Trocador de Calor - Ciplopentanona

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Estudo referente a um trocador de calor.

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  • 1

    PROJETO DE TROCADOR DE CALOR - CICLOPENTANONA

  • 2

    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01: Parmetros e correlaes de Latini et al.................................................................... 9

    Figura 02: Propriedades da ciclopentanona .............................................................................. 10

    Figura 03: Propriedades do R-134a .......................................................................................... 10

    Figura 04: Propriedades calculadas do R-134a ........................................................................ 11

    Figura 05: Caractersticas dos materiais aplicados ao trocador de calor .................................. 11

    Figura 06: Corte transversal do trocador de calor .................................................................... 12

    Figura 07: Coeficientes de Zukauskas-Jacob ........................................................................... 15

    Figura 08: Parmetros para clculo do coeficiente de conveco externo ............................... 16

    Figura 09: Clculo do coeficiente de conveco externo ......................................................... 17

    Figura 10: Parmetros para clculo do coeficiente de conveco interno ................................ 18

    Figura 11: Clculo do coeficiente de conveco interno .......................................................... 18

    Figura 12: Configurao co-corrente ........................................................................................ 19

    Figura 13: Configurao contra-corrente ................................................................................. 20

    Figura 14: Esquemtica das resistncias trmicas .................................................................... 21

    Figura 15: Clculo do comprimento do tubo e rea de troca trmica ....................................... 22

    Figura 16: Parmetros para clculo do coeficiente de conveco interno ................................ 25

    Figura 17: Clculo do coeficiente global, taxa de calor e temperatura de sada ...................... 26

    Figura 18: Clculo do coeficiente global, taxa de calor e temperatura de sada Mtodo

    interativo ................................................................................................................................... 26

    Figura 19: Grfico - Conveco externa x dimetro do tubo ................................................... 27

    Figura 20: Grfico - Conveco interna x dimetro do tubo .................................................... 27

    Figura 21: Grfico Comprimento do trocador de calor x dimetro do tubo .......................... 28

  • 3

    SUMRIO

    1 INTRODUO ..................................................................................................... 4

    2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 5

    2.1 OBJETIVO GERAL ........................................................................................ 5

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS .......................................................................... 5

    3 FUNDAMENTAO TERICA ........................................................................... 6

    3.1 ciclopentanona ............................................................................................... 6

    3.2 propriedades trmicas da ciclopentanona ...................................................... 6

    4 MATERIAIS E MTODOS .................................................................................... 9

    4.1 PROPRIEDADES DOS FLUDOS.................................................................. 9

    4.2 materiais do casco e do tubo ....................................................................... 11

    4.3 taxa de calor removida do fluido quente....................................................... 12

    4.4 vazo mssica do fluido refrigerente ............................................................ 13

    4.5 coeficiente de conveco externo ................................................................ 14

    4.5.1 Demais dimetros de tubo ..................................................................... 16

    4.6 COEFICIENTE DE CONVECO INTERNO .............................................. 17

    4.6.1 Demais dimetros de tubo ..................................................................... 18

    4.7 coeficiente global de troca trmica ............................................................... 19

    4.8 REA DE TROCA TRMICA ....................................................................... 22

    4.8.1 Demais dimetros de tubo ..................................................................... 22

    4.9 tubo com camada uniforme de fuligem ........................................................ 23

    4.9.1 Demais dimetros de tubo ..................................................................... 25

    5 RESULTADOS ................................................................................................... 26

    6 CONCLUSO ..................................................................................................... 29

    REFERNCIAS ......................................................................................................... 30

  • 4

    1 INTRODUO

    O aumento da eficincia dos equipamentos aplicados na indstria uma das

    aplicaes da engenharia. Entretanto, isso nos trs a necessidade de retirada de

    calor dos equipamentos mecnicos e eltricos utilizados no mercado. Para isso, a

    utilizao de trocadores de calor fundamental para resfriamento desses

    equipamentos ou fluidos usados no processo.

    Os trocadores de calor so equipamentos que fazem a troca trmica entre

    fluidos sem o contato fsico entre os mesmos. O equipamento construdo com dois

    tubos, um interno passando o lquido a que se quer resfriar e um externo com o

    fluido refrigerante. A troca trmica se dar pela parede do tubo interno, pois nele h

    contato internamente ao fluido quente e externamente ao fluido frio.

