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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ANÁLISE DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Por: Vânia Conceição da Silva
Orientador
Prof. Ms. Ana Claudia Morrissy
Rio de Janeiro
2010
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
ANÁLISE DE PROJETOS DE INVESTIMENTOS
Apresentação de monografia à Universidade
Candido Mendes como condição prévia para a
conclusão do Curso de Pós Graduação “Lato Sensu”
em Finanças e Gestão Corporativa.
Por: Vânia Conceição da Silva
3
AGRADECIMENTOS
A Deus, meus pais e ao meu futuro
esposo.
4
DEDICATÓRIA
À minha mãe
Mulher forte e guerreira, que sempre me
deu força, principalmente nos momentos
mais difíceis.
5
RESUMO
A tendência de investimentos no Brasil entrou num importante ciclo de
crescimento, o que significa o retorno de elevados níveis de investimentos,
sejam, eles nos âmbitos públicos ou privados e em praticamente todos os
setores de atividade.
Os projetos passam por várias fases: iniciação, planejamento,
execução, controle e utilização.
Existem inúmeros elementos que as empresas se utilizam para
servirem como base anterior a um projeto de investimento: um erro de
avaliação do mercado, da concorrência, da qualidade dos produtos fabricados,
do equipamento utilizado para sua produção, pode transformar um sucesso
esperado em um estrondoso fracasso.
O projeto de investimento é composto pela sua descrição física (layout
de unidades de produção ou de operação), considerações de natureza
mercadológica, cronograma de implantação do empreendimento, descrição
das fontes de financiamento.
Todo projeto de investimento tem uma seqüência de estudos que visa
a verificar toda a viabilidade econômico-financeira do projeto.
Essa análise da viabilidade econômico-financeira é o método útil para
mensurar o risco do projeto, pois ele indica o prazo de retorno do investimento
total de recursos financeiros aplicados.
Quanto maior for o valor da TIR, melhores serão as chances de
aceitação do projeto de investimento.
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METODOLOGIA
O objetivo deste trabalho é mostrar aos empresários e consultores de
que um projeto de financiamento bem elaborado pode ajudar a uma empresa
ou grupo econômico a concessão do crédito, a pesquisa foi feita de acordo
com as bases teóricas, consolidadas nas bibliografias existentes, a
metodologia utilizada foi à pesquisa bibliográfica e consulta à internet.
O tema em tese foi inspirado pela vivência pessoal na área de análise
de projetos de investimentos de uma empresa de economia mista do Estado
do Rio de Janeiro, na qual pude observar o dia-a-dia de um analista de
projetos de investimentos, analisando empresas pleiteantes de um
financiamento.
7
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
Projeto 11
1.1 – O Conceito de Projeto 11
CAPÍTULO II
Elaboração De Projetos 14
2.1 – Planejamento 14
2.2 – Análise de Investimento 14
2.3 – Prévia do Projeto 16
2.4 – Classificação de Investimentos 17
CAPÍTULO III
Elaboração de uma análise de Investimento 19
3.1 – Elaboração do Projeto de Investimento 21
3.2 – Principais mecanismos para elaboração do Projeto de Investimento 22
3.3 – Projeções das entradas e saídas de caixa 22
3.4 – Fluxo de Caixa 23
3.5 – Montagem do Fluxo de Caixa 23
CAPÍTULO IV
Critérios de Análise de Investimentos 25
4.1 – Payback 25
4.2 – Taxa de Retorno Contábil (TRC) 26
4.3 – Valor Presente Líquido (VPL) 26
4.4 – Índice de Lucratividade (IL) 27
4.5 – Taxa Interna de Retorno (TIR) 28
8
4.6 – VPL e TIR no Excel 29
4.7 – Capacidade de Pagamento 29
4.8 – Margem Operacional 30
CAPÍTULO IV
Outros Indicadores Financeiros 31
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 42
FOLHA DE AVALIAÇÃO 44
9
INTRODUÇÃO
A tendência de investimentos no Brasil entrou num importante ciclo de
crescimento, o que significa o retorno de elevados níveis de investimentos,
sejam, eles nos âmbitos públicos ou privados e em praticamente todos os
setores de atividade.
A necessidade hoje, das organizações, de buscar tecnologia, inovação
e competitividade, induz as empresas de pequeno, médio e grande porte a
buscar recursos para financiar seu projeto, que vai trazer vantagens
competitivas, já que o principal objetivo das empresas é atender a uma
necessidade de mercado.
Os projetos antes restritos aos engenheiros e arquitetos,
principalmente na construção civil vem tomando força e estão cada vez mais
difundidos no cenário econômico-financeiro das empresas.
Sendo assim, é necessário criar projetos de investimentos para
atender não só as exigências e quesitos dos órgãos financiadores, como os
bancos de investimentos, e/ou órgãos financiadores, os projetos devem ser
bem elaborados e conter todos os cálculos possíveis, devendo pagar os
recursos nele investidos e ainda gerar algum retorno aos acionistas.
As Instituições Financeiras por sua vez, para conceder financiamento
para investimento, exigem a apresentação das avaliações econômico-
financeiras destes projetos, para através dos métodos de análises existentes,
avaliarem a viabilidade do empreendimento, essa análise deve ser amparada
por estudos tecnicamente impecáveis, garantindo assim, a decisão correta a
ser tomada, com o retorno esperado, sempre minimizando os riscos e
maximizando os lucros.
