UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · professores e alunos publicarem na...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O USO DE BLOGS COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL
Por: ALESSANDRA DA SILVA ROCHA DE OLIVEIRA
Orientador
Prof. Mary Sue Pereira
Rio de Janeiro
2011
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
O USO DE BLOGS COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como requisito parcial para
obtenção do grau de especialista em TECNOLOGIA
EDUCACIONAL
Por: Alessandra da Silva Rocha de Oliveira
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AGRADECIMENTOS
A Jesus Cristo, amigo sempre presente, sem o qual
nada teria feito.
Aos meus pais e familiares, que sempre
incentivaram meus sonhos e estiveram sempre ao meu
lado.
Aos meus colegas de classe pela amizade e
companheirismo que recebi.
A Profa. Mary Sue Pereira, que me acompanhou,
transmitindo-me tranquilidade.
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DEDICATÓRIA
Dedico aos meus pais e irmã pelo
incentivo e ajuda para que eu não
desistisse dos meus sonhos.
E ao meu filho pela compreensão e
paciência.
E aos meus amigos da turma que me
incentivaram para que não desistisse no
final.
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RESUMO
A internet e suas ferramentas vêm se expandindo e ganhando espaço e chegando às salas de aula. Devido ao avanço das novas tecnologias disponíveis cresce a necessidade de construir novos conhecimentos aliando-as aos conteúdos didáticos a fim de estabelecer um ensino significativo e prazeroso tanto para o aluno quanto para o professor, tornando as aulas mais dinâmicas, interativas e descentralizadas.
Realizou-se este trabalho com o objetivo de analisar a crescente
demanda da educação tecnológica e discutir o uso de blogs como ferramenta educacional e as vantagens de seu uso para um aprendizado mais significativo.
O presente trabalho também pretende discutir o novo papel do
professor, que sofre uma grande transformação nos últimos anos, que passa a ser visto não mais como um transmissor de conhecimento, mas como um coordenador, mediador do processo de ensino-aprendizagem devido a crescente demanda de uso das novas tecnologias e ferramentas da web 2.0 em sala de aula.
A fim de pensar como as novas tecnologias e principalmente os blogs
educativos, que se tornaram tão populares, podem auxiliar o professor em sua prática docente, assim como o objetivo de tornar o aprendizado mais dinâmico e significativo para o publico jovem realizou-se em trabalho.
Além de analisar os benefícios do uso de blogs na educação também
tem como intuito mostrar como os docentes estão despreparados diante destas novas atribuições devido à falta de organização, gerenciamento e planejamento do sistema educacional brasileiro. E também mostrar a crescente necessidade de especialização do corpo docente para uso destas novas tecnologias em sala de aula e a mudança necessária no sistema.
É para atender a esta demanda que se faz necessário profissionais bem
preparados e atualizados, a fim de atuar neste novo contexto educacional de mudanças constantes onde o computador e a internet devem ser vistos como ferramentas e aliados para que o ensino-aprendizagem se realize de forma efetiva e significativa para o aprendiz.
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METODOLOGIA
A metodologia utilizada tem como objetivo evidenciar algumas questões
pertinentes a respeito da temática do uso de blogs na educação e as
mudanças que ocorrem no ensino aprendizagem devido ao uso dos mesmos
nas escolas. Foi realizado um levantamento bibliográfico em algumas
bibliotecas, além de um vasto material encontrado na WEB, em sites
especializados em artigos acadêmicos. Posteriormente foi realizada uma
analise do material bibliográfico encontrado, sobre o assunto tratado, utilizando
como principais referências os autores: Pierry Lévy, Marco Silva, Romero Tori,
José Manuel Moran, Edméa Santos, Vani Kenski e Alex Primo.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ..................................................................................................08
CAPÍTULO I - A Web 2.0 e a educação ...........................................................10
CAPÍTULO II - A importância do uso de tecnologias na educação...................17
CAPÍTULO III – O uso de blogs como ferramenta pedagógica ........................26
CONCLUSÃO ...................................................................................................34
REFERERÊNCIAS ...........................................................................................??
ÍNDICE ..............................................................................................................??
FOLHA DE AVALIAÇÃO ...................................................................................??
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INTRODUÇÃO
Diante das mudanças ocorridas na sociedade nos últimos anos, com o
avanço do uso de novas tecnologias em todos os setores da sociedade é
preciso pensar na educação e nas transformações pelas quais ela precisa
passar para que se de um ensino-aprendizagem de fato.
Esse novo paradigma educacional exige do professor uma mudança
em seu papel e também em sua prática docente. Este exige novas posturas e
metodologias para tornar o ensino-aprendizagem mais significativo para o
aluno.
No primeiro capítulo há uma breve apresentação do assunto com um
histórico do uso das novas tecnologias na educação brasileira, o surgimento da
web 2.0 e posteriormente o crescimento do uso de blogs na escola como
ferramenta educacional. Mostrando como estas tecnologias já estão não só
presentes no dia a dia como estão inseridas em nosso cotidiano e não nos
damos conta. Neste capitulo também trato das vantagens do uso das
ferramentas da Web 2.0 na educação e as mudanças que foram percebidas na
sociedade após o advento da segunda geração da web.
É possível perceber através destas transformações que a educação
tradicional precisa passar por mudanças e para garantir que estas mudanças
sejam significativas e atendam ao objetivo que é formar cidadãos críticos e
conscientes do seu papel na sociedade, é necessário que todos os envolvidos
no processo educacional, educadores e educandos, estejam conscientes de
seu papel e da importância destas mudanças para um aprendizado mais
significativo e que esteja centrado no educando.
No capítulo seguinte, enfatizo a importância do uso destas novas
tecnologias na educação e como através delas o processo ensino-
aprendizagem pode tornar-se mais eficaz, interativo, colaborativo e prazeroso
para os envolvidos comparados aos métodos tradicionais de ensino. Como
também ressalto como a incorporação destas novas tecnologias à escola é um
desafio a ser vencido diante de tantas barreiras estruturais, financeiras e
políticas.
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Ressalto como o uso de tecnologias na escola proporciona interações
entre alunos e professores, proporciona trocas, interação, colaboração e
criação de situações de aprendizagem.
O professor que associa as tecnologias a sua prática pedagógica
desenvolve em seus alunos senso crítico, o valor da colaboração e participação
em sua aprendizagem.
No terceiro capitulo será analisado o uso de blogs para fins educativos,
suas características, seu caráter colaborativo, interativo e as vantagens que
proporcionam ao aprendizado. Assim como, as mudanças que o uso de
ferramentas colaborativas pode causar no processo de ensino e aprendizagem
dos educandos.
Também neste capítulo dar-se-á ênfase a discussão sobre a
preparação e atualização dos docentes para o uso das novas tecnologias em
sala de aula. Assim como é importante neste momento ressaltar a importância
do docente no ensino com uso de ferramentas da Web 2.0.
Na Web 2.0, a colaboração é a palavra-chave, pois é através dela que
os usuários podem compartilhar conteúdos uns com os outros, e também
transformá-lo, classificando, reorganizando e, principalmente, possibilitando
uma aprendizagem cooperativa, o que, segundo Pierre Lévy, nos permitirá
construir uma inteligência coletiva.
O uso de novas tecnologias na educação permite uma mudança de
posição do no papel do professor, que deixa de ser o detentor do saber e
simples transmissor de conteúdos, passando a desempenhar um novo papel
de facilitador, aquele que estimula em seus alunos a ideia de divulgar e debater
ideias e que não apenas ensina seus alunos, mas aprende com eles.
