Trovadorismo 2
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LITERATURATROVADORISMO
TROVADORISMO Panorama Histórico Cronologia Poesia
Trovadoresca Prosa Trovadoresca Principais Autores Arte Medieval
CRONOLOGIA Período: séculos XII a
XIV
Início: 1189 Cantiga da
Ribeirinha, Paio Soares de Taveirós
Término: 1418 Nomeação de Fernão
Lopes como guarda-mor da Torre do Tombo
PANORAMA HISTÓRICO
PANORAMA HISTÓRICO
Feudalismo Suserano e
vassalos
Representação deuma comunidademedieval, divididaem feudos
Servos trabalhando de acordo com as
estações do ano
TeocentrismoDeus como centro do universo
POESIA TROVADORESCA Características das
cantigas Língua: galego-
português Tradição oral e
coletiva Poesia cantada e
acompanhada por instrumentos musicais
Autores: trovadores Gêneros: lírico-
amorosas e satirícas
POESIA TROVADORESCA
POESIA TROVADORESCA Cantigas Lírico-
amorosas Cantiga de amor Cantiga de amigo
Cantigas Satíricas Cantiga de escárnio Cantiga de Maldizer
POESIA TROVADORESCA
POESIA TROVADORESCA Cantiga de amor
Origem provençal Eu lírico masculino Tratamento dado à
mulher: mia senhor Expressão da vida da
corte Convenções do amor
cortês: Idealização da
mulher; Vassalagem
amorosa; Expressão da coita
CANTIGA DE AMORCantiga da RibeirinhaNo mundo non me sei parelha,mentre me for’ como me vai, ca já moiro por vós – e ai!mia senhor branca e vermelha, queredes que vos retraiaquando vos eu vi en saia! Mau dia me levantei,que vos enton non vi fea!E, mia senhor, des aquel di’, ai! me foi a mi muin mal, e vós, filha de don PaaiMoniz, e bem vos semelhad’aver eu por vós guarvaia, pois eu, mia senhor, d’alfaianunca de vós ouve nem eivalia d’ua correa. (Paio Soares de Taveirós)
VOCABULÁRIOretraia: retratesaia: roupa íntimaguarvaia: roupa luxuosaparelha: semelhante
Cantiga da Ribeirinha
No mundo ninguém se assemelha a mimenquanto a minha vida continuar como vaiporque morro por vós, e ai minha senhora de pele alva e faces rosadas,quereis que vos descrevaquando vos eu vi sem mantoMaldito dia! me levanteique não vos vi feia (ou seja, a viu mais bela)E, minha senhora, desde aquele dia, aitudo me foi muito male vós, filha de don PaiMoniz, e bem vos parecede Ter eu por vós guarvaiapois eu, minha senhora, como mimode vós nunca recebialgo, mesmo que sem valor
VALOR DA POESIA MEDIEVAL
• Interesse social e histórico- sentimentos de homens e mulheres;- alguns usos e costumes da época;- relações entre fidalgos e plebeus;- lutas entre trovadores e jograis;- covardia de alguns militares.
• Interesse artístico e estilístico• Interesse para o estudo linguístico diacrónico
POESIA TROVADORESCA Cantiga de
amigo Origem popular Eu lírico feminino Tratamento dado ao
namorado: amigo Expressão da vida
campesina e urbana Realismo: fatos
comuns à vida cotidiana
Amor realizado ou possível – sofrimento amoroso
Paralelismo e refrão
POESIA TROVADORESCA
Cantiga de escárnio Crítica indireta Uso da ironia
Cantiga de Maldizer Crítica direta Intenção difamatória Palavrões e
xingamentos
CANTIGAS SATÍRICASAi dona fea! foste-vos queixarporque vos nunca louv’ em meu trobarmais ora quero fazer um cantarem que vos loarei toda via;e vedes como vos quero loar;dona fea, velha e sandia!
Ai dona fea! se Deus mi perdom!e pois havedes tan gran coraçonque vos eu loe em esta razon,vos quero já loar toda via;e vedes queal será a loaçon:dona fea, velha e sandia!