10
Geralmente há mais de uma opção de projeto a ser levado adiante.
Mas, a escassez de recursos próprios faz com que as empresas procurem as
Instituições Financeiras para terem seu projeto aprovado e financiado.
Em muitas empresas, o processo de decisão de investimento está
formalizado na política de investimento, que estabelece o procedimento e a
forma de apresentação de uma proposta de investimento, incluindo os níveis
de cronograma, aprovação, tudo com a estimativa de desembolso do
investimento.
Para uma Instituição Financeira decidir, aprovar e financiar um projeto
de investimento, a ela interessa receber o valor emprestado nas datas, com
juros e demais condições acordadas, com base nos recursos que foram
liberados e de acordo com o contrato assinado.
Como os projetos são normalmente irreversíveis e de longo prazo, o
sucesso na tomada de decisão afetará o futuro financeiro da empresa.
11
CAPÍTULO I
PROJETO
1.1 – O Conceito de Projeto
O que vem a ser um projeto? As fontes são diversas. Abaixo são
elencados alguns conceitos.
Segundo Antônio César Maximiano, “é a atividade ou empreendimento,
dentro de um macroprojeto / programa, que tem começo e fim programados, e
que deve resultar num produto final singular, o qual procura resolver um
problema específico”.
Segundo Colbert Boiteaux, “é uma subdivisão do macroprojeto /
programa em que as ações estão bem definidas e os recursos perfeitamente
delineados, em nível de aprovação, por quem o encomendou ou pelo órgão
financiador a que vai ser apresentado”.
Segundo Vargas (2003), “projeto é um empreendimento não repetitivo,
caracterizado por sequência clara e lógica de eventos, com início, meio e fim,
que se destina a atingir em objetivo claro e definido, sendo conduzido por
pessoas dentro de parâmetros predefinidos de tempo, custo, recursos
envolvidos e qualidade”.
Para a elaboração de um projeto são necessários identificar suas
características, benefícios, custo alvo do produto, possibilidade de sucesso, o
seu ciclo de vida, e suas fases até a sua finalização.
Cada projeto tem sua característica, que segundo Vargas (2003),
podem ser: a temporariedade, a individualidade do projeto ou serviço a ser
12
desenvolvido, a complexidade e a incerteza. Ainda menciona que existem
inúmeros benefícios que advém da utilização do gerenciamento de projetos,
tais como:
• Evitar surpresas e desencontros durante a execução dos
trabalhos;
• Antecipar situações e decisões desfavoráveis;
• Disponibilizar os orçamentos e planilhas antes do início dos
gastos;
• Agilizar as decisões.
Assim como surgem benefícios, surgem também fracassos, e Vargas
(2003) cita os tipos mais comuns de falhas, e destaca as gerenciais. As mais
comuns em um projeto são:
• Objetivos e metas mal estabelecidos;
• Pequena compreensão da complexidade do projeto;
• O projeto é baseado em dados insuficientes, inadequados, ou
mal elaborado;
• Não foi destinado tempo para as estimativas, planejamento e
estudo.
Ainda, de acordo com Vargas (2003), “todo projeto pode ser
subdividido em determinadas fases de desenvolvimento”. Essas fases são
conhecidas como ciclo de vida de um projeto, e com elas a equipe de
elaboração tem um controle melhor dos recursos gastos para atingir suas
metas.
Todos devem conhecer as fases do ciclo de vida do projeto, pois esse
conhecimento só acarretará em benefícios, que dentre eles, Vargas (2003),
destaca os seguintes:
13
• A correta análise do ciclo de vida determina o que foi, ou não
feito de estudos pelo projeto;
• O ciclo de vida avalia como o projeto está progredindo até
aquele momento;
• O ciclo de vida permite que seja indicado qual o ponto exato em
que o projeto se encontra no momento.
Segundo Vargas (2003, p. 13), “um projeto é desenvolvido a partir de
uma idéia, progredindo para um plano, que, por sua vez é executado e
concluído”.
Para Vargas (2003), os projetos passam por várias fases:
• Fase de Iniciação: Determina a missão e o objetivo do projeto;
• Fase de Planejamento: Desenvolve o detalhamento de tudo que
será realizado no projeto.
• Fase de Execução: Materialização de tudo que foi planejado.
• Fase de Controle: Transcorre junto com o planejamento e
execução do projeto.
• Fase de Utilização: Fase final do projeto.
14
CAPÍTULO II
ELABORAÇÃO DE PROJETOS
2.1 – Planejamento
É a fase responsável por detalhar tudo aquilo que será realizado pelo
projeto, incluindo cronogramas, alocação dos recursos envolvidos, análise de
custos, estudos de viabilidade econômico-financeira, etc.
Ao seu final, o projeto deverá estar suficientemente detalhado para ser
executado sem falhas e/ou imprevistos.
2.2 – Análise de Investimento
Quando uma empresa busca investir em máquinas e equipamentos,
ampliar sua produção, ou apenas reduzir custos, precisa fazer uma análise de
investimento, para que não tenha decisões equivocadas que possam
prejudicar o seu futuro.
Todo investimento precisa de uma decisão e desta decisão advém um
risco. Existem inúmeros elementos que as empresas se utilizam para servirem
como base anterior a esta decisão: um erro de avaliação do mercado, da
concorrência, da qualidade dos produtos fabricados, do equipamento utilizado
para sua produção, pode transformar um sucesso esperado em um estrondoso
fracasso. (GASLENE ET AL., 1999).
