Uma liderança Sábia Para a Promoção Eficaz da Revelação de Urântia
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UMA LIDERANÇA SÁBIA
PARA PROMOVER COM EFICÁCIA
A REVELAÇÃO DE URÂNTIA- 2a. PARTE -
Disse Jesus, no jardim de Celso: “Eu não vos disse que aquele que quiser ser o maior no reino da irmandade espiritual do meu Pai deve tornar-se pequeno aos seus próprios olhos e assim tornar-se o servidor dos seus irmãos? A grandeza espiritual consiste em um amor compreensivo, que é semelhante ao amor de Deus, e não no prazer de exercer o poder material para a exaltação do eu.” (1758.4) 158:6.3
Um verdadeiro líder ou instrutor da irmandade espiritual do reino do Pai deve ser autêntico,
humilde, sincero e amoroso, motivado pelo ideal espiritual.
O verdadeiro líder recebe a autoridade da liderança do Pai, que a outorga aos que a
merecem. Portanto, não é líder verdadeiro quem queira sê-lo, mas sim quem procure servir e
ajudar os outros por meio de uma elevação real do seu estado de alma e consciência, pela sua
fidelidade à vontade do Pai e alcance espiritual ao viver a religião do espírito, adorando a Deus diariamente, meditando sobre os significados
divinos e amando cada vez mais os seus irmãos, sem procurar se exaltar e ser importante, pois
conseguirá o contrário.
O líder, instrutor ou dirigente deve conhecer bem o que é a religião do espírito e qual é o seu método: apelar principalmente à presença divina do Pai Universal e à experiência religiosa, por meio da fé viva crescente e experiencial em Deus, e deve confiar na sua própria capacidade para alcançar essas metas espirituais. O propósito da religião de Jesus é o alcance de realizações espirituais verdadeiras. “A verdade viva é dinâmica e apenas pode gozar de uma existência experiencial na mente humana.” 1949.4
“Uma das coisas mais importantes, na vida humana, é averiguar em que
Jesus acreditava, descobrir seus ideais e esforçar-se pela realização do
seu elevado propósito de vida. De todo o conhecimento humano, o de
maior valor é conhecer a vida religiosa de Jesus e como ele viveu-a”
(2090.4) 196:1.3
Quando ia rumo à Fenícia com os doze apóstolos e doze evangelistas, Jesus disse: “...muito em breve começaremos a proclamação ousada de uma nova religião – uma religião que não é uma religião no significado atual dessa palavra, uma religião que faz o seu apelo principal ao espírito divino do meu Pai, que reside na mente do homem; uma religião que obterá a sua autoridade dos frutos da sua aceitação, os quais muito certamente aparecerão na experiência pessoal de todos os que, real e verdadeiramente, tornarem-se crentes nas verdades dessa comunhão espiritual mais elevada”. (1729.7) 155:5.12
Não há, nem haverá, autoridades religiosas entre os crentes sinceros na religião revelada no Livro de Urântia. Essa revelação progredirá
à medida que os crentes nela vivamos a experiência pessoal na comunhão espiritual
superior com a presença de Deus em cada um de nós. O progresso real da revelação no
mundo é diretamente proporcional ao progresso da religião espiritual pessoal,
baseada na comunhão de adoração a Deus e no serviço altruísta, esclarecido e liberador ao
próximo, que surge da devoção, de todo o coração, a fazer a vontade do Pai.
No serviço à revelação unicamente pode haver pessoas que, por meio do estudo, aprendizagem intelectual e crescimento
espiritual, a través da prática fiel dos ensinamentos, transmitam aos seus
irmãos as verdades divinas, apresentando-as cada um ao seu modo e
conforme a sua interpretação e criatividade pessoal, mas sempre
respeitando o caminho ensinado por Jesus e os reveladores, transmitindo A
MESMA VERDADE.
E essa verdade deve ser transmitida completa. O Mestre exortou seus
apóstolos, e com isso a todos os que transmitem a verdade divina, a
proclamar toda a verdade revelada, não apenas uma parte do evangelho salvador.
O líder ou instrutor deve pedir ao Pai ser guiado por Ele. Unicamente por meio da
experiência pessoal interior com o Espírito compreendem-se os elevados significados dos conceitos revelados.
