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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO EEL ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA TIEMI KAWABATA ANDRADE Otimização de layout visando aumento de capacidade produtiva utilizando conceitos de Lean Manufacturing Lorena SP 2013

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

EEL – ESCOLA DE ENGENHARIA DE LORENA

TIEMI KAWABATA ANDRADE

Otimização de layout visando aumento de capacidade produtiva utilizando conceitos de Lean

Manufacturing

Lorena – SP

2013

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TIEMI KAWABATA ANDRADE

Otimização de layout visando aumento de capacidade produtiva utilizando conceitos de Lean

Manufacturing

Trabalho de conclusão de curso apresentado junto ao

departamento de Engenharia Química da Escola de

Engenharia de Lorena como parte dos requisitos para

obtenção do título de Engenheira Química.

Orientador: Prof. Dr. Félix Monteiro Pereira

Lorena – SP

2013

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DEDICATÓRIA

À minha família que com seus sábios e,

muitas vezes, errôneos conselhos me

ajudaram a alcançar o objetivo principal da

minha vida.

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Epígrafe

“Dar menos que seu melhor é

sacrificar o dom que você recebeu”

Steve Prefontaine

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Agradecimentos

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus pela oportunidade de viver cada

dia uma experiência inovadora.

À minha família: minha mãe, Ivone, pelo suporte em todos os momentos

difíceis, pela confiança e por todo amor e carinho dedicados a mim em todos esses

anos, meu pai, Vander, que do seu jeito soube me ensinar sobre determinação e me

deu condições de chegar até aqui, a minha irmã, Tauane, por todas as broncas,

preocupações, carinho e discursos sobre a minha aposentadoria, minha avó, Ivete,

por toda a dedicação e cuidado durante minha infância, pelo amor imensurável que

me dedicou, pelos ensinamentos sobre a família, e por todos os tapinhas educativos

e aos demais familiares, tios e tias, pelo suporte por toda essa longa jornada que foi

a conclusão do curso de Engenharia. Amo vocês de todo coração!

À minha família fora de casa, as Zerólas, é muito difícil dividir o espaço com

uma irmã, mas vocês me ensinaram a dividir não somente meu espaço, mas também

a minha vida, com pessoas que eram completas desconhecidas, mas que me

acolheram como uma irmã caçula. Ensinaram-me a convivência, muitas vezes as

duras penas, mas não teria alcançado meu objetivo se não pudesse contar com

vocês.

Aos meus amigos: Clarissa, Marco Antonio, Vinicius, Arthur, Juliana, Cynthia,

Luana, Bruno, George, Ricardo, Karol, Fernanda, Wojtyla, toda a República do Pavio,

República Pinguim e todos os outros que eu possa ter esquecido de mencionar, meu

muito obrigada, pela amizade oferecida durante esses longos anos, pela paciência,

pela dedicação, pelo ombro nos momentos tristes e pelas risadas nos momentos de

alegria, minha vida não seria a mesma sem vocês.

Aos amigos de estágio que me ensinaram muito, tanto profissionalmente

como pessoalmente. Em especial à Natália, a Ane e ao Thales que me aceitaram em

seu time, ensinando-me com sabedoria e paciência.

E finalmente ao meu orientador, que aceitou essa orientação e pacientemente

respondeu as minhas mensagens.

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RESUMO

Andrade, T. K. Otimização de layout para aumento de capacidade produtiva

utilizando conceitos de Lean Manufacturing. 2013. 52f. Trabalho de conclusão de

curso (Graduação) – Escola de Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo,

Lorena, 2012.

Layout é a disposição física de equipamento e pessoas em uma área produtiva. A

disposição errônea dos equipamentos pode acarretar em demora na entrega de

produtos, fluxo de produção longo e confuso, trazendo insatisfação de clientes. Um

bom arranjo físico garante tempo de parada de equipamento menor, maior

produtividade, maior conforto para operação e produção dentro do planejado. Neste

trabalho, foi estudado a otimização do layout de uma área de embalagem em uma

indústria química, com enfoque no aumento de capacidade produtiva. Para tal

estudo, foram utilizados conceitos de Lean Manufacturing para garantir a qualidade e

integridade do produto final. Foi abordada também a metodologia Just-in-time com a

finalidade de atender a demanda de produto. No presente trabalho realizou-se uma

otimização do layout da área de embalagem minimizando o impacto no processo,

com a redução de tempos mortos (downtime) e menor interferência do operador no

equipamento.

Palavras chave: Layout, aumento de capacidade, Lean Manufacturing, Just-in-time

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ABSTRACT

Andrade, T. K.; Layout optimization for production capacity increase using

Lean Manufacturing concepts. 2013. 52f. Monograph (Graduation) – Escola de

Engenharia de Lorena, Universidade de São Paulo, Lorena, 2013.

Layout is the physical arrangement of equipment and people in a productive area.

The erroneous provision of equipment may result in delivery delays of products, long

and confusing production flow, bringing customer dissatisfaction. A good physical

arrangement ensures low equipment downtime, higher productivity, greater comfort

for operation and production on schedule. In this project, was studied layout optimization

of a packaging area in a chemical industry with a focus on increasing production

capacity. For this study, the concepts of lean manufacturing were used in order to

ensure the quality and integrity of the final product. It was also discussed the

methodology Just-in-time in order to meet the demand of product. The present paper

is a layout optimization of the packaging area while minimizing the impact on the

process, reducing dead time (downtime) and less interference to the equipment

operator.

Keywords: Layout, increasing production capacity, Lean Manufacturing, Just-in-time

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LISTA DE FIGURAS

Figura 2.1 – Esquema de sistema de produção

Figura 2.2 – Relação tipo de operação x volume de produto x tipo de layout

Figura 2.3 – Exemplo de um arranjo físico por processo.

Figura 2.4 – Aplicação de um arranjo físico por processo em uma indústria têxtil

Figura 2.5 - Exemplo de um arranjo físico por produto.

Figura 2.6 - Aplicação de um arranjo físico por produto em uma indústria de

eletrônicos.