Neste caso, se houver qualquer falha na apresentação do projeto, seja
essa falha técnica ou operacional, e o mesmo não for analisado de forma
correta, poderá levar todo o investimento ao fracasso, e o tempo, estudos e
dinheiro dispendidos serão alçados ao prejuízo.
15
De acordo, com Padoveze (2005, p. 121 e 122) “um investimento se
caracteriza por ser um gasto não consumido imediatamente cujos resultados
virão dos benefícios futuros desse gasto”. Ainda, comenta que o investimento é
caracterizado pelo seguinte:
• São todos os gastos que utiliza determinado modelo de
mensuração, normalmente fluxo de caixa descontado;
• São geradores de outros produtos e serviços;
• São instrumento e meios para desenvolver as atividades;
• Não se exaurem de uma única vez;
• Deve haver o usufruto (uma obra de arte não seria considerada
um investimento industrial).
Conforme Santos (2001), uma análise de investimento tem como
objetivo básico avaliar as condições e alternativas de ação, e mediante um
estudo escolher a mais atrativa/lucrativa, sempre utilizando métodos
quantitativos.
As decisões de um futuro investimento devem ser bem elaboradas,
são importantes, pois envolvem valores significativos e geralmente são
investimentos de longo prazo.
A prévia avaliação de todos os quesitos envolvidos, primordialmente,
uma prévia avaliação econômica das decisões será considerada uma atividade
indispensável no ambiente empresarial.
Para uma Instituição Financeira, a análise de investimentos tem como
objetivo avaliar, pelos métodos quantitativos, quais os projetos que irão
desenvolver valores significativos para toda a instituição.
16
2.3 – Prévia do Projeto
É onde os empresários estudam o que é melhor para a
empresa/organização, neste momento estuda-se de forma bem simples, toda a
idealização de quais linhas de ação serão traçadas.
Assim, em posse dos estudos preliminares e visão no futuro
empreendimento, será realizado estudos de viabilidade nas áreas: técnica,
financeira, demanda, sócio-econômico, legal, riscos, e outros julgados
necessários de acordo com o projeto.
Para cada parte do estudo será identificada a sua característica
específica dentro do projeto, tais como:
• Técnica: Verificar a habilidade técnica e/ou tecnológica para
implantação do projeto, e apresentar a conclusão que levaram a
esse entendimento;
• Demanda: Apresentar quantitativa e qualitativamente quais os
possíveis clientes que irão consumir determinado produto ou
serviço a ser realizado pelo projeto;
• Financeira: Verificar o orçamento que deve estar disponível para
a implementação do projeto, desde o seu início até a conclusão
do mesmo;
• Sócio-Econômico: Apresentar os principais aspectos sócio-
econômicos dos possíveis clientes.
• Legal: Analisar os aspectos legais que podem interferir no
projeto, tais como: leis, normativas, documentos e etc.
• Riscos: Verificar sempre o andamento do projeto,
gerenciamento como um todo.
• Podem surgir outros julgados necessários, mas isso, vai
depender de cada projeto, cada empreendimento.
17
Após todo esse trâmite, a prévia do projeto pode ser apresentada à
Diretoria, ou a quem de direito couber dentro da administração da empresa,
sempre tomando por base o que for mais lucrativo para todos.
2.4 - Classificação de Investimentos
Abecassis e Cabral (2000) compreendem que existem quatro modos
de investimentos, abaixo descriminados:
• Investimento de substituição: É destinado a substituir bens
antigos por novos, está relacionado a fatores internos e
externos, que ocasionam insuficiências no processo.
O risco neste tipo de investimento sempre será menor, pois comparado
aos outros investimentos, existirá dois tipos de causas internas para sua
substituição, uma será pelo uso, os equipamentos se depreciam com o tempo
de utilização, e será mais do que normal a sua substituição.
A outra causa será pelas avarias, ou seja, os equipamentos estão
sujeitos a inutilização parcial ou total, decorrentes de avarias, sendo
necessária a sua substituição. As causas externas de substituição são
decorrentes da obsolescência do capital investido. (ABECASSIS e CABRAL,
2000).
• Investimento de expansão: É a insuficiência de posição
comercial ou crescimento significativo do consumo dos bens /
serviços produzidos ou até diversificação de produtos.
Este tipo de investimento exige um projeto mais detalhado, um estudo
aprofundado acerca das alternativas já existentes para a solução do problema,
pois o risco do investimento deve ser quantificado, e para ser adotado um
18
critério de decisão, esse estudo deve se apoiar em métodos de cálculo de
rentabilidade. (ABECASSIS e CABRAL, 2000).
• Investimento de modernização ou inovação: Tem como
objetivo reduzir os custos de produção e exige estudos
comparativos, tais como: avaliar a demanda ou consumo de
determinado produto.
Segundo Abecassis e Cabral (2000, p. 17), "será necessário
estabelecer não apenas os elementos de cálculo de rentabilidade (custo de
investimento, contas previsionais de exploração, cash flow) para a situação
dinâmica com o projeto de modernização realizado, como também estabelecer
os mesmos elementos de cálculo da rendibilidade para o conjunto da situação
sem o projeto de modernização”.