O Livro de Urântia contém verdade divina, mas enquanto esta não se torne poderosamente viva em nós
pela ação do Espírito da Verdade e do Ajustador, continuará sendo uma verdade teórica, e não poderemos servi-la eficazmente para que essa verdade tenha uma
vitalidade crescente e um poder espiritual em aumento. As obras espirituais unicamente podem ser realizadas tendo poder espiritual, e esse poder espiritual surge da
experiência pessoal de possuir uma fé viva, experiencial. A força interior que permite transmitir a
certeza das realidades divinas surge da experiência espiritual pessoal com e nessas realidades. “A adoração de Deus e o serviço do homem tornaram-se a soma e a
substância da religião de Jesus.” (1769.9) 159:5.7
“A grande esperança de Urântia está na possibilidade de uma nova revelação de Jesus, com uma apresentação nova e ampliada da sua mensagem salvadora, que uniria espiritualmente, em serviço amoroso, as numerosas famílias dos seus seguidores professos atuais.” (2086.2) 195:10.16
A nova revelação de Jesus, com uma apresentação nova e ampliada da sua mensagem salvadora, já chegou, é O
Livro de Urântia.
Agora é necessário o serviço amoroso dos novos discípulos de Jesus que
revelem efetivamente o Mestre a todos os homens, vivendo Jesus na
experiência dos seres humanos renascidos do espírito, ao ser eles
iluminados por um novo entendimento do seu evangelho de salvação eterna.
“E quando Jesus for assim elevado, ele atrairá todos os homens para si. Os discípulos de Jesus deveriam ser
mais do que conquistadores, ser até mesmo fontes transbordantes de inspiração e de vida enaltecida para todos os homens. A religião é apenas um humanismo elevado, até que se diviniza por meio descoberta da realidade da presença de Deus, na experiência pessoal.” (2084.1)
195:10.1
Assim devem ser os líderes, instrutores e dirigentes dos grupos de crentes na revelação
divina: fontes transbordantes de inspiração e de vida enaltecida para todos os homens. Serão
alcançados esses elevados objetivos vivendo a religião do espírito, descobrindo em si próprios a
realidade da presença de Deus. Para revelar Jesus precisamos entrar no espírito de serviço altruísta da sua vida, seguir a Jesus no sentido
mais elevado e espiritual desse termo, compartindo a sua fé, confiando em Deus como
Jesus confiava. Compartilhar a fé de Jesus significa viver compartilhando nossa vida interior
com Deus como ele o fez, espiritualizando-nos progressivamente por meio do contato pessoal adorador com Deus, da experiência espiritual e
do serviço altruísta.
A meditação adoradora faz o contato estreito e íntimo da nossa mente com a presença interior do Pai, produzindo uma harmonização progressiva com as
diretrizes do Ajustador.
“A presença divina, entretanto, não pode ser descoberta em nenhum lugar da natureza, nem mesmo nas vidas dos mortais sabedores de Deus, tão plena e certamente como na vossa tentativa de comunhão com o Monitor Misterioso residente, o Ajustador do Pensamento
do Paraíso. (64.6) 5:2.3
“O fato de que não estejais intelectualmente conscientes do contato estreito e íntimo com o
Ajustador residente não contradiz, de maneira alguma, essa
experiência tão elevada. A prova da fraternidade com o Ajustador
divino consiste inteiramente na natureza e extensão dos frutos do
espírito que são produzidos na experiência de vida do indivíduo
crente. (64.7) 5:2.4
O contato estreito e íntimo com o Ajustador se dá na
comunhão de adoração. Essa é a elevada experiência
mencionada pelo revelador, a experiência sublime do
contato adorador na nossa supraconsciência.
“Os crentes devem aprender cada vez mais como afastar-se da
afobação da vida – como escapar dos embaraços da existência
material –, enquanto refrescam a sua alma, inspiram a sua mente e renovam o seu ânimo por meio da
comunhão adoradora.” (Jesus, 1739.7)
“O desejo louvável de preservar as tradições das realizações passadas frequentemente leva à defesa de
sistemas obsoletos de adoração. O desejo bem-intencionado de promover
sistemas antigos de pensamento impede eficazmente o patrocínio de meios e métodos novos e adequados
destinados a satisfazer os anelos espirituais das mentes em expansão e
em avanço dos homens modernos.” (2084.8) 195:10.8
Os meios e métodos novos e adequados para satisfazer os anseios
espirituais são apresentados na revelação, a qual nos insta a
abandonar as práticas da religião da mente e a aprender a nos elevar ao
espírito, compreendendo quais são os caminhos da fé que levam à
realização suprema. “Se um homem escolhe fazer a vontade divina, ele conhecerá o caminho da verdade.”
