Trabalho sério nas áreas de Saúde, Educação e Assistência...

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES, 02 DE FEVEREIRO DE 2012 Bento Gonçalves é um município onde se valoriza muito os dons, as qualidades, as potencialidades e a capacidade das pessoas. Pároco da Paróquia Santo Antônio e Vigário Geral da Diocese de Caxias do Sul, Padre Izidoro Bigolin Trabalho sério nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social. Fones (54) 3451.1919 | 3451.5212 Faz parte da sua vida. Trav. Tuiuty, 48 - Cidade Alta - Bento Gonçalves - RS

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2012

Bento Gonçalves é um município

onde se valoriza muito os dons,

as qualidades, as potencialidades e a capacidade das

pessoas.

Pároco da ParóquiaSanto Antônio e Vigário Geral da

Diocese deCaxias do Sul,

Padre Izidoro Bigolin

Trabalho sério nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social.

Fones (54) 3451.1919 | 3451.5212

Faz parte da sua vida.

Trav. Tuiuty, 48 - Cidade Alta - Bento Gonçalves - RS

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Padre Izidoro Bigolin no auge de suas potencialidades como Pároco, Vigário Geral e repórterKátia Bortolini

Religioso acumula funções ao mesmo tempo que se dedica ao término do restauro da Igreja Santo Antônio e a entrevistas para livro sobre templos

católicos de Bento Gonçalves

Por Kátia Bortolini e Rodrigo De Marco

Integração - No dia 26 de setem-bro de 2011, o senhor foi nomeado Vi-gário Geral da Diocese de Caxias do Sul. Quais são as atribuições do cargo?

Bigolin - Coordenar com o bispo Alessandro Ruffinoni a ação pasto-ral e administrativa da Diocese de Caxias do Sul. A Diocese é formada por 73 paróquias, distribuídas em 29 municípios e com uma população aproximada de 890 mil habitantes, sendo atendidos por 116 padres do Clero Diocesano.

Integração - Como é a escolha para o cargo de Vigário Geral?

Bigolin - O Bispo faz uma con-sulta entre os padres solicitando a indicação de três nomes para o cargo. Após, escolhe um. Na ausência do Ordinário, como é chamado o Bispo, o Vigário Geral assume.

Integração - O senhor foi nomea-do para o cargo no ano passado, mas ainda continua atuando como Pároco da Igreja Matriz Santo Antônio. Por que o acúmulo das duas funções?

Bigolin - O acúmulo das duas funções justifica-se pelo fato de que, na prática, faço parte da equipe sacer-dotal da Paróquia. Equipe esta que é formada pelos padres que atuam jun-to às comunidades da Paróquia pois, no momento, não há um novo padre que possa integrar o grupo e também porque continuo na coordenação do Restauro do Santuário no que diz res-peito ao acompanhamento das obras e captação dos recursos financeiros.

Integração - Quando surgiu a demanda do restauro?

Bigolin - A igreja foi concluída em 1894. Já são 118 anos, e com o passar dos anos começaram a surgir proble-mas, patologias, muito sérios em toda estrutura e, de modo especial, nas pinturas murais e decorativas e, por isso, uma intervenção era urgente. Em 2006, o prédio foi tombado como

patrimônio histórico do município. A urgência do restauro foi consta-tada em 2003. Já estava chovendo dentro. Pinturas e murais estavam danificados. Mas foi apenas no final de 2008 que, de fato, se começou o trabalho de restauro. O processo de regularização de escrituras atrasou o início das obras.

Integração - O que foi feito até agora e o que ainda falta fazer?

Bigolin – Começou com a estru-tura entre o telhado e o teto e uma limpeza, que demorou em torno de dois anos e meio. Nesse processo, foram retiradas todas as madeiras que haviam sido danificadas pelos cupins e pelo tempo. Depois, foram refeitas as pinturas internas da ala norte. Recentemente, foi realizada a troca do telhado e a colocação de um sub-telhado, rampas laterais, instalação elétrica interna, iluminação externa e a pintura externa, que também já está sendo executada. Agora estamos fazendo o calçamento. Faltam ainda todas as pinturas murais da ala sul, as pinturas decorativas, o piso e al-guns trabalhos em madeira (bancos, armários...)

“O modo como é feita esta Campanha (distribuição

de preservativos), parece que é mais um convite a uma prática sexual

liberal e irresponsável do que para uma

orientação, formação e responsabilidade com os próprios atos e suas

consequências”.

Integração - E os recursos finan-ceiros?

Bigolin - Estamos ainda usando recursos da Lei de Incentivo à Cultu-

ra, aprovada em 2008 e de doações. Também estamos usando recursos próprios provenientes da Festa de Santo Antônio do ano passado. Prati-camente 70% do resultado da última festa foi destinado ao restauro. A previsão é que, no máximo, em 2013 as obras estejam concluídas. E até as obras não terminarem, eu continua-rei assessorando, por ser o Produtor Cultural do Projeto e por ter assumido este compromisso no momento em que aceitei ser Vigário Geral da Dioce-se: assumiria a nova função, mas não deixaria de acompanhar o Restauro.

Integração - Na fachada da igreja, logo acima da porta principal, tem um desenho de um olho no meio de um triângulo, também usado pela maço-naria. Qual é a relação?

Bigolin - O desenho do Triângulo simboliza em nossa tradição cristã a Santíssima Trindade: Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. E a figura do olho simboliza a onipresença de Deus, ou seja, é o Deus presente em tudo e em todos os lugares, este é o sentido. Pode até ser que a Maçonaria também use este símbolo. Mas, ori-ginalmente, ele é da Igreja Católica. Trata-se de uma simbologia cristã presente em grande parte das Igrejas da Europa.

Integração - São comuns ques-tionamentos sobre o uso do mesmo símbolo?

Bigolin - Sim, quer por parte dos membros da comunidade Cristã, quer por parte de outros grupos e movimentos. Os questionamentos ou mesmo afirmações vagas acontecem por falta de formação e de conheci-mento do significado originalmente cristão deste símbolo.

Integração - As divergências entre a Igreja Católica e a Maçonaria termi-naram?

Bigolin - Creio que a realidade atual é outra; penso que não existem mais as tensões de outra época da história, em tudo é preciso abertura, diálogo, sem, porém, abdicar das con-vicções e verdades fundamentais da Fé e do compromisso com o Reino de Deus. A prova de que as relações são diferentes é que já houve membros da Igreja (padres e Bispos) que têm se encontrado com membros da ma-çonaria num diálogo franco, aberto e respeitoso.

Integração - A Igreja é contra o aborto e também é contra o uso de mé-todos contraceptivos. Para a época de Cristo, havia espaço e recursos naturais para o “crescei e multiplicai-vos”. Hoje, é outra realidade.

Bigolin - Não se trata de ser contra pura e simplesmente. Uma questão tão séria não pode limitar-se ao “ser a favor” ou ao “ser contra”. É uma forma muito superficial de tratar uma questão onde a vida humana está em jogo. É preciso colocar-se diante da vida. A Igreja defende a vida em todas as etapas: desde a concepção até o seu término natural (morte). A Igreja Católica assume esta posição porque está fundamentada na Palavra de Deus (Bíblia) e não por gosto próprio, ou se é coerente com as verdades da Fé ou então se faz da Fé um espetáculo, um show muito mais para agradar, “distrair”, do que para lutar por uma humanidade sadia e feliz. Veja, por exemplo: na época do Carnaval há campanhas de distribui-ção e uso de preservativos. O modo como é feita esta Campanha, parece que é mais um convite a uma prática

sexual liberal e irresponsável do que para uma orientação, formação e res-ponsabilidade com os próprios atos e suas consequências. A Igreja possui uma visão integral do ser humano e sua sexualidade. “Sexo sem com-promisso” não existe no ideal cristão. Pelo contrário, é necessário consciên-cia, maturidade e responsabilidade para um desenvolvimento sadio da sexualidade. Família, sexualidade e filhos são os frutos desse processo. A Igreja, portanto, fiel aos valores do Evangelho, propõe um outro modelo de educação sexual e paternidade responsável, com recursos naturais, por exemplo, mas acima de tudo com outra visão sobre as relações afetivas e valorização do próprio corpo.

A proposta de Jesus é bem mais ampla do que gostos pessoais,

fanatismos religiosos, ilusões, muitas vezes presentes no campo

religioso.

Integração - Como a Igreja Católi-ca vê o crescimento de outras religiões, com ênfase para as evangélicas?

Bigolin - Hoje em dia, existe o fenômeno do chamado “trânsito re-ligioso” ou o “turismo religioso”. Tem gente que no decorrer do ano passa por várias igrejas, grupos religiosos que se definem como Igreja, mas na prática não o são, pois às vezes nascem mais do desejo de uma pes-soa do que por um compromisso sério de Fé e de construção de uma sociedade justa e fraterna. A Igreja, em suas Diretrizes, está muito mais

preocupada em ser fiel a Jesus Cristo e à sua proposta de vida do que com o crescimento de outras religiões, ou mesmo igrejas evangélicas e pente-costais. O importante é ser coerente e fiel. Ninguém é fiel a Jesus Cristo assumindo apenas o que gosta ou lhe agrada. A proposta de Jesus é bem mais ampla do que gostos pessoais, fanatismos religiosos, ilusões, muitas vezes presentes no campo religioso. Os radicalismos daqueles que só en-xergam na outra (religião-igreja) só erros, só pecados é porque fazem da sua igreja um meio muito mais para criar divisões e se auto-promover do que para construir o Reino de Deus. É preciso também considerar a cami-nhada, a história de cada igreja. Ca-minhada esta feita de muitos acertos e, infelizmente, também de erros e pecados. Será que uma Igreja, como a Católica, que tem mais de dois mil anos de história, não tem contribuído para o bem da humanidade?

“Espírito impuro é o ódio, a inveja, a ganância, a prepotência, outros sentimentos pessoais

negativos e estruturas sociais corrompidas”.

Integração - Os padres e freiras não podem casar. Existe alguma pos-sibilidade de mudança em relação a esta norma?

Bigolin - O fato de não casar é uma questão de opção pessoal e de disciplina da própria Igreja, para os padres e da Congregação religiosa, para as irmãs religiosas (freiras). O padre e a irmã religiosa assumem esta forma de vida como um serviço integral ao Povo de Deus. Hoje, além do padre e da irmã, existem muitos serviços, ministérios na Igreja e que vão dando a abertura para homens e mulheres atuarem diretamente na Igreja e penso que é um caminho, embora longo, que poderá abrir possibilidades de mudanças também nesta questão para a Igreja.

Integração - E os rituais? Por que a igreja Católica mantém seus rituais inalterados há tanto tempo?

Bigolin - O rito faz parte do ser humano. Não há nenhuma sociedade, grupo humano, instituição que não seja movida pelo rito. Veja, por exem-plo, os ritos de um jogo de futebol, audiência no tribunal, ou uma simples roda de chimarrão. A própria natureza tem seus ritos, pergunte a um agri-cultor... É preciso diferenciar rito de ritualismo e de ritual. O ritual indica a forma como realizar o rito. O rito é executado dentro de suas normas, também chamadas “rubricas” e que podem ser enriquecidas pelo estilo. O estilo é o jeito como alguém realiza o rito, isto é, com sua criatividade.

Integração - Por que a Bíblia dá

abertura para tantas interpretações?Bigolin - Pode-se fazer uma lei-

tura fundamentalista da Bíblia, “pe-gando” o texto ao pé da letra. É mais fácil “pegar” ao pé da letra do que fazer uma interpretação correta, que exige estudo e conhecimento histó-rico, porque você tem um contexto da época. A interpretação autêntica precisa considerar: o texto, o contexto em que foi escrito, a realidade atual e ainda valer-se das ciências Bíblicas (teologia, história, arqueologia, lite-ratura bíblica...). Ninguém faz uma autêntica e coerente interpretação bíblica apenas com um curso de oratória e com “cursinhos” rápidos, superficiais e parciais da Bíblia.

Integração - O mal está dentro ou está fora?

Bigolin - O mal reside nos “espí-ritos impuros”.

Integração - O que é um “espírito impuro”?

Bigolin - Espírito impuro é o ódio, a inveja, a ganância, a prepo-tência, outros sentimentos pessoais negativos e estruturas sociais cor-rompidas.

“Espero continuar alimentando tantos

laços de amizade aqui construídos”.

