UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO … · As práticas do marketing estão a...

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<> UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” INSTITUTO A VEZ DO MESTRE <> <> <> <> <> FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES <> <> <> Andréa da Costa Carius <> <> <> Jorge Vieira Orientador Rio de Janeiro 2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

INSTITUTO A VEZ DO MESTRE

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FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES

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Andréa da Costa Carius

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Jorge Vieira

Orientador

Rio de Janeiro

2011

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

PROJETO A VEZ DO MESTRE

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FIDELIZAÇÃO DE CLIENTES

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Trabalho de conclusão de Pós-

Graduação lato sensu em Especialização

em Marketing, apresentado à

Universidade Candido Mendes, como

requisito parcial para obtenção do título

de especialista em Marketing.

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AGRADECIMENTOS

.... Ao meu marido, Rogério

Cavalcante, companheiro e amigo

de todas as horas;as amigas:

Elisangela & Glauceane,... que

estiveram comigo em momentos

difíceis me conduzindo a um mundo

melhor e a sentimentos melhores.

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DEDICATÓRIA

..... Dedico e agradeço a conclusão

deste trabalho a minha mãe

querida. Mãe amada e guerreira!

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RESUMO

O objetivo deste trabalho é identificar as formas de

atendimento e fidelização em estratégias utilizadas no comércio

varejista. Pequenas empresas podem se manter no mercado e

competir com as grandes, porém, com foco na qualidade do

atendimento. O marketing de relacionamento lida com a identificação

e atendimento das necessidades humanas, sociais e relacionais.

Neste trabalho, conheceremos teorias, instrumentos e estratégias

voltadas para fidelização. Clientes não buscam apenas preço baixo e

qualidade no atendimento, mas desburocratização, crédito, e

motivação para comprar.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........ ................................................................................................... 01 CAPÍTULO I - AS PRÁTICAS DO MARKETING ........................................................ 04

1.1 – Origem do marketing ................................................................................. 09 1.2 – A função do marketing nas organizações ................................................. 11 1.3 – Mudanças no mercado .............................................................................. 13 1.4 – Desafios do marketing no mercado ........................................................... 15 1.5 – Princípios do marketing ............................................................................. 16 1.6 – Conceitos fundamentais do marketing ...................................................... 18

CAPÍTULO II - MARKETING DE RELACIONAMENTO ............................................. 21 2.1 – Marketing, a evolução para abordagem relacional .................................... 22 2.2 – Marketing transacional X marketing de relacionamento ............................ 25 2.3 – Estratégia do marketing de relacionamento .............................................. 25 2.4 – Conceito de marketing de relacionamento ................................................ 28 CAPÍTULO III - O COMPORTAMENTO DO CLIENTE E O PROCESSO DE FIDELIZAÇÃO ........................................................................................................... 29 3.1 – A influência das pesquisas sobre Relações Humanas e o comportamento do cliente no processo de consumo ................................................. 29 3.2 – As diversas abordagens teóricas atuais relativas ao comportamento do consumidor ........................................................................................................... 35 3.3 – As tendências gerais na linha de pesquisa sobre o comportamento do consumidor e fidelização no Brasil ............................................................................. 43 CAPÍTULO IV - ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS QUE GARANTEM O DIFERENCIAL NO ATENDIMENTO AO CLIENTE .................................................... 47 4.1 – Os principais instrumentos e ações de fidelização .................................... 47 4.1.1 – Estratégias de análise da tipologia dos consumidores ................... 47 4.1.2 – A importância da informação .......................................................... 50 4.1.3 – Planejamento estratégico setorizado ............................................. 52 4.1.4 – As ferramentas do CRM: instrumentos de estratégia organizacional ........... 63 4.4.1.1 – Internet e Correio Eletrônico................................................ 63 4.1.4.2 – E-Businness ........................................................................ 65 4.1.4.3 – Business Intelligence (BI) e Inteligência de Negócios (IN) .. 66 4.1.4.4 – Data Mining ......................................................................... 67

4.1.4.5 –Os tipos de ferramentas do CRM: Criando relacionamentos melhores.................................................................... ........ 68

41.5 – A estratégia do bom serviço ao cliente em processos de Fidelização................................................................................ .......... 72

4.1.6 – Segmentação de mercado para atender com qualidade e Diferencial............. ............................................................................. 76

4.1.7 – As estratégias de marketing relacional com clientes .............. 78 4.1.8 – A visão estratégica orientada para o serviço de atendimento .................................................................................. 93 4.1.9 – Treinamento de pessoal para a qualidade no atendimento ao cliente... ........................................................................................ 94

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4.1.10 – Qualidade departamental.. ........................................................... 99 4.1.11 – A pesquisa de mercado e segmentação: estratégias para conhecer o cliente..... ................................................................................. 99

4.2 – O feedback no atendimento a clientes ............................................ 109 CAPÍTULO V - METODLOGIA DA PESQUISA ........................................................ 111 CAPÍTULO VI - DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ................................................. 112 CONCLUSÃO... ........................................................................................................ 114 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 116

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INTRODUÇÃO

A economia atual passou por muitas transformações que mudaram a

dinâmica interna das empresas, exigindo uma nova conjuntura administrativa

voltada para as estratégias e mudanças organizacionais. Para compreender as

formas de atuar em mercado sempre mutante e exigente, os administradores

mais notáveis foram buscar a fundamentação nas modernas teorias científicas

que apontam meios teóricos de compreender o comportamento do consumo e

dos clientes.

Esse processo envolve a capacidade de compreender o comportamento

do cliente, sob os diversos enfoques baseados nas teorias psicológicas que

fundamentam as teorias organizacionais.

Pode-se comprovar através dos estudos de Oyakawa (1998); Pilares

(1989); Giglio (2002); Kotler (1992) e Dowbor (2000) sobre o comportamento do

consumidor e formas de compreender as relações psicológicas que levam um

indivíduo à compra de um produto. As teorias do século XIX, ainda influenciam as

modernas tendências sobre o comportamento do consumidor. As grandes

organizações que tem por finalidade a fidelização de clientes empreendem

pesquisas empíricas de mercado, sob os pressupostos das teorias do

comportamento do consumidor.

As explicações teóricas buscadas pelos empreendedores nas análises

teóricas sobre o comportamento do consumidor podem ajudar nas decisões sobre

marketing e outras formas de aplicação de estratégias para garantir a

competitividade empresarial.

Giglio (2002) considera que “fidelizar clientes consiste em manter com

eles uma relação comercial intensa e duradoura, o que só se consegue se formos

capazes de satisfazer as suas necessidades de produtos e serviços, de forma

vantajosa para ambas às partes”. Portanto, a fidelização implica uma relação de

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confiança muito forte entre a empresa e o cliente.

A fidelização na área de vendas de produtos e serviços, atualmente tem a

necessidade de aquisição de novas competências para o atendimento qualitativo

ao cliente, em um ambiente de mudanças que tem obrigado as organizações a

uma revisão de parâmetros de gestão administrativa ou gerencial.

Atualmente, as empresas que estão imbuídas no foco de empenho na

utilização de instrumentos e ferramentas de fidelização com foco no cliente,

buscam uma variedade de estratégias para assegurar uma relação intensa e

duradoura como cliente. Para Pilares (1989) “a fidelização se relaciona

basicamente à capacidade de satisfazer as necessidades do cliente de produtos e

serviços, de forma vantajosa para ambas às partes. A fidelização implica uma

relação de confiança entre a empresa e o consumidor”.

As estratégias de fidelização de consumidores têm se constituído do

gerenciamento de relacionamentos por meios de instrumentos de marketing,

gerenciamento estratégico de preços, promoções, e segmentação de mercado.

Essas estratégias atuais objetivam a criação de técnicas focados nos produtos e

no atendimento relacional especializado e personificados. .

O objetivo desta pesquisa é identificar as formas de atendimento

diferencial na inter-relação entre preço e produto, a partir de estratégias na

fidelização de clientes. Pretende-se analisar as estratégias utilizadas no comércio

varejista na atuação de mercado com a clientela. Assim, como os instrumentos

utilizados para o processo de fidelização e caracterização de posturas

diferenciadas, envolvendo as habilidades técnicas e operacionais.

Justifica-se a realização desse estudo com base no pressupostos de que

as empresas podem se manter no mercado e competir com as grandes

empresas, certamente necessitam de métodos de estratégias e instrumentos com

foco no cliente e na qualidade do atendimento. E todas essas estratégias exigem

o conhecimento do comportamento do consumidor, a partir de suas necessidades

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e gostos.

A relevância do estudo se centra na importância destas pequenas

empresas no relacionamento com o cliente, considerando-se a capacidade custo-

benefício do uso de estratégias adotadas na diferenciação em relação à

concorrência no atendimento ao cliente. Neste contexto, o marketing de

relacionamento lida com a identificação e o atendimento das necessidades

humanas, sociais e relacionais. A motivação para pesquisar sobre o tema surgiu

do desejo de conhecer as teorias, instrumentos e estratégias voltadas para

atuação da empresa para a fidelização do cliente.

O corpo da monografia é formado por seis capítulos e a conclusão. O

primeiro capítulo apresenta uma visão teórica do marketing em geral e as teorias

que explicam a tipologia.

O segundo capitulo apresenta todos os conceitos e estratégias do

marketing de relacionamento.

O terceiro capítulo enfoca os instrumentos de fidelização de clientes, a

partir do foco da pesquisa, marketing relacional, política de preços e qualidade,

tecnologia (CRM), informações e outras estratégias importantes usadas pelas

organizações atuais.

O terceiro capítulo demonstra a metodologia da pesquisa e a

representação gráfica dos percentuais que envolvem o universo de amostragem

do estudo. O quarto capítulo tem como objetivo mostrar os instrumentos que

garantem o diferencial no atendimento.

O quinto capitulo mostra toda a metodologia de pesquisa e informações

sobre a elaboração da pesquisa e por ultimo no sexto capitulo apresentamos a

discussão sobre o material elaborado.

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CAPÍTULO I

AS PRATICAS DO MARKETING

As práticas do marketing estão a nossa volta em todos os momentos da

história das sociedades e organizações, pois sua função é identificar as

necessidades e os desejos do consumidor, determinar quais os mercados-alvos

que a organização pode melhor servir e planejar seus produtos e serviços. Sua

principal meta é satisfazer o cliente de forma lucrativa e criar relacionamentos de

valor com clientes. (KOTLER, 2000).

Porém, muita gente pensa em marketing como propaganda e vendas, isto

porque, diariamente somos bombardeados de comerciais através de televisão,

anúncios em jornais, revistas, mala-direta e telemarketing, ou seja, tem sempre

alguém tentando vender algo. Mas nas últimas décadas o ambiente em que

vivemos vem mudando com freqüência e de forma intensiva, obrigando as

organizações a buscarem novas metodologia e ferramentas para atingir seus

objetivos.

Essas mudanças e transformações tão velozes na economia mundial,

onde produtos e serviços transcendem fronteiras, as empresas começaram a

olhar para o marketing com mais seriedade, pois o ambiente ficou

hipercompetitivo e um dos responsáveis para vencer esta guerra foi o marketing.

Embora, este tipo de comercialização vem ocorrendo deste antes da Rota da

Seda que ligou Xian e Roma. Somente, as grandes empresas pioneiras na prática

do marketing, criando e desenvolvendo seus próprios princípios, lemas e slogans

é que levaram vantagens neste ambiente competitivo, além de formarem alianças

estratégicas e intensificarem as operações de produção e vendas com empresas

estrangeiras européias e japonesas.

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Destes relacionamentos, algumas empresas formaram alianças

estratégica e/ou parcerias até mesmo com seus concorrentes. Como é o caso da

Ford com a Nissan e Mazda - fabricação de veículos, General Eletric com

SNECMA - fabricação de motores a jato e a Coca-Cola com Schuweps – que

dirigem uma engarrafadora de refrigerantes, reduzindo os custos. Existem

também pessoas que contribuíram muito para o marketing, no qual Peter Drucker

se destaca com seu livro The Practice of Management e indica o caminho e

enuncia os conceitos básicos. Souza, (1994) afirma que, todavia a gerência terá

falhado se não produzir as mercadorias e serviços desejados pelo consumidor e

por um preço que o consumidor esteja disposto a pagar, lançando a raiz do

marketing:

(...) Se desejarmos saber o que é um negócio,

devemos começar pelo seu propósito. E esse

propósito deve estar situado fora do negócio em si.

Na verdade, deve estar situado na sociedade, uma

vez que uma empresa é um órgão da sociedade.

Existe apenas uma definição válida de propósito de

uma empresa: criar um cliente ... É o cliente que

determina o que vem a ser o negócio. Pois é o

cliente, e só ele que, dispondo-se a pagar por um

artigo ou serviço, convertem os recursos econômicos

em riqueza, coisas em mercadorias. O que o negócio

julga estar produzindo não é a importância primordial.

Aquilo que o consumidor julga estar adquirindo, aquilo

que ele considera como valor é que é decisivo – é o

que determina o que é um negócio, o que ele produz

e se progredirá ... O freguês é o alicerce da empresa

e quem a mantêm viva. Só ele proporciona emprego.

E é para suprir o freguês que a sociedade confia os

meios produtores de riqueza às empresas.... O

marketing é a função distinta, a função única da

empresa. Uma empresa distingue-se de todas as

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demais organizações humanas pelo fato de levar ao

mercado um produto ou serviço... Assim, qualquer

organização que se realizar pelo marketing, isto é,

pela colocação de um produto ou serviço no mercado,

será um negócio, uma empresa.(SOUZA, 1994, p.

20).

Souza em seu trabalho elenca oito mandamentos do marketing:

(...)Nem os resultados nem os recursos existem

dentro da empresa. Ambos estão localizados fora; os

resultados são obtidos pelo aproveitamento das

oportunidades e não pela solução de problemas; para

produzirem resultados, os recursos precisam ser

destinados às oportunidades e não aos problemas;

resultados econômicos são conquistados somente

pela liderança e não apenas pela competência;

qualquer posição de liderança é transitória e

provavelmente de curta duração; o que existe está se

tornando velho; o que existe tem probabilidade de ser

distribuído de forma errada; e, a concentração

representa a chave para resultados econômicos

reais.( SOUZA, 1994,p.21)

Dentro deste contexto, pode-se dizer que as práticas de marketing

existem desde o Império Romano. Mas é na Igreja Católica que o marketing se

institucionaliza utilizando-se de marca, logotipo e a correta comunicação auditiva

para chamar os fiéis para as celebrações, principalmente na escolha da

localização de suas Igrejas.

No século XIX criam-se os atacados e varejos, surgindo às primeiras lojas

de departamentos, máquinas de vender produtos em estações ferroviárias, os

primeiros catálogos de vendas. Mas a revolução do marketing ocorre só no século

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XX. Porém de toda a história do marketing, apenas um item merece nossa

atenção que é o que denominamos de marketing um-a-um. Naquela época este

tipo de marketing era simples e possível de se praticar, pois, os comerciantes

conheciam o nome, o endereço e a preferência de seus clientes e quando

chegava mercadoria que os clientes gostavam, era só mandar um garoto avisar.

(FERREIRA, 2002).

Nas décadas de 50 e 60 com o crescimento das cidades, a multiplicação

de serviços e o surgimento da tecnologia, o marketing começou a ser substituído

para comercialização, mercadologia. Somente em 1954 a palavra marketing se

consagra com Peter Drucker ensina como sendo a função única e distinta das

empresas. Nos anos que decorreram nestas décadas, as promoções,

propagandas, vendas e distribuição dentro das organizações eram muito

desorganizadas, as funções eram realizadas separadamente e a pesquisa e o

desenvolvimento de produtos ficavam aos cuidados da produção. Empresas que

enxergavam o marketing como função única e distinta da organização, foram

algumas empresas americanas e conseguiam sobressair aos seus concorrentes.

As empresas brasileiras visualizavam o marketing com certa cautela e timidez

diante da força da palavra. Com a estruturação de distribuição na década de 70,

surge o que chamamos de auto-serviço. Conseqüentemente multiplicam-se os

supermercados, hipermercados nos grandes centros, surge novos shopping

centers com grande margem de lucros.

À medida que a distribuição e a comercialização crescem, tornam-se cada

vez mais organizados e eficientes, revendas e assistência técnicas exclusiva

ganham forças, dando origem ao que chamamos de sistema de franchising. Os

investimentos em anúncios nas televisões e rádios eclodem com grande sucesso,

poder e magnetismo. Neste mesmo período a segmentação e especialização

começam a dar seus primeiros sinais. Diante destas transformações, a função do

marketing torna-se necessário e começa a se organizar e integrar na organização,

obtendo espaços nos organogramas das empresas. Entretanto, somente no início

da década de 80 o marketing ao melhorar os processos de planejamento e ação

das organizações, as empresas descobrem sua importância. Esta função eram

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exclusiva do presidente da empresa ou principal executivo e para que o marketing

obtenha resultado é necessário também que todos compartilhem do objetivo.

(FERREIRA, 2002).

A partir destas observações, análises e estudos, as empresas

descobriram que possuem valor perante o consumidor e diante desta descoberta,

a organização passou a preocupar-se em descobrir o que o consumidor pensa

dela, cuidado ao se criar e conquistar uma imagem perante este consumidor, ou

seja, as empresas começam a definir sua identidade corporativa para mostrar a

esse público, investindo altos volumes em sua imagem, considerando que este é

o maior entre todos os seus ativos. (SOUZA, 1994).

A partir da década de 90 a prática do marketing na organização voltou

aos primórdios, pois para vencer a concorrência, o conhecimento do cliente torna-

se imprescindível. Assim sendo, o marketing um a um, ou marketing customizado,

hoje seja feito de modo mais estruturado, com uso de tecnologias como

computador que está cada vez mais potente, rápida, capaz, barato e fácil passa a

ser de vital importância para a sobrevivência da organização.

Com a nova tecnologia, o mundo passa a conhecer o maximarketing que

segundo Souza (1994, p. 32): "marketing de eficácia quase absoluta; um

marketing sem desperdícios". As empresas denominam-no de marketing sem

desperdícios, marcando também o reencontro histórico do marketing de melhor

qualidade, marcado por tecnologia e recursos disponíveis, onde as empresas

conhecem quais, onde se localizam e quais a preferências de seus clientes. Com

a globalização de mercados que vem ocorrendo nos últimos anos, causam

mudanças na visão de concorrência no mundo e devido à pressão competitiva,

faz com que os executivos sintam necessidade e urgência competitiva em

desenvolver produto, adquirir materiais, produção e marketing. Até tomar

decisões drásticas como optar em deixar de produzir em seu país de origem,

migrando sua produção para outros países onde a mão de obra e mais barata

para reduzir os custos, como é o caso da Hoechst, empresa química alemã.

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Este tipo de decisão vem se fortificando cada vez mais, pois a força

competitiva, mudanças políticas e econômicas como a queda da União Soviética,

o estabelecimento da União Européia, a desregularização e privatização de

indústrias estatais, mercados emergentes do Leste Europeu, o rápido crescimento

do mercado do Sudeste Asiático que estão ocorrendo no mundo nos últimos anos

contribui e molda o ambiente de negócio global nos dia de hoje.

1.1 – Origens do marketing

Marketing é uma expressão anglo-saxônica e deriva do latim "mercare",

cuja definição é o ato de comercializar produtos na antiga Roma. A origem do

marketing deu-se nos EUA, na década de 40 e segundo Cobra (2000) a história

do marketing divide-se em quatro eras, que são:

(...)A era da produção: Até meados de 1925 o

marketing não existia, pois, a economia

organizacional mais desenvolvida do Oeste Europeu

e Estados Unidos Estada Unidos Estava voltada para

produção, ou seja, naquela época praticamente tudo

que produzia era vendido. Portanto, não havia

necessidade em se preocupar com vendas.

A era da venda: Entre 1925 até início dos anos 50,

com o domínio das técnicas de produção, países

desenvolvidos passaram a se preocupar com o

excesso de produção, pois os consumidores

passaram a resistir em comprar bens e serviços que

não eram essenciais. Para subsidiar os vendedores, a

organização começou a anunciar os seus produtos,

principalmente as vendas a domicilio, tais como:

aspiradores de pó, cosméticos Avon, carnê do Baú da

felicidade, enciclopédia e vários outros produtos.

Dando surgimento ao marketing.

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A era do marketing: Com o fim da segunda guerra

mundial, com a volta dos soldados, nascem muitas

crianças, causando uma explosão na população

denominada "baby boomer". Fato que contribui muito

o mercado de fraldas, alimentos infantis,

medicamentos, roupas, brinquedos, etc. Como

conseqüência, logo surge outra população

denominada teenagers – abrindo mercados para

outros segmentos, tais como: aparelhos de som,

roupas, comida e muitas outras variedades de

produtos e serviços.

A era do marketing digital: É a era em que os hábitos

e costumes de comunicação e o consumo sofre uma

grande revolução, pois com a Internet e o comércio

eletrônico, o consumidor pode adquirir tudo que

necessita através do computador, tais como: serviços

de turismo, compras mensais de supermercado,

roupas, equipamentos eletrônicos, livros, discos,

passagens aéreas, cursos via Internet, etc. Enfim é a

era em que o trabalho de marketing em uma

organização e o grupo como um todo deve se

direcionar se quiser se manter e crescer neste

mercado altamente competitivo. (COBRA, 2000, p55)

No Brasil, o conceito de marketing foi introduzido em 1954 com Escola de

Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas e junto

com outros professores de outras faculdades traduziu para "mercadologia". Mas

com o passar dos anos, mais precisamente no final dos anos 90 essa expressão

perdeu expressão, adotando o termo inglês para disciplina que estuda a

complexidade dos relacionamentos entre consumidores e produtores de bens e

serviços.

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A expressão marketing no Brasil iniciou-se na década de 50, mas seu

acesso nos organogramas da organização só surgiu nos anos 60 como função de

staff e as empresas pioneiras foram: Kibon, Gessy-Lever, Refinações de Milho

Brasil, Johnson & Johnson. Somente nos anos 70 os profissionais de marketing

ganharam destaque nas organizações. A propaganda brasileira é conceituada

como uma das mais criativas do mundo e como o marketing é baseado na

realidade de um país em crescimento, organizações mundiais têm como fonte de

difusão da cultura e conhecimento mercadológico.

1.2 – A função do marketing nas organizações

Nos últimos anos, as organizações vêm sofrendo e enfrentando

transformações tão velozes e até mesmo violentas, provocadas por fusões de

empresas e clientes cada vez mais exigentes. Além da globalização e mudanças

tecnológicas, o marketing também sofre grandes transformações na situação das

empresas. Surgindo a seguinte pergunta. O marketing irá desaparecer? Existirá

lugar para marketing nas empresas do século XXI? De acordo com as tendências

atuais que veremos em seguida parecem indicar resposta negativa. Com a

globalização, os investimentos persistentes e dispendiosos em campanhas

publicitárias grandes marcas já não são o que eram, pois começam a perder e

sentirem-se pressionados por marcas rivais com produtos similares e mais

baratos. As empresas de grandes marcas começaram a cortar gastos em seus

orçamentos; outras tentam verificar, analisar para descobrir onde está a falha.

Os departamentos de marketing, por sua vez quase desapareceram em

muitas organizações. Transformando-os em vítimas dos esforços de downsizing e

de reengenharia por parte dos empresários. Nas estruturas mais aerodinâmicas, o

tradicional departamento de marketing passa a ser substituído por um conjunto de

funções bem definidas e com responsabilidades bem delimitadas. (SOUZA,

1994).

Conhecimentos especializados em marketing tornam-se cada vez mais

escassa. Pois, com a evolução da informática, qualquer administrador médio ou

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superior pode acessar diretamente uma das tarefas tradicionais do marketing

baseada na coleta e análise desses dados para uma posterior difusão na

empresa. Dando indícios de que o marketing na organização se extinguirá com o

tempo. Porém, uma sondagem internacional efetuada pelo IMD entre mais de 220

executivos sugere o contrário.