(1118.4) 102:1.1
Só assim o mundo poderá ver Jesus vivendo de novo na Terra, nas vidas dos seus discípulos, e eles poderão revelar efetivamente o Mestre aos homens. A nova compreensão do Evangelho de Jesus surge da experiência espiritual com Deus, da comunhão com o Ajustador-Deus, o Espírito da Verdade e o
Espírito Santo, quando temos muita fome e sede de retidão e de Deus, e entregamo-nos a adorar a Deus
de todo o coração. Não há técnica nem revelação que possam substituir o anelo sincero de viver em
retidão crescente e o desejo incondicional de fazer a vontade de Deus, para onde quer que esta possa
levar-nos.
A forma ideal de transmitir a verdade divina é por meio de uma vida que reflita a experiência viva com essa
verdade:
“Permiti-me afirmar enfaticamente esta eterna verdade: Se vós, por meio de vossa coordenação com a
verdade, aprenderdes a exemplificar nas vossas vidas essa magnífica integridade de retidão, os vossos semelhantes, então, vos seguirão para
poder obter o que vós adquiristes desse modo. A medida na qual os buscadores da verdade são
atraídos para vós representa a medida da vossa dotação de verdade, da vossa retidão. A medida do
vosso esforço para levar a vossa mensagem às pessoas, de certo modo, é a medida do vosso
fracasso em viver a vida íntegra ou reta, a vida coordenada com a verdade”. Jesus. (1726.2) 155:1.5
Os líderes e instrutores eficazes da revelação divina devem abraçar a
verdade viva na sua totalidade, como uma realidade espiritual viva em si próprios. Essa verdade espiritual se
abraça vivendo a experiência pessoal espiritual ao comungar interiormente
com a presença de Deus. Essa experiência descobre para a alma os valores supremos que inspiram a fé
viva, a confiança e a certeza. A adoração permite que o Pai nos
forneça perspicácia sobre-humana, ao vivermos uma autêntica experiência
religiosa.
A liderança da irmandade espiritual é diferente da liderança social. A liderança na irmandade espiritual
se baseia no conhecimento da verdade viva e na experiência real de contato consciente com Deus que produz os frutos do espírito. Isso possibilita ter uma
vida interior criativa, controlada, dirigida e construtiva, por meio da elevação consciente ao
contato adorador na supraconsciência, que faz com que os conceitos e valores espirituais e divinos
possam ser trazidos ao nível da consciência humana. O crescimento espiritual testifica que Deus reina no
coração do líder, instrutor ou dirigente, tendo-o idealizado, enobrecido e espiritualizado.
“Pentecostes, com a sua dotação espiritual, teve o propósito de libertar para sempre a religião do
Mestre de qualquer dependência da força física; os instrutores dessa nova religião estão agora
equipados com armas espirituais. Devem sair para conquistar o mundo com perdão infalível, boa
vontade incomparável e amor abundante. Eles estão equipados para superar o mal com o bem, para vencer o ódio por meio do amor, para destruir o
medo com uma fé corajosa e viva na verdade. Jesus já tinha ensinado aos seus seguidores que a sua
religião nunca era passiva; e que os seus discípulos deviam ser sempre ativos e positivos no seu
ministério de misericórdia e nas suas manifestações de amor.” (2064.3) 194:3.11
“A unidade humana e a irmandade entre os mortais somente podem ser alcançadas por
meio da supradotação da religião do espírito. As mentes das raças podem diferir,
mas toda a humanidade é residida pelo mesmo espírito divino e eterno. A
esperança da irmandade humana só poderá ser realizada quando, e à medida que, as
divergentes religiões mentais de autoridade tornarem-se impregnadas e eclipsadas pela
religião unificadora e enobrecedora do espírito – a religião da experiência
espiritual pessoal.” (1732.1) 155:6.8
O Pai estabeleceu a religião da experiência espiritual pessoal como passos ascendentes que todos devemos seguir se quisermos ser
seres humanos espiritualizados, enobrecidos, amorosos, serviçais, sábios e engenhosos no serviço à humanidade. É
assim que surgirão as lideranças sábias e inteligentes que conduzirão e instruirão os grupos religiosos que amam e estudam a
revelação divina, em direção à experiência viva com Deus em si próprios, alcançando
assim a transformação da luz e vida pessoal e humana.