Figura 2.7 - Exemplo de um arranjo físico celular.

Figura 2.8 – Aplicação de um arranjo físico celular em uma indústria.

Figura 2.9 - Aplicação de um arranjo físico posicional em uma indústria aeronáutica

Figura 2.10 - Aplicação de um arranjo físico posicional

Figura 2.11 – Benefícios do Lean Manufacturing

Figura 2.12 – Esquema de produção puxada

Figura 2.13 – Ciclo PDCA

Figura 3.1 – Fluxograma da área de embalagem antes da implementação do projeto

Figura 3.2 – Fluxograma da área de embalagem após implementação do projeto.

Figura 4.1 – Fluxograma para projetos do arranjo físico

Figura 4.2 – Layout da área de embalagem antes do projeto

Figura 4.3 – Layout da área de embalagem após o projeto

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Figura 4.4 – Esteira de Interligação entre as linhas 1 e 2 .

Figura 4.5 – Esteira de interligação vista de ângulo diferente

Figura 4.6 – Distribuição de pessoas na área antes do projeto

Figura 4.7 – Distribuição de pessoas na área após o projeto

Figura 4.8 – Gráfico da comparação da produção mensal

Figura 4.9 – Porcentagem do aumento da capacidade.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 4.1 – Produção proporcional da área de embalagem Setembro de 2011 a

Janeiro de 2012

Tabela 4.2 – Produção proporcional da área de embalagem Setembro de 2012 a

Janeiro de 2013

Tabela 4.3 – Comparação entre as produções proporcionais da área de embalagem

Setembro a Janeiro

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LISTA DE ABREVIATURAS

GPO Gestão da Produção e Operações

JIT Just-in-time

PE Produção Enxuta

TPS Toyota Production System

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO………………………………………..…………………………...12

1.1 Apresentação do problema………………….…………………………....12

1.2 Motivação………………………………………..……………………………12

1.3 Objetivo…………………………………………….…………………………13

1.4 Justificativa…………………………………….…………………………….13

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA………………………….……………………...14

2.1 Gestão da Produção e Operações..........................................................14

2.2 Arranjo Físico...........................................................................................16

2.2.1 Layout por processo..................................................................18

2.2.2 Layout por produto………………………………………………..20

2.2.3 Layout celular.................……………......……………………….22

2.2.4 Layout posicional.......................................................................23

2.3 Lean Manufacturing.................................................................................25

2.3.1 Operações enxutas....................................................................26

2.3.2 Just-in-time.................................................................................27

2.3.3 Produção puxada.......................................................................27

2.4 PDCA.........................................................................................................28

2.5 Parada de função de processo...............................................................30

3. METODOLOGIA…………………………………….....…………………………31

3.1 Processo escolhido.................................................................................31

3.2 Detalhes do processo..............................................................................31

3.3 Metodologia escolhida.............................................................................34

3.4 Cronograma proposto.............................................................................34

4. RESULTADOS………………………………………….....………………………36

4.1 Planejar (Plan)..........................................................................................36

4.2 Executar (Do)............................................................................................38

4.3 Verificar (Check).......................................................................................42

4.3.1 Layout de pessoas e equipamentos.........................................42

4.3.2 Efeitos na produção...................................................................45

4.4 Agir (Act)...................................................................................................48

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5. CONCLUSÃO....................................................................................................50

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS………………………………......……………..51

APENDICE A – Layout anterior ao projeto........................................................53

APENDICE B – Layout posterior ao projeto......................................................54

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1. INTRODUÇÃO

Em busca de maior volume e rapidez na entrega de produto, em uma planta

de agroquímicos, foi necessária a revisão do layout da área de embalagem da

mesma. Com isso, foi sugerida a otimização do layout da área utilizando conceitos

de Lean Manufacturing para alcançar o objetivo.

1.1 Apresentação do problema

O Brasil passa por um ótimo momento na área agrícola. Entretanto, existem

pragas que prejudicam as plantações e para combatê-las existem os herbicidas.

Devido ao aumento de produção nas lavouras, as indústrias químicas produtoras de

defensivos agrícolas necessitam aumentar sua produção para suprir o mercado.

Desta forma, o presente trabalho apresenta uma otimização de layout da área de

embalagem de uma unidade fabril.

Ao longo do trabalho, são discutidas diferentes formas de Gestão da Produção

com enfoque em melhoria contínua de aumento de capacidade e qualidade.

Após as argumentações com bases teóricas, serão discutidas as mudanças

ocorridas na área em questão da unidade fabril, bem como os resultados obtidos,

dentro de um período de seis meses, após as implementações propostas no

presente trabalho.

1.2 Motivação

Desde sua criação, a indústria química vem acompanhando os avanços

tecnológicos objetivando uma maior capacidade produtiva, bem como um melhor

aproveitamento de suas matérias-prima. Ao longo dos anos, as unidades fabris

investiram em automatização e melhoramentos de processos para facilitar as

operações exercidas em campo, melhorando o tempo de resposta ao equipamento,

elevar a qualidade do produto e entregar o mesmo de acordo com sua demanda.

Seguindo essa linha lógica, um ponto importante para facilidade de operação e

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entrega do produto final é a gestão da produção e mais aprofundado nesse tema a

disposição dos equipamentos (layout) nas áreas de processo.

O layout de uma área afeta diretamente o controle de fluxo de processo e o

tempo de espera pelo produto. Um bom layout consegue atender a demanda de

produto sem causar grande impacto no processo de produção e sem fila de clientes.

Visando essas melhorias, o trabalho abrange a otimização do layout de forma a

facilitar o fluxo e diminuir os tempos mortos do processo.