Integração - Bento Gonçalves, há mais de duas décadas, atrai migran-tes. Entre eles, muitos de baixa renda. De que forma a igreja acolhe estas pessoas?

Bigolin - Nós temos um projeto próprio para os migrantes chamado: Comunidade e Acolhida. Primeira-mente, a igreja oferece a sua presen-ça de acolhida, os seus espaços físicos, porque muitos migrantes acabam se tornando anônimos pela perda dos referenciais de onde residiam. Não tendo mais os referenciais de suas comunidades, eles podem acabar ficando à margem. Oferecemos a nossa acolhida, através do trabalho das zeladoras das capelinhas, dos missionários(as) leigos(as) e lideran-ças da comunidade.

Integração - O senhor, em parceria com o jornalista/fotógrafo Fabiano Ma-zzotti, está trabalhando na elaboração de um livro sobre a história de capelas católicas do município, denominado “Amém, Bento Gonçalves”. Qual é o objetivo do projeto?

Bigolin - É resgatar a história deste patrimônio do povo, porque a presença das 83 igrejas da comu-nidade que terão suas histórias reportadas, além de ser um marco, um referencial da Fé, resgatamos o valor arquitetônico, histórico dos templos. Com a obra, também vamos valorizar as pessoas que contribuíram para erguer essas construções. O livro terá 120 páginas, com tiragem inicial de dois mil exemplares. A produção, orçada em R$ 123 mil, aprovada pela Lei Rouanet, já conta com os recursos depositados em conta, através de parcerias com as empresas Zegla, Transportes Bertolini e Rinaldi.

Integração - Quando o senhor estiver residindo na cidade de Caxias do Sul como Vigário Geral, qual será a sua postura em relação ao povo de Bento Gonçalves?

Bigolin - Continuarei querendo bem ao povo, a cidade de Bento e região, zelando para que a Igreja Católica continue sendo presença que anima e fortalece a esperança da comunidade. Espero continuar alimentando tantos laços de amizade aqui construídos.

Integração - Aspectos positivos e negativos da comunidade bento-gonçalvense.

Bigolin - O surgimento de lide-ranças jovens em todos os setores é um aspecto positivo. Bento Gonçal-ves é um município onde se valoriza muito os dons, as qualidades, as potencialidades, a capacidade das pessoas. Por isso, temos tantas pesso-as que se dispõem a trabalhar como voluntários. Aspectos positivos são o valor da família, o valor do trabalho muito presente na nossa região, a Fé e a religiosidade popular, o valor da comunidade e sua organização. Como aspecto negativo, a pobreza existente em alguns bairros periféri-cos, que contrasta com a riqueza e o empreendedorismo do município.

ascido em 12 de novembro de 1952, em Nova Roma do Sul, Izidoro Bigolin foi ordenado padre em 1978. Cinco anos depois, esteve em Bento Gonçalves pela primeira vez, onde permaneceu até 1989.

Bigolin voltou para a Paróquia Santo Antônio em 1996. Em novembro do ano passado, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Caxias do Sul pelo Bispo Alessandro Ruffinoni. Na noite de 12 de dezembro de 2011, foi homenageado pela Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves com a Medalha Aristides Bertuol. A homenagem foi proposta pelo vereador Vanderlei Santos (PP) pelos relevantes serviços prestados à comunidade de Bento Gonçalves, entre eles, a promoção anual da Festa de Santo Antônio, padroeiro do município. Agora, ele se divide entre as atividades de Pároco da Santo Antônio e assessor direto do Bispo Ruffinoni até o término do res-tauro da Igreja Matriz Santo Antônio. Nesse meio tempo, também está se dedicando a obra “Amém, Bento Gonçalves”, em parceria com o jornalista/fotógrafo Fabiano Mazzotti. Previsto para ser lançado em novembro deste ano, o livro trará imagens e textos das 83 igrejas católicas situadas na zona urbana e rural do município.

N “O rito faz parte do ser humano.

Não há nenhuma sociedade, grupo

humano, instituição que não seja

movida pelo rito”.

Renovação Carismática Católica

SEGUNDA-FEIRA* G.O. Sagrada FamíliaIgreja Matriz Santo Antônio, 20h* G.O. Santa RitaComunidade Santa Rita, 20hTERÇA-FEIRA* G.O. Fé e VidaIgreja Matriz São Roque, 14h* G.O. Filhos de MariaCapela da Imac. Conceição/Barracão,19h25min

QUARTA-FEIRA* G.O. Santo AntônioIgreja Matriz Santo Antônio, 14hQUINTA-FEIRA* G.O. Servos de MariaAssociação Servos de Maria, 14h* G.O. São LuísComunidade São Luís, Bairro Glória, 19h30min* G.O. Nossa Senhora do CaravaggioIgreja N. Sra. Caravaggio, Tamandaré, 19h30minSÁBADO* Grupo de Jovens Nas Asas do EspíritoAssociação Servos de Maria, 19h

Onde Orar no Espírito

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Padre Izidoro Bigolin no auge de suas potencialidades como Pároco, Vigário Geral e repórterKátia Bortolini

Religioso acumula funções ao mesmo tempo que se dedica ao término do restauro da Igreja Santo Antônio e a entrevistas para livro sobre templos

católicos de Bento Gonçalves

Por Kátia Bortolini e Rodrigo De Marco

Integração - No dia 26 de setem-bro de 2011, o senhor foi nomeado Vi-gário Geral da Diocese de Caxias do Sul. Quais são as atribuições do cargo?

Bigolin - Coordenar com o bispo Alessandro Ruffinoni a ação pasto-ral e administrativa da Diocese de Caxias do Sul. A Diocese é formada por 73 paróquias, distribuídas em 29 municípios e com uma população aproximada de 890 mil habitantes, sendo atendidos por 116 padres do Clero Diocesano.

Integração - Como é a escolha para o cargo de Vigário Geral?

Bigolin - O Bispo faz uma con-sulta entre os padres solicitando a indicação de três nomes para o cargo. Após, escolhe um. Na ausência do Ordinário, como é chamado o Bispo, o Vigário Geral assume.

Integração - O senhor foi nomea-do para o cargo no ano passado, mas ainda continua atuando como Pároco da Igreja Matriz Santo Antônio. Por que o acúmulo das duas funções?

Bigolin - O acúmulo das duas funções justifica-se pelo fato de que, na prática, faço parte da equipe sacer-dotal da Paróquia. Equipe esta que é formada pelos padres que atuam jun-to às comunidades da Paróquia pois, no momento, não há um novo padre que possa integrar o grupo e também porque continuo na coordenação do Restauro do Santuário no que diz res-peito ao acompanhamento das obras e captação dos recursos financeiros.

Integração - Quando surgiu a demanda do restauro?

Bigolin - A igreja foi concluída em 1894. Já são 118 anos, e com o passar dos anos começaram a surgir proble-mas, patologias, muito sérios em toda estrutura e, de modo especial, nas pinturas murais e decorativas e, por isso, uma intervenção era urgente. Em 2006, o prédio foi tombado como

patrimônio histórico do município. A urgência do restauro foi consta-tada em 2003. Já estava chovendo dentro. Pinturas e murais estavam danificados. Mas foi apenas no final de 2008 que, de fato, se começou o trabalho de restauro. O processo de regularização de escrituras atrasou o início das obras.

Integração - O que foi feito até agora e o que ainda falta fazer?

Bigolin – Começou com a estru-tura entre o telhado e o teto e uma limpeza, que demorou em torno de dois anos e meio. Nesse processo, foram retiradas todas as madeiras que haviam sido danificadas pelos cupins e pelo tempo. Depois, foram refeitas as pinturas internas da ala norte. Recentemente, foi realizada a troca do telhado e a colocação de um sub-telhado, rampas laterais, instalação elétrica interna, iluminação externa e a pintura externa, que também já está sendo executada. Agora estamos fazendo o calçamento. Faltam ainda todas as pinturas murais da ala sul, as pinturas decorativas, o piso e al-guns trabalhos em madeira (bancos, armários...)

“O modo como é feita esta Campanha (distribuição

de preservativos), parece que é mais um convite a uma prática sexual

liberal e irresponsável do que para uma

orientação, formação e responsabilidade com os próprios atos e suas

consequências”.

Integração - E os recursos finan-ceiros?

Bigolin - Estamos ainda usando recursos da Lei de Incentivo à Cultu-

ra, aprovada em 2008 e de doações. Também estamos usando recursos próprios provenientes da Festa de Santo Antônio do ano passado. Prati-camente 70% do resultado da última festa foi destinado ao restauro. A previsão é que, no máximo, em 2013 as obras estejam concluídas. E até as obras não terminarem, eu continua-rei assessorando, por ser o Produtor Cultural do Projeto e por ter assumido este compromisso no momento em que aceitei ser Vigário Geral da Dioce-se: assumiria a nova função, mas não deixaria de acompanhar o Restauro.

Integração - Na fachada da igreja, logo acima da porta principal, tem um desenho de um olho no meio de um triângulo, também usado pela maço-naria. Qual é a relação?

Bigolin - O desenho do Triângulo simboliza em nossa tradição cristã a Santíssima Trindade: Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. E a figura do olho simboliza a onipresença de Deus, ou seja, é o Deus presente em tudo e em todos os lugares, este é o sentido. Pode até ser que a Maçonaria também use este símbolo. Mas, ori-ginalmente, ele é da Igreja Católica. Trata-se de uma simbologia cristã presente em grande parte das Igrejas da Europa.

Integração - São comuns ques-tionamentos sobre o uso do mesmo símbolo?

Bigolin - Sim, quer por parte dos membros da comunidade Cristã, quer por parte de outros grupos e movimentos. Os questionamentos ou mesmo afirmações vagas acontecem por falta de formação e de conheci-mento do significado originalmente cristão deste símbolo.

Integração - As divergências entre a Igreja Católica e a Maçonaria termi-naram?

Bigolin - Creio que a realidade atual é outra; penso que não existem mais as tensões de outra época da história, em tudo é preciso abertura, diálogo, sem, porém, abdicar das con-vicções e verdades fundamentais da Fé e do compromisso com o Reino de Deus. A prova de que as relações são diferentes é que já houve membros da Igreja (padres e Bispos) que têm se encontrado com membros da ma-çonaria num diálogo franco, aberto e respeitoso.

Integração - A Igreja é contra o aborto e também é contra o uso de mé-todos contraceptivos. Para a época de Cristo, havia espaço e recursos naturais para o “crescei e multiplicai-vos”. Hoje, é outra realidade.

Bigolin - Não se trata de ser contra pura e simplesmente. Uma questão tão séria não pode limitar-se ao “ser a favor” ou ao “ser contra”. É uma forma muito superficial de tratar uma questão onde a vida humana está em jogo. É preciso colocar-se diante da vida. A Igreja defende a vida em todas as etapas: desde a concepção até o seu término natural (morte). A Igreja Católica assume esta posição porque está fundamentada na Palavra de Deus (Bíblia) e não por gosto próprio, ou se é coerente com as verdades da Fé ou então se faz da Fé um espetáculo, um show muito mais para agradar, “distrair”, do que para lutar por uma humanidade sadia e feliz. Veja, por exemplo: na época do Carnaval há campanhas de distribui-ção e uso de preservativos. O modo como é feita esta Campanha, parece que é mais um convite a uma prática

sexual liberal e irresponsável do que para uma orientação, formação e res-ponsabilidade com os próprios atos e suas consequências. A Igreja possui uma visão integral do ser humano e sua sexualidade. “Sexo sem com-promisso” não existe no ideal cristão. Pelo contrário, é necessário consciên-cia, maturidade e responsabilidade para um desenvolvimento sadio da sexualidade. Família, sexualidade e filhos são os frutos desse processo. A Igreja, portanto, fiel aos valores do Evangelho, propõe um outro modelo de educação sexual e paternidade responsável, com recursos naturais, por exemplo, mas acima de tudo com outra visão sobre as relações afetivas e valorização do próprio corpo.

A proposta de Jesus é bem mais ampla do que gostos pessoais,

fanatismos religiosos, ilusões, muitas vezes presentes no campo

religioso.

Integração - Como a Igreja Católi-ca vê o crescimento de outras religiões, com ênfase para as evangélicas?