Embora o marketing tenha sofrido grandes transformações, essa

sondagem não só indica que o marketing está vivo e se tornou muito mais forte, a

ponto de exercer e influenciar nas decisões estratégicas da organização.

Surgindo daí uma aparente contradição? A análise indica que a função do

marketing sofreu uma metamorfose cuja sua eficácia atende às necessidades das

empresas, diante das constantes mudanças e altamente competitivo.

Infelizmente, o público em geral e muitos administradores experientes,

não entendem marketing. O público vê marketing como uso (ou abuso) vigoroso

e, às vezes, intruso da propaganda e da venda: Oh, não, outro comercial. Acham

que marketing tenta fazer compradores indispostos comprem bens não

desejados. (KOTLER, 1998, p. 13). Portanto, se antes uma organização para ter o

sucesso, o seu principal alvo era venda e propaganda, com a evolução do

marketing seu papel torna-se muito mais importante do que no passado. Segundo

Dickson:

(...) adaptar-se a essas mudanças é a essência das

empresas com um marketing de sucesso.

(DICKSON, 2001, p. 24)

Hoje, seu enfoque é ter uma estratégia de marketing, cuja essência é a

busca constante em satisfazer o cliente. Assim sendo, é de grande importância

que as organizações compreendam o comportamento, as necessidades e o

processo de compra do consumidor.

Funções de staff, portanto, do departamento de marketing são

substituídas por funções de linha, que incluem a gestão de grupos de clientes ou

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produtos para determinados segmentos de clientes ou sobre determinados

produtos ou tecnologias. Diante destas mudanças nas ações e planejamentos de

marketing na organização, possibilita que as empresas conduzam e montem

estratégias personalizadas para vários tipos de clientes, tornando-o competitivo e

com potencial para crescer em um mercado globalizado.

A partir desta mudança, o marketing passa da função isolada para função

integrada, ou seja, os executivos e colaboradores de todos os níveis precisam

conhecer as forças do mercado, as necessidades dos clientes, pois a contribuição

para se criar e desenvolver um valor para o cliente pode surgir de qualquer parte

da organização, pois essa noção pode marcar a diferença entre o sucesso e o

fracasso de uma organização. (SOUZA, 1994).

1.3 – Mudanças no mercado

Segundo Drucker (2000), em função das constantes mudanças

econômicas, a administração também tem como paradigma em sua administração

a transformação. Algumas destas transformações nas empresas que podem ter

impactos em longo prazo no setor e são altamente importantes para a

administração. Tendências e transformações de mercado que mais preocupa as

organizações são:

I. Aumento da concorrência de preços.

II. Crescente nível de concorrência.

III. Papel cada vez mais importante de serviço ao cliente.

Com a comoditização dos produtos, ou seja, produtos similares com

preços cada vez menores, a concorrência fica cada vez mais acirrada e a

crescente pressão sobre os preços, os profissionais de marketing sugerem que as

organizações mesmos as que possuem tecnologia de ponta procurem novas

formas de vantagem competitiva, principalmente inovações no setor de prestação

de serviços aos clientes. (CZINZOTA, 2001).

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Assim sendo, único meio das empresas, principalmente as que possuem

tecnologia de ponta superar a concorrência dos preços são ter um fluxo contínuo

de produtos inovadores e, portanto o departamento de marketing deve sempre

buscar oportunidades no mercado e desenvolver novos produtos. Outro fator que

preocupa as organizações são canais de distribuição de bens de consumo que

estão cada vez mais abrangentes, principalmente em relação as indústrias

farmacêutica. (CHURCHILL, 2000).

No setor de serviços, mesmo com o surgimento de novos segmentos de

prestação de serviços no mercado e as transformações das necessidades dos

clientes, a concorrência de preços não é tão expressiva quanto nas organizações

industriais:

(...) mas o mercado de hoje é imensamente mais

complexo. Mercados domésticos, outrora a salvam

de invasores estrangeiros, estão hoje franqueados

para gigantescas empresas globais, assim como

para especialistas globais em encontrar e atender a

nichos de mercado, importantes avanços

tecnológicos reduziram significativamente o tempo e

a distância: novos produtos são lançados em um

ritmo espantoso e tornam-se mundialmente

disponíveis em curto espaço de tempo. Os meios de

comunicação proliferam. Novos canais e formatos de

distribuição continuam a aparecer. Os concorrentes

estão por toda parte ... e estão famintos. (KOTLER,

2000, p. 17).

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1.4 – Desafios do marketing no mercado

As organizações para vencer e superar a complexidade sofridas com às

constantes mudanças, transformações e inovações que ocorrem na economia

mundial, a atividade do marketing torna-se fascinante e desafiadora.

Segundo Dickson:

(...) para entender por que o marketing é uma atividade

econômica e sociológica tão fascinante, devemos

primeiro entender a razão fundamental por que os

mercados evoluíram. ( DICKSON, 2001, p. 26)

Além das tendências atuais com impacto em longo prazo, as

organizações e os profissionais de marketing tem que enfrentar e superar

desafios internos, que podemos classificá-los de acordo com a importância na

condução dos negócios da organização, que são:

I. Melhoria na qualidade do produto e/ou dos serviços;

II. Desenvolvimento de novos produtos;

III. Relação com clientes;

IV. Ampliação ou melhoria dos serviços ao cliente.

Enfrentar um mercado altamente competitivo, redução de preços e

margem de lucro com produtos ou serviços para clientes cada vez mais

exigentes, além dos canais de distribuição, torna-se de vital importância à função

do marketing em buscar, inovar e introduzir métodos cada vez mais eficazes para

atingir a satisfação do cliente. Cabe também ao marketing procurar

incansavelmente, novas formas de avaliação e melhoramento quanto ao grau de

satisfação do cliente, pois este pode ser um grande trunfo contra seus

concorrentes.

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1.5 – Princípios do marketing

A necessidade de desvendar, entender, explicar e dominar a evolução

das visões de um mundo fragmentado, reducionista, integrado e globalizado, os

conceitos e princípios do marketing tiveram que evoluir em paralelo para que as

organizações pudessem direcionar seus negócios de acordo com o

comportamento das pessoas em relação às compras de coisas.

De acordo com Peter Lorange, presidente do IMD instituto suíço de

ensino de administração de empresas, existem três formas de administração:

I. Americano: defende as estratégias competitivas e eficiência;

II. Asiático: defende a formação de redes de entidades cooperativas e

estabilidade;

III. Europeu: no passado copiou o estilo americano e atualmente seu

estilo é uma mistura dos dois estilos. Esta forma de administração possibilita a

organização potencial para competir e crescer em um mercado globalizado.

Em face de esta contingência do mercado, as organizações precisam ir

além do marketing com enfoque voltado aos clientes. É preciso também que as

organizações procurem aliadas, junto aos fornecedores e distribuidores para

desenvolver um sistema de rede cooperativo para atender melhor às

necessidades dos clientes. (KOTLER, 2000).

Se a organização necessita cada vez mais de alianças estratégicas e

relacionamentos de longo prazo com seus clientes, a administração de marketing

precisa expandir o seu conceito de microeconômica a fim de atender melhor estes

novos aspectos organizacionais e estratégicos. Esta nova visão da organização, o

foco de análise do marketing muda de produto e firmas para pessoas, e

processos sociais, cujo relacionamento passa a ser contínuo, possibilitando

oferecer maiores benefícios aos clientes. Este novo enfoque denomina-se

marketing de relacionamento, item que estudaremos mais adiante.

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Diante destas tendências as empresas mesmas as locais para sobreviver

deve procurar sua posição no mercado, pois em uma economia global estão

competindo com empresas de todo mundo, não importa se são através de

associações, cooperativismo ou sozinhas. Porém, devido a grande

competitividade as organizações que queira sobreviver tenderão a procurar cada

vez mais por alianças ou associações.

Com este novo paradigma, onde o foco de análise do marketing muda de

produto e firmas para pessoas. Assim sendo, a organização como um todo para

atingir os seus objetivos passa a desenvolver uma filosofia empresarial do

marketing voltado para o valor, ou seja, seu enfoque está em desenvolver um

valor superior para seus clientes. Segundo Churchill e Peter (2000, p. 10) os

princípios fundamentais do marketing voltado para o valor são três:

(...)Princípio do cliente - toda atividade do marketing é

voltada para o cliente, principalmente em criar valor

para eles e dentro desta visão as organizações

podem criar relacionamentos diretos, os profissionais

de marketing conhecem o cliente desde o nome até

as suas preferências, ou o relacionamento indireto, os

profissionais conhecem os seus clientes através das

marcas de seus produtos, tais como: Coca cola, Omo

e Kibon;

Princípio do concorrente - sua estratégia esta em

oferecer produtos e serviços superiores aos seus

concorrentes; Princípio proativo - sua atividade está

em influenciar os clientes a comprar produtos ou

serviços novos ou existentes, trocar marcas

concorrentes para as suas, utilizar o cartão de crédito

e ser clientes fiéis; Princípio interfuncional - o

marketing deve trabalhar com equipes de outros

setores para que realizem tarefas de planejamento,

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implementação e controle; Princípio da melhoria

contínua - todos os setores da organização devem

contribuir de forma contínua para melhorar suas

operações, processos, estratégias, produtos ou

serviços;

Princípio do stakecholder - são indivíduos e grupos

que podem influenciar as decisões de marketing e

ao mesmo tempo serem influenciados por eles, tais

como: clientes como concorrentes, fornecedores,

financiadores, funcionários, comunidades locais, etc.

(CHURCHILL, & PETER, 2000, p 55)

O marketing voltado para o valor, pressupõe que os clientes estão

dispostos e são capazes de trocar quando os benefícios das trocas são

superiores aos custos e os produtos ou serviços são melhores em comparação as

outras opções. O cliente não é visto como uma máquina que só vê benefícios nos

números. Sua base está e pressupor que os clientes têm diferentes maneira de

avaliar um produto. Portanto o marketing de valor tem como ênfase a importância

em compreender bem os clientes.

1.6 – Conceitos fundamentais do marketing

A função básica do marketing é identificar as necessidades do

consumidor e desenvolver produtos que os satisfaçam. Assim sendo, a função do

marketing dentro de uma organização vai além da identificação das necessidades

e desejos do consumidor, determinar quais mercados-alvo a organização pode

atender melhor, planejar produtos, serviços e programas mais adequados que

satisfaçam estes mercados, mas também convocar todos os que participam da

organização a pensar e servir aos consumidores:

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(...) marketing é o processo social e gerencial pelo

qual indivíduos e grupos obtêm o que necessitam e

desejam através da criação, oferta e troca de

produtos de valor com outros. Muitas pessoas vêem

o marketing de modo como a arte de procurar e

encontrar formas inteligentes de dispor dos produtos

de uma organização, ou seja, o marketing é visto

apenas como propaganda ou venda de produtos. No

entanto, a arte do verdadeiro marketing é a arte de

saber o quê fazer.(KOTLER, 1999, p. 27).

Uma organização que queira conquistar ou ser líder em um mercado tão

competitivo como é nos dias de hoje se conseguir compreender as necessidades

do consumidor e encontrar soluções que satisfaçam tais necessidades através da

inovação, da qualidade dos produtos, serviços e no atendimento ao consumidor.

Portanto o marketing é considerado um conjunto de ferramentas e técnicas, cuja

responsabilidade é restrito a apenas um grupo de especialistas que estejam

familiarizados com estas ferramentas e know-how.

Gangana (2001, p. 46) cita que para Drucker, "marketing e Inovação são

as únicas funções básicas em business, ou seja, Marketing e Inovação produzem

resultados e todo o resto são custos". O marketing por ser considerado um forte

instrumento capaz de exercer influências sociais e culturais que transcendem

fronteiras, provocando efeitos profundos sobre a sociedade. Vários estudiosos

contribuíram e buscaram a melhor forma para definir o marketing dentro de uma

organização.

Drucker (1998, p. 22) também citado por Kotler (2000), "marketing é tão

básico que não pode ser considerado uma função separada. É o negócio total

visto do ponto de vista de seu resultado final, isto é, do ponto de vista do

consumidor... O sucesso empresarial não é determinado pelo fabricante, mas pelo

consumidor". Segundo Kotler:

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(...) marketing é a chave para atingir as metas

organizacionais consiste em ser mais eficaz do

que os concorrentes para integrar as atividades de

marketing, satisfazendo, assim, as necessidades e

desejos dos mercados-alvos

(...)Marketing é o processo de planejar e executar

a concepção, estabelecimento de preços,

promoção e distribuição de idéias, produtos e

serviços a fim de criar trocas que satisfaçam

metas individuais e organizacionais" citado por

Churchill e Peter (KOTLER, 2000, p. 4).

Diante de todos estes conceitos, pode-se concluir que os principais

enfoques do marketing são: mercado-alvo, necessidades dos consumidores,

marketing integrado e rentabilidade.

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CAPÍTULO II

MARKETING DE RELACIONAMENTO

Em meados do Século XX, a Associação Americana de Marketing definiu

que a função do marketing na organização era apenas distribuir os produtos que

eram produzidos. Depois com o aumento da competitividade o marketing passou

a incorporar alguns aspectos gerenciais na organização que abrange desde

tomada de decisões, evolvendo funções de administração como planejamento,

organização, direção e controle.

Através da globalização de mercados, surge novos consumidores, que

ficaram cada vez mais exigentes em termos de qualidade e cientes de seus

direitos e a competitividade entre as organizações ficaram cada vez mais voraz,

obrigando as organizações abandonarem às tradicionais organizações

hierárquicas e burocráticas, ou seja, era necessário buscar inovações e criar

novas formas organizacionais, incluindo alianças estratégicas e redes, baseando-

se em relacionamentos de longo prazo e cooperação. (DRUCKER, 2000). Todas

essas mudanças e transformações ocorreram nos anos de 1990, fazendo as

organizações preparar-se e readequar-se ao novo ambiente e realidade de

mercado. Os novos consumidores mudam de preferências e buscam outras

alternativas sem saber o porque. Com a globalização os consumidores tornaram-

se consumidores globais em seus comportamentos e preferências, dando

surgimento à segmentação de mercado. As organizações perceberam que os

consumidores assumem vários papéis ao longo do dia. Um homem, em um

diferente momento do dia ele é administrador, pai de família brincando com os

filhos, marido, telespectador, leitor ou está em um restaurante, praticando esporte,

aprendendo música, ouvindo música, caminhando, ouvindo notícias, cortando o

cabelo, fazendo compras, além de muitas outras atividades. Segundo Souza:

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(...)e se sua empresa que tem interesse na minha

pessoa como cliente ou prospect, não me acessar

no exato momento em que me comportavelmente

eu me encontro receptivo às suas mensagens, eu,

camaguru, não vou nem perceber, nem registrar

sua mensagem e, conseqüentemente, muito

menos sua empresa ou seu produto. Ou seja, para

os camagurus não sensibilizados no momento

comportamental específico, sua empresa e seus

produtos pura e simplesmente não existem.

(SOUZA, 1994, p. 40).

2.1 – Marketing, a evolução para abordagem relacional

No final da década de 1990, em função das inúmeras situações

imprevisíveis que ocorriam constantemente as organizações não conseguiam

mais prever o futuro do mercado e passaram a se concentrar somente no

presente para obter objetivos esperados. Entre estas mudanças estão as

unidades de comunicação, unidade de moeda, a produção cooperativa,

agregação de novos mercados, novas tecnologias, além da velocidade das

informações e muitas outras. (KOTLER, 2000).

Em resposta a essa nova realidade, nos anos de 1990, uma nova

orientação de marketing denominada "marketing de relacionamento", pois os

consumidores passam a ser mais exigentes, exigindo respostas claras, precisas,

rápidas e em tempo real, além de querer ser tratado de forma diferenciado, ou

seja, deseja uma atenção especial para as suas necessidades.

Com o marketing de relacionamentos, possibilitou que os relacionamentos

entre as organizações e os clientes passam a ter um caráter mais duradouro do

que simples transações eventuais. As organizações procuram também conhecer

mais o consumidor, ouvindo-o, dedicando-se a ele; agradando-o e antecipando

em atender os seus desejos, enfim cativando-os. Essa nova forma de

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relacionamentos foi denominada de marketing um a um e customização maciça. A

introdução da customização maciça, provocou mudanças, onde a produção que

antes era planejada em termos de lotes passou a ser encarada em termos de

produção um a um. E para customizar os produtos, as organizações estão

utilizando a Internet, facilitando para os clientes comparar alternativas quanto aos

preços, condições de entrega, agilidade e flexibilidade. Em contrapartida dificulta

a fidelização.

A Internet vem assumindo um forte papel de informação com melhor

relação custo-benefício, por ser visual, audível, interativa e em tempo real. Além

de alterar de forma significativa o relacionamento das organizações com clientes,

fornecedores e consumidores.

A década de 1990 foi marcada por economias desenvolvidas, com

surgimento de inúmeras fábricas de bens e prestadores de serviços, competição

acirrada, consumidores mais experientes, mudanças nas abordagens de massa e

mudanças muito rápidas no ambiente de negócios. Sendo assim, duas últimas

décadas foram introduzidas novas perspectivas ao estudo do marketing, ou seja,

alguns conceitos foram adaptados ou mudados e as práticas de marketing foram

de extrema importância a reestruturação da área. As mudanças são consideradas

como uma remodelagem fundamental do campo (WEBSTER, 1992), e se

direcionam para o marketing de relacionamento, cujo, conceito engloba marketing

relacional, parceria de trabalho, marketing simbiótico, alianças de co-marketing,

varejo relacional e marketing interno. Portanto, Marketing de relacionamento faz

parte de um paradigma de rede em desenvolvimento, que reconhece que a

competição global ocorre cada vez mais entre redes das organizações.

O resultado dessas dinâmicas globais em uma natureza paradoxal do

marketing de relacionamento: para ser um competidor efetivo em uma economia

global é necessário ser um cooperador confiável em alguma parte da rede. O

quanto competitiva uma indústria em particular possa ser, ela sempre se

fundamenta em interesses compartilhados e regras de conduta mutuamente

aceitas, e a competição ocorre não em uma selva, mas numa sociedade que ela

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presumivelmente tanto serve quanto depende. A vida de negócios, diferentemente

da vida na selva mitológica, é antes de tudo fundamentalmente cooperativa. É

apenas com os limites dos interesses mutuamente compartilhados que a

competição é possível, e bem ao contrário da metáfora "cada um por si", os

negócios quase sempre envolvem grandes grupos cooperativos e mutuamente

confiantes, não apenas corporações mas as redes de fornecedores, pessoal de

serviço, clientes e investidores (MORGAN; HUNT, citado por KOTLER, 1999, p.

20).

Importante ressaltar, que o marketing de relacionamento tenha sucesso é

fundamental a cooperação de todas as partes que tenha como objetivos se

manter no mercado e ser competitivo. Diante do que foi exposto, vários autores

propõe uma estrutura conceitual do marketing mais enriquecido e de acordo com

a economia, ciência política, e comportamento organizacional, além de apoiar-se

nas estruturas de análise legal, sociologia, antropologia, e psicologia social com o

intuito de para ampliar a compreensão dos processos de negociação,

coordenação e cooperação que definem relacionamentos de marketing. Como os

relacionamentos baseiam-se dentro de um contexto onde as transações são para

prazo mais longo, é necessário que se focalize os modelos nos próprios

relacionamentos e não só na trocas de mercado sujeitas ao paradigma

microeconômico. Diante desta perspectiva, Gangana, citado por Kotler (2000, p.

21), afirma que "marketing diz respeito a relacionamentos de troca voluntários e

mutuamente satisfatórios". Hunt, citado por Kotler:

(...) sumariza 15 anos de debate sobre o domínio

conceitual do marketing, concluiu que: A Ciência

de Marketing é a ciência comportamental que

procura explicar relacionamentos de troca.

(KOTLER, 2000, p 96)

.

Isso significa que os profissionais de marketing devem reconhecer que as

trocas com os clientes consistem na vida das organizações. A empresa deve

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compreender os seus clientes, saber o que eles pensam, o que sentem e como

compram e usam produtos e serviços (CHURCHILL; PETER, 2000, p. 10).

2.2 – Marketing transacional X marketing de relacionamento

O quadro mostra os pontos que diferenciam o marketing transacional do

marketing de relacionamento:

MARKETING TRANSACIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO

Sempre em busca de novos clientes Manter clientes atuais e conquistar novos

Orientação: curto prazo Orientação: longo prazo

Foco na venda Foco em relacionamentos duradouros

Compromisso limitado Alto nível de compromisso

Pouca ou quase nenhuma pesquisa Pesquisa contínua

Missão: lucro em vendas Missão: aumento do relacionamento e com isso da

lucratividade

Endomarketing: funcionários e fornecedores Endomarketing: colaboradores e parceiros

Baixo comprometimento com serviços Alto comprometimento com serviços

Quadro – Marketing transacional x marketing de relacionamento

Fonte: DICKSON, 2000, p. 28 .

2.3 – Estratégias do marketing de relacionamento

Para Shapiro (2002), o maior erro, que as organizações cometem é não

saber selecionar os clientes mais lucrativos e, principalmente, retê-los – "Não

desperdice energias tentando estabelecer um relacionamento que não será

duradouro e pelo qual não vão te recompensar por isso". Uma organização focar

os principais valores para o cliente, que são: conveniência, a disponibilidade,

funcionalidade do produto ou serviço e relacionamento, onde com certeza serão

apresentados motivos para que ele seja seu comprador, mas jamais se esqueça

de considerar em sua estratégia proposta que a maioria dos concorrentes possui

produtos e serviços similares e com qualidade igual.

Segundo Figueiredo (2003), a partir da análise da rentabilidade de

clientes, as organizações passam a ter uma série de oportunidades estratégicas:

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(...)Atender melhor os clientes existentes e que

são altamente rentáveis;

Conhecer o custo do serviço ao cliente e então

poder cobrar pelo nível de serviço proporcionado;

oferecer descontos, se necessário, nas operações

com clientes aos quais seria possível servir com

custos reduzidos;

Negociar relações ganha-ganha entre

fornecedores e compradores; tentar atrair os

clientes que proporcionam grandes lucros para os

concorrentes. (FIGUEIREDO, 2003,47)

As empresas centradas no cliente implementam o marketing de

relacionamento para poderem:

I. Entender as necessidades dos clientes;

II. Atender as necessidades dos clientes;

III. Garantir a satisfação dos clientes;

IV. Agregar valor aos clientes;

V. Gerenciar oportunidades de negócios;

VI. Visão única dos clientes.

Os níveis de relacionamento com clientes são divididos em cinco:

I. Básico: O vendedor vende o produto, não se preocupando com

qualquer tipo de retorno;

II. Reativo: O vendedor vende o produto e pede um retorno sobre

qualquer dúvida;

III. Responsável: O vendedor dá retorno para o cliente para saber como

está o produto vendido e pede sugestões do cliente;

IV. Pró-ativo: O vendedor contata o cliente para informar melhores usos

do produto;

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V. Parceria: A empresa trabalha continuamente com o cliente para

descobrir novas maneiras de economizar ou ajudá-la a usar melhor o produto.

Gangana, 2001, propõe uma classificação de formas de marketing de

relacionamento, categorizada com referência a uma firma focal e suas trocas

relacionais em parcerias com fornecedor, comprador, e lateral e interna:

Figura - As trocas relacionais no marketing de relacionamentos

Fonte: MORGAN; HUNT, 1994, 21. Citado por Gangana, 2001, p. 22.

