: Produção
RB: Renda Bruta
RCG: Remuneração do Capital de Giro
RCI: Remuneração do Capital investido
RFC: Reconstruction Finance Corporation (Corpoação Financeira de Reconstrução)
ROIA: Retorno Adicional sobre o Investimento
SaaS: Software as a Service (Software como um Serviço)
SBA: Small Business Administration (Administração de Pequenos Negócios)
SEBRAE: Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas.
SI: Sem Inovação
SERV: Serviços
TI: Tecnologia da Informação
TIR: Taxa Interna de Retorno
TIRM: Taxa Interna de Retorno Ajustada
TRKG: Taxa de retorno do capital de giro
TRKT: Taxa de retorno do capital total
UNITEC: Incubadora de Empresas Inovadoras do Agronegócio
USP: Universidade de São Paulo
VFL: Valor Futuro Líquido
VPL: Valor Presente Líquido
VPLa: Valor Presente Líquido Anualizado
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
2. REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 16
2.1 Empreendedorismo e o Empreendedor.............................................................. 16
2.2 O Ensino do Empreendedorismo ....................................................................... 17
2.3 Plano de Negócios.............................................................................................. 20
2.4 Agronegócio e Cadeias Produtivas .................................................................... 23
2.5 Métodos de Avaliação Econômica de Investimentos ......................................... 25
3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................... 29
3.1 Materiais ............................................................................................................ 29
3.2 Métodos ............................................................................................................. 31
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 33
4.1 Análise exploratória dos Planos de Negócios..................................................... 33
4.2 Caracterização dos Planos de Negócios por Atividade ..................................... 36
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 43
APÊNDICE .............................................................................................................. 47
APÊNDICE A - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do Payback e por atividade econômica................................................... 47
APÊNDICE B - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do TRKT e por atividade econômica....................................................... 47
APÊNDICE C - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do KINV e por atividade econômica........................................................ 48
APÊNDICE D - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados
pelo valor do Margem líquida e por atividade econômica....................................... 48
APÊNDICE E - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do Payback e por elo da cadeia produtiva............................................. 48
APÊNDICE F - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do TRKT e por elo da cadeia produtiva.................................................. 49
APÊNDICE G - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do KINV e por elo da cadeia produtiva................................................... 49
APÊNDICE H - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor da Margem Líquidae por elo da cadeia produtiva................................... 49
APÊNDICE I - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do Payback e pela presença de inovação........................................................50
APÊNDICE J - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados
pelo valor do TRKT e pela presença de inovação.................................................... 50
APÊNDICE K - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do KINV e pela presença de inovação..................................................... 50
APÊNDICE L - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor da Margem líquida e pela presença de inovação............................................. 50
ANEXOS .................................................................................................................. 51
ANEXO A – Conteúdo Disciplina: ZAZ 0426 do curso de Zootecnia - Empreendedorismo e Projetos no Agronegócio....................................................... 49 ANEXO B – Conteúdo Disciplina: ZAZ 1348 Do curso de Medicina Veterinária– Fundamentos de Empreendedorismo e Planejamento de Projetos......................... 53
ANEXO C – Conteúdo Disciplina: ZAZ 1052 - Engenharia de Biossistemas – Gestão, Inovação e Empreendedorismo ................................................................. 55
ANEXO D – Conteúdo Disciplina: GIA 5004 - Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal ................................................................... 57
ANEXO E - Planilha de Dados dos Planos de Negócio............................................ 60
14
1 Introdução
O surgimento de novos empreendedores nos últimos anos mostra que o Brasil
tem um viés de país empreendedor (GEM, 2017).
No contexto mundial, o Brasil tem grande destaque quando o assunto é
empreendedorismo. A partir do ano 2000, devido a uma enorme pressão imposta pela
globalização, as grandes corporações passaram por processos de redução de custos
e customização de operações para aumentar a competitividade. Neste processo de
reengenharia das empresas, uma de suas consequências foi o aumento do
desemprego, que provocou a abertura de pequenas empresas.
Contudo, foi na necessidade da diminuição da mortalidade dessas pequenas
empresas que o termo “empreendedorismo” ganhou popularidade e chamou a
atenção de toda a sociedade e também do Governo Federal, que em 1999, criou o
Programa Brasil Empreendedor. Este Programa tem como objetivos: capacitar mais
de um milhão de empreendedores brasileiros na elaboração de Planos de Negócio
(PN) e na sequência viabilizar o empreendimento através de agentes financeiros
vinculados ao Programa Brasil Empreendedor (DORNELAS, 2015).
Neste contexto o plano de negócio passa a ser um instrumento fundamental na
criação e gestão de empreendimentos, possuindo detalhes importantes para a
viabilidade do negócio, desde a abertura, assim como, o desenvolvimento e o
crescimento planejado e estruturado.
A importância do Plano de Negócios é amplamente estudada pelos principais
autores do empreendedorismo, tais como, Sahlman (1997), Dolabela (1999),
Chiavenato (2012) e Dornelas (2015). Todos afirmam que o PN é uma ferramenta
essencial na criação de novos empreendimentos, ou como ferramenta de gestão, ou
até mesmo para analisar a viabilidade do negócio, fazendo com que o empreendedor
se depare com um conjunto de parâmetros que são considerados por futuros sócios,
investidores, incubadoras, bancos e parceiros. Pavani et al (1997) e Dornelas (2015)
também afirmam que o PN se destina aos clientes, fornecedores e à própria empresa,
onde, as razões vão, desde a definição de estratégias de relacionamento e
negociação, até o convencimento do empreendimento e reconhecimento da
sociedade.
15
Quando se pensa na viabilidade de um empreendimento surgem fatores que
não estão ligados somente ao viés econômico-financeiro, tendo uma amplitude de
opções relacionadas a fatores que caracterizam o negócio quanto a sua atividade
econômica e até mesmo quanto ao elo da cadeia produtiva do agronegócio.
O objetivo do presente trabalho é analisar os dados dos planos de negócios
dos alunos de graduação da FZEA/USP, no período de 2003 a 2014 (ROSS, 2016)
enumerando as principais características de cada tipo de empreendimento, tornando
possível o mapeamento das variáveis mais significativas e uma consequente
caracterização dos planos de negócios conforme sua atividade econômica.
16
2. REVISÃO DA LITERATURA
2.1 Empreendedorismo e Empreendedor
A palavra empreender tem sua origem no termo em latim imprehendere, que
foi traduzida para o inglês como entrepreneurship. Por sua vez o empreendedorismo
significa a ação de empreender ou ainda, demonstra um perfil de realizador de
empreendimentos e que assume riscos que podem colocar sua carreira ou conforto
pessoal em favor de uma ideia (KNIGHT, 1967; DRUCKER, 1970; DRUCKER, 1998;
CHIAVENATO, 2012). Empreender vem de praticar ou realizar algo trabalhoso e
difícil. Também confere um sentido de realização, execução, fazer ou ainda, tentar
fazer.
Já o termo empreendedor, tem sua origem na palavra francesa entrepreneur e
em 1725 foi utilizada pela primeira vez por Richard Cantilon ao afirmar que
empreendedor era um indivíduo que assume riscos (CHIAVENATO, 2012).
Segundo Drucker (1987) e Chiavenato (2012), o termo empreendedor foi
utilizado em 1800, pelo economista francês Jean Batist Say em seu livro Tratado de
Economia Política. Nesse livro, há uma diferenciação, onde, o empreendedor é um
indivíduo que consegue transferir recursos econômicos de um setor com baixa
produtividade para um outro setor com produtividade elevada e maiores rendimentos.
O empreendedor possui diversas definições que caracterizam um indivíduo ou
organização. Para Dolabela (1999, p.43), o empreendedorismo teve sua origem na
palavra entepreneurship.
Outra definição muito utilizada especificamente para caracterizar o
empreendedor tem sua origem no economista e cientista político austríaco, Joseph
Schumpeter (1883-1950): “O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica
existente pela introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas
de organização ou pela exploração de novos recursos materiais.”.(Schumpeter apud
Dornelas, 2015)
Assim, Schumpeter (1949) define empreendedor como um indivíduo que deseja
e tem capacidade de transformar uma ideia em uma inovação bem-sucedida. O
método para essa transformação é a “destruição criativa”, onde a introdução de novos
produtos ou serviços substituem os anteriores. Essa destruição criativa seria traduzida
17
em “criar novas organizações ou de revitalizar organizações maduras, particularmente
novos negócios em resposta a oportunidades identificadas.” (CHIAVENATO, 2012).
Segundo Dolabela (1999), o termo define um conjunto de características (perfil)
de um indivíduo e indica as habilidades, competências e comportamentos,
característicos de um empreendedor. Outro conceito importante é definido por
Dornelas (2015), onde, o conceito de empreendedorismo enfatiza que são as relações
de pessoas e processos que geram oportunidades:
Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos que, em conjunto, levam a transformação de ideias em oportunidades. E a perfeita implementação destas oportunidades leva à criação de negócios de sucesso. (DORNELAS, 2015).
2.2 O Ensino do Empreendedorismo
Desde 1876, os Estados Unidos desenvolveram as primeiras iniciativas para
educação e treinamento para o empreendedorismo ao desenvolvimento da economia
agrícola (Lopes, 2010). Ainda segundo esta autora, essas iniciativas teriam como base
a experiências no setor agrícola e que atualmente é denominado Extensão Agrícola.
Em 1932, foi criada a Reconstruction Finance Corporation (RFC), pelo então
presidente dos Estados Unidos, Herbert Hoover em 1932. Seu objetivo era minimizar
os efeitos da crise financeira de 1929, chamada de “a Grande Depressão”. (SBA,
2018).
A RFC era um programa federal de empréstimos financeiros para todos os
negócios prejudicados pela Depressão, grandes e pequenos. O sucessor de Hoover,
o presidente Franklin D. Roosevelt, deu continuidade ao programa de forma prioritária,
onde mais tarde, em 1953, o presidente Dwight Eisenhower, criou uma nova agência
para aconselhar, auxiliar e proteger os interesses das pequenas empresas, a Small
Business Administration (SBA).
Inicialmente deve-se compreender como se desenvolveu o processo de
ensino nas instituições de ensino superior (IES). Segundo Lopes et al. (2010), as IES
tiveram inicialmente o foco voltado à manutenção e transmissão do conhecimento,
ou seja, o ensino era voltado para a preparação de graduandos para o emprego. No
18
final do século XIX e início do século XX, a função de pesquisa passa a compor a
missão das IES, tornando-se a mais importante.
A partir de 1970, além do ensino, a universidade passa a ser responsável pela
pesquisa, assim como, servir à comunidade. As IES adotaram um
modelo no qual a pesquisa e o ensino se voltam mais para a aplicação de
conhecimento em soluções de problemas sociais, econômicos e industriais,
contribuindo para um melhor desenvolvimento econômico. Possibilita, ainda, às IES,
irem além do ensino e da pesquisa, surge a extensão universitária, com o objetivo de
estender o conhecimento para a comunidade. Percebe-se, em consequência, a
necessidade de se trabalhar a habilidade de transformar o conhecimento em atividade
econômica, ou seja, o ensino do empreendedorismo.
Dolabela (2008) relaciona o crescimento econômico com o grau de
empreendedorismo de uma comunidade. As condições ambientais ao
desenvolvimento precisam de empreendedores que as aproveitem e que, através de
sua capacidade de líder e de seu perfil dinâmico, transformem em ações para o
desenvolvimento de seu projeto, com base em seus valores culturais, tendo uma nova
visão de mundo. Afirma ainda que o empreendedor tem como função a criação e a
distribuição de valores para sociedade, ou seja, é responsável pela inovação e a
evolução econômica como resultante.
O empreendedorismo no Brasil ganha força na década de 1990, com a abertura
da economia e o fim da reserva de mercado. Muitos produtos brasileiros não eram
competitivos ao fazer frente aos produtos importados, sendo que estes, conquistaram
enormes parcelas de mercado, tendo como consequência a concorrência que fazia
com que os preços anteriormente praticados tivessem um outro parâmetro externo. A
entrada destes produtos forçou um acelerado desenvolvimento no país, contudo, nem
todos aproveitaram esse avanço, vários setores tiveram dificuldades em ter
concorrentes (BERTASSO, 2006).