Bigolin - Hoje em dia, existe o fenômeno do chamado “trânsito re-ligioso” ou o “turismo religioso”. Tem gente que no decorrer do ano passa por várias igrejas, grupos religiosos que se definem como Igreja, mas na prática não o são, pois às vezes nascem mais do desejo de uma pes-soa do que por um compromisso sério de Fé e de construção de uma sociedade justa e fraterna. A Igreja, em suas Diretrizes, está muito mais

preocupada em ser fiel a Jesus Cristo e à sua proposta de vida do que com o crescimento de outras religiões, ou mesmo igrejas evangélicas e pente-costais. O importante é ser coerente e fiel. Ninguém é fiel a Jesus Cristo assumindo apenas o que gosta ou lhe agrada. A proposta de Jesus é bem mais ampla do que gostos pessoais, fanatismos religiosos, ilusões, muitas vezes presentes no campo religioso. Os radicalismos daqueles que só en-xergam na outra (religião-igreja) só erros, só pecados é porque fazem da sua igreja um meio muito mais para criar divisões e se auto-promover do que para construir o Reino de Deus. É preciso também considerar a cami-nhada, a história de cada igreja. Ca-minhada esta feita de muitos acertos e, infelizmente, também de erros e pecados. Será que uma Igreja, como a Católica, que tem mais de dois mil anos de história, não tem contribuído para o bem da humanidade?

“Espírito impuro é o ódio, a inveja, a ganância, a prepotência, outros sentimentos pessoais

negativos e estruturas sociais corrompidas”.

Integração - Os padres e freiras não podem casar. Existe alguma pos-sibilidade de mudança em relação a esta norma?

Bigolin - O fato de não casar é uma questão de opção pessoal e de disciplina da própria Igreja, para os padres e da Congregação religiosa, para as irmãs religiosas (freiras). O padre e a irmã religiosa assumem esta forma de vida como um serviço integral ao Povo de Deus. Hoje, além do padre e da irmã, existem muitos serviços, ministérios na Igreja e que vão dando a abertura para homens e mulheres atuarem diretamente na Igreja e penso que é um caminho, embora longo, que poderá abrir possibilidades de mudanças também nesta questão para a Igreja.

Integração - E os rituais? Por que a igreja Católica mantém seus rituais inalterados há tanto tempo?

Bigolin - O rito faz parte do ser humano. Não há nenhuma sociedade, grupo humano, instituição que não seja movida pelo rito. Veja, por exem-plo, os ritos de um jogo de futebol, audiência no tribunal, ou uma simples roda de chimarrão. A própria natureza tem seus ritos, pergunte a um agri-cultor... É preciso diferenciar rito de ritualismo e de ritual. O ritual indica a forma como realizar o rito. O rito é executado dentro de suas normas, também chamadas “rubricas” e que podem ser enriquecidas pelo estilo. O estilo é o jeito como alguém realiza o rito, isto é, com sua criatividade.

Integração - Por que a Bíblia dá

abertura para tantas interpretações?Bigolin - Pode-se fazer uma lei-

tura fundamentalista da Bíblia, “pe-gando” o texto ao pé da letra. É mais fácil “pegar” ao pé da letra do que fazer uma interpretação correta, que exige estudo e conhecimento histó-rico, porque você tem um contexto da época. A interpretação autêntica precisa considerar: o texto, o contexto em que foi escrito, a realidade atual e ainda valer-se das ciências Bíblicas (teologia, história, arqueologia, lite-ratura bíblica...). Ninguém faz uma autêntica e coerente interpretação bíblica apenas com um curso de oratória e com “cursinhos” rápidos, superficiais e parciais da Bíblia.

Integração - O mal está dentro ou está fora?

Bigolin - O mal reside nos “espí-ritos impuros”.

Integração - O que é um “espírito impuro”?

Bigolin - Espírito impuro é o ódio, a inveja, a ganância, a prepo-tência, outros sentimentos pessoais negativos e estruturas sociais cor-rompidas.

“Espero continuar alimentando tantos

laços de amizade aqui construídos”.

Integração - Bento Gonçalves, há mais de duas décadas, atrai migran-tes. Entre eles, muitos de baixa renda. De que forma a igreja acolhe estas pessoas?

Bigolin - Nós temos um projeto próprio para os migrantes chamado: Comunidade e Acolhida. Primeira-mente, a igreja oferece a sua presen-ça de acolhida, os seus espaços físicos, porque muitos migrantes acabam se tornando anônimos pela perda dos referenciais de onde residiam. Não tendo mais os referenciais de suas comunidades, eles podem acabar ficando à margem. Oferecemos a nossa acolhida, através do trabalho das zeladoras das capelinhas, dos missionários(as) leigos(as) e lideran-ças da comunidade.

Integração - O senhor, em parceria com o jornalista/fotógrafo Fabiano Ma-zzotti, está trabalhando na elaboração de um livro sobre a história de capelas católicas do município, denominado “Amém, Bento Gonçalves”. Qual é o objetivo do projeto?

Bigolin - É resgatar a história deste patrimônio do povo, porque a presença das 83 igrejas da comu-nidade que terão suas histórias reportadas, além de ser um marco, um referencial da Fé, resgatamos o valor arquitetônico, histórico dos templos. Com a obra, também vamos valorizar as pessoas que contribuíram para erguer essas construções. O livro terá 120 páginas, com tiragem inicial de dois mil exemplares. A produção, orçada em R$ 123 mil, aprovada pela Lei Rouanet, já conta com os recursos depositados em conta, através de parcerias com as empresas Zegla, Transportes Bertolini e Rinaldi.

Integração - Quando o senhor estiver residindo na cidade de Caxias do Sul como Vigário Geral, qual será a sua postura em relação ao povo de Bento Gonçalves?

Bigolin - Continuarei querendo bem ao povo, a cidade de Bento e região, zelando para que a Igreja Católica continue sendo presença que anima e fortalece a esperança da comunidade. Espero continuar alimentando tantos laços de amizade aqui construídos.

Integração - Aspectos positivos e negativos da comunidade bento-gonçalvense.

Bigolin - O surgimento de lide-ranças jovens em todos os setores é um aspecto positivo. Bento Gonçal-ves é um município onde se valoriza muito os dons, as qualidades, as potencialidades, a capacidade das pessoas. Por isso, temos tantas pesso-as que se dispõem a trabalhar como voluntários. Aspectos positivos são o valor da família, o valor do trabalho muito presente na nossa região, a Fé e a religiosidade popular, o valor da comunidade e sua organização. Como aspecto negativo, a pobreza existente em alguns bairros periféri-cos, que contrasta com a riqueza e o empreendedorismo do município.

ascido em 12 de novembro de 1952, em Nova Roma do Sul, Izidoro Bigolin foi ordenado padre em 1978. Cinco anos depois, esteve em Bento Gonçalves pela primeira vez, onde permaneceu até 1989.

Bigolin voltou para a Paróquia Santo Antônio em 1996. Em novembro do ano passado, foi nomeado Vigário Geral da Diocese de Caxias do Sul pelo Bispo Alessandro Ruffinoni. Na noite de 12 de dezembro de 2011, foi homenageado pela Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves com a Medalha Aristides Bertuol. A homenagem foi proposta pelo vereador Vanderlei Santos (PP) pelos relevantes serviços prestados à comunidade de Bento Gonçalves, entre eles, a promoção anual da Festa de Santo Antônio, padroeiro do município. Agora, ele se divide entre as atividades de Pároco da Santo Antônio e assessor direto do Bispo Ruffinoni até o término do res-tauro da Igreja Matriz Santo Antônio. Nesse meio tempo, também está se dedicando a obra “Amém, Bento Gonçalves”, em parceria com o jornalista/fotógrafo Fabiano Mazzotti. Previsto para ser lançado em novembro deste ano, o livro trará imagens e textos das 83 igrejas católicas situadas na zona urbana e rural do município.

N “O rito faz parte do ser humano.

Não há nenhuma sociedade, grupo

humano, instituição que não seja

movida pelo rito”.

Renovação Carismática Católica

SEGUNDA-FEIRA* G.O. Sagrada FamíliaIgreja Matriz Santo Antônio, 20h* G.O. Santa RitaComunidade Santa Rita, 20hTERÇA-FEIRA* G.O. Fé e VidaIgreja Matriz São Roque, 14h* G.O. Filhos de MariaCapela da Imac. Conceição/Barracão,19h25min

QUARTA-FEIRA* G.O. Santo AntônioIgreja Matriz Santo Antônio, 14hQUINTA-FEIRA* G.O. Servos de MariaAssociação Servos de Maria, 14h* G.O. São LuísComunidade São Luís, Bairro Glória, 19h30min* G.O. Nossa Senhora do CaravaggioIgreja N. Sra. Caravaggio, Tamandaré, 19h30minSÁBADO* Grupo de Jovens Nas Asas do EspíritoAssociação Servos de Maria, 19h

Onde Orar no Espírito

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A prefeitura de Bento Gonçalves tem investido em equipamentos e espaços públicos voltados para o lazer e melhoria da qualidade de vida da população.

Um projeto já está em anda-mento, o do bairro Fátima, que vai beneficiar diretamente os morado-res do Fenavinho, Imigrante, Santa Marta, Santa Helena, Santo Antão e Cruzeiro.

O Parque do Fátima terá reserva nativa, com trilhas; churrasqueiras com mesas fixas e bancos; canchas de bocha, academia ao ar livre, qua-dra de areia cercada e playground; lago com ilha; iluminação especial, lixeiras, bancos, banheiros e guarita,

Prefeitura investe em parquescom vigilância 24 horas. O local será cercado.

O outro projeto é o do parque do entorno do Lago Fasolo. A prefeitura adquiriu uma área de terra com mais de 15 mil metros quadrados, no mon-tante de R$ 1,5 milhão, pertencente a Família Gasperin, nas cercanias do Lago Fasolo, com o objetivo de cons-truir mais este parque.

Localizado no bairro Progresso, o espaço, que abrigará pista de skate e de ciclismo, quadra esportiva, cancha de bocha, palco, playground, quios-ques, academia ao ar livre e trilhas ecológicas, vai beneficiar diretamente os moradores dos bairros Universitá-rio, Goreti, Humaitá e Centro.

Novo parque será construído no bairro Progresso

Almir Dupont

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ANO 10 | Nº 128 | JANEIRO / FEVEREIRO 2012 | www.integracaodaserra.com.brDistribuiçãoGRATUITA

Editorial

Experiências de viagem na terra

dos deuses IncasPágina 13

Ortodontia | Implantes DentáriosO tempo da vindima é um aconte-

cimento na Serra Gaúcha. O trabalho dos vitivinicultores é intensificado com a chegada da colheita. Neste ano, com uma grata surpresa. Conforme o Institu-to Brasileiro do Vinho (Ibravin), mesmo devido à quebra causada pela seca e precipitação de granizo, a quantidade será compensada pela qualidade. Não é por nada que o destaque desta edição fica por conta dos generosos cachos de uvas colhidos na Abertura Oficial da Vindima no Vale dos Vinhedos e nas degustações do Bento em Vindima.

Janeiro trouxe também o calor da torcida do Grêmio e, pela primeira vez, a presença do time do Avaí de Floria-nópolis em Bento Gonçalves, o que destacamos no esporte.

Na entrevista de sobrecapa, a his-tória do padre Izidoro Bigolin, nomeado

DegustaçõesVigário Geral da Diocese de Caxias do Sul, que além de acompanhar os tra-balhos do restauro do Santuário Santo Antônio, desempenha, no momento, o papel de repórter numa parceria com o fotógrafo Fabiano Mazzotti para editar um livro sobre as 83 igrejas da comunidade.

E, o que dizer, da irreverência do artista Dalcir Marcon apaixonado pelo que faz, passa até oito horas em seu ateliê, talhando santos em madeira, ou dedicando-se à pintura de murais.

Mas, a grande surpresa, desta edi-ção, é a estreia da editoria “ Experiências de viagem”. Pois sabemos que, quem volta de uma viagem, quer mesmo é contar o que viu e vivenciou. Nós deixamos o pessoal relatar. Confira na página 13.

Boa leitura!

Bento vivenciao enoturismo

Página 11

Artistas:“As esculturas

falam”Página 10

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02 Jornal Integração da Serra | 02 de fevereiro de 2012Opinião

Os artigos publicados com assinatura são

de inteira responsabilidade do autor

e não traduzem, necessariamente, a opinião

do Jornal. Suas publicações obedecem ao

propósito de refletir as diversas tendências

e estimular o debate dos problemas de in-

teresse da sociedade. Por razões de clareza

ou espaço, os e-mails poderão ser publicados

resumidamente.

