Tribuna Cidade Nova Ed76

8
Ano VIII - Edição N. 76 - Belo Horizonte, 30 de agosto a 26 de Setembro, 2014 Editorial: A força da Imprensa e o papel do Cidadão........................................................................Página 2 Opinião www.tribunabh.com.br Fim da invasão na JCS H á sete anos, para desespero dos moradores da Cidade Nova e região, um imóvel abandonado na Av. José Cân- dido da Silveira, em frente ao Serpro, se transformava aos poucos em favela. Apesar da insistência a comuni- dade não encontrava apoio junto às auto- ridades públicas municipais. Depois de várias ações, inclusive com a realização de duas Audiências Públicas na Câmara Municipal, finalmente a comunidade as- siste a Administração Regional Nordeste sair de sua letargia para cumprir o que de- terminou a Justiça em 2010. Na última se- mana de agosto, a PBH interditou o local e começou a limpar a área com a retirada de caminhões de entulhos. Falta cobrar do responsável pelo imóvel a sua demoli- ção, o cercamento da área e a construção de passeio. Detalhes nas páginas 3 e 4 A campanha Coração Azul, promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem o objetivo de estimular o envolvimento da so- ciedade no combate ao tráfico de pessoas. A lei obriga a afixação de cartazes em todos os órgãos públicos informando os telefones do Disque Denúncia. Esse cartaz deverá conter os seguintes dizeres: “Campanha Coração Azul Contra o Tráfico de Pessoas – Disque De- núncia: 100 ou 180 e 0800-0311119”. CORAÇÃO AZUL Eu Sou Custoso Eu Sou Custoso Nesta edição, o leitor terá oportunidade de curtir o texto irônico e atualizado de Marcos Maracanã, mineiro de Ituiutaba, que é um apaixonado pelo Rádio e um escritor incan- sável. Página 2 E ducadores brasileiros, incluindo representantes do Sin- dicato das Escolas Particulares do Estado de Minas Gerais – SINEP/MG – estiveram na Finlândia, um país nórdico situado ao norte da Europa, quando tiveram a opor- tunidade de conhecer o sistema de ensino daquele país. A Finlândia é exemplo de educação no mundo. De 2000 a 2009, ocupou os primeiros lugares na avaliação em Ciên- cias, Matemática e Leitura do Pisa, Programa Internacional que mede o ensino em 65 países. Veja na página 5 um re- lato exclusivo para o TCN, feito pelo jornalista Lucas Ávila. Exemplo a ser seguido Ensino na Finlândia Festa do ex-aluno no Colégio Batista de BH O evento reuniu mais de 1000 pes- soas no dia 9 de agosto, quando os ex-alunos de várias décadas se reuni- ram em tarde festiva na unidade BH do Batista. Página 7 FIM DA INVASÃO - PBH acata compromisso com moradores e a Justiça e determina a remoção dos sem-teto e a interdição do imóvel abandonado na Av. José Cândido da Silveira, na Cidade Nova. Falta agora demolir o lajão PRIMEIRO MUNDO - Ensino na Finlândia é modelo no mundo FESTA - Diretor do Batista, Valseni Braga com a ex-aluna Júnia Silva Arquivo/Trib Divulgação

description

Fim da invasão na José Cândido da Silveira

Transcript of Tribuna Cidade Nova Ed76

Page 1: Tribuna Cidade Nova Ed76

Ano VIII - Edição N. 76 - Belo Horizonte, 30 de agosto a 26 de Setembro, 2014

Editorial: A força da Imprensa e o papel do Cidadão........................................................................Página 2

Opinião

www.tribunabh.com.br

Fim da invasão na JCSH

á sete anos, para desesperodos moradores da CidadeNova e região, um imóvelabandonado na Av. José Cân-dido da Silveira, em frente ao

Serpro, se transformava aos poucos emfavela. Apesar da insistência a comuni-

dade não encontrava apoio junto às auto-ridades públicas municipais. Depois devárias ações, inclusive com a realizaçãode duas Audiências Públicas na CâmaraMunicipal, finalmente a comunidade as-siste a Administração Regional Nordestesair de sua letargia para cumprir o que de-

terminou a Justiça em 2010. Na última se-mana de agosto, a PBH interditou o locale começou a limpar a área com a retiradade caminhões de entulhos. Falta cobrardo responsável pelo imóvel a sua demoli-ção, o cercamento da área e a construçãode passeio. Detalhes nas páginas 3 e 4

A campanha Coração Azul, promovida pelaOrganização das Nações Unidas (ONU), temo objetivo de estimular o envolvimento da so-ciedade no combate ao tráfico de pessoas. Alei obriga a afixação de cartazes em todos osórgãos públicos informando os telefones doDisque Denúncia. Esse cartaz deverá conteros seguintes dizeres: “Campanha CoraçãoAzul Contra o Tráfico de Pessoas – Disque De-núncia: 100 ou 180 e 0800-0311119”.

