Trabalho de Alvenaria - Controle e Execução (Nota 03)

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO Centro de Ciências Tecnológicas - CCT Disciplina: Alvenaria Estrutural Professor: Itanner Alexandre Allan Dias Ferreira – 0811222 Andre Felipe Costa de Lemos – 1011119 Leandro Souza da Silva – 1011134 Luiz Paulo Campos Santana – 0911117 ALVENARIA ESTRUTURAL: EXECUÇÃO E CONTROLE

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alvenaria estrutural

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHOCentro de Cincias Tecnolgicas - CCTDisciplina: Alvenaria EstruturalProfessor: Itanner

Alexandre Allan Dias Ferreira 0811222 Andre Felipe Costa de Lemos 1011119 Leandro Souza da Silva 1011134Luiz Paulo Campos Santana 0911117

ALVENARIA ESTRUTURAL: EXECUO E CONTROLE

SO LUS-MA2014

Alexandre Allan Dias Ferreira 0811222 Andre Felipe Costa de Lemos 1011119 Leandro Souza da Silva 1011134Luiz Paulo Campos Santana 0911117

ALVENARIA ESTRUTURAL: EXECUO E CONTROLETrabalho apresentado disciplina de Alvenaria Estrutural ministrado pelo professor Itanner para obteno da 3 nota.

SO LUS-MA2014

SUMRIO

1 INTRODUO32 CONTROLE DA PRODUO DE ARGAMASSA E GRAUTE43 CONTROLE DA RESISTNCIA DAS ALVENARIAS COMPRESSO AXIAL44 CONTROLE DA PRODUO DA ALVENARIA65 EXECUO DA ALVENARIA ESTRUTURAL86 CONCLUSO16REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS9

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1 INTRODUO

Segundo Kalil e Leggerini (2002) um projeto com boa qualidade reflete positivamente na etapa de construo da obra. Medidas de racionalizao e de controle de qualidade na fase de construo dependem diretamente das especificaes originadas da etapa de projeto, devendo nelas conter as informaes necessrias de forma a ocorrer um planejamento eficiente para a etapa de execuo. com essa ideia do processo de qualidade que deve envolver a execuo da alvenaria estrutural que se inicia esse trabalho cujo objetivo ser essencialmente tratar da alvenaria estrutural em seus aspectos executivos, construtivos e de controle dos materiais para a confeco do mesmo. Esse trabalho divido da melhor forma que facilite a compreenso do leitor visando de forma objetiva e pragmtica ressaltar os principais aspectos construtivos relatando os instrumentos e maquinrios utilizados, caracterizando as matrias primas usadas na confeco do graute e argamassas de assentamento.

2 CONTROLE DA PRODUO DE ARGAMASSA E GRAUTEDurante a execuo da obra de alvenaria estrutural a argamassa e o graute devero ser controlados em lotes no inferiores aos seguintes valores: 500 m2 de rea construda em planta (por pavimento); dois pavimentos e argamassa ou graute fabricado com matria prima de mesma procedncia e mesma dosagem. Onde para cada lote so ensaiados seis exemplares. Quanto argamassa pede-se que o ensaio compresso de argamassa seja feito comprimindo-se uma rea de 4 x 4 cm de um corpo de prova de 4 cm de altura (resultante do ensaio flexo de um prisma de argamassa de 4 x 4 x 16 cm), a norma de controle pede que seja feito em cubos de 4 cm moldados diretamente na obra (para o controle de obra no interessa o controle da resistncia de flexo da argamassa). A ideia do controle da resistncia compresso verificar a uniformidade da produo deste material. A amostra de argamassa ser aceita se o coeficiente de variao desta for inferior a 20% e o valor mdio for maior ou igual ao especificado no projeto.Quando a argamassa contm aditivos ou adies (argamassa no tradicional de cimento, cal e areia), recomenda-se fazer ensaios de trao flexo de prismas. Esse procedimento foi adaptado da norma americana pela Escola Politcnica da USP e utilizado por perquisadores e tecnlogos em todo o pas. Este ensaio pode ser feito em obra (carregamento feito com o prprio bloco) ou em laboratrio (carregamento com equipamento de ensaio).