Colaboradores e Colunistas: Rodrigo De Marco, Janete Nodari,Ernani Cousandier, Simone Serafini, Paulo Capoani, Breno Marzola, Thompsson Didoné, Aldacir Pancotto, Marta Barbosa, Silvio dos Santos, Cristiane Grohe, Márcia Spies,Sinval Gatto Jr. e Sílvia Protas

Endereço: Rua Refatti, 101 - Maria Goretti - Bento Gonçalves - RS

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JORNAL INTEGRAÇÃO DA SERRAPeriodicidade: MensalTiragem: 12.000 exemplaresCirculação: Bento Gonçalves, Santa Tereza, Monte Belo do Sul,

Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.

Propriedade: Empresa Jornalística Integração da Serra Ltda.Diretora e Jornalista responsável: Kátia Bortolini - MTB 8374Área Comercial: Moacyr RigattiAdministrativo: Bruna Barbieri

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Comentários, sugestões, críticas: [email protected]: Jornal Integração da Serra

Como analista de sistemas, lidando todo o dia com palavras em inglês, no prin-cípio, causo-me estranheza a palavra “leiaute” em dois títulos (Ed. 127). Mas, ao ver o sentido das chamadas, logo percebi que a mesma foi aportuguesada, como tantas outras.Beatriz Confortin, Bento Gonçalves

Gostei muito da entrevista de sobrecapa com Juliano Volpato ( Ed. 127). Para-béns.Livette Carra, Bento Gonçalves

Eta, jornal bom!!!Claudia Nunes, via Facebook

Na entrevista “Artistas” da edição 126, consta que sou aluno do Cenecista. Es-clareço que “não sou mais aluno do Cenecista, como também não resido mais em Bento, trabalho e estou me formando em outro lugar e em outra instituição. Meus filmes são feitos por meio da minha produtora de cinema - 7 FILMZ”.Fernando Menegatti, Passo Fundo

A palavra “aportuguesada” de LAYOUT segundo nosso dicionário oficial é LEIAUTE. Já está incluída no Aurélio e Michaelis. Assim, em acordo com a direção do jornal, decidimos fazer uso da palavra aportuguesada na edição 127.Janete Nodari, revisora

Não estou falando da lista de Schin-dler que conseguiu salvar mais de mil judeus da morte durante o holocausto, mas de uma lista que apavora muitos pais: a lista de material escolar.

Nesta época do ano, as papelarias já estão cheias de pais com listas de mate-rial escolar em mãos e muitas dúvidas na hora de comprar os itens que serão utilizados durante o ano letivo

Quem, como eu, trabalha muito para manter um filho em uma escola particular, não se conforma com a quantidade e com alguns itens pedidos nestas listas todo o ano.

São tantos tipos de folhas e papéis que, em todo início de ano aprendo um nome novo: folhas de EVA, folha de lixa, papel crepom, papel espelho, de desenho, pautada, sem pauta...

Como uma escola que cobra quase R$ 500,00 por mês (fora os extras) mais o absurdo preço dos livros didáticos, tem a coragem (para não dizer cara-de-pau) de pedir papel higiênico, produtos de limpeza, folhas de ofício e outros ma-teriais de uso coletivo e que deveriam ser fornecidos pela escola?

Mesmo as escolas públicas não podem solicitar este tipo de material, porque quem tem que fornecer é o Go-verno que as mantêm. Nestes casos, até entendo que os pais devam colaborar, porque sabemos que a máquina públi-ca tem “outras prioridades”, e devemos auxiliar a direção da escola, que não tem culpa das dificuldades pelas quais passam as instituições de ensino. Mas tal pedido deve ser uma contribuição

EDITAL DE CONVOCAÇÃOAtendendo ao Estatuto do CTG Alvorada Gaúcha, convoco os senhores asso-

ciados para ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA, que realizar-se-á no dia 27 fevereiro de 2012. A convocação atende o artigo 16º, com suas letras e parágrafos do presente estatuto, obedecendo ao número de presentes e os prazos de intervalos caso não tenha número suficiente nas chamadas.

Local da reunião: ABCTG - Associação Bento Gonçalvense da Cultura Gaúcha, no salão sede, no Parque de Rodeios.

Horário: 1ª Convocação 20 horas; 2ª Convocação 20h30min; 3ª Convocação 21 horas.

Assuntos da pauta:Prestação de contas do ano 2011; Eleição da patronagem gestão 2012/2013;

Assuntos GeraisBento Gonçalves, 18 de janeiro de 2012

Jumir Vieira de CarvalhoPatrão do CTG

espontânea, e não uma obrigação.Mas será possível que uma escola

particular que ganha, em média, com cada aluno, R$ 6.000,00 por ano, não pode comprar alguns itens solicitados aos pais e que deveriam ser oferecidos por ela?

As escolas também, em suas listas, não podem indicar locais para compra de material, muito menos especificar marcas que deverão ser compradas. O direito de escolha do consumidor deve ser respeitado, sob pena de a prática ser considerada venda casada, que é expressamente proibida pelo artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Fico, sinceramente, pensando em quem tem mais de um filho na escola e o quanto o material escolar pesa no orçamento da família.

Para os pais que acham que estão recebendo listas abusivas recomendo ir até a escola e questionar. Se não houver acordo, devemos, sem dúvida, ir ao Procon reclamar e denunciar, porque se o valor do item abusivo solicitado, para nós for ínfimo, para algumas famílias pode fazer muita diferença. Exercer nossos direitos não só nos beneficia, como pode auxiliar alguém que não tenha a mesma informação e, até, a mesma coragem de reclamar.

*Mande sua dúvida ou pergunta para: [email protected].

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0302 de fevereiro de 2012 | Jornal Integração da Serra Agricultura

Vermicomposto

A minhocultura é uma atividade de grande apelo social, tanto no campo, quanto na cidade, devido à sua capaci-dade de processar resíduos orgânicos transformando-os em um produto de elevada qualidade para a fertilização de plantas, o popular “humos de mi-nhoca”.

É o processo no qual se utilizam as minhocas para digerir a matéria orgâni-ca, originando um adubo mais estável. Existem dois grupos de minhocas que podem ser utilizadas com essa finalida-de e que podem ser reconhecidas pela cor: as vermelhas e as acizentadas.

É mais comum a utilização da mi-nhoca Californiana (Eisenia foetida), assim chamada, porque foram os agri-cultores desse estado norte-americano que começaram a criá-la comercial-mente. Ela é vermelha, e também é conhecida como minhoca de esterco. A sua vantagem é que tem capacidade

Aldacir H. PancottoTécnico ASCAR/RS - EMATER - Monte Belo do Sul

de se alimentar de esterco ou de outro material orgânico fresco. Com isso, sua presença acelera consideravelmente a formação do “húmus” de minhoca.

Cada minhoca é um verme macho e fêmea (hermafrodita), que não fecunda a si mesmo. Depois do cruzamento, colocam ovos na forma de casulo, que eclodem entre 20 e 30 dias, liberando até 20 vermes por casulo. Em um mês já podem reproduzir, possuindo um tempo de vida de um a dois anos. Elas soltam um líquido pela pele, que ga-rante a estabilidade das paredes dos canais que abrem no solo, enquanto se alimentam tanto de restos vegetais como de animais. As partículas são engolidas e moídas no tubo digestivo. Se houver terra junto com a matéria orgânica, os grãozinhos de areia irão ajudar a triturar o alimento.

O esterco da minhoca, também chamado de coprólitos, é constituído

de agregados de terra e matéria orgâ-nica. É mais rico em nutrientes que o solo em que se encontra e, por estar em estado mais avançado de decom-posição, é mais facilmente assimilado pelas raízes.

Como se faz umminhocário?Para se montar um minhocário,

com o objetivo de produzir vermicom-posto para ser utilizado pelo próprio agricultor, deve-se partir do material mais simples possível. No máximo al-gumas tábuas velhas que servem para escorar o material, evitando que se espalhe muito. As dimensões devem ser de no máximo 2m de largura por 40 cm de altura. O comprimento pode variar em função da disponibilidade do material.

Para se começar é oportuno prepa-rar-se um bom ambiente para que a mi-

nhoca se reproduza com facilidade. Em um canteiro de 10 m de comprimento, por exemplo, coloca-se no primeiro metro, em camadas, esterco, restos vegetais verdes e secos, um pouco de lixo orgânico, molhando cada uma dessas camadas. Por último, coloca-se palha seca, espera-se alguns dias para aquecer e começar a esfriar, e então espalham-se as minhocas.

A cobertura de palha é importante porque a minhoca não gosta de luz e precisa ser protegida da incidência direta do sol. Após 20 dias, começa-se a colocar mais matéria orgânica, sempre no sentido longitudinal do canteiro. De maneira que as minhocas sempre terão alimento à sua disposição. Elas se alimentarão, deixarão para trás seu esterco e migrarão ainda em busca de mais comida. Com isso, podemos utilizar o vermicomposto que ficou para trás.

Os municípios produtores de uva do Rio Grande do Sul devem colher, nesta safra 2012, de 560 a 600 milhões de quilos. Em 2011, o Estado produziu a maior safra da sua história, represen-tada pela colheita de 707,2 milhões de quilos de uvas. Em 2010, foram colhidos 526,8 milhões de quilos.

A quebra de produção da safra deste ano em relação a anterior foi oca-sionada pela precipitação de granizo em cultivos da região da Serra, em de-zembro de 2011, e também por conta

Previsão de colheita da safra de uvagira em torno de 600 milhões de quilos

No município de Santa Tereza, a viticultura envolve 350 pequenos produ-tores que cultivam cerca de 840 hectares. De acordo com o técnico da Emater de Santa Tereza, Paulo Capoani, os produtores do município estão dando atenção especial ao cultivo de uvas das varietais Bordô, Isabel e Concord acompanhando a tendência mundial de crescimento de consumo de suco de uva. “A bordô é muito usada para se fazer suco, assim como a uva Isabel e a Concord.” Conforme Capoani, nesta safra, haverá uma antecipação da colheita nos parreirais mais sadios. Ainda de acordo com Capoani, o rendimento da safra desse ano está sendo superior a do ano passado.

Produtores de Santa Tereza acompanham tendência de cultivo de uva comum para suco

da estiagem registrada desde o final do ano passado. Mesmo assim, segundo o técnico da Emater, em Monte Belo do Sul, Aldacir Pancotto, as vinícolas estão com excelentes expectativas para essa nova safra.

Conforme Pancotto, mesmo com o prejuízo em volume, à safra desse ano pode chegar a ser a terceira maior na história do Rio Grande do Sul, perden-do apenas para a de 2011 e 2008, anos em que foram colhidos 634 milhões de quilos de uva.

O Instituto Brasileiro do Vinho (IBRAVIN) projeta uma colheita menor em quantidade, mas melhor em qualidade. De acordo com diretor-executivo do Ibravin, Carlos Raimundo Paviani em termos qualitati-vos, a safra deste ano sofreu a ocorrência do fenômeno La Niña, que trouxe em clima mais seco, com me-nos incidência de chuvas. “A menor quantidade será compensada, se o clima continuar favorável, por uma excelente qualidade da matéria-prima”, afirma Paviani. Segundo ele, se as videiras gaúchas não tivessem sofrido com o granizo e com a seca, esta seria a maior safra já colhi-da no Estado. “Era para ser uma safra cheia, superior a 750 milhões de quilos”, lamenta.

Janete Nodari

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04 Jornal Integração da Serra | 02 de fevereiro de 2012Geral

A partir de 2012, a Câmara de Vereadores terá um Programa Oficial de Visitas para todas as pessoas que quiserem conhecer o Poder Legislativo de Bento Gonçalves. O programa “Visi-te a Câmara” é voltado principalmente para estudantes.

As escolas do município serão co-municadas sobre o funcionamento do “Visite a Câmara” e poderão agendar um horário pelo telefone 2105-9700.

Os visitantes conhecerão as de-pendências da Câmara, o funciona-mento do Poder Legislativo, o trabalho de um Vereador e um pouco mais sobre a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara.