CORAÇÃO AZUL

Eu Sou CustosoEu Sou CustosoNesta edição, o leitor terá oportunidade decurtir o texto irônico e atualizado de MarcosMaracanã, mineiro de Ituiutaba, que é umapaixonado pelo Rádio e um escritor incan-sável. Página 2 Educadores brasileiros, incluindo representantes do Sin-

dicato das Escolas Particulares do Estado de MinasGerais – SINEP/MG – estiveram na Finlândia, um país

nórdico situado ao norte da Europa, quando tiveram a opor-tunidade de conhecer o sistema de ensino daquele país. AFinlândia é exemplo de educação no mundo. De 2000 a2009, ocupou os primeiros lugares na avaliação em Ciên-cias, Matemática e Leitura do Pisa, Programa Internacionalque mede o ensino em 65 países. Veja na página 5 um re-lato exclusivo para o TCN, feito pelo jornalista Lucas Ávila.

Exemplo a ser seguido Ensino na Finlândia Festa do ex-aluno no

Colégio Batista de BHO evento reuniu mais de 1000 pes-

soas no dia 9 de agosto, quando osex-alunos de várias décadas se reuni-ram em tarde festiva na unidade BH doBatista.

Página 7

FIM DA INVASÃO - PBH acata compromisso com moradores e a Justiça edetermina a remoção dos sem-teto e a interdição do imóvel abandonado naAv. José Cândido da Silveira, na Cidade Nova. Falta agora demolir o lajão

PRIMEIRO MUNDO - Ensino naFinlândia é modelo no mundo

FESTA - Diretor do Batista, ValseniBraga com a ex-aluna Júnia Silva

Arquivo/Trib

Divulgação

Page 2: Tribuna Cidade Nova Ed76

POLÍTICA & OPINIÃO Belo Horizonte, 30 de Agosto a 26 de Setembro, 2014 - Edição N. 76 - Ano VIII

www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity2

O papel do cidadão

TRIBUNA DA CIDADE NOVAEDIÇÃO N. 76

Editores:Luiz Lucas MartinsReg. Prof. MG 02485 JPEugênio OliveiraReg. Prof. MG 03478 JPFotografia: Santos FilhoColaboradores: Guilherme Nunes Avelar, LucasÁvila, Luciana Sampaio e Marcos Maracanã.Redação:

Rua Irmãos Kennedy, 114/06Cidade Nova - Belo Horizonte M. Gerais -31170-130Telefax: (31) 3484 0480 e (31) 9955 8447.E-mail Redação:[email protected]: www.tribunabh.comTwitter: @tribunabhEdição Digital: www.issuu.com/tribucity- O jornal Tribuna da Cidade Nova é uma pu-blicação da Logos Editora Ltda. – Registradono Cartório Jero Oliva, documentação arqui-

vada naquela Serventia em 12/09/2007, no Re-gistro nº 1.143, no Livro A. Logos Editora Ltda.Reg. na JUCEMG sob o nº 3120431497 -CNPJ 25.712.977/0001-62. Inscrição Estadcualnº 62.881.449.00-81.Circulação:O jornal é distribuído de casa em casa, na Pa-róquia de Santa Luzia, na Feira dos Produtoresda Cidade Nova, bancas de revistas, padarias,lojas e empresas dos bairros Cidade Nova, Sil-veira, Nova Floresta, partes da Renascença, Ipi-ranga, União e adjacências.

Periodicidade:30 de agosto a 26 Setembro, 2014 .

è è èEste jornal foi editado seguindo a Nova

Ortografia da Língua Portuguesa.

è è è

Os artigos assinados não espelham,necessariamente, a opinião do jornal, sendo de

inteira responsabilidade de seus autores.