• Investimento estratégico: Não são exclusivamente motivados
por critérios de rendibilidade, apesar de considerar uma
probabilidade de rendibilidade global da empresa a prazo. Será
distribuído em duas categorias: investimento com o intuito de
reduzir riscos, ou seja, para obter melhor qualidade, melhor
preço, um processo técnico superior, para tentar neutralizar a
concorrência; e investimento de caráter social, tudo para
deixar o trabalho mais favorável aos empregados. (ABECASSIS
e CABRAL, 2000).
19
CAPÍTULO III
ELABORAÇÃO DE UMA ANÁLISE DE INVESTIMENTO
Ao se analisar um investimento é recomendado verificar alguns
conceitos, todos sempre relacionados à sua utilização.
De acordo com Santos (2001), na elaboração de uma análise de
investimento, os seguintes conceitos deverão sempre ser utilizado:
• Projeto de Investimento: É a aplicação de capital com o
objetivo de obter um benefício econômico, podendo ser na
forma de lucro ou redução dos custos. O autor, ainda cita outros
exemplos de projetos de investimentos, como, um novo
empreendimento, ou mesmo a expansão de um
empreendimento já existente, substituição dos equipamentos já
obsoletos e mudança no processo operacional.
• Fluxo de caixa: São as operações de entrada e saída de
dinheiro do caixa da empresa, começam em um ponto zero,
registra o início do investimento ordenado em períodos de
tempo, ou seja, em sequência. O fluxo é representado por um
organograma, com detalhamento de todos os registros do
período, contendo todas as entradas, saídas e o fluxo de caixa
líquido. (SANTOS, 2001).
• Vida útil de um ativo: Ativos, são todos os bens utilizados na
área operacional de uma empresa, podem ser considerados
ativos: terrenos, imóveis, máquinas e equipamentos. É preciso
levar em consideração a depreciação e a vida útil deles para se
avaliar economicamente um projeto de investimento. Deve ser
20
usada a tabela contábil para a devida depreciação de cada bem,
como, por exemplo, um veículo pode vir a durar vinte anos, mas
se torna economicamente inviável mantê-lo por mais de cinco
anos, então pode ser classificado como tendo sua vida útil de
cinco anos. (SANTOS, 2001).
• Valor residual de um ativo: Segundo Santos (2001, p. 146), “o
valor estimado de venda de um ativo no final de sua vida útil é
denominado valor residual”.
Período de análise: Para se avaliar a rentabilidade de um projeto de
investimento, é necessário estabelecer um período de análise. Esse período
não será indeterminado. Conforme esclarece, Santos (2001), se em um projeto
de investimento, os ativos tiverem a mesma vida útil, a duração desta será feita
por períodos de análise. Já para os que tiverem vidas úteis diferentes, deverá
ser feito o mínimo múltiplo comum (MMC) das vidas úteis dos ativos para
estabelecer tal período.
Ainda, comenta Cassarotto (2000) que, não é raro profissionais da
área econômico-financeira fazer escolhas de investimento sem que o custo do
capital empregado seja considerado adequado para determinado tipo de
projeto.
Ao fazer um empreendimento é de suma importância, que a empresa
faça uma análise de viabilidade do mesmo, pois é necessário identificar as
características específicas de cada tipo de projeto. Não basta selecionar as
informações acerca da rentabilidade do investimento, é necessário saber se
existem recursos próprios disponíveis e se há possibilidade de se obter
recursos de terceiros.
21
3.1 – Elaboração do Projeto de Investimento
Segundo Santos (2001, p. 147), “o projeto de investimento é composto
pela sua descrição física (layout de unidades de produção ou de operação),
considerações de natureza mercadológica, cronograma de implantação do
empreendimento, descrição das fontes de financiamento, além das seguintes
estimativas: investimentos permanentes (imóveis, máquinas, instalações, etc.);
investimento em capital de giro (estoques, matérias primas, etc.); valor de
vendas ao longo do período de análise do projeto e valor dos gastos ao longo
do período de análise do projeto”.
De acordo com Woiler e Mathias (1996, apud Souza, 2003, p. 69),
projeto de investimento é definido como: “o conjunto de informações internas
e/ou externas à empresa, coletadas e processadas como o objetivo de
analisar-se (e, eventualmente, implantar-se) uma decisão de investimento.
Nestas condições, o projeto não se confunde com as informações, pois ele é
entendido como sendo um modelo que, incorporando informações qualitativas
e quantitativas, procura simular a decisão de investir e suas implicações”.
Todo projeto de investimento tem uma seqüência de estudos que visa
a verificar toda a viabilidade econômico-financeira do projeto. Na fase de
elaboração do projeto é que serão definidos os principais indicadores
financeiros, que são diretamente relacionados ao produto final.
Essa análise da viabilidade econômico-financeira realizada nesta fase
é a referência inicial para as fases seguintes, no desenvolvimento do projeto
propriamente dito, torna-se um dos critérios mais importantes para se manter a
decisão final de execução ou não de um projeto de investimento.
Existe a necessidade de uma revisão periódica desta análise, pois
nesta fase preliminar tudo é passível de mudança, mas à medida que o projeto
vai avançando vai aumentando as certezas quanto as características reais do
22
empreendimento. Sendo assim, a análise de viabilidade econômico-financeira
pode ser refinada e confrontada com a inicialmente planejada, tanto para
efeitos reais, quanto para efeitos de aprendizagem.
3.2 – Principais mecanismos para elaboração do Projeto de
Investimento
O principal elemento que justifica a existência, criação, expansão ou
reaparelhamento de uma empresa é a geração de lucro. Mas para os
empresário/acionistas, porém, não basta que o projeto tenha um resultado
positivo.