    Para esse trabalho ser projetado um trocador de calor casco tubo, para

    refrigerar Ciclopentanona da temperatura de 80C para 20C, utilizando como fluido

    refrigerante o R-134a. A vazo mssica da Ciclopentanona deve ser de 0,1 kg/s e o

    ttulo na sada do fluido refrigerante deve ser de 10%, utilizando uma presso de

    500kPa.

    Os dimetros projetados para a fabricao do trocador de calor foram

    determinados utilizando materiais disponveis no mercado, sendo o tubo constitudo

    de cobre devido a sua capacidade de transmitir o calor e o casco por ao, a fim de

    evitar a transferncia de calor para o ambiente externo. Foram determinados as

    velocidades dos fluidos, os coeficientes de conveco interno e externo e por fim o

    coeficiente global de troca trmica para assim determinarmos o comprimento do

    trocador de calor. Com isso, foi possvel determinar as grandezas esperadas

    utilizando aos conceitos compreendidos em sala de aula.

    Apresentam-se as caractersticas dos fludos, equacionamentos utilizados,

    bem como os resultados finais das caractersticas do trocador de calor. Estima-se

    ainda, os clculos projetados para trs dimetros de tubo distintos, a fim de verificar

    o comportamento do trocador de calor com a variao do mesmo.

  • 5

    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Dimensionar um trocador de calor casco tubo para a uma determinada

    aplicao resfriando ciclopentanona de 80 C para 20 C, utilizando o fluido

    refrigerante R-134a com presso de 500 kPA.

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Determinar os dimetros do casco e do tubo;

    Executar os clculos de dimensionamento do trocador de calor, como

    coeficiente global de troca trmica e taxa de calor trocado;

    Calcular o comprimento do trocador de calor;

    Estimar os resultados para trs dimetros distintos de tubo e verificar

    as conseqncias desta variao;

    Reduzir a rea de troca trmica do tubo, por meio de 2% de fuligem e

    constatar as reaes desta perda no rendimento do trocador de calor;

  • 6

    3 FUNDAMENTAO TERICA

    3.1 CICLOPENTANONA

    Ciclopentanona um composto orgnico lquido incolor com um cheiro similar

    ao cheiro de menta, sendo insolvel em gua, ter e na maioria dos solventes

    orgnicos. uma cetona cclica, estruturalmente similar ao Ciclopentano,

    consistindo de um anel de cinco carbonos contendo um grupo funcional cetona.

    Possui frmula molecular igual a C5H8O.

    O composto estvel, mas inflamvel. O vapor 2,3 vezes mais denso que

    o ar, e explosivo quando combinado com este. Ciclopentanona nociva se

    ingerido, inalado ou absorvido pela pele. tambm irritante a pele e sistema

    respiratrio, e severamente irritante aos olhos. Pode ser utilizado em compostos

    para borracha sinttica e intermedirios de pesticidas.

    3.2 PROPRIEDADES TRMICAS DA CICLOPENTANONA

    A massa especfica e o calor especfico foram encontrados na data sheet do

    componente, considerando a temperatura de filme de 50C:

    Para clculo da viscosidade dinmica e da condutividade trmica foi

    necessrio a utilizao dos mtodos disponveis no livro The properties of Gases

    and liquids.

    No clculo da viscosidade foi utilizado o mtodo de Przezdzleckl and Srldhar

    (1985):

    Onde e os parmetros e so definidos

    conforme equaes 2 e 3:

  • 7

    Sendo:

    Para encontrar o volume lquido molar me funo de uma temperatura

    especificada, utiliza-se a equao 4:

    (4)

    Onde,

    Com isso calcula-se para o ponto de fuso e para a temperatura de

    filme, alm da temperatura que se conhece o valor do volume liquido molar ( .

    222.5 0.356285 0.334198 0.257698 0.309395

    293.15 0.469416 0.355983 0.242942 0.331075

    323.15 0.517454 0.366372 0.236301 0.341438

  • 8

    Dessa forma calcula-se e :

    Com isso possvel encontrar os parmetros e :

    Assim, calcula-se a viscosidade para 50C (323.15 K):

    Para o clculo da condutividade trmica foi utilizado o mtodo de Latini e

    Pacetti (1977):

    Onde,

  • 9

    Os parmetros para clculo de A so encontrados na figura 1 para a famlia

    dos cycloparaffins.