No domingo passado vimos que o Mestre Jesus se esforçou em
esclarecer que ele desejava que os seus discípulos, tendo saboreado as boas realidades espirituais do reino, vivessem no mundo de tal modo que os homens, vendo as suas vidas, se tornassem conscientes do reino e
consequentemente fossem levados a perguntar aos crentes a respeito dos caminhos do reino. (1593.4) 141:7.3
No Cap. 99 o revelador diz o mesmo, com outras palavras:
“Embora a religião seja exclusivamente uma experiência espiritual pessoal – conhecer a Deus como um Pai –, o corolário [a consequência direta de conhecer a Deus como um Pai] dessa experiência – conhecer o homem como um irmão – requer o ajuste do eu a outros eus, e isso envolve o aspecto social ou grupal da vida religiosa. A religião é, primeiro, um ajuste interior ou pessoal, e, depois, torna-se uma questão de serviço social ou de ajuste grupal.” (1090.10) 99:5.1
“O fato do instinto gregário do homem determina, forçosamente, que os grupos religiosos virão à existência. O que acontece a
esses grupos religiosos depende muito de uma liderança inteligente.” (1090.10) 99:5.1
Uma liderança inteligente que conduza esses grupos religiosos para onde?
Que os conduza à realização do propósito da vida de Jesus na Terra, que é
também o propósito da revelação de Urântia no mundo. E que implica a
espiritualização consciente de cada ser humano no contato pessoal espiritual com o Pai. Essa liderança deve ter como
elemento essencial o conhecimento, a prática e o ensinamento ativo da
experiência pessoal com Deus e do serviço esclarecido: a religião de Jesus.
A irmandade espiritual inclui a todos os seres humanos que amam
a Deus e desejam sinceramente fazer a sua vontade.
O serviço à irmandade, portanto, deve ser sustentado pela
transformação espiritual pessoal de quem serve, por meio do
crescimento em amor, sabedoria, tolerância, tato social.
“Os indivíduos que conhecem Deus não se desencorajam pelo infortúnio, nem se abatem pelo desapontamento. Os crentes são imunes à depressão consequente de perturbações puramente materiais; aqueles que levam uma vida espiritual não se perturbam pelos episódios do mundo material. Os candidatos à vida eterna são praticantes de uma técnica revigorante e construtiva para enfrentar todas as vicissitudes e embaraços da vida mortal. A cada dia que um verdadeiro crente vive, ele acha mais fácil fazer a coisa certa.” (1739.8) 156:5.13
Qual é essa técnica revigorante e construtiva para enfrentar todas as
vicissitudes e embaraços da vida mortal? A técnica que o Mestre acabava
de mencionar no parágrafo anterior:
“Os crentes devem aprender cada vez mais como afastar-se da afobação da vida – como escapar dos embaraços da
existência material –, enquanto refrescam a sua alma, inspiram a sua mente e renovam o seu ânimo por meio da
comunhão adoradora.” (1739.7) 156:5.
Rodam, que era um bom discípulo de Jesus, também o disse:
“Mas o maior de todos os métodos para a solução de problemas eu aprendi de Jesus, o vosso Mestre. Refiro-me
àquilo que ele tão constantemente pratica e que tão fielmente vos ensinou, o isolamento da meditação adoradora. Nesse hábito de Jesus, de isolar-se tão
frequentemente para comungar com o Pai do céu, deve encontrar-se a técnica, não apenas de reunir as forças e a
sabedoria para lidar com os conflitos ordinários da vida, mas também de apossar-se da energia para a solução dos
maiores problemas de natureza moral e espiritual. Mas nem mesmo os métodos corretos de solução dos problemas repararão os defeitos inerentes da personalidade, nem
compensarão a ausência de fome e sede de verdadeira retidão.” (1774.2) 160:1.10
Na religião experiencial primeiro conhecemos Deus no nosso interior, experienciando a
sua presença, ajustamo-nos interiormente alimentando a alma, adquirindo perspicácia espiritual e sabedoria, amor,
força interior, adquirindo assim gradualmente as riquezas divinas
do caráter de Deus, assemelhando-nos a Ele, e
depois servimos socialmente ao próximo, doando-lhe as riquezas
recebidas de Deus.