Quadro – Explicação da figura

A parceria envolvida em trocas relacionais entre

fabricantes e seus fornecedores de bens, tal como

em aquisição "just-in-time" e "gerência da qualidade

total";

1. Trocas de longo prazo entre firmas e consumidores

finais, como particularmente recomendados na área de

marketing de serviços;

2. Trocas relacionais envolvendo prestadores de

serviços, como entre agências de propaganda ou de

pesquisa de mercado e seus respectivos clientes;

2. Trocas relacionais de parcerias de trabalho como em

canais de distribuição;

3. Alianças entratégicas entre firmas e seus

competidores, tal como em alianças de co-marketing;

3. Trocas envolvendo departamentos funcionais dentro

da empresa;

4. Alianças entre uma firma e organizações sem fins

lucrativos, com parcerias com propósitos públicos;

4. Trocas entre uma firma e seus funcionários, como no

marketing interno; e

5. Parcerias para pesquisa e desenvolvimento

conjunto, tal como entre firmas e governos locais,

estaduais e nacionais;

5. Trocas relacionais intra-firma envolvendo unidades

de negócio tais como subsidiárias, divisões ou unidades

estratégicas de negócios.

Fonte: Gangana, 2001, p. 21.

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2.4 – Conceito de marketing de relacionamento

Segundo Drucker (2000), o conceito de empresa voltada para o cliente é

uma invenção dele, e já tem mais ou menos 40 anos, mas agora virou moda. Uma

organização para sobreviver e crescer nos dias de hoje, deve estar ciente de que

a regra é ouvir o cliente afim de torná-lo um aliado e parceiro. Devendo seguir

os mandamentos que dizem que: o cliente é o rei, o cliente está em primeiro

lugar, o cliente tem sempre razão, e etc.

Ouvir o cliente tem dois significados. A primeira é escutar – identificar o

cliente e lhe dar ouvidos. A segunda, é agir após escutar. O autor ainda faz uma

distinção entre a organização voltada para o cliente e a organização focada no

cliente. Acredita também que muitas organizações dirigem seu foco para seus

clientes, enviando pesquisas, ouvindo suas opiniões, mas não estão agindo. Na

verdade deixam que as opiniões orientem na tomada de decisões de seus

negócios. Estar próximo do cliente é estar em vantagem competitiva, pois o

cliente pode tornar-se um parceiro podendo até mudar a própria cultura. Porém no

Brasil, uma enquête realizada pela HSM Promoções em 1993, verificou-se que o

empresário nacional não dá a devida importância ao cliente como deveria como

demonstra o Quadro abaixo:

CARGOS E FUNÇÕES

1% Executivos entrevistados Ocasionalmente dedicam seu tempo a ouvir clientes

2% Designers e o Staff de Pesquisa Raramente se dedicam ao consumidor final

9% Organização

Nunca usaram o banco de dados dos clientes para

detectar novas oportunidades de marketing

0% Organização

Analisam com freqüência seus clientes atuais para

buscar novas oportunidades

Fonte: Marketing e Negócios, n.15, outubro, 1993, p. 8.

As organizações que pertencem ao grupo dos 10% são aquelas

organizações consideradas "ilhas de excelência" no país. Portanto, ouvir os

clientes é um esforço que as organizações deve fazer para obter informações e

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oportunidades em seus negócios, ou seja, criar e manter um relacionamento

estreito com os clientes.

CAPÍTULO III

O COMPORTAMENTO DO CLIENTE E O PROCESSO DE

FIDELIZAÇÃO

A administração das Relações Humanas fundamentadas numa visão

psicodinâmica defende a compreensão do comportamento administrativo a partir

do conhecimento da natureza humana e às relações individuais na organização e

ao reconhecimento das motivações e os padrões de comportamento dos

funcionários dentro das organizações. As teorias que fundamentam os vários

tipos de abordagem tanto comportamentalistas quanto psicodinâmicas

influenciam até os dias atuais, as estratégias empresarial.

Os pressupostos fundamentam as abordagens das relações humanas

não apenas no que concerne ao comportamento do trabalhador, como também ao

comportamento do consumidor. As teorias explicam em parte, os processos que

servem de orientação para os programas de Recursos Humanos nas

organizações.

3.1 – A influência das pesquisas sobre Relações Humanas e o

comportamento do cliente no processo de consumo

Os estudos de administração de marketing e vendas utilizam pesquisas

sobre as causas e conseqüências do comportamento humano no consumo; no

comportamento de indivíduos e grupos; o estudo da liderança e da participação;

as políticas de recursos humanos e sua relação com o comprometimento, o

desempenho, a satisfação e a motivação no trabalho.

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Oyakawa (1994) explica as fortes influências dos estudos sobre as teorias

comportamentais tradicionais como importantes fontes de pesquisas que

envolvem o comportamento do consumidor nas organizações atuais.

Watson (1924) Apud Pilares (1989) realizou estudos sobre estratégias de

marketing envolvendo pesquisas sobre o gosto e necessidades de consumidores

americanos, que contribuem para a compreensão de certos tipos de

comportamentos que explicam o consumo. O resultado de seu estudo foi muito

importante, porque Watson (1924) Apud Pilares (1989) pesquisou sobre novas

técnicas e instrumentos que garantem o consumo, a procura de mercado e das

qualidades de formação de hábito de compra dos consumidores.

Nesse sentido, avaliou as formas de influenciar a mente do consumidor, e

as formas de enquadrar com sucesso as necessidades da sociedade. Portanto,

seus estudos envolvem aspectos das terias psicológicos e a compreensão de

técnicas comportamentais como uma forma de prover serviços diretos para o

controle social da sociedade emergente. Atualmente existem organizações que

utilizam as técnicas de Watson, para despertar o desejo de consumo.

No passado, a área mais ampla de conhecimentos e práticas de natureza

psicológicas sobre o comportamento do consumo se constitui basicamente de

pressupostos da denominada Psicologia Organizacional (ou Psicologia

Organizacional e Industrial) que incluía contribuições relativas à psicologia do

consumidor.

Com o passar do tempo, entretanto, os campos de investigação e

aplicação da Psicologia Organizacional expandiram-se tanto que já se pode

concebê-los como segmentos independentes, tanto como áreas de atuação

profissional do psicólogo, como disciplinas acadêmicas e campos de pesquisa.

Isto ocorreu no caso da Psicologia do Consumidor.

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Nota-se, nesse aspecto, que os paradigmas tradicionalistas utilizaram

modelos com ênfase à psicologia do condicionamento, como orientação

comportamentalista para compreender o consumo e atender as necessidades dos

clientes.

A contribuição de Pavlov (1904) Apud Giglio (2002), que privilegiou como

excepcional um modelo de “reflexo Condicionado”, um modelo behaviorista que

influenciou o ponto de partida para todas as outras teorias. Deu-se a

denominação de condicionamento, esta linha psicológica que propõe a “lei do

efeito e do desejo”.

Os comportamentalistas acreditaram que o comportamento do

consumidor pode ser alterado para atraí-lo para as necessidades de novos

mercados de bens e serviços para consumo.

Watson (1924) Apud Pilares afirmava:

(...)Para você ter o consumidor na mão é

somente necessário confrontá-lo com estímulos

fundamentais e emocionais. Para garantir a

reação apropriada de um consumidor,

aconselhava que se diga a ele algo que esteja

ligado ao medo, que provoque uma raiva, que

chame uma resposta de amor ou atinja o

psicológico ou as necessidades de hábito

(PILARES, 1989, p 309)

Os estudos conduziram à estruturação de comportamentos que poderiam

ser aplicadas ao ser humano. Os comportamentalistas acreditavam que a

personalidade é fruto do aprendizado contínuo e aplicado por meio de respostas

correlacionadas ao estímulo de adquirir prazer a partir do consumo.

Skinner (1971) Apud Giglio (2002) considera que o comportamento pode

ser determinado pelas condições sistemáticas do procedimento experimental, a

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partir do estudo da personalidade humana, modelada a partir do controle de

reforços positivos e negativos poderão conduzir a um comportamento desejado.

Este método analítico comportamentalista, dá demasiada ênfase ao efeito

do ambiente como estímulo para a exibição de reações comportamentais. Por

isso, as empresas consideram fundamental a arrumação e disposição de

produtos, além da criação de ambiente agradável que possa estimulá-lo a

consumir o produto.

Atualmente, esse fato já conduziu a uma crítica acirrada por parte dos

psicólogos que acreditam que o método comportamentalista, não se caracteriza

como ponto-chave para explicar o comportamento do consumidor.

Conforme o autor Pilares:

(...)os psicólogos afirmam que a fase da psicologia

comportamentalista não se aprofundou na

subjetividade humana, a ponto de descobrir que o

homem possui uma personalidade complexa e

que o condicionamento é um método insuficiente

para explicar o comportamento do consumidor.

(PILARES, 1989, p 56)

Nesse contexto, analisa-se que o consumidor não é uma máquina, cujo

comportamento pode ser mensurado apenas por fatores externos. Mas existem

também fatores internos como a emoção e as características de personalidades

que podem levar um determinado consumidor a comprar, por exemplo, peças

raras em lojas de antiguidades.

A Psicologia do Consumidor é uma área de atuação relativamente nova,

porém seu futuro é bastante promissor. Muitas universidades norte-americanas

vêm oferecendo programas de doutoramento em Psicologia do Consumidor,

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sendo o campo de contribuição desses profissionais amplo nas modernas

organizações.

Constata-se que várias são suas áreas de atuação, tais como pesquisas

sobre respostas de crianças ao apelo publicitário, influência da televisão em

crianças, estudos sobre mulheres que pararam de consumir, acompanhamento

em litígios judiciais na área de consumo, pesquisas sobre a influência de

determinados produtos em culturas diferentes etc. Todos esses estudos auxiliam

na compreensão da fidelização de clientes e permitem às organizações a

realização de estratégias para inserir novos produtos no mercado. Segundo

Costa:

(...)Na concepção de Costa “um dos fatores que

estariam colocando o Brasil em uma posição de

atraso nessa área da psicologia seria devido,

basicamente, à pouca flexibilidade dos currículos

e ao desconhecimento dos recentes avanços no

campo de atuação da psicologia, como a

Psicologia do Consumidor, ou mesmo a Psicologia

econômica, não obstante a importância destas nas

áreas de consumo, bem estar e qualidade de

vida.(COSTA, 2000, p 33)

Entende-se que o empresariado brasileiro necessita de desenvolver

pesquisas e estudos sobre o perfil de consumo da população, a partir de

fundamentações teóricas que tragam contribuições ligadas a motivações de

consumidores, especialmente aqueles que compram por que se sensibilizam com

a moda e a perspectiva de uma marca bem produzida no mercado de consumo.

Nesse sentido, não se pode deixar de constatar que os fundamentos que

deram origem às modernas teorias, encontram-se ausente nas literaturas

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recentes, esse fato prejudica a compreensão da importância das pesquisas

anteriores sobre o conhecimento psicológico do consumo em clientes.

Segundo Giglio:

(...)Alguns dos pressupostos da linha tradicional

influenciam estudos de psicologia do consumidor,

que se situam no passado mais distante da

psicologia. Algumas vertentes que se guiam pelo

racionalismo ou intelecto, decorre de práticas

sobre o consumo baseadas na razão. È o exemplo

do consumidor que só consome, a partir da

comparação de lucros e perdas, nos processos de

aprendizagem e generalização.

(Giglio,Ernesto,2002, p 77)

De acordo com Giglio:

(...)Os consumidores que compram produtos

levado pelo caráter emocional tem como base os

pressupostos freudianos de conscientes e

inconscientes e se baseiam em práticas baseadas

na estimulação do consumidor(GIGLIO, 2002, p

33)

Nesse processo, os empresários para atender aos desejos desse tipo de

cliente devem oferecer um produto especial e personalizado que tenha fetiche e

erotização no produto ou por outras formas de motivação. As teorias de

motivação tem sua abordagem nos pressupostos neo-freudianos, sobretudo nas

teorias de origem psicodinâmicas fundamentadas no comportamento emocional e

afetivo do consumidor.

A abordagem psicodinâmica voltada para a questão do consumo no

enfoque neo-freudiano, fundamenta a conjuntura dos mecanismos inconscientes

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como originadores dos desejos. Assim, o consumo de produtos adquiridos pela

clientela teria a influência do inconsciente. A razão e a consciência têm

importância secundária, já que as paixões são movidas pelos planos

inconscientes que geram o princípio do prazer.

Na teoria psicológica que explica o consumo com base em teoria social,

apontam que o consumidor deve ser considerado como um indivíduo que sofre

pressão social, como a moda, as condições econômicas e outras situações

impostas de foram externa. A análise dos pressupostos com base no aspecto

social tem influência na sociologia que analisa o consumo como um processo

profundamente coletivo e, portanto, influenciado por fatores externos como a

propaganda, o marketing e marca.

Os pressupostos da escola gestaltista, ainda são utilizados por

profissionais de publicidade e marketing, para, através da organização,

categorização e inferências, traçarem suas estratégias de marketing, tais como

decisões de produto, localização, preço e propaganda.

Atualmente, algumas tendências e teorias psicológicas que prevaleceram

no século XIX, se mostraram ainda eficientes na compreensão de aspectos

humanos relacionados a situações motivacionais relativas ao consumo. Por isso,

são importantes como complemento do conhecimento, já que se constituem nas

primeiras abordagens teóricas sobre comportamento humano voltadas para

estratégias de mercado.

3.2 – As diversas abordagens teóricas atuais relativas ao

comportamento do consumidor

Pilares considera que:

(...)Psicologia Social é atualmente um instrumento

de análise aplicada à representatividade social, em

se tratando de pesquisas e estudos na área da

Psicologia do Consumidor.(PILARES, 1989, p 21)

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As bases das Teorias Sociais têm forte influência da sociologia, como

método de compreensão da representação social e o comportamento dos grupos,

visualizando simultaneamente, aspectos coletivos e individuais. A análise do

comportamento do consumidor está baseada na nação de cultura e nos

condicionamentos que influenciam os valores e orientamos pensamentos das

pessoas.

A visão mais restrita de grupos sociais, explica o consumismo advindo da

formação expressa pelo grupo, a pessoa que ser identificada como alguém da

“tribo”, por isso é influenciado pelo meio social em que vive.

Nesse contexto, há dois tipos de consumidores: os que preferem produtos

que os diferenciem das outras pessoas, como uma forma de buscar identidade e

autenticidade; mas há os que preferem comprar exatamente aqueles produtos

que os grupos sociais estão consumidos nas ondas de modismos passageiros.

Ao se analisar o consumo como uma ação social, um dos aspectos mais

complexos é a separação entre o sujeito e o grupo social em que está inserido,

contudo, as pesquisas avançaram na avaliação dos fatores psicológicos,

psicanalíticos e motivacionais que perpassam o comportamento do consumidor

de forma bastante subjetiva, já que existem diversas necessidades e hábitos de

consumo que envolve as motivações internas e externas.

As teorias de tipologias orientam-se nas ciências físico-químicas para

mensurar os recursos mercadológicos de classificação de generalização, dos

fenômenos relativos ás categorias de consumo com base em tipologias.

A segmentação de mercado é um exemplo atual de estratégia marketing

que se orienta pela teoria da tipologia. O método consiste em dividir as pessoas

em características consumo na buscas de categorizar consumo na busca de

categorizar, e classificar os gastos, desejos, interesse e comportamentos típicos

de uma amostragem ou alvo, na busca de prever e tipo de produto e consumidor

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por área geográfica, variáveis demográficas, traços de personalidade e tipologias

com focos motivacionais.

Kotler (1992) considera que atualmente, os estudos relacionados com o

comportamento do indivíduo enquanto consumidor de produtos industrializados

parece estar concentrado em uma das áreas da Psicologia que mais vem se

expandindo nas últimas décadas, a denominada “Psicologia do Consumidor”.

Atualmente os estudos e pesquisas estão fortemente concentrados nos

processos de escolha/decisão do consumidor, levantamentos de opiniões dos

consumidores, avaliação de atitudes e motivação, segmentação psicológica de

mercado, teste de produtos, avaliação da eficiência da publicidade, análise do

comportamento do consumidor em situações naturais de consumo.

Na vida prática, há diversas motivações que influem um consumidor a

adquirir um produto: os apelos da mídia e a construção da propaganda

representam um verdadeiro fetiche ao consumidor que passam a desejar o

produto.

Nesse contexto, Cosenza (2000) reflete em sua obra que “a questão de

certos sentimentos depressivos levam as pessoas a consumir compulsivamente,

o que efetivamente envolve processos psicológicos internos como carência

afetiva e frustração”.

Conforme o autor, os consumidores compulsivos compram e não se

satisfazem com a aquisição do produto. Portanto, o consumo está também

enraizado nos sentimentos, valores, idéias, modismos e na personalidade de

cada indivíduo.

Existe na Psicologia do Consumidor, várias vertentes teóricas que

explicam o comportamento do cliente fidelizado, a partir de pressupostos que se

diferenciam em suas abordagens e na forma como as organizações descobrem

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as estratégias de perceber como atender as necessidades diversificadas de

grupos que se assemelham.

O processo de compreender o que produz o desejo de consumo traz a

partir da psicologia uma maior complexidade na busca de uma abordagem

coerente e relacional que possa permitir às empresas o enquadramento de seus

clientes em um dado perfil psicológico. Esse trabalho certamente depende de um

intenso campo de pesquisas.

Segundo Giglio (2002: p. 64) o grande mérito das abordagens

motivacionais é a valorização dos aspectos individuais como a personalidade, a

aceitação do fluxo inconstante que envolve a consciência humana e dos

mecanismos do inconsciente como estruturas dinâmicas e significativas no

comportamento do consumidor.

A problemática relacionada às Teorias Motivacionais se centram na

complexidade da criação de instrumentos de avaliação para atingir os desejos e

necessidades da clientela.

As abordagens das diversas teorias sobre o comportamento do

consumidor trazem à tona, debates e estudos sobre alguns dos principais

processos mentais (percepção, memória, pensamento, motivação e emoção).

Nesse aspecto, a complexidade se atém às formas de identificar os recursos para

o desenvolvimento da criatividade e os processos conscientes e inconscientes

relacionados ao consumo.

Conforme Pilares:

(...)Somente o conhecimento do perfil das teorias

da personalidade permitem conhecer um

consumidor e a influência que um produto poderá

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exercer sobre ele, na tomada de decisão na hora

da compra.(PILARES, 1989, p 33)

A teoria racional é uma das mais simples e metódicas que esse

fundamenta no comportamento do consumidor voltado para os parâmetros da

lógica e controle do consumo. O que se denomina como um tipo de consumidor

que só consome o necessário e estritamente relacionado à sua necessidade.

Giglio afirma que:

(...)sob o critério de racionalização do consumo, o

consumidor não se deixa envolver pelas emoções

ou aparências do produto, consome apenas o

necessário e tem como processo de decisão nas

compras o preço, a disponibilidade, a qualidade e

durabilidade do produto para adquiri-lo, levando

em consideração a renda familiar e certas

categorias de produtos não-supérfluos.(GIGLIO,

2002, p 20-21)

Assim, entende-se que essa tipologia de consumidor pode ser levado a

consumir dessa forma pela poder aquisitivo. No entanto, geralmente utilizam à

lista de compras que pode sofrer alterações de acordo com as mudanças de

poder aquisitivo. O que se compreende que o consumidor tende a avaliar e decidir

metodicamente na hora de adquirir produtos e serviços e raramente se deixa levar

pelo marketing do produto, preferindo a análise custo-benefício.

O comportamento de compras de algumas empresas e organizações

tende a se fundamentar em princípios racionais e por isso, muitas empresas

preferem ter preços baixos, a produtos caros que dimensionem projeções em

modismos. Este modelo é comum nos meios empresariais em que a visão de

atendimento da clientela está pautada em produtos estritamente necessários, cujo

objeto de decisão de compra se centra no preço acessível, à melhor qualidade e

melhores condições de compra.

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Ao analisar o modelo teórico racionalista como meio de compreender o

consumo, verifica-se que há falhas, que podem provocar problemas sob o ponto

de vista do consumidor, pois as empresas que utilizam métodos racionais deixam

de considerar as variáveis tipológicas do comportamento da clientela.

Muitos autores como Oyakawa (1998); Costa (2000) e Giglio (2002)

refletem que a satisfação da compra está ligada a certas sensações de satisfação

que o consumidor imagina estar levando à satisfação da necessidade. Por isso, o

marketing é atualmente uma ferramenta indispensável nas organizações. Por que

seus recursos são baseados na promoção de estímulos visuais que envolvem o

estabelecimento de pontos de desejos que levam ao consumo. Os consumidores

podem adquirir serviços ou produtos em níveis de consciência estabelecidos na

sua relação cotidiana, orientadas pelas idéias, objetos e pessoas.

As teorias fundamentadas em métodos comportamentalistas se orientam

na Psicologia Comportamental, com base nas ciências biológicas e outras áreas

do conhecimento fisiológico. As abordagens comportamentalistas ou

behavioristas se direcionam por conceitos observáveis e comprobatórios. O

método empírico utilizado se constitui no método de condicionamento e o

estímulo segmentados na produção do comportamento desejado.

Na visão de Cobra (1993: p. 85), a teoria comportamentalista analisada

sob o ponto de vista do consumo tende a explorar os sentidos: a percepção e a

seleção de estímulos. O estímulo reforçador é uma marca constante nas

estratégias empresariais para aumentar a freqüência de consumo com base no

oferecimento de sorteios, promoções, prêmios, brindes, etc.

As relações do behaviorismo foram inseridas nas estratégias de

marketing, como as propagandas e vantagens especiais oferecidas à clientela.

Atualmente, o comportamento do consumidor pode ser modelado com base na

estratégia de recompensas quanto ao preço nos procedimentos promocionais.

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Constata-se que o caráter reducionista do behaviorismo é pautado no

embasamento lógico, mas tem se mostrado eficiente em muitas organizações que

direcionam suas estratégias para prêmios, brindes e promoções. A teoria

comportamental busca a aplicação de condicionamentos na formação de hábitos

de consumo, com o intuito de fidelizar a clientela.

O comportamento do consumidor é também explicado com base nos

pressupostos teóricos fundamentados nas teorias junguianas de tipologias que se

orientam pela Teoria do Traço, ou uma característica particular da personalidade

do indivíduo que constituem aspectos motivacionais e temperamentais.

Os traços observados no consumidor, a partir de pesquisas gerais de

marketing, estão correlacionados aos traços individuais e hábitos de consumo

com base em aspectos como: estilo de vida, ciclo de vida do produto, modos,

compras, etc. As pesquisas empresariais que se utilizam de métodos de tipologia,

categorizam os clientes em quatro tipos de consumidores: os inovadores, os

adotantes, o seguidor, o acomodado ou comprador tardio.

Estas classificações com relação ao consumidor favorecem o suporte

necessário para a elaboração de planos de marketing em determinadas regiões

geográficas do mercado. A segmentação de mercado é uma estratégia das mais

importantes no planejamento de ações mercadológicas, a partir da concentração,

consciente e planejada, de uma empresa em parcelas específicas de seu

mercado. A empresa opta voluntariamente por concentrar todos os esforços de

marketing em determinado segmentos de mercados, possivelmente abandonando

outros, mesmo que constituam potencial.

Dessa forma, a função da segmentação de mercado é agrupar indivíduos,

cujas ações esperadas aos esforços de marketing sejam semelhantes, ao longo

de determinado período. Objetiva, ainda, a determinação de diferenças

significativas entre grupos de compradores, separando-os, de forma a possibilitar

à empresa a seleção daqueles, nos quais pareça mais conveniente concentrar

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esforços. Com isso, aumenta a competitividade da empresa em relação aos

concorrentes.

Essa prática tem como principal objetivo, descobrir as diferenças

realmente importantes entre os consumidores, e reuni-los em grupos

relativamente homogêneos quanto a certas características objetivas e subjetivas.