    Figura 01: Parmetros e correlaes de Latini et al.

    Fonte: The properties of Gases and liquids

    A partir disso calcula-se a condutividade trmica:

    4 MATERIAIS E MTODOS

    4.1 PROPRIEDADES DOS FLUDOS

    As propriedades da Ciclopentanona em temperatura de filme (50C) foram

    definidas conforme figura 2.

  • 10

    Figura 02: Propriedades da ciclopentanona

    Fonte: http://clayton.edu/; The properties of Gases and liquids

    Para o R-134a foi determinada a presso de entrada de 500kPa e o ttulo de

    sada de 10%. Como a presso a mesma no decorrer do trocador de calor, a

    temperatura se mantm e a alterao apenas o titulo, no qual as demais variveis

    so alteradas em funo dessa mudana.

    As propriedades do R-134a nos estados lquido saturado e vapor saturado

    so definidas de acordo com a figura 3.

    Figura 03: Propriedades do R-134a

    Fonte: http://webbook.nist.gov/chemistry/fluid/

    Para encontrar as propriedades na sada do trocador de calor, ou seja, com

    ttulo de 10%, calcula-se as caractersticas da mistura utilizando as equaes

    abaixo:

    Densidade () 950 kg/m

    Calor especfico (Cp) 1776 J/kg.K

    Viscosidade dinmica () 0.000504 Pa.s

    Condutividade trmica () 0.142675 W/m.K

    Ponto de fuso -50.7C

    Ponto de ebulio 130.6C

  • 11

    Dessa forma obtemos as propriedades do refrigerante R-134a.

    Figura 04: Propriedades calculadas do R-134a

    Fonte: Os autores

    4.2 MATERIAIS DO CASCO E DO TUBO

    Os materiais aplicados na especificao do trocador de calor foram cobre

    para o tubo e ao para o casco. Esses materiais foram escolhidos devido

    combinao de condutividade trmica, sendo o cobre um material com elevada

    condutividade e o ao de condutividade baixa. Foram utilizados dimetros padres

    de mercado conforme abaixo, apresentando trs dimetros distintos para o tubo.

    Figura 05: Caractersticas dos materiais aplicados ao trocador de calor

    Fontes: Fundamentos de transferncia de calor e de massa; www.tubosoliveira.com.br;

    www.eluma.com.br.

    Propriedade UnidadeEntrada

    (Lquido saturado)

    Vapor

    saturado

    Sada

    (Mistura)Filme

    Densidade () kg/m 1240,8 24,317 206,7117229 723,7559

    Volume especfico m/kg 0,00080595 0,041123 0,004837655 0,002822

    Entalpia (h) kJ/kg 73,358 259,33 91,9552 82,6566

    Calor especfico (Cp) J/kg.K 1389,4 976,12 1348,072 1368,736

    Viscosidade dinmica () Pa.s 0,00021865 0,00001132 0,000197917 0,000208

    Condutividade trmica () W/m.K 0,085126 0,01293 0,0779064 0,081516

    Temperatura (T) C 15,735 15,735 15,735 15,735

    Presso (P) kPa 500 500 500 500

    Aplicao Dimetro (pol.)Dimetro

    Externo (m)

    Dimetro

    Interno (m)

    Espessura da

    Parede (m)Material

    Condutividade

    trmica (W/m.K)

    Casco 4 0,104 0,1016 0,0012 Ao 60,5

    Tubo 1 0,0264 0,0254 0,0005 Cobre 401

    Tubo 1 1/8 0,02957 0,02857 0,0005 Cobre 401

    Tubo 1 5/8 0,04247 0,04127 0,0006 Cobre 401

  • 12

    Figura 06: Corte transversal do trocador de calor

    Fonte: Os autores

    4.3 TAXA DE CALOR REMOVIDA DO FLUIDO QUENTE

    O sistema adiabtico, , no h variao de velocidade e no produz

    trabalho.

    A vazo de fludo quente do trocador de calor deve ser de 0,1 kg/s.

