TOMÉ, O APOSTOLO DA CORAGEM -...
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Lio 10- Tom, o apstolo incrduloTexto Bsico: Joo 20.19-31
O nome de Tom ocorre nas listas de apstolos descritas no Novo Testamento.
Nos trs primeiros evangelhos, colocado ao lado de Mateus (Mt 10.3; Mc
3.18; Lc 6.15), enquanto no livro de Atos est prximo de Filipe (At 1.13). O seu
nome, em hebraico, significa gmeo. No evangelho de Joo, seu nome
referido como sendo Ddimo (Jo 11.16; 20.24; 21.20), que no grego significa
precisamente gmeo.
TOM, O APOSTOLO DA CORAGEMJoo, em seu evangelho, particularmente apresenta algumas informaes que
reproduzem algumas caractersticas significativas de sua personalidade. A primeira refere-se exortao que ele fez aos outros apstolos, quando Jesus,
num momento crtico da sua vida, decidiu ir a Betnia para ressuscitar Lzaro,
aproximando-se, assim, perigosamente de Jerusalm (Mc 10.32). Naquela
ocasio, Tom disse aos seus colegas-discpulos: Vamos ns tambm para
morrermos com ele (Jo 11.16). Essa sua determinao em seguir o Mestre
singular e exemplar e nos oferece uma preciosa lio: revela a disponibilidade
completa para seguir a Jesus, at identificar o prprio destino com o dele e
compartilhar com o Senhor a prova suprema da morte. O mais importante
nunca se separar de Jesus. O discpulo deve estar onde est o seu mestre. O
apstolo Paulo escreveu aos cristos da cidade Corinto: Vs estais em nosso
corao para morte e para a vida (2Co 7.3).
TOM, O APSTOLO DA DVIDAA segunda informao apresentada por Joo est diretamente relacionada
ltima ceia. Naquela ocasio, Jesus, em conversa ntima com seus discpulos,
est predizendo a sua partida inevitvel e anuncia que vai preparar um lugar
para seus discpulos, para que eles estejam onde Ele estiver, e esclarece:
Para onde eu vou, vs conheceis o caminho (Jo 14.4). exatamente Tom
que afoitamente diz: Senhor, ns no sabemos para onde vais, como
podemos ns saber o caminho? (Jo 14.5). Na realidade, com essa expresso,
ele se coloca em um nvel de compreenso bastante simples. Mas as suas
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palavras proporcionam a Jesus a ocasio para pronunciar a clebre definio:
Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida.... (Jo 14.6). Portanto, Tom o
primeiro a quem feita essa revelao, mas ela vale para todos ns e para
todos os tempos. E todas as vezes que ouvimos ou lemos essas palavras,
podemos colocar-nos com o pensamento ao lado de Tom e imaginar que o
Senhor fala tambm conosco, como falou a ele.
Da mesma forma como Tom foi tomado de dvidas, ns, tambm, muitas
vezes precisamos pedir ajuda ao Senhor. Com frequncia no compreendemos
a sua maneira de agir e precisamos clamar: Senhor, escuta-me, ajuda-me a
compreender. Dessa forma, com essa autenticidade que devemos orar ao
Senhor, exprimindo a nossa limitao e incapacidade de compreender a sua
mensagem. Mas devemos nos colocar em atitude de confiana como quem
espera fora e coragem de quem capaz de do-las.
TOM, O APSTOLO INCRDULO muito conhecida a cena de Tom revelando a sua incredulidade. E isto
aconteceu oito dias aps a Pscoa. Num primeiro momento, ele no acreditou
que Jesus aparecera durante a sua ausncia, e disse: Se eu no vir a marca
dos cravos em suas mos, e no colocar o meu dedo ali e no puser a minha
mo no seu lado, no acreditarei (Jo 20.25). Essas palavras so indicadoras
de que Jesus reconhecvel tanto pela sua voz, mas tambm pelas cicatrizes
deixadas por nossos pecados em seu santo corpo. Tom imaginava que os
sinais qualificadores da identidade de Jesus fossem sobretudo as marcas, nas
quais se revela at que ponto Ele nos amou. E nisso o apstolo no se
enganou. Os evangelhos nos informam que oito dias depois, Jesus apareceu
no meio dos seus discpulos e, desta vez, Tom estava presente. Jesus o
interpela dizendo: Pe aqui o teu dedo e v as minhas mos! Estende a tua
mo e pe no meu lado e no sejas incrdulo, mas crente (Jo 20.27). Tom
reage com a profisso de f mais surpreendente de todo o Novo Testamento:
Meu Senhor e meu Deus! (Jo 20.28). Santo Agostinho comentou: Tom via e
tocava o homem, mas confessava a sua f em Deus, que no via e nem
tocava. Mas o que via e tocava levava-o a crer naquilo do qual, at aquele
momento, tinha duvidado.