1.3 Objetivo

O objetivo deste trabalho foi estudar, avaliar a disposição dos equipamentos

(layout) e implementar uma modificação em uma área de embalagem. Essa

alteração no layout da área visa aumentar a capacidade produtiva por redução dos

tempos mortos gerados pelas paradas das linhas da área (downtime) e aumento da

quantidade de produto embalado. Para atingir tal objetivo, foram utilizados os

princípios e conceitos do Sistema Toyota de Produção ou Produção Enxuta e Gestão

da Produção

1.4 Justificativa

O aumento da demanda de um determinado produto de uma indústria

química, localizada na região do Vale do Paraíba, tornou necessária a adaptação das

áreas existentes da planta. Uma das áreas que necessitavam de mudanças é a área

de embalagem que será abordada ao longo do presente trabalho.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

A fundamentação teórica visou rever alguns conceitos sobre gestão da produção.

Esses conceitos trouxeram algumas definições importantes para o andamento do

trabalho como: o que é arranjo físico, quais tipos clássicos de arranjo físico e a

metodologia Lean Manufacturing.

2.1 GESTÃO DA PRODUÇÃO E OPERAÇÕES

De acordo com a literatura, é impossível rastrear quando foi o início da

preocupação em gerir operações, pois estas sempre existiram. Entretanto, é muito

provável que a origem tenha se dado durante as grandes construções na

Antiguidade, como exemplo pode-se citar as Pirâmides do Egito e a Muralha da

China, pois construções dessa magnitude requerem coordenação e esforços.

(CORRÊA e CORRÊA, 2012)

Corrêa e Corrêa (2012) atribuem ao inicio do século XIX a origem do que se

tornaria gerenciamento de produção e operação. A partir desse momento até os dias

atuais, a gestão da produção e operações (GPO) passou por diversos momentos de

evolução e estagnação até chegar ao conceito que se tem hoje.

Gestão da produção e operações é o gerenciamento estratégico de recursos

escassos, da interação desses recursos entre si e dos processos. Esse

gerenciamento visa atender a demanda do produto de acordo com a necessidade do

cliente, procurando obter o menor tempo de processamento, com alta qualidade do

produto e menor custo. Além disso, a gestão da produção procura compatibilizar o

uso desses recursos sejam eles matéria-prima ou disponibilidade de equipamentos

de acordo com as necessidades da produção. (CORRÊA e CORRÊA, 2012)

As áreas produtivas são consideradas as centrais das organizações, uma vez

que é a produção que irá alcançar o objetivo principal da empresa. Entende-se por

produção toda a etapa necessária para a transformação dos recursos de entrada em

produtos, entre elas estão: a armazenagem do produto e/ou matéria-prima,

movimentação na área produtiva, aluguel, entre outros. (OLIVEIRA, 2011)

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A GPO é o gerenciamento de recursos materiais e humanos destinados a

produção e disponibilização de bens e/ou operações de um sistema. É este

gerenciamento do conjunto de atividades e operações que irá promover a

transformação dos recursos em produtos. Além disso, a GPO está interligada com os

sistemas de produção que podem ser classificadas em categorias de acordo com as

técnicas de planejamento e controle e que irão afetar diretamente as decisões dos

gestores. A figura a seguir esquematiza um sistema de produção. (OLIVEIRA, 2011)

Figura 2.1 – Esquema de sistema de produção (Fonte: OLIVEIRA, 2011)

Como é possível observar, um sistema de produção consiste em entrada,

processamento e saída. A entrada consiste em materiais que sofrerão

transformações, informações e consumidores. Na etapa de processamento, é

englobado o projeto, as melhorias, o planejamento e o controle do processo. Esta

etapa segue ao encontro dos objetivos, estratégias e posição competitiva da

organização. Na saída, têm-se os resultados esperados, sejam eles na forma de

produto, informação ou serviço. (OLIVEIRA, 2011)

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A seguir serão discutidas algumas definições e filosofias que auxiliam na

GPO.

2.2 Arranjo físico

Em uma instalação de serviço, uma das principais preocupações gerenciais está

na disposição dos equipamentos e operadores em uma área produtiva. De acordo

com Slack; Chambers e Johnston (2009), o arranjo físico ou layout, de uma unidade

produtiva diz respeito ao posicionamento físico dos seus recursos transformadores.

Os autores ainda afirmam que se algo estiver fora do padrão, pode gerar fluxos

longos e confusos, estoque de materiais, filas de clientes, tempos de processamento

longos, operações inflexíveis e alto custo.

O layout de uma instalação visa minimizar o custo do processamento ao longo do

sistema de produção, portanto, é de interesse da indústria realizar mudanças na área

produtiva de acordo com as novas tecnologias de mercado, entretanto, é comum que

os gerentes de operação relutem em fazer mudanças no layout, pois essa seria uma

decisão difícil e cara, portanto, é necessário realizar uma avaliação extensiva dos

objetivos que se pretende alcançar, no caso de um projeto de mudança de layout.

(GAITHER; FRAIZER, 2002).

Ao iniciar um projeto envolvendo o layout de uma área produtiva é importante

ressaltar que as decisões em cima da disposição de equipamentos e pessoas na

área devem ser reavaliadas ou refeitas quando: (CORRÊA e CORRÊA, 2012)

um novo recurso que ocupa espaço na área operacional é acrescentado,

retirado ou decidiu-se pela modificação da posição;

há expansão ou redução no espaço físico;

ocorre uma mudança significativa nos procedimentos ou nos fluxos de

processos;

ocorre uma mudança na estratégia competitiva da operação;

ocorre uma mudança na proporção de produtos diferentes formulados pela

empresa.

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Um bom projeto de layout deve afetar minimamente os níveis de eficiência e

eficácia das operações, isto é, o projeto deve focar tanto em eliminar atividades que

não agregam valor e enfatizar atividades que agreguem, como por exemplo:

(CORREA e CORREA, 2012)

utilizar o espaço físico eficientemente;

minimizar os custos;

facilitar a comunicação entre as pessoas;

facilitar a entrada, saída e movimentação de materiais e pessoas;

utilizar eficientemente a mão-de-obra;

reduzir os tempos de processamentos de produto;

facilitar na manutenção dos recursos transformadores

outros.