A partir daí, o administrador pode posicionar seus produtos e dedicar seus

esforços de marketing, visando à escolha e ao atendimento daqueles segmentos

mais lucrativos, determinando assim a estratégia que, convenientemente

conduzida, iniba a reação da concorrência e gere lucros satisfatórios para a

empresa.

Devem-se levar em consideração que os princípios de tipologia se

baseiam métodos complexos e arriscados em relação à previsão de vendas pelas

empresas.

A corrente filosófica fenomenológica serve de fundamento para as Teorias

Existenciais sobre o comportamento do consumidor. O princípio básico está

direcionado para a satisfação da clientela, sem misturas, nem exclusividades.

As bases teóricas se orientam nos conceitos gestálticos e

fenomenológicos de Husserl, (1965); Merleau Ponty (1971); Sartre e Morin (1991)

Apud Giglio (2002), Conforme, a teoria existencial, a aplicação do Marketing não

deve ser segmentada, mas global em relação aos nichos de mercado.

Os estudos de Dowbor (2000) comprovam que o consumidor visualiza

quatro importantes relacionais: a transcendência, o corpo, o espaço, o tempo e o

outro. Estes aspectos influenciam o comportamento dos indivíduos, e pode ser

interpretado como aspectos simbólicos que constituem uma das faces da

explicação das escolhas dos produtos pela clientela.

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O grau de relacionamento da empresa com seus clientes é a razão do

sucesso das empresas, independente do ramo em que esteja atuando. “O melhor

investimento que uma empresa pode realizar é criar boa vontade” (Cobra: 1993:

9) Esta boa vontade com os clientes é suma importância para o sucesso de

qualquer organização.

Neste contexto é necessário pesquisar o consumidor/cliente para saber o

que eles valorizam como qualidade de atendimento, pois o que é qualidade para

um cliente poderá não ser para outro.

A relevância das pesquisas sobre o comportamento do consumidor, na

visão de Demo (1995) Apud Giglio (2002, p. 20), contribui para “a criação de

explicações e relações do mercado e do consumidor que podem constituir

mudanças efetivas no cenário econômico”.

3.3 – As tendências gerais na linha de pesquisa sobre o

comportamento do consumidor e fidelização no Brasil

Nos últimos anos, poucos são os indicadores de pesquisas brasileiras

sobre o comportamento do consumidor, no entanto, pesquisas de marketing

realizadas por autores como Berlo (1998), Costa (2000) e Cobra (1997)

demonstram que o conjunto de pesquisa realizada pelas empresas de comércio

se fixa na predominância de relações entre variáveis como: Preço X qualidade;

atendimento X inovação de produtos, etc.

Costa (2000) considera que esse estilo de pesquisa não atende todas as

especificidades da clientela, mas é mais fácil de realizar, por que não se detém

em análises profundas do perfil do consumidor.

Berlo (1998, p. 67) após realizar pesquisas com administradores de

marketing e propaganda em setores de empresas de comércio, considerou que

eles defendem que a tarefa da organização é satisfazer os desejos dos

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mercados-alvo de uma maneira que preserve ou até mesmo aumente o bem-estar

do consumidor e da sociedade. No entanto, não conhecem devidamente as

formas teóricas e práticas de elaborar pesquisas com foco no comportamento do

consumidor, mas apenas consideram as “variáveis”, conforme expressa os

estudos de Costa (2000).

Berlo (2000) aponta que os administradores se preocupam em criar

métodos de fidelizar o cliente se comprometendo em proporcionar um bom

atendimento, buscando a contratação de vendedores qualificados que tenham

principalmente capacidade de comunicação, paciência e o bom tratamento do

cliente.

Os estudos demonstram, assim, a importância do bom vendedor e sua

especialização para lidar com a clientela. Os vendedores e balconistas

representam o elo da cadeia de comercialização mais próximo do comprador final,

por isso, a importância da contratação de um profissional competente.

Costa (2000) afirma que os administradores têm muita preocupação com

o bom atendimento, especialmente com as reclamações dos clientes, e na

resolução de problemas. Nesse aspecto, buscam neutralizar as possíveis

referências negativas dos clientes descontentes, favorecendo a repetição dos

negócios com aqueles clientes, gerando referências positivas sobre o modo como

os problemas são resolvidos. Se as queixas são bem resolvidas, a fidelização do

cliente aumenta de maneira surpreendente, como demonstram várias evidências

empíricas.

Costa (2000) acentua também a preocupação com a diversidade de

produtos para valorizar a fidelização do cliente, a partir de mecanismos de atração

para a clientela e a diversificação de produtos é um dos focos mais importantes.

Mas também a diversificação de produtos para atender ao cliente não deve ser

aleatória, fato que exige mais conhecimento dos gostos do cliente.

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Os estudos de Cosenza (2000) sobre os processos de fidelização em

empresas do ramo de varejo, demonstraram que o método de fidelização é o

preço baixo e as estratégias de repassar vantagens diretas nos preços,

diminuindo desperdícios, comprando à vista para receber descontos e repassar

aos preços ao consumidor. Esta técnica permite conquistar e manter o cliente que

busca preços baratos. Mas não atende a todas as perspectivas da clientela.

Nesse contexto, analisa-se que oferecer preços baixos exigem custos

logísticos. Em longo prazo, esta opção pode revelar-se decisiva na fidelização dos

clientes. Atualmente muitas empresas investem em sistema de treinamento de

vendedores como uma das estratégias de melhorar a atendimento ao cliente. È

importante que os recursos humanos sejam treinados e capacitados, em todos os

níveis, não só para melhorar a qualidade do atendimento, mas também para usar

adequadamente as informações que transformam possibilidades de negócios em

lucros.

A estratégia de relacionamento com o cliente, pode ser definida a partir de

seus gostos e necessidades nas políticas de comercialização, a partir do

marketing direto realizado pela empresa. Esta é uma das propostas de Costa

(2000) para as empresas de médio porte, para evitar custos elevados.

Apesar da pesquisa de mercado ser uma grande estratégia de mercado,

poucas empresas médias e pequenas realizam-na. E por isso, na visão de

Cosenza (2000) “perdem vantagem competitiva, por não valorizar uma ferramenta

tão importante, um dos instrumentos de técnica de mercado mais valiosos”.

Giglio (2002: p. 39), aponta em sua pesquisa sobre fidelização de clientes

em empresas de sucesso e classificou as seguintes definições de ação que os

administradores e gestores devem considerar:

ü Diferentes pessoas da empresa podem ter idéias diferentes em

relação às coisas que os clientes valorizam. Por isso os pesquisadores de técnica

de mercado da empresa devem perguntar aos próprios clientes quais são as

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características e o desempenho que pretendem obter quando escolhem um

produto ou um vendedor;

ü Determinar a importância dos diferentes atributos. Neste caso, se

pede aos clientes para que qualifiquem ou classifiquem a importância que têm

diversos fatores. Se as qualificações dos clientes variam muito, eles devem ser

agrupados em diferentes segmentos de clientes;

ü Determinar a atuação da empresa e da concorrência em relação a

diferentes valores (qualidades) para os clientes, que qualifiquem com as

qualificações da importância dos valores. Na continuação se pede aos clientes

que qualifiquem a atuação de cada concorrente em relação a cada atributo de

qualificação;

ü Estudar a forma pela qual os clientes de um segmento específico

qualificam a atuação da empresa, comparando-a com uma concorrente

importante específica, atributo por atributo. A chave para ter vantagem

competitiva é tomar cada segmento de cliente e estudar como fica a oferta da

empresa em comparação com a de seu principal concorrente. Se a oferta da

empresa estiver em melhor situação que a do concorrente em todos os atributos

importantes, a empresa poderá cobrar um preço mais alto e obter mais utilidades,

ou poderá cobrar o mesmo preço e ganhar maior participação no mercado;

ü Vigiar as mudanças dos valores dos clientes através do tempo.

Embora os valores dos clientes sejam bastante estáveis em curto prazo, é

provável que mudem conforme o surgimento de tecnologias e características da

concorrência e conforme os clientes viverem em diferentes climas econômicos.

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CAPÍTULO IV

ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS QUE GARANTEM O

DIFERENCIAL NO ATENDIMENTO AO CLIENTE

O estudo realizado acerca do comportamento do consumidor e da

fidelização do cliente, permite o conhecimento dos instrumentos e ferramentas

estratégicos para utilizar no foco com o cliente. Portanto, conforme Oyakawa

(1998); Pilares (1989); Giglio (2002); Dowbor (2000) consideram que os principais

instrumentos de fidelização de clientes, se constituem no marketing de

relacionamento, políticas de preços e promoções; planejamento estratégico;

segmentação de mercado; serviços de atendimento; qualidade de departamental

e treinamento de pessoal e pesquisa de campo para conhecimento do

comportamento do consumidor.

As empresas na atualidade utilizam os aspectos da tipologia do

consumidor para buscar as necessidades individuais dos clientes e em sua

satisfação. Ao analisar criticamente esses métodos, analisa-se que diferenciar

clientes é sempre um processo complicado, em qualquer empresa. Desta forma,

os estudos demonstraram que a pesquisa é o instrumento ideal para que o

empreendedor possa identificar a forma exata de agradar um cliente exigente.

4.1 – Os principais instrumentos e ações de fidelização

4.1.1 – Estratégias de análise da tipologia dos consumidores

O método de tipologia do consumidor, como forma de classificar por

diferenciação as motivações que levam ao consumo, seja freqüentemente

criticado e considerado um método de base tradicional que mescla aspectos

comportamentais e psicodinâmicos, deve-se considerar que esta técnica permite

uma equação simplificada, principalmente se for delimitada a uma área geográfica

específica.

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Obviamente os números e as formas de montar um modelo de

diferenciação de clientes em cada empresa vão variar, assim como os critérios de

corte e sua análise individual, mas é importante ficar claro que essa atividade é

necessária e viável para garantir um incremento nos resultados e na rentabilidade

da empresa, otimizando os recursos e investimentos.

Os métodos e instrumentos utilizados nessa estratégia envolvem a

pesquisa de mercado, geralmente em determinada área geográfica antes da

implantação de um negócio. Esse tipo de pesquisa é mais complexo e envolve

necessariamente o conhecimento das teorias de Psicologia do Consumidor, para

que através do conhecimento dos estilos se possa desenvolver os recursos

necessários à sua implantação.

Esta tendência "holística" complementa a abordagem tradicional de

categoria de produto. Esta idéia tem em vista as mudanças na sociedade, onde

não basta saber como o consumidor reage a um produto específico apenas, e sim

como ele se insere na cultura de determinada sociedade. "Não se trata apenas de

construir uma tipologia do consumidor, e sim entender como o indivíduo se

mobiliza em geral e assim prever o mercado de determinado produto", explica a

antropóloga.

O enfoque na Pesquisa de Campo deve envolver uma vasta gama de

conhecimentos da personalidade do cliente como: gostos, características,

tendências e outras questões importantes que permitam enquadrar o cliente em

um perfil. Nesse contexto, Giglio (2000) explica que a pesquisa exige variadas

técnicas e metodologias quantitativas e qualitativas.

As teorias que permitem identificar o perfil do consumidor buscam

conhecimentos científicos cada vez mais avançados, buscando analisar as

causas que levam determinados consumidores a serem fidelizados pelas

empresas.

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Conforme Demo (1995) Apud Giglio (2002, p. 20), todas as tentativas de

conhecer o perfil do consumidor conduzem à criação de explicações e relações

entre os fatos, de maneira coerente, na busca de significado na propriedade

lógica das relações do consumidor ai se dirigir à compra de um produto, seja pelo

produto ou pelo ambiente de atendimento.

Conforme Giglio (2002, p. 29) considera que é indispensável “conhecer

um pouco de conhecimento científico para prever verdadeiramente que tipo de

relação leva o consumidor a buscar o produto ou o ambiente empresarial”. As

explicações teóricas buscadas pelos empreendedores nas análises teóricas sobre

o comportamento e perfil do consumidor podem ajudar nas decisões sobre

marketing e outras formas estratégicas para garantir a competitividade

empresarial.

Deve-se conhecer o perfil do consumidor pelas causas, sejam elas

diversificadas e complexas que possam proporcionar o conhecimento mais

individualizado do consumidor, a partir de seus gostos e necessidades em relação

à qualidade do atendimento e dos produtos colocados à sua disposição.

Costa (2000) aponta uma técnica relativamente simples: o

enquadramento de clientes no perfil endêmico, ou seja, nas atitudes mais comuns

percebidas dentro de efeito que permita definir um quadro de análise do

comportamento do cliente.

O autor cita como exemplo, os clientes que deixam para comprar sempre

na última hora, os que gostam de produtos inovadores, os que compram produtos

pelo preço, os clientes que visam atendimento rápido e desburocratizado, etc.

A pesquisa e a observação dos dados permitem com o tempo identificar o

comportamento mais plausível ao estilo do consumidor, favorecendo uma política

de compras de produtos que possam se identificar ao seu perfil específico. Assim,

os produtos de varejo, como roupas e sapatos são mais fáceis de identificar os

gostos de preferências dos clientes.

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4.1.2 – A importância da informação

A informação é outro foco fundamental, para armazenar e manejar

informações importantes sobre os clientes individuais. Para Peters (1989) Apud

Kotler (1992 p. 211) “a informação conduz a ferramentas analíticas capazes de

oferecer as condições concretas para o mapeamento do ambiente competitivo;

avaliar novos paradigmas de mudanças; analisar os riscos de erros nas

estratégias de marketing, e favorece a metodologia de monitoramento de

ambientes de negócios”.

A informação é importante portanto como um dos aspectos de averiguar à

diferenciação de clientes que se constitui na produção personalizada que

permitem equalizar as suas ofertas a pequenos clientes e não somente aos

grandes e pode ser periodicamente revista de maneira objetiva e simples. Desta

forma, permite ao empreendedor observar as variáveis que são de fato

importantes para o negócio.

Segundo Gomes:

(...)a informação é fundamental, já que permite

uma visão geral do mercado para que as decisões

se antecipem sobre as tendências dos mercados e

a evolução da concorrência.(GOMES, 2000, p 37)

Fundamental consiste nos empreendedores detectem e avaliem as

ameaças e oportunidades que se apresentam no seu ambiente para que possa

definir as estratégias de desenvolvimento da empresa.

Os bancos de dados deverão contemplar, ainda, registros do histórico de

cada cliente sobre as coisas que ele comprou, quando, como pagou etc. O

primeiro passo é tentar identificar padrões nas compras, formas de pagamento,

datas das compras, volume, tipo de entrega (cliente retira ou solicita o transporte),

local da entrega, entre outros fatores.

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As pesquisas sobre o comportamento do consumidor e das formas de

atuação na relação cliente/empresa permitem aos gerentes as informações para o

estabelecimento de instrumentos de fidelização. Deste modo é importante o

conhecimento dos instrumentos estratégicos de comunicação para estabelecer

um contato direto com o cliente.

Um dos aspectos que devem ser observados concerne à questão da

concorrência local e da definição das compras pelos empresários é a

possibilidade de investir em um estudo sobre os gostos e necessidades da

clientela que utiliza os produtos e serviços daquela área geográfica e do ramo de

atividade pretendida. Então, Gomes questiona:

(...) as informações de relacionamento precisam

ser compiladas ou recuperadas no momento que o

contato entre a empresa e o cliente está

ocorrendo para que se possa conhecer e

reconhecer o cliente e desta forma direcionar

produtos, serviços e ofertas completamente

ajustadas a ele, que assim estará disposto a

estabelecer a preferência pela marca, repetir a

compra e inclusive pagar mais para obter o valor

agregado que lhe é oferecido.(GOMES, 2000, p

33)

A informação permite a diferenciação, seja voltada para o produto que

venha a oferecer qualidade, durabilidade e bons preços ou centrada na relação de

atendimento do cliente, ou simplesmente mesclar as duas categorias de

qualificação, alem da rotatividade dos produtos. Contudo, deve-se considerar que

nem sempre tais técnicas são suficientes para a fidelização de consumidores.

A informação e a comunicação passaram a ser valorizadas no meio

empresarial. Disseminando as informações, agregando valor aos indivíduos que

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conseguem transformar essas informações para explorar os conhecimentos, já

que há necessidade de uma grande habilidade de relacionamento interpessoal,

em aspectos como linguagem, comportamento e habilidade para negociação que

exigem criatividade para selecionar, analisar, sintetizar, discernir, aprender e

manipular informações, para atender bem o consumidor.

4.1.3 – Planejamento estratégico setorizado

Os empresários já perceberam que uma empresa requer ações

planejadas e uma visão sistêmica ou estrutural que possam determinar meios de

apreender o perfil do consumidor, suas características de consumo, o estilo do

produto e as formas de melhor abordar e oferecer os produtos.

Nesse contexto, amplia-se a presença do planejamento estratégico nas

empresas e nos governos, que passaram a buscar mais eficiência. Assim,

planejar significava conhecer, prever, alocar e gerir recursos, controlando não só

os instrumentos, mas a organização como um todo. De acordo com Tubino:

(...) O Planejamento Estratégico se efetiva ao

encontrar equipes eficientes e eficazes, uma

estrutura organizacional bem delineada e aceita, e

um sistema de informações gerenciais adequado,

permitindo ao corpo administrativo estabelecer o

rumo a ser seguido pela organização, com vistas a

obter um nível de otimização no cumprimento de

sua missão. (TUBINO, 1997, p 37)

Conforme Tubino, o planejamento estratégico busca maximizar os

resultados esperados, a partir do uso de estratégias específicas para implementar

as mudanças em determinadores setores da empresa ou em sua totalidade.

(...) considera que o Planejamento Estratégico

Empresarial deve ser utilizado como uma

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abordagem de intervenção na organização,

fundamentada em um processo participativo para

orientar e conduzir a escolha das ações nos níveis

microeconômico e operacional(RORIZ, 1999, p

87)

Importante analisar o Planejamento Estratégico na estrutura

organizacional da empresa como instrumento para orientar as reformas

estruturais nas orientações reformistas e nas ações que envolvem as

intervenções nos processos organizacionais.

A eficácia de estratégias organizacionais internas nas relações da

empresa, a iniciativa de implementar o estímulo à capacidade de organização,

demonstrar liberdade e criatividade nas políticas de recursos humanos são formas

de motivar a produtividade e fidelizar o consumidor.

O ponto mais relevante no planejamento estratégico se direciona na

identificação do perfil do consumidor, suas preferências e estilos de produtos

alvos de mercado. Uma das soluções, que se apresenta como ponto de apoio e

que subsidiará a tomada de decisão do administrador é, sem dúvida, o processo

de avaliação do mercado, a partir da pesquisa de marketing, no sentido de

relacionar os desejos e necessidades do consumidor.

A avaliação do mercado pela empresa é considera da um fator

importante, no que concerne à percepção do consumidor, à demanda do mercado

com o máximo de diversificação de produtos e melhoria do ambiente empresarial

para proporcionar satisfação no cliente. Para Giglio

(...)As organizações utilizaram vários tipos de

estratégias para estimular a competitividade,

desde o foco voltado para o produto, o marketing,

mudanças gerenciais, e outros métodos, mas a

eficiência operacional, característica dos anos 90

não foi suficiente para manter o empresariado

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garantido em relação ao mercado. Em um mundo

globalizado, todos os concorrentes investiram em

eficiência operacional, tornando-se um

denominador comum.(GIGLIO, 2002, p 47)

As estratégias permitem adaptar as condições da empresa aos objetivos

esperados, influenciando uma nova cultura empresarial, nos setores diversos,

seja em relação à demanda de produtos, ao nível de satisfação dos consumidores

ou no processo produtivo. Assim, a fidelização se torna possível, quando há um

conhecimento básico do comportamento do cliente, tendo por base de uma

pesquisa de mercado acerca do perfil do consumidor.

Conforme Belasco (1992) há uma necessidade muito grande de

administradores e colaboradores para saber lidar com a inovação, em todos os

aspectos, sabendo identificar oportunidades e traçar linhas de ação, com

agilidade, para aproveitamento da situação de vendas com o consumidor.

É fundamental a preparação para interagir com o consumidor de forma a

adquirir mais e melhores sobre os fatores de estimulo e motivação para comprar

os produtos, através de seus valores e hábitos.

Nardy (1999) para que o estímulo às mudanças qualitativas possa

ocorrer, o administrador precisa conhecer seu ambiente de trabalho, seu mercado

e seus clientes criando comportamentos alternativos para gerenciar

transformações. Essa visão das transformações e movimentos no meio ambiente

é que poderá nortear as decisões estratégicas na empresa, e a habilidade para

lidar com inovações.

O planejamento estratégico deverá abranger posturas comportamentais

que compreendam a eliminação de desatenção com as pessoas, mau

desempenho em grupo, falhas na imagem e comunicação, insensibilidade à

reação dos outros, dificuldade com autoridade, visão estreita ou ampla demais,

indiferença às necessidades da e trabalho em isolamento.

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É preciso transforma-se numa pessoa melhor, saber quando seu ponto

forte deixa de ser um motor de arranque e passa a ser um fardo pesado para

carregar, e só se conseguirá isso através da busca de novos conhecimentos,

baseando-se na melhoria de seu comportamento para melhor se adaptar ao novo

ambiente inovador.

A qualidade departamental é uma estratégia ligada ao planejamento

estratégico setorizado que estimula mudanças específicas em setores que

necessitam de atendimento qualificado como o de atendimento aos clientes.

QUADRO Nº 01 – Ações do Planejamento Estratégico

AÇÕES DE UM PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DIRECIONADO AO CONSUMIDOR

► Criar conjuntos que não são pacotes completos e acabados, pelo contrário, são analisados e criticados para verificar possíveis faltas;

► Criar explicações que tenham alguma originalidade baseada em pesquisa criativa e não apenas repetitiva; ►Seguir as normas internacionais de pesquisa, para possibilitar debates sobre qualidade de produtos e

marcas; ►Ter como ideal a objetivação, ou seja, procurar descobrir os gostos e desejos do consumidor e a realidade

tal como é; ►Possibilitar algum acúmulo de conhecimento sobre o último ponto alcançado no ramo de serviços; conhecer

os produtos e suas marcas; ►Identificar evidências quanto a gosto por modismos e inovações nos produtos; avaliar o comportamento do

consumidor frente aos produtos sazonais; ►Analisar as questões relativas ao sexo, faixa etária, grupo social, etc; ►Proporcionar um marketing relacional com os consumidores; ►Identificar as unidades funcionais atuando isoladamente, sob o controle da respectiva gerência, com relação

de inter-dependência com clientes e colaboradores internos; ►Sistematizar e organizar o trabalho por tarefas segmentadas, facilitando o controle e a responsabilização dos

erros e falhas nos serviços e produtos; ►Cenarização de curto prazo, com busca de resultados imediatos.

Fonte: Adaptado de Giglio (2002, p. 11)

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A criação de estratégias poderá criar relações consistentes com o

consumidor? Entende-se que a criação de estratégias depende de um tempo

determinado para a realização e as tomadas de decisões visando o bom

desempenho do exercício. Conforme Roriz

(...)O planejamento estratégico é o ponto chave

para a saída da crise, juntamente com a mudança

de antigos paradigmas empresariais para uma

nova política econômica, que seja mais

identificada com a realidade das transformações

no mundo da economia e do trabalho. Portanto, as

mudanças devem ser vistas como um processo

contínuo, nos quais as empresas precisam criar

métodos eficientes.(RORIZ, 1999, p 47)

O planejamento estratégico favorece as relações humanas e a

capacidade de gerir talentos em busca de habilidades e liderança, investindo

sempre no controle e na avaliação dos problemas internos da organização.

As empresas não funcionam na base da pura improvisação. A estratégia

empresarial é basicamente uma atividade racional que envolve a identificação das

oportunidades e das ameaças do ambiente onde opera a empresa, bem como a

avaliação das forças e fraquezas da empresa, sua capacidade atual ou potencial

em se antecipar às necessidades e demandas do mercado ou em competir sob

condições de risco com os concorrentes.