São vários os recursos da Web 2.0 que o professor pode utilizar a fim
de desenvolver e ampliar a capacidades de seus alunos para elaborar textos,
pesquisar sobre determinados assuntos, realizar debates, disponibilizar
trabalhos dos alunos etc.
Uma das ferramentas mais utilizadas e conhecidas são os blogs. Estes
se tornaram mais populares na área educacional porque permitem a
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professores e alunos publicarem na internet textos, notícias, análise de
estudos, relatórios, trabalhos, fotos, vídeos, etc.
No blog existe uma grande possibilidade de desenvolvimento do
potencial dos alunos, pois eles podem dar sua opinião sobre as publicações,
refletir sobre os conteúdos postados favorecendo assim, o desenvolvimento do
pensamento crítico, da escrita, da leitura, da reflexão e deste modo adquirindo
mais autonomia e tornando-se cidadãos mais conscientes em relação ao seu
papel na sociedade.
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CAPÍTULO I
A WEB 2.0 E A EDUCAÇÃO
O advento da internet e a evolução tecnológica contribuíram para
o surgimento de uma sociedade digital, marcada por mudanças acentuadas na
economia e no mercado de trabalho, impulsionando o aparecimento de novos
paradigmas e modelos educacionais, possibilitando um olhar diferenciado
sobre o espaço educativo onde a formação permanente e a aprendizagem
contínua são palavras de ordem.
Neste sentido surgem novos padrões de interações sociais, com a
formação de comunidades virtuais e interatividade que possibilitam novas
formas de comunicação, e, com isso, possibilita uma forma de aprender mais
rapidamente e com maior facilidade.
Determinando assim, mudanças no modo de ensinar e aprender
diferentes dos métodos tradicionais, exigindo mais tanto do professor quanto
do aluno, uma vez que estes agora precisam adquirir uma infinidade de
habilidades que antes não era exigida. Desta forma, a educação tradicional
passa mudanças que nos levam a repensar em novas formas de conceber o
ensino.
Segundo Vygotsky (2003), a aprendizagem é entendida, numa
ótica sócio-interacionista, como um processo em que está envolvido tanto o
sujeito que ensina quanto o que aprende, bem como a relação entre ambos.
Sendo assim, aprender deixa e ser um ato isolado, mas um resultado de
interações baseadas na comunicação, no diálogo na colaboração e na
autonomia do aluno.
Assim como defendem Moore e Kearsley (1996) e também
Santos (2003), as tecnologias digitais permitem ampliar as possibilidades de
interação, comunicação, apresentação e condução do aprendizado,
encontrando no ambiente virtual de aprendizagem (AVA) um espaço repleto de
significação no qual os seres humanos interagem com os objetos técnicos,
potencializando a construção de conhecimentos e, consequentemente, a
aprendizagem.
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Para a educação, a Web 2.0 proporcionou uma mudança no
ensino que permitiu um olhar diferenciado sobre o modo de ensinar e aprender,
por permitir que os usuários compartilhem seus conhecimentos.
Passamos a ter alunos mais ativos e criadores de conteúdo, uma
participação social crescente, um conteúdo personalizado e uma mudança na
organização da aprendizagem. Ele descobre que diante da informação, da
mensagem, ele pode interferir, modificar, produzir e compartilhar. O ambiente
de cooperação de participação do usuário que deixou de ser somente
espectador. Ele agora interage com o conhecimento, intervém e tem liberdade
de operar, associar e dar significação ao mesmo.
A dinâmica da interatividade supõe autoria, participação e
compartilhamento.
Entendemos que a educação autêntica não se faz de A para B ou
de A sobre B, mas de A com B, compreendemos que a educação só se faz
com a participação colaborativa entre aprendizes e docente.
Ensinar não quer dizer transmitir conhecimento, mas criar
possibilidades sua própria produção ou construção. E a principal função do
professor não pode ser mais a difusão de conhecimentos, que agora é feita de
forma mais eficaz por outros meios.
1.1 – Origem e definição da Web 2.0
Antes da origem da Web 2.0, a Web 1.0 era conhecida como
“Web”, um termo que era como um repositório de informações e de conteúdo
estático.
O termo Web 2.0 foi utilizado pela primeira vez pela empresa
norte americana O'Reilly Media. A história da web 2.0 começou em uma série
de conferências sobre o tema, desde então a história da web 2.0 começou a
ganhar forma e o termo foi amplamente utilizado.
Segundo Tim O’Reilly "Web 2.0 é a mudança para uma Internet
como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta
nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver
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aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores
quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência
colectiva"
A proposta da Web 2.0 é o compartilhamento e a criação de
novos conhecimentos através de redes sociais e conteúdo colaborativo.
O termo Web 2.0 não se refere a uma estrutura diferente da
própria internet ou mudanças de ordem técnica, e sim a forma como ela é
encarada pelos usuários. A segunda geração da internet é baseada em
plataforma wiki (a Wikipédia é um exemplo disso).
O cientista da computação britânico, Tim Berners-Lee tinha uma
visão da World Wide Web como uma ferramenta que criou o conhecimento
recolhido através da interação e colaboração humana. Web 2,0 é um estágio
de desenvolvimento em que a Web evoluiu nesse sentido objetivo.
O “2.0” indica uma nova versão da internet, um novo capítulo,
novos rumos para a grande rede. O objetivo é fornecer aos usuários mais
possibilidades e opções de compartilhamento de informação e, mais que tudo,
colaboração entre eles, fazendo com que esses usuários tomem parte nesta
revolução.
A maioria dos analistas define a Web 2.0, em termos de
ferramentas que promove participação na criação de conteúdo e interação
social. A ideia de partilha e de fácil acesso esteve subjacente à sua criação e
contribuiu para o seu sucesso, tendo o seu crescimento superado qualquer
expectativa. Todos os que a utilizam e que para ela contribuem reconhecem a
sua riqueza, podendo contribuir para o desenvolvimento da inteligência
coletiva, como refere Lévy (1997; 2000).
Com a Web democratizou-se a publicação online e o acesso à
informação. Com o aparecimento de suas funcionalidades, a facilidade de
publicação online e a facilidade de interação entre os cibernautas torna-se uma
realidade.
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1.2 - Vantagens do uso das ferramentas da Web 2.0 na
educação
Depois de emergir, a Web 2.0 está sendo amplamente utilizada
devido a sua gama de variedades e características muito atraentes.
As ferramentas gratuitas da geração Web 2.0 favorecem um olhar
diferenciado sobre o processo de aprendizado do aluno. Elas fornecem aos
usuários alternativas interessantes e eficazes na promoção de aprendizagens
mais significativas.
Escrever online é estimulante para professores e alunos. Além
disso, muitos dos alunos passam a ser mais empenhados, responsáveis e
cuidadosos pelas suas publicações online.
O professor pode, com facilidade, disponibilizar em um blog seu
material, gravar um podcast, disponibilizar um vídeo no YouTube, deixar textos
de aulas no Delicious slides prontos no Slideshare, textos e gráficos no Google
Docs, imagens no Flickr , etc. Com isso, o ambiente de trabalho do professor
deixa de estar em seu computador pessoal e passa a estar online, sempre
pronto para ser acessado quando o professor quiser e precisar, de qualquer
lugar do planeta.
O futuro da aprendizagem e da educação encontra-se nos
contextos, isto é, na utilização de ambientes sociais ricos em interação,
atividade e cultura que a utilização das novas tecnologias está tornando
possível.