  • 13

    A partir disso, temos:

    Onde:

    Q = fludo quente (Ciclopentanona) F= fludo frio (R-134a) E= entrada S= sada

    De posse das informaes de vazo mssica, temperaturas de entrada e

    sada, possvel determinar a quantidade de calor do fludo quente.

    4.4 VAZO MSSICA DO FLUIDO REFRIGERENTE

    Com base na taxa de calor e os dados do fludo refrigerante, possvel

    determinar a vazo mssica necessria para a transferncia do calor do fluido a ser

    refrigerado. Como a presso do fludo na entrada a mesma no decorrer do

    trocador, a temperatura tambm a mesma. Assim, calcula-se a partir da diferena

    da entalpia entre a entrada e sada no trocador de calor.

  • 14

    4.5 COEFICIENTE DE CONVECO EXTERNO

    Primeiramente necessrio calcular a velocidade do fluido refrigerante no

    trocador de calor:

    Para a obteno dos coeficientes de conveco sero utilizadas correlaes

    de Reynolds, Prandtl e Nusselt. O nmero de Reynolds definido atravs da

    equao abaixo:

    O nmero de Prandtl definido pela equao abaixo:

    Para se obter o nmero de Nusselt pode-se utilizar o mtodo de Zukauskas-

    Jacob que propem as seguintes correlaes para aplicao de conveco em

    cilindros:

  • 15

    Entretanto para a determinao das constantes C e m, utilizamos os dados

    constantes na figura 6 abaixo:

    Figura 07: Coeficientes de Zukauskas-Jacob

    Fluido Re C m

    Gs ou lquido

    0,4 4 0,989 0,330

    4 40 0,911 0,385

    40 4000 0,683 0,466

    4000 40000 0,193 0,618

    40000 400000 0,027 0,805

    Gs 5000 100000 0,102 0,675

    Fonte: Fundamento de transferncia de calor e massa Incropera, Frank P.

    A partir dessa determinao, possvel determinar o coeficiente de troca

    trmica externa conforme a equao 24.

  • 16

    Tambm possvel definir o coeficiente de conveco externa atravs do

    mtodo de Churchill-Bernstein.

    Os valores de conveco externa calculados apresentaram resultados

    similares, porm para os demais clculos ser utilizado a conveco externa obtida

    atravs do mtodo de Churchill-Bernstein por ser de maior confiabilidade e menor

    erro de incerteza.

    4.5.1 Demais dimetros de tubo

    A partir das equaes definidas, podem-se calcular os parmetros para

    clculo do coeficiente de conveco externo para os demais dimetros de tubo

    propostos.

    Nas figuras abaixo apresentado os resultados encontrados.

    Figura 08: Parmetros para clculo do coeficiente de conveco externo

    Fonte: Os autores

    Dimetro Externo

    (pol.)

    Dimetro Externo

    (m)

    Dimeto Interno

    (m)

    Velocidade fluido

    refrigerante (m/s)Reynolds Prandl

    1 0,0264 0,02540 0,105 27364,778 3,497

    1 1/8 0,02957 0,02857 0,107 26703,451 3,497

    1 5/8 0,04247 0,04127 0,118 24312,428 3,497

  • 17

    Figura 09: Clculo do coeficiente de conveco externo

    Fonte: Os autores

    4.6 COEFICIENTE DE CONVECO INTERNO

    Primeiramente necessrio calcular a velocidade do fluido quente no trocador

    de calor, neste caso a ciclopentanona, e o nmero de Reynolds e de Prandtl.

    Para o escoamento interno, aplicando as equaes 27 e 28 determinado o

    numero de Nusselt conforme abaixo.

    Dimetro Externo

    (pol.)

    Nusselt (Zukauskas-

    Jacob)

    Conveco externa (h)

    (Zukauskas-Jacob)

    (W/m.K)

    Nusselt (Churchill-

    Bernstein)

    Conveco externa (h)

    (Churchill-Bernstein)

    (W/m.K)

    1 161,803 175,393 159,315 172,696

    1 1/8 159,375 180,364 157,113 177,804

    1 5/8 150,398 207,338 148,999 205,410

  • 18

    Como o escoamento turbulento ( e o fludo est sendo resfriado,

    calcula-se o nmero de Nusselt atravs da equao de Dittus-Boelter:

    Assim, possvel determinar o coeficiente de conveco interna do tubo

    conforme a equao abaixo:

    4.6.1 Demais dimetros de tubo

    A partir das equaes definidas, podem-se calcular os parmetros para

    clculo do coeficiente de conveco interno para os demais dimetros de tubo

    propostos.

