Toxicologia Do Chumbo
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TOXICOLOGIA DO CHUMBORubens de Oliveira Santos - abril/2010
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Introdução Onipresente
Ocorrência natural Uso industrial
Utilização há mais de 4.000 anos Era subproduto da mineração de prata –
galena (PbS) Romanos – confecção de canos para
transporte de água Diferentes exposições no decorrer dos tempos:
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Introdução Neolítico: 1,0 Idade do ferro: 3,5 Império romano: 7,0 Idade média: 13,0 Séculos XVIII a XIX: 10.0 Atual: 4,0
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Fontes de exposição Alimentos produzidos em regiões
industrializadas A concentração diminui com o afastamento Absorção pelas raízes e absorção de poeira
pelas folhas Bioacumulação por organismos aquáticos Preparação industrial ou doméstica (uso de
cerâmicas, chumbo cristal ou metálicos) Bebidas Leite
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Fontes de exposição Pigmento de tintas Chumbo tetraetila Baterias/acumuladores Aterros sanitários
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Absorção Oral
10% em adultos 40% em crianças Mecanismo de absorção desconhecido
Mesmo que o cálcio ? Via respiratória
Absorção de 90% das partículas inaladas
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Distribuição Logo após a absorção:
97-99% do metal inalado liga-se à Hb 1 a 3% fica disponível para os tecidos Distribui inicialmente para tecidos moles: rins e
fígado Redistribuição óssea Por fim, 95% deposita no tecido ósseo
Semelhante ao cálcio, formando fosfato de chumbo terciário
Prepondera em ossos chatos e epífises Afetado pelos mesmos fatores do cálcio
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Eliminação Excreção limitada especialmente renal
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Intoxicação aguda Forma de intoxicação rara Ingestão de material dissolvido em soluções
ácidas Inalação de quantidades excessivas de vapores Adstringência na boca, sede e gosto metálico Segue-se náuseas, dores abdominais e vômitos
(leitoso) Fezes negras – sulfeto de chumbo
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Intoxicação aguda Diarréia ou prisão de ventre Choque por perda de líquido (ingestão de
altas quantidades) SNC:
Parestesia Fraqueza e dor muscular
Crises hemolíticas agudas Oligúria Óbito em 1-2 dias
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Intoxicação crônica Conforme a sintomatologia:
Gastrintestinal Neuromusculares SNC Hematológicos Renais Outros
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Intoxicação crônica
Gastrintestinal Efeito direto na musculatura lisa Síndrome abdominal:
Inicia com sintomas vagos: Anorexia Desconforto muscular Cefaléia Mal-estar
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Intoxicação crônica
Gastrintestinal Sabor metálico persistente Prisão de ventre Espasmo intestinal – fortíssimas dores
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Intoxicação crônica
Neuromuscular “Paralisia do chumbo” Fraqueza e fadiga muscular após atividades
leves Queda do punho e queda do pé Sem alteração na sensibilidade Alterações degenerativas dos neurônios
motores
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Intoxicação crônica
SNC “Encefalopatia do chumbo” Mais frequente em crianças Perda da destreza, vertigem, ataxia, quedas,
cefaléia, agitação e irritabilidade Excitação ou confusão Delírio, convulsões tônico-clônicas Letargia e coma Morte
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Intoxicação crônica
Efeitos hematológicos Aparecimento de pontilhados basófilos quando
os níveis sanguíneos aproximarem de 80 ug/dL Inibição da piridina-5'-necleotidase Anemia hipo/micro Inibição de enzimas que fazem a síntese do
grupo heme Ferroquelase → aumento da protoporfirina →
complexação com zinco → zinco-protoporfirina
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Intoxicação crônica
Efeitos hematológicos Aumento do ácido delta-aminolevulínico Aumento da coproporfirina III Os efeitos hematológicos são biomarcadores
da intoxicação por chumbo
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Intoxicação crônica
Efeitos renais Nefrotoxicidade
Reversível (crianças) Nefropatia intersticial irreversível (exposição
industrial prolongada) Proteinúria, hematúria e cilindrúria Confirmação no histopatológico
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Diagnóstico Sugestões do grupo Debate mais detalhado na aula de
monitoração biológica
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Tratamento Medidas de sustentação Terapia quelante
Edetato dissódico de cálcio Penicilamida Succímero Dimercaprol
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Referências GILMAN, G.A. AS BASES
FARMACOLÓGICAS DA TERAPÊUTICA 10 ed. cap.67