A educação formal oferecida atualmente é um estímulo ao empreendedor e a
seu sucesso (LOPES, 2010). Um estudo publicado nos Estados Unidos
por Kim, Aldrich e Keister (2003) mostra que a relação existente entre educação formal
e a probabilidade de uma pessoa tornar-se proprietária de empresas é de até 2,3
vezes maior do que quando se compara com alguém sem educação superior.
Lopes (2010) afirma que a educação empreendedora tem um papel importante
na formação do profissional da pós-modernidade, como por exemplo, em cursos
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relacionados às novas tecnologias. Em todos os segmentos, as rápidas mudanças no
mercado de trabalho e a percepção da importância dos pequenos negócios no cenário
globalizado, levam a um estado de urgência para incluir disciplinas de
empreendedorismo na matriz curricular para a formação de seus alunos.
Para Oliveira (2012) empreendedor é um indivíduo que identifica oportunidades
de negócio e que tem capacidade de se organizar para progredir. Contudo, é
importante entender que o sistema escolar brasileiro utiliza em seus fundamentos de
ensino, a ênfase no domínio das questões analíticas, onde, o estudante passa muito
tempo do ensino fundamental à universidade, sem ter uma abordagem mais voltada
a negócios ou empreendedorismo.
A teoria de Ausubel(1982) leva em conta o conhecimento do próprio estudante
e destaca o importante papel dos docentes na proposição de situações que favoreçam
a aprendizagem, para que a torne realmente significativa. Assim, a aprendizagem
significativa no processo de ensino necessita fazer algum sentido para o aluno com
proposições relacionando matemática com sua aplicação efetiva em casos concretos.
O SEBRAEPR (2018) possui o “Programa Nacional de Educação
Empreendedora” com abrangência no ensino fundamental, ensino médio e ensino
superior, incentiva uma abordagem empreendedora e significativa como foi proposta
por Ausubel(1992).
Atualmente, os estudantes de ensino superior têm como objetivo definir seu
sucesso de acordo com critérios de realização individual, onde, a busca de um
emprego não é mais a única prioridade, pois também podem abrir seu próprio
empreendimento.
O modelo conceitual da universidade empreendedora vem se disseminando
no mundo. Isso leva as universidades a se integrarem explicitamente ao
complexo esforço multilateral de busca de prosperidade sustentável de
regiões e nações, envolvendo-se intensamente, pela participação direta, nos
processos de inovação, tecnológica ou não(PLONSKY & CARRER, 2009).
Muitas IES estão mudando a forma de ensino de seu alunado, passando de
uma formação que objetivava o emprego, para uma nova formação voltada para
serem proprietários de uma empresa, ou seja, empreendedores.
20
É o início de uma revolução... o ensino de empreendedorismo como instrumento para o crescimento econômico e o desenvolvimento social, através do estímulo à criatividade e autonomia das pessoas. O mais importante é fazer com que em todos os cursos [...] exista sempre um conteúdo sobre empreendedorismo (DOLABELA, 2008, p.187)
Para Oliveira (2012), um dos grandes desafios para o ensino do
empreendedorismo é a herança cultural, pois, por muito tempo, os filhos são educados
para buscar um bom e estável emprego em uma grande empresa. Este papel também,
por muito tempo, foi do sistema educacional. Nos EUA, a realidade é bem diferente,
pois, praticamente todas as IES possuem em seu currículo, pelo menos, uma
disciplina de empreendedorismo.
Em cursos de graduação e de pós-graduação, o ensino de empreendedorismo
deve ser voltado para o comportamento empreendedor, ou seja, desenvolver a
capacidade de trabalhar com recursos limitados, saber correr riscos, saber lidar com
os erros e fracassos, ser perseverante, determinado e competitivo, buscar liberdade
e autonomia, superar limites e ser inovador.
Assim, o comportamento empreendedor é parte importante no processo de
desenvolvimento de qualquer negócio. Para isso, o ensino do empreendedorismo nos
cursos de graduação e pós-graduação utiliza uma ferramenta essencial de suporte à
organização de um negócio, trata-se de um plano de negócio.
2.3 Plano de Negócios
O empreendedor necessita de planejamento bem elaborado, onde é realizado
um estudo antecipado das ações que serão realizadas para atingir objetivos
pretendidos (CHIAVENATO, 2012, p.131). Ainda conforme o mesmo autor, “todos os
planos têm um propósito em comum: a previsão, a programação e a coordenação de
uma sequência lógica de eventos, os quais, se bem-sucedidos, deverão conduzir ao
alcance do objetivo que se pretende”.
O próprio SEBRAE e assim como diversos autores relacionados ao
empreendedorismo, tais como CHIAVENATTO (2012), DORNELAS (2015) e
DOLABELA (1999), colocam o Plano de Negócios como sendo um fator chave ao
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sucesso do empreendimento a ser construído. Para enfatizar esta importância, o
SEBRAE também classifica importância do Plano de Negócios como essencial:
O plano de negócio é o instrumento ideal para traçar um retrato fiel do
mercado, do produto e das atitudes do empreendedor, o que propicia
segurança para quem quer iniciar uma empresa com maiores condições de
êxito ou mesmo ampliar ou promover inovações em seu negócio (SEBRAE,
2013).
Segundo Chiavenato (2012), um plano de negócio é um documento com
informações do empreendimento onde são definidas suas principais características e
condições para que possibilite uma análise de sua viabilidade e seus riscos, facilitando
sua implantação. A Tabela 1 apresenta um modelo de plano de negócio composto de
sete partes básicas:
- Sumário Executivo: deve apresentar o resumo do empreendimento, assim
como, dados e a caracterização do negócio, perfil dos empreendedores, etc.
- Análise Completa e Detalhada do Setor: Analisar as características do
setor, Estudar clientes, fornecedores e concorrentes, analisar as variáveis
econômicas, etc.
- Natureza Jurídica e Estrutura Organizacional da Empresa: qualificação
dos sócios e possíveis colaboradores quanto a competências e gestão e técnicas.
- Simulação de Relatórios Financeiros: planejamento financeiro, fluxo de
caixa, previsão de receitas, previsão de despesas, balanço de abertura, balanço
mensal, etc.
- Plano Estratégico: definição da missão e visão da empresa, definição do
negócio, planejamento estratégico de longo prazo, definição de objetivos específicos,
etc.
- Plano Operacional: elaborar a previsão de vendas, planejar a produção,
definir o orçamento de despesas gerais, planejar o lucro operacional, previsão do fluxo
de caixa e balancete, balanço patrimonial simulado, previsão de índices operacionais
e financeiros, etc.
.- Apêndices: Contatos importantes, documentos técnicos, relatórios de
mercado, informações técnicas, etc.
22
Tabela 1. Modelo de Plano de Negócio
Fonte: Chiavenato (2012, p.156)
Para Dornelas (2015), o Plano de Negócios (PN) é um documento com a
finalidade de descrever um empreendimento, assim como, o modelo de negócio que
sustenta a empresa. O Plano de Negócios não se limita somente em questões
financeiras, mas aborda indicadores de mercado, de capacitação interna da empresa
e operacionais. Ou seja, o PN deve evidenciar um planejamento que demonstre a
viabilidade de se realizar uma situação futura, pois mostra como o empreendedor
pretende atingir seus objetivos.
Plano de Negócio 1. Sumário executivo:
texto de um parágrafo sobre a natureza do negócio e os aspectos mais importantes do empreendimento; inclui missão e visão do negócio; texto de um parágrafo sobre as necessidades que a empresa vai atender no mercado; inclui o papel do empreendimento em relação à responsabilidade social; resumo das características do mercado em que a empresa vai operar; mostra como o mercado está se comportando em relação ao produto/serviço a ser oferecido; breve relatório sobre os sócios do empreendimento; breve relatório sobre os recursos financeiros necessários.
2. Análise completa e detalhada do setor: principais características do setor; inclui as variáveis econômicas, sociais, demográficas e políticas
que influenciam o mercado; oportunidades encontradas no mercado; identificação dos fornecedores de entradas (matérias-primas, dinheiro e crédito, tecnologia, mão-
de-obra etc.). 3. Natureza jurídica e estrutura organizacional da empresa:
currículo dos sócios do empreendimento que contenha a formação e as competências pessoais de cada um;
funcionários necessários para o empreendimento estabelecendo o perfil profissional e técnico de cada um;
4. Simulação de relatórios financeiros: balanço de abertura da empresa; previsão de receitas, fluxo de caixa e balanço para o período coberto
pelo planejamento. 5. Plano estratégico:
definição da missão e da visão da empresa; definição do negócio; estabelecimento dos objetivos específicos da empresa; definição da estratégia da empresa; declaração de premissas do planejamento; estabelecimento dos objetivos estratégicos de longo prazo.
6. Plano operacional: previsão de vendas; planejamento da produção; orçamento de despesas gerais; previsão do lucro operacional; previsão do fluxo de caixa e balancete; balanço patrimonial simulado; previsão de índices operacionais e financeiros.
7. Apêndices: contatos pertinentes; informações técnicas.
23
2.4 Agronegócio e Cadeias Produtivas
A expressão agronegócio resulta da fusão de agricultura ou agropecuária e
negócio. Este termo tem origem no latim negotium (negação do ócio) e significa
ocupação ou trabalho com o objetivo de alcançar certas finalidades para satisfação
de desejos ou necessidades das partes envolvidas, obtendo algum tipo de
recompensa aos executores. (RUFINO, 1999).
O termo agronegócio está relacionado as atividades ou trabalhos relacionados
à agricultura ou agropecuária. O termo negócio pode ter um sentido mais amplo de
geração de valores através do uso do trabalho e do capital. No caso do agronegócio,
as atividades da agricultura e agropecuária somam-se atividades e segmentos
produtivos relacionados a ela, tais como fornecedores de máquinas e equipamentos,
industrialização e prestação de serviços. (BATALHA; SILVA, 2001).
Por séculos, diversas atividades, relacionadas a agricultura, agropecuária e do
meio rural foram se convertendo em uma “expressão econômica própria, sem perder
os vínculos técnicos e econômicos de origem” (RUFINO, 1999). O agronegócio
resgata sua importância interdependente, relativamente perdida, sendo que negócios
relacionados a agricultura e agropecuária existem há milênios.
Matos e Pessôa (2011), afirmam que a dependência e relação entre a indústria,
agricultura (e agropecuária) foi possível por dois fatores:
a) utilização de meios mais intensivos (insumos, máquinas e pesticidas),
substituindo os naturais (adubação animal) e
b) a população passa a aceitar este padrão de alimentação, originário das
agroindústrias, tais como diversos produtos enlatados, processados, além
de alimentos que anteriormente não eram consumidos por questões de
hábitos alimentares dos brasileiros, como por exemplo, os derivados da soja
(leite de soja, óleo, margarina), do trigo (farinha), as carnes de frango,
bovina e de peixes, entre outros produtos.
Os produtos alimentícios agroindustriais, começaram, então, a conquistar
mercado, ganhando os consumidores, principalmente pela queda efetiva dos preços
em função de uma melhor produtividade.
Conforme Delgado (1985), o progresso tecnológico de produção agrícola teve
como papel fundamental a fabricação de instrumentos apropriados para aumentar a
24
produtividade da terra e do trabalho e também para submeter o processo produtivo ao
capital.
Em 1973, é criada a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
(EMBRAPA), que passou juntamente com as universidades a coordenar e executar
as pesquisas científicas para a agropecuária em todo o país.
A partir da década de 1990 a disseminação das tecnologias, através da
inovação, permitiu que o Brasil vivesse um surto de desenvolvimento no agronegócio,
com o aumento da fronteira agrícola e a disseminação de culturas em que o país é
recordista de produtividade, atingindo recordes de exportação. A Tabela 2 mostra as
fases do agronegócio no Brasil.