“As riquezas divinas do caráter de Deus devem ser infinitamente profundas e eternamente sábias. Nós não podemos procurar a Deus por meio do conhecimento,
mas podemos conhecê-lo nos nossos corações por meio da experiência pessoal.” (1453.5) 131:10.3
Conhecemos Deus por meio da experiência pessoal com Ele, COM DEUS. Encontrar e conhecer Deus
dentro de nós é o fruto de nos dedicar de todo o coração a fazer a sua vontade, experimentando a sua presença no nosso interior, espiritualizando-nos pelo contato direto experiencial, reverente e amoroso com
Deus que reside na nossa mente.
“Jesus ensinou aos seus seguidores que, após fazerem as suas preces ao Pai, eles deveriam permanecer durante
um tempo em receptividade silenciosa para dar ao espírito residente a melhor oportunidade de falar à alma atenta. O espírito do Pai fala melhor ao homem, quando
a mente humana está em uma atitude de verdadeira adoração. Nós adoramos a Deus, com a ajuda do
espírito residente do Pai e da iluminação da mente humana, por meio do ministério da verdade. A
adoração, ensinou Jesus, torna a pessoa cada vez mais semelhante ao ser adorado. A adoração é uma
experiência transformadora por meio da qual o finito aproxima-se gradualmente, e finalmente alcança a
presença do Infinito.” (1641.1) 146:2.17 16.
A verdadeira adoração a Deus nos transforma e assemelha a Ele.
Essa semelhança não somos nós que a realizamos, a realiza o Pai
quando nós abrimos o nosso ser ao abraço transformador da sua
Presença Divina, sem pedir nem esperar receber nada, ficando
apenas entregues incondicionalmente à sua vontade.
A adoração sincera implica a mobilização de todos os poderes da personalidade humana, sob o domínio
da alma em evolução e sujeita ao direcionamento divino do Ajustador do Pensamento associado. A
mente de limitações materiais nunca pode tornar-se altamente cônscia do significado real da verdadeira
adoração. A compreensão do homem sobre a realidade da experiência da adoração é determinada principalmente pelo estado de desenvolvimento da
sua alma imortal em evolução. O crescimento espiritual da alma acontece de um modo inteiramente independente da autoconsciência intelectual. (66.3) 5:3.7
“A experiência da adoração consiste no esforço sublime do Ajustador prometido, para comunicar ao Pai divino os anelos inexprimíveis e as aspirações inefáveis da alma humana – a
criação conjunta da mente mortal que busca a Deus e do Ajustador imortal, que revela Deus. A adoração é, portanto, o ato de consentimento da mente material à tentativa do seu eu
em via de espiritualização, sob o guiamento do espírito associado, de comunicar-se com Deus, como um filho do Pai Universal pela fé. A mente mortal consente em adorar; a alma imortal almeja e inicia a adoração; a presença do
Ajustador divino conduz tal adoração em nome da mente mortal e da alma imortal em evolução. A verdadeira adoração, em última análise, torna-se uma experiência
realizada em quatro níveis cósmicos: o inteletual, o moroncial, o espiritual e o pessoal – a consciência da mente,
da alma, do espírito, e a sua unificação na personalidade.” (66.4)
5:3.8
É assim que adquirimos sabedoria, produzimos abundantes frutos espirituais e somos dotados da
capacidade de amar os nossos irmãos como Deus nos ama. Essa adoração
não consiste no que cada pessoa possa conceber, pois não é um
caminho humano, é o caminho de Deus. Também não é admirar a
natureza, nem pensar em Deus em meio às nossas ocupações.