As ferramentas da Web 2.0 caracterizam-se pela possibilidade
dos seus usuários criarem e recriarem conteúdos em espaços sociais e
interativos.
As implicações na educação para o uso da web 2.0 estão no
espaço social rico em fonte de informação, ambiente propicio para um trabalho
autônomo e colaborativo, fontes de informação diversificada, aplicações de
edição, espaço online de armazenamento, facilidade de realização de novas
atividades de aprendizagem, ambientes de reflexão para os educadores sobre
temas educativos.
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O potencial das ferramentas da Web 2.0 na aprendizagem é
referido por vários autores como: Alexander, 2006; Anderson, 2007; Downes,
2004; Beldarrain, 2006; que aponta para as possibilidades de autoria, partilha e
construção colaborativa do conhecimento, em espaços sociais, que estas
ferramentas proporcionam.
O ambiente da Web 2.0 potencia a aprendizagem personalizada
permite comunicar, socializar e interagir com conteúdos e aprendentes,
desenvolvendo uma comunidade de aprendizagem que participa ativamente da
construção o conhecimento.
A evolução da Web 2.0 proporcionou a criação e popularização
gratuita de softwares e interfaces que permitem a integração social em rede
através da junção de diferentes tipos de mídias.
“o professor e os alunos precisam tornar-se proficientes no uso
desses recursos disponíveis on-line”
(Mattar e Valente, 2007)
A principal função da educação é gerar motivações que
contemplem os desejos e anseios do ser humano, por isso, o uso destas
interfaces geradas e aprimoradas com o potencial de interatividade a web 2.0
tem sido de grande significado para a aprendizagem e construção do que
chamamos de inteligência coletiva.
Para o professor apropriar-se dessas tecnologias, ele precisa
refletir sobre as mudanças de hábitos e comportamentos na sociedade atual,
compreender sobre as transformações ocorridas nos meios de comunicação e
se apropriar das tecnologias digitais. Porém, ele precisa ter consciência de que
o uso a informática na educação não significa simplesmente a soma de
informática e educação, mas a integração dessas duas áreas. E para que isso
aconteça, o professor precisa dominar os assuntos que estão sendo integrados
e saber relacionar sua disciplina com o uso do computador, através de
atividades que combinem as duas áreas.
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A segunda geração da Web 2.0 favorece a democratização no
uso da web, uma vez que é possível não só acessar conteúdos, mas também
transformá-lo, reorganizá-lo, classificando, compartilhando e possibilitando uma
aprendizagem cooperativa. (Levy, 2007)
Nesse contexto, a web 2.0 torna-se interativa, dinâmica, flexível
para os conteúdos e publicações diferenciando-se da primeira geração onde a
característica estática não permitia a edição de conteúdos nem interação dos
usuários.
Com a Web 2.0 algumas mudanças de visão começaram a
acontecer. O professor passa a ser visto como mediador na construção do
conhecimento, convertendo a sala de aula num espaço real de interação, de
troca de resultados, adaptando os dados à realidade do aluno. Por sua vez, o
aluno torna-se motivado a trocar experiências e conhecimento para construção
do conhecimento. Com isso, a aprendizagem não se dá mais de um para
muitos, mas de todos para todos através da criação, da colaboração, da
pesquisa, do questionamento, da interação e da cooperatividade.
O professor deixa então de ser o detentor do saber e transmissor
de conteúdos, passando a ser o facilitador, aquele que estimula nos alunos a
cultura de divulgar e debater ideias e que não apenas ensina, mas também
aprende.
Estas mudanças proporcionam ao professor a possibilidade de
utilizar as ferramentas da Web 2.0 para ampliar a capacidade dos alunos de
elaborar textos, pesquisar sobre um assunto, emitir opinião e debater com
outros usuários.
Segundo Santos (2008), com o advento a Web 2.0 na educação,
serão exigidas novas ações curriculares e ações em rede para que a tecnologia
digital não seja utilizada apenas como um meio de dinamizar e promover uma
nova materialização da informação e sim, permitir a interconexão de sujeitos,
espaços e/ou cenários de aprendizagem proporcionando a construção do
conhecimento de forma cooperativa e colaborativa onde todos interagem como
autores e coautores dos projetos desenvolvidos durante todo o processo da
aprendizagem numa dinâmica dialógica.
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O ambiente da Web 2.0 potencia a aprendizagem personalizada,
permitindo comunicar, socializar e interagir com os conteúdo e alunos,
desenvolvendo uma comunidade de aprendizagem que participa da construção
do conhecimento.
Colaborativamente, a Web 2.0 também é usada como uma
ferramenta pedagógica para a construção de conceitos. É neste sentido que a
chamada “arquitetura de participação” de muitos serviços online pretende
oferecer além de um ambiente de fácil publicação e espaço para debates,
recursos para a gestão colectiva do trabalho comum.
A Web 2.0 torna possível reunir informações de várias fontes e
personalizá-las de acordo com gosto e as preferências individuais, ou seja, ela
permite a vantagem de personalizar o conteúdo tornando-o mais adequado aos
diversos tipos de públicos e objetivos. Ela possibilita compartilhar notícias e
informações sobre sites interessantes e páginas, assim como, permite que os
alunos de qualquer lugar disponibilizem dados, informações. Com a Web 2.0
surgiu a possibilidade de cada um partilhar ideias e opiniões através de blogs
ou fóruns de discussão.
A Web 2.0 torna independente o armazenamento de dados, pois
através das ferramentas disponibilizadas o aluno pode manter tudo online de
forma pública ou privada, aumentando desta forma a sua divulgação ou
privilegiando a segurança se esta estiver disponível apenas a um número
restrito de utilizadores.
A filosofia da Web 2.0 prima pela facilidade na publicação e
rapidez no armazenamento de textos e ficheiros, ou seja, tem como principal
objectivo tornar a web um ambiente social e acessível a todos os utilizadores,
um espaço onde cada um selecciona e controla a informação de acordo com
as suas necessidades e interesses.
O surgimento das novas tecnologias de comunicação está
resultando em transformações significativas na educação. Diante dessas
mudanças, devemos pensar que a integração das novas tecnologias à
educação oferece inúmeras vantagens e benefícios como a de tornar a
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aprendizagem mais significativa e colaborativa, o que há algum tempo atrás
seria impossível de pensar.
As tecnologias digitais permitem a participação, a intervenção,
cooperação, conexões múltiplas aos envolvidos no processo de aprendizagem.
Proporcionam ao usuário ser ator e autor de seu conhecimento, como também
capacidade imaginativa e criativa.
Os recursos da Web 2.0 propiciam inúmeras vantagens no
ensino, uma vez que possibilita através das ferramentas disponíveis um uso
mais dinâmico, interativo e cooperativo da língua. Assim como, percebemos a
facilidade de se obter grande quantidade de informações a uma velocidade de
um clique. Cabendo ao educador a responsabilidade de gerenciar essa
quantidade de informações e orientar nossos alunos a fim de que possam
construir seus conhecimentos de forma mais produtiva.
Diante disso, podemos ver as ferramentas da Web 2.0 como
aliadas à prática docente, que podem nos ajudar a rever e modificar nossas
práticas de ensinar e aprender. É função do professor, elaborar projetos de
aprendizagem cooperativa que estimulem a interação entre nossos alunos e
que sejam prazerosos para ambos. A web 2.0 e seus recursos nos permitem
inovar e criar, pois a aprendizagem cooperativa possui um universo de
vantagens na criação conjunta do conhecimento.