Dona fea, nunca vos eu loeiem meu trobar, pero muito trobei;mais ora já um bom cantar fareiem que vos loarei todavia;e direi-vos como vos loarei:dona fea, velha e sandia!
Ai! dona feia! fostes vos queixarporque nunca vos louvei em meu trovarmas, agora quero fazer um cantarem que vos louvarei, todavia;e vide como vos quero louvar:dona feia, velha e louca.
Ai! dona feia! que Deus me perdoe!pois vós tendes tão bom coraçãoque eu vos louvarei, por esta razão,eu vos louvarei, todavia;e veja qual será a louvação:dona feia, velha e louca!
Dona feia, eu nunca vos louveiem meu trovar, mas muito já trovei;entretanto, farei agora um bom cantarem que vos louvarei todavia;e vos direi como louvarei:dona feia, velha e louca!
POESIA TROVADORESCA
Cancioneiro da Ajuda: composto durante o reinado do rei Afonso III, no século XIII, contendo apenas cantigas de amor.
Cancioneiro dja Biblioteca Nacional: (ou Colocci-Brancuti, dois italianos que o possuíam), engloba trovadores dos reinados de Afonso III e de D. Dinis.
Cancioneiro da Vaticana: (descoberto na Biblioteca do Vaticano), inclui todos os tipos de cantigas e contém uma produção do século XVI.
PROSA TROVADORESCA Novelas de
cavalaria Canções de gesta
Ciclos de novelas Ciclo Clássico Ciclo arturiano ou
bretão Ciclo carolíngeo
Ciclos das novelas de cavalaria
Ciclo Clássico (novelas que narram a guerra de Tróia, as aventuras de Alexandre, o grande)
Ciclo arturiano ou bretão (as que apresentam o rei Arthur e os cavaleiros da Távola Redonda – A Demanda do Santo Graal)
Ciclo carolíngeo (a História de Carlos Magno)
PROSA TROVADORESCA
Os cavaleiros daTávola Redonda
PROSA TROVADORESCA
CICLO ARTURIANO
Rei Arthur
CICLO ARTURIANO
A demanda do Santo Graal
AS CRUZADAS
OS CAMINHOS DAS CRUZADAS
PRINCIPAIS AUTORES Paio Soares de Taveirós Dom Dinis Duarte da Gama Martim Garcia de Guilhade Martim Codax João Zorro Afonso Sanches (filho de D. Dinis) Rui Queimado Bernardo Bonaval
Vestimenta do homem medieval europeu
O CLERO
• vestiam túnicas e mantos enfeitados;
• alguns tecidos eram feitos com fios de ouro;
• certas roupas eram enfeitadas com pedras preciosas e pérolas.
A NOBREZA
Homem Nobre: Pelote com longas cavas, Touca de pano ou seda, Manto ou Capa, Saia justo ao corpo.
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A NOBREZAMulher Nobre: Touca sobre o lenço passado ou véu passado sobre o queixo. Vestido justo de manga larga
O povo
• vestia túnicas simples e blusas.
Camponês: Túnica curta, camisa comprida até aos joelhos, cordão à cintura, botas de couro e chapéu grande na cabeça.
Camponesa: Vestido comprido, túnica comprida sobre o vestido, cordão à cintura e chapéu grande na cabeça.
Os Cavaleiros
Os Trovadores
Costumes do homem medieval europeu
Faziam banquetes ao som de música.
Costumes do homem medieval europeu
Costumes do homem medieval europeu
A caçada era o esporte preferido da nobreza.
Costumes do homem medieval europeu
Cantiga de amor de refrão
Cantiga de amor de refrão
Se em partir, senhora minha, mágoas haveis de deixar a quem firme em vos amar foi desde a primeira hora. se me abandonais agora, ó formosa! que farei?
Que farei se nunca mais contemplar vossa beleza? Morto serei de tristeza. Se Deus me não acudir, nem de vós conselho ouvir, ó formosa! que farei?