Assim, a estratégia deve ser capaz de combinar as oportunidades

ambientais com a capacidade empresarial em um nível de equilíbrio ótimo entre o

que a empresa quer e o que ela realmente pode fazer.

O planejamento estratégico permite identificar as áreas que necessitam

de políticas definidas para a implementação de estratégias relativas à fidelização

do consumidor. Conforme Kotler:

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(...)A estratégia competitiva depende de ações

específicas em setores que estejam debilitados na

empresa, ou em um modo geral em todo o

ambiente empresarial. A visão setorial permite

uma avaliação dos problemas que se concentram

em determinadas posições concorrenciais. Assim,

cabe ao administrador realizar um levantamento

analítico, que possa abranger vários pontos

negativos e fracos que dificultam a concorrência

no mercado.(KOTLER, 1990, p 77)

Assim, compreende-se que na reestruturação das empresas em nível

global ou setorial, as mudanças estratégicas devem ser apoiadas numa visão

ampla dos processos empresariais, desde as condições relativas à análise de

mercado, quanto à conjuntura interna em tendo por base na integração e

cooperação dos colaboradores da empresa.

Considerando que as estratégias voltadas para a satisfação do

consumidor dependem basicamente da melhoria nos aspectos relacionados aos

recursos humanos com o aprimoramento de serviços, a partir da identificação de

métodos de motivação e qualificação do trabalho.

A análise qualitativa dos resultados em curto prazo permite relacionar as

ações nas áreas de serviços a serem empreendidas nas práticas administrativas

de gestão e recursos organizacionais a fim de imprimir o planejamento

estratégico, com visão no momento de alocar recursos e o uso deles de forma

racional, lógica e em curto prazo.

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QUADRO Nº 02 – Descrição das áreas de decisão Áreas de decisão Descrição

Instalações (melhoria ambiental) Qual a localização geográfica, tamanho, volume e mix de preferência da clientela na área local.

Capacidade de inovação Qual o nível, como obtê-la e como incrementá-la.

Tecnologia Quais equipamentos e sistemas, com que grau de automação e flexibilidade, como atualizá-la.

Integração vertical Qual política a implementar com os consumidores novos e clientes antigos; e política de recursos humanos.

Organização Qual a estrutura organizacional, nível de centralização, formas de comunicação e controles das atividades.

Recursos humanos Como desenvolver, avaliar, motivar e remunerar a mão-de-obra.

Qualidade Atribuição de responsabilidade, que controles, normas e ferramentas de decisões empregar, quais os padrões e formas de comparação em relação a outros nichos do ramo.

Planejamento e controle de estratégias relativas ao consumidor

Que sistema estratégico empregar, que política de compras e estoques, que ritmo de ações manter e formas de controles de melhoria de atendimento da satisfação dos consumidores.

Novos produtos/Inovação Com que freqüência lançar e em que períodos do ano, como desenvolver e qual a relação entre produtos e processos.

Fonte: Tubino (1997, p. 42).

As empresas não funcionam na base da pura improvisação. O

planejamento estratégico é basicamente uma atividade racional que envolve a

identificação das oportunidades e das ameaças do ambiente onde opera a

empresa, bem como a avaliação das forças e fraquezas da empresa, sua

capacidade atual ou potencial em se antecipar às necessidades e demandas do

mercado ou em competir sob condições de risco com os concorrentes, a fim de

criar formas alternativas de mudanças com base em estratégias.

A estratégia deve ser capaz de combinar as oportunidades ambientais

com a capacidade empresarial em um nível de equilíbrio ótimo entre o que a

empresa quer e o que ela realmente pode fazer.

A estratégia constitui uma abordagem integrada, relacionando as

vantagens da empresa com os desafios do ambiente, no sentido de assegurar o

alcance dos objetivos básicos da empresa. Todavia, a estratégia se preocupa

com o "o que fazer" e não com "como fazer". Em outros termos, a estratégia exige

toda uma implementação dos meios necessários para a sua execução. Como

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esses meios envolvem a empresa como um todo, trata-se aqui de atribuir

incumbências a todos os níveis (ou subsistemas) da empresa: o nível

institucional, o nível intermediário e o nível operacional. E a implementação exige

planejamento. Isto é, a estratégia empresarial precisa de um plano básico - o

planejamento estratégico- para a empresa poder lidar com todas estas forças em

conjunto.

E o planejamento estratégico precisa apoiar-se em uma multiplicidade de

planos situados carreira abaixo dentro da estrutura da organização. Para levar

adiante o planejamento estratégico requer planos táticos e cada um deles requer

planos operacionais, combinando esforços para obter efeitos cinegéticos.

Em outros termos, o planejamento estratégico é definido no nível

institucional da empresa e exige a participação integrada dos demais níveis

empresariais: do nível intermediário por meio dos planos táticos e do nível

operacional por intermédio dos planos operacionais.

Uma das principais ferramentas que viabiliza as condições de produção

de um atendimento diferencial é o Planejamento Estratégico Setorizado, ou seja,

mudanças específicas nos setores ou departamentos que apresentam

necessidades de melhorias e estratégias para angariar resultados à curto prazo.

O uso desta ferramenta é importante na eficácia nos processos de gestão

para um planejamento de vendas e do produto que exige vários fatores

organizacionais e situacionais como: levantamento de dados; conhecimento do

ambiente, dos objetivos e da definição das ações estratégicas, que estão

condicionadas a um método organizado. Portanto, as estratégias são essenciais

quando se trata de conhecer as necessidades e desejos dos consumidores e do

mercado a ser atendido e da receptividade do produto.

A análise de planejamento estratégico se constitui de uma premissa

básica, realizada através de avaliações constantes que possam permitir a

mensuração de resultados ou benefícios significativos decorrentes do processo

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de formulação de estratégias, visando um conjunto comum de metas, novas

estratégias ou a manutenção daquelas que são eficazes.

Nesta análise devem ser considerados aspectos como: a satisfação dos

consumidores, o aumento da procura de produtos, a satisfação quanto ao preço,

facilidade de crédito e processo de tomada de decisões rápido, objetivo e eficaz.

Assim, deve-se analisar, por exemplo, o nível de valorização dos recursos e as

competências, com a introdução das inovações necessárias na empresa. De

acordo com Canclini:

(...)O desenvolvimento dos recursos humanos é

parte integrante do processo, considerando-se

que o trabalhador necessita crescer na empresa,

ter reconhecimento social, ter excelentes

condições de se qualificar, inclusive em nível

intelectual e ter autonomia no uso de sua

criatividade. Um dos primeiros pontos a ser

trabalhado é o incentivo à responsabilidade e o

emprego de ações efetivadas a partir de objetivos

e planos de ação, sendo assim estabelecido um

acompanhamento do processo para que se torne

efetivo e infiltrado na filosofia da empresa.

(CANCLINI, 1995, p 49)

A melhoria das estratégias de regulação empresarial com ênfase à

qualidade depende dos bons frutos dos recursos humanos na implementação de

mudanças internas em nível individual, coletivo e organizacional. Ainda conforme

Canclini (1995, p. 57):

(...)A estratégia constitui uma abordagem

integrada, relacionando as vantagens da empresa

com os desafios do ambiente, no sentido de

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assegurar o alcance dos objetivos básicos da

empresa. Todavia, a estratégia se preocupa com o

"o que fazer" e não com "como fazer". Em outros

termos, a estratégia exige toda uma

implementação dos meios necessários para a sua

execução. E a implementação exige

planejamento. Isto é, a estratégia empresarial

precisa de um plano básico: o planejamento

estratégico, para a empresa poder lidar com todas

estas forças em conjunto. (CANCLINI, 1995, p 57)

Entende-se que para que os administradores possam levar adiante o

planejamento estratégico requer planos táticos e cada um deles requer planos

operacionais, combinando esforços para obter efeitos cinegéticos, que exigem a

participação integrada de todos os colaboradores da empresa. Conforme Giglio

(...)Um planejamento estratégico com base no

perfil do consumidor, necessita de estratégias

claras, tendo-se em mente que cada pessoa é

única em sua existência concreta, nas mínimas

emoções e nos sonhos diários. Por outro lado, por

ser humano, cada um demonstra e recria alguns

padrões universais de comportamento que

fornecem o pano de fundo da sua

particularidade.(GIGLIO, 2002, p 41)

Constata-se que sendo cada pessoa única em sua existência, ao mesmo

tempo pode representar padrões grupais. Assim sendo, provavelmente, os

administradores terão mais disponibilidade para acatar novos conhecimentos,

tendo como alvo, a qualificação e excelência profissional.

O Administrador deve estar consciente dessas novas transformações, que

é um processo rápido e poderá transformá-lo no principal agente de mudanças da

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organização, e se essa nova concepção de organização for introduzida com

sucesso, poderá provocar mudanças na mentalidade das organizações, chegando

aos lares dos funcionários, mudando toda uma sociedade.

Dar ênfase ao planejamento estratégico em empresas de pequeno e

médio porte certamente refletirá em benefícios significativos decorrentes do

processo de formulação de estratégias, visando um conjunto comum de metas.

Para Pilares (1989), “as premissas básicas para um bom planejamento, a

definição da visão, da missão, dos valores e dos objetivos estratégicos da

empresa”. Já a análise competitiva é primordial para o desenvolvimento de um

negócio de qualquer porte. Nesta análise devem ser considerados aspectos

como: o que está dirigindo a concorrência no segmento de negócios que a

empresa atua; de que forma este segmento de negócios irá se desenvolver; que

atitudes estão tomando ou tomarão os concorrentes e qual a melhor maneira de

responder a isto de forma competitiva.

Por meio do planejamento estratégico e da análise de itens como: a

concorrência; os compradores e fornecedores; os sinais do mercado; os

movimentos competitivos; o mapeamento de grupos estratégicos e o cenário em

que atua, uma empresa poderão definir seu melhor posicionamento para competir

a curto, médio e longo prazo.

O desenvolvimento de uma estratégia competitiva é, em essência, o

desenvolvimento de uma fórmula ampla que balizará o modo como uma empresa

irá competir, quais serão suas metas a curto, médio e longo prazo, e quais serão

as políticas necessárias para o efetivo cumprimento destas mesmas metas.

Segundo Kotler (1992), existem cinco forças competitivas, a entrada,

ameaça de substituição, poder de negociação dos compradores, poder de

negociação dos fornecedores e rivalidades entre os atuais concorrentes - alertam

para o fato de que a concorrência não está limitada aos participantes

estabelecidos.

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Para fazer frente a essas forças competitivas existem três abordagens

estratégicas genéricas que podem trazer ótimos resultados: liderança no custo

total, diferenciação e enfoque. Embora muito difícil, empresas que conseguirem

incluir mais de uma destas abordagens no seu alvo primário estarão mais

próximas de bons resultados no cenário competitivo.

O planejamento permite prever um crescimento real e garantido,

principalmente pela manutenção da competitividade por meio da inovação e da

produtividade.

O cenário atual, composto de mercado e ambiente empresarial altamente

dinâmico e mutável, exige que, além do planejamento, as empresas tenham

também capacidade de resposta imediata e que detenham um processo de

tomada de decisões rápido, objetivo e eficaz.

Para tanto, a informação precisa estar disponível para as pessoas certas,

no formato esperado, no momento e local desejados. Dentro deste contexto, a

informação representa um recurso de alto teor estratégico, que necessita ser

maximizado como gerador de diferenciais e vantagens competitivas. A gestão

estratégica da informação representa uma parte integrante e vital na gestão

empresarial eficiente.

4.1.4 – As ferramentas do CRM: instrumentos de estratégia organizacional

4.4.1.1 – Internet e Correio Eletrônico

Umas das principais ferramentas do CRM consistem na Internet e o

Correio Eletrônico, como canais comunicativos. Com o advento da Internet

surgiram as inovações técnico-científicas advindas do processo de

transformações do capitalismo.

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O comércio eletrônico, atualmente é um grande pólo de investimentos

atrativos que mantém inúmeros serviços e atividades que garantem as

necessidades do mercado de capitais, esse mercado potencial da economia

digital proporcionou uma grande quantidade de produtos, capitais, serviços,

informações e pessoas. Um instrumento de gerenciamento de relações com

consumidores que aumenta as condições de fidelização.

(...)os avanços tecnológicos facilitam a integração

em escala mundial, devido à agilidade e a

eficiência das comunicações e do controle de

dados e informações obtidos pela empresa. E

nesse aspecto, forçou também a aprendizagem de

tecnologia e a implementação de pesquisas em

nível organizacional a fim de estabelecer melhores

serviços, produtos e processos.(ALBERTIN, 1998,

p 37)

A Internet tornou-se a grande plataforma que impulsiona o comércio

eletrônico, a informação e os diversos negócios empresariais de organização

interna e externa, passam por uma nova reestruturação que a cada dia dependem

do uso da rede mundial de informação para a indústria de software que levam

produtos e marketing a muitos consumidores.

O mercado está baseado nos conhecimentos e nas formas mais criativas

de conquistar os consumidores, sendo a capacidade de organização técnica, um

potencial muito importante. A Internet é uma tendência mundial cuja base é a

tecnologia e o gerenciamento avançado das redes para melhor garantir a

competitividade e a rede de parcerias entre as empresas.

O ganho produtivo das empresas com os consumidores e negócios,

busca flexibilidade para conseguir parceiros de negócios, plataformas, carreiras e

redes, sendo o fator segurança e privacidade e os aspectos legais que envolvem

os negócios de primordial importância.

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A adoção de métodos cada vez mais tecnológicos abre espaço para um

campo de pesquisas que podem gerar muitas soluções e garantir ganhos de

eficiência e produtividade adquiridos pelas organizações com o comércio

eletrônico, existem muitas barreiras que permanecem como verdadeiros entraves,

às quais muitas delas podem ser eliminadas com implementação de uma

plataforma tecnológica capaz de possibilitar o gerenciamento privativo do

consumidor das informações, dos dados bancários e atividades monetárias das

empresas e do comércio eletrônico.

4.1.4.2 – E-business

Conforme Albertin (1998: p. 23), “o E-business pode ser estruturado em

cinco níveis de maturidade abrangendo o Marketing Digital; Vendas, ou seja,

geração de pedidos de compra; Pagamentos, transferência de fundos através da

Web; Atendimento, entrega de produtos e Suporte, serviços pós-venda”.

O E-Business é um dos principais conceitos que estão trazendo à tona,

neste momento, a discussão sobre CRM. Pode-se definir o E-Business (seja

business-to-consumer ou business-tobusiness) como a aplicação de tecnologias

para facilitar relações de negócios. Essas tecnologias, tais como Web, sistemas

de telefonia avançados, palmtops, computadores hand-held, TV interativa,

quiosques de auto-serviço que devem ser suportadas por bases de dados

integradas, call-centers e sistemas transacionais seguros. Para a implementação

do E-Business são necessários sistemas que, de forma transparente e confiável,

façam interagir diferentes empresas situadas até em fusos horários e áreas

geográficas diferentes.

As soluções de E-Business devem poder prover conhecimento detalhado

sobre necessidades dos usuários e meios para aplicar este conhecimento em

vantagem competitiva. Dentre os principais benefícios estão o aumento de vendas

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a menor custo, a satisfação dos clientes e sua lealdade efetivada pela maior

freqüência nas compras.

Tendo-se os conceitos de CRM e E-Business, pode-se sincronizar o

atendimento aos clientes através de diversos canais de comunicação, utilizando

múltiplas tecnologias (sites na Web, e-mails, sistema direcionado de chamadas

telefônicas, etc). Torna-se possível acompanhar interações (relacionamentos), via

telefone ou pessoalmente, através do seu registro eletrônico. Essas interações

podem ser solicitações e/ou reclamações. Além das informações de

relacionamento, é fundamental a integração destas com transações atuais e

passadas e com as preferências dos usuários, tendo-se uma visão unificada de

cada cliente. Trabalhar somente com um desses subconjuntos de informações

não permite a visualização dos relacionamentos de uma forma holística para ser

utilizado nas interações.

4.1.4.3 – Business Intelligence (BI) e Inteligência de Negócios (IN)

O conhecimento do negócio na era de competição global passou a ser

chamado de Business Intelligence (BI) ou Inteligência de Negócios (IN). Assim, BI

é o resultado de um processo que começa com a coleta de dados. De acordo com

Gomes (2000: p. 37), “esses dados são organizados e transformados em

informações que depois de analisadas se transformam em "inteligência" que por

sua vez, quando aplicada a processos de decisão garantem vantagens

competitivas para a organização”.

Conforme Gomes (2000: p. 37), “o Sistema de Inteligência de Negócios -

SIN é o processo de organização pelo qual a informação é sistematicamente

coletada, analisada e disseminada, como "inteligência", aos usuários que possam

tomar ações a partir dela”. No processo de sistematização do uso de inteligência

voltado ao marketing relacional, os estudos e pesquisas no campo de marketing

favoreceram a criação do Sistema de Inteligência de Marketing – SIM que

relaciona um sistema de gerenciamento de marketing.

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A utilização de instrumentos de sistema de inteligência permite aos

administradores de empresa, as informações que sugerem a cenarização dos

gostos e tendências dos consumidores, dos produtos e da concorrência que

permitem a avaliação das ações estratégicas mais eficazes para o ritmo de

mudanças no mercado. Conforme Kotler

(...)As empresas estabelecem um centro de

informações de marketing para coletar e

disseminar informações de marketing. A equipe

pesquisa a Internet e as principais publicações

fazem resumos das notícias relevantes e publica

um boletim de notícias dirigido aos gerentes de

marketing. Essa equipe compila e arquiva

informações relevantes e dá assistência aos

gerentes na avaliação das novas informações.

(KOTLER, 2000, p 125)

Conforme se verifica, esse processo envolve coleta, análise e validação

de informações sobre concorrentes, clientes, fornecedores, candidatos potenciais

à aquisição. Incluem também eventos econômicos, reguladores e políticos que

tenham impacto sobre os negócios da empresa. O processo analisa e valida

todas essas informações e as transforma em conhecimento estratégico.

O principal objetivo de um SIN e SIM é a correlação entre o aprender

sobre o ambiente externo, visando o conhecimento do posicionamento

competitivo da empresa, o que impulsionará mudanças internas e facilitará

decisões estratégicas.

4.1.4.4 – Data Mining

O objetivo do Marketing na Internet é atingir o consumidor de forma

especial, definir os clientes atuais, potenciais e outros públicos de interesse. Além

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disso, com a utilização de técnicas de Data Mining (Mineração de Dados) pode-se

gerar um Marketing Eletrônico Personalizado, gerando e-mails customizados e

sites específicos para determinado grupo de usuários. Este processo ocorre

através da união de análises sobre o acesso dos consumidores com informações

demográficas e com o banco de dados da companhia. Assim, com ferramentas de

Data Mining (extração de dados relevantes).

Conforme Machado (1993) Apud Oliveira (2000, p. 17), a solução para

extrair as informações somente o data Mining permite estratégias e recursos em

informações armazenadas em bancos de dados para favorecer a habilidade

técnica e a capacidade humana.

Pesquisas demonstram que o Data Mining (extração de dados) adota

padrões de qualidade de informações sobre clientes, produtos, ofertas, e outros

dados fundamentais para a cenarização do mercado.

Entretanto, deve ser enfatizado que essas novas ferramentas eletrônicas

não substituirão os canais tradicionais. Elas devem ser vistas como uma

complementação extremamente relevante da estratégia de marketing existente

nas empresas.

4.1.4.5 – Os tipos de ferramentas do CRM: Criando relacionamentos melhores

A economia atual passou por muitas transformações que mexeu com a

dinâmica interna das empresas, exigindo uma nova conjuntura administrativa

voltada para as estratégias e mudanças organizacionais. As modernas teorias

científicas apontam as formas de analisar o comportamento do consumidor sob o

os diversos enfoques baseados nas teorias comportamentalistas, racionalistas,

psicodinâmicas, tipológicas, existencialistas, etc.

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Pode-se comprovar que as teorias do século XIX, ainda influenciam as

modernas tendências sobre o comportamento do consumidor. Assim, a realização

de um estudo sobre as teorias do comportamento do consumidor pode favorecer

as bases de conhecimentos para compreender as metodologias de pesquisa e as

melhores formas de atuação no mercado.

Conforme Oliveira (2000: p. 1), “CRM ou Customer Relationship

Management é um processo contínuo que compreende a aquisição e

disponibilização de conhecimento sobre clientes, e que tem o potencial de permitir

uma empresa vender seus serviços e produtos mais eficientemente”.

O conceito parte da premissa da análise aprofundada das características

e comportamento dos clientes, de modo que seja possível conhecer seus hábitos

e necessidades de compra, no sentido de assegurar as estratégias de marketing

eficientes. De acordo com Oliveira (2000), gerenciar o relacionamento com

clientes implica um contínuo processo de interação.

Entende-se que o CRM possui um conjunto de situações que envolvem a

Tecnologia da Informação, o Marketing Relacional, Comércio Eletrônico, Correio

Eletrônico, Mala-Direta, E-Commerce e Call Center e outras ferramentas que são

essenciais para obter o melhor relacionamento com os clientes.

De acordo com Oliveira (2000: p. 2), “a estratégia é obter a fidelidade,

prover serviços personalizados, adquirir melhor conhecimento dos clientes e se

diferenciar da competição. Através da melhor compreensão das necessidades

dos clientes, é possível a segmentação do mercado para identificar onde podem

ser construídas relações permanentes”.

Compreende-se que os mecanismos de fidelização do consumidor

dependem das ferramentas e suas condições de exercer oferecer os parâmetros

para cada cliente: lucratividade, confiança e bom atendimento.

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A pesquisa realizada com empresas brasileiras as práticas de fidelização,

atualmente fazem parte de estratégias empresariais como foco direcionado à

clientela. Os programas de fidelização baseiam-se no aprofundamento do

relacionamento com os clientes, como forma de diferenciar o tratamento,

buscando individualizar e personalizar o atendimento.

O objetivo dos “Programas de Fidelização” busca satisfazer as

necessidades do cliente e a rentabilidade empresarial. As posturas das

organizações em relação a fidelização visam criar um diferencial quanto à

concorrência no mercado.

A importância de analisar as características dos Programas de Fidelidade,

produzem a oportunidade de a empresa adotar comportamentos adequados para

garantir a melhoria da qualidade no atendimento ao consumidor.

A pesquisa realizada, portanto, demonstrou que os programas efetivados

facilitam o alinhamento das operações de marketing e atendimento à clientela,

influenciam idéias para a segmentação de mercado e outras oportunidades para a

empresa empreender as ações estratégicas.

Conforme Oliveira (2000: p. 6), “o CRM pode ser definido como a

estratégia do contato”, levando-se em consideração que suas estratégias

avançam para planos de comunicação com os consumidores. O aumento da

oferta de novos meios de comunicação de marketing, os altos custos de alguns

meios tradicionais e o surgimento de novas mídias alternativas são parte

importante dos novos desafios que enfrentam os profissionais de marketing para

sensibilizar os consumidores.

Neste aspecto, as ferramentas de CRM (Customer Relationship

Management) se constitui de uma variedade de instrumentos de pesquisas de

informações, de uso de comunicação aberta, a partir da utilização de instrumentos

como Mala-Direta, Telefonia (Call Centers) Telefone Mágico, Internet, Intranet,

extranet, etc. De acordo com Stone (2002) Apud Oliveira

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(...)As ferramentas do CRM favorecem conhecer

melhor o consumidor existente e as potenciais

possibilidades das empresas uma redução nos

custos e um aumento da eficácia da gestão de

consumidores. O meio contado (Carta, telefone,

visitas de vendas) pode ser ajustado às

necessidades e desejos de cada consumidor.