Para um projeto de investimento ser atrativo o bastante, é necessário
que a quantidade de lucro gerado, a rentabilidade com o retorno do projeto,
seja melhor do que aquela empresa poderia obter com outros investimentos,
como, por exemplo, aplicando simplesmente no mercado financeiro, sem fazer
quase ou nenhum esforço.
Portanto, o principal mecanismo da avaliação econômico-financeira é
medir o retorno do projeto de maneira compatível com outros investimentos.
3.3 – Projeções das entradas e saídas de caixa
Segundo Santos (2001), as entradas dependem de três elementos
básicos: quantidades vendidas, preços unitários de venda e cronograma de
entrada em operação. As entradas são consideradas os dados mais críticos
para uma correta avaliação econômica e são os itens que possuem mais
impactos e incertezas sobre o fluxo de caixa.
Ainda, de acordo com Santos (2001), as saídas de caixa são as
despesas necessárias para o funcionamento do projeto de investimento. Para
estimar todas as saídas será preciso projetar os custos de operação e
23
transformar de base de competência para base de caixa. Quando for feita a
projeção de saída de caixa será preciso ter cuidado com as depreciações, pois
as mesmas não representam uma saída para fins de avaliação de
investimentos.
3.4 – Fluxo de Caixa
A demonstração dos fluxos de caixa, também chamados de cash
flows, relata os movimentos de caixa durante determinado período, são
classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento,
de forma a proporcionar informações determinantes para o impacto dessas
atividades na posição financeira da empresa e nas quantias do caixa e seus
equivalentes.
Cada um dos itens abaixo tem a sua respectiva comparação:
• Balanço = Posição Financeira;
• Demonstração de Resultados = Desempenho;
• Demonstração de Fluxos de Caixa = Alterações na Posição
Financeira.
3.5 – Montagem do Fluxo de Caixa
A montagem pode ser feita somente após a elaboração das projeções
descritas anteriormente. De acordo com Santos (2001, p. 149), enfatiza que as
seguintes regras devem ser seguidas:
• As entradas e saídas de caixa periódicas distribuídas ao longo
da unidade de tempo (mês ou ano) do período de análise
24
(número de anos) são acumuladas e consideradas como tendo
acontecido no final da unidade de tempo.
• Se a empresa estiver sujeita à tributação pelo lucro real, a
depreciação será incluída provisoriamente entre os custos do
fluxo de caixa para fins de cálculo do imposto de renda
projetado. Depois, a depreciação será somada as demais
entradas de caixa para fins de cálculo do fluxo e caixa líquido.
• Se o projeto de investimento utilizar capital de terceiros para
financiá-lo, haverá dois fluxos de caixa:
a) um fluxo de caixa para avaliar a rentabilidade do projeto
independente do uso de financiamento;
b) um fluxo de caixa para avaliar a rentabilidade do capital
próprio considerando os efeitos do financiamento.
25
CAPÍTULO IV
CRITÉRIOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS
Segundo Souza (2003), os critérios de decisão de um projeto de
investimento são reunidos em: critérios de rentabilidade (Payback e Taxa de
Retorno Contábil) e critérios de rentabilidade tradicionais baseados nos luxos
de caixas descontados (Valor Presente Líquido, Índice de Lucratividade e Taxa
Interna de Retorno).
Mais dependendo do tipo de empreendimento a ser realizado, vai ser
utilizado outros indicadores financeiros, que vão complementar a análise
econômico-financeira de cada projeto.
4.1 – Payback
O payback é um dos métodos mais simples, e de utilização muito
difundida. De acordo com Souza (2003), é o método útil para mensurar o risco
do projeto, pois ele indica o prazo de retorno do investimento total de recursos
financeiros aplicados.
Tendo essa avaliação, a empresa parte com base para ter seu padrão
de tempo para a recuperação do investimento, no tempo de vida esperado do
ativo, nos riscos associados e em sua posição financeira, vai ajudar na decisão
da aceitação ou rejeição do projeto.
Segundo Gaslene, Fensterseifer e Lamb. (1999), o payback é utilizado
por um grande número de empresas, muitas vezes como único critério de
avaliação e seleção dos projetos de investimentos, devido a sua simplicidade
no uso do critério do tempo de recuperação do capital. É confundido muitas
26
vezes como um critério de rentabilidade quanto na verdade caracteriza uma
medida da liquidez investida no projeto.
4.2 – Taxa de Retorno Contábil (TRC)
Este método não leva em consideração o valor do dinheiro, da
rentabilidade no tempo propriamente dita, e não considera também, o fluxo de
caixa. Considera somente os valores contábeis.
Para Gaslene, Fensterseifer e Lamb. (1999), “esse critério de
classificação pode incluir o retorno sobre o investimento, o retorno sobre os
ativos ou o retorno sobre o patrimônio”.
4.3 – Valor Presente Líquido (VPL)
Esse método é utilizado para análise de investimentos que determina o
valor presente de pagamentos futuros. Em outras palavras, representa também
a diferença entre o valor presente das entradas líquidas de caixa associada ao
projeto e ao investimento inicial necessário, trazendo os fluxos de entrada e
saídas para o momento zero.