Torna-se importante ter uma visão mais concreta acerca das
potencialidades da Web 2.0 na prática pedagógica, devendo esta ser encarada
positivamente uma vez que proporciona ao aluno a descoberta da informação
e, como se pretende, coloca-o num lugar privilegiado ao lhe ser dada a
possibilidade de se tornar um produtor de informação para a Web.
É possível concluir que a Web 2.0 obrigou a uma mudança no
relacionamento entre professores e alunos, os primeiros por mudarem a de
posiçao central para auxiliadores, facilitaroes no processo de ensino e
aprendizagem, e os últimos por assumirem um papel bem mais ativo no
processo de ensino-aprendizagem.
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CAPÍTULO II
A IMPORTÂNCIA DO USO DE TECNOLOGIAS NA
EDUCAÇÃO
“O professor que busca interatividade com seus alunos propõe o
conhecimento, não o transmite. Em sala de aula, é mais que instrutor,
treinador, parceiro, conselheiro, guia, facilitador, colaborador. É
formulador de problemas, provocador de situações, arquiteto de
percursos, mobilizador das inteligências múltiplas e coletivas na
experiência do conhecimento.”
(Freire, Wendel. Tecnologia e Educação - As Mídias na Prática
Docente. Wak, p.99)
O uso de computadores na educação vem desde o início da
comercialização dos mesmos. Em meados da década de 50, começaram a ser
comercializados os primeiros computadores com capacidade de
armazenamento de informações e programação e, com isso, também
apareceram as primeiras experiências do uso dos mesmos na educação.
A ideia inicial era praticamente armazenar informação e transmiti-
la ao aprendiz, na tentativa de implementar a máquina de ensinar que foi
proposta por Skinner. Atualmente, o uso dos computadores na educação
apresenta objetivos muito diferentes, desafiadores e interessantes, do que
simplesmente transmitir informação ao aprendiz; pois o computador pode
auxiliar no enriquecimento das aulas e na construção do conhecimento e,
consequentemente, no processo ensino-aprendizagem.
O uso da informática na educação no Brasil apresenta
peculiaridades em relação aos demais países do mundo, mas não houve a
mudança que era esperada em relação à pedagogia.
Com a chegada das tecnologias da informação e comunicação
(TICs) na escola vieram os desafios e problemas relacionados ao tempo e
espaços que o uso das tecnologias provoca nas práticas do cotidiano escolar.
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É necessário preparar o professor para isso, especializá-lo para o uso correto e
eficaz das novas tecnologias, a fim de que estas possam ser suas aliadas no
ensino. Nesse contexto, o papel do professor é mais do que nunca fundamental
no processo educacional.
Enfim, o uso das TICs não pode ser encarado como apenas um
recurso de modernização do ensino, mas também como um meio de repensar
e resignificar o ensino.
Neste sentido, Mercado (2002, p. 95) chama a atenção para o
seguinte fato:
O uso adequado das novas tecnologias em processos de
ensino e aprendizagem favorece a representação mental do
conhecimento. Para isso o aluno usa de várias estratégias
de pensamento e torna-se autônomo na construção do seu
saber.
O uso das TICs na educação torna as aulas mais interativas,
dinâmicas e interessantes, torna alunos em agentes de seu desenvolvimento
educacional, afetivo e social. Com o surgimento da web 2.0 isso foi ainda mais
efetivo.
Para Martin & Reis (2008) o dinamismo entre a tecnologia e a
cognição tem produzido alterações nas formas de ensinar e aprender que vão
além dos métodos tradicionais de ensino e aprendizagem, por exigir tanto do
professor quanto do aluno uma gama de habilidades no processo de produção
e apropriação de determinado saber, de redescobertas e reconstruções desse
próprio saber.
Deste modo, surgem novos padrões de informações sociais, com
a formação de comunidades virtuais e interatividade que permite novas
possibilidades de comunicação, permitindo que cada um encontre uma forma
pessoal de aprender com maior facilidade e mais rápido.
Segundo Silva (2006), a interatividade põe fim à imagem “do
professor contador de historias”, ou seja, ele deixa de ser um emissor e passa
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a ser um agente que constrói situações de aprendizagem, e o aluno, por sua
vez, transforma-se em um utilizador ativo, com capacidade de criar, participar,
compartilhar, opinar sobre o conteúdo.
A implementação do uso de computadores na educação mudou
de forma significativa o ensino. Os computadores tornaram-se uma ferramenta
educacional de grande importância, uma vez que através deles os estudantes
sentem-se motivados em executar tarefas, sentem-se independentes e
capazes de resolver as atividades e construir seu próprio conhecimento.
O computador, neste contexto, pode colaborar com o
desenvolvimento individual do estudante, assim como, pode ser fonte de
informação e inclusão digital e social.
Utilizando o computador, o aluno analisa, questiona informações,
o que contribui para a construção do seu conhecimento. Esta interação com o
computador colabora para que o aprendizado torne-se mais significativo e as
informações recebidas contribuam para seu desenvolvimento intelectual.
O uso da informática na educação resulta em um aprendizado
prazeroso, contribuindo para o desenvolvimento do pensamento e
enriquecimento do aprendizado, proporciona condições cognitivas para o
desenvolvimento da autonomia do aluno objetivando a formação do individuo
para ser inserido na sociedade moderna.
Valente (1998) faz a seguinte colocação:
As possibilidades do uso do computador como ferramenta
educacional estão crescendo e os limites dessa expansão são
desconhecidos. Cada dia surge novas maneiras de usar o
computador como recurso para enriquecer e favorecer o
processo de aprendizagem.
Através do computador é possível integrar recursos tecnológicos
e as mídias. Ele torna possível o trabalho com o uso de figuras, imagens, sons
e cores no ambiente educacional. A utilização do computador possibilita
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realizar atividades pedagógicas que auxiliam a desenvolver no aluno o
interesse pela aprendizagem.
O uso de tecnologias na escola proporciona interações entre
alunos e professores, como também, propicia trocas entre os participantes que
interagem, colaboram e criam situações de aprendizagem. As digitais renovam
a relação do usuário com a imagem, com o texto, com o conhecimento.
O professor que associa as tecnologias a sua prática pedagógica
desenvolve habilidades relacionadas ao domínio da tecnologia e, além disso,
articula esse domínio com sua prática pedagógica e teorias educacionais, com
isso tornar-se mais reflexivo sobre sua própria prática.
Através de interações proporcionadas pelas tecnologias, os
alunos são capazes de estabelecer relações ligações com o conhecimento
adquirido, tornando-se aberto a entender o pensamento do outro, e acima de
tudo, participa de um processo de construção baseado na colaboração, na
interação.
Nessa perspectiva, o professor trabalha em conjunto com seus
alunos incentivando-os a colaborarem entre si, o que favorece:
“uma mudança de atitude em relação à participação e
compromisso do aluno e do professor, uma vez que olhar
o professor como parceiro idôneo de aprendizagem será
mais fácil, porque está mais próximo do tradicional.
Enxergar seus colegas como colaboradores para seu
crescimento, isto já significa uma mudança importante e
fundamental de mentalidade no processo de
aprendizagem” (Masetto, 2000, p.141).
O professor, por esta perspectiva, atua como facilitador
desafiador, mediador, investigador do conhecimento, da aprendizagem
individual e grupal de seus alunos. O professor torna-se parceiro dos alunos,
respeita seus trabalhos e o processo evolutivo destes. Os alunos, por sua vez,
constroem seus conhecimentos por meio de investigação, explorar, pesquisa,
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troca, criação ou recriação, organização ou reorganização, comunicação,
ligação, transformação, e elaboração.