Ressaltando que o objetivo primordial das decisões voltadas para arranjo

físico é apoiar a estratégia competitiva da operação. (CORRÊA e CORRÊA, 2012)

Após realizar a análise crítica e avaliação das questões acima citadas para a

implementação de um projeto de otimização ou adaptação de layout, é importante

considerar alguns fatores relevantes que fazem um bom arranjo físico, como por

exemplo, segurança, é importante que todos os riscos relacionados à mudança que o

projeto irá trazer sejam estudados; extensão do fluxo, o fluxo de materiais deve estar

alinhado com o objetivo principal que é atender a operação; clareza de fluxo, os

fluxos de materiais e clientes devem ser altamente sinalizados; conforto para os

funcionários, o ambiente deve ser favorável ao bem-estar do funcionário; entre

outros. (SLACK; CHAMBERS e JOHNSTON, 2009)

Feitas as análises e considerações iniciais sobre uma otimização de layout, é

necessário classificar a área que sofrerá as modificações dentro de um dos quatros

tipos clássicos de layout que serão discutidos posteriormente:

Layout por processo;

Layout por produto;

Layout celular;

Layout posicional.

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Esses quatro tipos de layout levam em consideração o tipo de operação. As

operações podem ser classificadas em duas categorias: (OLIVEIRA, 2011)

Produção intermitente: é caracterizada pelo volume baixo, fluxo de

materiais intermitentes, variedade alta, máquinas universais e emprego

intensivo de mão-de-obra;

Produção contínua: é caracterizada por baixa variedade, volume alto,

fluxos de materiais contínuos, máquinas especiais e necessidade de

investimento de capital.

Com isso, a figura 2.2 mostra a relação entre o tipo de operação que a unidade

produtiva exerce, o volume de produto necessário e o tipo de layout no qual ela é

classificada. (OLIVEIRA, 2011)

Figura 2.2 – Relação tipo de operação x volume de produto x tipo de layout (Fonte:

OLIVEIRA, 2011)

2.2.1 Layout por processo

Consiste em agrupar recursos transformadores com função ou processo

similar. Neste tipo de arranjo físico, os recursos transformadores dominam o

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espaço, fazendo com que o recurso transformado (produto) percorra diferentes

trajetos através da operação (ex.: loja de departamento que é organizada por

esse tipo de layout, separa seus departamentos de acordo com setores “roupas

femininas”, “calçados”, “roupas infantis”). Em uma unidade fabril, este tipo de

arranjo agrupa os equipamentos, os tornos permanecem na “tornearia”, as

furadeiras permanecem no “setor de furação". Este tipo de arranjo físico

consegue lidar com diferentes tipos de fluxo, tornando-o bastante flexível,

entretanto, se o fluxo intensificar-se, eles podem acabar se cruzando em algum

momento, fazendo com que esse tipo de arranjo se torne complexo, o que pode

acarretar em ineficiência e aumento no tempo de atravessamento dos fluxos.

(CORRÊ e CORRÊA, 2012)

Com a finalidade de garantir a eficiência deste tipo de arranjo físico, a opção

de trabalhar com um layout funcional têm o desafio de arranjar a posição relativa

das áreas de cada setor, aproximando aqueles que apresentam um fluxo mais

intenso, minimizando, ou até mesmo erradicando, deslocamentos

desnecessários. As figuras abaixo exemplificam um arranjo físico por processo.

(CORRÊA e CORRÊA, 2012)

Figura 2.3 – Exemplo de um arranjo físico por processo.

(Fonte: PINTO, M e NOBREGA, M. Arranjo Físico – Layout)

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Figura 2.4 – Aplicação de um arranjo físico por processo em uma indústria

têxtil.

Todo procedimento apresenta vantagem e desvantagem, portanto, todo tipo

de arranjo físico também os apresenta. No arranjo físico por processo, as vantagens

em destaque estão relacionadas à facilidade de supervisão das instalações bem

como dos equipamentos, o baixo impacto no processo quando há interrupções no

mesmo e a flexibilidade de mix de produto. Já as desvantagens desse tipo de arranjo

físico estão relacionadas a alto estoque em processo, fila de clientes, o fluxo de

operações do processo é de difícil controle e os recursos transformadores são pouco

utilizados. (CORRÊA e CORRÊA, 2012)

2.2.2 Layout por produto

Este tipo de layout está relacionado a posição das etapas que agregam valor,

para implantar esse tipo de arranjo é necessário um grande volume de fluxo. Neste

tipo de arranjo, os recursos transformadores são dispostos conforme a conveniência

dos recursos transformados (ex.: linha de montagem de veículos, de produtos

eletrônicos, indústria petroquímica entre outros). (CORRÊA e CORRÊA, 2012)

É extremamente comum no layout por produto, o fluxo ocorrer com eficiência

máxima, pois o processo acontece em um ritmo preestabelecido, isto é, sempre

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existe alguma etapa agregando valor ao produto. Pode-se dizer que o fluxo do

processo é claro e previsível, entretanto, alterações no processo podem ser muito

difíceis ou até mesmo impossíveis, pois esse tipo de layout definitivamente privilegia

a eficiência do processo, portanto acaba sendo menos flexível. As figuras a seguir

exemplificam o arranjo físico por produto. (CORRÊA e CORRÊA, 2012)

Figura 2.5 - Exemplo de um arranjo físico por produto.

(Fonte: PINTO, M e NOBREGA, M. Arranjo Físico – Layout)

Figura 2.6 - Aplicação de um arranjo físico por produto em uma indústria de

eletrônicos.

