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  • UnB/CESPE INSS Caderno AZUL

    Cargo 18: Tcnico do Seguro Social 1

    De acordo com o comando a que cada um dos itens de 1 a 150 se refira, marque, na folha de respostas, para cada item: o campodesignado com o cdigo C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o cdigo E, caso julgue o item ERRADO.A ausncia de marcao ou a marcao de ambos os campos no sero apenadas, ou seja, no recebero pontuao negativa. Para asdevidas marcaes, use a folha de respostas, nico documento vlido para a correo das suas provas. Nos itens que avaliam Noes de Informtica, a menos que seja explicitamente informado o contrrio, considere que todos osprogramas mencionados esto em configurao-padro, em portugus, que o mouse est configurado para pessoas destras e queexpresses como clicar, clique simples e clique duplo referem-se a cliques com o boto esquerdo do mouse. Considere tambm queno h restries de proteo, de funcionamento e de uso em relao aos programas, arquivos, diretrios, recursos e equipamentosmencionados.

    CONHECIMENTOS BSICOSComo nasce uma histria

    (fragmento)

    Quando cheguei ao edifcio, tomei o elevador que serve do primeiro ao dcimo quarto andar.1

    Era pelo menos o que dizia a tabuleta no alto da porta. Stimo pedi.

    A porta se fechou e comeamos a subir. Minha ateno se fixou num aviso que dizia: 4 expressamente proibido os funcionrios, no ato da subida, utilizarem os elevadores para

    descerem.

    Desde o meu tempo de ginsio sei que se trata de problema complicado, este do infinito7

    pessoal. Prevaleciam ento duas regras mestras que deveriam ser rigorosamente obedecidas. Umaafirmava que o sujeito, sendo o mesmo, impedia que o verbo se flexionasse. Da outra infelizmente j

    no me lembrava.10Mas no foi o emprego pouco castio do infinito pessoal que me intrigou no tal aviso: foi estar

    ele concebido de maneira chocante aos delicados ouvidos de um escritor que se preza. Qualquer um, no sendo irremediavelmente burro, entenderia o que se pretende dizer neste13

    aviso. Pois um tijolo de burrice me baixou na compreenso, fazendo com que eu ficasse revirando afrase na cabea: descerem, no ato da subida? Que quer dizer isto? E buscava uma forma simples e

    correta de formular a proibio: 16 proibido subir para depois descer.

    proibido subir no elevador com inteno de descer.

    proibido ficar no elevador com inteno de descer, quando ele estiver subindo. 19

    Se quiser descer, no tome o elevador que esteja subindo.

    Mais simples ainda:

    Se quiser descer, s tome o elevador que estiver descendo. 22

    De tanta simplicidade, atingi a sntese perfeita do que Nelson Rodrigues chamava de bvio

    ululante, ou seja, a enunciao de algo que no quer dizer absolutamente nada: Se quiser descer, no suba. 25

    Fernando Sabino. A volta por cima. Rio de Janeiro: Record, 1995, p. 137-140 (com adaptaes).

    Acerca do gnero textual e das estruturas lingsticas do texto acima, julgue os itens a seguir.

    1 O sentido do perodo seria mantido, mas a correo gramatical seria prejudicada, caso se substitusse atingi a sntese

    perfeita (R.23) por cheguei sntese perfeita.

    2 O trecho das linhas 5 e 6 pode ser reescrito, com correo gramatical, da seguinte maneira: expressamente proibido a utilizao

    dos elevadores que tiverem subindo pelos funcionrios que desejarem descer.

    3 A regra gramatical enunciada pelo autor em Uma afirmava que o sujeito, sendo o mesmo, impedia que o verbo se flexionasse

    (R.8-9) aplica-se aos verbos subir e descer no seguinte exemplo: Se os funcionrios querem subir, no devem descer.

    4 O gnero textual apresentado permite o emprego da linguagem coloquial, como ocorre, por exemplo, em Qualquer um, no sendo

    irremediavelmente burro (R.13) e um tijolo de burrice (R.14).

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    Cargo 18: Tcnico do Seguro Social 2

    Um dos indicadores de sade comumente utilizados noBrasil a esperana de vida ao nascer, que corresponde aonmero de anos que um indivduo vai viver, considerando-se adurao mdia da vida dos membros da populao. O valor dessendice tem sofrido modificaes substanciais no decorrer dotempo, medida que as condies sociais melhoram e asconquistas da cincia e da tecnologia so colocadas a servio dohomem.

    A julgar por estudos procedidos em achados fsseis e emstios arqueolgicos, a esperana de vida do homem pr-histricoao nascer seria extremamente baixa, em torno de 18 anos; naGrcia e na Roma antigas, estaria entre 20 e 30 anos, pouco tendose modificado na Idade Mdia e na Renascena. Maisrecentemente, tm sido registrados valores progressivamente maiselevados para a esperana de vida ao nascer. Essa situao estilustrada no grfico abaixo, que mostra a evoluo da esperanade vida do brasileiro ao nascer, de 1940 a 2000.

    0

    20,0

    40,042,0

    60,0

    80,0

    70,5

    1940 1950 1960 1970 1980 1990 2000

    M. Z. Rouquayrol e N. de Almeida Filho. In: Epidemiologia e sade.Rio de Janeiro: MEDSI, 2003, p. 68 (com adaptaes).

    Com base nas informaes do texto e considerando os temas aque ele se reporta, julgue os itens seguintes.