Tabela 2: Fases do Agronegócio no Brasil
Até 1900 Entre 1900 e 1973 Após 1973
Ausência de pesquisa e desenvolvimento
Baixa
competitividade no mercado internacional
Tradicionalmente
mono exportador
Destaque para a cana-de-açúcar e o café, além da pecuária extensiva
Início da pesquisa aplicada brasileira
Desenvolvimento
isolados e desordenados
Baixíssimos níveis de
investimento em P&D Aumento da
competitividade no mercado internacional
Início da diversificação
da pauta de exportação agropecuária
Primeiras exportações
de mudas e sementes de cana-de-açúcar desenvolvidas em laboratório
Atuação das universidades e centros de pesquisa.
Planejamento e gestão por diretrizes nas pesquisa e desenvolvimento agropecuário
Desenvolvimento da
capacidade da mão-de-obra empregada em pesquisa
Início da participação privada
na pesquisa agropecuária
Busca sistemática por recursos financeiros para pesquisa
Alta competitividade
internacional
Avanço na transferência de tecnologia aos produtores
Pauta de exportação
diversificada
Fonte: Adaptado de Instituto Inovação (2012, p.3) citado em Vieira Filho &
Vieira(2013, p.12)
25
2.5 Métodos de avaliação econômica de investimentos
Diversas são as técnicas de análise de viabilidade econômica de investimentos,
sendo que todas têm um único objetivo: auxiliar na tomada de decisão de investir ou
não em determinado projeto.
Segundo Borges (2006), a análise econômica da empresa rural passa por
métodos de custos de produção e parâmetros de resultados econômicos. Para isso,
além dos processos produtivos, as ações gerenciais e administrativas permitem uma
visão melhor de viabilidade do negócio. Contudo, nem todos os empreendimentos são
baseados em atividades econômicas ligadas diretamente a produção, podendo ser
relacionadas a serviços, biotecnologia e até mesmo comercialização de pequenos
animais. Portanto, para este trabalho não serão utilizados especificidades de
parâmetros relacionados a custos de produção.
Assim como Borges (2006), outros importantes autores tais como Matsunaga
et al.(1976), Gomes (1999) e Yamaguchi (1999) sugerem o uso dos parâmetros
apresentados da Tabela 3.
Tabela 3: Custos de Produção e indicadores de resultado econômico
Indicadores Descrição
Custo Operacional Efetivo Corresponde aos custos diretos que envolvem
desembolso do produtor
Custo Operacional Total É o custo operacional efetivo mais os custos
correspondentes aos serviços executados pela mão -de-
obra familiar e à depreciação do capital investido.
Custos Total É o custo operacional total mais a remuneração sobre o
capital
Renda Bruta Corresponde ao preço dos produtos no mercado
multiplicado pela respectiva quantidade vendida,
consumida ou estocada.
Margem Bruta É a renda bruta menos o custo operacional efetivo
Margem Líquida É a renda bruta menos o custo operacional total.
Lucro É a renda bruta menos o custo total
Taxa de Remuneração É a margem líquida dividida pelo capital investido.
Fonte: adaptado de Matsunaga et al. (1976); Gomes (1999); Yamaguchi
(1999); Gomes (2006), citado em Borges(2006)
26
A decisão de investir é de natureza complexa, pois envolvem diversos fatores,
inclusive de ordem pessoal. Diante disso, Souza e Clemente (2009) ressaltam que o
conhecimento em finanças contribui para a saúde econômico-financeira das
empresas, além de contribuir para a tomada de decisões a respeito de análise de
viabilidade econômica de investimentos.
A decisão de se fazer investimento de capital é parte de um processo que envolve a geração e a avaliação das diversas alternativas que atendam às expectativas técnicas dos investimentos. Após relacionadas as alternativas viáveis tecnicamente é que se analisam quais delas são atrativas financeiramente. É nessa última parte que os indicadores gerados auxiliarão o processo decisório. (SOUZA e CLEMENTE, 2009, p. 66)
Souza e Clemente (2009) também especificam os indicadores de análise em
dois grupos: indicadores de rentabilidade do projeto e indicadores associados ao risco
do projeto. Para o primeiro grupo, os autores elegeram quatro indicadores: Valor
Presente Líquido (VPL), o Valor Presente Líquido anualizado (VPLa), o Índice
Benefício/Custo (IBC) e o Retorno Adicional sobre o Investimento (ROIA). E o segundo
grupo é composto de Taxa Interna de Retorno (TIR), o Período
de Recuperação do Investimento (Payback) e o Ponto de Fisher.
Para Hoji (2010), também há a separação e seleção desses indicadores em
métodos de avaliação de investimentos econômicos como sendo: Método do Valor
Presente Líquido (VPL), Método do Valor Futuro Líquido (VFL), Método do Valor
Uniforme Líquido (VUL), Método da Taxa Interna de Retorno (TIR) e Método do Prazo
de Retorno.
Já para Frezatti (2008) dentro da visão metodológica, existem duas vertentes
para a identificação de métodos de avaliação de investimentos: a primeira com base
no fluxo de caixa e a segunda com base nos resultados econômico-contábeis.
A vertente que utiliza métodos de avaliação com base no fluxo de caixa tem
como característica a identificação dos fluxos de caixa do projeto. Utiliza como
instrumentos de avaliação o Período de Recuperação do Investimento (Payback
Simples e Payback Ajustado), a Taxa Interna de Retorno (TIR), a Taxa Interna de
Retorno Ajustada (TIRM), o Valor Presente Líquido (VPL) e o Índice de Lucratividade
(IL).
Já a vertente que utiliza como base os resultados econômico-contábeis, leva
em consideração impactos econômicos de um projeto. Sua apuração é realizada por
27
meio das demonstrações contábeis pelos métodos de Taxa Média de Retorno (TMR)
e Valor Econômico Agregado (EVA).
Segundo Assaf Neto e Lima (2009) os métodos de análise econômica são
clarificados em dois grupos gerais. O primeiro grupo relaciona os investimentos que
não consideram o valor do dinheiro no tempo. Já o segundo grupo inclui investimentos
que consideram essa variação por meio do critério do fluxo de caixa descontado.
“Em razão do maior rigor conceitual e da importância para as decisões de longo prazo, dá-se atenção preferencial para os métodos que compõem o segundo grupo: Taxa Interna de Retorno (TIR) e Valor Presente Líquido (VPL).” (ASSAF NETO e LIMA, 2009, p. 378).
Conforme Bruni e Famá (2007), as decisões sobre a análise de investimento
costumam ser avaliadas com base em dois parâmetros: fluxos de caixa operacionais
livres e custo de capital. Assim, para esses autores, é através da análise e
comparação entre os métodos definidas por Payback Simples, Payback Descontado,
Valor Presente Líquido (VPL), Valor Futuro Líquido (VFL), Valor Uniforme Líquido
(VUL), Índice de Lucratividade (IL), Taxa Interna de Retorno (TIR) e Taxa Interna de
Retorno Modificada (TIRM).
Assim, pode-se observar na Tabela 4, os principais métodos de análise de
viabilidade econômica utilizados em ampla bibliografia.
Tabela 4. Métodos de Análise de Investimento e seus autores
Autores
Métodos Kassai (2000)
Bruni e Famá (2007)
Souza e Clemente
(2008)
Frezatti
(2008)
Assaf Neto e Lima
(2009)
Hoji
(2010)
Bernardi
(2010)
Olivo
(2011)
Dornelas
(2015)
VPL X X X X X X X X X
VPLa X
VFL X X
TIR/IRR X X X X X X X X X
Payback
Simples X X X X X X X X
Payback
Descontado X X X X X X
IBC X
IL X X X X
ROIA / EVA X X
VUL X X
MIRR X
Ponto de Equilíbrio
X
TMA X
Fonte: própria autoria
28
Nesta bibliografia analisada nota-se uma nítida convergência quanto aos
métodos de análise do Valor Presente Líquido (VPL) e da Taxa Interna de Retorno
(TIR).
Souza e Clemente (2009), Assaf Neto e Lima (2009), Hoji (2010), Bruni e Famá
(2007) e Frezatti (2008) relacionam estes métodos como unânimes. Constata-se,
portanto, que o método de análise VPL é a técnica mais conhecida e utilizada. Assim,
o VPL é obtido subtraindo os investimentos iniciais de um projeto do valor presente
das entradas de caixa, descontados a uma taxa igual ao custo de oportunidade da
empresa ou taxa de mínima atratividade (TMA).
Já o método de análise da TIR, segundo os autores, trata da taxa de desconto
ou de juros que torna o VPL de um fluxo de caixa igual a zero. Souza e Clemente
(2008) e Hoji (2010) afirmam que na utilização deste método, o investimento será
economicamente viável se a TIR for superior ao custo de oportunidade da empresa
ou TMA.
Também muito citada pela maioria dos autores desta revisão, está o método
do Payback Simples, definido como o tempo necessário para que o investimento seja
recuperado. Entretanto o seu uso foi contestado por Bruni e Famá (2007), Souza e
Clemente (2009), Frezatti (2008) e Assaf Neto e Lima (2009), com a justificativa que
este método ignora o efeito do tempo sobre o capital.
29
3. MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 Materiais
A partir da investigação dos planos de negócios elaborados pelos estudantes
da FZEA/USP de 2003 a 2014, realizados como requisito parcial das disciplinas
obrigatórias de empreendedorismo nos cursos de graduação de Zootecnia (Anexo A),
Medicina Veterinária (Anexo B), Engenharia de Biossistemas (Anexo C) e nos cursos
de Pós-Graduação em Qualidade e Produtividade Animal e Gestão e Inovação na
Indústria Animal (Anexo D), foram levantadas variáveis que possibilitam uma
caracterização dos planos de negócio, de acordo com a atividade econômica e elo da
cadeia produtiva em busca de fatores que constatem a ocorrência de inovação.
Analisando os conteúdos programáticos das disciplinas de empreendedorismo nos cursos de graduação, Empreendedorismo e Projetos no Agronegócio (ZEB0426), Fundamentos de Empreendedorismo e Planejamento de Projetos (ZEB1348), Gestão, Inovação e Empreendedorismo (ZEB1052), constata-se a utilização da ferramenta de aprendizagem de empreendedorismo, incluindo a técnica de elaboração de Plano de Negócio (PN). (ROSS, 2016).
É destacada a importância desses cursos relacionados ao empreendedorismo
como disciplina dos cursos de graduação e do momento da implantação da indução a
inovação. Também é enfatizada a questão da inovação no agronegócio mostrando
uma nítida evolução de antes de 1900 até 1970. Nesta mesma seção é apresentado
o modelo de inovação da cadeia-ligação da produção no agronegócio.
Quanto às ferramentas de medição da inovação, destacaram-se os métodos
MAPEL, Balanced Scorecard, Modelo de Quandt, Ferraresi e Bezerra e o Termômetro
da Inovação, pelos quais evidencia a evolução na quantidade de planos de negócios
antes e depois da indução à inovação ocorrido entre 2010 e 2011, com aumento
significativo do elo da cadeia denominado Serviços.
Após a indução a inovação (2011-2014) Ross (2016) constatou que os planos
de negócios tiveram maiores taxas de retorno financeiro e menores períodos de tempo
(Payback).
Há também a evidência de fatores facilitadores de inovação nos elos da cadeia
produtiva (insumos, produção, processamento, distribuição e serviços) baseados em
30
Tecnologia da Informação(TI), principalmente fatores que se relacionam com o uso de
sistemas de informação, arquiteturas de TI, software livre e SaaS -Software as a
Service (Software como um Serviço), além de plataformas baseadas em Computação
em Nuvem (Cloud Computing). Estas tecnologias trouxeram também uma grande
redução nos custos das pesquisas e geração de inovação.
Ross(2016) enfatiza os parâmetros de Presença de Inovação (ou Não), na
busca de um método para sua aferição, onde, a grande quantidade e diversidade de
planos de negócio não permitem uma efetiva caracterização econômica.
Assim, objetivando estabelecer relações das variáveis com as atividades
econômicas e elos da cadeia produtiva do agronegócio, relacionadas às disciplinas
de empreendedorismo na FZEA e o estabelecimento de um mapa do perfil dos planos
de negócio, foram tabuladas informações existentes em uma amostra de 115 planos
de negócios realizados de alunos da FZEA/USP no período entre 2003 e 2014.