Deste modo, Valente (1999, p.1) nos faz refletir que:
... a utilização do computador na educação é muito mais
diversificada, interessante e desafiadora, do que
simplesmente a de transmitir informação ao aprendiz. O
computador pode ser também utilizado para enriquecer
ambientes de aprendizagem e auxiliar o aprendiz no
processo do seu conhecimento.
Podemos, a partir desta colocação, afirmar que o uso
computador na sala de aula deve proporcionar aos alunos condições para que
eles exercitem a capacidade de procurar e selecionar informações, resolver
problemas e aprender de maneira independente.
A sociedade atual requer um cidadão formador do próprio
conhecimento, que deve aprender a fazer, a conhecer, a viver com os outros, a
aprender continuamente. Diante dessa nova tendência educacional a
promoção da autoaprendizagem, a autonomia e a independência do aluno
sintetizam o potencial oferecido pelas TICs
E para incorporar estas novas tecnologias a sala de aula, o
professor precisa ousar, articular saberes, vencer desafios. E para isso, ele
precisa dominar tecnologias existentes, as ferramentas que Web disponibiliza e
usá-las a fim de inserir-se neste novo contexto e no mundo. Cada vez mais é
preciso que haja uma nova escola, que possa aceitar o desafio da mudança e
atender as necessidades de formação e treinamento em novas bases.
O grande desafio é o de inventar e descobrir usos criativos da
tecnologia educacional que incentivem aos professores e alunos a aprender
sempre.
É importante também ressaltar que à medida que o aluno está
construindo algo do seu interesse e sente-se motivado, isto faz com que seu
aprendizado seja mais significativo.
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A palavra-chave que move o uso do computador é a
interatividade com o meio. O fato é que a interatividade é desafio para todos os
envolvidos no processo de comunicação. Na comunicação interativa, a
mensagem não é fechada, ela é modificável, á proporção que responde as
solicitações daquele que a consulta, explora, manipula. O emissor constrói uma
rede, e define um conjunto de territórios a explorar. O receptor nao se limita a
assimilação passiva, ele torna-se um “utilizador”, “usuário” que manipula a
mensagem como co-criador, coautor.
Segundo Marco Silva,
“Interatividade é um princípio do mundo digital e da
cibercultura, isto é, do novo ambiente comunicacional baseado
na internet, no site, no game, no software. Interatividade
significa libertação do constrangimento diante da lógica da
transmissão que predominou no século XX. É o modo de
comunicação que vem desafiar a mídia de massa – rádio,
cinema, imprensa e televisão – a buscar a participação do
público para se adequar ao movimento das tecnologias
interativas.
O professor que busca interatividade com seus alunos, em sala
de aula é mais que treinador, conselheiro, instrutor, facilitador. Ele é formulador
de problemas, provocador de situações, sistematizador de experiências, ele é
um mobilizador das múltiplas inteligências. Ele permite que seus alunos
construam seu conhecimento e dirijam suas explorações individual ou
colaborativamente. O aluno, assim, deixa de ser um simples expectador,
passivo e passa a envolver-se no aprendizado.
Segundo Silva, o professor propõe o conhecimento à maneira do
parangolé.
O “parangolé” do artista plástico carioca Hélio Oiticica (1937-
1980) é um excelente exemplo de explicitação dos fundamentos da
interatividade. O “parangolé” rompe com o modelo comunicacional baseado na
25
transmissão, uma vez que propõe a participação do “espectador” – termo que
se torna inadequado, obsoleto. Uma vez que não se trata de participação
mecânica, mas sim de participação sensório-corporal e semântica.
O objetivo de Oiticica é a intervenção física na obra de arte e não
na contemplação separada da obra. As obras são abertas, o que significa um
convite a “completação” dos significados propostos no “parangolé”.
Esta concepção de “anti-arte”, como preferia Oiticica, impossível
de ser imaginada fora da perspectiva da coautoria, tem muito a sugerir ao
professor. Mesmo estando adiante dos alunos no que se refere a
conhecimentos específicos propõe a aprendizagem numa perspectiva de
coautoria que caracteriza o ”parangolé”.
O professor que propõe um conhecimento baseado na pedagogia
do parangolé pressupõe um ensino baseado na participação ativa de seus
alunos, e não mais no falar-ditar do professor. E nessa perspectiva, pretende
disseminar uma nova proposta de sala de aula, capaz de educar em nosso
tempo.
Para um aluno da nova geração ou geração digital, a sala de aula
baseada na transmissão de conteúdos será cada vez mais monótona. O aluno
está cada vez mais desinteressado no modelo de aula centrado no professor,
pois a oferta atual de informação e conhecimento é cada vez maior e melhor
fora da sala de aula, devido aos novos recursos tecnológicos, em especial a
internet e as mídias interativas.
Com isso, é possível perceber que o professor está desafiado a
modificar sua pratica em sala de aula. Ou seja, o professor precisa inventar um
novo modelo de educação e modificar sua autoria enquanto docente.
Como diz Morin,
“Hoje, é preciso inventar um novo modelo de educação, já que
estamos numa época que favorece a oportunidade de
disseminar outro modo de pensamento”
26
No contexto de educação atual, percebe-se a necessidade de
uma mudança no modo de ver e pensar a educação formal, presencial. Assim
como, nas práticas de sala de aula, que já não mais estão adequadas ao perfil
do público jovem.
O professor deve ter consciência ética, adquirir habilidades e
acima de tudo ver seu fazer pedagógico sobre um outro prisma, buscando
reconhecer e adaptar as tecnológicas às finalidades educacionais.
Dentro dessa nova tendência educacional, a promoção da
autoaprendizagem e autonomia e a independência do aluno sintetizam o
potencial oferecido pelas tecnologias.
As tecnologias desenvolvidas pelo homem trazem contribuições
importantes para a melhoria de qualidade da educação. Elas são de estrema
importância para a escola e para o ensino aprendizagem da formação do ser
humano e para a sociedade, uma vez que esta reflete seus valores para a
escola.
A sociedade atual, denominada sociedade do conhecimento, que
está inserida num mundo digitalizado e globalizado requer pessoas com um
senso critico e capacidade de formar opinião, que seja capaz de construir seu
conhecimento com autonomia, de forma significativa, inovadora, comprometida
e seja capaz de trabalhar de forma colaborativa. Deste modo, é necessário que
as novas tecnologias digitais sejam incorporadas a educação.
27
CAPÍTULO III
O USO DE BLOGS COMO FERRAMENTA
PEDAGÓGICA
Com o advento da Web 2.0, uma gama muito ampla de opções
surgiu e atraiu muitos professores que, baseados nas ferramentas da Web 2.0,
puderam criar estratégias didáticas inovadoras, com o objetivo de desenvolver
competências baseados em modelos de aprendizagem ativa, colaborativa e
construtiva.
Os blogs constituíram-se como uma das ferramentas mais
utilizadas e conhecidas da Web 2.0 no contexto educativo, pois permitiram a
criação e edição de material online de forma muito fácil, constituindo um diário
de bordo do aluno, em que as informações acerca dos conhecimentos
adquiridos são disponibilizadas de forma organizada, facilitando uma avaliação
contínua e processual da aprendizagem.
O blog é uma página na Web que se caracteriza por ser
atualizada com grande frequência através da colocação de mensagens que se
constituem por textos e/ou imagens normalmente de pequenas dimensões
(muitas vezes incluindo links para sites de interesse e/ou comentários e
pensamentos pessoais do autor) e apresentadas de forma cronológica, sendo
que as mensagens mais recentes são normalmente apresentadas em primeiro
lugar.