Conhecer melhor os consumidores também

permite que consumidores potenciais e de alto

valor sejam almejados como compradores dos

novos produtos comercializados pela

empresa.(OLIVEIRA, 2000, p 230)

As empresas buscaram atualmente o ambiente de negócios onde as

empresas estão inseridas e têm consciência do impacto que as mudanças que

ocorrem rapidamente nesse ambiente e que pode causar em seus respectivos

negócios. Por isso, é fundamental aos especialistas a analise de informações

sobre o mercado e desenvolver estratégias para as empresas.

Assim, as integrações das estratégias de CRM foram potencializadas com

a tecnologia que trouxe inúmeros novos recursos comunicativos como o advento

da internet, para promover a venda de produtos e serviços, por meio de

propaganda, e usos de ferramentas como e-mail, mala-direta e outros.

Os meios de comunicação como a internet, aumentam o poder do usuário

de selecionar as informações, determinando a quantidade e o teor do que deseja

obter sobre um determinado produto ou empresa. Hoje, com a globalização, a

Internet e a evolução das telecomunicações, as organizações podem definir a

metodologia do compartilhamento de informações para atingir a inteligência de

mercado, a partir de estratégias de atuação perante a concorrência ou mudanças

políticas, econômicas, sociais e tecnológicas capazes de garantir uma vantagem

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competitiva diante dos concorrentes apesar das constantes mudanças no

ambiente de negócios.

Neste contexto, as ferramentas do CRM se constituem em instrumentos

de ação estratégica para fortalecer o contato direto com o consumidor. O foco nas

necessidades do consumidor deverá constituir-se em grande preocupação, em

virtude do ambiente competitivo do mercado. Portanto, uso das ferramentas

devem ser instrumentalizadas de forma a atingir com a comunicação os vários

tipos de consumidores.

O CRM, como instrumento de marketing poderá favorecer os contatos e

permitir oferecer aos clientes níveis de serviços sem precedentes, a partir das

tecnologias disponíveis.

As empresas de um modo geral, principalmente as de maior porte, são

depositárias de grande quantidade de informações, as quais alimentam seu

processo decisório no que concerne às descobertas sobre o gosto do consumidor.

4.1.5 – A estratégia do bom serviço ao cliente em processos de fidelização

Umas das estratégias apontadas por (Cobra (1997); Pilares (1989) e

Giglio) é a questão do desburocratizar os mecanismos de atendimento para

oferecer serviços rápidos e proporcionar atmosfera agradável que seja encarada

pelo cliente como entretenimento e facilidades que evitem desperdício de tempo

do cliente, criar atmosfera agradável nos processos de atendimento.

Conforme Pilares (1989, p. 17), fidelizar clientes consiste em manter com

eles uma relação comercial intensa e duradoura, o que só se consegue se formos

capazes de satisfazer as suas necessidades de produtos e serviços, de forma

vantajosa para ambas às partes.

A fidelização implica uma relação de confiança muito forte entre a

empresa e o cliente. A empresa tem de sentir que está a fazer o melhor para os

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seus clientes e estes têm de perceber que estão nas primeiras preocupações

daquela.

O foco de estratégia voltada para atuação da empresa para a fidelização

do cliente, constitui-se do intuito de favorecer subsídios para as boas estratégias

que permitam a uma empresa concorrer melhor com outras e se posicionar no

mercado e esses fatores estão ligados à valorização do cliente.

Os serviços possuem um impacto econômico, neste sentido a

administração de recursos humanos em relação aos serviços prestados ao cliente

se constitui na base de uma gestão eficiente.

Neste contexto, como definir uma visão estratégica para a qualidade dos

serviços prestados ao cliente externo?

Certamente existem boas estratégias que permitem a uma empresa do

ramo varejista de venda de produtos concorrer melhor com outras e se posicionar

no mercado e esses fatores estão ligados a preços e custos elevados e baixos de

acordo com a qualidade do produto e os fatores comparáveis, avaliar as razões

da rentabilidade que a empresa atingiu e descobrir os resultados referentes, para

que se possa evoluir mantendo a mesma estratégia ou modificando-a a fim de

melhorar a rentabilidade.

Outra forma essencial de crescimento em relação à demanda de produtos

é o nível de exigência dos clientes, quanto mais exigente for o cliente mais o

empresariado buscará satisfazê-lo, melhorando a qualidade do produto. A

pressão maior sobre as empresas é o nível de concorrência que é extremamente

acirrada, sendo fundamental para qualquer empresa criar um ambiente produtivo

propício.

Ao mesmo tempo em que se discute qualidade de atendimento ao cliente

externo, avalia-se a impossibilidade de qualidade sem a dimensão das políticas

de recursos humanos para atingir os objetivos organizacionais, permitindo

condições para o alcance de objetivos individuais.

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A organização, na visão de Porter (2000) ao desenvolver a política de

recursos humanos deverá adequá-la às necessidades dos colaboradores como

um meio para suprir as carências em termos de conhecimentos, habilidade e

atitudes no desempenho das tarefas necessárias para alcançar os objetivos da

organização.

No âmbito da prestação de serviços prestados ao cliente, se faz

necessário conhecer o que alguns autores falam sobre serviço. Segundo Albrech

(2003, p. 49) “um serviço é um resultado psicológico e fundamentalmente

pessoal, ao passo que um produto físico é geralmente impessoal, quanto a seu

impacto sobre o cliente”.

Kotler define serviço como:

(...)um serviço é qualquer ato ou desempenho

que uma parte pode oferecer a outra e que seja

essencialmente intangível e não resulta na

propriedade de nada. Pois, sua produção pode ou

não estar vinculada a um produto físico(KOTLER,

2000, p 58)

Quando se fala em atendimento ao público, tem-se a impressão de ser

uma atividade simples e sem necessidades de muitas habilidades e depende do

ser humano, de sua boa vontade, do seu conhecimento, de sua presteza, sua

agilidade e seu bom senso. Trata-se de uma atividade social que muitas vezes

vem intermediar e colocar em ação diferentes sujeitos em um cenário específico,

visando dar uma resposta as mais diferentes necessidades.

A tarefa de atendimento quase sempre é uma atividade fim, resultante de

um processo que envolveu várias atividades, sendo uma atividade de caráter

social, pois, envolve a organização, o funcionário e o usuário.

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O caráter social do atendimento ao público reflete também a natureza do

planejamento estratégico que se manifestam, sobretudo, na necessidade de criar

novos meios de comunicação entre os clientes, dando visibilidade às suas

necessidades, experiências e expectativas. A empresa influencia através de sua

cultura, clima, estrutura organizacional, processos e seus objetivos, que em

muitos casos podem conflitar com os objetivos dos colaboradores ou dos

usuários.

O serviço de atendimento ao público é um processo resultante da

interação dos fatores acima citados bem como o comportamento do usuário, a

conduta dos colaboradores envolvidos direta ou indiretamente, o conhecimento do

funcionário sobre os processos, a organização do trabalho, a ergonomia, as

condições ambientais e instrumentais. Tais fatores funcionam como engrenagem

desse processo, alimentando-os para que todos alcancem seus objetivos.

Com tantos avanços tecnológicos, similaridades entre os produtos, preços

ditados em função da concorrência. Um fator preponderante faz com que as

empresas obtenham êxito ou fracasso no seu seguimento de atuação na busca

constante de qualidade no atendimento ao seu público alvo.

Segundo, a perspectiva proposta por Pilares (1989, p. 82), “O funcionário

precisa ter em mente que é a ponte de ligação entre cliente e empresa. Pelo

contato com o público, ele representa a organização em que trabalha. Para o

cliente, o funcionário é a própria empresa”.

Conforme, Albrecht (2003, p. 66) “Os administradores só podem afetar a

qualidade do serviço indiretamente, dando inspiração e motivação ao pessoal de

frente”. Assim, a qualidade do produto “serviço” encontra-se nas mãos dos

empregados que prestam o serviço, que o “produzem e entregam ao cliente”. O

público que deverá estar em constante monitoramento de seus colaboradores,

avaliando-os e se for preciso reciclando-os através de treinamentos e políticas de

motivação.

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4.1.5 – Segmentação de mercado para atender com qualidade e diferencial

A segmentação de mercado é uma estratégia das mais importantes no

planejamento de ações mercadológicas, a partir da concentração, consciente e

planejada, de uma empresa em parcelas específicas de seu mercado. A empresa

opta voluntariamente por concentrar todos os esforços de marketing em

determinado segmentos de mercados, possivelmente abandonando outros,

mesmo que constituam potencial.

Dessa forma, a função da segmentação de mercado é agrupar indivíduos,

cujas ações esperadas aos esforços de marketing sejam semelhantes, ao longo

de determinado período. Objetiva, ainda, a determinação de diferenças

significativas entre grupos de compradores, separando-os, de forma a possibilitar

à empresa a seleção daqueles, nos quais pareça mais conveniente concentrar

esforços.

Assim ao mesmo tempo em que se discute qualidade de atendimento ao

cliente externo, avalia-se a impossibilidade de qualidade sem a dimensão das

políticas de recursos humanos para atingir os objetivos organizacionais,

permitindo condições para o alcance de objetivos individuais.

A segmentação tem sido definida como estratégia para o conhecimento

da necessidade e desejos do consumidor e do mercado a ser atendido, da

receptividade do produto, levando-se em consideração os consumidores têm

hábitos de compra variados, gostos diferenciados e variam em suas necessidades

e preferências diferenciadas. Assim sendo, não se pode tratar todos da mesma

forma, mas buscar estabelecer os critérios de diferenciação para que se possa

analisar os tipos de perfis comuns e mais complexos.

Kotler (1990) reconhece que a segmentação de mercado está no cerne

da estratégia de marketing. Segundo ele, a segmentação de mercado, a idéia

mais recente para orientar a estratégia, começa não com a distinção de

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possibilidades de produto, mas sim com a distinção de interesses ou de

necessidades de clientes. De acordo com Kotler (1990, p. 177):

(...)Com a segmentação é possível, às empresas

concentrar esforços em determinados alvos

favoráveis para serem explorados

comercialmente, em decorrência de sua

capacidade de satisfazer a demanda dos focos, de

maneira mais adequada, combinadas entre si,

proporcionando conhecimento mais individual do

consumidor, bem como o domínio de tecnologia

capaz de produzir bens preferidos por certas

classes de compradores; maior proximidade ao

consumidor final; possibilidade de oferecer bens e

serviços a preços altamente competitivos;

disponibilidade de pontos de venda adequados a

seus produtos ou serviços e existência de veículos

de publicidade que se dirijam direta e

exclusivamente aos segmentos visados.(KOTLER,

1990, p 177)

Neste contexto para definir um programa de ações mercadológicas

voltadas para o consumidor, deve-se considerar e conhecer as características

desse mercado, submetendo-o a uma análise das principais variáveis

demográficas que definam, por exemplo: estilos de vida, faixas etárias, sexos e

aquisição econômica.

Com a pesquisa de marketing é possível, às empresas concentrar

esforços em determinados alvos favoráveis para serem explorados

comercialmente, em decorrência de sua capacidade de satisfazer a demanda de

focos, de maneira mais adequada e combinada entre si, proporcionando

conhecimento mais individual do consumidor.

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Essa postura estratégica, bem como o domínio de tecnologia é capaz de

produzir bens preferidos por certas classes de compradores; maior proximidade

ao consumidor final; possibilidade de oferecer bens e serviços a preços altamente

competitivos; disponibilidade de pontos de venda adequados a seus produtos ou

serviços e existência de veículos de publicidade que se dirijam direta e

exclusivamente aos segmentos visados. Hersey (1999) Apud Costa

(...)Um programa de ações mercadológicas deve-

se considerar e conhecer as características desse

mercado, submetendo-o a uma análise das

principais variáveis demográficas, com discrições

pormenorizadas dos pontos fortes, pontos fracos,

oportunidades e ameaças ao empreendimento

(concorrências desleais). Assim, a área

geográfica, em termos de operações, exerce muita

influência no negócio.(COSTA, 2000, p 112)

Assim, constata-se que as ações que envolvem a pesquisa de mercado

com consumidores são essenciais, estratégias que permitem determinar aspectos

importantes do comportamento e perfil de consumo.

4.1.5 – As estratégias de marketing relacional com clientes

O marketing de relacionamento com a clientela tem o objetivo de buscar a

formação de um elo de fortalecimento das relações comerciais. Assim, é

fundamental um planejamento e avaliação das formas de fidelizar o cliente, a

partir de medidas padronizadas e personalizadas de atendimento.

Conforme Giglio (2002, p. 51), “o marketing de relacionamento ensina a

importância de cultivar os clientes e estabelecer com os mesmos um

relacionamento estável e duradouro”. É uma grande estratégia no conceito de

atendimento ao cliente, que extrapola a prática existente em qualidade, e

possibilidade de aumentar a fidelidade do cliente e conseqüentemente a

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rentabilidade. Pode-se considerar também que os vendedores e representantes

de serviços que representam o elo da cadeia de comercialização mais próximo do

comprador final, por isso, a importância do marketing relacional.

Kotler (1999, p. 109), considera que “o marketing de relacionamento deve

ter coerência de valores e atitudes, é uma forma de ver os negócios, de perceber

as demandas do mercado. São posturas que influenciam cada decisão dos

executivos da corporação e podem criar dilemas”.

Uma das definições mais sucintas de marketing é atender a necessidades

de maneira lucrativa, para o consumidor transformar uma necessidade particular

ou social em uma oportunidade de negócio lucrativo.

As empresas buscaram a criação de estratégias de marketing como o

centro da atuação gerencial para garantir meios de levar o produto ao cliente de

forma mais satisfatória, essa estratégia se pauta no conhecimento do

comportamento do consumidor, a partir de suas necessidades e gostos.

As estratégias criativas de relações públicas e concentrou-se em fornecer

produtos de alta qualidade e em conquistar a fidelidade de longo prazo dos

clientes. Neste contexto, as empresas passam a adotar procedimentos de

marketing mais profissionais adotou algumas das ferramentas utilizadas em

empresas cujo marketing é conduzido profissionalmente. As informações podem

ser produzidas e comercializadas como um produto ou serviço qualitativo.

A força de vendas desempenha um papel na abertura e na manutenção

de mercado para a marca, mas isso tem menos relação com o estabelecimento

da imagem de marca. Profissionais de marketing de consumo decidem sobre as

características, o nível de qualidade, a abrangência da distribuição e os gastos

em promoção que ajudarão a marca da empresa alcançar a primeira ou a

segunda posição em seu mercado-alvo.

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A propaganda desempenha um papel mais forte, com o marketing

relacional, em uma direção ou foco voltado para o cliente, permite conhecer suas

necessidades para melhorar o desempenhado pela força de vendas, pelo preço e

pela reputação com que a empresa conta no que se refere à confiabilidade e à

qualidade. Considerando-se que as empresas que vendem seus produtos e

serviços no mercado global enfrentam decisões e desafios adicionais quanto ao

foco do cliente.

Dentre todas as inúmeras definições existentes para marketing, pode-se

estabelecer uma distinção entre definições sociais e gerenciais. Uma definição

social mostra o papel desempenhado pelo marketing na sociedade poderá

representa a própria visão da reputação da empresa e da forma como valoriza a

clientela.

(...)considera que o marketing de relacionamento

poderá ter aplicabilidade na realidade prática das

empresas que lidam com vendas e clientes se

houver a devida escolha de estratégias e

instrumentos eficazes no processo de

compreensão do mercado atual no que concerne

aos novos focos que possam garantir a

competitividade.(BERLO, 1998, p 45)

Nas estratégias de atendimento ao cliente, o marketing se constitui em

importante instrumento de ação e os instrumentos são os meios estratégicos de

permitir um atendimento diferencial. Segundo Cosenza

(...)Algumas empresas preferem utilizar o

marketing direto, dependendo menos dos

instrumentos de marketing para buscar a

fidelização do cliente. Este método se faz pela

própria relação entre empresa e cliente se

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constituindo em um importante meio de

fidelização, mas ao mesmo tempo é mais benéfica

em organizações de pequeno e médio

porte.(COSENZA, 2000, p 112)

Neste cenário, muito se espera do marketing como meio de oferecer

respostas eficientes para a fidelização do cliente. Em linhas gerais e para efeito

de análise, o marketing na empresa poderá ser profissionalizado, a partir da

utilização de recursos como investimentos em publicidade, ou simplesmente

adotando o método de marketing direto que lança mão de teorias e pesquisas de

mercado para direcionar suas ações.

De acordo com Pilares (1989, p. 44), “com o Marketing em tempo real, as

ações e decisões referentes ao cliente atual e potencial precisam estar fortemente

alicerçadas em informações que agilizem e otimizem todo o processo de vendas e

atendimento”.

Na visão de Cobra

(...)o Marketing de Relacionamento e a tecnologia

da Informação poderão prover a empresa de

meios mais eficazes e integrados para atender,

reconhecer e cuidar do cliente, em tempo real e

transformar estes dados em

informações.(COBRA, 1997, p 111)

Toffler (1999) Apud Albrech (1993, p. 17) considera que “o processo

econômico em níveis mundiais tendem a centrar suas estratégias em dois focos:

na distribuição do produto ou serviço de atendimento e na fidelização do cliente”.

O planejamento de ações é o ponto chave para a saída da crise,

juntamente com a mudança de antigos paradigmas empresariais para uma nova

política econômica, que seja mais identificada com a realidade das

transformações no mundo da economia e do trabalho.

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As empresas buscaram a criação de estratégias de marketing como o

centro da atuação gerencial para garantir meios de levar o produto ao cliente de

forma mais satisfatória, essa estratégia se pauta no conhecimento do

comportamento do consumidor, a partir de suas necessidades e gostos.

Conforme Gomes(2000):

(...)O processo de decisão que envolve a compra

e produtos pelos empreendedores para oferecer

ao mercado, não pode se constituir

aleatoriamente, sem levar em consideração a

clientela, o reconhecimento dos aspectos

relacionais que indicam as tendências do

mercado. Nesse aspecto, a procura de

informações sobre o mercado e o consumidor

constitui-se basicamente de uma gestão

estratégica.(GOMES, 2000, p 25)

O eixo de avaliação do mercado, a partir do planejamento e da pesquisa

antes da implantação do negócio, favorece o conhecimento das demandas de

mercado e oferece as condições preliminares de estabelecer um estudo da área

geográfica mais apropriada para a implantação do empreendimento.

O aumento da oferta de novos meios de comunicação de marketing, os

altos custos de alguns meios tradicionais e o surgimento de novas mídias

alternativas são parte importante dos novos desafios que enfrentam os

profissionais de marketing para sensibilizar os consumidores.

Para Kotler(1999) questiona esse comportamento:

(...)o entendimento do comportamento de compra

do consumidor representa uma das áreas mais

complexas e delicadas do marketing e vem

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estimulando um número crescente de pesquisas

para o avanço desse tema.(KOTLER, 1999, p 101)

É muito comum a utilização do termo marketing por várias organizações,

para definir uma série de estratégias, muitas vezes ligadas apenas a questões de

comunicação, propaganda e publicidade. Contudo, uma das formas de marketing

é a propaganda.

As estratégias criativas de relações públicas concentraram-se em fornecer

produtos de qualidade e em conquistar a fidelidade de longo prazo dos clientes.

Neste contexto, as grandes e médias empresas passam a adotar procedimentos

de marketing mais profissionais e uso de ferramentas que impõe investimentos,

algumas das ferramentas utilizadas em empresas, como o marketing, que é

conduzido profissionalmente. As informações podem ser produzidas e

comercializadas como um produto ou serviço qualitativo.

O marketing de relacionamento é uma estratégia para cultivar os clientes

e estabelecer com os mesmos um relacionamento estável e duradouro. É uma

grande estratégia no atendimento ao cliente, possibilita as condições para

aumentar a fidelidade do cliente e conseqüentemente a rentabilidade.

As pequenas empresas poderão direcionar o Marketing de

Relacionamento como meio de fidelização do cliente. O importante é buscar um

tipo de marketing que se possa desenvolver para chamar a atenção do cliente.

A pesquisa do perfil do consumidor desempenha coadjuvante no

marketing relacional, em uma direção ou foco voltado para o cliente. Esse

instrumento permite conhecer o consumidor e suas necessidades para melhorar o

desempenhado de vendas e preço. Considerando-se que as empresas que

vendem seus produtos e serviços no mercado global enfrentam decisões e

desafios adicionais quanto ao foco do cliente enquanto produtos e serviços de

qualidade.

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O marketing possui um papel desempenhado na sociedade que convive

com os meios de comunicação visual e telemático, para fortalecer a reputação da

empresa e da forma como valoriza a clientela. O marketing relacional poderá

representar as estratégias para criar relações consistentes entre as pequenas

empresas e os clientes. Entende-se que a criação de estratégias depende de um

tempo determinado de marketing para a realização da fidelização.

O marketing de relacionamento na concepção de McKeena, (1993) Apud

Dowbor (2000, p. 93), “se constitui em uma importante estratégia que representa

uma ação de inter-relação no processo de venda e compra de forma muito clara,

entre vendedor e comprador nas relações e influências recíprocas entre ambos”.

A observação do comportamento do consumidor permite classificar um padrão

que seria repetido nos comportamentos de consumo (por exemplo, como se

relacionar com atendentes, assistentes, técnicos, vendedores).

Nas estratégias de atendimento ao cliente, o marketing se constitui em

importante instrumento de ação.

(...)Algumas empresas preferem utilizar o

marketing direto, dependendo menos dos

instrumentos de marketing para buscar a

fidelização do cliente. Este método se faz pela

própria relação entre empresa e cliente se

constituindo em um importante meio de

fidelização, mas ao mesmo tempo é mais benéfica

em organizações de pequeno e médio

porte.(COSENZA, 2000, p 112)

Neste cenário, muito se espera do marketing como meio de oferecer

respostas eficientes para a fidelização do cliente. Em linhas gerais e para efeito

de análise, o marketing na empresa poderá ser profissionalizado, a partir da

utilização de recursos como investimentos em publicidade, ou simplesmente

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adotando o método de marketing direto que lança mão de teorias e pesquisas de

mercado para direcionar suas ações.

(...) os empreendedores deverão conhecer as

necessidades, hábitos e comportamentos dos

clientes deverão conhecer também grandes

mudanças no futuro, para os satisfazerem, será

preciso implementar um marketing individual,

personalizado, criando soluções adequadas a

cada caso. Portanto, os empreendedores têm de

continuar atentos às novas necessidades, hábitos

e comportamentos da clientela, encontrando as

melhores soluções financeiras para os

satisfazer.(KOTLER, 1999, p 231)

Desta forma, Avalia-se a importância de conhecer a clientela como

estratégia competitiva. Desse modo, as estratégias deverão compreender

recursos e meios de atender as necessidades com vistas a modelos padronizados

e personalizados.

Pilares (1989, p. 44) afirma que é mais econômico investir na fidelização

dos clientes ao invés de conquistar novos. No Marketing em tempo real, as ações

e decisões referentes ao cliente atual e potencial precisam estar fortemente

alicerçadas em informações que agilizem e otimizem todo o processo de vendas e

atendimento.

As informações de relacionamento precisam ser compiladas ou

recuperadas no momento que o contato entre a empresa e o cliente está

ocorrendo para que se possa conhecer e reconhecer o cliente e desta forma

direcionar produtos, serviços e ofertas completamente ajustadas a ele, que assim

estará disposto a estabelecer a preferência pela marca, repetir a compra e

inclusive pagar mais para obter o valor agregado que lhe é oferecido.

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As ações de marketing relacional com o consumidor não permitem ao

administrador/gerente colher resultados definitivos, já que essa continuação

depende de outras condições como a melhoria no ambiente, na qualidade dos

produtos e atendimento qualitativo, necessárias à satisfação do consumidor.

O marketing de relacionamento poderá ter aplicabilidade na realidade

prática destas das pequenas empresas que lidam com vendas e clientes ao

mesmo tempo em que enfrentam uma esmagadora concorrência. As pequenas

empresas devem buscar a utilização de instrumentos eficazes para garantir a

competitividade.