Acesso à InternetDemocratizar a informação: esse

é o principal objetivo da Câmara de Vereadores de Bento Gonçalves ao disponibilizar uma sala com três

Programa de visitas a partir de 2012na Câmara Municipal de Vereadores

computadores com acesso a internet, para que a população possa ter acesso ao trabalho legislativo desenvolvido pelos Vereadores.

A criação da “Sala E-Cidadania”, com os computadores surgiu ao se imaginar que muitas pessoas não possuem um computador em casa e outras, mesmo tendo o equipamento, não tem acesso a internet.

Além de ser uma ferramenta para que a população possa acompanhar o trabalho da Câmara de Vereadores, os computadores disponibilizados pelo Poder Legislativo de Bento Gonçalves também podem ser usados por estu-dantes que precisam fazer pesquisas ou trabalhos escolares.

A sala está localizada nas depen-dências da Câmara de Vereadores e funciona dentro do horário de expe-diente. Informações podem ser obti-das pelo telefone 2105-9700.

A gerência local da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) em Bento Gonçalves solicita a colabo-ração dos moradores do distrito de Pinto Bandeira com o uso racional da água, evitando o desperdício. A falta de chuva baixou o nível da barragem do distrito e exige medidas preventivas por parte da CORSAN e da população. Segundo alerta o gerente local Claudio Ferreto, o nível da barragem do distrito está abaixo do considerado “crítico”, e chegou a 0,75m, cerca de três metros abaixo do normal. A barragem abas-tece somente o distrito. A equipe está se programando para, se não chover nos próximos dias, disponibilizar caminhão-pipa para abastecimento no mês de fevereiro até que a situação se

Vista parcial de Pinto Bandeira

Almir Dupont

Corsan pede uso responsável da água em Pinto Bandeira

normalize. Se a falta de chuva perma-necer nas próximas semanas, não está descartado o racionamento no distrito. “Com o apoio de todos estaremos atravessando esse momento difícil de estiagem”, afirma Ferreto.

Responsbailidade ambientalA utilização responsável da água,

além de diminuir o valor da conta, é uma responsabilidade social e am-biental. Cabe ao usuário controlar o consumo e evitar o desperdício. Um banho demorado, por exemplo, des-perdiça de 95 a 180 litros de água; uma torneira aberta enquanto se escovam os dentes, até 25 litros; lavar o carro com mangueira, até 560 litros em 30 minutos.

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0502 de fevereiro de 2012 | Jornal Integração da Serra Empresas & Cia

A liquidação de verão da Oly Mo-das Tolotti está imperdível. Confecção e calçados com descontos a partir de 20% até 60% e no prazo 15% em 4 vezes. Entre as ofertas, calçados Usaflex a partir de R$ 29,90. Maiôs, sunquínis e saídas de banho com desconto de 40%.

A loja representa com exclusivi-dade para Bento Gonçalves as marcas Rubinella, Burda, Mirallis e Di Mariotti. O diferencial da Oly Modas Tolotti é trabalhar com tamanhos especiais, do 38 ao 60.

O atendimento personalizado é prestado por Olivone Tolotti, proprie-tária do estabelecimento, que atua no comércio de Bento Gonçalves há

A Arvy Indústria de Móveis para Escritório vai lançar a linha inaugural da marca Acerto na Movelsul 2012, que acontecerá em Bento Gonçalves, no Parque de Eventos, de 26 a 30 de março deste ano.

A marca Acerto é voltada aos no-vos consumidores que estão ingressan-do no mercado, com perfil de pessoas bem informadas, empreendendo seus próprios negócios e/ou seus primeiros escritórios, com recursos financeiros limitados.

“Foram vários meses de análise pro-funda sobre a tarefa que este produto precisava atender. O resultado desta pesquisa é uma linha de produtos com

A S.O.S Computadores, situada na Avenida Osvaldo Aranha, nº 1255, há dois anos no mercado, tem se destacado no cenário regional pela prestação de assistência técnica em informática, aliada à comercialização de equipamentos, com destaque a computadores, monitores, notebooks e impressoras laser e jato de tinta. “Assistência Nota Dez” é a missão da empresa de Ricardo Pereira. De acor-do com ele, o cumprimento da meta de atendimento nota dez inicia com a chamada atendida gratuitamente.

Já começou a liquidação de verão da Oly Modas Tolottimais de 50 anos, por sua filha, Sabrina Tolotti e pelas comerciárias Adriana Benvenutti e Luciana Lucas. De acordo com Olivone, através da promoção, estão sendo disponibilizados calça-dos, confecções e acessórios para os mais variados gostos, desde o mais casual até o mais requintado a valores acessíveis.

Venha e confira a liquidação de verão no endereço rua General Gomes Carneiro, 104, centro de Bento Gon-çalves. A Oly Modas Tolotti atende de segunda a sexta-feira, das 8h45min às 11h30min e das 13h30min às 18h45min e nos sábados das 8h45min às 12 horas. Mais informações pelo fone (54) 3452 1140.

Kátia Bortolini

Arvy apresentará marca Acerto na Movelsul 2012

medidas compactas que se integram entre si. Utiliza-se do padrão preto, para incorporar solidez e sobriedade, e da textura madeirada, que remete as formas da mãe natureza”, apresenta a diretora da Arvy, Marli Mazzola Laz-zarotto. Ela acrescenta que soluções criativas em design, como a utilização de gaveteiros em substituição às late-rais de mesa, colaboram para tornar o móvel mais funcional e econômico.

Os móveis Acerto serão produzidos no parque industrial da Arvy Móveis, em Bento Gonçalves, com padrão internacional de qualidade ISO 14001 e ISO 9000 e comercializados em lojas multimarcas de todo o país.

Divulgação Arvy Móveis

S.O.S Computadores:assistência nota dez

Ricardo Pereira e Diego Salini

“A avaliação das demandas, tanto de empresas como de pessoas físicas, é feita no local onde o equipamento está instalado, sem nenhum custo. Se o serviço ficar ao nosso encargo, garan-timos a resolução do problema”, reforça Ricardo Pereira. Ele salienta que a S.O.S Computadores disponibiliza contratos de manutenção para empresas . Acres-centa que a proposta também faz parte do atendimento nota dez por baratear o valor da assistência técnica e dar direito a 10% de desconto na compra de suprimentos. A loja S.O.S atende

de segundas a sextas-feiras, das 8 horas às 11h45min e das 13h30min às 18h30min. Aos sábados, das 9 às 12 horas e das 13 às 15 ho-ras. Mais infor-mações pelos fones 3451 5283 9194.8325, pelo e-mail [email protected] ou pelo site www.soscomputado-res.inf.br.

Kátia

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As manas Laura e Laisa Cruzetta e a amiga Allana Signori

Os gêmeos Júlia e Filipe Cristofolli

O gaiteiro Osvino Messinger comemorou aniversário na companhia da irmã Érica Rigatti (foto) e familiares

Presidente do Clube Esportivo. Luiz Delano Ozelame, diretor de Planejamento do Clube Avaí de Florianópolis, Enio Gomes, Henrique Benedetti e Eduardo Caleffi, na abertura do

Bento em Vindima na Vinícola Lovara

Hilário Messinger

Móises Michelon, a Rainha do Vale dos Vinhedos, Vanessa Crestani, as princesas Letícia Dal Magro e Camila Milani e

Rogério Valduga, na Abertura Oficial da Vindima, no último dia 28 de janeiro, no Hotel Villa Michelon

Janete Nodari

Jane

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A vovó Maria Araci Zilles Mattiello com

os netos Violeta Messina e Érico

Mattiello da Rosa

Curtindo oArquivo Pessoal

Kátia Bortolini

VindimaÉ tempo de

06

Prazer em todos os detalhes

SocialJornal Integração da Serra | 02 de fevereiro de 2012

Janete Nodari

Ao sabor da colheita, a diretora do Jornal Integração da Serra, Kátia Bortolini e a assessora de imprensa do Hotel Villa

Michelon, Lucinara Masiero na Abertura Oficial da Vindima

Janete Nodari

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Delarci Martins de Lima, Neri Mazzochin, Alexandre Postal, José Zortéa, Leandro Santarossa, Roberto Lunelli e Gilmar Cantelli prestigiam posse da nova diretoria

do Sindmóveis

O romantismo dos noivos Anne Helen Bottega e Giovani Carra

O casal Leonilda e Lívio Belusso com o neto Bruno em Termas de

Jurema, Paraná

Diretoria 2012/2013 do Sindmóveis: Rafael Berton Marchetto, Sandra Peruffo, Vanessa Machado, Gilberto Bertarello, presidente Cátia Scarton, Henrique

Tecchio, Adriana Loer Peliciolli, Cristiano Gallina

EventosÉ tempo de

AmarÉ tempo de

Vanderlei Geraldi e Gislai-ne Gonçalves em clima de

romance durante sessão pré-casamento

André Pellizzari / Real Color Fotografias

O Arthur está chegando... para deixar mais alegre ainda o casal Cesar Baldasso e Ciane Zanotto

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otog

rafia

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Silvia Tonon

FériasEm

Arquivo Pessoal

Social 0702 de fevereiro de 2012 | Jornal Integração da Serra

[email protected]

JaneteNodari

CarnavalO Bloco Carnavalesco União do Morro convida para o carnaval.De 17 a 22 de Fevereiro de 2012 com início às 21 horas, na Fun-daparque (Fenavinho). Obrigada pelo convite.

Evandro SoaresEvandro Soares

Festa da UvaA Comissão da 29ª Festa Na-cional da Uva convida para a abertura do evento no próximo dia 16 de fevereiro, às 16h30min, em Caxias do Sul. A solenidade contará com a presença da pre-sidente Dilma Rousseff.

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As férias de

Tchê e Tchó

Rua Giovani Girardi, 191 - ProgressoRua Ramiro Barcelos, 107 - CentroAv. Osvaldo Aranha, 799 - Cidade AltaRua Caxias do Sul, 540 - Jardim Glória

Fone (54) 3449.2466Bento Gonçalves - RS

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Rua Dom José Baréa, 11 | Cidade Alta | Bento Gonçalves | 54 3452 3455 | 9977 2053 | [email protected] | www.leximoveis.com.br

Localizado em um dos mais novos bairros de Bento Gonçalves. Em meio à natureza, entre o verde dos parreirais, no coração da comunidade de São Valentim. Realização

CRECI - 782

Solidez em urbanismo

Continua(1) Expressão usada geralmente para denominar o chefe de uma família.(2) Meu Deus! Tenho medo dessa política.

As férias de

Tchê e Tchó

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da Uva, à cantora Ivete Sangalo. E, também, tivemos a oportunidade de ver Marcon, repassando poemas dos convidados do Congresso de Poesia, em outubro, nas vitrinas da cidade.

Casado com Isolda, pai de Samuel e Bruna, ele acha que, às vésperas de seu aniversário de 61 anos, ele pro-duziu pouco. Pouco? Uma coleção de santos, um São Cristovão de aproxi-madamente 1m e 70 cm e dezenas de serafins e querubins esculpidos para igrejas da região, entre outras obras. Ele ainda apresenta sua peça “xodó”, é uma escultura em bronze, do início de sua carreira, uma mãe com uma criança ao peito.

A santa no rioO artista tem mais histórias: uma

delas foi quando, ao concluir as res-taurações em Muçum, uma pessoa o chamou e mostrou uma pedra caxambu, cortada alinhadamente pela natureza e disse, quero que você desenhe uma santa ali. Ele atendeu ao pedido. Quando Marcon finalizou a obra, a mulher solicitou a ele, escreva abaixo: por uma graça alcançada.

Outra cena é sobre “o escultor que atirou uma santa no rio”. Ele mesmo, o próprio. Marcon atirou uma san-tinha de madeira no Rio das Antas para pagar uma promessa. Passados alguns meses, pescadores acharam a santa, que se encontra, agora, em Faria Lemos.