A tabulação realizada em 2016, adotou para os 115 planos de negócio somente
os planos de graduação num total de 112 planos e 13 variáveis descritas abaixo:
a) – Taxa de Remuneração do Capital de Giro (TRKG em %);
b) – Taxa de Remuneração do Capital Total (TRKT em %);
c) – Capital Investido (KINV em R$);
d) – Capital de Giro (KGIRO em R$);
e) – Margem Bruta (MB em R$);
f) – Margem Líquida (ML em R$);
g) – Lucro (L em R$);
h) – Payback (em anos);
i) – Curso em que a disciplina foi ministrada;
j) – Elo da cadeia em que foi proposto;
k) – Presença de inovação;
l) – Pontuação (Nota);
m) – Se existe potencial da empresa ser incubada na incubadora de empresas
da FZEA/USP (UNITEC) ou não no futuro.
O presente estudo passa a considerar todos os 115 planos de negócio e o
estudo será delimitado às seguintes variáveis:
a) Payback (em anos);
b) Taxa de Remuneração do Capital Total (TRKT em %);
31
c) Capital Investido (KINV em R$);
d) Margem Líquida (ML em R$);
e) Inovação (presença de inovação);
3.2 Métodos
As atividades econômicas do agronegócio foram divididas em Agropecuária
(AGRO), Biotecnologia (BIO), Agroindústria (IND), Insumos (INSU), Animais de
Estimação (PET) e Serviços (SERV), que englobaram as atividades de TI (Tecnologia
da Informação, Certificação, Saúde e Serviços.
Ross (2016) propôs mensurar a presença de inovação nos planos e a
respectiva viabilidade, adotando o método da inovação adaptado de Farias et al.
(2014), com 4 categorias: 0 – Sem Inovação (SI); 1 – Inovação em Mercado
Emergente (IME); 2 – Inovação Presente (IP) e 3 – Inovação com Potencial de Patente
(IPPA). No presente trabalho, optou-se por classificar em somente duas categorias:
Ausência e Presença de inovação.
A classificação dos 115 planos de negócios quanto aos seus valores de
Payback (em anos), Taxa de Remuneração do Capital Total (TRKT, em %), Capital
Investido (KINV, em R$) e Margem Líquida (ML, em R$) foi feita da seguinte forma:
i) Para cada variável calculou-se o primeiro (��) e o terceiro (��) quartis da série;
ii) Cada um dos seus valores, ��, �= 1, 2, …, 115, foi classificado como Baixo, Mode-
rado e Alto, de acordo com o critério de classificação apresentado na Tabela 5.
Tabela 5. Critérios de classificação dos planos de negócios
Categoria Classificação Porcentagem
Baixo �� ≤ �� 25%
Moderado �� < �� ≤ �� 50%
Alto �� > �� 25%
iii) Para os planos já classificados por Atividade econômica foram calculadas as
frequências percentuais nas três categorias definidas na Tabela 5.
Espera-se encontrar em cada uma das Atividades Econômicas, a mesma
distribuição percentual de valores nas três categorias definidas da Tabela 5 (Baixo =
32
25%, Moderado=50% e Alto=25%). Se a porcentagem de valores em determinada
categoria for maior (ou menor) que a esperada, entende-se que naquela Atividade,
ocorreu maior (ou menor) concentração de valores e que este aspecto é característico
dos planos de negócios daquela Atividade.
Todas as análises descritivas foram feitas com o software estatístico Minitab
(MINITAB, 2017).
33
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1. Análise exploratória dos Planos de Negócios
A distribuição dos planos entre as seis principais atividades (Tabela 6) mostra
uma maior concentração em Serviços, Agropecuária e Agroindústria, que juntas
totalizam 81,74% dos planos. As frequências de planos em Biotecnologia, Insumos e
Animais de estimação foram inferiores a dez planos.
Tabela 6. Distribuição de frequências dos planos de negócios por Atividade
Atividade Frequência Porcentagem
Serviços (SERV) 42 36,52%
Agropecuária (AGRO) 28 24,35%
Agroindústria (IND) 24 20,87%
Animais de estimação (PET)
9 7,83%
Biotecnologia (BIO) 6 5,22%
Insumos (INSU) 6 5,22%
Total 115 100,00
Fonte: própria autoria
Já em relação aos elos da cadeia (Tabela 7), foram mais frequentes os planos
em Serviços, Processamento e Produção, totalizando 91,31% dos planos. As menores
frequências de planos correspondem aos elos de Distribuição e de Insumos.
Tabela 7. Distribuição de frequências dos planos de negócios por elo da cadeia
Elo da cadeia Frequência Porcentagem
Serviços (SERV) 49 42,61%
Processamento (PROC) 31 26,96%
Produção (PROD) 25 21,74%
Distribuição (DIST) 3 2,61%
Insumos (INSU) 7 6,09%
Total 115 100,00%
Fonte: própria autoria
34
Dos 115 planos de negócio envolvidos no presente estudo 91 (79,13%) deles
apresentou alguma inovação e os 24 (20,87%) planos restantes, nenhuma inovação.
Algumas estatísticas descritivas das variáveis Payback, TRKT, KINV, Margem
líquida e Inovação de todos os planos de negócios estão apresentadas na Tabela 8.
Os altos valores dos desvios padrões (d.p.) indicam uma grande variabilidade dos
valores das variáveis TRKT, KINV e renda líquida. O Payback dos planos de negócio
assumiu valores entre 1 e 13 anos; TRKT assumiu valores entre 9,6 e 588%; KINV
assumiu valores entre R$18.855,00 e R$ 4.458.293,00 e a Margem Líquida, valores
entre R$ 28.519,0 e R$16.009.559,00.
Tabela 8. Estatísticas descritivas do Payback, TRKT, KINV e Margem Líquida dos planos de negócios.
Variável Média d.p. Q_1 Mediana Q_3 Assimetria
Payback(anos) 4,0 2,0 2,0 3,0 5,0 1,60
TRKT (%) 49,0 60,0 22,0 35,0 57,0 6,70
KINV (R$) 973.986,00 1.048.825,00 198.367,00 586.172,00 1.460.108,00 1,60
Liquida (R$) 1.704.941,00 2.645.520,00 347.093,00 687.327,00 1.794.725,00 3,15
Fonte: Própria autoria
Figura 1. Box-plot das variáveis Payback, TRKT, KINV e Margem Líquida dos planos de negócios.
Fonte: própria autoria
12
9
6
3
0
600
450
300
150
0
4000000
3000000
2000000
1000000
0
16000000
12000000
8000000
4000000
0
Payback TRKT
KINV Liquida
35
Os box-plots (Figura 1), os histogramas (Figura 2) e os coeficientes de
assimetria (Tabela 7) indicam que as distribuições de valores de todas as variáveis
são bastante assimétricas positivas (ou à direita). Os box-plots também indicam a
presença de diversos valores discrepantes (��������), principalmente nos valores da
Margem Líquida.
Figura 2. Histograma dos valores de �������, TRKT, KINV e Margem Líquida dos planos de negócios.
Fonte: própria autoria
As variáveis Payback, TRKT, KINV e Margem Líquida são fracamente
correlacionadas (Tabela 9), sendo que entre as variáveis KINV e Margem Líquida
ocorre a maior correlação positiva, r(X,Y) = 0,543, indicando que são grandezas
diretamente proporcionais porém fracamente correlacionadas. Entre as variáveis
Payback, TRKT e KINV existe uma correlação negativa e baixa, indicando que elas
são, aos pares, inversamente proporcionais.
Tabela 9. Correlação linear de Pearson entre as variáveis Payback, TRKT, KINV e Margem Líquida dos planos de negócios.
Variável TRKT KINV Liquida
Payback -0,102 0,289 -0,109
TRKT - -0,153 0,075
KINV - - 0,543
Fonte: própria autoria
12108642
30
20
10
0
600
500
400
300
200
1000
60
45
30
15
0
4500000
3750000
3000000
2250000
1500000
7500000
20
15
10
5
0
15000000
12000000
9000000
6000000
30000000
40
30
20
10
0
Payback
Frequency
TRKT
KINV Liquida
36
4.2. Caracterização dos Planos de Negócios por Atividade
Assim como em Ross (2016), foram analisados 115 planos de negócio que se
utilizam da metodologia de Matsunaga et al. (1976) para analisar o perfil dos planos
de negócio quanto a atividade econômica e ao elo da cadeia produtiva do
agronegócio. Com base nas planilhas tabuladas em 2016, foram realizadas análises
exploratórias das variáveis para uma caracterização dos Planos de Negócio seguindo
suas atividades econômicas do agronegócio.
Após a classificação dos planos de negócios definida na seção 3.2, por variável
em estudo, realizou-se um estudo separado para as atividades econômicas e os elos
da cadeia, definidos anteriormente. A seguir serão apresentados comentários sobre o
comportamento dos PN´s separadamente para cada variável em estudo.
Payback
Analisando as frequências (Apêndice A) da variável payback, o comportamento
dos PN’s relativo à variável Payback (Figura 3) mostra uma alta concentração de
valores baixos para IND (37,50%), PET (33,33%) e INS (33,33%); alta concentração
de valores moderados para as atividades BIO (100,0%), SERV (71,43%), PET
(66,67%) e AGRO (60,71%) e alta concentração de valores de Payback altos para
IND (29,17%). Nenhum PN nas atividades BIO e PET apresentou um Payback alto.
Figura 3. Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela
Payback(anos)
Fonte: Própria autoria.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
AGRO
BIO
IND
INS
PET
SVC
1-Baixo 2-Moderado 3-Alto
37
A Figura 3 mostra que 100% dos planos da atividade BIO (Biotecnologia)
apresentou Payback moderado, o que indica que o tempo de retorno do investimento
não ocorre no curto prazo e nem a longo prazo.
TRKT
Na figura 4, a variável analisada representa a Taxa de Retorno de Capital Total
(TRKT), onde observa-se, como destaque, que 50% dos planos de negócio com a
atividade Biotecnologia (BIO) são caracterizados como alto. Outra atividade que pode-
se observar, é o Agronegócio (AGRO) pois apresenta TRKT baixo a moderado, sendo
observada a frequência dos PN´s para esta variável (Apêndice B).
Figura 4. Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela TRKT
(Taxa de Retorno de Capital Total)
Fonte: Própria autoria.
Ainda com relação a Biotecnologia (BIO), os demais 50% estão divididos entre
os conceitos baixo e moderados com relação a TRKT. Outros dois destaques são os
perfis de PET e INS com conceitos moderados a altos no que se refere ao retorno do
capital total, o que pode apontar duas atividades com um bom grau de atratividade.
KINV
A análise dos PN´s em relação ao KINV (Apêndice C) apresentaram
indicadores que caracterizam um KINV alto, foram as atividades Agroindústria (IND),
Biotecnologia (BIO) e Agronegócio (AGRO), facilmente notado na Figura 5.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
AGRO
BIO
IND
INS
PET
SVC
1-Baixo 2-Moderado 3-Alto
38
Figura 5. Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela variável KINV (Capital de Investimento)
Fonte: Própria autoria.
Na atividade Agroindústria (IND), há 54,17% dos planos com o conceito
moderado e somente 4,7% com conceito baixo. Outro destaque foi a atividade
econômica PET (Pequenos Animais), onde não há planos com KINV alto,
concentrando-se em moderados e baixos.
Líquida (Margem Líquida)
A distribuição da margem líquida apurada nos planos de negócio (Apêndice D),
evidenciada na Figura 6, indica que a Agroindústria (IND) e Biotecnologia (BIO),
possuem as melhores margens líquidas com indicador alto, sendo que poucos planos
(4,17%) com atividade IND apresentaram margem líquida com classificação baixo.
Os planos da atividade INS apresentam maior frequência de margem líquida
baixa e os de PET e SVC, margem líquida moderada.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
AGRO
BIO
IND
INS
PET
SVC
1-Baixo 2-Moderado 3-Alto
39
Figura 6. Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela variável
LÍQUIDA (Margem Líquida)
Fonte: Própria autoria.
Inovação
A inovação está presente na maioria dos planos em todas as atividades, com
exceção do Agronegócio (Figura 7), em que a maioria dos planos de negócio nesta
atividade (64,39%) não apresenta qualquer indicador de inovação.
Figura 7. Planos de Negócio agrupados por Atividade e classificados pela
variável INOVAÇÃO.