3 CONTROLE DA RESISTNCIA DAS ALVENARIAS COMPRESSO AXIAL Inicialmente indicada a necessidade de caracterizao prvia da resistncia compresso de blocos, argamassa e graute e da alvenaria (geralmente por meio de ensaios de prismas). Antes do incio da obra deve-se fazer essa completa caracterizao, com a ressalva de que o fornecedor dos materiais (os mesmos a serem utilizados na obra) pode fornecer tais resultados, desde que estes no tenham sido realizados h mais de 180 dias.O objetivo da caracterizao prvia evitar que justamente os primeiros pavimentos dos edifcios em alvenaria estrutural, e que suportam maiores tenses, sejam construdos com maior incerteza quanto s propriedades dos materiais empregados logo no incio da obra, evitando situaes de no conformidades ou medidas de reforo desses pavimentos, o que no incomum ocorrer atualmente.Tanto na caracterizao prvia quanto no controle da obra, a caracterizao da resistncia compresso da alvenaria pode ser feita por ensaios de prisma, pequena parede ou de parede (ABNT NBR 8949. Paredes de alvenaria estrutural ensaio compresso simples). A NBR 15961-2/2011 menciona os procedimentos para moldagem e ensaio de pequenas paredes que devem ter, no mnimo, dois blocos de comprimento e cinco fiadas de altura como alternativa aos ensaios de prismas. Entretanto, provavelmente a grande maioria das obras continue a ter a resistncia da alvenaria controlada pelo ensaio de prisma de dois blocos, que um ensaio j bastante difundido no pas, ficando os dois outros tipos de ensaio limitados a situaes especiais. Algumas caractersticas do ensaio da NBR 15961 so:- O prisma sempre moldado dispondo a argamassa de assentamento sobre toda a face do bloco, independentemente se a obra executada com dois cordes laterais de argamassa ou no. A diminuio da resistncia compresso no caso de obra executada com dois cordes laterais apenas deve ser levada em conta no projeto, porm o ensaio o mesmo para os dois casos;- A referncia para o clculo das tenses sempre a rea bruta, e no lquida;- Caso os blocos tenham resistncia maior ou igual a 12 MPa, os prismas devem ser moldados em obra e recebidos no laboratrio, sendo a moldagem em obra opcional para blocos de menor resistncia;- A resistncia de prisma ser fornecida em valor caracterstico, e no em valor mdio, tornando a norma de projeto e controle compatvel quanto s suas exigncias.A resistncia caracterstica calculado com base na norma pela seguinte formula:

Onde:fpk,2 = x fp(1); fpk,3 = o maior valor entre fpk,1 e fpk,2;fpk,4 = 0,85 fpm; fpk o menor valor entre fpk,3 e fpk,4.sendo:n/2, se n for par; (n1)/2, se n for mpar.Em que:fpk a resistncia caracterstica estimada da amostra, expressa em megapascal;fp(1), fp(2),, fpi so os valores de resistncia compresso individual dos corposde prova da amostra, ordenados crescentemente;fpm a mdia de todos os resultados da amostra;n o nmero de corpos de prova da amostra.

4 CONTROLE DA PRODUO DA ALVENARIA Existem vrias prescries de procedimentos visando qualidade final da obra, alguns so listados na tabela abaixo:Tabela 1: Algumas prescries normativas

Fonte: PARSEKIAN, Guilherme Aris, p.53.Quando forem permitidos apenas ensaios de blocos, a aceitao da resistncia compresso do bloco serve para aceitao da alvenaria tambm. Se houver ensaio de prisma, tal resistncia caracterstica deve ser aceita e prevalece sobre todos os outros ensaios de compresso (bloco, argamassa ou graute). Em todos os casos, os limites da tabela abaixo devem ser atendidos.Variveis de controle geomtrico na produo da alvenaria.

Fonte: PARSEKIAN, Guilherme Aris, p.82.