    Nas figuras abaixo apresentado os resultados encontrados.

    Figura 10: Parmetros para clculo do coeficiente de conveco interno

    Fonte: Os autores

    Figura 11: Clculo do coeficiente de conveco interno

    Fonte: Os autores

    Dimetro Externo

    (pol.)

    Dimetro Externo

    (m)

    Dimetro Interno

    (m)

    Velocidade fluido

    quente (m/s)Reynolds Prandl

    1 0,02640 0,0254 0,208 9947,579 6,273

    1 1/8 0,02957 0,02857 0,164 8843,840 6,273

    1 5/8 0,04247 0,04127 0,078 6122,329 6,273

    Dimetro Externo

    (pol.)Nusselt

    Conveco interna (h)

    (W/m.K)

    1 62,971 353,714

    1 1/8 57,316 286,230

    1 5/8 42,707 147,642

  • 19

    4.7 COEFICIENTE GLOBAL DE TROCA TRMICA

    Pode-se definir que quantidade de calor trocado internamente entre o fludo

    quente e o fludo frio est relacionada ao coeficiente global de troca trmica e com a

    temperatura mdia logartmica entre os fluidos, como apresentado nas equaes

    abaixo:

    O trocador de calor pode ser de configurao co-corrente ou contra-corrente.

    Porm, como a temperatura no fluido frio (refrigerante R-134a) constante em todo

    o trocador de calor com presso de 500 kPA, os valores de e . Porm na

    prtica, vamos considerar que este trocador de calor seja de configurao contra-

    corrente devido a uma melhor eficincia na transferncia de calor, baseando-se em

    experincias estudadas.

    Figura 12: Configurao co-corrente

    Fonte: Os autores

  • 20

    Figura 13: Configurao contra-corrente

    Fonte: Os autores

    Dessa forma pode-se calcular a mdia logartmica da variao de temperatura

    e o coeficiente global de troca trmica.

    No trocador de calor, a transferncia de calor ocorre entre os fluidos, atravs

    das conveces interna e externa e pela conduo atravs da parede do tubo de

    cobre. Assim, pode-se fazer uma relao entre as mesmas e determinar um nico

    coeficiente de troca trmica, considerado como o coeficiente global de troca trmica.

    Esse coeficiente est relacionado com as resistncias trmicas que esto

    distribudas, conforme demonstrado na figura abaixo:

  • 21

    Figura 14: Esquemtica das resistncias trmicas

    Fonte: Os autores

    Para cada regio pode ser calculada uma resistncia trmica conforme

    equaes abaixo:

    Com isso, definimos o comprimento do trocador de calor com o somatrio das

    resistncias trmicas conforme definido na equao abaixo:

  • 22

    Ou seja:

    4.8 REA DE TROCA TRMICA

    Com o comprimento do trocador de calor definido e com o dimetro da

    tubulao, possvel determinar a rea total de troca trmica atravs da equao

    abaixo:

    4.8.1 Demais dimetros de tubo

    A partir das equaes definidas, podem-se calcular o comprimento do

    trocador de calor e a rea de troca trmica para os demais dimetros de tubo

    propostos.

    Na figura abaixo apresentado os resultados encontrados.

    Figura 15: Clculo do comprimento do tubo e rea de troca trmica

    Fonte: Os autores

    Dimetro Externo

    (pol.)

    Comprimento do tubo (L)

    (m)

    rea de troca trmica (A)

    (m)

    1 50,710 4,207

    1 1/8 47,925 4,453

    1 5/8 42,750 5,707

  • 23

    4.9 TUBO COM CAMADA UNIFORME DE FULIGEM

    Considerando que aps um determinado perodo de uso, tenha se formado

    uma camada uniforme de fuligem ao longo de todo o tubo do trocador de calor,

    ocupando 2% da rea de escoamento do fluido quente (ciclopentanona), calcula-se

    novamente o coeficiente global de troca trmica, a taxa de calor trocado e a

    temperatura final do fluido quente. As condies para o escoamento no caso se

    mantm as mesmas.