Souza (2003, p. 75), destaca quatro exemplos de pontos positivos do
VPL:
1) Esse método é condizente com o princípio da aditividade, ou seja,
considerando-se dois projetos de investimento (A e B), o VPL de A
mais o VPL de B pode ser representado por VPL (A+B);
2) Esse método é aceito pelos teóricos;
3) O VPL leva em consideração o tamanho do projeto; e
27
4) Quanto se calcula esse indicador, considera-se que os fluxos de
caixa intermediários são reinvestidos mediante a utilização da
mesma taxa do custo capital.”
Conforme, Gaslene, Fensterseifer e Lamb (1999, p. 40), o VPL pode
ser representado pela expressão:
4.4 – Índice de Lucratividade (IL)
Esse método ilustra a relação entre o valor presente das entradas
líquidas de caixa e o investimento inicial, utiliza uma taxa mínima de
atratividade (K).
De acordo com Souza (2003), “sempre que o índice de lucratividade for
superior ao investimento inicial, o projeto de investimento será rentável.”
Ao se analisar o IL, e ele apresentar índice maior que um será mais
rentável e mais favorável, do que aquele que for mais elevado.
Conforme, Gaslene, Fensterseifer e Lamb (1999, p. 40), o critério do
índice de lucratividade pode ser representado pela seguinte expressão:
28
4.5 – Taxa Interna de Retorno (TIR)
A TIR é um dos métodos mais difundidos como critério de análise de
investimentos, devido ao seu fácil entendimento.
Estabelece a taxa econômica necessária para igualar o valor de um
investimento com seus retornos futuros. É a taxa de remuneração que deve
ser fornecida pelo projeto, de modo que este iguale o seu investimento, após
um determinado período.
Quanto maior for o valor da TIR, melhores serão as chances de
aceitação do projeto de investimento.
Segundo Souza (2003), este método não considera o tamanho do
projeto, e apresenta esta ou aquela característica como ponto fraco, apenas
apresenta a TIR como percentual, e que existe a possibilidade de dois projetos
de dimensões e visões diferentes apresentarem a mesma taxa de retorno.
O cálculo da TIR era muito demorado e dispendioso, mas nos tempo
modernos basta uma simples fórmula no excel e prontamente o cálculo é feito.
De acordo com Gaslene, Fensterseifer e Lamb (1999, p. 41), a TIR de
um investimento é a taxa r* e pode ser calculada pela seguinte expressão:
29
4.6 – VPL e TIR no Excel
O cálculo desses indicadores financeiros era muito exaustivo, e
passível de erros de apuração e muito demorado.
A utilização de planilhas do excel permite um domínio total do cálculo,
com rapidez e precisão.
Como fazer o cálculo dos indicadores financeiros em uma planilha de
excel:
=VPL (Taxa ;Valores das Receitas Líquidas) - Investimento
=TIR (Investimento e Valores das Receitas Líquidas; Estimativa)
4.7 – Capacidade de Pagamento
Não basta ter todos os critérios de análise de investimentos, se a
capacidade de pagamento não for positiva, ou seja, a empresa deve ter
condições de arcar com o futuro empreendimento.
Segundo Souza (2003, p. 79), “é determinada mediante análise do
fluxo de caixa a ser gerado pelas operações da empresa, considerando seu
fluxo atual em conjunto com os fluxos gerados com a implantação do projeto
em análise”.
Ainda de acordo com Souza (2003, p. 80), “as Instituições Financeiras
procuram identificar os projetos que apresentam capacidade de pagamento
dentro do período de duração do empréstimo / financiamento solicitado”.
Apesar da capacidade de pagamento ser um dos indicadores
financeiros de difícil quantificação, ele é considerado como um dos quesitos
30
mais importante para o apoio de um projeto de investimento pelas instituições
financeiras.
O caixa gerado pelas operações vai possibilitar a verificação da
capacidade de pagamento através da comparação entre o caixa e o resultado
financeiro líquido. Segundo Souza (2003, p. 79) será verificada através das
projeções financeiras de entradas e saídas de caixa, de acordo com o quadro
abaixo:
4.8 - Margem Operacional
Será calculada sempre no conjunto empresa mais projeto, onde se
excluem as despesas financeiras posteriores ao financiamento do projeto,
assim como o valor da depreciação dos ativos fixos integrados com o projeto
de investimento, o resultado será um indicador de margem operacional,
conforme (SOUZA, 2003) apresenta na fórmula abaixo:
31
CAPÍTULO V
OUTROS INDICADORES FINANCEIROS
Existem ainda, outros indicadores financeiros para tomada de decisão
para concessão de empréstimos e financiamentos, entre eles estão:
• Retorno sobre o Patrimônio Líquido: Representa a
rentabilidade do negócio sobre o patrimônio líquido total da
organização mais o projeto de investimento.
• Índices de Liquidez: Logo após a verificação do Retorno sobre o
Patrimônio Líquido, verifica-se o índice das demonstrações
contábeis da empresa, feito geralmente nos três períodos que
antecedem o projeto de investimento.
• Liquidez Geral: Mostra a relação entre os recursos da empresa
que não estão imobilizados e o total de sua dívida. É calculada
pela divisão da soma do ativo circulante com o realizável a longo
prazo e sem as duplicatas descontadas pela soma do exigível
total com as duplicatas descontadas. Dessa divisão, obtém-se um
índice. Se o índice for menor que 1, conclui-se que a empresa,
para manter a solvência, dependerá de lucros futuros,
renegociação das dívidas ou venda de ativos.