A palavra blog é a forma abreviada de “weblog”: web (rede, teia) +
log (registro).
O termo BLOG foi criado por Jorn Barger, em 1997, para designar
um espaço na web que apresentava uma semelhança com um diário para
anotações pessoais.
Os blogs são um dos maiores e mais velozes fenômenos de
comunicação da era digital. Embora tenham surgido na segunda metade da
década de 1990, os blogs começaram a se popularizar em 1999, com o
28
surgimento do Blogger, ou Blogspot, uma das ferramentas pioneiras em
hospedagem e publicação de blogs.
Por apresentarem facilidade na edição, pois não são necessários
conhecimentos técnicos de construção de páginas, os blogs são uma excelente
ferramenta educacional que permite a professores e alunos publicarem textos
na Internet, notícias, opinião sobre atualidades, registros de estudos, poemas,
análise de obras literárias, relatórios de estudos, fotos, vídeos e muito mais.
Os blogs são usados como meio de comunicação, interação,
como também para troca de conhecimento e informações. Também têm sido
muito utilizados por pessoas de todas as idades, isso acontece porque
apresenta-se como uma ferramenta interativa, muito fácil de usar e prático, e
que não requer dos usuários conhecimentos avançados de informática,
O blog vem sendo usado na educação como uma ferramenta útil
e dinâmica. Sua utilização educativa tem sido alvo do interesse de muitos
estudiosos que acredite que a construção de blogs encoraja o desenvolvimento
do pensamento crítico, além de oferecer aos estudantes a oportunidade de
confrontarem as suas ideias e reflexões num plano social, participando na
construção social do conhecimento.
Os blogs podem ser utilizados individual ou coletivamente, são
muito versáteis em termos de exploração pedagógica, muito fáceis de criar e
atualizar e, por isso, tornaram-se tão populares e acabaram atraindo o
interesse para seu uso na educação.
Vários estudiosos defendem o enorme potencial educativo desta
ferramenta da Web 2.0 em particular em algumas das modalidades de
“estratégia pedagógica” (portfolio digital individual/grupo e/ou espaço de
intercâmbio e colaboração).
O blog veio para romper com a forma tradicional de ensino onde
os alunos recebiam de forma passiva o conhecimento, sem questionar, eram
apenas espectadores, desmotivados. Com as ferramentas da Web 2.0
especialmente o uso de blogs educativos, os alunos passam a ser autores e
29
coautores de seu conhecimento, trabalhando de forma cooperativa,
colaborativa e interativa.
Estima-se que 75.000 novos blogs são criados por dia. A verdade
é que os blogs são espaços fundamentalmente de interação e partilha do
conhecimento. A importância dos textos publicados nos blogs é tal que
recentemente surgiu o IBSN (Internet Blog Serial Number), ou seja, um número
de indexação que pretende garantir o direito dos autores de um blog sobre as
produções literárias postadas e obrigando a que sejam feitas referências aos
conteúdos disponibilizados no blog.
Os blogs são referidos frequentemente como ícones da Web 2.0,
mas os conteúdos participativos e/ou colaborativos são um dos pilares mais
antigos da Internet, permitindo que virtualmente qualquer indivíduo publique e
partilhe informações na rede. De qualquer forma, a Web 2.0 marcou o
amadurecimento no uso do potencial colaborativo da Internet.
Os blogs criam uma via de mão dupla que permite ao receptor
interagir com o emissor, permitem que as pessoas opinem sobre as
informações, através da opção de se comentar o texto, transformando a
comunicação, tornando-a de muitos para muitos.
Com o objetivo de sistematizar as possíveis utilizações
pedagógicas dos blogs podemos considerar duas categorias: uma, como
recurso pedagógico; e outra, como estratégia educativa. Enquanto recurso
pedagógico, os blogs podem ser utilizados como um espaço de acesso à
informação especializada e como um espaço de disponibilização de informação
por parte do professor. Na modalidade de “estratégia educativa”, os blogs
podem servir como: um portfólio digital, um espaço de intercâmbio e
colaboração, um espaço de debate, e ainda, um espaço de integração.
Os blogs criam uma via de mão dupla que permite ao receptor
interagir com o emissor, permitem que as pessoas opinem sobre as
informações, através da opção de se comentar o texto, transformando a
comunicação, tornando-a de muitos para muitos. Demonstrando assim, cada
vez mais seu caráter colaborativo e interativo, onde cada vez mais informações
e reflexões de conhecimentos adquiridos são disponibilizadas de forma
30
organizada, facilitando para o professor avaliar o desenvolvimento da
capacidade crítica, da compreensão e maturidade dos seus alunos.
3.1 – Vantagens do uso de blogs na sala de aula
São muitas as vantagens do uso dos blogs na educação. Eles
desenvolvem a interação, autonomia e senso crítico dos alunos, o espírito
colaborativo, prende a atenção no conteúdo uma vez que estão envolvidos no
processo de construção coletiva do trabalho. Os blogs permitem mesclar
diversas mídias com vídeos, imagens, textos e possibilita linkar(ligar) com
outros sites, tornando o trabalho mais dinâmico e interativo.
Os blogs podem ser utilizados nas atividades educacionais para o
desenvolvimento de projetos de ensino e de aprendizagem, em trabalhos
interdisciplinares, na produção de material didático ou educacional e na
produção de resumos ou sínteses da matéria estudada.
A ideia dos blogs em contextos educacionais, sobretudo como
ferramenta de apoio as aprendizagens, deve estar focada na interação entre
aqueles que aprendem os recursos educacionais e aqueles que são,
supostamente, os mais experientes (os professores).
Os blogs apresentam-se como elementos de utilização
interessante para a escola. Por trata-se de uma ferramenta construtivista de
aprendizagem, constituem-se de arquivos da aprendizagem que alunos e até
professores construíram, é uma ferramenta democrática que suporta diferentes
estilos de escrita e podem favorecer o desenvolvimento da competência em
determinados tópicos quando os alunos focam leitura e escrita num tema.
Os blogs promovem uma interação entre professores e alunos,
como também entre alunos e alunos, enriquece as aulas, instiga o aluno a
pensar e resolver soluções, como também promove a troca de conhecimentos.
Os blogs educacionais são vistos por Glogoff (2005), como uma
ferramenta instrucional centrada na aprendizagem. Como atividade centrada
nos alunos, os blogs permitem a eles construir capacidade de atuarem tanto
individualmente como em grupo, atributos que hoje são reconhecidos como
importantes e essenciais para as pessoas na sociedade contemporânea.
31
E importante lembrar que o blog não deve se restringir apenas a
esta ou aquela disciplina, pois é um recurso para todos os eixos do
conhecimento, já que o conhecimento na realidade busca uma apresentação
menos fragmentada. Pode ate conter mais informações sobre uma
determinada área, mas não se fecha para qualquer outra em nenhum
momento.
. Com isso, o uso de blogs na educação dá mais motivação aos
envolvidos na atividade, e desperta o interesse. Para que os alunos não se
dispersem nas atividades, devido à quantidade de informações que têm
acesso, faz-se necessário a mediação por parte do professor para que não
venham a se desviar dos objetivos da atividade. Para que isso não aconteça
basta que sejam estabelecidas regras e objetivos antes de iniciar qualquer
atividade.