Arquivo/Trib

A prepotência como guia

Só pra lembrarHorário Eleitoral gratuito quenada... A fatura chega depois.Que saudades do Enéas nosdebates, agora temos EduardoJorge do PV.Por que o Ibope e o Datafolhanão pesquisaram segundoturno entre Aécio e Marina?De uma coisa é certa, a quedado avião de Eduardo Campossobrou pra todo mundo dacorrida presidencial... Aécio,Pastor Everaldo e para a pró-pria Dilma, todos inclusive euesperávamos, um debate PT XPSDB... Foi por água abaixo...Marina esta surfando nasondas das aparições.Tristeza sóAlém de o som estar horrível

no horário eleitoral gratuito,existem outros agravantes,que são os candidatos que emnada inovaram e continuam amesma coisa. Uns parecemrobôs, outros viraram locutoresde rodeio e o Tiririca, em SãoPaulo, imitou o Roberto Carlose foi criativo... EU VOTEI... EAGORA VOU VOTAR... E vaiser eleito, é mole?Por falar nissoCriei nas redes sociais um per-sonagem chamado “FichaSuja”. Tento explicar o que al-guns candidatos são capazesde fazer para ter o seu voto.Nesta hora bebem caféfrio,pegam crianças “catarren-tas”,andam no meio do povo enão podem faltar as eternaspromessas....saúde segurançae educação..VOTEM EM MIM..O errado é que esta certo...O Tribunal Regional Federal doRio (TRF-RJ) determinou a de-volução do helicóptero apreen-dido com 445 quilos decocaína, em novembro de2013, no Espírito Santos, àempresa Limeira Agropecuária,que tem como um dos sócioso deputado estadual GustavoPerrella (Solidariedade), filhodo senador Zezé Perrella(PDT); para o TRF, não haviaprovas do envolvimento da

aeronave com o transporte dedroga... DE QUEM ERA ADROGA???Por falar em certo ou er-rado...Um país onde um avião semdono caiu e a caixa preta nãotem nada gravado, uma usinade álcool no Triangulo Mineirodeve a centenas de trabalha-dores rurais, e o “seu dono”ainda participa ativamente dapolítica brasileira... é demaispro meu coração...Confiável ou não?Se no Brasil existem uma seriede falhas em todos os siste-mas, imagine nas URNAS ELE-TRÔNICAS... LEIA Urnaeletrônica é falha, alerta MP Osistema atual de votação ele-trônica é falho e não pode ga-rantir o sigilo do voto e aintegridade dos resultados daseleições. A conclusão é do Mi-nistério Público Federal de SãoPaulo.Água ou LuzOlha como o mundo dá vol-tas... Agora quem está comoretirante, saindo de São Pauloe buscando água no Nordeste,são os paulistas. Apenas 30 diasO mês de setembro diráquem é quem na corrida pre-sidencial...

Eu Sou Custoso

Por Marcos Maracanã

Ao longo de sete anos, as ediçõesdo jornal Tribuna da Cidade Novatrouxeram como focos temas im-portantes para a comunidade daregião, como a invasão de imóvel

abandonado na Avenida José Cândido da Sil-veira, que deixava crianças à mercê da sorte;a instalação definitiva do campus-BH da Uni-versidade do Estado de Minas Gerais (UEMG);a expansão da reciclagem do lixo descartávelna região; da troca dos sacos plásticos, docomércio em geral, por outros conhecidoscomo oxibiodegradáveis, as mudanças notrânsito nos bairros Cidade Nova, Silveira,Nova Floresta e Sagrada Família, levadas acabo pela Empresa de Transporte e Trânsitode Belo Horizonte (BHTrans) que ainda desa-gradam gregos e troianos.

Os editores do TCN recebem inúmeras ma-nifestações de apoio à postura do jornal.Todas as edições recebem comentários, men-sagens e sugestões, entre emails, telefonemase comentários postados no portal do Tribunada Cidade Nova. A participação dos cidadãosnos dá mais forças para continuar trilhando ocaminho de uma linha editorial independente,

responsável e apartidária.O Tribuna da Cidade Nova completou

neste segundo semestre de 2014, sete anosde plena atividade, com seus profissionaissempre atentos às demandas dos morado-res e buscando respostas satisfatórias dasautoridades públicas às ponderações da co-munidade.

Vivemos, hoje, tempos de plena comunica-ção. Depois do advento da Internet, o mundomoderno observa fenômenos de comunicaçãosocial que conseguem vencer as mais fortesbarreiras de censura sejam elas veladas ou di-retas. Exemplos podem ser citados aos mon-tes. No Brasil assistimos fenômenos decomunicação que mobilizam milhares de pes-soas, as mais díspares possíveis, em movi-mentos diversos em defesa de uma causa.