Artistas10 Jornal Integração da Serra | 02 de fevereiro de 2012

Por Janete Nodariwww.oblogdajanete.blogspot.com

Inspiração no andaimeDe riso aberto e boa conversa,

Marcon se diz apaixonado pelo cinzel e pelo pincel. O material que utiliza é cedro, mogno, cerejeira e canjerana, além de, na parte da pintura, tinta acrílica. Também gosta de contar fatos. ”O importante na vida é ter histórias”, acrescenta. Uma delas, diz respeito à inspiração. “Eu estava restaurando a pintura interna da igrejinha da localidade de Bracha-rel, interior de Muçum, cheguei às 6 horas, às 3 horas da madrugada ainda estava lá. Pensei em dormir, mas às 3h40min, voltei ao andaime.” Essa alma de artista, já o caracteriza. “Passo de cinco a oito horas no ateliê”, complementa. Marcon já fez cursos, inclusive, com Vasco Prado e já mi-nistrou aulas também, na cidade de Barão. Já recebeu recomendações de colegas como Bez Batti e de empre-sários que dizem admirarem-se pela força do artista ao pintar.

Até Ivete se emocionouRecentemente, a filha dele, Bru-

na, entregou uma obra do artista, uma capelinha com a Nossa Senhora

DARTISTAS ALCIR MARCONas esculturas falam

As esculturas de santos do artista Dalcir Marcon testemunham a história e a religiosidade da região da colonização italiana. Possivelmente orem, diante da perfeição em que são talhadas com a genialidade e a inquietude do escultor e pintor. “Eu quero produzir, não vou parar”, enfatiza Marcon.

O bento-gonçalvense Dalcir Marcon nasceu em 15 de fevereiro de 1951. É filho de José e Anto-nieta Dequigiovani Marcon (in memoriam). Na adolescência, ao ver os colegas da escola Imaculada Conceição desenhando, teve a cer-teza que era isso que queria fazer. “Naquele ano, até reprovei, porque, durante as aulas, dividia o caderno em duas partes: uma deixava para as lições de aula e a outra metade para os desenhos”, relata o artista,

que, também, foi pedreiro. A partir de 1971, começou a fazer letreiros. Ficou nessa área, por cerca de vinte e cinco anos. Agora, completamente à vontade no ofício de pintor (é criação dele o mural da escadaria em frente

ao colégio Bento, os murais sobre a imigração italiana na Linha Salgado, entre outros) e de escultor (Cristo Rei, São Roque e Santo Antônio, da linha Pradel, são obras recentes, entre outras).

Fotos: Janete Nodari

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02 de fevereiro de 2012 | Jornal Integração da Serra Turismo 11

A Abertura Oficial da Vindima no Vale dos Vinhedos, realizada no último dia 28 de janeiro, no Hotel Villa Michelon, movimentou o roteiro. Visitantes de todas as partes do Brasil, inclusive do exterior, aproveitaram a programação para viver a experiência de colher e pisar uvas, além de se divertir em um filó italiano regado a produtos coloniais, jogos típicos e muita cantoria. As atrações oferecidas

Turistas se divertem na Abertura da Vindima no Vale dos Vinhedos

Fotos: Gilmar Gomespelos empreendimentos em torno da vindima – vinícolas, hotéis, restauran-tes -, seguem até 11 de março deven-do atrair cerca de 50 mil turistas, 14% mais que no mesmo período do ano passado.

Uvas brancas, rosés e tintas fo-ram colhidas no Parreiral Modelo do Hotel Villa Michelon. Entre um cacho e outro, pausa para provar a doçura das uvas, uma experiência que só pode ser vivida nesta época do ano. Já com os cestos cheios era hora de voltar para a Casa do Filó e o Memorial do Vinho para o momento da pisa. Com os pés nas uvas, a rainha do Vale dos Vinhedos, Vanessa Crestani, e as princesas Letícia Dal Magro e Camila Milani, começaram a pisa, que foi se-guida por crianças e visitantes. Muitos quiseram entrar na mastela e reviver a prática dos imigrantes italianos.

Dali os participantes seguiram para o Salão da Comunidade 8 da Graciema onde aconteceu a bênção aos vitivinicultores e o filó italiano. “A festa deste ano foi a mais animada de todas. Comunidade e visitantes se di-vertiram como nunca”, comemorou o diretor do Hotel Villa Michelon, Moy-

sés Michelon. Copa, queijo, salame, pães, cucas e vinhos, espumantes e suco de uva de 16 vinícolas associa-das à Aprovale, além do artesanato regional, rechearam o evento. A festa, que iniciou às 17horas, se estendeu até a meia-noite. O evento foi pro-movido pelo Hotel Villa Michelon, em parceria com a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale).

Esbanjando otimismo, viticulto-res e vinicultores do Vale festejam a qualidade da uva. As variedades para

base de espumante – chardonnay e pinot noir -, colhidas durante o mês de janeiro, já confirmam uma das melhores safras dos últimos tempos para esta bebida. A expectativa agora é para as uvas viníferas que vão origi-nar os vinhos brancos e tintos. “Se o clima continuar favorável, certamen-te, teremos uma vindima consagrada. O consumidor pode ter certeza de que teremos vinhos e espumantes com qualidade superior”, garante o diretor técnico da Aprovale, Daniel Dalla Valle.

A pisa das uvas foi disputada entre os participantes

Filó italiano reviveu as antigas festas

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Turismo12 Jornal Integração da Serra | 02 de fevereiro de 2012

Muito verde e água mineral para quem quer descansar e recarregar as energias. Iraí possui a melhor água mineral e termal do país e a segun-da melhor do mundo. No balneário Osvaldo Cruz, a água brota em abun-dância através de uma fenda subter-rânea com temperatura a quase 37Cº, fornecendo a matéria-prima principal da estrutura que oferece banhos tera-pêuticos. A cidade também é abenço-ada com os rios Mel, Várzea e Uruguai, para banho ou apenas contemplar as belas paisagens formadas pelo conjunto de curvas emoldurado pela mata ciliar. O rio Uruguai, pela sua

Por Janete Nodari

As encostas, no distrito de Faria Lemos, pareciam esperar pela chuva, naquela tarde, mas, apesar de neces-sária, ela não apareceu. Quem compa-receu foi um belo entardecer típico de verão na Serra Gaúcha. O trajeto até a localidade brinda-nos com vinhedos, uvas, paisagens rurais e cantinas his-tóricas. Uma riqueza cultural que nos surpreende. Convidados a participar de uma experiência única junto às videiras da família Cristofoli, fomos recebidos pela enóloga Bruna, na cantina da casa paterna, um ambiente inspirado nas tradições italianas de encher os olhos e o paladar. É o Spazio Del Vino, criado para os visitantes pas-sarem bons momentos degustando os vinhos que levam o sobrenome da família.

Em seguida, Bruna nos convida a carregar uma cesta com o vinho escolhido, a água e as taças. Estamos caminhando até os parreirais fami-

Almoço charmoso no Edredon, atração da Vinícola Cristofoli

A Vinícola Cristofoli oferece a opção de três horários e cardápios: Café da manhã ou “Manhã carinhosa no Edredom”, o “Almoço charmoso no Edredom” e, para fechar o dia, nada melhor do que o entardecer ao “Dolce Far Niente no Edredom”. Esta é uma atração que integra a programação do Bento em Vindima e o Tour da Experiência. São atendidos grupos de até seis pessoas e é preciso agendar.Cristofoli Vinhedos e Vinhos Finos | Faria Lemos | Bento Gonçalves | RS| 54 9917-1903 | www.vinhoscristofoli.com.br | 54 3439 1190Tour da Experiênciawww.tourdaexperiencia.com

À sombra das videirasliares, onde uma ideia que surgiu, há pouco mais de um ano, remete-nos ao encantamento visual diante do colorido das almofadas e do edredon estendido à sombra das videiras. O sol vai se pondo sobre as montanhas des-te distrito que tem na hospitalidade, na simplicidade e na alegria de sua gente, a marca e a arte do vinho e do canto. Assim, ao desfrutar da sombra dos parreirais, degustando o saboro-so cardápio elaborado pela “mamma”, numa espécie de piquenique, fomos envoltos pelos sons da colônia, numa atmosfera de recordações e roman-tismo. Além disso, quando a noite chega, é possível acender as velas e as lamparinas, que se encontram suspensas nos ramos das vinhas. Tudo preparado com muito carinho pela família Cristofoli para nos proporcio-nar uma experiência inesquecível. A atração chama-se “O dolce far niente no edredon”. Um nome bem sugesti-vo. Para combinar com o entardecer no tempo da vindima.

Ás de Espadas Fotografia Criativa

Iraí, um destino para fériasEstância hidromineral conta com a melhor água mineral e termal do país e excelente estrutura para pesca esportiva no rio Uruguai

Balneário Osvaldo Cruz conta com diversos tipos de banhos terapêuticos

Leandro Kemkpa

largura e profundidade, constitui um local apropriado para a navegação de pequenas embarcações, permitindo passeios em barcos e jet-ski, bem como, pescaria – após o período da piracema que encerrou no último dia 31 de janeiro.

LazerPara quem deseja desfrutar dos

poderes medicinais da água termal, aliados à tranquilidade de um parque cercado de belezas naturais e lazer, o Balneário Osvaldo Cruz é uma ótima opção. Há piscinas com água mineral, ampla área verde para caminhadas

pela mata, banheiras de hidromas-sagem, excelentes instalações, além dos famosos banhos. Neste ano, o balneário lançou os serviços de sauna, banho de chocolate, vinho e sais.

Turismo de observação Em meio à mata Atlântica, é

possível ter contato com orquídeas, bromélias e árvores nativas, como o pau-brasil. Nessa trilha, com um pouco mais de atenção, também é possível vislumbrar pássaros, como tucanos, sabiás, além de pequenos animais como saguis e tatus.

Pesca esportiva e camping Iraí é a capital da pesca do dou-

rado no Rio Grande do Sul. Com piloteiro e barco à disposição e muita adrenalina, o turista pode passar horas junto às águas e belezas do rio Uruguai. Às margens do Rio do Mel, o turista encontra infraestrutura especial para momentos agradáveis, próximo à natureza.

ArtesanatoO artesanato indígena é facilmen-

te encontrado e compõe a cultura do local. Na cidade, encontra-se uma reserva indígena caingangue. Joias e outros produtos com pedras precio-sas também são comercializados na avenida Flores da Cunha e nas ruas Antonio de Siqueira e João Carlos Machado.

GastronomiaPratos à base de peixe do rio

Uruguai, assados, fritos e ensopados, todos preparados com sabor caseiro. Às margens da BR-386, o visitante encontra os restaurantes Panorâmico, Tuio e a Casa do Peixe.

Hotéis:Hotel São Luiz: (55) 3745.1217Hotel Balneário: (55) 3745.1533Hotel Iraí: (55)3745.1111Hotel Thermas: (55) 3745-1245

Informações Turísticas em IraíAvenida Valzumiro Dutra, 161,

telefone (55) 3745.2047. E-mail: [email protected] e site: www.irai.rs.gov.br.Trilhas ecológicas

Leandro Kemkpa

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Turismo 1302 de fevereiro de 2012 | Jornal Integração da Serra

LimaO grupo ficou um dia em Lima

para um passeio histórico. “ Visitamos a Catedral de Lima. O povo é católico, mas, mesmo assim, mantém suas tradições. No dia 24 de junho, é feste-jado o término do verão e o início do inverno. É uma festa ainda do tempo dos Incas, onde bebem muita cerveja, a chamada cerveja Cusqueña, é muito boa. Tem muitas danças. E é tudo em homenagem ao deus do Sol e a Pacha Mama, que é a mãe terra. Visitamos a Praça das Armas e um mosteiro, com catacumbas subterrâneas , do período de 1542, época em que os espanhóis chegaram a região. O osso mais comum é o fêmur, porque é o que mais fica preservado. Estão todos em ordem, mas tem uma salinha só com crânios, é muito legal. De acordo com arqueólogos, eram feitos até nove camadas com corpos separa-dos por calcário para enterrar. Faz 45 anos que não chove em Lima, em funções de cadeias montanhosas. As vegetações e os cultivos são mantidos por irrigações. O clima é bastante abafado. Visitamos também a Praça do Beijo, que fica de frente para o oceano Pacífico. Tem uma escultura de um casal se beijando. Ao redor, nos muros, têm frases escritas sobre o amor, é muito procurada por casais de namorados.

