Trabalho Prof Uilliams Np2
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1
Instituto de ciências da Saúde
Tecnologia em Radiologia
RADIOLOGIA INTEGRADA
Manaus
Novembro/2012
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Instituto de ciências da Saúde
Tecnologia em Radiologia
( Cateterismo, Embolização, Cinecoronariografia, Aortografia )
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Manaus
Novembro/2012
SUMARIO
1. INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------4
2. CATETERISMO------------------------------------------------------------------5
3. EMBOLIZAÇÃO-----------------------------------------------------------------8
4. CINECORONARIOGRAFIA--------------------------------------------------9
5. AORTOGRAFIA----------------------------------------------------------------12
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INTRODUÇÃO
Ao final do século 19, mais precisamente ao cair da noite de uma sexta-
feira, 8 de novembro de 1895, o Prof. Wilhelm Conrad Röntgen, em um
laboratório na Baviera, sul da Alemanha, observando a fluorescência emanada
de uma placa de papelão recoberta com platinocianeto de bário, na sala escura
aos cinquenta anos de idade, investigador brilhante, perfeccionista e astuto, fez
uma das mais importantes descobertas científicas da humanidade, descobriu
os raios-x e consequentemente a surgi aí uma nova área a Radiologia.
Radiologia é a parte da ciência que estuda órgãos ou estruturas através
do uso de radiações, gerando desta maneira uma imagem. Nas últimas
décadas desde a descoberta dos raios-x foram acrescentados novos métodos
de imagem, como a ultrassonografia, a ressonância magnética nuclear, e
mamografia. Os novos equipamentos de tomografia computadorizada e muitos
outros avanços vieram a contribuir para tornar essa área ainda mais
interessante.
A partir desses métodos foram empregados algumas técnicas, que
torna o exame seja de tomografia ou ressonância magnética diferenciado,
criando uma nova área, a radiologia intervencionista, que é composta por
alguns métodos os quais serão mencionados neste trabalho.
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2. CATETERISMO
Cateterismo cardíaco é o conjunto de métodos de diagnóstico e
tratamento cardíaco que tem em comum o fato de ser acessado o interior
do coração através de um tubo longo, fino e flexível, chamado cateter, de 2,7
milímetros de diâmetro e 1 metro de comprimento, colocado por um vaso
sanguíneo periférico no braço, coxa ou pescoço.
Tem como objetivo corrigir problemas em veias e artérias, como
obstruções. O enfermeiro deve estar atento com os cuidados dispensados com
o paciente submetido a este exame. Algumas vezes um pigmento especial é
colocado no cateter para fazer com que o interior do coração e vasos
sanguíneos apareçam no raio-x.
O pigmento pode mostrar se placas estreitaram ou bloquearam as
artérias coronárias. A placa é feita de gordura, colesterol, cálcio e outras
substâncias encontradas no sangue. O acúmulo de placas estreita o interior
das artérias e pode restringir o fluxo de sangue ao coração. Quando isso
acontece é chamado de doença da artéria coronária. Bloqueios nas artérias
também podem ser vistos usando ultrassom durante o cateterismo cardíaco.
Ultrassom usa ondas sonoras para criar imagens detalhadas dos vasos
sanguíneos do coração. Os médicos podem tomar amostras de sangue e
músculo cardíaco durante o cateterismo, assim como realizar pequena cirurgia
cardíaca. Cardiologistas geralmente fazem o cateterismo no hospital com a
pessoa acordada durante o procedimento. Há pouca ou nenhuma dor durante o
cateterismo, porém a pessoa pode sentir dolorido no vaso sanguíneo onde o
médico inseriu o cateter.
O cateterismo cardíaco raramente causa complicações sérias. Em geral,
dura entre 30 e 60 minutos, conforme o procedimento realizado. Feito na sala
de cateterismo, com o paciente acordado (anestesia local), deitado sob um
aparelho de raio-X. Só em criança é usado anestesia geral para evitar agitação.