Nas estratégias de atendimento ao cliente, o marketing se constitui em

importante instrumento de ação. Segundo Cosenza

(...)Algumas empresas preferem utilizar o

marketing direto, dependendo menos dos

instrumentos de marketing para buscar a

fidelização do cliente. Este método se faz pela

própria relação entre empresa e cliente se

constituindo em um importante meio de

fidelização, mas ao mesmo tempo é mais benéfica

em organizações de pequeno e médio

porte.(COSENZA, 2000, p 112)

O marketing direto privilegia o relacionamento com o cliente e permite

qualificar os mecanismos de atendimento para oferecer serviços rápidos e

proporcionar uma atmosfera agradável que seja encarada pelo cliente como

facilidades que evitem desperdício de tempo do cliente enquanto

desburocratização dos processos de atendimento.

Toffler (1999) Apud Dowbor (2000, p. 17) considera que:

(...)o processo econômico em níveis mundiais

tendem a centrar suas estratégias em dois focos:

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na distribuição do produto ou serviço de

atendimento e na fidelização do cliente”. Neste

sentido, as empresas necessitam de planejamento

de ações para a saída da crise concorrencial com

as grandes empresas, juntamente com a mudança

de antigos paradigmas empresariais. (Dowbor,L,

2000, p 148)

As empresas buscam a criação de estratégias de marketing como o

centro da atuação gerencial para garantir meios de levar o produto ao cliente de

forma mais satisfatória, essa estratégia se pauta no conhecimento do

comportamento do consumidor, a partir de suas necessidades e gostos.

Conforme Gomes):

(...)O processo de decisão que envolve a compra e

produtos pelos empreendedores para oferecer ao

mercado, não pode se constituir aleatoriamente,

sem levar em consideração a clientela, o

reconhecimento dos aspectos relacionais que

indicam as tendências do mercado. Nesse aspecto,

a procura de informações sobre o mercado e o

consumidor constitui-se basicamente de uma

gestão estratégica.(GOMES, 2000, p 25)

Constata-se que o foco de avaliação do mercado, a partir do

planejamento e da pesquisa antes da implantação do negócio, favorece o

conhecimento das demandas de mercado e oferece as condições preliminares de

estabelecer um estudo da área geográfica mais apropriada para a implantação do

empreendimento.

Um dos aspectos que devem ser observados concerne à questão da

concorrência local e da definição das compras pelos empresários é a

possibilidade de investir em um estudo sobre os gostos e necessidades da

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clientela que utilizam os produtos e serviços daquela área geográfica e do ramo

de atividade pretendida.

O aumento da oferta de novos meios de comunicação de marketing, os

altos custos de alguns meios tradicionais e o surgimento de novas mídias

alternativas são parte importante dos novos desafios que enfrentam os

profissionais de marketing para sensibilizar os consumidores. Daí é fundamental

que as pequenas empresas escolham estratégias de baixo custo e de forte apelo

comercial para fidelizar os clientes.

Com o fator humano bem aliado ao fator tecnológico, o marketing de

relacionamento mostra-se consideravelmente simples apenas caberá à empresa

(o pequeno comércio) cadastrar seus clientes, montando um banco de dados

completo que deverá ser constantemente atualizado. Este banco de dados poderá

ser montado com o consentimento de cada um dos clientes incluídos.

As estratégias utilizadas como meios competitivos são as vantagens que

as empresas precisam oferecer no mercado que devem ser direcionadas aos

interesses da clientela e tais aspectos conjunturais devem levar em consideração

o que o consumidor procura: redução de custos, vantagem competitiva e

diferenciação de produtos e processos para atingir o mercado.

O objetivo de estratégia voltada para atuação da empresa para a

fidelização do cliente, constitui-se do intuito de favorecer subsídios para as boas

estratégias que permitam a uma pequena empresa concorrer melhor com outras e

se posicionar no mercado e esses fatores estão ligados à valorização do cliente.

Os serviços possuem um impacto econômico, neste sentido a administração de

recursos humanos em relação aos serviços prestados ao cliente se constitui na

base de uma gestão eficiente.

De acordo com Oliveira (2002: p. 2), “a estratégia é obter a fidelidade,

prover serviços personalizados, adquirir melhor conhecimento dos clientes e se

diferenciar da competição”.

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Nesse aspecto, os passos significativos que estimularam os

empreendedores a buscar os métodos de análises para compreender e interpretar

as tendências sociológicas e psicológicas associadas ao consumo é o melhor

conhecimento do comportamento do consumidor que pode contribuir na

orientação da gestão empresarial no que concerne à compra dos produtos.

Gomes (2000: p. 25) acredita que o processo de decisão que envolve a

compra e produtos pelos empreendedores para oferecer ao mercado, não pode

se constituir aleatoriamente, sem levar em consideração a clientela, o

reconhecimento dos aspectos relacionais que indicam as tendências do mercado.

Nesse aspecto, a procura de informações sobre o mercado e o consumidor

constitui-se basicamente de uma gestão estratégica.

O perfil do consumidor permite o gerenciamento da qualidade, a partir do

atendimento personalizado ao cliente, o que se evidencia a falta de uma

estratégia de ação interna para valorizar o atendimento qualitativo.

O aumento da oferta de novos meios de comunicação de marketing, os

altos custos de alguns meios tradicionais e o surgimento de novas mídias

alternativas são parte importante dos novos desafios que enfrentam os

profissionais de marketing para sensibilizar os consumidores. Kotler (1999) Apud

Dowbor (2000: p. 101) considera que o entendimento do comportamento de

compra do consumidor representa uma das áreas mais complexas e delicadas do

marketing e vem estimulando um número crescente de pesquisas para o avanço

desse tema.

Um fato ainda recente aumentou a complexidade do tema: o advento da

internet. Com ela, surge uma nova maneira de promover e vender produtos e

serviços, sendo que uma análise mais aprofundada sobre esse assunto reside no

fato de que, em meios de comunicação como a internet, aumenta o poder do

usuário de selecionar as informações, determinando a quantidade e o teor do que

deseja obter sobre um determinado produto ou empresa.

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O estudo sobre Marketing de relacionamento tem direcionado as ações

para a fidelização do cliente, com ênfase em instrumentos como mala direta,

carta, internet, panfletos e outras estratégias importantes para tornar o produto e

os serviços conhecidos.

Neste cenário, muito se espera do marketing como meio de oferecer

respostas eficientes para a fidelização do cliente. Em linhas gerais e para efeito

de análise, o marketing na empresa poderá ser profissionalizado, a partir da

utilização de recursos como investimentos em publicidade, ou simplesmente

adotando o método de marketing direto que lança mão de teorias e pesquisas de

mercado para direcionar suas ações.

A preocupação também deve ser centrada no tipo de marketing que se

pode desenvolver para não optar por um tipo de marketing agressivo, que possa

cansar o cliente ou fazer com ele se afaste da empresa ou mesmo um tipo de

marketing de relacionamento que possa atender as exigências dos clientes em

suas perspectivas.

O processo de planejamento do marketing relacional deve começar desde

a execução da criação, estabelecimento de preço, promoção e distribuição de

idéias, produtos e ou serviços com vistas a criar intercâmbios que irão satisfazer

as necessidades dos indivíduos e organizações devem antes de tudo ser

realizadas por profissionais competentes e envolve certamente investimentos que

não precisam ser necessariamente altos, mas principalmente criativos para que

se possa atingir objetivos operacionais concretos.

Os estudiosos sobre a atuação do marketing na área relacional, ainda não

conseguiram chegar a uma concepção generalizada, com suas técnicas e

metodologias advindas do mercado, por exemplo no que concerne à utilização

das ferramentas de marketing para a área social, alguns propõem a utilização de

meios de comunicação de massa, outros concordam com a utilização de todas as

ferramentas de marketing.

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É muito comum a utilização do termo marketing por várias organizações,

para definir uma série de estratégias, muitas vezes ligadas apenas a questões de

comunicação, propaganda e publicidade. Contudo, uma das formas de marketing

é a propaganda.

Observa-se que algumas empresas não se preparam de forma eficaz

para a realização, por exemplo, de uma propaganda. Dependendo da forma como

a propaganda é realizada poderá haver efeitos negativos sobre o produto. Daí, a

importância da elaboração de propagandas a partir de um planejamento. Segundo

Cobra (1997), “Deve-se enfatizar na empresa as dimensões do marketing de

forma ética e socialmente responsável, visando minimizar problemas”.

O processo de planejamento deve começar desde a execução da criação,

estabelecimento de preço, promoção e distribuição de idéias, produtos e ou

serviços com vistas a criar intercâmbios que irão satisfazer as necessidades dos

indivíduos e organizações devem antes de tudo ser realizadas por profissionais

competentes e envolve certamente investimentos que não precisam ser

necessariamente altos, mas principalmente criativos para que possa atingir

objetivos operacionais concretos.

Os estudiosos sobre a atuação do marketing na área relacional, ainda não

conseguiram chegar a uma concepção generalizada, com suas técnicas e

metodologias advindas do mercado, por exemplo, no que concerne à utilização

das ferramentas de marketing para a área social, alguns propõem a utilização de

meios de comunicação de massa, outros concordam com a utilização de todas as

ferramentas de marketing.

Nos dias atuais, o grande foco nas vendas é o marketing de

relacionamento, ou seja, é manter a fidelização do consumidor. Sabe-se que os

clientes satisfeitos não se mantêm fieis, sendo que, na primeira oportunidade,

buscam o varejista que consegue torná-lo muito satisfeito (realização do seu

ideal). Deste fato decorre a importância do estudo permanente para medir o grau

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de satisfação do consumidor.

As definições de marketing são múltiplas, desde as mais simples às mais

complexas, e refletem filosofias de cada autor. Dias (2003, p.2), de forma

acadêmica, conceitua marketing como sendo uma “função empresarial que cria

continuamente valor para o cliente e gera vantagem duradoura para a empresa,

por meio da gestão estratégica das variáveis controláveis de marketing: produto,

preço, comunicação e distribuição”.

Composto mercadológico de marketing é a combinação de ferramentas

estratégicas usadas para criar valor para os clientes e alcançar os objetivos da

organização. O composto mercadológico reúne quatro fatores que, segundo

Kotler (2001, p. 24), “devem ser adequadamente combinados e administrados”.

Definidos como estratégicos: o Produto, o Preço, a Promoção e o Ponto

de Distribuição e Venda. São estes quatro elementos que a administração de

marketing deve coordenar com o intuito de alcançar uma resposta eficiente em

relação ao mercado. Isto significa dizer que características do produto, tais como

cheiro, cor, marketing de serviços em quatro categorias: produto, preço, praça e

promoção.

No que tange às pequenas e médias empresas, em especial ao varejo,

conhecer o conceito de composto mercadológico, aplicá-lo e atentar

cuidadosamente para suas variáveis é de extrema importância no atual cenário

econômico. Assim como qualquer outro meio que comercializa bens ou serviços,

o varejo também sofre com a ação da concorrência, pois a função do varejo não é

somente fazer a distribuição dos produtos oferecidos pelos fabricantes, ou seja, o

varejo também se preocupa em buscar um diferencial para se destacar em meio à

concorrência.

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4.1.6 – A visão estratégica orientada para o serviço de atendimento

Os serviços possuem um impacto econômico, neste sentido a

administração de recursos humanos em relação aos serviços prestados ao cliente

se constitui na base de uma gestão eficiente.

Certamente existem boas estratégias que permitem a uma empresa do

ramo varejista de venda de produtos concorrer melhor com outras e se posicionar

no mercado e esses fatores estão ligados a preços e custos elevados e baixos de

acordo com a qualidade do produto e os fatores comparáveis, avaliar as razões

da rentabilidade que a empresa atingiu e descobrir os resultados referentes, para

que se possa evoluir mantendo a mesma estratégia ou modificando-a a fim de

melhorar a rentabilidade. Conforme Porter(2000):

(...)Vários fatores se conectam para produzir a

satisfação do cliente: qualidade no atendimento,

funcionalidade, excelente distribuição e bom

atendimento, mas tudo esse trabalho só será

recompensado em ambiente propício. Outra forma

essencial de crescimento em relação à demanda

de produtos é o nível de exigência dos clientes,

quanto mais exigente for o cliente mais o

empresariado buscará satisfazê-lo, melhorando a

qualidade do produto. A pressão maior sobre as

empresas é o nível de concorrência que é

extremamente acirrada, sendo fundamental para

qualquer empresa criar um ambiente produtivo

propício.(PORTER, 2000, p 11)

Ao mesmo tempo em que se discute qualidade de atendimento ao cliente

externo, avalia-se a impossibilidade de qualidade sem a dimensão das políticas

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de recursos humanos para atingir os objetivos organizacionais, permitindo

condições para o alcance de objetivos individuais.

A organização, na visão de Porter (2000) ao desenvolver a política de

recursos humanos deverá adequá-la às necessidades dos colaboradores como

um meio para suprir as carências em termos de conhecimentos, habilidade e

atitudes no desempenho das tarefas necessárias para alcançar os objetivos da

organização.

4.1.7 – Treinamento de pessoal para a qualidade no atendimento ao cliente

Toledo (1989, p. 145) “considera que o treinamento de pessoal é a marca

estratégia das novas empresas”. Neste contexto, a política de treinamento busca

conscientizar o profissional para a necessidade de melhorar a qualidade dos

serviços, implementar as habilidades e criatividade para atender melhor a

clientela.

O gerenciamento de Recursos Humanos tem por finalidade qualificar

recursos disponíveis, de modo que estes possam garantir a melhoria dos

processos internos nas organizações e nos departamentos que dependem de

resultados de desempenhos. Conforme Moller (1992, p. 119):

(...)A qualidade departamental de vendas pode

ser definida como o quanto um departamento

como um todo satisfaz as exigências e

expectativas técnicas e humanas dele mesmo e

do mundo exterior. (...) As metas de qualidade de

um departamento devem ser atualizadas e

revistas constantemente.(MOLLER, 1992, p 119)

O treinamento de recursos humanos, notadamente aspectos que

envolvem recursos humanos e atendimento direito ao público ou cliente externo

devem envolver uma relação entre colaborador e o cliente, permitindo a

confiabilidade deste no desempenho dos serviços prestados. A empresa

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necessitará desenvolver políticas de investimentos em recursos humanos

qualificados, para oferecer condições de estimular uma cultura voltada para a

qualidade nas vendas.

A qualidade departamental, portanto, é voltada para as vendas de

produtos no comércio varejista deverá ter uma política específica com técnicas e

métodos que favoreçam a aquisição de conhecimentos em educação, a partir da

implantação de treinamento de pessoal. Tais estratégias de desenvolvimento de

recursos humanos permitirão ao gerenciador intervir nos processos de melhoria

de qualidade no atendimento ao cliente externo.

A utilização de recursos para formação de capital humano é antes de

tudo, uma forma de valorização do colaborador e da ética de suas relações dentro

do trabalho, o que se pode chamar na visão de Toledo, (1989: p. 119) de “valores

sociais”.

O treinamento favorece as referenciais que devem integrar o

planejamento das vendas para o gerenciamento da qualidade, a partir de nova

reestruturação do trabalho através dos recursos humanos da organização para

incentivar medidas para conquistar os consumidores, a partir da qualidade do

atendimento, sendo a capacidade de organização dos recursos humanos, o

grande potencial para a produtividade e qualidade dos serviços.

As políticas de recursos humanos referem-se às maneiras pela quais as

empresas devem atingir os objetivos definidos, permitindo condições para o

alcance de objetivos individuais. Cada organização desenvolve a política de

recursos humanos mais adequados às suas necessidades e realidades. As

orientações para a implementação de políticas estão subordinadas à filosofia de

qualidade e deverão ser dotadas da necessária flexibilidade, adaptando-se aos

objetivos e focos das empresas.

Segundo Gil (1994: p. 63), “o treinamento nas empresas tem sido

desenvolvido segundo enfoques diferentes ao longo do tempo, quando o

treinamento só poderia visar, naturalmente, os aspectos físicos do trabalho”.

Atualmente, o treinamento abrange também o desenvolvimento pessoal e

as habilidades necessárias para o crescimento profissional. Tais progressos na

criação de Programas de Treinamento oferecem as condições de capacitar os

colaboradores para o desempenho das tarefas diárias, seja na produção de

serviços ou no atendimento ao cliente externo.

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A educação é uma contínua reconstrução da experiência pessoal do

colaborador, na verdade, essa é caracterizada pela observação e prática do

cotidiano relacionado ao trabalho e suas funções. Educando-se continuamente, o

indivíduo é profundamente influenciado pelo meio onde vive e trabalha.

Figura Nº 01 – Os aspectos do treinamento para a qualidade departamental

Fonte: Moller Claus (1993, p. 1)

Segundo Chiavenato (1991, p. 23), desde seu nascimento até sua morte,

o ser humano vive numa constante interação com o meio ambiente, recebendo e

exercendo influências em suas relações com ele. Educação é toda influência que

o ser humano recebe do ambiente social, durante toda a sua existência, no

sentido de adaptar-se às normas e valores sociais vigentes e aceitos.

O ser humano, todavia, recebe essas influências, assimila-as de acordo

com suas inclinações e predisposições e enriquece ou modifica seu

comportamento dentro dos seus próprios padrões pessoais.

Torna-se praticamente impossível separar o processo de treinamento da

reconstrução da experiência individual. Isso porque a educação envolve todos os

aspectos pelos os quais a pessoa adquire compreensão do mundo que a cerca,

O que é treinar? ▪ Capacitar o ser humano pa-ra desenvolver com eficiências suas tarefas;

Educar para uma contínua reconstrução da experiência pessoal e profissional;

Qualificar recursos humanos para a melhoria dos resultados.

Por que treinar? ▪ Treinar para a qua-lificação do atendimento; ▪ Treinar para atender ao grau de exigência do cliente; ▪ Treinar para o uso de novas ferramentas e instrumentos de qua-lidade.

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bem como a necessária capacidade para melhor lidar com seus problemas e com

os outros.

Figura Nº 02 – A finalidade do treinamento para a qualidade departamental

Fonte: Moller Claus (1993, p. 1)

O conceito moderno de treinamento está enquadrado dentro de uma

concepção sistêmica cujo centro é o centro da ação, onde o treinamento visa o

aumento da produtividade por meio da capacitação e da interação dos

colaboradores com o ambiente de trabalho. Os cursos de treinamento são

projetados em curto prazo, buscando um propósito definido e específico. Segundo

Carvalho e Nascimento:

(...)O treinamento é o processo de ajudar o

indivíduo a adquirir eficiência no seu trabalho

presente, futuro através de apropriados hábitos de

pensamento e ação, habilidades, conhecimentos e

atitudes. Neste contexto, o treinamento é forma de

educação especializada, uma vez que seu

propósito é preparar o indivíduo para o

desempenho eficiente de uma determinada tarefa

que lhe é confiada. A importância da manutenção

de um programa de treinamento e qualquer

atividade que vise à qualificação, criação de

O que visa o Treinamento? • Visa maximizar a qualidade

do atendimento ao cliente em relação a produtos e serviços de assistência técnica, vendas de peças e reposição.

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comportamento, formação ou aperfeiçoamento

pessoal.(NASCIMENTO, 1997, p 118)

Conforme os autores citados, o treinamento oferece muitas experiências e

hábitos, mudanças de comportamento, ou seja, a criação de atitudes e

comportamentos positivos em relação aos objetivos da empresa e a ênfase à

importância da boa didática na apresentação dos programas de treinamento.

Segundo Chiavenato (1979, p. 31), “o treinamento é um ato intencional

que viabiliza meios para possibilitar aprendizagem, que é intrínseca”. Portanto, a

partir do feedback positivo surge dentro do indivíduo os resultado de seus

esforços, por isso o treinamento deve orientar, de forma planejada, esta

aprendizagem no sentido positivo e benéfico, a fim de motivar o indivíduo a

desenvolver conhecimentos, atitudes e habilidades que beneficiarão a ele mesmo

em primeiro lugar e, em conseqüência, a empresa.

Ainda Chiavenato (1997, p. 44), afirma que o treinamento é um processo

educacional através do qual as pessoas aprendem conhecimentos, habilidades e

atitudes para o desempenho de seus cargos. É um processo educacional porque

visa à formação e preparação das pessoas. Como processo educacional, o

treinamento envolve três tipos de conteúdos, segundo Chiavenato (1997, P. 44), a

saber:

♦ Transmissão de informações e de conhecimentos: O treinamento

geralmente tem por conteúdo a transmissão de informações e de conhecimentos

necessários ao cargo a ser ocupado. Geralmente, um programa de integração na

empresa;

♦ Desenvolvimento de Habilidades: O treinamento também se destina a

desenvolver certas habilidades e destrezas relacionadas com o cargo atual ou

futuro, para o desenvolvimento de habilidades nas tarefas (Vendas, manuseios de

sistemas, conhecimento técnico do produto e do cliente);

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♦ Desenvolvimento ou mudanças de atitudes: A maioria das organizações

defronta-se com o problema da necessidade de renovação constante em uma

época de intensa mudança e inovação que exigem mudanças comportamentais

como: capacidade de decisão, consciência de sua importância na organização,

aprender a lidar com desafios, etc.

♦ Desenvolvimento do nível Conceitual: O treinamento pode ser

conduzido no sentido de desenvolver um alto nível de abstração, seja para

facilitar a aplicação de conceitos na prática administrativa ou para elevar o nível

de generalização desenvolvendo pessoas que possam pensar em termos globais.

Chiavenato (1990; p. 46), “sem o treinamento, as pessoas estão

despreparadas para a execução de suas tarefas de forma eficiente”. O

treinamento tem por objetivo oferecer eficiência e qualidade operacional, que

resultem em benefícios, tanto para a sociedade como para o Estado.

Assim, destaca-se a importância do treinamento para a empresa e os

colaboradores na medida em que proporciona a excelência do trabalho.

4.1.8 – Qualidade departamental

A qualidade departamental é um pré-requisito importante para a

qualidade. Portanto, além da busca da qualidade de produtos e serviços e a

qualidade da empresa, a preocupação com a interação e organização dos

departamentos fazem parte integrante deste processo.

Considerando-se que maior parte do trabalho realizado por empresas e

organizações é feita por grupos de pessoas, a interação entre estas favorece a

melhoria dos serviços internos. Conforme Moller (1992, p. 119):

(...)A qualidade das realizações de uma empresa

ou organização não é somente o resultado do

desempenho de cada pessoa, mas também reflete

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os esforços coletivos do grupo. Trabalhar com

qualidade pessoal cria uma consciência de

qualidade que, por sua vez, afeta a qualidade dos

produtos e serviços de forma positiva. Entretanto,

não são conseguidos resultados consideráveis e

mensuráveis até que a organização comece a

trabalhar com o nível da qualidade dos esforços

conjuntos dos diferentes departamentos: pesquisa

e desenvolvimento, produção, vendas, marketing,

administração, compras, distribuição, finanças,

processamento de dados, pessoal, treinamento,

etc.(MOLLER, 1992, p 119)

Portanto, compreende-se que a qualidade departamental é um ponto de

referência na organização, levando-se em consideração que a excelência dos

serviços depende da inter-relação direta entre os diversos departamentos. O

desempenho geral exige ações conjuntas e informações que permitam o

estabelecimento de feedback entre todos os colaboradores na organização.

Segundo Moller(1992):

(...)a qualidade departamental pode ser definida

como o quanto um departamento como um todo

satisfaz as exigências e expectativas técnicas e

humanas dele mesmo e do mundo exterior. As

exigências precisam ser claramente definidas,

antes que possam ser satisfeitas. Uma das tarefas

vitais de um gerente de departamento é definir

claramente - com sua equipe - as metas de

qualidade para as funções, produtos e serviços do

departamento.(MOLLER, 1992, p 119)

Assim, a gerência deverá responsabilizar-se pela organização de planos

de metas, como processos a serem atingidos pelas equipes dos departamentos.