A experiência espiritual é o nosso contato experiencial com Deus. Não é uma atividade realizada por nós no
nível mental humano, no nível puramente intelectual. É Deus que a realiza em nossa alma ou mente.
Para adorar necessitamos nos elevar à supraconsciência, focalizando a nossa consciência na sua presença interior, em um esforço sincero e dedicado, no silêncio interior, em uma combinação de meditação e relaxamento, para
poder alcançar um contato real, experiencial, com a Divindade presente em nós. Para termos consciência de
ter encontrado Deus devemos experimentar a sua presença sublime. E isso se consegue seguindo o caminho
que Jesus nos ensinou.
Por que é tão importante que os líderes, instrutores e servidores ativos da revelação sejam seres espiritualizados e iluminados
interiormente pelo Espírito do Pai?
Porque quem dirige o progresso da revelação divina no mundo é o nosso Pai e os seus filhos
divinos que servem a Ele:
“Os mortais de Urântia não deveriam permitir que o relativo isolamento do seu mundo, com relação a
certos circuitos do universo local, produza um sentimento de abandono cósmico, ou de orfandade
planetária. Há, operativa no planeta, uma supervisão supra-humana muito definida e
efetiva dos assuntos do mundo e dos destinos humanos.” (1258.6) 114:7.14
“Continuando a responder à pergunta de Pedro, Jesus disse: “...E, quando o reino tiver chegado à sua plena
realização, estai certos de que o Pai no céu não deixará de visitar-vos com uma revelação ampliada da verdade e uma demonstração realçada da retidão, assim como Ele
já outorgou a este mundo aquele que se tornou o príncipe das trevas, e depois lhe outorgou a Adão, que
foi seguido por Melquisedeque e, nestes dias, outorgou-lhe o Filho do Homem. E, assim, meu Pai continuará a manifestar sua misericórdia e a mostrar seu amor, até mesmo a este mundo escuro e malvado. Assim
também eu, depois que meu Pai me investir de todo o poder e de toda a autoridade, continuarei
seguindo a vossa sorte e prosseguirei guiando-vos nos assuntos do reino, por meio da presença do meu espírito que em breve será efundido sobre
toda a carne.” (1914.4) 176:2.3
Mas o Pai não pode guiar e habilitar espiritualmente a quem não estiver disposto a se deixar transformar por Ele.
O Pai envia e sempre enviará filhos seus para ajudar no progresso espiritual da humanidade, e Ele dirige
diretamente a cada um dos seus filhos que deseja servi-lo. E o faz por meio das suas dádivas no crescimento interior
espiritual da alma e da mente das pessoas que se esforçam de todo o coração para fazer a sua vontade,
conforme os ensinamentos revelados, recebendo a perspicácia espiritual (a “mente do espírito”), e a sabedoria divina que Deus dá àqueles que lhe amam e
adoram com devoção, e que se dedicam a servir amorosa e desinteressadamente aos seus irmãos, para o bem-estar
da comunidade de todos os filhos de Deus.
Unicamente Deus é o soberano espiritual do reino dos céus, portanto os assuntos concernentes ao progresso da revelação no mundo, podem ter certeza queridos irmãos, estão administrados e dirigidos pelas autoridades divinas.
E nós podemos servir a esse Reino fazendo a nossa parte no seu progresso, permitindo que as raízes da verdade cresçam no nosso coração e se
aprofundem ao receber as águas vivas da comunhão espiritual e do serviço social
combinados. A consciência de sermos filhos de Deus cresce ao experimentarmos a verdade
divina na nossa alma, ao recebermos o alimento espiritual na adoração, ao recebermos do espírito
os valores da verdade, da beleza e da bondade que são a essência de Deus. Essa verdade viva,
essa presença divina experimentada pessoalmente no nosso interior, tem o poder de
transformar o nosso caráter, de controlar o nosso comportamento.
“A teoria morta, até das mais elevadas doutrinas religiosas, é impotente para transformar o caráter humano ou para
controlar o comportamento mortal. O que o mundo de hoje necessita é da verdade que o
vosso mestre de outrora declarou: “Não apenas em palavras, mas também em
poder e no Espírito Santo”. A semente da verdade teórica está morta, os mais
elevados conceitos morais não têm efeito, a menos que, e até que, o Espírito divino
inspire as formas da verdade e vivifique as fórmulas da retidão.” (380.7) 34:6.6
Aquilo que Jesus disse no sermão da ordenação é também para os líderes e instrutores:
“Discerni claramente a verdade; vivei destemidamente a vida reta; e, desse modo, sereis
meus apóstolos e os embaixadores do meu Pai. Ouvistes o que foi dito: ‘Se o cego guia o cego,
ambos cairão no poço’. Se quiserdes guiar outros ao reino, deveis vós próprios caminhar na luz clara da verdade viva. Em todos os assuntos do reino, eu vos
exorto a mostrar um julgamento justo e uma sabedoria penetrante.” 1571.5
Esses ensinamentos e verdades que Jesus disse aos seus apóstolos são também para todos os que desejam
compartilhar com seus irmãos as verdades reveladas.
Para promover a compreensão dos ensinamentos primeiro devemos os conhecer e viver, praticando-os
integralmente. Caso contrário, não se conseguem compreender em profundidade. Atrair os nossos irmãos à revelação implica os atrair para Deus. E para isso devem estar presentes os frutos espirituais na nossa vida, assim
contribuímos à realização da fraternidade humana, unindo a difusão dos ensinamentos ao exemplo pessoal de cada um dos que trabalham para servir à revelação.
Os valores humanos devem ser transformados em valores verdadeiros e
divinos, valores de sobrevivência ensinados pela revelação que devem estar presentes nas vidas de todos os seus crentes, mas especialmente nas vidas daqueles que desejam trabalhar para difundi-la com
sucesso. Com sucesso, à luz da revelação de Urântia, significa feito conforme a vontade de Deus, com profundidade espiritual, atraindo os buscadores da
verdade conforme o Mestre estabeleceu que deve ser feito.
Para as criaturas materiais, evolucionárias e finitas, uma vida baseada em viver a vontade do Pai leva diretamente ao
alcance da supremacia espiritual na arena da personalidade, e aproxima essas criaturas mais um passo da compreensão do
Pai-Infinito. Essa vida dedicada ao Pai é baseada na verdade, é sensível à beleza e está dominada pela bondade. Essa
pessoa que conhece a Deus está interiormente iluminada pela adoração e externamente devotada ao serviço, de todo o
coração, da irmandade universal de todas as personalidades, um ministério de serviço cheio de misericórdia e motivado
pelo amor, enquanto todas essas qualidades de vida unificam-se na personalidade evolutiva, em níveis
constantemente ascendentes de sabedoria cósmica, de autorrealização, de descoberta de Deus e de adoração ao Pai.
(1175.1) 106:9.12
Precisamos entender que o crescimento espiritual é proporcional à nossa identificação com o Pai, o
êxito na busca do Infinito é diretamente proporcional à semelhança com o Pai alcançada por nós, e a alcançamos adquirindo as qualidades
da divindade.
Apropriamo-nos pessoalmente dessas qualidades da divindade na experiência de viver divinamente, e
viver divinamente significa viver realmente a vontade de Deus. Essa é uma vida dedicada ao Pai,
baseada em viver a vontade do Pai, iluminados interiormente pela adoração verdadeira a Ele e dedicados a servir à irmandade de todas as
personalidades, com amor e misericórdia. É assim que crescemos espiritualmente, assemelhando-nos
cada vez mais ao Pai.
Disse Jesus: “Bem-aventurados os pobres em espírito, os humildes, pois deles são os tesouros do reino do céu.” (1570.4) 140:3.3
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de retidão, pois eles serão
saciados”. “Apenas aqueles que se sentem pobres em espírito terão fome de
retidão. Apenas os humildes buscam a força divina e almejam o poder
espiritual.” (1574.1) 140:5.8
“Pelos seus frutos, vós os conhecereis.”
Queridos irmãos, agradeço a atenção dispensada a essa apresentação que foi realizada com muito
amor e respeito por todos vocês.
Que o Pai abençoe a todos os buscadores sinceros da verdade divina, para que abram seu coração e
permitam que as raízes vivas dessa verdade cresçam profundamente na sua alma e mente.
Um grande abraço fraterno a todos.
Sua irmã Jeannie.
FONTE: O LIVRO DE URÂNTIA. www.urantia.org/pt