O papel do cidadão é cobrar seus direitos eo papel da imprensa é dar voz aos cidadãos,pois a informação é um direito de todos. Ba-seados nesta premissa os editores do jornalTribuna da Cidade Nova traçaram o bom ca-minho: exercer com ética seu papel social eoferecer um jornalismo crítico, que contribuapara o fortalecimento da democracia.

Abstraindo dequalquer infe-rência precipi-tada se de fato

Pimenta da Veiga estáenvolvido em algummalfeito com o opera-dor dos mensalões doPT nacional e do PSDBmineiro, Marcos Valé-rio, o fato concreto éque no mínimo uma muito sólida explicação háde se dar aos cidadãos de Minas.

Afinal, feito candidato do e ao governo regio-nal, com chances reais de vitória, e sendo aquelesescândalos enraizadamente incômodos ao povo,faz-se imprescindível que essa história seja muitobem explicada.

O tema desta coluna, no entanto, não é exa-tamente esse.

O que me chama a atenção é que o senadorAécio Neves, com efetiva força política no Estadopara bancar com razoável segurança eleitoralqualquer candidatura de seu grupo, nem pesta-nejou sobre a dificuldade que se avizinha.

Ora, os escândalos dos mensalões, envol-vendo o PT do governo Lula e o PSDB do go-verno de Eduardo Azeredo, se constituem emcasos bem compreensíveis ao povo, circunstân-cia esta suficiente para aconselhar no mínimo al-guma cautela.

Pode ser que o dinheiro depositado por Mar-cos Valério na conta pessoal de Pimenta da Veiga,conforme noticiado, seja mesmo para pagar des-pesas de exercício de serviços advocatícios, ati-vidade a que o ex-deputado se dedica desde2003.

Pelo que se noticiou, o depósito teria ocorridojá depois dessa data - ou seja, quatro anos apóso escândalo que unia o publicitário ‘mui valori-zado’ por nossos dirigentes ao então governadortucano – fato que pode dissociar Pimenta daVeiga desse escândalo ainda não suficiente es-clarecido.

Mas a coincidência de envolver logo esse per-sonagem tornado gratissíssimo aos políticos dealto coturno, de todos os segmentos partidários,permite, sim, que interrogações pairem no ar, àespera de respostas minimamente críveis.

Se a relação entre os dois era realmente e ape-nas de caráter profissional, qual a razão de se es-perar tanto para explicar documentalmente isso?

Isso me lembra o contrato milionário - e tam-bém inexplicado, até hoje - de consultoria emfavor de Fernando Pimentel, para realizar serviçosa preços completamente fora do usual e semqualquer comprovação de sua efetiva realização,tudo conforme fartamente noticiado há poucotempo.

Mas, voltando ao caso Pimenta da Veiga, a in-sistência em torno de respostas que nada dizemapenas servem para revelar o caráter absurda-mente prepotente do padrinho de sua candida-tura ao governo estadual.

Parece que Aécio Neves tem absoluta convic-ção de seu poder de sedução sobre os mineirospara sentir-se tão seguro de que nada tem a jus-tificar, ou seu agora pupilo.

Os eleitores já se mostraram, antes, autôno-mos a ponto de sacrificar sonhos mais sólidos!

Isso deveria bastar para fazer mudar essa pos-tura autocrática, imperial, do senador e do candi-dato, pois, do contrário, eles poderão serencurralados em nodoal chamado “derrota”.

Nem que seja por isso – já que a sinceridadenem sempre parece ser uma preocupação –,dever-se-ia apresentar explicações efetivamenteconfiáveis aos mineiros.

Por Guilherme NunesAvelar – Advogado

Page 3: Tribuna Cidade Nova Ed76

CIDADE NOVA/UNIÃOBelo Horizonte, 30 de Agosto a 26 de Setembro, 2014 - Edição N. 76 - Ano VIII 3www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity

PBH interdita imóvel na JCSQuatro anos depois, a Prefeitura cumpre determinação da Justiça, remove invasores e interdita imóvel na Av. José Cândidato da Silveira

Depois dequase sete a-nos de açõespor parte dacomunidade,

a invasão por famíliasde sem-teto de terrenoao lado do Parque daMatinha, na Av. JoséCândido da Silveira,pode ter chegado aofim. Nos últimos anos,os moradores realiza-ram duas audiênciaspúblicas na CâmaraMunicipal, em 2008 e2013. Esta última au-diência aconteceu emduas etapas, uma pre-paratória na EscolaMunicipal ProfessoraMaria Modesto Cravo

no dia 5 de Junho de2013, e outra no dia 08de agosto do mesmoano, na Câmara de Ve-readores, sendo asduas reuniões solicita-das pela comunidadeatravés do vereadorLeonardo Mattos, quetambém reside na re-gião.