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2.1 Preparação para o exame
• Fazer jejum de quatro horas antes do exame.
• Em geral, não é necessário suspender os medicamentos em uso.
• Procurar repousar antes do exame.
2.2 Quem deve passar pelo Cateterismo Cardíaco
O cateterismo cardíaco é usado para diagnóstico e/ou tratamento de
várias condições cardíacas. O médico pode recomendar o cateterismo cardíaco
para várias razões diferentes. A razão mais comum é para avaliar dor no peito,
a qual pode ser sintoma de doença da artéria coronária e o cateterismo
cardíaco pode mostrar se a placa está estreitando ou bloqueando as artérias
cardíacas.
É indicado para:
• mostrar obstruções das artérias que irrigam a musculatura do coração
(coronárias);
• quantificar alterações do funcionamento das válvulas e do músculo cardíacos;
• esclarecer alterações anatômicas não confirmadas por outros exames;
• mostrar em detalhes uma malformação congênita;
• desobstruir artérias e válvulas.
2.3 Variações Terapêuticas
• Angioplastia: Desobstrução de artéria coronária ou ponte de safena que
esteja comprometida por uma placa de gordura ou um coágulo. É feita usando
um balão que, posicionado e inflado no ponto de estrangulamento, restitui a
circulação no vaso.
• Stent coronário: Fixação de uma tela de aço inoxidável na parede interna do
vaso desobstruído durante a angioplastia, para impedir novo estrangulamento.
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• Valvoplastia: Desobstrução de válvulas cardíacas (pulmonar e mitral) por
meio de um ou mais balões infláveis, normalizando a livre circulação do
sangue.
2.4 Riscos do Cateterismo Cardíaco
O cateterismo cardíaco é um procedimento médico comum, que raramente
apresenta problemas sérios. Entretanto, complicações podem incluir:
• Dano aos vasos sanguíneos.
• Reação alérgica ao pigmento usado.
2.5 Outras complicações menos comuns incluem:
•Arritmia (batimento cardíaco irregular), a qual vai embora sozinha mas pode
necessitar de tratamento se persistir.
• Coágulos sanguíneos que podem desencadear derrame, ataque cardíaco ou
outros problemas sérios. •Pressão sanguínea baixa.
• Acúmulo de sangue ou fluido no saco que envolve o coração. Esse fluido
pode impedir que o coração bata apropriadamente.
Assim como qualquer procedimento envolvendo o coração, as
complicações podem algumas vezes, embora raramente, ser fatais. O risco de
complicações com cateterismo cardíaco é maior se a pessoa tem diabetes ou
doença nos rins, ou tiver mais de 75 anos de idade. O risco de complicações
também é maior em mulheres e pessoas que fazem o cateterismo em
emergência.
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3. EMBOLIZAÇÃO
A embolização uterina é uma técnica recente e, embora sujeita a alguma
contestação pela comunidade científica sobre tudo ginecologistas, pode ser
uma alternativa viável e a considerar como ferramenta no tratamento
dos miomas uterinos.
A embolização uterina para tratamento de miomas começou a ser
utilizada clinicamente na França no final da década dos 80 e início dos anos 90
do século XX e o primeiro trabalho científico foi publicado em 1995 na
revista The Lancet. Em 1996 o procedimento foi introduzido nos Estados
Unidos pelos médicos da Universidade de Califórnia em Los Angeles (UCLA)
que apresentaram os resultados preliminares no Congresso da Society of
Cardiovascular and Interventional Radiology (SCVIR) que teve lugar em San
Francisco em março de 1998.
No Brasil, desenvolveu-se um programa de embolização uterina e os
primeiros casos foram realizados no Hospital Santa Catarina de São Paulo em
1999.
Em Portugal, a técnica foi aplicada pela primeira vez em Junho de 2004,
num hospital privado de Lisboa, encontrando-se ainda numa fase muito
embrionária de aperfeiçoamento.