    Como 2% da rea foi ocupada pela fuligem, calcula-se a nova rea de troca

    trmica e o novo dimetro do tubo.

    Dessa forma, pode-se calcular o novo coeficiente de conveco interno.

  • 24

    Como o escoamento turbulento ( e o fludo est sendo resfriado,

    calcula-se o nmero de Nusselt.

    Assim, possvel determinar o coeficiente de conveco interno do tubo.

    Com o comprimento do tubo descoberto e o novo coeficiente de conveco

    interno, pode-se calcular o novo coeficiente global de troca trmica considerando um

    coeficiente de fuligem de 0,0009 m.K/W, baseando em um material com alto fator

    de fuligem, admitindo o coeficiente de conveco externo como constante, ou seja,

    sem alteraes devido a fuligem no tubo.

    A partir disso pode-se calcular a nova temperatura do fludo quente e a nova

    taxa de calor trocado.

  • 25

    Porm, como o coeficiente de conveco externo varia de acordo com a taxa

    de calor, bem como com a vazo mssica e a velocidade do fluido frio, pode-se

    certificar os valores calculados para o coeficiente global de troca trmica, para a taxa

    de calor trocado e para a temperatura final do fluido quente atravs do mtodo

    interativo utilizando a ferramenta Excel, onde por meio de um determinado range de

    temperaturas testadas se descobre o valor da temperatura final do fluido e os

    clculos dos coeficientes necessrios.

    4.9.1 Demais dimetros de tubo

    A partir das equaes definidas, pode-se calcular o coeficiente global de troca

    trmica, a taxa de calor trocado e a temperatura final do fluido quente para os

    demais dimetros de tubos propostos.

    Nas figuras abaixo apresentado os resultados encontrados.

    Figura 16: Parmetros para clculo do coeficiente de conveco interno

    Fonte: Os autores

    Dimetro Externo

    (pol.)

    Dimetro

    Interno (m)

    Dimetro Interno com 2%

    de fuligem (m)

    Velocidade fluido

    quente (m/s)Reynolds Prandl

    1 0,02540 0,02514 0,212 10048,572 6,273

    1 1/8 0,02857 0,02828 0,168 8933,627 6,273

    1 5/8 0,04127 0,04085 0,080 6184,486 6,273

  • 26

    Figura 17: Clculo do coeficiente global, taxa de calor e temperatura de sada

    Fonte: Os autores

    Pode-se confirmar tambm os valores, devido a variao da conveco

    externa em funo da taxa de calor, atravs do mtodo interativo.

    Figura 18: Clculo do coeficiente global, taxa de calor e temperatura de sada Mtodo interativo

    Fonte: Os autores

    5 RESULTADOS

    Foi escolhido o cobre para ser usado na tubulao, onde o fluido quente deve

    escoar, por ter uma condutividade trmica alta facilitando assim a troca trmica. Para

    o casco foi escolhido o ao por ter uma condutividade trmica baixa, isolando assim,

    o sistema do meio externo, dificultando a troca trmica do fluido com o meio

    ambiente.

    Percebe-se nos grficos abaixo que o coeficiente de conveco externo

    cresce conforme o dimetro da tubulao aumenta, j o coeficiente de conveco

    interno diminui com aumento do dimetro do tubo de cobre.

    Dimetro Externo

    (pol.)Nusselt

    Conveco interna (h)

    (W/m.K)

    Coeficiente

    Global de troca

    trmica (UA)

    (W/K)

    Taxa de Calor (q)

    (W)

    Temperatura

    Final do fludo

    quente (T S,Q)

    (C)

    1 63,482 360,204 436,182 10434,426 21,25

    1 1/8 57,781 291,481 438,880 10449,096 21,16

    1 5/8 43,053 150,351 448,775 10502,021 20,87

    Dimetro Externo

    (pol.)Nusselt

    Conveco externa (h)

    (W/m.K)

    Coeficiente

    Global de troca

    trmica (UA)

    (W/K)