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A motivação para trabalhar em equipe exige certos requisitos interpessoais dos

quais dependem da relação entre os colaboradores e gerência.

O conhecimento geral dos processos organizacionais é um dos fatores

que permitem a evolução do desempenho do departamento. Portanto, a

comunicação é um fator prioritário para o desenvolvimento de ações que facilitam

a qualidades dos serviços. Assim, é papel do gerenciamento assegurar que o

desempenho de um departamento como, o de vendas por exemplo, para que

esteja de acordo com o nível de qualidade exigido pelo cliente externo.

(...)considera uma base sólida, para se trabalhar

com a qualidade departamental, é criada quando

os fatores de qualidade são estabelecidos pelo

chefe do departamento e são entendidos e aceitos

por todos os seus membros. Um departamento

somente pode funcionar de maneira ótima quando

são estabelecidos fatores de qualidade bem

definidos e suas metas associadas. É por isso que

a tarefa mais importante que os gerentes de

departamentos têm diante de si é a definição das

metas relacionadas a cada fator de qualidade e

garantir que elas sejam atingidas.(MOLLER, 1992,

p 120)

A qualidade departamental fomenta o envolvimento de todos os membros

voltados para o mesmo objetivo, e a sua importância nos processos de qualidade,

nos sistemas produtivos assim como nas atividades administrativas, constituiu-se

elemento positivo, acarretando às empresas uma série de benefícios.

Entende-se que o sucesso de uma organização depende das

contribuições de todos os colaboradores para assegurar a qualidade do serviço

de relações humanas e interpessoais que envolve o atendimento. Os

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colaboradores de contato direto são os "clientes", são na verdade uma equipe de

apoio.

Neste sentido, todos os colaboradores são pessoas de linha de frente,

mesmo que haja uma distinção entre os colaboradores de contato e os de

bastidores para garantir o bom atendimento e a qualidade nos serviços de

vendas.

(...)Na administração de serviços, cada grupo

apóia-se no outro para manter nos níveis internos

da organização, o pessoal de contato com o

cliente não poderia desempenhar seu papel

adequadamente. E o pessoal de contato

geralmente também pode ajudar o pessoal de

apoio a fazer seu trabalho. Deve haver uma

associação efetiva entre o pessoal de linha de

frente e o de bastidores para que toda a

organização de serviço funcione

eficazmente.(ALBRECHT, 2003, p 142)

Numa organização verdadeiramente voltada para o serviço, todas as

pessoas e unidades têm um cliente e todas as funções e todos os departamentos

de uma organização de prestação de serviços estão interligados, e cada um

depende dos demais, em graus diversos, para cumprir sua missão na prestação

de serviços.

A venda pessoal requer um treinamento cuidadoso dos vendedores que

lidam com os clientes, pois precisam satisfazer suas necessidades e ouvir suas

reclamações.

A organização, na visão de Porter (2000) ao desenvolver a política de

recursos humanos deverá adequá-la às necessidades dos colaboradores como

um meio para suprir as carências em termos de conhecimentos, habilidade e

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atitudes no desempenho das tarefas necessárias para alcançar os objetivos da

organização.

No âmbito da prestação de serviços prestados ao cliente, se faz

necessário conhecer o que alguns autores falam sobre serviço.

Segundo Albrecht (2003):

(...)Um serviço é um resultado psicológico e

fundamentalmente pessoal ao passo que um

produto físico é geralmente impessoal, quanto a

seu impacto sobre o cliente”. Assim, um serviço é

qualquer ato ou desempenho que uma parte pode

oferecer a outra e que seja essencialmente

intangível e não resulta na propriedade de nada.

Sua produção pode ou não estar vinculada a um

produto físico.(Albrecht,K,2002, p 38)

Quando se fala em atendimento ao público, tem-se a impressão de ser

uma atividade simples e sem necessidades de muitas habilidades e depende do

ser humano, de sua boa vontade, do seu conhecimento, de sua presteza, sua

agilidade e seu bom senso. Trata-se de uma atividade social que muitas vezes

vem intermediar e colocar em ação diferentes sujeitos em um cenário específico,

visando dar uma resposta as mais diferentes necessidades.

A tarefa de atendimento quase sempre é uma atividade fim, resultante de

um processo que envolveu várias atividades, sendo uma atividade de caráter

social, pois, envolve a organização, o funcionário e o usuário.

O caráter social do atendimento ao público reflete também a natureza do

planejamento estratégico que se manifesta, sobretudo, na necessidade de criar

novos meios de comunicação entre os clientes, dando visibilidade às suas

necessidades, experiências e expectativas. A empresa influencia através de sua

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cultura, clima, estrutura organizacional, processos e seus objetivos, que em

muitos casos podem conflitar com os objetivos dos colaboradores ou dos

usuários.

Assim, o serviço de atendimento ao público é um processo resultante da

interação dos fatores acima citados bem como o comportamento do usuário, a

conduta dos colaboradores envolvidos direta ou indiretamente, o conhecimento do

funcionário sobre os processos, a organização do trabalho, a ergonomia, as

condições ambientais e instrumentais. Tais fatores funcionam como engrenagem

desse processo, alimentando-os para que todos alcancem seus objetivos.

Com tantos avanços tecnológicos, similaridades entre os produtos, preços

ditados em função da concorrência. Um fator preponderante faz com que as

empresas obtenham êxito ou fracasso no seu seguimento de atuação na busca

constante de qualidade no atendimento ao seu público alvo.

Conforme, Albrecht (2003):

(...) Os administradores só podem afetar a

qualidade do serviço indiretamente, dando

inspiração e motivação ao pessoal de frente.

Assim, a qualidade do produto “serviço” encontra-

se nas mãos dos empregados que prestam o

serviço, que o produzem e entregam ao cliente.

O público que deverá estar em constante monitoramento de seus

colaboradores, avaliando-os e se for preciso reciclando-os através de

treinamentos e políticas de motivação.

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4.1.9 – A pesquisa de mercado e segmentação: estratégias para conhecer o

cliente

O ponto mais relevante na estratégia para identificar o perfil do cliente,

suas preferências e estilos de produtos alvos de mercado é a pesquisa de

mercado. Esta estratégia de mercado é uma das soluções, que se apresenta

como ponto de apoio e que subsidiará a tomada de decisão do administrador é,

sem dúvida, o processo de avaliação do mercado, a partir da pesquisa de

marketing, no sentido de relacionar os desejos e necessidades do cliente.

Segundo Gomes(2000):

(...)a informação é fundamental, já que permite uma

visão geral do mercado para que as decisões se

antecipem sobre as tendências dos mercados e a

evolução da concorrência. (Gomes Elisabeth, 2000,

p 66)

É fundamental que os empreendedores detectem e avaliem as ameaças

e oportunidades que se apresentam no seu ambiente para que possa definir as

estratégias de desenvolvimento da empresa.

O foco de avaliação do mercado, a partir do planejamento e da pesquisa

antes da implantação do negócio, favorece o conhecimento das demandas de

mercado e oferece as condições preliminares de estabelecer um estudo da área

geográfica mais apropriada para a implantação do empreendimento. Um dos

aspectos que devem ser observados concerne à questão da concorrência local e

da definição das compras pelos empresários é a possibilidade de investir em um

estudo sobre os gostos e necessidades da clientela que utiliza os produtos e

serviços daquela área geográfica e do ramo de atividade pretendida.

Neste contexto para definir um programa de ações mercadológicas

voltadas para o cliente, deve-se considerar e conhecer as características desse

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mercado, submetendo-o a uma análise das principais variáveis demográficas que

definam, por exemplo: estilos de vida, faixas etárias, sexos e aquisição

econômica.

Com a pesquisa direcionada ao ambiente geográfico é possível, às

empresas concentrar esforços em determinados alvos favoráveis para serem

explorados comercialmente na área de turismo, no aproveitamento de recursos da

segmentação, favorecer a criação de um produto turístico adequado e direcionado

para uma determinada ação estratégica. A exemplo, as promoções e liquidações

que possam ser capazes de satisfazer a demanda dos focos, de maneira mais

adequadas e combinadas entre si.

Daí, a importância de conhecer o perfil do cliente. Essa ação estratégica

proporciona o conhecimento mais individual do cliente, bem como o domínio de

tecnologia capaz de produzir bens preferidos por certas classes de consumidores

do turismo, maior proximidade ao cliente final; possibilidade de oferecer produtos

a preços altamente competitivos; existência de veículos de publicidade que se

dirijam direta e exclusivamente aos segmentos visados.

Esse conjunto de vantagens propicia às empresas de eletrodomésticos,

melhores condições para localizar e avaliar as oportunidades, para auxiliar o

empreendedor na avaliação das forças e vulnerabilidade da concorrência, e com

isso tomar decisões que possam minimizar os pontos fracos e fortalecer seus

pontos fortes. Neste contexto Albertin que:

(...)Um programa de ações mercadológicas deve-

se considerar e conhecer as características desse

mercado, submetendo-o a uma análise das

principais variáveis demográficas, com discrições

pormenorizadas dos pontos fortes, pontos fracos,

oportunidades e ameaças ao empreendimento

(concorrências desleais). Assim, a área

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geográfica, em termos de operações, exerce muita

influência no negócio.(ALBERTIN, 19998, p 112)

Constata-se que as ações que envolvem a pesquisa de mercado com

clientes são essenciais como estratégias que permitem determinar aspectos

importantes do comportamento e perfil de consumo. A pesquisa de mercado

favorece o conhecimento deste perfil, além de estabelecer um elo na elaboração

do tipo de marketing, cuja implementação de estratégias específicas direcionadas

aos clientes.

Outra estratégia que a pesquisa ao consumidor favorece é o

conhecimento das características que o consumidor busca nas compras, as suas

exigências, as condições necessárias para satisfazer os desejos e necessidades

do consumidor, a influência do marketing e da propaganda para a venda dos

produtos, as melhores estratégias de venda e a tendência de perfil individual de

cada consumidor. Tal estratégia permitirá o crescimento em relação à demanda

de produtos no nível de exigência dos clientes. Assim, quanto mais exigente for o

cliente mais o empresariado buscará satisfazê-lo, melhorando a qualidade dos

serviços e produtos.

As pesquisas com o consumidor, assim, permitem constatar a

necessidade de ser flexível às súbitas e constantes mudanças na área de vendas

o que exige dos profissionais, competências e novas posturas para estabelecer

uma relação com o consumidor. A fidelização do cliente é um tipo de vínculo

criado com o cliente que tem uma série de semelhanças com os relacionamentos

afetivos.

A satisfação da compra está ligada a certas sensações de satisfação que

o consumidor imagina estar levando à satisfação da necessidade. O marketing

relacional é baseado na promoção de estímulos visuais que envolvem o

estabelecimento de pontos de desejos que levam ao consumo. Os consumidores

podem adquirir produtos em níveis de motivação estabelecidos na sua relação

cotidiana, orientadas pelas idéias, objetos e pessoas. Para Giglio(2002):

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(h)O grande mérito das abordagens motivacionais

é a valorização dos aspectos individuais como a

personalidade, a aceitação do fluxo inconstante que

envolve a consciência humana e dos mecanismos

do inconsciente como estruturas dinâmicas e

significativas no comportamento do

consumidor.(GIGLIO, 2002, p 64)

A pesquisa de mercado é um método de compreensão da representação

social e o comportamento dos grupos, permitindo visualizar simultaneamente,

aspectos coletivos e individuais. A análise do perfil do consumidor que está na

baseada na noção de cultura e nos condicionamentos que influenciam os valores

e orientamos pensamentos das pessoas.

O método consiste em dividir as pessoas em características de consumo

na busca de categorizar e classificar os gastos, desejos, interesse e

comportamentos típicos de uma amostragem ou alvo, na busca de prever e tipo

de produto e consumidor por área geográfica, variáveis demográficas, traços de

personalidade e tipologias com focos motivacionais. Deve-se levar em

consideração que os princípios de tipologia se baseiam em métodos complexos e

arriscados em relação à previsão de vendas pelas empresas.

Os traços observados no consumidor, a partir de pesquisas gerais de

marketing, estão correlacionados aos traços individuais e hábitos de consumo

com base em aspectos como: estilo de vida, ciclo de vida do produto, modos e

compra, etc. As pesquisas empresariais que se utilizam de métodos de tipologia,

categorizam os clientes em quatro tipos de consumidores: os inovadores, os

adotantes, o seguidor, o acomodado ou comprador tardio. Estas classificações

com relação ao consumidor favorecem o suporte necessário para a elaboração de

planos de marketing em determinadas regiões geográficas do mercado.

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4.2 – O feedback no atendimento a clientes

O sistema é caracterizado por parâmetros. Parâmetros, segundo

Bertalanfy (1995, p.12), são constantes arbitrárias que caracterizam, por suas

propriedades, o valor e a descrição dimensional de um sistema ou componente do

sistema como o feedback.

Embora seja natural considerar o lucro como objetivo principal da

empresa, a satisfação do cliente é o que realmente conduz ao lucro, porque traz

vantagens competitivas mais palpáveis, como compras repetitivas, valorização da

marca, participação no mercado, dentre outras. Oliveira (1996) diz que o processo

de feedback (retorno das informações), aparecerá na forma de uma avaliação

qualitativa e quantitativa dos resultados da atividade empresarial e do grau de

atendimento às necessidades que almeja-se satisfazer. Tais informações podem

ser provocadas ou aparecer naturalmente.

Bertalanfy (1995) diz que o conceito de feedback é da Cibernética e

refere-se à capacidade do sistema de regular seu comportamento para alcançar

suas metas.

O feedback pode ser negativo, quando trabalha para manter o equilíbrio

do sistema quando este é ameaçado por inputs vindos do ambiente que tendem a

desestruturá-lo, e positivo, quando o sistema responde ampliando o desvio vindo

do exterior e, dessa forma, modificando a estrutura.

O feedback é recolhido e processado e volta a entrar no sistema

(regulação e retroação), medindo a tolerância para uma margem de desvio. Para

Arantes (1998, p.11), o termo feedback se originou da eletrônica com o significado

de retroalimentação: “qualquer procedimento em que parte do sinal de saída de

um circuito é injetada no sinal de entrada para ampliá-lo, diminuí-lo, modificá-lo ou

controla-lo”.

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O feedback ou retro-alimentação é a saída que retorna aos membros

adequados da organização para ajudá-los a refinar ou corrigir os dados de

entrada. É a função de sistema que visa comparar a saída com um critério ou

padrão previamente estabelecido (OLIVEIRA, 1996).

Bertalanfy (1995) diz que a retroação tem por objetivo o controle, ou seja,

o estado de um sistema sujeito a um monitor. Monitor é a função de guia, direção

e acompanhamento. Assim, a retroação é um subsistema planejado para sentir a

saída (registrando sua intensidade e qualidade) e compará-la com o padrão e

critério preestabelecido para mantê-la controlada dentro daquele padrão ou

critério escolhido. Diz que há um estado de controle quando as operações do

sistema são mantidas mediante as correções das diferenças entre a saída

(resultados, produtos) e os critérios (especificações prévias e limites de

tolerância).

De acordo com Kotler (2000, p.321), “deve haver um esforço contínuo em

ouvir (feedback) e melhorar o desempenho da empresa.” A atenção ao feedback

é fundamental para essa melhoria – em todas as fases do atendimento deve-se

prestar atenção ao feedback, para que haja um ajustamento das expectativas e

um alinhamento do atendimento com o perfil do cliente e suas necessidades.

O bom atendimento deve atender as exigências do cliente, e para isso a

empresa deve ser flexível com suas normas. Muitas vezes, as necessidades dos

clientes exigem um ajuste de expectativas. Kotler (2000) afirma que o

atendimento é o que supera as expectativas dos clientes. É a forma como a

empresa se comunica e trata o cliente que realmente fideliza o cliente ou não.

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CAPÍTULO V

METODOLOGIA DA PESQUISA

O objetivo deste estudo monográfico é identificar as formas de

atendimento diferencial na inter-relação entre preço e produto, a partir de

estratégias na fidelização de clientes. Pretende-se analisar as estratégias

utilizadas na atuação de mercado com a clientela. Assim, como os instrumentos

utilizados para o processo de fidelização e caracterização de posturas

diferenciadas, envolvendo as habilidades técnicas e operacionais.

A metodologia do estudo orientou pela pesquisa bibliográfica e

exploratória centrada nas contribuições teóricas de vários autores que realizaram

trabalhos sobre fidelização de clientes, teorias administrativas com base em

comportamento humano e marketing relacional. Portanto, o estudo tem a

finalidade de conhecer as contribuições científicas sobre o tema, tendo com o

objetivo de analisar e interpretar as contribuições teóricas existentes sobre o

fenômeno pesquisado, com tem base descritiva das características apresentadas

pelos vários autores que fundamentaram a pesquisa.

Segundo Martins(2002):

(...)A pesquisa tem caráter exploratório, segundo

Martins (2000, p, 30) “se constitui na busca de

maiores informações sobre o assunto coma

finalidade formular problemas e hipóteses.

( Martins, 2002, p 30)

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O estudo tem base descritiva das características apresentadas pelos

vários autores sobre os fatores que prejudicam o desempenho dos enfermeiros,

bem como o estabelecimento de relações entre variáveis e fatos para determinar

os fatores mais preponderantes citados nos estudos de caso bibliográficos.

Conforme Andrade (2003, p. 124), a pesquisa exploratória é o primeiro

passo de todo trabalho científico. São finalidades de uma pesquisa exploratória,

sobretudo quando bibliográfica, proporcionar maiores informações sobre

determinado assunto, facilitar a delimitação do estudo e a definição de objetivos

ou formulação de hipóteses. Portanto, “através da pesquisa exploratória avaliou-

se a possibilidade de desenvolver uma boa pesquisa sobre determinado assunto”.

CAPÍTULO VI

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

Verificou-se nessa pesquisa que a fidelização de clientes depende de

várias situações que envolvem necessariamente uma relação mais efetiva com o

cliente, de forma que exige também instrumentos que permitam colocar em

práticas as estratégias de ação para garantir a satisfação dos clientes.

Nesse sentido, o desenvolvimento de estratégias de fidelização envolve

requisitos como tecnologia para o uso de informações, pesquisas e banco de

dados de clientes. Portanto, aponta-se o uso de instrumentos como o CRM, nas

organizações que permitem uma completa rede de relacionamento com os

clientes.

Percebeu-se que existem muitas variáveis no processo de fidelização,

algumas mais complexas envolvendo teorias psicológicas que influenciaram a

administração no Século XIX, e permitem identificar os meios de enquadrar os

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clientes em perfis comportamentais. Portanto, a fundamentação psicológica

dimensiona o estilo comportamental de cada consumidor.

O estudo apresenta as várias formas de fidelizar clientes que são

utilizadas atualmente pelas organizações. No Brasil, as pesquisas sobre o tema

ainda é raro, mas muitos administradores utilizam práticas de fidelização com

base em variáveis como preço e qualidade do atendimento. Portanto, aponta as

principais estratégias que envolvem o marketing relacional, a força das

estratégias de vendas, o planejamento estratégico, treinamento de pessoal, etc.

Os planejamentos empresariais, de informações ajudam nos processos

de pesquisa de marketing e de segmentação do mercado. As relações entre

planejamento estratégico nos setores empresariais fazem das informações uma

ferramenta tática no planejamento das estratégias de fidelização de clientes,

As estratégias que fundamentam o Planejamento Estratégico Empresarial

para o estabelecimento de estratégias com foco no cliente são geralmente de

médio prazo, e são atualmente uma importante vantagem competitiva sobre os

concorrentes.

Um das estratégias mais utilizadas pelo marketing de relacionamento é o

investimento na qualidade do atendimento ao consumidor. O compromisso com o

bom atendimento passa por parâmetros de qualidade que muitas vezes as

organizações não dispõem. É difícil exigir de um funcionário um atendimento

cordial e educado se ele não possui conceitos mínimos de boa conduta ou

quando a empresa não oferece meios de qualificá-lo para a missão de atender de

forma personalizada.

As organizações necessitam, portanto, voltar o foco para os níveis de

atendimento ao cliente, no sentido de incentivar o treinamento para profissionais

direta ou indiretamente envolvidos na relação com o cliente. Atualmente apenas

algumas organizações começaram a oferecer excelente ambiente físico e

investimento na qualificação dos recursos humanos efetivos, como procedimento

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para satisfazer a clientela, a partir de uma estratégia para introduzir um tipo de

valorização ao cliente.

CONCLUSÃO

Constatou-se que as mudanças no mercado a partir da globalização,

intensificaram a necessidade de diretrizes organizacionais voltadas para o foco do

cliente. O desenvolvimento da concepção de “Qualidade Total” influenciou

profundamente a visão de melhoria da qualidade dos produtos e do atendimento.

Nesse contexto, verificou-se a importância da Psicologia do Consumidor,

para as organizações que tem o interesse em relacionar os perfis de

consumidores. A pesquisa é importante agregadora de informações e pode

evidenciar aspectos fundamentais sobre o desejo e necessidades dos clientes.

A qualidade no atendimento depende de uma política primordial de

treinamento de pessoas para atendimento ao cliente. As organizações necessitam

voltar o foco para os níveis de atendimento ao cliente, no sentido de incentivar o

treinamento para profissionais direta ou indiretamente envolvidos na relação com

o cliente.

Atualmente apenas algumas organizações começaram a oferecer

excelente ambiente físico e investimento na qualificação dos recursos humanos

efetivos, como procedimento para satisfazer a clientela, a partir de uma estratégia

para introduzir um tipo de valorização ao cliente, observando suas necessidades.

Atualmente o investimento em recursos humanos é o valor que irá diferenciar

determinadas organizações em relação a outras.

Uma estratégia é uma posição única, com base em uma forma diferente

de atuação após adaptar as atividades essenciais à venda do produto como:

marketing, produção, serviços e logística. Atualmente, vários fatores se conectam

para produzir a satisfação do cliente: qualidade, funcionalidade, excelente

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distribuição e bom atendimento, bom preço, mas tudo esse trabalho só será

recompensado em ambiente propício.

O processo de vendas é parte da qualidade total da empresa junto aos

clientes, fornecedores e parceiros.

Assim, a pesquisas com a clientela permitem averiguar a necessidade de

consumo destes e as competências e novas posturas para estabelecer uma

relação com o cliente para a qualidade do atendimento. A fidelização do cliente é

um tipo de vínculo criado com o cliente que tem uma série de semelhanças com

os relacionamentos afetivos.

A combinação da filosofia do marketing de relacionamento, que ensina a

importância de cultivar os clientes e estabelecer com os mesmos um

relacionamento estável e duradouro. É uma grande virada no conceito de

atendimento ao cliente, que extrapola a prática existente em qualidade, e

possibilidade de aumentar a fidelidade do cliente e conseqüentemente à

rentabilidade.

Conclui-se que é preciso que os recursos humanos sejam treinados e

capacitados, em todos os níveis, não só para melhorar a qualidade do

atendimento, mas também para usar adequadamente as informações que

transformam possibilidades de negócios em lucros. Assim, é fundamental, coletar

muitos dados sobre o comportamento do cliente, para entender as questões

referentes à propensão a consumir outros produtos da empresa.

Os clientes não buscam apenas preço baixo e qualidade no atendimento,

mas exigem também desburocratização dos serviços, facilidade de crédito, e

motivação para comprar, quando a empresa realiza alguma estratégia diferente.

A estratégia de relacionamento com o cliente, portanto, pode ser definida

a partir de seus gostos e necessidades nas políticas de comercialização, a partir

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do marketing direto realizado pela empresa. Esta é uma das propostas para as

empresas de médio porte, para evitar custos elevados.

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