O leitor deve estarse perguntando porque tanta demora naresolução de um casosimples: remover famí-lias de sem-teto, comcrianças, que viviamem meio a lixo, cachor-ros e equinos, para umlugar mais seguro edigno e cumprir umaordem judicial, con-forme as determina-ções da Juíza da 34ªVara Cível de Belo Ho-rizonte, que no dia 10de abril de 2010 deuprazo para a remoçãodas famílias e a demo-lição do que restava deobra abandonada nolocal. Passado algunsmeses, a Prefeitura deBelo Horizonte (PBH)retirou as famílias, masdeixou o imóvel in-

tacto. Resultado: novainvasão, agora poradultos que faziam doespaço um balcão denegócios para váriasatividades.

Pela demora e lenti-dão nas ações porparte da Regional Nor-deste, os moradorestemem que dentro depouco tempo estejamassistindo uma novainvasão no local. Afinal,quando em 2010 aJustiça determinou àPBH a imediata remo-ção das famílias e aoentão suposto proprie-tário – soube-se depoisque o imóvel está em-bargado pela CaixaEconômica Federalpara pagamento de dí-vida, não estando elede posse do terreno -que, após a remoçãodas famílias, se deveriademolir o lajão, bemcomo todo o imóvel,fazer o cercamentodos lotes, fazer o pas-seio público e, ainda,cumprir as notificações(multas) anteriores fei-tas pela Prefeitura. A(continua na pág. 4) è

MATINHA - A PBH começa a cumprir o compromisso de remover invasores e interditar o imóvel naAvenida José Cândido da Silveira, ao lado do Parque da Matinha. Falta apenas o TRE/MG mandaros candidatos sujões retirarem suas propagandas eleitorais, que também invadiram o local

AUDIÊNCIA - Em 2013, o vereador Leonardo Mattos,a esq., promoveu Audiência Pública na Câmara porsolicitação dos moradores da Cidade Nova e União

Santos FilhoArquivo/Trib

Page 4: Tribuna Cidade Nova Ed76

CIDADE NOVA/UNIÃO4 Belo Horizonte, 30 de Agosto a 26 de Setembro, 2014 - Edição N. 76 - Ano VIII

www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity

Imóvel invadido vai ser demolido(continuação da pág. 3)

princípio as famílias eoutros ocupantes acei-taram a remoção.

Infelizmente, o quese viu nos anos se-guintes foram repeti-ções de situaçõesanteriores. A PBH re-moveu as famílias, masnão pressionou o su-posto proprietário ou aCaixa para a demoli-ção do lajão, e nova in-vasão ocorreu. Ou seja,se não se cumprir oque determinou a Jus-tiça, demolição, cerca-mento e construção depasseio, em breve tere-mos a mesma situaçãode invasão e degrada-ção do espaço.

POSSE – Como ex-plicado acima, a áreaem questão está em li-tígio junto à Caixa Eco-nômica Federal, quetem a posse parcial doimóvel em virtude dedívidas dos proprietá-rios. Ela é remanes-cente do terrenodesmembrado, na dé-cada de 1990, do ex-tinto Banco do Estadode Minas Gerais

(BEMGE), cuja possefoi, posteriormente, re-passada a um consór-cio de construtoras. Asconstrutoras começa-ram então a promovero imediato desmata-mento da referida área,quando a comunidadese mobilizou e conse-guiu preservar 60% daárea, que resultou naimplantação do ParqueEcológico da Matinha,criado através do De-creto Municipal 6.780,de 26 de fevereiro de1991. O Parque da Ma-tinha, como é mais co-nhecido, possui 15 milmetros quadrados deárea totalmente cer-cada, com três entra-das: Av. José Cândidoda Silveira e ruas JoãoChagas e Cláudio Joséde Souza, na divisados bairros CidadeNova e União. A áreado Parque é utilizadacomo passagem depedestres, mas tam-bém recebe um nú-mero considerável decrianças acompanha-das pelas mães ebabás, principalmentena parte da manhã. É

um oásis verde dentroda Região Nordeste daCapital.