No entanto, há grandes diferenças na estratégia e no método de
aplicação da técnica, na composição da equipa que deve ser multidisciplinar e
no acompanhamento dos casos clínicos , sobretudo no período pós-
embolização entre os dois países, tendo Portugal um longo caminho ainda a
percorrer no desenvolvimento desta técnica como uma alternativa terapêutica
válida no tratamento de fibromiomas.
Embora ainda necessite de um longo processo de estudo e avaliação de
resultados, está técnica pode ser encarada como uma alternativa possível no
tratamento dos fibromiomas uterinos e, contribuindo assim para a manutenção
do potencial da fertilidade na mulher pela preservação do útero.
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4. CINECORONARIOGRAFIA
Os termos cineangiocoronariografia, cinecoronariografia e
coronariografia têm o mesmo significado e indicam o método de contrastação
das artérias do coração, as artérias coronárias.
O exame que injeta o contraste no coração é chamado ventriculografia e
investiga a capacidade do músculo do coração no seu desempenho como
bomba propulsora do sangue para nosso organismo. Assim temos que na
cinecoronariografia e ventriculografia esquerda há injeção do contraste nas
artérias do coração e há também o estudo do desempenho deste órgão pela
injeção do contraste no interior do ventrículo esquerdo.
Obviamente há necessidade de uma infra-estrutura hospitalar copatível
para realização deste procedimento. Aqui vemos algumas imagens de salas de
hemodinâmica devidamente equipada.
O coração é um órgão composto basicamente do músculo cardíaco,
artérias, veias, válvulas e o sistema elétrico que controla o ritmo cardíaco. O
coração pulsa em torno de 70 vezes por minuto ou 100.800 vezes ao dia,
bombeando o sangue para todo o organismo. Todos os componentes do
coração são importantes, mas para o exercício desta fundamental função de
bomba ele necessita de um sistema de irrigação que forneça todos os
nutrientes para o músculo cardíaco, representado pela circulação coronária. É
fácil entender, então, que a redução ou a interrupção do fluxo sanguíneo
através da árvore coronária determinará graus variáveis de isquemia
miocárdica e em consequência disso o comprometimento do músculo cardíaco.
Várias são as causas que podem determinar a formação de placas na
luz do vaso e consequente obstrução do fluxo coronário, a saber:
diabetes; taxas; elevadas de colesterol e triglicérides; antecedente familiar
próximo com histórico de infarto do
miocárdio; obesidade; hipertensão; estresse; sedentarismo e hábitos
alimentares inadequados.
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Todos sabem a importância das medidas preventivas que podem ser
tomadas para impedir ou retardar o desenvolvimento dessas lesões, não só
coronárias mais em todo o sistema cardiovascular. A redução do fluxo
coronário em graus variáveis se manifesta clinicamente sob diferentes formas
de apresentação:
Os assintomáticos:
A angina estável de evolução crônica que se exacerba na vigência de
esforços físicos e emoções;
As síndromes coronárias agudas; o infarto agudo do miocárdio;
E até mesmo a morte súbita.
Cerca de 300.000 pessoas morrem por ano no Brasil vitimas de doenças
cardiovasculares, matando mais que o câncer e os acidentes de trânsito,
ressaltando-se que a grande maioria é de pessoas que estão exatamente em
plena fase produtiva.
Dentro deste contexto aqui colocado, a coronariografia é considerada como
o padrão ouro dos exames na definição da anatomia coronária. Consiste na
visualização angiográfica dos vasos coronários após a injeção seletiva de
substância contrastante. As imagens assim obtidas podem ser arquivadas em
meios analógicos ou digitais, permitindo posteriormente uma análise detalhada
qualitativa e quantitativa.
A coronariografia permitiu o desenvolvimento seguro da cirurgia de
revascularização miocárdica na década de 60, assim como a angioplastia
coronária percutânea propiciou, na década de 70, o desenvolvimento e
aperfeiçoamento de várias técnicas de intervenção percutânea.