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As vantagens apresentadas por esse tipo de layout estão relacionadas aos

baixos custos (custo unitário quando se tem baixo volume de produção), movimento

de materiais convenientes e alta especialização dos equipamentos. Como

desvantagem desse tipo de layout tem-se a repetição de atividades na jornada de

trabalho, baixa flexibilidade de mix de produtos e alto impacto no processo quando

há interrupções no mesmo. (CORRÊA e CORRÊA, 2012)

2.2.3 Layout celular

O layout celular procura aliar o layout por processo e o layout por produto,

visando manter a flexibilidade do arranjo físico por processo. Sua disposição é feita

de modo a produzir peças com características comuns, para isso, é necessário

desenvolver várias etapas entre elas estão: identificação das famílias dos itens a

serem produzidos, identificar e agrupar recursos transformadores de forma que

processem as famílias dos itens identificados anteriormente, definindo assim a

célula, dentro de cada célula arranjar os recursos transformadores de forma linear

(layout por produto) , fazendo com que o fluxo seja ordenado, ágil e simples, localizar

os equipamentos maiores próximos as células, facilitando assim a locomoção do

recurso transformado. As figuras 2.7 e 2.8 exemplificam o arranjo celular. (CORRÊA

e CORRÊA, 2012)

Figura 2.7 - Exemplo de um arranjo físico celular.

(Fonte: PINTO, M e NOBREGA, M. Arranjo Físico – Layout)

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Figura 2.8 – Aplicação de um arranjo físico celular em uma indústria.

As vantagens apresentadas pelo layout celular são: lotes de produção

pequenos, movimentação e manuseio reduzidos, fluxo bem definido, redução do

tempo de processamento e redução de estoque. Algumas desvantagens encontradas

nesse tipo de layout estão relacionadas ao investimento na reconfiguração da área

operacional, possível necessidade de capacidade adicional, e possível ociosidade de

recursos. (CORRÊA e CORRÊA, 2012)

2.2.4 Layout posicional

O layout posicional é caracterizado pela movimentação dos recursos

transformadores. Neste tipo de layout, o recurso transformado permanece imóvel

devido ao seu volume, ou estado delicado ou qualquer indisponibilidade de

locomoção. Tratando-se de eficiência, devido a alta locomoção dos recursos

transformadores, ela é baixa, entretanto, o grau de customização do produto é alto.

(CORRÊA e CORRÊA, 2012)

Este tipo de layout geralmente é utilizado para produtos únicos ou até mesmo

para produtos que demandem pouquíssimas unidades. As figuras 2.9 e 2.10

exemplificam o arranjo físico posicional. (CORRÊA e CORRÊA, 2012

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24

Figura 2.9 - Aplicação de um arranjo físico posicional em uma indústria aeronáutica.

Figura 2.10 - Aplicação de um arranjo físico posicional.

As vantagens oferecidas por esse tipo de layout englobam a não perturbação

do produto através de locomoção, alta variedade de tarefas para a mão-de-obra e

alta flexibilidade de proporção de produtos diferente formulados. As desvantagens

estão relacionadas aos elevados custos unitários, baixa velocidade de

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atravessamento, layout complexo e muita movimentação de equipamentos e mão-

de-obra. (CORRÊA e CORRÊA, 2012)

2.3 Lean Manufacturing

Lean Manufacturing, ou Produção Enxuta é uma filosofia que visa eliminar todos

os desperdícios, ou pelo menos reduzi-los drasticamente, para melhorar o custo da

operação, a qualidade do produto e a velocidade de entrega do mesmo. (CAMPOS,

2011)

A Produção Enxuta (PE) surgiu no Japão após a Segunda Guerra Mundial sendo

que a Toyota Motors Corporation introduziu essa filosofia no mercado, tornando-se

pioneira no assunto através do Toyota Production System (Sistema Toyota de

Produção). Com o fim da guerra, o Japão não apresentava estrutura para investir na

implantação de produção em massa, sistema que estava sendo utilizado pelos

americanos, pois para o mercado japonês, que era reduzido, o necessário seria um

método de produção que permitiria uma produção de baixo volume e freqüente

mudança no produto. Portanto, era interessante desenvolver uma nova metodologia

para que conseguissem implantar o sistema e assim ter condições de competir com

os americanos, e assim surgiu o Toyota Production System (TPS). Além da falta de

recursos, existiam diversos desafios a serem enfrentados pelos japoneses, como o

limitado mercado interno, falta de mão-de-obra qualificada, entre outros.

(OHNO,1997)

Os objetivos principais do novo sistema implementado pela TPS

caracterizavam-se pela qualidade e flexibilidade de processo industrial, o que

aumentava a capacidade de produção, barateando os preços e melhorando a

posição competitiva no cenário internacional. Desta forma, o conceito PE foi

disseminado pelo mundo e passou a ser um sistema de gestão altamente utilizado

em diversos tipos de indústrias. (PESCARMONA, 2011).

Para implantar o Lean Manufacturing em uma empresa é primeiro necessário

disseminar os principios do Lean Thinking, que consiste em:

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26

1. Especificar o valor da operação;

2. Identificar a cadeia de valor e remover as etapas que geram desperdícios;

3. Fazer com que as etapas que agreguem valor fluam melhor;

4. Produção “puxada”pela demanda;

5. Gerenciar as operações buscando a perfeição

Utilizar a ferramenta do Lean Manufacturing traz diversos benefícios dentro de

uma empresa, pois leva melhoria na qualidade, custo reduzido e satisfação de

clientes. A figura 2.11 mostra alguns benefícios que uma empresa obtém com a

implantação da ferramenta Lean Manufacturing. (CAMPOS, 2011)

Figura 2.11 – Benefícios do Lean Manufacturing (Fonte: CAMPOS, 2011)

2.3.1 Operações Enxutas

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27

O princípio de operações enxutas é mover-se na direção de eliminar todos os

desperdícios para desenvolver uma operação mais rápida, confiável, que apresenta

produtos de alta qualidade e opera com baixo custo. (SLACK; CHAMBERS;

JOHNSTON, 2009)

Para as operações enxutas, desperdício é tudo o que não agrega valor ao

produto final, por exemplo, tempo necessário para troca de algum item necessário

em um equipamento para que o mesmo funcione em perfeito estado (downtime ou

tempo morto), essa parada não agrega valor ao produto e gera um custo adicional

para empresa. As operações enxutas visam acabar, ou pelo menos minimizar

substancialmente esses desperdícios. (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009)

2.3.2 Just-in-time

Just-in-time (JIT) é uma metodologia que auxilia na implementação do Lean

Manufactring, a sua definição é de atender à demanda instantaneamente, com

qualidade perfeita e sem desperdício. (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009)

A metodologia JIT aborda diferentes tipos de gerenciamento das operações,

entre elas, fluxo contínuo e sincronizado, produção sem estoque, tempo de

atravessamento (tempo necessário para que um material saia de sua posição original

e chegue nas operações) rápido e operações com ciclo de tempos reduzidos.

(SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009)

O princípio de JIT é entregar o produto de acordo com o que o cliente deseja, isto

é, entregar o quanto o cliente necessita, no momento em que ele necessita sem que

haja criação de estoque. (SLACK; CHAMBERS; JOHNSTON, 2009)

2.3.3 Produção puxada

A produção puxada elimina a etapa de programação de todas as operações

pelas quais um produto passa, eliminando etapas que não agregam valor ao produto.

As decisões em cima do que fazer e quando fizer passa a ser do operador. (TARDIN,

2001)

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28

A produção puxada é iniciada pela última etapa do processo. Existe um pequeno

estoque de produto ao final de cada etapa. Ao realizar este tipo de produção,

somente uma etapa recebe o pedido do cliente e, para concluí-lo, buscam-se na

etapa anterior (no pequeno estoque criado) as peças necessárias para fazer o

pedido. Esta etapa, por sua vez, busca no estoque da etapa anterior as peças

necessárias para produzir e dessa forma repor seu próprio estoque e assim

sucessivamente. A figura 2.12 esquematiza uma produção puxada. (TARDIN, 2001)

Figura 2.12 – Esquema de produção puxada.

(Fonte:www.gerenciamentodeproducao.blogspot.com)

2.4 PDCA

O PDCA é um ciclo que visa à melhoria contínua em operações. Foi criado por

Walter Shewhart e popularizado Deming. Cada letra da sigla corresponde a uma

etapa do ciclo que significam Plan (planejar), Do (executar), Check (verificar), Act

(agir). Essas etapas buscam atingir os objetivos básicos na melhoria no processo de

qualidade e atingir o fator de repetibilidade. A figura 2.13 exemplifica o ciclo PDCA.

(CAMPOS, 2011)

Page 31: TIEMI KAWABATA ANDRADE

29

Figura 2.13 – Ciclo PDCA (Fonte: www.sobreadministracao.com)

O PDCA atua no sistema com a finalidade de manter a competitividade

estratégica da empresa conforme descrito abaixo: (CAMPOS, 2011)

Planejar (plan)

Definir as metas a serem atingidas

Definir o método para alcançar tais metas.

Executar (do)

Executar as tarefas conforme o planejado;

Coletar dados pertinentes a próxima etapa do projeto;

Realizar treinamentos.

Verificar (check)

Verificar se o planejado está em cumprimento;

Localizar os desvios e divergências nas metas.

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30

Agir (act)

Definir e implementar soluções para os desvios encontrados;

Fazer prevenção caso não ocorra nenhum desvio.

2.5 Parada de Função de Processo

A maioria dos processos fabris mede a capacidade da planta através da

quantidade de horas produzidas, levando em consideração as paradas planejadas

que foram necessárias para manutenção de equipamentos. Entretanto, existem

outros tipos de paradas, a essas se dá o nome de Parada de Função de Processo

(downtime), que são todas as paradas que não foram programadas, sendo causadas

por quebra de equipamento, falta de matéria-prima, tempo de set-up, entre outros e é

contabilizada em minutos. Esse tipo de parada influencia negativamente no

processo, pois significa tempo de produção perdido, isto é, menos produto produzido.

Page 33: TIEMI KAWABATA ANDRADE

31

3. METODOLOGIA

Para a correta definição da metodologia abordada, é necessário o

conhecimento sobre o processo. Os detalhes do processo, apresentados auxiliam

na escolha da metodologia.

3.1 Processo escolhido

O processo escolhido para o presente projeto é focado nos produtos

agroquímicos, que tem por finalidade controlar a quantidade de ervas daninhas

através de aplicação química na agricultura. Pesquisas envolvendo agroquímicos

iniciaram no início de 1900, e prosseguiram até que na década de 1950 surgiram

novos grupos químicos com a mesma finalidade de controlar as ervas daninha. Hoje

são comercializadas por volta de 200 marcas diferentes de herbicidas.

(RODRIGUES; ALMEIDA, 2005)

3.2 Detalhes do processo

A companhia que iniciou suas atividades em 1901. Ao longo dos anos

implantaram inúmeras unidades fabris ao redor do mundo tornando-se assim uma

empresa multinacional.

Tendo em vista o mercado agrícola brasileiro, a companhia instalou uma

planta no Brasil, que será abordada ao longo do presente trabalho. A unidade fabril

brasileira iniciou suas atividades em 1976. Para obtenção do produto final

(herbicidas) diversas etapas são necessárias, desta forma, para atender as

expectativas dos clientes, as plantas operam 24 horas por dia, sete dias por semana,

parando apenas para manutenção.

O processo inicia-se em batelada, onde ocorre uma reação de oxidação para

em seguida passar por uma série de operações unitárias e assim iniciar o processo

contínuo. Após o processo contínuo finaliza-se a primeira etapa do processo na qual

se origina um ácido, o primeiro produto do processo, que poderá ser comercializado

em sua forma pura ou passar por uma série de reações de formulação e

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32

neutralização para formar o produto final liquido ou sólido. Em seguida, o produto

final segue para as linhas de embalagem para ser ensacado.

O presente trabalho foca na área de embalagem do produto sólido.

Após a neutralização, formulação e secagem do produto, este passa à linha

de embalagem, na qual existem três equipamentos distintos para ensacar o produto.

Figura 3.1 – Fluxograma da área de embalagem antes da implementação do projeto.