Fonte: Própria autoria.
0% 20% 40% 60% 80% 100%
AGRO
BIO
IND
INS
PET
SVC
1-Baixo 2-Moderado 3-Alto
0% 20% 40% 60% 80% 100%
AGRO
BIO
IND
INS
PET
SVC
Com Sem
40
As distribuições de frequências da presença (ou não) de inovação dos planos
classificados como baixo, moderado e alto nas variáveis Payback, TRKT, KINV e
Margem Líquida estão disponíveis nos Apêndices I, J, K e L, respectivamente.
Com base nessas informações pode-se afirmar que dentre os planos que
apresentaram alguma inovação foi mais comum encontrar valores moderados de
Payback (55,1%), de TRKT (48,7%), de KINV (53,8%) e de Margem Líquida (50,0%).
A inovação esteve presente com uma frequência menor em planos com valores
altos de Payback (17,9%), de TRKT (19,2%), de KINV (28,2%) e de Margem Líquida
(26,9%).
De um modo geral a presença de inovação esteve mais associada a planos
com valores de Payback e TRKT de baixos a moderados (82,1% e 80,8%, respecti-
vamente), KINV e Margem Líquida de moderados a altos (82,1% e 76,9%, respecti-
vamente).
Distribuição de frequência das variáveis Payback, TRKT, KINV, LÍQUIDA e
Inovação.
A distribuição de frequência dos planos de negócios (PN´s) classificado pelo
valor do Payback e presença ou não de inovação, demonstra que 43 dos 78 planos
que possuem inovação utilizam um Payback caracterizado como moderado (Apêndice
I).
No caso da análise do TRKT e Presença de Inovação (Apêndice J), o destaque
fica para os PN´s que possuem inovação e tem TRKT de baixo a moderado como
caracterização.
Já com relação a Capital de Investimento (KINV) os PN´s com inovação
(Apêndice K) foram identificados como tipicamente moderados e altos, podendo levar
a uma possível correlação entre o Capital de Investimento e maiores chances de
inovação.
Com relação a Margem Líquida e Inovação (Apêndice L), observa-se uma
maior frequência de PN´s moderados e altos, sugerindo possivelmente uma
correlação de que quando há inovação haverá uma melhor chance de ocorrer
Margens Líquidas maiores.
41
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A economia sempre passa por diversas mudanças, o que torna o ambiente
cada vez mais desafiador e competitivo, exigindo também, cada vez mais dos
empreendedores. A identificação de oportunidades e um correto planejamento são
essenciais para que um empreendimento tenha sucesso.
O ensino do empreendedorismo é cada vez mais frequente nas Instituições de
Ensino Superior. O Plano de Negócio é essencial para o empreendedor identificar as
atividades econômicas relacionadas à cadeia produtiva e suas características. Por
consequência, novos métodos de realizar a avaliação da aprendizagem, assim como,
a criação de parâmetros que caracterizem ou possibilitem uma melhor mensuração
de resultados obtidos em planos de negócio realizados pelos alunos, contribuem muito
para a evolução do processo ensino-aprendizagem.
A partir da tabulação do levantamento dos resultados das disciplinas de
empreendedorismo dos cursos de Zootecnia, Medicina Veterinária, Engenharia de
Biossistemas e Pós-Graduação da FZEA, foi constatado que o processo ensino
aprendizagem para o mundo dos negócios passa por parâmetros que medem a
inovação em planos de negócio, assim como fornece parâmetros relacionados a
viabilidade econômica, o que possibilita uma classificação das características das
atividades econômicas.
Para contribuir com a formação de profissionais e também no processo de
ensino aprendizagem, foram caracterizados a partir dos 115 planos de negócio,
obtidos por Ross (2016), indicadores (baixo, moderado e alto) que formam as
características de cada atividade econômica para as variáveis Payback, TRKT, KINV,
LIQUIDA e Inovação. No caso da variável Inovação, há consenso de que é sempre
desejável a sua presença, ficando neste trabalho, a função de quantificação, abrindo
possibilidade de futuros estudos aprofundar nas correlações entre as variáveis e a
presença de inovação.
42
Assim, a partir de uma análise exploratória das variáveis foram realizadas
sucessivas análises sobre os dados, onde, foram traçadas caracterizações sobre as
variáveis payback, TRKT, KINV, LIQUIDA e INOVAÇÃO, classificadas por Atividade
Econômica, obtendo-se como resultado, a caracterização dos planos de negócio
(Tabela 10).
Esta caracterização das atividades econômicas pelas variáveis selecionadas
pode também configurar um mapa que estabelece parâmetros ao empreendedor ou
investidor, tão logo se determine a atividade econômica.
Tabela 10. Mapeamento das Atividades Econômicas e suas características
Atividade PAYBACK TRKT KINV LIQUI INOV
SVC Moderado/Baixo Moderado/Alto Baixo/Moderado Moderado/Baixo Com
PET Moderado/Baixo Moderado/Alto Moderado/Baixo Moderado/Baixo Com
INS Baixo/Moderado Alto/Moderado Baixo/Moderado Baixo Com
IND Alto/Baixo Moderado/Baixo Alto/Moderado Alto/Moderado Com
BIO Moderado Alto/Moderado Moderado/Alto Moderado/Baixo Com
AGRO Moderado Baixo/Moderado Moderado/Alto Moderado/Baixo Sem
Fonte: Própria autoria.
Portanto, o mapeamento das atividades econômicas pelas variáveis payback,
TRKT, KINV, LIQUIDA e INOVAÇÃO, revela uma caracterização que anteriormente
era identificada pelo empirismo de indivíduos ou grupos através de experiência
profissional adquirida.
Ainda assim, não se pode concluir que a caracterização terá sempre estes
mesmos parâmetros pois o período dos planos deste trabalho que compreende de
2003 a 2014, estão inseridos num contexto econômico, como já abordado, dinâmico.
Devido à importância do tema e aos resultados obtidos, ficam abertas novas
possibilidades de se incluir no estudo, planos de negócio realizados pelas diversas
turmas de graduação e pós-graduação da FZEA/USP, após 2014, para aferição das
caracterizações das variáveis para as atividades econômicas propostas.
43
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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47
APÊNDICES
APÊNDICE A - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do Payback e por atividade econômica.
Payback
Atividade 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
AGRO 6 17 5 28
BIO 0 6 0 6
IND 9 8 7 24
INS 2 3 1 6
PET 3 6 0 9
SERV 9 30 3 42
Total 29 70 16 115
APÊNDICE B - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do TRKT e por atividade econômica.
TRKT
Atividade 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
AGRO 11 12 5 28
BIO 1 2 3 6
IND 7 12 5 24
INS 1 3 2 6
PET 1 5 3 9
SERV 8 24 10 42
Total 29 58 28 115
48
APÊNDICE C - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do KINV e por atividade econômica.
KINV
Atividade 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
AGRO 5 16 7 28
BIO 0 4 2 6
IND 1 13 10 24
INS 3 2 1 6
PET 3 6 0 9
SERV 17 17 8 42
Total 29 58 28 115
APÊNDICE D - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados
pelo valor do Margem líquida e por atividade econômica.
Líquida
Atividade 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
AGRO 9 14 5 28
BIO 1 3 2 6
IND 1 10 13 24
INS 4 1 1 6
PET 2 6 1 9
SERV 12 24 6 42
Total 29 58 28 115
APÊNDICE E - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do Payback e por elo da cadeia produtiva.
Payback
Elo 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
DIST 1 2 0 3
INSU 3 3 1 7
PROC 10 14 7 31
PROD 6 14 5 25
SERV 9 37 3 49
Total 29 70 16 115
49
APÊNDICE F - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do TRKT e por elo da cadeia produtiva.
TRKT
Elo 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
DIST 2 1 0 3
INSU 1 3 3 7
PROC 7 16 8 31
PROD 11 10 4 25
SERV 8 28 13 49
Total 29 58 28 115
APÊNDICE G - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do KINV e por elo da cadeia produtiva.
KINV
Elo 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
DIST 0 2 1 3
INSU 2 3 2 7
PROC 3 17 11 31
PROD 5 15 5 25
SERV 19 21 9 49
Total 29 58 28 115
APÊNDICE H - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor da Margem Líquida e por elo da cadeia produtiva.
Líquida
Elo 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
DIST 1 1 1 3
INSU 3 0 4 7
PROC 1 16 14 31
PROD 10 12 3 25
SERV 14 29 6 49
Total 29 58 28 115
50
APÊNDICE I - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do Payback e pela presença de inovação.
Payback
Inovação 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
Com 21 43 14 78
Sem 8 27 2 37
Total 29 70 16 115
APÊNDICE J - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do TRKT e pela presença de inovação.
TRKT
Inovação 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
Com 25 38 15 78
Sem 4 20 13 37
Total 29 58 28 115
APÊNDICE K - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor do KINV e pela presença de inovação.
KINV
Inovação 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
Com 14 42 22 78
Sem 15 16 6 37
Total 29 58 28 115
APÊNDICE L - Distribuição de frequências dos planos de negócios classificados pelo valor da Margem líquida e pela presença de inovação.
Líquida
Inovação 1-Baixo 2-Moderado 3-Alto Total
Com 18 39 21 78
Sem 11 19 7 37
Total 29 58 28 115
51
ANEXOS
ANEXO A – Conteúdo Disciplina: ZAZ 0426 do curso de Zootecnia– Empreendedorismo e Projetos no Agronegócio
Aulas realizadas nas quintas-feiras das 08h00 às 12h00 PROGRAMA DO CURSO - 2o SEMESTRE
ITEM AULA/ ATIVIDADE
1. Introdução à Disciplina e apresentação do Programa.
2. Introdução ao Plano de Negócios. Definição de grupos.
3. A Motivação e o Perfil do Empreendedor. Exerc. de Leitura – Cap. 1 do “O
Segredo de Luísa”.
4. A Validação de uma Ideia. Exerc. de Leitura – Cap. 2 e 3 do “O Segredo de
Luísa”.
5. O Plano de Negócio. Exerc. de Leitura – Cap. 4 a 6 do “O Segredo de Luísa”.
6. Análise Econômica de Projetos Agropecuários (1). Entrega do Plano Técnico.
Plantão de Dúvidas.
7. Empreendedorismo e negociação. Exercício 1.
8. Análise Econômica de Projetos Agropecuários (2). Entrega do Plano de
Marketing. Plantão de Dúvidas.
9. Dinâmica “O céu de outubro”. Exercício.
10. Análise Econômica dos Projetos (3). Plantão de Dúvidas.
11. Análise Econômica dos Projetos (4). Entrega do Plano de Viabilidade
Econômica.
12. O papel das Incubadoras de Empresas no Empreendedorismo. Visita técnica
na UNITec.
13. Prova Final e avaliação da disciplina. Entrega dos Planos de Negócio (Final)
14. Seminários - Grupos 1 a 3 (Maratona)
15. Seminários - Grupos 4 a 6 (Maratona)
___________________________________________________________________ LIVRO BASE: DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. Sextante. Rio de Janeiro. 2008. 300p.
BIBLIOGRAFIA DE SUPORTE RECOMENDADA:
CERTO, S. Administração Moderna. Ed. Pearson Ed. São Paulo. 2003. 592p.
CHIAVENATO, I. Administração de Empresas. Ed. Makron. São Paulo. 1995.
765p.
KOTLER, P. Administração de Marketing. Ed. Pearson Ed., São Paulo. 2003.
768p.
NORONHA, J.F. Projetos Agropecuários. FEALQ. Piracicaba. 1981. 274p.
52
SISTEMA DE AVALIAÇÃO:
NOTA ITENS PESO
N1
N2
N3
Participação e Exercícios
Prova Final
Plano de Negócio
0,3
0,3
0,4
MF Média Final 1,0
PLANO DE NEGÓCIOS: Montagem de Plano de Negócio de uma empresa da área de interesse dos grupos
de alunos, visando o desenvolvimento de visão empreendedora aos formandos. O
modelo básico do PN deve seguir o recomendado pelo livro base;
Os grupos podem sofrer mudanças em relação à organização do semestre anterior.