PRESERVAÇÃO –Preservar o Parque foium dos motivos damobilização dos mora-dores, pois o surgi-mento de umaglomerado popularsob os olhares inertes ecomplacentes das au-toridades públicas émuito rápido.

Conforme acor-dado, os antigos em-p r e e n d e d o r e sconstruíram duas tor-res de apartamentos,as “Torres do Bosque”,que têm acesso pelaRua João Chagas.Além do Parque, aindarestou livre grandefaixa de terreno, justa-mente a que se encon-tra, há vários anos,abandonada, depre-dada e constante-mente invadida portoda sorte de pessoas,muitas das quais vi-sando tão somenteapenas conseguir in-denizações públicas.

Diante dessa situa-ção e buscando garan-tir o uso adequado do

terreno, a comunidadesugeriu ao VereadorLeonardo Mattos aapresentação de umProjeto de Lei ane-xando toda a área de-gradada ao Parque daMatinha. Prontamente

o Vereador tomou a ini-ciativa e o Projeto estáem tramitação na Câ-mara Municipal. Casoseja aprovado pelosvereadores e sancio-nado pelo prefeito deBelo Horizonte, pode

ser agregada nova áreaverde ao Parque daMatinha ou nela seremimplantados equipa-mentos públicos queatendam a comuni-dade, como uma Aca-demia da Cidade.

INTERDITADA - Depois da interdição e remoçãodos sem-teto, resta à PBH exigir a demolição dolajão, para se evitar novas invasões do imóvel

RISCO - Durante anos famílias ocuparam o imóvel da Matinha. Condi-ções do local expunham crianças a risco, por viverem no meio do lixo

Fotos: Arquivo/Trib

Page 5: Tribuna Cidade Nova Ed76

EDUCAÇÃOBelo Horizonte, 30 de Agosto a 26 de Setembro, 2014 - Edição N. 76 - Ano VIII 5www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity

Educação na FinlândiaAutonomia e confiança são pilares que sustentam a educação

Helsinki, a pe-quena capitalfinlandesa, e osdemais municí-pios do país

não têm muito do quereclamar de sua estruturade ensino. De 2000 a2009, a Finlândia ocupouos primeiros lugares naavaliação em Ciências,Matemática e Leitura doPisa, programa interna-cional que mede o ensinoem 65 países, sendoainda um exemplo deeducação para o mundo.O país também foi visi-tado em maio pelo grupode 80 educadores brasi-leiros, incluindo represen-tantes do SINEP/MG,que conheceram escolase assistiram a palestrassobre o sistema de en-sino finlandês. No últimoresultado do Pisa, divul-gado no ano passadocom dados de 2012, aFinlândia perdeu terrenopara os asiáticos e paraoutras nações europeias.Ficou em 12º em Leiturae a Ministra da Educaçãofinlandesa, Krista Kiuru,que chegou a pedir a re-tomada da motivaçãopara o estudo e a apren-dizagem, o país é um doscampeões em visitas dedelegações estrangeirasem busca dos segredosde uma educação dequalidade e inclusiva.

A brasileira Ayla Patrí-cia Houvi, 36, mora nopaís há 10 anos. Elaconta que estranhou

muito quando sua filha,na ocasião com seteanos, saiu de uma escolano Brasil e foi matriculadaem outra na Finlândia.“Percebi que ela nuncalevava lições para casaapós a aula e fiquei sementender. Na época, pro-curei a escola e a profes-sora disse que não havianenhum mal nisso, queminha filha estava apren-dendo como os outrosalunos. Hoje, aos 17anos, ela fala cinco lín-guas com fluência e fazformação técnica parale-

lamente ao EnsinoMédio”, detalha. Outra di-ferença que chamou aatenção da brasileira foi aausência de reuniões depais. “Através de umaplataforma on-line cha-mada “Wilma”, conversocom os professores,acompanho a frequênciae a situação escolar”, re-lata. Segundo ela, as es-colas do Brasil, emespecial as particulares,confundem educaçãoplena com cobranças ex-cessivas do conteúdoobrigatório. “Minha filha

mais nova, hoje com oitoanos, só estudou em es-colas finlandesas. Elaaprende brincando, commuita responsabilidade eautonomia.