CuscoNa manhã seguinte, o grupo

seguiu para Cusco, viagem que de ônibus levaria em torno de 20 horas, foi feita em 1 hora e 30 minutos de avião. “ Cusco é rodeado por vales e montanhas, de um lado é deserto,

Peru: a terra dos deuses IncasExperiências de viagem

Por Rodrigo De [email protected] Peru é um dos países latinos mais ricos culturalmente. A cidade sagrada

de Machu Pichu e o povo , de origem indígena, acabam despertando a curiosi-dade de pessoas do mundo inteiro, especialmente historiadores e arqueólogos. A professora de História, Caroline Nardin embarcou para uma aventura de seis dias, onde pode vivenciar, de perto, todos os costumes e peculiaridades do povo peruano. Na ótica de Caroline, seguem relatos sobre o país para os leitores do Jornal Integração da Serra. “Partimos de Porto Alegre às 7h30min, do último dia 12 de janeiro. Foram 4h30min de viagem, mas o fuso horário é de três horas, então pareceu menos tempo. Chegamos lá, às 9h30min. Estávamos em 24 pes-soas, sete, de Bento Gonçalves e 17 de Garibaldi, grupo organizado pela Santa Luiza Viagens e Turismo, de Carlos Barbosa, a cargo da guia Marisa Ester Dullius. Lima tem nove milhões de habitantes, com grandes comunidades japonesas e chinesas , então tem essa mescla de cultura. Os peruanos gostam muito de comer comida japonesa, aí, víamos a mistura dos índios com os japoneses, é bem interessante”, conta Caroline.

do outro a Mata Atlântica. Fizemos um city-tour por Cusco. Em média , a cada 300 anos, Cusco sofre um ter-remoto bem forte. Em 1950, ocorreu um temporal extremamente forte. O único prédio que ficou intacto foi uma catedral construída em cima de um templo inca. Esta catedral tem 25 capelas, é enorme”, As catedrais foram feitas pelos espanhóis. Eles en-sinaram os índios a desenhar e pintar. É interessante, porque as imagens sacras do catolicismo tem aparência indígena, com a pele mais morena”.

Culinária típica“Uma das comidas típicas deles

é o Cuyo, o porquinho da índia, além da Alpaca, que tem uma carne mais forte que a ovelha. Na ilustração deles da Santa Ceia tem um pratinho com o porquinho da índia. Eles usam bas-tante pimenta na culinária. Também comem muito peixe, mesmo porque, a terceira maior economia deles é o pescado, com destaque para a truta. Nos almoços, sempre iniciam com sopas. Eles tem um refrigerante pró-prio, o Inka Kola, que tem um gosto parecido com o guaraná, até mais doce e bem amarelo”.

Machu Pichu Cidade sagrada Inca situada na

Cordilheira dos Andes a 2400 metros de altitude. Foi construída pelos incas no século XV, antes da chegada dos europeus ao continente americano. Foi encontrada pelo professor e antropólogo norte-americano Hiran Bingham, em 1911. É formada por um conjunto de construções de pe-dras em ruínas. São casas, templos,

aquedutos, pra-ças e degraus, terraços em que os incas pratica-vam agricultura. Em função de sua localização de difícil acesso, foi apelidada de “a cidade perdi-da”. Em 2007, foi eleita como uma das Sete Novas Maravilhas do Mundo.

Ritual “Para Machu Pichu levamos uma

malinha somente com a roupa para o outro dia. Também levamos má-quina fotográfica, protetor solar e repelente, produtos indispensáveis. Ficamos numa pousada que era um mosteiro espanhol, de todos os hotéis esse foi o lugar de que mais gostei. De arquitetura antiga. A subida iniciou de trem, em 1h30 min. Chegando no sitio arqueológico de Machu Pichu, subimos mais uns vinte minutos de ônibus. Paramos num local especifi-co, e nesse momento o guia, professor universitário, Jose Manoel Pepe, licen-ciado em turismo com especialidade em Cusco, Machu Pichu e Tipon, fez um ritual com folhas de coca em agradecimento por nossa estada. Ele falou na língua Quéchua, que é uma das línguas descendentes dos Incas. O povo fala o Espanhol, mas a maioria se comunica nessa língua. Os Incas tinham três divindades principais, o Puma, que significava a terra, o Condor, que era espiritualidade, e a Serpente, a sabedoria. Ele nos fez rela-xar e pensar em coisas boas, o porquê que estávamos lá, explicando que muitas pessoas vão pra lá em busca da espiritualidade, porque é um lu-gar sagrado. O ritual é feito com três folhas de coca, uma para cada parte dos três principais deuses Incas, que eles ainda veneram. As três folhas de coca são jogadas ao vento.

Puno No dia seguinte, o grupo seguiu

para Puno, a cinco mil metros de al-titude, levando 5h30min de viagem, desde Cusco. “Visitamos a Ilha de Urus, que é a ilha dos antigos Incas. Ela fica bem no meio do lago Chichi Caca. Nela vivem 22 descendentes dos Incas, que fazem artesanatos e vendem para os turistas. Depois fomos de barco até ilha de Urus. Os moradores preparam os alimentos em fogão de barro, construídos fora das casas. A alimentação é a base de peixe e ovo de pata”.

Dicas da CarolBem, o que falar do Peru?Fui com a intenção de conhecer

uma das Sete Maravilhas do Mundo: Machu Pichu, mas quando cheguei no Peru, tudo é uma maravilha. As pessoas são bem receptivas, as pra-ças, o centro de Lima e Cuzco são muito lindos, cheios de histórias, impossível não conhecer a Catedral de Cuzco, com afrescos espanhóis e pinturas feitas pos indígenas.

Não se pode deixar de provar a comida peruana, é bastante api-mentada, tem que cuidar com isso. Pico Sauer: uma bebida típica bem gostosa. Carne de Alpaca: forte. Sopa de Quinua: uma delícia... Não deixe de provar seu típico refrige-rante Inka Kola.

Não deixe de levar um bom agasalho, pois em alguns lugares faz muito frio e venta muito. Protetor Solar, repelente...

Não deixe de visitar a feira artesanal na cidade de Pisac, no Vale Sagrado, uma das maiores da América Latina, artesanato dos povos indígenas.

É um povo que acredita na for-ça da natureza, tendo ainda muito presente a Trilogia Inca: Serpente: Sabedoria. Condor: Espiritualidade e Puma: a mãe Terra (Pachamama).

Para conhecer uma das Sete Maravilhas do Mundo e muito mais entre em contato com a Santa Luiza Viagens e Turismo pelos fones (054) 3433.2200 (Carlos Barbosa) e 3462.2000 (Garibaldi) ou pelo

site www.santaluiza.tur.br.

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Cidade sagrada de Machu PichuArquivo Pessoal

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Companheiros de viagem

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Esportes14 Jornal Integração da Serra | 02 de fevereiro de 2012

Esportes da TerraSilvio dos Santos [email protected]

Rua Olavo Bilac, 777 - Fones (54) 3451.6166 | 3451.2688 - Bento Gonçalves - [email protected] | www.milaniautomoveis.com.br

O Down Hill é um esporte que está em ascensão em Bento Gonçalves pela topografia do município e pela organização de eventos relacionados ao esporte. Prova é que de 27 a 29 de julho de 2012, o município sediará o Campeonato Brasileiro de Down Hill, em etapa única, de volta ao Estado depois de quatro anos. O evento reunirá, na pista da Linha Eulália, 320 atletas oriundos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais e de al-guns estados do Nordeste. “Devido ao sucesso do Down Hill Urbano, realizado em outubro de 2011, com a presença de cerca de dez mil pessoas, já se pode dizer que o esporte é bem conhecido em Bento Gonçalves”. A afirmação é do presidente da Associação Down Hill do Vinho (ADHV) Eduardo Luis Bianchi, bento-gonçalvense de 20 anos que, desde os 14 anos, pratica o esporte.

De acordo com Bianchi, o brasi-leiro superará o público do Down Hill Urbano. “Há cerca de três anos con-

Copa dos Campeões de Futsal: Reuniram-se, no último dia 26 de janei-ro, no Ginásio Municipal de Esportes, através da Secretaria Municipal de Es-portes, as equipes Campeãs do Futsal do nosso município do ano de 2011. Açolar (campeã da 1ª divisão do Citadino de Futsal); Juventus (campeão do Citadino de Futsal da 2ª divisão); Barracão (Cam-peão do Colonial de Futsal) e São José, Busa (Campeão da 10ª Copa Integração de Futsal). Nos confrontos entre as agre-miações, a equipe da Açolar foi quem se saiu melhor e foi a grande Campeã da 1ª Copa dos Campeões. Destaque como pontos positivos a parte técnica e disci-plinar das equipes. As torcidas deram um verdadeiro exemplo de como se pode fazer esporte, vibrando e torcendo por suas equipes, sem maiores confusões... parabéns a todos.

BGF Futsal: Ginásio Municipal de Esportes será a casa do BGFFutsal nesse ano de 2012. Agora, caro amigo torcedor, não tem mais desculpa da distância, pois o ginásio fica num ponto estraté-gico, de fácil localização, onde facilita pra todos. Lembrando que dia 17/03 já tem confronto com a equipe do Grêmio Porto-alegrense. Vamos lotar o Ginásio Municipal de Esportes, prestigiar, torcer e dar todo o nosso apoio.

Esportivo I: Apenas para levar ao co-nhecimento do amigo leitor, em síntese, conversa informal que tive com o presi-dente do Clube Esportivo, Luiz Ozelame. Durante a mesma, pude constatar os inúmeros objetivos traçados por ele, com toda a sua diretoria. Cito alguns trechos interessantes da nossa conversa: “toma-mos a iniciativa de procurar lideranças dos bairros (cônsules), a fim de promover e divulgar o Clube Esportivo, ou seja, mobilizar todos a multiplicar ideias boas e positivas a respeito do Esportivo, onde os mesmos terão a tarefa de sensibilizar suas comunidades a aprenderem a gostar, a torcer e vibrar pelas cores do alviazul”. Nos relata ainda que “acima de tudo e de todos, existe um único interesse, promo-ver e divulgar o Clube Esportivo. Todos os cônsules, terão também, a incumbência de colocarem ingressos durantes os eventos esportivos e, em contraparti-da, receberão do clube a partir do dia 16/02/2012, uma carteirinha (credencial) que lhes dará o direito de acesso livre para entrar no estádio durante os jogos, bem como poderão, através da UACB (Associações Comunitárias de Bairros de Bento Gonçalves), colocar placas di-vulgando os possíveis eventos de suas comunidades”. Campos Suplementares: “Existe no clube um considerável valor financeiro, proveniente de recursos do Governo Federal, e tais recursos terão que ser captados através de empresas que tenham interesse em abater na descarga dos seus impostos de renda”, comentou.

Para o amigo leitor entender um pouco mais, a captação desses recursos somente poderá ser conseguida através de abati-mentos de imposto de renda advindos das empresas, sendo possível dessa maneira, viabilizar e dar prosseguimento as obras para construções dos campos suplementares. Torço para que tais recur-sos sejam captados a tempo, existe um prazo determinado para isso, pois caso não aconteça dentro do tempo hábil pre-visto pelo Governo Federal, teoricamente esses valores terão que ser devolvidos ao mesmo. Esperamos que nossos empre-sários se sensibilizem e ajudem o Clube Esportivo. A construção desses campos suplementares, no mínimo dois, seriam destinados para treinamento dos atletas profissionais, bem como às categorias de base. Falando em Categorias de Base, é ideia da atual diretoria, segundo seu presidente, independente de parcerias ou não, “manter as categorias de base ativas durante o ano todo, com projetos a longo prazo na criação e formação dos futuros atletas profissionais para o clube”.

Esportivo II: Dando continuidade à conversa com o presidente Ozelame, falamos também a respeito do Futebol Profissional que, ao meu ver, é a “mola propulsora” do clube. “Contratamos o treinador Luiz Carlos Winck, que chegou ao clube com muita vontade de vencer e comungou com as nossas ideias e objetivos, procuramos formar um gru-po de jogadores vencedores por onde passaram, com bons perfis profissionais, bons currículos, enfim, no papel um time excelente, esperamos que seja na práti-ca um time vencedor, forte e, acima de tudo, competitivo”... Disse-me ainda: “sou um presidente bastante democrático, respeito a todos dentro e fora do clube, delego poderes com responsabilidades a todos os departamentos do clube, mas procuro participar ativamente de todos os resultados e acontecimentos que en-volvem o Clube Esportivo. Penso que se o futebol vai bem, o restante se consegue com maior facilidade”, concluiu. Comun-go com ele, em gênero, grau e número, pois o futebol é sim, o termômetro que nos dará a real dimensão, se estamos no caminho certo ou não. Dirigentes do passado: está sendo feita uma relação minuciosa das pessoas que tiveram e tem pelo Clube Esportivo, grande e relevada importância, tanto no passado, quanto no presente e “trazê-los de volta ao clube e mostrar o quão ainda são importantes, procurando resgatar a hegemonia de respeito que o Esportivo sempre obteve perante todos, voltar às glórias e a ser grande como sempre foi e, certamente, esse será o principal objetivo de todos nós, indistintamente”. Torçamos para que isso realmente aconteça. Certamente, unindo forças, o Esportivo poderá, quem sabe, já no próximo ano, estar na “elite do futebol gaúcho”.