Os grupos devem ter no mínimo 3 e no máximo 5 membros;
Os PNs serão avaliados em função de seu grau de inovação como
condicionantes da nota máxima a ser recebida (plano tradicional = máximo 8,5;
área emergente = 9,0; com inovação = 9,5; passível de geração de patente = 10,0)
Cada grupo deverá entregar o trabalho por escrito e apresentá-lo à turma nos dias
referentes aos seminários dentro da Maratona do Empreendedorismo no
Agronegócio.
53
ANEXO B – Conteúdo Disciplina: ZAZ 1348 Do curso de Medicina Veterinária– Fundamentos de Empreendedorismo e Planejamento de Projetos
Aulas realizadas nas quintas-feiras, das 14h00 às 18h00 PROGRAMA DO CURSO - 1o SEMESTRE
ITEM LOCAL/ AULA/ ATIVIDADE
1. Introdução à Disciplina e Apresentação do Programa. Introdução ao Plano de Negócios (PN); Definição dos Grupos
2. Perfil Empreendedor. Noções de Empreendedorismo Exerc. de Leitura – Cap. 1 e 2 do “O Segredo de Luísa” Regras do Jogo de Empresas.
3. A validação de uma ideia. A importância da inovação; Exerc. de Leitura – Cap. 3 e 4 do “O Segredo de Luísa”; PN: Entrega do Levantamento de Merca-do
4. Exerc. de Leit. – Cap. 5 e 6 do “O Segredo de Luísa”; Jogo de Empresas – Início
5. O papel das Incubadoras de Empresas na economia. PN – Entrega do Plano de Marketing.
6. UNICETEX Visita técnica na UNITec. 7. Jogo de Empresas – rodadas 2 e 3; Apresentação do Projeto Técnico. 8. Análise Econômica de Projetos (1). Exercícios Plantão de Dúvidas 9. Análise Econômica de Projetos Agropecuários (2); Oportunidades para
alavancagem de projetos. 10. Análise Econômica de Projetos Agropecuários (3) Jogo de Empresas – rodadas
4 e 5. 11. Entrega da Análise Econômica dos Projetos. Plantão de dúvidas 12. Prova Final e avaliação da disciplina 13. Jogo de Empresas – rodadas finais. Entrega dos Planos de Negócio (Final) 14. Seminários - Grupos 1 a 3 (Maratona) 15. Seminários - Grupos 4 a 6 (Maratona)
LIVRO BASE:
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. Sextante. Rio de Janeiro. 2008.
300p.
BIBLIOGRAFIA DE SUPORTE RECOMENDADA:
CHIAVENATO, I. Administração de Empresas. Ed. Makron. São Paulo. 1995.
765p.
MANUAL DO SEBRAE – Jogos de Empresas.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO:
NOTA ITENS PESO N1 N2 N3 N4
Participação e Exercícios Prova Final Plano de Negócio Jogo de Empresas
0,2 0,3 0,3 0,2
MF Média Final 1,0 PLANO DE NEGÓCIOS:
54
Montagem de Plano de Negócio de uma empresa da área de interesse dos grupos
de alunos, visando o desenvolvimento de visão empreendedora aos formandos.
Cada exercício das etapas parciais do PN representará nota em separado para o
grupo. O modelo básico do PN deve seguir o recomendado no livro base da
disciplina. Os grupos devem ter no mínimo 5 e no máximo 7 membros.
Os PNs serão avaliados em função de seu grau de inovação como condicionantes
da nota máxima a ser recebida (plano tradicional = máximo 8,5; área emergente =
9,0; com inovação = 9,5; passível de geração de patente = 10,0).
JOGO DE EMPRESAS:
Competição entre empresas (equipes) com um cenário de negócios pré-
estabelecido em que as mesmas devem estabelecer suas estratégias a fim de
liderar o mercado. Cada grupo deve ter no mínimo 5 e no máximo 7 pessoas;
O grupo deverá receber as instruções na data de 05/03 a fim de se preparar para a
competição. As instruções devem ser estudadas antes do início do Jogo. Equipes
que não se prepararem não poderão alegar desconhecimento das regras. Não será
admitido o uso de planilhas eletrônicas durante o Jogo de Empresas.
A nota da equipe no Jogo de Empresas será formatada mediante a sua
classificação e o seu desempenho em termos de índices a serem formulados pelo
professor e que levem em conta o grau de endividamento, taxa de retorno e de
viabilidade econômica de cada empresa/grupo.
OBS: O cronograma do curso pode sofrer alterações em função de atividades não
previstas. Caso haja a necessidade de remarcação de datas, essa tarefa será
conduzida pelo Docente com a anuência da maioria.
55
ANEXO C – Conteúdo Disciplina: ZAZ 1052 - Engenharia de Biossistemas – Gestão, Inovação e Empreendedorismo
Aulas realizadas nas sextas-feiras, das 10h00 às 12h00 PROGRAMA DO CURSO - 1o SEMESTRE
ITEM LOCAL/ AULA/ ATIVIDADE
1. Introdução à Disciplina e Apresentação do Programa; Introdução ao Plano de
Negócios (PN). Definição dos Grupos;
2. Perfil Empreendedor. Noções de Empreendedorismo; Exerc. de Leitura – Cap.
1 e 2 do “O Segredo de Luísa”
3. A validação de uma ideia. A importância da inovação; Exerc. de Leitura – Cap.
3 e 4 do livro “O Segredo de Luísa”; PN: Entrega do Levantamento de Mercado
4. Exerc. de Leit. – Cap. 5 e 6 do “O Segredo de Luísa”;
5. O papel das Incubadoras de Empresas na economia; PN – Entrega do Plano
de Marketing.
6. UNICETEX Visita técnica na UNITec.
7. Apresentação do Projeto Técnico.
8. Análise Econômica de Projetos (1). Exercícios; Plantão de Dúvidas.
9. Análise Econômica de Projetos Agropecuários (2); Oportunidades para
alavancagem de projetos.
10. Análise Econômica de Projetos Agropecuários (3); Plantão de dúvidas.
11. Entrega da Análise Econômica dos Projetos.
12. Prova Final e avaliação da disciplina
13. Entrega dos Planos de Negócio (Final)
14. Seminários - Grupos 1 a 3 (Maratona)
15. Seminários - Grupos 4 a 6 (Maratona)
LIVRO BASE:
DOLABELA, Fernando. O Segredo de Luísa. Sextante. Rio de Janeiro. 2008.
300p.
BIBLIOGRAFIA DE SUPORTE RECOMENDADA:
CHIAVENATO, I. Administração de Empresas. Ed. Makron. São Paulo. 1995.
765p.
MANUAL DO SEBRAE – Jogos de Empresas.
56
SISTEMA DE AVALIAÇÃO:
NOTA ITENS PESO
N1
N2
N3
Participação e Exercícios
Prova Final
Plano de Negócio
0,3
0,3
0,4
MF Média Final 1,0
PLANO DE NEGÓCIOS:
Montagem de Plano de Negócio de uma empresa da área de interesse dos grupos
de alunos, visando o desenvolvimento de visão empreendedora aos formandos.
Cada exercício das etapas parciais do PN representará nota em separado para o
grupo. O modelo básico do PN deve seguir o recomendado no livro base da
disciplina. Os grupos devem ter no mínimo 4 e no máximo 6 membros;
Os PNs serão avaliados em função de seu grau de inovação como condicionantes
da nota máxima a ser recebida (plano tradicional = máximo 8,5; área emergente =
9,0; com inovação = 9,5; passível de geração de patente = 10,0)
OBS: O cronograma do curso pode sofrer alterações em função de atividades não
previstas. Caso haja a necessidade de remarcação de datas, essa tarefa será
conduzida pelo Docente com a anuência da maioria.
57
ANEXO D – Conteúdo Disciplina: GIA 5004
Programa de Pós-Graduação em Gestão e Inovação na Indústria Animal
Disciplina Gia 5004 – Empreendedorismo e Planos de Negócios
Prof. Responsável: Prof. Celso da Costa Carrer
Colaborador Externo: Prof. Paulo Morais
Nº DE CRÉDITOS: 4
Aulas Teóricas: 2 Aulas Práticas, Seminários e Outros: 2 Horas de Estudo: 2
Duração em Semanas: 10
4o TRIMESTRE
Aulas aos sábados das 14h00 às 18h00
AULA AULA/ ATIVIDADE LOCAL OBS:
1
Introdução e apresentação geral da
disciplina. O papel das incubadoras de
empresas na economia e no fomento ao
empreendedorismo. Visita técnica à UNITec
(durante a Virada Científica da USP)
Sala ZEB 5
e UNITec 14h-18h
2
O processo de elaboração e de análise,
objetivos e estratégias do Plano de Negó-
cios. Exercício 1. Organização dos grupos.
Sala Congr. 14h-18h
3
Revisão sobre conceitos de gestão de
empresas, administração estratégica de
negócios e estratégias competitivas.
Sala Congr. 14h-18h
4
Conceitos de custos de produção e
análise econômica de projetos. Estruturação
de Planilhas de Custo.
Sala ZEB 5 14h-18h
5 Análise de investimentos e alternativas de
captação de recursos. Sala ZEB 5 14h-18h
6 Introdução ao Private Equity e Venture
Capital. Sala ZEB 5 14h-18h
7 Desenvolvimento dos Planos de Negócios. Atividade
Extra Sala Livre
8 Desenvolvimento dos Planos de Negócios. Atividade
Extra Sala Livre
9 1º. Simpósio do Mestrado Profissional:
Empreendedorismo e Inovação.
Anfiteatro
do Campus 14h-18h
10 Avaliação Final da Disciplina. Entrega dos
Planos de Negócios. Sala ZEB 5 14h-18h
58
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ABDI. Introdução ao Private Equity e Venture Capital para Empreendedores. Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital. Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, ABDI, Brasília, 2010.
ANDRADE, R. F.; TORKOMIAN, A. L. V. Fatores de Influência na Estruturação de Programas de Educação Empreendedora em Instituições de Ensino Superior. Londrina, Anais do II Encontro de Estudos sobre Empreendedorismo e Gestão de Pequenas Empresas, EGEPE, 2001. p. 299-311.
DOLABELA, F. O Segredo de Luísa. 1ª Edição. São Paulo: Cultura Editores Associados, 2008b. 320 p.
DOLABELA, F. Pedagogia Empreendedora: o ensino de empreendedorismo na educação básica, voltado para o desenvolvimento social sustentável. 1ª Edição. São Paulo: Editora de Cultura, 2003. 140 p.
GEM (Global Entrepreneurship Monitor) Report. Empreendedorismo no Brasil: 2009/ Joana Paula Machado e outros. Curitiba: IBQP, 2010 165p.
HASHIMOTO, M. O Espírito Empreendedor nas Organizações: aumentando a competitividade através do intra-empreendedorismo. São Paulo: Saraiva. 2006. 277p.
MORAIS, P. R. B. Estruturação de produtos educacionais para capacitação empreendedora: Análise de Múltiplos Casos. 2009. Dissertação de Mestrado, FEARP- Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009.
PINCHOT, G.; PELLMAN, R. Intra-empreendedorismo na Prática: um guia de inovação nos negócios. 3ª Edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. 199 p.
PLONSKY, G.A.; CARRER, C.C. A inovação tecnológica e a educação para o empreendedorismo In: VILELA, S.; LAJOLO, F.M. (Org.) USP 2034: Planejando o futuro. São Paulo: EDUSP, 2009. p.107-135.
SISTEMA DE AVALIAÇÃO:
NOTA ITENS PESO
N1
N2
N3
Avaliação da Disciplina
Planos de Negócios
Participação e
Exercícios
0,3
0,4
0,3
MF Média Final 1,0
OBS:
Cabe lembrar que a ordem dos temas a serem abordados dentro da programação da
disciplina pode ser alterada conforme conveniência do processo ensino/apren-
dizagem, a critério dos docentes. O cronograma das disciplinas pode sofrer altera-
ções em função de atividades não previstas. Caso haja a necessidade de remar-cação
de datas, essa tarefa será conduzida pelos docentes com a anuência da maioria.
Os planos de negócios a serem desenvolvidos dentro da disciplina deverão ser do
interesse dos grupos de estudantes. A escolha do PN para cada grupo poderá
59
contemplar uma experiência própria de um dos membros ou de casos previamente
escolhidos a serem definidos durante a disciplina. Desejamos uma produtiva
disciplina!