    5 Se E representa a esperana de vida do brasileiro ao nascere x representa o tempo, em anos, transcorrido desde 1940,infere-se das informaes apresentadas que, para 0 # x # 60,E(x) = 42x + 70,5.

    6 Sabendo-se que, em 1910, a esperana de vida dobrasileiro ao nascer era de 34 anos, conclui-se que ovalor desse indicador aumentou em mais de 100% em90 anos, isto , de 1910 a 2000.

    7 No Brasil, o fenmeno do aumento da esperana de vida aonascer atinge de maneira uniforme todas as classes sociais,pois esse indicador no influenciado pela renda familiar.

    8 Se for mantida, durante o perodo de 2000-2020, a tendnciaobservada, no grfico mostrado, no perodo 1980-2000, aesperana de vida do brasileiro ao nascer ser, em 2020,superior a 85 anos.

    9 A esperana de vida ao nascer e indicadores de renda e deeducao compem o ndice de desenvolvimento humano,usado para medir a qualidade de vida nos municpios eregies brasileiras e nos diversos pases do mundo.

    10 O termo Essa situao, empregado no ltimo perodo dotexto, refere-se exclusivamente informao prestada nopenltimo perodo.

    Acerca dos princpios da seguridade social, julgue os itens aseguir.

    11 O Conselho Nacional da Previdncia Social um dos rgosde deliberao coletiva da estrutura do Ministrio daPrevidncia Social, cuja composio, obrigatoriamente, deveincluir pessoas indicadas pelo governo, pelos empregadores,pelos trabalhadores e pelos aposentados.

    12 Um dos objetivos da seguridade social a universalidade dacobertura e do atendimento, meta cumprida em relao assistncia social e sade, mas no previdncia.

    13 A seguridade social, em respeito ao princpio dasolidariedade, permite a incidncia de contribuioprevidenciria sobre os valores pagos a ttulo deaposentadoria e penso concedidas pelo regime geral deprevidncia social.

    Acerca da seguridade social no Brasil, de suas caractersticas,contribuies e atuao, julgue os itens a seguir.

    14 Em que pesem os inmeros avanos alcanados aps apromulgao da Constituio Federal de 1988,especialmente com a estruturao do modelo de seguridadesocial, o Brasil mantm, ainda, resqucios de desigualdade,que podem ser observados, por exemplo, pela existncia debenefcios distintos para os trabalhadores urbanos emdetrimento dos rurais.

    15 A seguridade social brasileira, apesar de ser fortementeinfluenciada pelo modelo do Estado do bem-estar social, noabrange todas as polticas sociais do Estado brasileiro.

    16 A instituio de alquotas ou bases de clculos diferentes, emrazo da atividade econmica ou do porte da empresa, entreoutras situaes, apesar de, aparentemente, infringir oprincpio tributrio da isonomia, de fato atende ao comandoconstitucional da eqidade na forma de participao nocusteio da seguridade social.

    17 A grande preocupao com os hipossuficientes tem sidocaracterstica marcante da seguridade social brasileira, comopode ser demonstrado pela recente alterao, no textoconstitucional, de garantias para incluso dos trabalhadoresde baixa renda, bem como daqueles que se dediquem,exclusivamente, ao trabalho domstico, sendo-lhes oferecidotempo de contribuio, alquotas e prazos de carnciainferiores.

    RASCUNHO

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    Cargo 18: Tcnico do Seguro Social 3

    A tabela abaixo mostra, em porcentagens, a distribuio relativada populao brasileira por grupos etrios, de acordo com dadosdos censos demogrficos de 1940 a 2000.

    censosgrupos etrios

    at 14 anos 15 a 64 anos 65 anos ou mais

    1940 42,7 54,9 2,4

    1950 41,8 55,6 2,6

    1960 42,7 54,6 2,7

    1970 42,6 54,3 3,1

    1980 38,2 57,8 4,0

    1991 34,7 60,5 4,8

    2000 29,6 64,6 5,8

    IBGE. Censos demogrficos de 1940 a 2000.

    Com base nos dados acerca da evoluo da populao brasileiraapresentados na tabela acima, julgue os itens subseqentes.

    18 O grfico a seguir ilustra corretamente as informaesapresentadas na tabela.

    0

    20

    40

    60

    80

    1940 1950 1960 1970 1980 1991 2000

    100

    at 14 anos

    porc

    enta

    gem

    15 a 64 anos 65 anos ou mais

    19 Infere-se dos dados da tabela que, de 1940 a 1970, apopulao brasileira apresentava-se distribudauniformemente em relao aos trs grupos etrios.

    20 O envelhecimento da populao, representado pela relaoentre a proporo de idosos (65 anos ou mais) e a proporode crianas (at 14 anos), passou de 10,5%, em 1980, para18,2%, em 2000. Essa relao indica que, em 2000, haviacerca de 18 idosos para cada 100 crianas.

    21 De acordo com os dados apresentados na tabela, ospercentuais relativos populao brasileira com idade entre15 e 64 anos formam uma progresso aritmtica de razomenor que 1.

    22 A populao com idade de 65 anos ou mais inclui a chamadapop