Alexandre54 8119.9698

Silvio54 8431.3040

Bento terá CampeonatoBrasileiro de Down Hill

versei com a equipe da associação e apresentei a ideia de realizar um Down Hill Urbano em Bento Gonçalves. Neste ano, assumi a presidência da entidade, que hoje conta com 18 atletas que participam de campeonatos e, aproxi-madamente, 20 de outras equipes me-nores “, ressalta Bianchi. Ele acrescenta que o crescimento do esporte em Bento Gonçalves está contando com o apoio da iniciativa privada e do poder públi-co municipal. Bento Gonçalves conta com duas pistas no circuito gaúcho de Down Hill, ambas, de acordo com Bianchi, de alto nível técnico. Uma, na Linha Eulália, e outra, no Recanto Del Arpini, em Pinto Bandeira, inaugurada no ano passado. “Agradeço a ADHV, que é a maior equipe de Down Hill do Brasil, por proporcionar aos seus atletas condições de estar sempre na disputa dos campeonatos. A ADHV conquistou o tricampeonato gaúcho por equipes em 2011, isso, com certeza, é um bom motivo para se orgulhar”, comemora Bianchi.

Altair Pelegrini, exaltando sua paixão pelo seu mais novo time do coração!

Arquivo Pessoal

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Acréscimo de torcida

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Esportes02 de fevereiro de 2012 | Jornal Integração da Serra 15

Por Rodrigo De [email protected]

Bento Gonçalves foi destaque na imprensa catarinense, em função da pré-temporada no município do Avaí Futebol Clube, de Florianópolis, no início de janeiro deste ano. O time ca-tarinense esteve pela primeira vez em Bento Gonçalves e quarta no estado. Em 2009 e 2010, as pré-temporadas do Avaí aconteceram em Gramado. Em 2011, foi em Florianópolis. O Avaí substituiu o Internacional, que esse ano optou por Gramado. A equipe treinou no município de 2 a 14 de janeiro. Com uma chegada tranquila, o Avaí pode trabalhar com calma. “Observando toda a infraestrutura excelente que o município disponibiliza, optamos por Bento Gonçalves, porque queríamos um local onde pudéssemos fazer uma boa pré-temporada, que nos desse uma infra estrutura de qualidade. No ano passado cometemos alguns erros em

O treino do Avaí nesta terça-feira foi marcado por uma novidade. Dois adolescentes, moradores de Bento Gonçalves, foram prestigiar o Leão em fren-te ao Hotel em que estão hospedados. Eles estavam aguardando a saída dos atletas para o treino. Bateram fotos, pegaram autógrafos e conversaram com alguns integrantes da delegação. Antes do ônibus partir, o superintendente de futebol, Enio Gomes, resolveu presenteá-los, cada um, como uma camisa oficial do clube.

- Lá no Grêmio eles nem dão bola pra gente. Aqui no Avaí, eles são legais - revela Murilo da Silveira, 15 anos. O Grêmio também realiza a pré-temporada na cidade gaúcha.

Matheus Camargo Poloni que completa 16 anos na próxima sexta-feira, sonha ser jogador de futebol. - Ainda vou vestir a camisa 10 do Avaí - projeta.

Bento Gonçalves na mídia esportiva de Santa CatarinaClima, altitude e tranquilidade atraíram time catarinense para pré-temporada no município

nossa preparação, o que acabou nos prejudicando no decorrer do campeo-nato brasileiro. O litoral fica superlota-do, queríamos um lugar mais tranquilo para preparar nossos atletas”, salienta o diretor de planejamento do Avaí, Enio Gomez. Outro fator determinante para que o clube escolhesse a serra gaúcha, foi o clima e a altitude que, segundo Gomes, são fatores importantes para toda a preparação física.

Como diretor de planejamento do clube, Gomes foi o responsável pela ela-boração e a execução do planejamento estratégico do Avaí, metodologia que agradou o clube Esportivo de Bento Gonçalves e ajudou a viabilizar a vinda da equipe a Bento Gonçalves.

De acordo com Gomes, o Avaí pre-tende voltar a realizar pré-temporadas em Bento Gonçalves porque, conforme ele, as instalações esportivas são de boa qualidade. “Fizemos treinamento no Botafogo, que tem uma estrutura sen-sacional, os dirigentes são bem aten-

ciosos. No SESI, fomos bem atendidos. A empresa Geremia também tem uma estrutura muito boa, de causar inveja a muitos clubes do Brasil que disputam campeonatos da série A, B, C e D, onde os clubes têm muitas dificuldades. As academias que usufruímos também são excelentes. Quero agradecer a todos que colaboraram com nossa passagem

Extraído do Diário Catarinense, de Florianópolis, da edição de 10 de janeiro deste ano

Avaí recebe visita de jovens torcedores em Bento Gonçalves

pela cidade”. Além do time principal, o clube conta com as categorias de base, esportes olímpicos, equipes de ciclis-mo, times de basquete infantil, juvenil e futebol feminino juvenil. Também possui uma parceria com a Fundação Municipal de Esportes, integrando as equipes que disputam os jogos abertos de Santa Catarina.

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Saúde Jornal Integração da Serra | 02 de fevereiro de 201216

Herpes Zoster e Neuralgia Pós-HerpéticaDr. Rogério ChultzMédico - Patologista

INSTITUTOSANTO ANTÔNIO

PATOLOGIA MÉDICA

CITOPATOLOGIA - BIÓPSIAS - COLPOSCOPIA - PENISCOPIA

Rua José Mário Mônaco, 349 - Sl 201Bento Gonçalves - Fone (54) 3055.3471

O que é o Herpes Zoster?O Herpes zoster (vulgarmente

conhecido como “cobreiro”) e a neu-ralgia pós-herpética são o resultado da reativação do vírus da varicela-zoster adquiridos durante a infecção primária da varicela ou catapora.

Quais os fatores de risco para o surgimento do Herpes Zoster?Considerando que a varicela é ge-

ralmente uma doença da infância, her-pes zoster e a neuralgia pós-herpética se tornam mais comum com o aumento da idade. Fatores que diminuem a fun-ção imunológica, como a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, qui-mioterapia, neoplasias e uso crônico de corticosteróides e até mesmo queda da imunidade devido a um período mais conturbado da vida podem aumentar o risco de desenvolver herpes zoster.

O que causa o Herpes Zoster?A reativação do vírus latente da

varicela-zoster nos gânglios da raiz dor-sal é responsável pela erupção clássica dermatomal e da dor que ocorrem no herpes zoster.

Quais as características da dor no Herpes Zoster?A dor em queimação normalmente

precede a erupção cutânea por vá-rios dias e podem persistir por vários meses após a surgimento da erupção cutânea.

O que é a neuralgia Pós-Herpética?A neuralgia pós-herpética é uma

complicação do herpes zoster. Se carac-teriza pelo surgimento de dor que pode persistir após a resolução da erupção e pode ser altamente debilitante.

Qual a eficiência dos medicamen-tos antivirais no Herpes Zoster?

Os medicamentos antivirais são mais eficazes quando iniciados dentro de 72 horas após o início da erupção. A adição de um corticosteróide adminis-

um nervo) afetado(s). O pródromo (fase inicial) geralmente dura 1-2 dias, mas pode preceder o aparecimento de lesões de pele por até três semanas. Durante a fase prodrômica, o herpes zoster pode ser diagnosticado como doença cardíaca, pleurisia, um núcleo pulposo herniado ou vários distúrbios gastrointestinais ou ginecológicas. Alguns pacientes podem ter sinto-mas prodrômicos, sem desenvolver a erupção cutânea característica. Esta situação é conhecida como “Zoster sine herpete”, e pode complicar ainda mais o diagnóstico final.

Herpes ZosterA fase prodrômica (inicial sem

lesões aparentes) é seguida pelo de-senvolvimento das lesões de pele ca-racterísticas do herpes zoster. As lesões de pele começam como uma erupção maculopapular, que segue uma dis-tribuição do dermátomo. A erupção maculopapular evolui para vesículas com base eritematosa (Figura). As vesí-culas são geralmente dolorosas, e seu desenvolvimento é frequentemente as-sociado com a ocorrência de ansiedade e sintomas semelhantes aos da gripe.A dor é a queixa mais comum para que os pacientes com herpes zoster procu-rem cuidados médicos. A dor pode ser descrita como “queimação” ou “picadas” e geralmente é implacável. De fato, os pacientes podem ter insônia por causa da dor. Embora qualquer dermátomo vertebral podem estar envolvidos, T5 e T6 são mais comumente afetadas. O dermátomo do nervo mais freqüente-mente envolvidos cranial é a divisão oftálmica do nervo trigêmeo. Vinte ou mais lesões fora do dermátomo afetado refletem viremia generalizada. As vesí-culas acabarão por se tornar hemorrági-

trado por via oral pode proporcionar benefícios na redução da dor do herpes zoster e na incidência de neuralgia pós-herpética.

Como ocorre o Herpes Zoster?O herpes zoster resulta da reati-

vação do vírus da varicela-zoster. A incidência de herpes zoster aumenta acentuadamente com o envelheci-mento, praticamente dobrando a cada década após a idade de 50 anos. A di-minuição normal da imunidade celular com o envelhecimento é a provável causa do aumento da incidência nessa faixa etária.

Transmissão do Herpes ZosterO herpes zoster não é tão conta-

giosa quanto a infecção preliminar da varicela (Catapora), pessoas com infecção reativada podem transmitir o vírus da varicela-zoster para contatos não imunes. Taxas de transmissão das famílias têm sido observados em cerca de 15% dos casos.

Qual a Incidência de neuralgia pós-herpética?Cerca de 20 por cento dos pacientes

com herpes zoster desenvolvem nevral-gia pós-herpética. O fator de risco mais conhecido é a idade, esta complicação ocorre quase 15 vezes mais em pa-cientes com mais de 50 anos de idade. Outros possíveis fatores de risco para o desenvolvimento da neuralgia pós-herpética são: o zoster oftálmico, uma história de dor prodrômicos antes do aparecimento de lesões de pele e um estado de imunocomprometimento

Apresentação ClínicaInicia com dor, ardor, prurido e/ou

parestesias que geralmente precedem o aparecimento de lesões de pele por 1 a 2 dias. O herpes zoster normalmen-te apresenta-se com uma fase inicial consistindo de hiperestesia, parestesia, disestesia, sensação de queimadura ou prurido ao longo do dermátomo (em faixa pertencente ao trajeto de

cas ou turvas e surgem crostas no prazo de sete a 10 dias. Quando as crostas caem, geralmente surgem cicatrizes e alterações pigmentares.

Complicações do Herpes ZosterA complicação crônica mais co-

mum do herpes zoster é a neuralgia pós-herpética. A dor que persiste por mais de 1 a 3 meses após a resolução da erupção é geralmente aceita como o sinal de neuralgia. Pacientes afetados pela neuralgia geralmente apresentam queimação constante e dor lancinante que podem ser de natureza radicular (dor num trajeto bem definido, que é o de uma raiz nervosa). Os pacientes também podem se queixar de dor em resposta a estímulos não-nocivos. Mesmo sob pressão menor de roupas, lençóis ou até mesmo o vento podem provocar dor.

Tratamento de Herpes ZosterO tratamento do herpes zoster tem

três objetivos principais: (1) tratamento da infecção viral aguda, (2) o tratamen-to da dor aguda associada com herpes zoster e (3) prevenção da neuralgia pós-herpética. Agentes antivirais, cor-ticóides orais e adjuvante modalidades individualizado de gestão da dor são usados para atingir esses objetivos.

Erupção cutânea típica dermatomal com vesículas hemorrágicas no tronco de um

paciente com herpes zoster