3.2 – As mudanças no processo ensino-aprendizagem
A inserção da internet, a popularização das ferramentas da Web
2.0 e o uso pedagógico dos blogs na educação têm provocado mudanças no
processo de ensino-aprendizagem que fazem pensar em novas formas de
conceber o ensino.
O uso de blogs na educação desencadeou mudanças no modo de
ver a educação que antes era centrada no professor que era visto como o
detentor do saber, que transmitia conteúdos, e os alunos, por sua vez,
precisavam receber os conteúdos que eram ensinados sem questionar,
analisar. Os alunos eram apenas espectadores passivos.
O domínio das novas tecnologias propõe um novo perfil de
educadores e educandos, pois o desenvolvimento tecnológico contribui para o
desenvolvimento do ser humano se usado dentro das perspectivas educativas.
Os alunos já não mais recebem tudo pronto, eles passam a
construir o conhecimento através de investigação, pesquisa e trabalho. Seu
aprendizado já não está mais centrado no professor e nos conteúdos.
32
Com o uso de blogs na sala de aula, os alunos adotam uma
postura mais ativa onde passam a se preocupar com a qualidade da escrita e
com o desenvolvimento do discurso, uma vez que o professor não é mais o
único leitor de seus textos. O blog é publico, todos podem ter acesso ao
conteúdo que é postado.
O professor continua sendo importante, não como informador,
mas como mediador e organizador de processos. O professor é um
pesquisador e articulador de aprendizagens, um conselheiro de pessoas
diferentes, um avaliador. O papel dele passa a ser mais criativo e menos
informativo.
O professor pode ajudar os alunos incentivando-os a saber
perguntar, a ter critérios na escolha de sites para pesquisar, de avaliação de
páginas, a comparar textos, a dar enfoque as questões relevantes, propor
temas interessantes. Tornando assim o processo de ensino mais interessante e
desafiador.
Os weblogs abrem espaços para a consolidação de novos papeis
para alunos e professores no processo de ensino-aprendizagem
A variedade de informações sobre qualquer assunto, num
primeiro momento, fascina.
O professor precisa aprender a equilibrar processos de
organização na sala de aula. Atualmente com a inserção de novas tecnologias
na educação, predomina a organização aberta e flexível quando o professor
trabalha a partir de experiências, projetos, novos desafios. O professor precisa
ter um olhar mais atento e perceber o que é melhor, o que prende sua atenção
e facilita o aprendizado de seus alunos.
Uma das dimensões do ato de educar é ajudar o aluno a
encontrar uma logica dentro do caos de informações que temos, organizá-las
numa síntese coerente e compreendê-las.
São grandes as mudanças provocadas pela inserção de
tecnologias como os blogs na educação, que vão desde o método aplicado,
relevância dos conteúdos e suas aplicabilidades perfil de educadores e alunos,
33
3.3 – Preparação do docente para o uso de tecnologias na sala
de aula
O reconhecimento de uma sociedade cada vez mais tecnológica
deve ser acompanhado da conscientização da necessidade de incluir nos
currículos escolares as habilidades e competências para lidar com as novas
tecnologias. No contexto de uma sociedade do conhecimento, a educação
exige uma abordagem diferente em que o componente tecnológico não pode
ser ignorado.
As novas tecnologias e o aumento exponencial da informação
levam a uma nova organização de trabalho, em que se faz necessário: a
imprescindível especialização dos saberes; a colaboração transdisciplinar e
interdisciplinar; o fácil acesso à informação e a consideração do conhecimento
como um valor precioso, de utilidade na vida econômica.
Diante disso, um novo paradigma está surgindo na educação e o
papel do professor, frente às novas tecnologias, será diferente. Com as novas
tecnologias pode-se desenvolver um conjunto de atividades com interesse
didático-pedagógico, como: intercâmbios de dados científicos e culturais de
diversa natureza; produção de texto em língua estrangeira; elaboração de
jornais inter-escolas, permitindo desenvolvimento de ambientes de
aprendizagem centrados na atividade dos alunos, na importância da interação
social e no desenvolvimento de um espírito de colaboração e de autonomia nos
alunos.
O professor, neste contexto de mudança, precisa saber orientar
os educandos sobre onde colher informação, como tratá-la e como utilizá-la.
Esse educador será o encaminhador da autopromoção e o conselheiro da
aprendizagem dos alunos, ora estimulando o trabalho individual, ora apoiando
o trabalho de grupos reunidos por área de interesses.
A qualidade da educação, geralmente centradas nas inovações
curriculares e didáticas, não pode se colocar à margem dos recursos
disponíveis para levar adiante as reformas e inovações em matéria educativa,
nem das formas de gestão que possibilitam sua implantação. A incorporação
34
das novas tecnologias como conteúdos básicos comuns é um elemento que
pode contribuir para uma maior vinculação entre os contextos de ensino e as
culturas que se desenvolvem fora do âmbito escolar.
Frente a esta situação, as instituições educacionais enfrentam o
desafio não apenas de incorporar as novas tecnologias como conteúdos do
ensino, mas também reconhecer e partir das concepções que as crianças têm
sobre estas tecnologias para elaborar, desenvolver e avaliar práticas
pedagógicas que promovam o desenvolvimento de uma disposição reflexiva
sobre os conhecimentos e os usos tecnológicos.
A sociedade atual passa por profundas mudanças caracterizadas
por uma profunda valorização da informação. Na chamada Sociedade da
Informação, processos de aquisição do conhecimento assumem um papel de
destaque e passam a exigir um profissional crítico, criativo, com capacidade de
pensar, de aprender a aprender, de trabalhar em grupo e de se conhecer como
indivíduo. Cabe a educação formar esse profissional e para isso, esta não se
sustenta apenas na instrução que o professor passa ao aluno, mas na
construção do conhecimento pelo aluno e no desenvolvimento de novas
competências, como: capacidade de inovar, criar o novo a partir do conhecido,
adaptabilidade ao novo, criatividade, autonomia, comunicação. É função da
escola, hoje, preparar os alunos para pensar, resolver problemas e responder
rapidamente às mudanças contínuas.
Com as Novas Tecnologias da Informação abrem-se novas
possibilidades à educação, exigindo uma nova postura do educador. Com a
utilização de redes telemáticas na educação, pode-se obter informações nas
fontes, como centros de pesquisa, Universidades, Bibliotecas, permitindo
trabalhos em parceria com diferentes escolas; conexão com alunos e
professores a qualquer hora e local, favorecendo o desenvolvimento de
trabalhos com troca de informações entre escolas, estados e países, através
de cartas, contos, permitindo que o professor trabalhe melhor o
desenvolvimento do conhecimento.
O acesso às redes de computadores interconectadas à distância
permitem que a aprendizagem ocorra frequentemente no espaço virtual, que
35
precisa ser inserido às práticas pedagógicas. A escola é um espaço
privilegiado de interação social, mas este deve interligar-se e integrar-se aos
demais espaços de conhecimento hoje existentes e incorporar os recursos
tecnológicos e a comunicação via redes, permitindo fazer as pontes entre
conhecimentos se tornando um novo elemento de cooperação e
transformação. A forma de produzir, armazenar e disseminar a informação está
mudando; o enorme volume de fontes de pesquisas são abertos aos alunos
pela Internet, bibliotecas digitais em substituição às publicações impressas e os
cursos à distância, por videoconferências ou pela Internet.