Existe uma carga dedisciplinas optativas jánesta idade, para incenti-var as escolhas e desen-volver aptidões desdecedo”, explica. Segundoa Direção Nacional deEducação, a Finlândiapossui 4 mil escolas pú-blicas e apenas 60 da ini-ciativa privada. No país,independentemente se

do governo ou particular,a escola é financiada pelogoverno e gratuita paraos estudantes em todosos níveis, da Pré-escolaao Ensino Superior. Agratuidade no EnsinoFundamental ainda incluio material didático, ali-mentação e transportepara os que vivem afasta-dos. Os municípios finan-ciam 58% da EducaçãoBásica e o restante vemde recursos do governofederal. O cálculo sempreé feito por aluno e a verbafinal é destinada às esco-las. “De acordo com a leifinlandesa, as instituiçõessó podem cobrar mensa-lidade quando oferecemEducação de Jovens e

Adultos. As escolas pri-vadas estão subordina-das às diretrizes dogoverno e geralmentesão religiosas ou pos-suem alguma pedagogiaprópria”, explica Pahkin.Por mais que os últimosresultados tenham preo-cupado

Ao contrário da reali-dade de diversos países,muitos finlandeses que-rem se tornar professo-res. A concorrência porvagas na formação do-cente é alta: cerca de 5mil jovens buscam chan-ces na área todos osanos e só 700 cadeirasanuais são ocupadas nasfaculdades de pedagogiaou licenciatura. Para darconta de garantir a quali-dade educacional das es-colas, os docentesrecebem, no mínimo,cinco anos de formaçãona universidade. Os sa-lários na Educação Bá-sica giram em torno de 3mil euros por mês (ouaproximadamente 9.080reais), mas tudo dependeda carga horária e dos tí-tulos que o profissionaladquire ao longo da vida.

Os professores daPré-escola ao EnsinoMédio regular devem termestrado para lecionar eos das escolas técnicas,se não lecionarem espe-cialidades, necessitamapenas do diploma denível superior. Nas univer-sidades, praticamentetodos os docentes sãodoutores na sua área. Jánas creches e escolas daEducação Infantil, oseducadores devem tergrau de bacharel emEducação. *Lucas Ávila é jornalista,fotógrafo e geógrafo.

Por Lucas Ávila*

EDUCAÇÃO - A Finlândia é modelo emeducação de qualidade em todo o mundo

Lucas Ávila

Page 6: Tribuna Cidade Nova Ed76

EM TEMPO6 Belo Horizonte, 30 de Agosto a 26 de Setembro, 2014 - Edição N. 76 - Ano VIII

www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity

VALE A PENA CONFERIR

Nada melhor que malhar na Academia a Céu aberto, completar sua ca-minhada com uma paradinha no Ponto do Coco, e se deliciar comuma água de coco geladinha ali na barraca do Paulo Bonifácio e

Maria do Carmo, na Avenida José Cândido da Silveira, no bairro CidadeNova.

Queridos e estimados por todos, com três filhos e cinco netos, esse sim-pático casal há 27 anos está ali estabelecido com uma atividade aprazível,pode-se dizer, vendendo saúde, pois não há quem não goste de uma boaágua de coco.

Com muita simplicidade atenção e simpatia, Paulo e Maria do Carmo têmmuita história para contar, especialmente quando relembram o tempo emque trabalharam com a inesquecível cantora Clara Nunes, na então Compa-nhia de Tecidos Renascença, no bairro Renascença.

Há mais de 30 anos, o re-nomado hair stylist Ander-son Alves está à frente doAnderson Alves Instituto

de Beleza, na Rua Macapá, no Re-nascença. Referência em toda a re-gião, Anderson atendendosugestões de sua grande clientela,resolveu expandir seu reconhecidotrabalho para outras regiões de BeloHorizonte. Ele acaba de estabeleceruma nova parceria de sucesso comIeda Alves, proprietária da distribui-dora Gk Golden Care. Já começaminaugurando o novo espaço de be-leza de BH, ali na Rua Atenas, 257,no Prado. Em suas amplas instala-ções contam com um sofisticado‘Dia da Noiva’ e todos os tratamen-tos de beleza como corte, escova,e com a melhor escova progressivado momento, a Kim Hair. Depila-ção, sobrancelhas,maquiagem,penteados, banho de lua, bronzea-mento artificial e várias opções depacotes para o ‘Dia da Noiva’.