Para a execução do exame é necessário o manuseio de instrumental dentro
do sistema cardiovascular e, no entanto, o método apresenta baixa morbidade,
baixa mortalidade e excelente confiabilidade, tendo como respaldo profissional
capacitado e equipamento de excelente resolução de imagens.
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4.1 Contraindicações para o procedimento:
Aceita-se que a única contraindicação absoluta para a realização da
coronariografia é a total recusa do paciente em permitir o exame ou, no
impedimento deste, a recusa de seus familiares.
Todas as outras contraindicações podem ser consideradas relativas
mesmo na presença de insuficiência renal, acidente vascular cerebral recente,
sangramento gastro-intestinal, infecção ativa, febre de origem indeterminada,
anemia severa, hipertensão arterial não controlada, reações prévias
importantes aos contrastes radiológicos, recusa do paciente por tratamento
definitivo como a cirurgia ou angioplastia, intoxicação digitálica, pequena
expectativa de vida, severa coagulopatia e endocardite da valva aórtica.
4.2 Indicações da Cinecoronariográfia
4.2.1 Na presença ou suspeita de doença arterial coronária:
Em pacientes assintomáticos na avaliação de dor precordial atípica na
suspeita de espasmos coronário na angina estável
4.2.2 No infarto agudo do miocárdio:
Na fase aguda;
Na fase hospitalar;
Na convalescença;
Nas fases tardias;
Nas valvopatias adquiridas;
Na investigação da insuficiência cardíaca;
Na presença de arritmias cardíacas a serem esclarecidas;
No estudo de cardiopatias congênitas e em situações especiais.
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5. AORTOGRAFIA
A aortografia tem sido considerada o exame de escolha na avaliação de
suspeita de dissecção aórtica. O diagnóstico de dissecção aórtica por
aortografia retrógrada é feito baseado nos sinais angiográficos diretos e
indiretos. Os sinais diretos, que são considerados diagnósticos, incluem
visualização do duplo lúmen ou um flap da íntima. Os sinais indiretos, que são
considerados sugestivos de dissecção, incluem compressão da luz verdadeira
pelo falso lúmen, espessamento da parede da aorta, insuficiência aórtica,
projeções possibilidade tipo úlcera na parede da aorta, anormalidade dos
ramos e posição anormal do cateter.
Uma importante vantagem da aortografia é a habilidade de detectar
várias complicações da dissecção, tais como insuficiência aórtica, envolvimento
dos vasos da base, trombo no falso lúmen e, em alguns casos, envolvimento
das artérias coronárias (obs. o achado de lesões ateroscleróticas coronarianas
em pacientes com dissecção aórtica aguda é infrequente — menor que 5%) .
A sensibilidade do método varia de 81 a 91%. Falsos negativos podem
ocorrer em casos de trombose do falso lúmen, fraca opacificação do falso
lúmen e uma opacificação simultânea da luz verdadeira e falsa de modo que o
flap da íntima não é visualizado.
Além da sensibilidade limitada, a aortografia tem outras desvantagens:
uso de contraste e risco associado aos procedimentos (entre eles,
possibilidade de entrada na falsa luz).
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CONCLUSÃO
A importância dos exames radiológicos nos dias de hoje não está
somente na prevenção de doenças, mas no tratamento de urgência de quadros
clínicos, principalmente neurológicos. Doenças como aneurismas e tumores
cerebrais são os mais comuns no uso da radiologia no pré e pós-operatório.
Em tratamentos cirúrgicos a tecnologia se tornou essencial, pois fornece
informações acerca do diagnóstico e prognóstico, além de auxiliar no
planejamento dos procedimentos. Após a cirurgia, a avaliação do resultado e
manejo de eventuais complicações foi beneficiada. Conforme o neurocirurgião,
Dr. Luiz Carlos de Alencastro, através dessas técnicas computacionais se
consegue planejar e em algumas situações obter detalhes para que o cirurgião
possa fazer a abordagem adequada.
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BIBLIOGRAFIA
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