Sejam bem vindos!
60
ANEXO E – Planilha de Dados dos Planos de Negócio
1 - Agropecuária
2 - Biotecnologia
3 - T.I.
4 - Comércio
5 - Saúde
6 - Lazer
No.Nome da
Empresa/AtividadeAno Curso Atividade Escolhida
Código Atividade
EconômicaLogomarca
Pay Back
(Anos)TRKT % KINV R$ Margem LÍQUIDA
Presença de
Inovação
1 Criação de Tilápia do Nilo 2003 1Criação de Tilápia do Nilo em Sistema
Super Intensivo (Tanque rede)1 Tilápia do Nilo 2 26,03 R$ 114.112,88 43.923,47R$ N
2 Caprinocultura de Leite 2003 1Instalação de uma caprinocultura de
leite1
Carpinocultura
de Leite2 70,77 R$ 44.663,53 R$ 56.844,99 N
3Turismo Rural - Fazenda
Aurora2003 1 Turismo no espaço rural 6 Turismo Rural 4 12,44 R$ 570.653,50 88.863,16R$ S
4Fazenda São José -
Bubalinocultura2003 1
Incremento da produção de leite de
búfala da Fazenda São José1
Bubalinocultur
a2 13,14 R$ 792.472,60 R$ 124.611,11 N
5Fazenda de Engorda de
Camarões2003 1
Implantação de uma fazenda de
engorda de camarão para posterior
venda a restaurantes
1Engorda de
Camarões2 33,24 R$ 123.889,00 50.227,88R$ S
6Centro de Aventuras Toca do
Coiote2004 1
Ecoturismo - Esportes radicais e de
aventura6 Toca do Coiote 6 30,28 R$ 1.098.568,04 363.737,25R$ S
7 Laticínio Ouro Branco 2004 1
Indústria de laticínio atuando no
processamento e comercialização de
leite e derivados
12Laticínio Ourto
Branco5 10,44 R$ 539.838,90 R$ 602.199,28 N
8 JR Agropecuária 2004 1
Mini-laticínio com o objetivo de captar
leite e produzir queijo minas,
mussarela e ricota.
1JR
Agropecuária7 12,32 R$ 290.686,65 154.724,69R$ N
9Cordeiro de Ouro Pecore
Brasil2004 1
Produção e Comercialização de Carne
Ovina no Estado de São Paulo1 Pecore Bras il 5 98,76 R$ 219.790,00 R$ 1.021.858,58 N
10 Integrovino 2004 1Empresa integradora de ovinos de
corte4 Integrovino 2 19,91 R$ 521.450,00 347.092,56R$ S
11Abatedouro Excelência
Cortes Especiais2004 1
Prestação de Serviço no abate de
ovinos e caprinos, agregando valor ao
produto final
11Abatedouro
Excelência3 81,40 R$ 1.046.373,85 R$ 1.019.317,90 N
12 Granja Flamboyant 2004 1
Granja cunícola, com a finaidade
principal de produção de carne de
coelho.
1Granja
Flamboyant5 9,62 R$ 425.473,65 53.115,19R$ N
13 Fazenda Marinha Ostraviver 2004 1Desenvolvimento e Expansão da
criação de ostras japonesas1 OSTRAVIVER 4 28,09 R$ 375.506,43 R$ 207.322,25 S
14Fazenda e Produtos Cheiro
da Terra2004 1
Fazenda Hotel que oferece
alimentação de forma balanceada
através de produtos orgânicos
6Cheiro da
Terra3 27,04 R$ 1.094.709,90 508.426,80R$ S
15 Peixe Tropical 2004 1
Processamento e beneficiamento da
carne de tilápias (Filés, nuggets e
hambúrgueres).
12 Peixe Tropical 2 11,52 R$ 586.171,80 R$ 385.391,97 S
16 Fazenda Monte Sinai 2005 1 Criação de cordeiros para abate 1Fazenda Monte
Sinai5 11,04 R$ 1.710.545,00 R$ 245.330,30 N
17 Parque Acauã 2005 1Criação e comercialização de aves
ornamentais e turismo ecológico6
PARQUE
ACAUÃ4 23,64 R$ 455.933,66 206.953,64R$ S
18 Frigorífiro Três Lagoas 2005 1Frigorífico que realizará abates de
ovinos e suínos12
Frigorífico Três
Lagoas4 17,24 R$ 3.583.133,00 R$ 5.305.426,97 N
19 Bico de Ouro 2005 1 Criação e comercialização de avestruz 1 Bico de Ouro 4 19,25 R$ 1.460.108,00 473.841,95R$ S
20Boutique de Carnes La
Viande2005 1
Comercialização de produtos cárneos
de elevada qualidade12 La Viande 4 24,22 R$ 786.244,00 R$ 4.636.417,30 S
21 Petshop Nutrição 2005 1A empresa atuará no segmento de pet
shop7
PETSHOP
NUTRIÇÃO4 12,83 R$ 149.736,37 252.765,14R$ S
22 QUATRU 2005 1Qualificação e capacitação de mão-de-
obra rural9 QUATRU 4 20,52 R$ 173.814,00 R$ 891.215,50 S
23 ConfiBoi 2005 1
Alojamento de animais de terceiros em
troca de uma tarifa diária.
(Confinamento)
1 ConfiBoi 6 23,11 R$ 806.539,35 489.129,95R$ N
24 Vinart - Vinhos Artesanais 2005 4Fabricação e venda de vinhos
artesanais11 VINART 3 26,20 R$ 67.410,00 R$ 65.917,00 N
25 Confinamento Grão de Ouro 2006 1
Engorda e terminação de bovinos de
corte com nutrição altamente
balanceada
1Confinamento
Grão de Ouro3 13,83 R$ 1.061.140,02 R$ 676.975,19 N
26 Golden Gel 2006 1Extração e Provessamento de
Colágeno para a produção de Gelatina12 Golden Gel 3 80,89 R$ 3.844.076,00 7.388.298,81R$ S
27 Recanto dos Vales 2006 1
Inserção de pessoas, principalmente
crianças e adolescentes em um
contexto rural
6Recanto dos
Vales7 21,99 R$ 2.705.241,59 R$ 1.182.611,25 S
28 Agnus 2006 1Produção, Processamento e
Distribuição de Carne de Cordeiro12 AGNUS 7 43,88 R$ 906.803,00 1.298.665,70R$ S
29 Pet Resort 2006 1
Serviços no ramo de hospedagem,
recreação, nutrição, banho e tosa para
animais
7 Pet Resort 3 72,62 R$ 700.873,09 R$ 763.586,06 S
30 Fazenda Nova Morada 2006 1 Criação de búfalas leiteiras 1Fazenda Nova
Morada6 30,56 R$ 1.737.984,40 669.469,13R$ N
31 Bom de peixe 2006 1 Piscicultura 12 BOM DE PEIXE 6 23,16 R$ 2.116.295,78 R$ 776.807,14 S
32Fármácia Veterinária "El
Ombú"2006 4 Comércio de produtos veterinários 5 El Ombú 2 12,75 R$ 138.610,00 92.640,00R$ N
33 Anaurilândia - Pesca e Lazer 2006 1Sistema de hospedagem e lazer e
pesca na região de Anaurilândia6
Anaurillândia -
Pesca e Lazer1 54,33 R$ 189.767,37 R$ 126.860,61 S
34Nutri Bone Artefatos de
couro LTDA2006 4
Fabricação de venda de "ossos"
extrusados gostoso para cães12 Nutri Bone 1 32,90 R$ 22.800,00 595.451,00R$ S
Presença de Inovação
S - Sim
N-Não
4 - Pós Gra duação 10 - Maquinário
11 - Produção de Alimento
12 - Agroindústria
2 - Medici na Ve teriná ria 8 - Certificação
3 - Engenharia de Bioss istemas 9 - Serviços
Legenda Curso Código da Atividade (CA)
1 - Zootecnia 7 - Pet
61
35Estância e Laticínio Lacune
D'Campos2007 1 Produzir e processar o leite de ovinos 12
Laticínio
Lacaune
D'Campo
9 24,98 R$ 1.660.548,64 R$ 537.665,81 S
36 Excap Produções Técnicas 2007 1Empresa de Extensão e Capacitação
Agropecuária9 EXCAP 2 48,67 R$ 117.106,10 201.521,23R$ S
37 Special Beef 2007 1
Compra de carcaças inteiras de ovinos
e bovinos e a partir dis to realizará
cortes especiais
12 Special Beef 2 31,53 R$ 1.560.232,84 R$ 2.611.518,32 S
38 Frutas Tropicais Orgânicas 2007 1
processamento e integração do cultivo
de frutas tropicais cultivadas (produto
orgânico)
12 JJLP 6 18,59 R$ 1.413.627,74 1.546.862,46R$ S
39Empresa Bras ileira de
Biotecnologia2007 1
Análise a partir o DNA, como sexagem,
identificação de paternidade e
maternidade de aves
2 EmBBio 3 24,40 R$ 776.783,80 R$ 327.879,05 S
40 Suíno & Cia 2007 1
Comercialização no âmbito regional de
produtos cárneos provenientes da
criação de suínos
1 Suíno & Cia 9 22,06 R$ 996.857,40 361.269,18R$ S
41Capriláctea Fábrica de
Laticínios2007 1 Fábrica de laticínios de leite de cabra 12 CapriLáctea 7 17,83 R$ 667.636,20 R$ 296.085,66 N
42 Peixe do Cerrado 2007 1Criação de peixes Tropicais (Tilápia
Tailandesa)1
Peixe do
Cerrado3 28,12 R$ 596.337,50 489.484,00R$ S
43Agroseg - Consultoria e
Treinamento2007 1
Consultoria para obtenção de
certificados e selos de qualidade ao
setor agropecuário
9 Agroseg 1 151,49 R$ 101.495,00 R$ 687.326,83 S
44 Terra de Caiman 2007 1 Criação Comercial de jacarés 6TERRA DE
CAIMAN3 43,14 R$ 1.911.614,85 1.902.033,92R$ S
45 NutryOrganic 2008 1
Comércio de produtos orgânicos no
mercado interno e externo de origem
certificada
5 NutryOrganic 5 587,78 R$ 148.227,00 3.586.741,30R$ S
46 OCA - Consultorias 2008 1Otimização de Carbono Agropecuário
ligados à suinocultura e avicultura9 OCA 5 166,86 R$ 470.186,51 1.794.725,20R$ S
47 Prime Choice Beef 2008 1
Comercialização de cortes nobres e
padronizado, como a picanha e baby
beef
12PrimeChoice
BEEF6 36,10 R$ 372.227,10 R$ 778.681,75 S
48 Integra Capri 2008 1Sistema integrado de produção de leite
de cabra1 IntegraCapri 3 72,54 R$ 917.295,00 R$ 2.650.003,43 N
49 Laticínio Búfalo do Valle 2008 1Produção de derivados de leite de
búfala1
Laticínio
Búfalo do Valle4 51,69 R$ 1.168.900,83 1.677.614,29R$ N
50Aliança - Estratégia em
Ovinocultura Ltda2009 1
Empresa que atuará no setor da
agroindústria, com foco na ovinocultura4 Aliança 2 105,06 R$ 70.211,92 R$ 528.329,00 N
51 Pró - Boi - BOITEL 2009 1 Hotel para Bois - Engorda de animais. 9Pró-Boi -
BOITEL5 25,72 R$ 2.643.243,36 R$ 3.657.520,05 S
52 Ideal Alimentos 2009 1 Processamento de cortes suínos 12Ideal
Alimentos4 12,15 R$ 4.376.994,37 R$ 10.081.408,82 S
53 Bifinhos para Cães 2009 1
Fabricação de Snacks para cães
indicados para todas as raças,
tamanhos e idades
7 AGPet 4 43,52 R$ 708.278,60 R$ 1.090.258,46 S
54 Cordeiro Real 2009 1 Cortes padrão de carne de cordeiro 1 Cordeiro Real 5 10,20 R$ 1.623.602,00 494.152,41R$ N
55 Ouro Verde 2009 1
Venda de mudas e assistência técnica
utilizando biotecnologia aplicada a
produção de mudas
2 Ouro Verde 3 17,22 R$ 549.028,37 R$ 1.184.822,31 S
56 EQUI VILLAGE 2009 1Hotel-Fazenda voltado à exploração do
turismo rural6 EQUI VILLAGE 4 55,22 R$ 3.575.681,05 3.949.876,99R$ S
57 RAIO DE SOL 2009 1 Acampamento e Hotel Fazenda 6 RAIO DE SOL 4 40,70 R$ 4.458.292,97 R$ 3.442.750,66 S
58 AgroHabilis Consultoria 2009 1Habilidade em Rastreabilidade e
Certificação Animal8 AgroHabilis 3 38,50 R$ 326.106,98 250.207,00R$ S
59 Mais Cordeiro 2010 1Empresa Processadora de Produtos
Cárneos12 Mais Cordeiro 5 25,05 R$ 741.217,00 R$ 928.337,83 S
60 Eco Tanque 2010 1
Produção de tanques-rede (estruturas
e flutuadoras) a partir de plástico
reciclado
10 Eco Tanque 3 34,55 R$ 198.366,70 222.623,86R$ S
61 FP. alimentos LTDA 2010 1
Produção de massas alimentícias com
toque artesanal pré-assadas em forno
a lenha
11FP. alimentos
LTDA3 30,91 R$ 222.136,00 731.462,30R$ S
62 Lagoa Santa Confinamento 2010 1
Bovinos machos da raça nelore, que
serão comercializados após 90 dias
de confinamento
1 Lagoa Santa 4 21,98 R$ 2.530.681,00 R$ 3.793.348,16 N
63Hens'home Inovação no
Agronegócio2010 1
Comercialização de gaiola com
enriquecimento ambiental para
galinhas poedeiras.