Anderson Alves, 30 anos dedicados à Beleza

Ponto do Coco, parada certa na Cidade Nova

Fotos: Arquivo/Trib

BELEZA II - Detalhes do novosalão de Anderson Alves

REFRESCO - O casal do Pontodo Coco, Paulo e Maria do Carmo

BELEZA - Anderson Alves e Ieda Alves

Arquivo/Trib

Page 7: Tribuna Cidade Nova Ed76

ENCONTROBelo Horizonte, 30 de Agosto a 26 de Setembro, 2014 - Edição N. 76 - Ano VIII 7www.tribunabh.com – issuu.com/tribucity

Emoção e reencontros naFesta dos ex-alunos do BatistaU

m momento de reencon-tros e muito bate papo,além de matar a saudadee relembrar os bons mo-

mentos. Foi neste clima que oSistema Batista Mineiro de Educa-ção, promoveu a Festa dos ex-alunos do Batista, no dia 09 deagosto, no Colégio Batista - uni-dade BH. O evento reuniu mais de1000 pessoas em uma tarde ines-quecível com final de noite melhorainda.

A animação ficou por contadas atrações: música ambiente,Quiz, entrevistas exibidas nos te-lões, Selfies, Praça da Alimenta-ção, Espaço Kids, pipoca ealgodão doce à vontade, sorteiode smartphones, brindes, Torneiode Futsal, convidados especiaisque marcaram a história do Ba-tista e Matheus Simões e Bandarelembrando canções dos temposdas assembleias. “Tivemos apreocupação em criar várias atra-ções com o intuito de atender atodos os públicos, e sei que fize-mos um bom trabalho” completa acoordenadora de Comunicação eMarketing do SBME, CynthiaGomes.

Históricas histórias Marcada por ex-alunos de vá-

rias décadas, a Festa do Batistatrouxe à memória históricas histó-rias. Acompanhe!

O ex-aluno e farmacêuticoSpencer Procópio de AlvarengaMonteiro, 89 anos, formou-se em1941 e se emocionou ao relem-brar as aulas de francês com oprofessor Orlando de Carvalho esua vitrola manual. “Fico admiradocomo os tempos mudaram! Hojetudo é eletrônico, rápido. O fatoque acontece neste segundo, nopróximo, a informação já correu omundo”. O Batista marcou muito aminha história e sempre confieiem sua metodologia de ensino,por isso a minha filha Luciana Pro-cópio Alvarenga estudou aqui e osmeus dois netos estudam ainda.“É um ensino para a vida toda eque passa de gerações em gera-ções”, finaliza.

As formandas da década de70, Clara kolos, sua irmã CristinaKolos e a amiga Deise Bidermanderam gargalhas ao se lembraremdas suas travessuras de criança.“Adorava passear no Colégio emhorário de aula. Então com des-culpas para ir tomar água, eu cor-tava o giz de quadro no formatoidêntico a um comprimido e diziapara a professora: aqui, preciso iragora tomar esse remédio... Aí eupasseava nos corredores, pelo co-légio... ixiiii... Fazia a maior hora esó depois voltava pra sala deaula... Eita tempos bons.. rrssss...tive uma infância muito saudável.

Amo esta escola, trabalhei no Ba-tista e as minhas filhas também ti-veram o privilégio de estudaremaqui”, ressalta Clara.

O diretor-geral do SBME, pro-fessor Valseni Braga, viu a impor-tância do reencontro e resgatou aFesta dos ex-alunos. “Percebi oquanto o nosso Batista é lem-brado com carinho e está no cora-ção de todos. Vi ex-alunos quetrouxeram carteirinhas de estu-dante da sua época, informativosdo Colégio com data de 1971,fotos históricas, etc. Fico feliz emsaber disso, e percebo o quantoestamos no caminho certo, por-que aqui passa gerações (avôs,pais, netos e filhos) o que com-prova a confiança no Sistema Ba-tista Mineiro de Educação, e mesinto orgulhoso por fazer partedessa equipe”.

O Sistema Batista Mineiro deEducação agradece aos professo-res, colaboradores, alunos, ex-alu-nos, ex-funcionários e familiares,que estiveram presentes nesteevento memorável. Sem dúvida,esta grande Festa marca a históriada Instituição como uma lem-brança alegre e saudosa.

O encerramento do reencontrose deu ao som do Hino do ColégioBatista Mineiro marcando maisuma vez a história de todos ospresentes.

Ganhadora do Smartphone, Joyce Ri-beiro Bosco, afirma que o Colégio teveum papel fundamental na sua forma-ção intelectual, profissional e pessoal

Diretor-geral do SBME, pro-fessor Valseni Braga e a ex-aluna Junia Silva, 90 anos

Festa dos ex-alunos do Batistareúne mais de 1000 pessoas

Fotos: Divulgação

Page 8: Tribuna Cidade Nova Ed76

CLASSIBOX TribunaBH