    Taxa de Calor (q)

    (W)

    Temperatura

    Final do fludo

    quente (T S,Q)

    (C)

    1 157,265 170,474 432,809 10416,2 21,35

    1 1/8 157,314 175,693 435,990 10434,0 21,25

    1 5/8 148,984 203,653 447,296 10494,4 20,91

  • 27

    Figura 19: Grfico - Conveco externa x dimetro do tubo

    Fonte: Os autores

    Figura 20: Grfico - Conveco interna x dimetro do tubo

    Fonte: Os autores

    Visualiza-se tambm que o comprimento do trocador de calor diminui a

    medida que o dimetro do tubo aumenta, j que conseqentemente, a rea de troca

    trmica no tubo tambm maior.

    170

    175

    180

    185

    190

    195

    200

    205

    210

    0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045

    Co

    efic

    ien

    te d

    e co

    nve

    co

    ex

    tern

    o (

    W/m

    .K

    )

    Dimetro do tubo (m)

    0

    100

    200

    300

    400

    0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045

    Co

    efic

    ien

    te d

    e co

    nve

    co

    in

    tern

    o (

    W/m

    .K

    )

    Dimetro do tubo (m)

  • 28

    Figura 21: Grfico Comprimento do trocador de calor x dimetro do tubo

    Fonte: Os autores

    42,000

    43,000

    44,000

    45,000

    46,000

    47,000

    48,000

    49,000

    50,000

    51,000

    52,000

    0,02 0,025 0,03 0,035 0,04 0,045

    Co

    mp

    rim

    ento

    do

    tro

    cad

    or

    de

    calo

    r (m

    )

    Dimetro do tubo (m)

  • 29

    6 CONCLUSO

    Pode-se relacionar o conhecimento adquirido teoricamente na disciplina de

    fenmenos de transporte II para a especificao de um trocador de calor. Utilizou-se

    as equaes de Reynols, Prandtl, Nusselt, a correlao de Zukauskas-Jacob,

    Churchill-Bernstein e Dittus-Boelter, bem como conhecimentos adquiridos

    anteriormente na disciplina de fenmenos de transporte I, no caso do clculo da

    composio de uma mistura.

    A partir da anlise do trabalho proposto observa-se o grau de complexidade

    para os clculos deste projeto, apresentando um elevado comprimento para o

    trocador de calor.

    Verifica-se que tal resultado foi obtido devido aos coeficientes de conveco

    interno e externo. Quanto maior o dimetro do tubo de cobre, maior o coeficiente

    de conveco externo e menor o coeficiente de conveco interno, e conseqente

    menor ser o comprimento do trocador de calor, bem como sua rea de troca

    trmica.

    Como a formao da fuligem na rea de troca trmica do tubo, observa-se

    que o coeficiente global de troca trmica diminui, bem como a taxa de calor trocado.

    Dessa forma a temperatura de sada do fluido quente, neste caso a ciclopentanona,

    maior considerando a temperatura de sada projetada anteriormente, o que afeta o

    rendimento do trocador de calor.

    Com o desenvolvimento deste trabalho pode-se validar os conhecimentos

    adquiridos na disciplina, tendo uma base de uma aplicao real de fenmenos de

    transporte na indstria.

  • 30

    REFERNCIAS

    INCROPERA, Frank P.; DEWITT, David P. Fundamentos de Transferncia de Calor e de Massa. Rio de Janeiro : LTC, 2003. POLING, Bruce E.; PRAUSNITZ, John M.; OCONNELL, John P. The Properties of GASES AND LIQUIDS. Fifth Edition. New York: McGRAW-HILL, 2001. Ciclopentanona. Disponvel em: . Acesso em: 07 jun. 2015. Cyclopentanone. Disponvel em: . Acesso em: 07 jun. 2015. International Chemical Safety Cards. Cyclopentanone. Disponvel em: . Acesso em: 07 jun. 2015. IPCS INCHEM Home. Cyclopentanone. Disponvel em: . Acesso em: 07 jun.2015. Propriedades termofsicas dos fluidos. Disponvel em: . Acesso em: 25 maio 2015. Material Safety Data Sheet. Cyclopentanone, 99+%. Disponvel em: . Acesso em: 04 jun. 2015.