1 Hens'home 3 26,24 R$ 4.183.664,76 9.778.423,17R$ S
64 Cookeria - Pet Food 2010 1
Desenvolvimento e Comercialização
de Biscoitos no formato de cookies
para cães
7 Cookeria 2 78,87 R$ 95.330,80 R$ 1.099.832,23 S
65 Cordeiro Sul de Minas 2010 1
Desenvolver uma marca de produtos
cárneos proveniente da criação de
cordeiros
1Cordeiro Sul
de Minas2 12,12 R$ 310.933,00 427.040,50R$ N
66 Milky Mundi 2010 1
Loja com sistema de franquia
especializada em venda de produtos
lácteos
4 Milky Mundi 3 22,94 R$ 300.499,00 1.469.506,21R$ S
67 Alvorada 2011 1Produzir hambúrguer de pernil suíno
com alta qualidade12 Alvorada 6 22,72 R$ 2.891.582,50 R$ 2.512.627,00 S
68Inseminar - Reprodução
Animal2011 1
Serviço de Inseminação Artificial para
pequenos produtore rurais - produção
leiteira
9 Inseminar 3 21,49 R$ 32.594,80 28.519,08R$ N
69 QualyOvos 2011 1Empresa Processadora de Ovos In
Natura12 QualyOvos 2 76,12 R$ 757.932,60 R$ 2.536.076,30 S
70 BosNutri 2011 1 Alimentação de grandes ruminantes 12 BosNutri 2 17,90 R$ 218.932,00 2.074.106,52R$ S
62
71Kãopenhagenn Pet Food
Ltda2011 1
Produção de snack (bala de goma
sabor carne) com o nome Candy Dog11
Kãopenhagen
n5 37,08 R$ 2.287.050,00 R$ 3.236.654,06 S
72Elevartus Eficiência
Empresarial2011 1
Assessoria Empresarial a micro e
pequenas empresas9 Elevartus 3 58,00 R$ 45.705,00 51.582,66R$ S
73 Corte Nobre 2011 1Empresa Processadora de Produtos
Cárneos de Bubalinos e Angus12 Corte Nobre 2,43 39,04 R$ 1.558.334,76 R$ 1.666.145,00 S
74 Minha Fazendinha Orgânica 2011 1
Criação de um site de jogo On-line,
voltado para o conhecimento da
produção de orgânicos
3 Eco Game 2 91,21 R$ 188.038,52 686.820,72R$ S
75 Central Cancianni 2011 1Processamento de sêmen de animais
de pista e animais de trabalho2
Central
Cancianni5 65,79 R$ 2.461.220,04 R$ 4.730.799,72 S
76CEI - Centro de Engorda
Intensiva2011 1
Produção patronizada e certificada de
carne bovina de alta qualidade1 CEI 13 15,35 R$ 2.726.151,00 2.211.033,16R$ N
77 Mar de Mudas 2012 3Produção de mudas de eucalipto
(Eucalipto Citriodora)2 Mar de Mudas 3 38,22 R$ 906.289,74 R$ 749.707,88 S
78Agroway Tecnologia
Sustentável2012 3
Informatização e mecanização do
campo3 Agroway 6 16,58 R$ 204.000,00 107.048,00R$ S
79 RPS Soluções Ambientais 2012 3Recebimento e destinação correta dos
resíduos da construção civil.9
RPS Soluções
Ambientais3 49,26 R$ 2.283.845,75 R$ 1.384.708,42 S
80 ApisGreen 2012 1
Centro de melhoramento genético de
abelhas produtoras de mel (Mel
Orgânico)
1 ApisGreen 2 57,38 R$ 665.923,70 1.470.916,89R$ S
81 Akasha Cosméticos 2012 1
Linha de máscaras de tratamento a
base de colágeno, ácido hilaurônico
etc.
12 Akasha 2 23,00 R$ 1.129.159,00 R$ 16.009.558,82 2
82 Pivô Technology 2012 3Sistema de automatização para pivô
central - Sensor para análise de
umidade do solo
10Pivô
Technology1,25 82,91 R$ 79.055,36 294.713,17R$ S
83 SmartGarden 2012 3
Produzir novas tecnologias para atuar
em sistemas vegetais e simplificar a
vida moderna
10 SmartGarden 4,35 38,09 R$ 397.075,00 R$ 222.600,00 S
84 Capri Care Cosméticos 2012 1
Desenvolver cosméticos a base de
leite de cabra, explorando benefícios
para a saúde
12 CAPRI CARE 2 68,99 R$ 1.728.102,20 10.718.569,06R$ S
85 SMART BEEF 2012 2
Software para monitoramento do
crescimento do gado zebuíno em
tempo real
12 SMART BEEF 2,09 159,35 R$ 734.510,30 R$ 2.729.238,26 S
86 PalmCell 2012 3Serviço de web mobile às pequenas e
grandes empresas3 PalmCell 2,91 35,19 R$ 150.000,00 735.070,01R$ S
87 Exclusive Horse 2012 1Produção de rações para equinos por
encomenda (rações personalizadas).12
Exclusive
Horse4 50,90 R$ 2.480.014,00 R$ 4.085.214,00 S
88 QualiQueijo 2012 1 Certificação de Queijo Minas Artesanal 8 QualiQueijo 4 44,17 R$ 602.805,25 R$ 577.365,47 S
89
Novo Horizonte Entreposto
de Carne Bovina Orgânica
Ltda
2013 2 Carne Orgânica 4 Novo Horizonte 5 18,55 R$ 3.422.257,10 R$ 6.137.873,72 S
90 Doggie Club & Spa 2013 2 Pet Shop 6Doggie club &
Spa3 79,89 R$ 124.473,22 R$ 885.729,60 S
91 Menu Pet 2013 2 Refeições Caseiras Balanceadas 11 Menu Pet 3 15,74 R$ 194.332,27 481.613,96R$ S
92 SmartBeef 2013 1Produção de Selo para o mercado de
carnes.2 SmartTBeef 3 125,88 R$ 670.463,00 R$ 3.918.174,73 S
93 Maxsilo 2013 1 Produção de Silagem 9 Maxsilo 4 35,75 R$ 1.532.350,54 1.420.274,34R$ S
94 VaptVet Ambulâncias 2013 2Prestação de Serviço de Transporte de
Animais de Urgência5 VaptVet 3 55,70 R$ 440.375,89 R$ 464.124,99 S
95 Vita Animale 2013 2 Plano de Saúde Animal 5 Vita Animale 3 56,50 R$ 70.830,00 525.062,29R$ S
96 Laticínio Caprine 2013 1 Laticínio (Leite de Cabra) 12 Caprine 2 80,97 R$ 467.067,10 R$ 2.483.064,46 S
97 Boulevard Horse 2013 1Empresa de Produção de ração para
Equinos7
Boulevard
Horse5 37,28 R$ 546.859,40 300.598,00R$ S
98 Power Dog 2013 1Empresa de Desenvolvimento e
Comercialização de ração para cão7 Power Dog 1 34,31 R$ 745.347,53 R$ 13.084.253,99 S
99 Snack Horse 2013 1Empresa no setor de alimentação
equina (Petiscos de fruta)7 Snack Horse 4 106,07 R$ 172.188,00 676.561,59R$ S
100 Canil Cão Amigo 2013 1Centro de treinamento e adaptação de
cães guia e comercialização5
Canil Cão
Amigo1 72,48 R$ 261.110,00 R$ 814.750,86 S
101 GigaProtein 2013 2 Produção de Proteínas recombinantes 2 GigaProtein 4 57,97 R$ 1.559.460,26 1.631.505,08R$ S
102 Expresso Aviário 2013 3
Coforto e Rapidez no Agronegócio -
transporte de aves das granjas até os
frigoríficos
10Expresso
Aviário2 75,99 R$ 2.036.952,42 3.737.270,35R$ S
103 Empresa Biossolo 2013 3Tecnologia de análise de solos através
de um biossensor10 Biossolo 6 19,93 R$ 134.729,38 R$ 43.823,62 S
104Biosystem - Soluções em
Agricultura de Precisão2013 3
Serviços de consultoria em agricultura
de precisão3 Biosyestem 4 125,70 R$ 119.281,00 945.061,86R$ S
105 Casa Cavalli 2014 2
Local de reabilitação de cavalos atletas
em que os mesmos possam ficar
hospedados
7 Casa Cavalli 5 36,25 R$ 522.190,69 R$ 378.565,46 S
106 Pet Help 2014 2
Software aplicativo com a função de
gestão de contatos entre médicos
veterinários e clientes
3 Pet Help 4,17 23,96 R$ 18.854,70 37.930,06R$ S
63
107 Transbov 2014 2
Transportadora de bovinos com
untilização de GPS permitindo
rastreabilidade até o frigorifico
9 TRANSBOV 4 55,10 R$ 38.156,00 R$ 1.354.825,33 S
108 Divercão 2014 2
Creche para cães com os serviços de
banho e tosa, verinário local, transporte
leva e traz
7 Divercão 2 53,50 R$ 376.338,54 402.645,15R$ S
109 PET POINT 2014 2Unidade móvel veterinária para
atendimento de cães e gatos5 PET POINT 3 45,34 R$ 428.697,04 605.956,70R$ S
110VET APLICATIVOS -
Aplicativos Veterinários2014 2
Desenvolvimento de aplicativos para
Smartphones (iOS e Android) para
localização de estabelecimentos pets
3VET
APLICATIVOS3 51,60 R$ 81.428,34 R$ 154.473,95 S
111Flying Dog - Hotel & Day
Care2014 2 Hotel e Day Care para cães 6 Flying Dog 3 30,46 R$ 1.255.562,77 680.954,29R$ S
112 Agriculture Mapping 2014 3Empresa responsável pela criação de
mapas de produtividade3
Agriculture
Mapping5 55,76 R$ 434.394,15 R$ 360.140,52 S
113 Integradora Cordeiros Brasil 2014 3 Distribuidora de carne de cordeiro 4
Integradora
Cordeiros
Brasil
2,25 32,23 R$ 357.528,02 419.646,78R$ S
114 Thunderfish 2014 3 Abatedorouro móvel para peixes 10 Thunderfish 4 45,00 R$ 924.134,72 R$ 1.042.084,00 S
115Estar - Pense bem, Pense
Estar2014 3
Consultoria em Bem Estar animal para
suinocultores e avicultores de corte8 ESTAR 3 70,91 R$ 289.961,21 516.897,75R$ S