A formação de professores para essa nova realidade tem sido
crítica e não tem sido privilegiada de maneira efetiva pelas políticas públicas
em educação nem pelas Universidades. As soluções propostas inserem-se,
principalmente, em programas de formação de nível de pós-graduação ou,
como programas de qualificação de recursos humanos. O perfil do profissional
de ensino é orientado para uma determinada “especialização”, mesmo por que,
o tempo necessário para essa apropriação não o permite. Como resultado,
evidencia-se a fragilidade das ações e da formação, refletidas também através
dos interesses econômicos e políticos. (Costa e Xexéo,1997).
O objetivo de introduzir novas tecnologias na escola é para fazer
coisas novas e pedagogicamente importantes que não se pode realizar de
outras maneiras. O aprendiz, utilizando metodologias adequadas, poderá
utilizar estas tecnologias na integração de matérias estanques. A escola passa
a ser um lugar mais interessante que prepararia o aluno para o seu futuro. A
aprendizagem centra-se nas diferenças individuais e na capacitação do aluno
para torná-lo um usuário independente da informação, capaz de usar vários
tipos de fontes de informação e meios de comunicação eletrônica.
Com as novas tecnologias, novas formas de aprender, novas
competências são exigidas, novas formas de se realizar o trabalho pedagógico
são necessárias e fundamentalmente, é necessário formar continuamente o
novo professor para atuar neste ambiente telemático, em que a tecnologia
serve como mediador do processo ensino-aprendizagem.
36
Existem dificuldades, através dos meios convencionais, para se
preparar professores para usar adequadamente as novas tecnologias. É
preciso formá-los do mesmo modo que se espera que eles atuem.
As tentativas para incluir o estudo das novas tecnologias nos
currículos dos cursos de formação de professores esbarram nas dificuldades
com o investimento exigido para a aquisição de equipamentos, e na falta de
professores capazes de superar preconceitos e práticas que rejeitam a
tecnologia mantendo uma formação em que predomina a reprodução de
modelos substituíveis por outros mais adequados à problemática educacional.
Os professores são profissionais que tem uma função re(criadora)
sistemática, sendo esta a única forma de proceder quando se tem alunos e
contextos de ensino com características tão diversificadas, como sucede em
todos os níveis de ensino. A função do professor é a criação e recriação
sistemática, que tem em conta o contexto em que se desenvolve a sua
atividade e a população-alvo desta atividade.
A formação de professores em novas tecnologias permite que
cada professor perceba, desde sua própria realidade, interesses e
expectativas, como as tecnologias podem ser útil a ele. O uso efetivo da
tecnologia por parte dos alunos, passa primeiro por uma assimilação da
tecnologia pelos professores. Se quem introduz os computadores nas escolas,
o fazem sem atenção aos professores, o uso que os alunos fazem deles é de
pouca qualidade e utilidade. Além disso, o fato de só colocar computadores em
uma escola raras vezes traz impacto significativo. Para atingir efeitos positivos,
é fundamental considerar uma capacitação intensiva inicial e um apoio
contínuo, começando com os professores, quem a sua vez, poderão capacitar
a seus alunos. É necessário planejar a integração da tecnologia na cultura da
escola, fenômeno de avaliação gradual, que requer apoio externo.
Se espera do professor no século XXI que ele seja aquele que
ajude a tecer a trama do desenvolvimento individual e coletivo e que saiba
manejar os instrumentos que a cultura irá indicar como representativos dos
modos de viver e de pensar civilizados, específicos dos novos tempos. Para
isso, ainda são necessárias muitas pesquisas em novas tecnologias da
37
informação, modelos cognitivos, interações entre pares, aprendizagem
cooperativa, adequados ao modelo baseado em tecnologia, que oriente a
formação de professores no seu desenvolvimento e ofereça alguns parâmetros
para a tarefa docente nesta perspectiva.
38
CONCLUSÃO
Atualmente, a importância da tecnologia na área educacional está
crescendo a cada dia mais e é muito discutida. A implementação de
computadores na educação provocou uma mudança significativa nas formas de
aprender e ensinar. Os computadores tornaram-se ferramentas de grande
importância na educação porque através deles os estudantes sentem-se
motivados para executar tarefas de seu interesse como também percebem sua
independência em realizá-las e sentem-se capazes de resolver problemas e
construir seu próprio conhecimento.
Muitas são as possibilidades para o uso de novas tecnologias na
educação. Mas o professor não pode deixar de estabelecer objetivos e critérios
ao utilizar o registro em blogs, desenvolvendo o intelecto dos alunos e
potencializando estratégias pedagógicas.
As tecnologias incorporadas a educação contribuem para um
aprendizado mais solido, pois está baseado em pesquisas, leitura individuais e
coletivas, cooperação, colaboração do grupo. Torna os indivíduos envolvidos
no processo mais autônomos e seguros de que seu sucesso no ensino-
aprendizagem depende do seu trabalho e esforço.
Procurou-se neste trabalho refletir sobre o papel das tecnologias da
Web 2.0 e como elas podem promover e auxiliar na educação estimulando uma
aprendizagem significativa, prazerosa e que desenvolva o senso critico do
aluno. O uso de ferramentas online na escola despertam nos alunos um olhar
mais atento ao material postado no blog, uma preocupação na forma da escrita
e nos erros ortográfico, pois eles sabem que aquele texto será disponibilizado
na internet e poderá ser lido não só pelo professor, mas por todos da
comunidade escolar e ainda por todos que tiverem acesso a internet.
Usar de forma inteligente os recursos da informática e fazer uso das
tecnologias digitais como recursos para um ensino mais significativo é um
sinônimo de avanço, de mudança que se faz necessário diante do mundo
globalizado e da sociedade atual.
39
O educador precisa estar atento às tecnologias e perceber suas
contribuições para que o ensino e desenvolvimento dos nossos alunos.
O uso de ferramentas da web 2.0, em especial os blogs educativos,
traz uma proposta de ensino muito mais significativa, rica em informações,
prazerosa para os alunos. O uso de blogs na educação promove um
pensamento critico e analítico, uma reflexão individual e interação social.
Estimulam a autoria e produção de conteúdos e a participação dos alunos
através do sistema de comentários.
Reduzir a prática educativa às velhas tecnologias como o quadro
negro, a lousa ou a aulas verbalizadoras, é não dar significado a novos
caminhos na educação. É preciso ampliar e dar importância as diversas
possibilidades que as tecnologias digitais, as ferramentas da Web 2.0 e os
recursos tecnológicos são capazes de proporcionar para um aprendizado mais
dinâmico e significativo para os educandos.
O uso de tecnologias digitais vem mostrar a necessidade de revermos
as práticas de sala de aula e métodos pedagógicos utilizados na educação de
modo geral. A educação precisa ser vista como primordial numa sociedade e
requer um olhar mais cuidadoso devido a sua importância para a sociedade
como um todo.
40
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novos paradigmas da sociedade. Belo Horizonte, IPSO, 1993.
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SILVA, Marco. Educação Online. Edições Loyola, 2003.
SILVA, Marco. Avaliação da Aprendizagem em Educação Online.
TORI, Romero. Educação sem distancia: As tecnologias interativas. SENAC.
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I - A Web 2.0 e a educação 11
1.1 – Origem da Web 2.0
1.2 – Vantagens do uso das ferramentas da Web 2.0
CAPÍTULO II - A importância do uso de tecnologias na educação 17
CAPÍTULO III – O uso de blogs como ferramenta pedagógica 27
3.1 – Vantagens do uso de blogs na sala de aula
3.2 – As mudanças no processo ensino-aprendizagem
3.3 – Preparação do docente para o uso de tecnologias na sala de aula.......
CONCLUSÃO 38
REFERERÊNCIAS 40
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO ...............................................................................43