•
32
• Liquidez Corrente: É o ativo circulante dividido pelo passivo
circulante.
• Liquidez Seca: É o ativo circulante menos os estoques e as
despesas antecipadas dividido pelo passivo circulante.
• Endividamento Geral: Verificado antes da elevação das dívidas
a serem assumidas, ele relaciona as exigibilidades onerosas com
o ativo total.
• Capital Circulante Líquido: Representa o total de recursos de
curto prazo disponíveis para financiamento das atividades da
empresa. É medido pela diferença entre o ativo e o passivo
circulantes.
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• Necessidade de Capital de Giro: Permite avaliar os recursos
necessários em giro, bem como os investimentos para
operacionalização em parceria com o projeto.
• Grau de Alavancagem Financeira: Quantifica a alavancagem
financeira que a empresa terá de gerar com o projeto de
investimento.
• Capital Circulante Líquido: Representa o total de recursos de
curto prazo disponíveis para financiamento das atividades da
empresa. É medido pela diferença entre o ativo e o passivo
circulantes.
Abaixo estão relacionados outros indicadores financeiros que devem
ser analisados de acordo com o tipo de projeto de investimentos a ser
financiado:
• Ativo Total Ajustado: É o total dos recursos que estão à
disposição da empresa. As duplicatas descontadas não são
deduzidas do ativo circulante. São reclassificadas no passivo
circulante. Essa opção se justifica porque na maioria dos casos
34
as duplicatas descontadas constituem um empréstimo com
garantia, e não uma operação de cessão de crédito. O valor é
ajustado para reconhecer os efeitos inflacionários que as
empresas deixaram, por imposição legal, de considerar nas
demonstrações contábeis. O valor do ativo total ajustado pode ser
obtido dividindo-se o patrimônio líquido ajustado pelo
endividamento geral, subtraído de 100.
• Controle Acionário: Indica o país de origem do acionista
controlador. Empresas multinacionais controladas por holding
constituída no Brasil são classificadas pelo país de origem do
acionista controlador final.
• EBITDA: Abreviatura da expressão em inglês Earnings Before
Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, que significa lucro
antes de descontar os juros, os impostos sobre o lucro, a
depreciação e a amortização. Em essência, corresponde ao caixa
gerado pela operação da empresa.
• Endividamento a Longo Prazo: Indica o quanto a empresa está
comprometida com dívidas de longo prazo. É expresso em
porcentagem, em relação ao ativo total ajustado.
• Exigível a longo prazo: É um indicador derivado, obtido da
multiplicação do ativo total ajustado pelo índice de
endividamento a longo prazo, sendo o resultado dividido por
100.
• Exigível Total: É um indicador derivado, obtido da multiplicação
do ativo total ajustado pelo endividamento geral, sendo o
resultado dividido por 100.
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• Exportação: É a parcela das vendas realizadas para o exterior,
obtida a partir das demonstrações contábeis publicadas.
• Giro do Ativo: É a receita bruta de vendas dividida pelo ativo
total ajustado. Mede a eficiência operacional da empresa e deve
ser comparado com a margem de lucro sobre vendas.
• Impostos sobre vendas: Inclui apenas os impostos incidentes
diretamente sobre as vendas, tais como: IPI, ICMS, ISS, PIS e
Cofins e outros de atividades específicas.
• Liderança de Mercado: Expressa em porcentagem a
participação da empresa no seu setor. É calculada dividindo-se as
vendas da empresa pela soma das vendas das empresas do
mesmo setor.
• Lucro Líquido Ajustado: É o lucro líquido apurado depois de
reconhecidos os efeitos da inflação nas demonstrações
contábeis. Algumas empresas, mesmo sem exigência legal,
calcularam e divulgaram esses efeitos mediante demonstrações
complementares, notas explicativas. Nesse valor estão ajustados
os juros sobre o capital próprio, considerados como despesas
financeiras.
• Lucro Líquido Legal: É o resultado nominal do exercício apurado
de acordo com as regras legais (sem considerar os efeitos da
inflação), depois de descontados o imposto de renda e a
contribuição social e ajustados os juros sobre o capital próprio,
considerados como despesas financeiras.
• Margem das Vendas: É a divisão do lucro líquido ajustado pelas
vendas, expressa em porcentagem.
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• Passivo Circulante: É um indicador obtido da multiplicação do
ativo total ajustado pela diferença entre o endividamento geral e o
endividamento a longo prazo. O resultado final.
• Patrimônio Líquido Ajustado: É o patrimônio líquido legal
atualizado pelos efeitos da inflação. Também essa informação foi
dada por parte das empresas, mesmo sem exigência legal.
• Patrimônio Líquido Legal: É a soma do capital, das reservas e
dos ajustes de avaliação patrimonial, menos a soma do capital a
integralizar, das ações em tesouraria e dos prejuízos acumulados,
sem considerar os efeitos da inflação.
• Produtividade: É calculada dividindo-se o total das vendas em
dólares pelo valor do ativo total ajustado.
• Receita Líquida: É a calculada pela diferença aritmética entre o
valor das vendas, deduzidas das devoluções e abatimentos, e os
impostos sobre as vendas.
• Rentabilidade do Patrimônio: Mede o retorno do investimento
para os acionistas. Resulta da divisão dos lucros líquidos, legal e
ajustado, pelos respectivos patrimônios líquidos, legal e ajustado.