Em caso de inconformidade, devem ser adotadas as seguintes aes corretivas:- Revisar o projeto para determinar se a estrutura, no todo ou em parte, pode ser considerada aceita, considerando os valores obtidos nos ensaios;- Determinar as restries de uso da estrutura;- Providenciar o projeto de reforo;- Decidir pela demolio parcial ou total.

5 EXECUO DA ALVENARIA ESTRUTURALSegundo Camacho (2006), existem alguns componentes bsicos empregados na execuo de edifcios em alvenaria estrutural, so eles:- Blocos estruturais: o mais usual o bloco de concreto- Argamassa de assentamento: com a funo de solidarizar e unir os blocos, compensar imperfeioes de nvel, prevenir entrada de agua nas edificaes. Algumas caractersticas necessrias so a trabalhabilidade, plasticidade, reteno de agua, aderncia.- Graute: um micro concreto de alta plasticidade, com funo de aumentar a resistncia da parede compresso.- Armadura (ferragem): barras de ao, que so colocadas dentro da regio onde receber o graute.

5.1 FERRAMENTAS E EQUIPAMENTOSO uso de ferramentas e equipamentos adequados tem uma importncia significativa na execuo de qualquer servio, e na alvenaria estrutural no seria diferente. O uso das ferramentas apropriadas acarretam um aumento significativo em termos de produtividade e racionalizao do processo. So eles:- Colher de pedreiro: utilizada para o assentamento dos blocos na primeira fiada e tambm para a retirada do excesso de argamassa depois do assentamento dos blocos (Figura 7). - Meia-cana: Para espalhamento mais rpido na superfcie da alvenaria. (Figura 6)- Fio traante (nylon): utilizado para a locao do eixo.- Esticador de linha: serve para alinhar e nivelar os blocos que sero assentados.- Prumo: utilizado para verificar a planicidade, nvel e prumo, deve ser feito aps o assentamento de cada bloco.- Trena: utilizada para conferencia das medidas.- Funil de graute: utilizado para facilitas o preenchimento de graute dentro dos blocos estruturais.

5.2 ETAPAS DA EXECUO DO SISTEMA O processo dividido basicamente em duas etapas: Marcao e Elevao da alvenaria. 5.2.1 Marcao de 1 FiadaPara das inicio a marcao da primeira fiada necessrio ter em mos o projeto especifico desta etapa. Na planta constam os eixos de locao com as medidas acumuladas a partir da origem, as dimenses internas dos ambientes com medidas sem acabamento, numerao das paredes e duas vistas, indicao dos pontos de graute, medida dos vos de portas.Aps o estudo do projeto e de se ter providenciado os equipamentos e mo de obra necessria, inicia-se a marcao da primeira fiada. Essa fiada a mais importante porque ela ser a referencia para todos os demais pavimentos. (Figura 2)1 Etapa: Com um esquadro ou trena, verifica-se o esquadro e nvel do pavimento atravs das diagonais de um retngulo (3-4-5 ou mltiplos, para maior exatido), com o nvel verifica-se o ponto mais alto do radier (por exemplo) e assenta-se um bloco que ser a referencia de nvel para todos os demais.2 Etapa: Locao dos eixos. Os eixos so locados com o auxilio de um fio de nylon, a partir da planta de primeira fiada.3 Etapa: Assentamento dos blocos estratgicos, normalmente os cantos dos ambientes, para a determinao da amarrao. (Figura 1)4 Etapa: Umedecimento da superfcie. A rea onde recebera a argamassa deve ser molhada.5 Etapa: Assentamento dos blocos de primeira fiada. indicado iniciar pelos cantos para a definio dos nveis das fiadas.

Figura 1 Amarrao em cantos Figura 2 Marcao de 1 Fiada

Verificao que deve ser feita durante a etapa de marcao:- Locao e conferencia dos vos de porta, 8 cm maior do que a porta acabada;- Checagem dos pontos a serem grauteados, verificar se esta sendo usado e colocado corretamente os blocos cortados com a janela de inspeo nesses pontos;- Posicionamento dos conduites eltricos;- Verificao geral das cotas.

5.2.2 Elevao da AlvenariaConcluda a marcao da primeira fiada, segue para a execuo das demais fiadas (Figura 8). So utilizados os projetos de paginao de paredes, com o detalhamento das aberturas, vergas e contra vergas. Algumas caractersticas devem ser garantidas constantemente durante a execuo das paredes:- Prumo;- Nvel;- Alinhamento;- Planicidade.Para aumentar a produtividade e manter a qualidade do servio, ele deve apresentar:- Uso obrigatorio do projeto para compatibilizao das informaoes de instalaoes;- Assentamento sob base nivelada;- As contravergas devem ser armadas, ultrapassando 30cm a lateral do vo;- As vegas de portas e janelas devem ser armadadas e ultrapassar 10 cm a lateral do vo;- A uniao entre paredes estruturais deve ser feita por amarrao de blocos. O uso de grampos no muito recomendado, por ser de dificil controle na obra;As amarraoes sempre so feitas em forma de escadinha. (Figura 1 e Figura 3)

Figura 3 Paginao e pontos de graute

Figura 4 Vergas e Contravergas

5.2.3 Processo de GrauteamentoComo j foi dito anteriormente, o graute um micro concreto de alta plasticidade. recomendado que o processo de grauteamento seja realizado em duas etapas, a primeira na altura da sexta ou stima fiada, e posteriormente na altura da ultima fiada, esse procedimento diminui consideravelmente a ocorrncia de vazios dentro dos blocos.(Figura 3)

Procedimento:- Limpar bem a base atravs da janela de inspeo na primeira fiada;- Amarrar a armadura vertical de espera;- Molhar o interior com um balde de agua, para melhor aderncia do graute ao bloco;- Retirar o excesso de agua pela janela de inspeo;- Fechar a janela de inspeo com um madeirite e lanar o graute com o auxilio de um funil para facilitar e evitar desperdcio.Deve-se ter o cuidado com a limpeza das clulas dos pilaretes a serem grauteados, comum que fiquem com excesso de massa do momento do assentamento dos blocos e isso pode prejudicar o grauteamento, gerando obstrues passagem do graute.5.2.4 Elementos pr-moldadosA escada um elemento que pode gerar problemas na execuo da estrutura, por necessitar materiais e profissionais especializados para executa-la. As escadas pr-moldadas (Figura 5) surgem ento como uma alternativa interessante, pois dispensam revestimento e acabam com a possibilidade de erros e imprecises das escadas moldadas in loco.

Figura 5 Escadas Pr-moldadas Figura 6 Utilizao da meia cana Figura 7 Colher de pedreiro Figura 8 Execuo da alvenaria

Figura 9 Construo em alvenaria

6 CONCLUSO

Com esse trabalho foi possvel concluir que o controle e a execuo deve andar lado a lado para garantir a qualidade do empreendimento. Todas as etapas da modulao da primeira fiada e paginao das paredes estruturais. possvel de concluir, tambm, que um controle rigoroso da argamassa e do graute, assim como a verificao no recebimento de cada material evita retrabalhos, mantem a qualidade e previne gastos.

REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

KALIL, Slvia Maria Baptista. Alvenaria Estrutural. Porto Alegre: PUCRS, [s.n].

KALIL, Slvia Baptista; LEGGERINI, Maria Regina. Estruturas Mistas-ConcretoArmado X Alvenaria Estrutural. Curso de Graduao. Pontifcia Universidade Catlica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, 2002.

PARSEKIAN, Guilherme Aris. Parmetros de Projeto de Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto. So Carlos: Ed. UFSCar, 2012.

CAMACHO, J.D. Projetos de alvenaria estrutural. Ilha Solteira SP: Universidade Estadual Paulista Julio Mesquita Filho, 2006.

AMORIM, Lucas Freitas. Estudo do processo de planejamento da execuo no sistema de alvenaria estrutural em obras de mltiplo pavimentos. Porto Alegre RS: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2010.

Figuras 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 retiradas de acervo pessoal.