A área de embalagem da planta em questão atua com três equipamentos

distintos de ensaque do produto sólido. Ao sair do processo de formulação, o produto

chega até os equipamentos de ensaque (Ensacadeira 1, 2 e 3) automática e

continuamente. Esses equipamentos possuem capacidades diferenciadas. Por

motivos de confidencialidade, os valores reais foram alterados proporcionalmente a

fim de manter a confidencialidade do projeto realizado na empresa. Entretanto, vale

frisar que as alterações nesses valores não afetam as conclusões obtidas. A

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33

Ensacadeira 2, é o equipamento de ensaque de maior capacidade produtiva da área

produzindo aproximadamente 86 pacotes/min. A Ensacadeira 3 tem uma capacidade

inferior, produz aproximadamente 30 pacotes/min. Entretanto, ela só entrava em uso

quando era necessário.Os pacotes produzidos pelas Ensacadeiras 2 e 3 tem a

mesma quantidade de produto por pacote. A Ensacadeira 1 antes do projeto não

produzia pacotes iguais aos das Ensacadeiras 2 e 3, sendo utilizado para a produção

de um produto distinto e não podendo ser utilizado como backup em caso de falhas

com as Ensacadeiras 2 e 3. Com a implementação do projeto, a Ensacadeira 1

sofreu alterações para passar a operar em tempo integral juntamente com a

Ensacadeira 2 e assim aumentar o número de pacotes produzidos pela área.

Além dessa alteração de equipamento, o projeto visa unir as duas linhas que

estarão operando em tempo integral. Antes da implementação do projeto, a linha 1

saída da Ensacadeira 1 encaixotava os pacotes manualmente, enquanto que na

linha 2 (saída da Ensacadeira 2), os pacotes eram encaixotados automaticamente,

conforme ilustrado na figura 3.1.

Figura 3.2 – Fluxograma da área de embalagem após implementação do projeto.

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34

A proposta do trabalho foi unir as linhas 1 e 2, dessa forma, a linha 1 terá seus

pacotes encaixotados automaticamente, assim como na linha 2, fazendo com que a

velocidade do processo aumente, como é visto na figura 3.2.

3.3 Metodologia escolhida

A metodologia empregada no presente trabalho foi a pesquisa-ação, que

possui caráter parcipativo, baseada na coleta dos resultados obtidos com a

implementação do projeto a fim de realizar a análise dos efeitos do projeto,

quantificar o aumento de capacidade produtiva da área e verificar os beneficios do

projeto implementado.

3.4 Cronograma proposto

O estudo do projeto iniciou-se em 2011, após todos os dados serem

cuidadosamente analisados, decidiu-se pela implementação do projeto.

JULHO/2012 – Implementação do projeto. Na segunda quinzena de julho,

seguindo um cronograma pré-estabelecido com os gestores, as linhas de

embalagem sofreram as mudanças necessárias para implementação do projeto.

Agosto/2012 – Implementação do projeto, primeiros teste e ajustes. Na primeira

quinzena do mês de agosto, a implementação do projeto foi finalizada, todas as

alterações esperadas foram cumpridas com sucesso. Ainda na primeira quinzena

foram realizados os primeiros testes com o produto final. Nesse teste, foi constatada

a necessidade de alguns ajustes finais para melhoria do processo. Os ajustes foram

realizados dentro dos prazos estabelecidos e a área entrou em operação regular,

necessitando de ajustes esporádicos. Neste mesmo mês teve início a coleta de

dados.

Setembro, Outubro, Novembro e Dezembro/2012 e Janeiro /2013 – Coleta de

resultados.

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35

O projeto desta monografia foi escrito durante os meses de implementação,

testes, ajustes e coletas de dados, bem como as referências bibliográficas.

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36

4. RESULTADOS

O projeto seguiu o seqüenciamento da metodologia PDCA, na qual as etapas

consistem em: Planejar, Executar, Verificar e Agir.

4.1 Planejar (Plan)

Nesta etapa, as metas foram estudadas e estabelecidas. A princípio foi

montado um time multidisciplinar com o objetivo de iniciar os estudos necessários

para atingir as metas. Neste time, havia pessoas de produção do produto

formulado, planejamento, produção de embalagem, manutenção e projetos. Após

a definição do time, as metas foram estabelecidas. A meta mais importante a ser

atingida é o aumento de capacidade produtiva da área, juntamente, com

repetibilidade da qualidade do produto final, mínimo impacto no processo, na

segurança e no trabalho do operador.

Estabelecidas as metas, foi necessário ainda definir qual a melhor forma para

atingir tais resultados e planejar a implementação do projeto. O início do

planejamento deu-se com reuniões entre essas pessoas. Nessas reuniões, foram

consideradas algumas informações importantes para o projeto, como o tipo de

processo utilizado na planta, o tipo de produção, o tipo de arranjo físico atual da

área. Essas informações levaram a decisões de qual o melhor método para atingir

o objetivo do projeto. A figura 4.1 ilustra as considerações necessárias para um

projeto envolvendo layout, e que serviram de base para o presente projeto.

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37

Figura 4.1 – Fluxograma para projetos do arranjo físico

Fonte: Adaptado de N. Slack et al. (1997)

A planta opera em processo contínuo, portanto o tipo de layout é o celular

(segundo a matriz apresentada na fundamentação teórica – figura 2.2), além

disso, as operações das áreas da unidade fabril em questão são exercidas

segundo a produção puxada. Com base nessas informações, decidiu-se que a

melhor forma de aumentar a capacidade da área de embalagem com o mínimo de

impacto no processo seria adquirindo uma nova esteira para fazer a interligação

entre duas das três linhas, modificando posição dos painéis de controle das

ensacadeiras e fazendo um rearranjo na posição de trabalho dos operadores da

área.

Além disso, o estudo mostrou que, com as devidas modificações feitas, seria

possível um aumento significativo nas produções diárias, totalizando em um

aumento de 40,57% por dia, entretanto esse valor foi atribuído considerando que

o projeto em questão estaria acoplado com os demais projetos da planta que

encontram-se em andamento.