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TOM, UM APSTOLO DECIDIDOJoo ainda descreve a cena, registrando uma ltima palavra de Jesus: Porque
me viste, acreditaste. Bem-aventurados os que, sem terem visto, creram (Jo
20.29). Naquele momento, Jesus estava emitindo um princpio fundamental
para os cristos que viriam depois de Tom, portanto, para todos ns. Merece
muito mais quem cr sem ver, do que quem cr porque v.
A carta aos Hebreus, citando os antigos patriarcas bblicos, que acreditaram
em Deus sem ver o cumprimento das suas promessas, define a f como
fundamento das coisas esperadas e comprovao daquelas que no vemos
(11.1). O exemplo de Tom importante para ns, por pelo menos trs razes:
1) porque nos conforta em nossas incertezas; 2) porque nos demonstra que
qualquer dvida pode levar a um xito feliz alm de qualquer incerteza; e 3)
porque as palavras dirigidas a ele por Jesus nos ensinam o verdadeiro sentido
da f madura e nos encorajam a prosseguir, apesar das dificuldades, em nosso
caminho em direo a Ele.
O evangelho de Joo faz uma ltima observao: Tom apresentado como
testemunha do ressuscitado aps a pesca milagrosa no lago de Tiberades (Jo
21.2). Nessa ocasio ele mencionado logo depois de Simo Pedro: Sinal
evidente da grande importncia que desfrutava no meio das comunidades
crists.
Historiadores do primeiro sculo escreveram que Tom evangelizou primeiro a
Sria e a Prsia (Orgenes, citado por Eusbio de Cesareia), depois, foi at a
ndia Ocidental de onde, enfim, alcanou a ndia Meridional. Nessa viso
missionria, aprendamos com Tom a fortalecer cada vez mais a nossa f em
Jesus Cristo, nosso Senhor e nosso Deus.
TOM, UM APSTOLO TRANSFORMADO A f no um mero sentimento, mas, sobretudo, uma convico. Esta mesma
f, que a mo estendida da alma humana, vem de fora, dom de Deus. O
homem no a produz por si mesmo. Deus quem a concede a ele. O esprito
do homem encontra o Deus vivo, revelado em Cristo, reconhecendo, com
admirao infinita o amor santo que o tem buscado desde a fundao do
mundo, e que avana ao seu encontro, e o homem se rende a este amor
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grande e incansvel, sem restries, sem reservas, sem dvidas, mas com
uma atitude deliberada, veemente e eterna.
Cristo ressuscitou. Ele apareceu aos apstolos. Apareceu a Tom em especial.
H muitas evidncias desse encontro. A religio crist fundamentada no
senhorio de Cristo ressuscitado. Assim sendo, nossa escolha uma deciso de
f. O ponto vital da nossa existncia f, a maior escolha. Ela produz alegria
intensa, mesmo diante do medo, do terror e da morte.
O filho de Deus, o ressurreto, Senhor Vivo, est diante de ns de mos
estendidas mostrando as feridas e dizendo: Pe aqui o teu dedo e v as
minhas mos; chega tambm a tua mo e pe-na no meu lado; no sejas
incrdulo, mas crente. Bem aventurados os que no viram e creram! (Jo
20.27-29).
PARA PENSAR E AGIR1. Tom era impaciente e questionador. Jesus o amou mesmo assim.
2. Tom era um apstolo repleto de dvidas. Jesus o manteve, ainda
assim.
3. Tom era um apstolo cuja f baseava-se em evidncias fsicas. Jesus o
curou mesmo assim. Voc tambm pode ser curado da impacincia e
descrena.
LEITURAS DIRIAS:segunda-feira: Joo 14.1-4
tera-feira: Joo 20.24-29
quarta-feira: Hebreus 11.1-6
quinta-feira: Joo 20.19-23
sexta-feira: Atos 1.4-11
sbado: Atos 2.1-13
domingo: Atos 2.42-47