O produto é multiplicado por 100 para ser expresso em
porcentagem. Para o cálculo, consideram-se como patrimônio os
dividendos distribuídos no exercício e os juros sobre o capital
próprio.
• Riqueza Criada: Representa a contribuição da empresa na
formação do produto interno bruto do país, já deduzida a
depreciação.
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• Riqueza por Empregado: É o total da riqueza criada pela
empresa dividido pela média aritmética do número de
empregados, sem levar em conta eventuais serviços
terceirizados. Serve para indicar a produtividade dos
trabalhadores e a contribuição média de cada um na riqueza
gerada pela empresa.
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CONCLUSÃO
Os fatores estudados neste trabalho revelam a forma peculiar de uma
análise financeira de projetos de investimentos, mostrar todo o estudo que é
feito para auxiliar no planejamento, execução e acompanhamento de um
projeto.
Antes de uma empresa/organização buscar apoio de capital em uma
Instituição Financeira, ela deve analisar seu projeto e verificar quais são os
critérios relevantes para a tomada da decisão.
Este trabalho traz toda uma sequência lógica do assunto, adaptando-
se alguns temas para a linguagem mais simples, para que todos possam
compreender, sem contrariar os aspectos doutrinários na bibliografia
consultada.
A análise financeira de um projeto de investimento deve ser minuciosa,
ela deve conter informações e dados de todos os produtos da empresa,
informações acerca do mercado econômico, da demanda, dos possíveis
clientes, fornecedores e claro dos concorrentes.
Não obstante a estas informações, o analista da Instituição Financeira
deve analisar todos os indicadores financeiros abordados pelo trabalho, pois
cada projeto é único, mas não basta só analisar a situação econômico-
financeira da empresa, deve-se ter o “feeling” do empreendimento.
Outro item importante para a concessão do crédito a determinado
projeto, é análise de risco do mesmo, dependendo do risco da empresa, sua
taxa de juros vai variar conforme a sua capacidade de pagamento.
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Desta forma, como analisado em todo o trabalho, são vários os
métodos que uma Instituição Financeira utiliza para a análise de projetos de
investimentos, os critérios relevantes numa decisão de aprovação do projeto, é
determinado caso a caso, pois cada análise financeira de projetos de
investimentos será única.
40
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
ABECASSIS, Fernando e CABRAL, Nuno. Análise Econômica e Financeira de
Projectos. 4ª ed., Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2000.
CASAROTTO Filho, Nelson. Análise de Investimentos: matemática financeira,
engenharia econômica, tomada de decisão, estratégia empresarial. 9ª ed., São
Paulo: Atlas, 2000.
GASLENE, Alain; FENSTERSEIFER, Jaime E. e LAMB, Roberto. Decisões de
Investimentos da Empresa. São Paulo: Atlas, 1999.
PADOVEZE, Clovis Luis. Introdução a Administração Financeira. São Paulo:
Thomson, 2005.
SANTOS, Edno Oliveira dos. Administração Financeira da Pequena e Média
Empresa. São Paulo: Atlas, 2001.
SILVA, José Pereira da. Análise Financeira das Empresas. 5ª ed., São Paulo:
Atlas, 2001.
SOUZA, Acilon Batista de. Projetos de Investimento de Capital: elaboração,
análise, tomada de decisão. São Paulo: Atlas, 2003.
SOUZA, Alceu e CLEMENTE, Ademir. Decisões Financeiras e Análise de
Investimentos: Fundamentos, técnicas e aplicações. 5ª ed. São Paulo: Atlas,
2004.
VARGAS, Ricardo Viana. Manual Prático de Plano de Projeto / Utilizando o
PMBOOK 2000, Aprenda a construir um plano de projeto passo a passo
através de exemplos. Rio de Janeiro: Brasport, 2003.
41
http://www.administradores.com.br/artigos/analise_economicofinanceira_de_projetos/20744/, 15-05,2010.
http://www.horusstrategy.com.br/consultoria/labels/Consultoria.html, 15-2,2010
42
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
Projeto 11
1.2 – O Conceito de Projeto 11
CAPÍTULO II
Elaboração De Projetos 14
2.1 – Planejamento 14
2.2 – Análise de Investimento 14
2.3 – Prévia do Projeto 16
2.4 – Classificação de Investimentos 17
CAPÍTULO III
Elaboração de uma análise de Investimento 19
3.1 – Elaboração do Projeto de Investimento 21
3.2 – Principais mecanismos para elaboração do Projeto de Investimento 22
3.3 – Projeções das entradas e saídas de caixa 22
3.4 – Fluxo de Caixa 23
3.5 – Montagem do Fluxo de Caixa 23
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CAPÍTULO IV
Critérios de Análise de Investimentos 25
4.1 – Payback 25
4.2 – Taxa de Retorno Contábil (TRC) 26
4.3 – Valor Presente Líquido (VPL) 26
4.4 – Índice de Lucratividade (IL) 27
4.5 – Taxa Interna de Retorno (TIR) 28
4.6 – VPL e TIR no Excel 29
4.7 – Capacidade de Pagamento 29
4.8 – Margem Operacional 30
CAPÍTULO IV
Outros Indicadores Financeiros 31
CONCLUSÃO 38
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 40
ÍNDICE 42
44
FOLHA DE AVALIAÇÃO
Nome da Instituição:
Título da Monografia:
Autor:
Data da entrega:
Avaliado por: Conceito: