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Balaiada

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  • NCLEO DE PREPARAO DE OFICIAIS DA RESERVA

    HISTRIA MILITARUD III

    As 1 CAMPANHAS INTERNAS

  • CAMPANHAS INTERNAS

    OBJETIVOSApresentar diferentes abordagens e novas ideias sobre os principais fatos que marcaram a Revolucao Farroupilha, a Balaiada e as Revolucoes Liberais de 1842

    Compreender as causas e consequencias dessas revolucoes. Descrever a acao de Caxias .

  • CAMPANHAS INTERNAS

    SUMRIO1.INTRODUO

    1.DESENVOLVIMENTO BALAIADA - 1838 REVOLTA LIBERAL DE SO PAULO - 1842 REVOLTA LIBERAL DE MINAS GERAIS 1842 REVOLUO FARROUPILHA 1835/1845

    3. CONCLUSO

  • BALAIADA

    Balaiada foi um movimento subversivo irrompido em uma pequena vila maranhense que se alastrou por toda a Provncia e ameaou as regies vizinhas. Recebeu o nome de Balaiada em referncia a um de seus lderes, o fabricante de balaios Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, apelidado Balaio. Era um tpico representante do Nordeste, homem resistente, de tez morena e cabea achatada.

    Se a separao maranhense tivesse se consumado, causaria grande transtorno em nossa configurao territorial, afetando a integridade nacional.

  • BALAIADA

    Situao do Maranho em 1838.

    O Brasil atravessava o difcil perodo da Regncia, em que foras desagregadoras ameaavam a unidade nacional.

    As divergncias polticas maranhenses estavam exacerbadas. O grupo conservador era apelidado Cabano pelos adversrios. Ficava na oposio o Partido Liberal que ganhou o apelativo de Bentevi.

    Uma srie de acontecimentos graves vinha intranqilizando a vida maranhense. O Presidente da Provncia, Vicente Camargo, mostrou-se incapaz de conter o confronto poltico.

  • BALAIADA

    Vila da Manga, estopim.

    Na pequena vila da Manga, distante 12 lguas da capital, em dezembro de 1838 ocorreu uma desordem que foi explorada pelo partido dos Bentevis, transformando-se no verdadeiro estopim da Balaiada.

    Raimundo Gomes Vieira Juta, ao passar pela vila teve alguns de seus companheiros presos pelo subprefeito local. Entre eles estava seu irmo, acusado de homicdio. O subprefeito era cabano; o fazendeiro, bentevi. No conseguindo a libertao dos prisioneiros, Raimundo Gomes retirou-se, ameaando voltar no dia seguinte para libertar o irmo e os outros.

  • BALAIADA

    A 13 de dezembro entrou na vila com mais nove

    companheiros, arrombou a priso e soltou os prisioneiros. As vinte e poucas praas encarregadas da defesa incorporam-se ao bando. Em 2 de janeiro Raimundo Gomes e seu bando entraram na vila do Brejo, onde receberam a adeso de Manuel Francisco dos Anjos Ferreira, o Balaio, que imediatamente se intitulou general em chefe das foras bentevis.

    Os rebeldes animaram-se e conseguiram a adeso de outros fugidos da lei, aumentando o grupo dia a dia. A Balaiada logo tomou o carter de vingana de pretos e mulatos, aliados a ndios e cafuzos, desprovidos de terras e direitos, contra os portugueses e seus descendentes no mesclados, que integravam a classe dos poderosos.

  • BALAIADA

    Raimundo Gomes tornou-se um perigo para a ordem pblica, j que era chefe de uma revolta sem ideal, sem bandeira e sem outros objetivos seno o saque e a obteno de vantagens pessoais.

    Pouco se podia fazer para cont-los. A reao comeou com a iniciativa do prefeito de Itapicuru-Mirim que contava com 40 guardas nacionais mal armados. Mas no chegou a haver um encontro.

    O Exrcito tinha efetivos muito reduzidos na rea e no fora solicitado a intervir. E Manuel Felizardo de Sousa e Mello, empossado Presidente da Provncia em 3 de maro de 1839, no conseguiu perceber a gravidade da desordem.

  • BALAIADA

    Marcha da morte.

    Havia necessidade de providncias urgentes, principalmente pelas notcias chegadas sobre o procedimento dos sediciosos nas vilas e fazendas encontradas pelo caminho. Eles saqueavam e destruam tudo, em aes isoladas e sem coordenao. Os revoltosos resolveram marchar sobre a cidade de Caxias.

    Teve um papel preponderante no plano de defesa da cidade o Capito Ricardo Leo Sabino. Conseguiu organizar um corpo com mais de mil homens, organizou, tambm, um esquadro de cavalaria e um grupamento de artilharia. Reformulou o plano de defesa, que continha entrincheiramentos, tendo as mulheres recebido a atribuio de operar o remuniciamento. Graas organizao militar, embora improvisada, pde o povo de Caxias resistir heroicamente a um cerco de 46 dias.

  • BALAIADA

    Por fim a situao tornou-se insustentvel. Os defensores estavam exaustos.

    Diante do estarrecimento dos balaios ao ouvirem o Hino Nacional tocado na flauta por Sabino, ouviu-se a descarga de um tiro de canho. Houve um pnico geral. A desordem dos balaios propiciou tempo para que os legalistas se retrassem, deixando a cidade entregue aos revoltosos.

    Caxias havia sido conquistada.

  • BALAIADA

    Arrancada sobre a capital. Morte do Balaio.

    Conquistada a cidade de Caxias, os balaios, empolgados com a liderana alcanada no mbito do Partido Bentevi, decidiram dirigir-se a outros objetivos. Raimundo Gomes resolveu enviar uma comisso a So Lus.

    Os chefes rebeldes no se entendiam bem. As ambies pessoais sobrepunham-se ao interesse comum. Depois de dominarem determinada regio e gastarem seus recursos, os balaios deixavam-na em busca de outra mais promissora.

    Caxias foi retomada em setembro pelas foras legais sob o comando do Tenente-Coronel Jos Dias Carneiro, Balaio recebeu um tiro vindo a morrer.

  • BALAIADA

    Com a desocupao de Caxias, os rebeldes se espalharam, levando a desordem a outros lugares do Maranho.

    Aderira ao movimento o preto Cosme, evadido da cadeia de So Lus, que passou a se chamar D. Cosme Bento das Chagas, seguido de uma multido de escravos que arregimentara. Intitulava-se "tutor e imperador das liberdades bentevis", em nome das quais cometeu incrveis crueldades.

  • BALAIADA

    Nomeao do Coronel Lus Alves de Lima e Silva.

    A situao continuava grave. Estavam ameaadas a capital maranhense e as localidades prximas.

    Face evoluo da situao sentiu o governo imperial a convenincia de confiar a uma s pessoa a Presidncia da Provncia e o comando das Armas, tendo a escolha recado no Coronel Lus Alves de Lima e Silva, que havia nove anos comandava o Corpo de Guardas Municipais Permanentes na Corte.

    A Carta Imperial de nomeao recebeu a data de 12 de dezembro de 1839. No dia 27, Lus Alves embarcava no navio So Sebastio, no Rio de Janeiro.

  • BALAIADA

    A misso de Lus Alves de Lima e Silva era a de pacificar o Maranho, tendo-lhe sido concedida autorizao de penetrar no Piau e no Cear, se necessrio, ficando sob suas ordens todas as foras operantes nessas Provncias.

    O Coronel Lima e Silva chegou ao Maranho em 4 de fevereiro e tomou posse trs dias depois, em meio a contentamento geral.

  • BALAIADA

    Pacificao.

    O Coronel Lus Alves obteve logo a confiana das faces em luta. Reorganizou os meios disponveis, dispensando os excessos; colocou o pagamento em dia; instruiu e preparou a tropa, criando a Diviso Pacificadora do Norte, estruturada em trs colunas (Fig).

  • BALAIADA

    Caxias organizou hospitais e nomeou mdicos, cirurgies e capeles para todos os acampamentos. Restaurou a disciplina e o moral das foras legalistas.

    Com as tropas bem dispostas, o Coronel Lima e Silva procurou operar em toda a Provncia, utilizando com frequncia o envolvimento e a tcnica atualmente conhecida como martelo e bigorna.

    Cel Lima e Silva soube enfrentar com pacincia todas as dificuldades materiais da tropa. Aos poucos foram se rarefazendo os efetivos de Raimundo Gomes.

    A notcia da maioridade de D. Pedro II chegava Provncia a 23 de agosto de 1840 e Lima e Silva soube explor-la em favor da integrao nacional.

  • BALAIADA

    Prosseguindo na misso, tratou de agir diplomaticamente. Entrou na fase das concesses, para dar oportunidade aos que quisessem recuperar-se. Usou o nome do monarca, empenhou a Igreja e ofereceu garantias aos arrependidos. Em certos casos era impossvel apelar para a compreenso. Era preciso empregar a fora contra os que no cedessem a mtodos suasrios.

    Raimundo Gomes, o chefe revoltoso, acabou rendendo-se a 15 de janeiro de 1841 e faleceu em viagem para So Paulo.

    Lus Alves de Lima e Silva, como Presidente da Provncia e Comandante das Armas, anunciou a pacificao em 19 de janeiro de 1841, o que vinha a representar mais uma participao das foras terrestres na manuteno da unidade nacional.

  • BALAIADA

    Governo do Coronel Lus Alves.

    Durante o perodo de pacificao o Presidente conduziu os destinos do Maranho com prudncia e habilidade. Conquistou o respeito e a estima de todos devido austeridade de seus hbitos e dignidade de suas aes, aliados a sua mentalidade religiosa. Era franco, liberal, conciliador e previdente; procurava sempre adotar a medida mais adequada para a situao, ou seja, energia para os que dela necessitavam, complacncia e compreenso para os recuperveis.

    Aps a ao pacificadora passou o governo ao Dr. Joo Antnio de Miranda. Foi promovido a brigadeiro em 18 de julho de 1841 e, a 31 do mesmo ms, agraciado com o ttulo de Baro de Caxias.

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