Apesar do resultado esperado, por se tratar de uma mudança difícil e que

necessitaria de investimento, tanto monetário como fabril (área parada para

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38

implantação do projeto), houve certa relutância da parte dos líderes da planta,

entretanto, após as argumentações com base nos números que seriam obtidos

com o projeto, foi determinado que os benefícios seriam maiores tanto para a

área de embalagem quanto para os resultados mensais da planta, portanto, foi

decidido a implementação do projeto.

Por necessitar que a área permanecesse sem produção por um período de 15

dias para a realização do projeto, juntamente com a equipe de Planejamento, foi

escolhida a melhor data para a implementação, que seria Julho de 2012.

4.2 Executar (Do)

Após a escolha da melhor data para a implementação do projeto, foram

necessárias várias visitas aos fornecedores a fim de realizar testes com a nova

esteira adquirida. Finalizados os testes, a implementação iniciou-se.

Foram necessários quinze dias de área parada para início e conclusão da

implementação do projeto.

Com a finalidade de melhorar o layout da área, várias modificações foram

feitas, essa modificações consistem na adição de uma esteira na área, mudança

na localização dos painéis de controle e mudança nas posições de trabalho dos

operadores. A figura 4.2 mostra o layout da área de embalagem, com as posições

dos equipamentos e disposição de pessoas na área antes do projeto. Por razões

de confidencialidade os valores utilizados foram modificados proporcionalmente,

porém não alteram as conclusões obtidas com o projeto.

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39

Figura 4.2 – Layout da área de embalagem antes do projeto

Para suprir a demanda de produto, foi necessário fazer ajuste da Ensacadeira

1, pois esta não produzia pacotes com a quantidade de produto desejada. Para

esses ajustes foi necessária a compra de partes específicas da ensacadeira para

que essa correspondesse às expectativas após o projeto. A parte adicional

comprada consiste em um tubo formador de pacotes com capacidade diferente da

que existia anteriormente, desta forma, a Ensacadeira 1 passa a operar em tempo

integral, juntamente com a Ensacadeira 2.

Além da modificação da Ensacadeira 1, ocorreu a transferência dos painéis de

controle das Ensacadeira 1 e 2, desta forma, os painéis de controle dessas

Page 42: TIEMI KAWABATA ANDRADE

40

Ensacadeiras ficarão próximas facilitando a operação de controle de parâmetros

durante a jornada de trabalho, conforme mostrado na figura 4.3.

Figura 4.3 – Layout da área de embalagem após o projeto

Em seguida foi acrescentada à linha de produção uma esteira interligando as

linhas 1 e 2 para que a linha 1 fosse automatizada no encaixotamento (Fig. 4.4 e

Fig. 4.5) aumentando dessa forma o número de pacotes encaixotados.

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41

Figura 4.4 – Esteira de Interligação entre as linhas 1 e 2 .

Figura 4.5 – Esteira de interligação vista de ângulo diferente

Após a instalação da esteira, uma plataforma elevada foi posicionada próximo

ao equipamento de encaixotamento automático, conforme mostrado na figura 4.3,

para que facilitasse a redistribuição de layout operacional.

Page 44: TIEMI KAWABATA ANDRADE

42

Terminando as modificações necessárias para adaptação das linhas de

embalagens, foi realizado um treinamento com a operação com a finalidade de

mostrar as diferenças nas posições de operação, as diferenças nos equipamentos

e também as diferenças nos postos de posição.

4.3 Verificar (Check)

Esta etapa do projeto consiste em verificar os benefícios que o projeto trouxe

para a área de embalagem. Para facilitar a apresentação de resultados essa etapa

foi subdividida.

4.3.1 Layout de pessoas e equipamentos

Antes da implementação do projeto, a área de embalagem operava com

quatro operadores distribuídos conforme a classificação abaixo:

Líder de turno: supervisiona e auxilia nas operações

Operador 1: abastece o equipamento formador de caixas;

Operador 2: controla o painel da Ensacadeira 2;

Operador 3: controla a qualidade pertinente ao processo.

A figura 4.6 mostra a disposição dos operadores na área antes da

implementação do projeto.

Page 45: TIEMI KAWABATA ANDRADE

43

Figura 4.6 – Distribuição de pessoas na área antes do projeto

Após a implementação do projeto, essa disposição de pessoas foi modificada

seguindo a nova distribuição e classificação descritas abaixo:

Líder de turno: supervisiona e auxilia nas operações

Operador 1: abastece o equipamento formador de caixas;

Operador 2: controla os painéis das Ensacadeiras 1 e 2;

Operador 3: controla a qualidade pertinente ao processo.

A figura 4.7 mostra a disposição dos operadores na área após a

implementação do projeto .

Page 46: TIEMI KAWABATA ANDRADE

44

Figura 4.7 – Distribuição de pessoas na área após o projeto

Antes do projeto, o operador 2 permanecia entre as Ensacadeiras 2 e 3, tinha

a função de operar apenas a Ensacadeira 2 (devido a questões de segurança e

ergonomia, o mesmo operador não poderia operar a Ensacadeira 3), enquanto

que o operador 3 que se situava próximo ao equipamento de pesagem, era

responsável pelo controle de qualidade dos sacos produzidos o operador 1 era

responsável pelo abastecimento das caixas e o líder de turno supervisionava e

auxiliava nas operações, conforme ilustrado na figura 4.6.

Com a implementação do projeto, o operador 2 passou a permanecer entre as

Ensacadeiras 1 e 2, desta forma, este ficou responsável em operar os dois

equipamentos (é permitido pois a distância entre os equipamentos, bem como as

modificações realizadas nos mesmos são seguras e não trazem problemas

Page 47: TIEMI KAWABATA ANDRADE

45

ergonômicos). Já o operador 3, foi deslocado para a plataforma elevada próxima

a esteira de interligação, desta forma ele ficou responsável pelo acúmulo de

pacotes na linha, bem como controle da qualidade dos pacotes, o operador 1 e o

líder de turno não sofreram adaptações em suas atividades nem eu seus

respectivos postos de trabalho.

Além disso, com a modificação na distribuição de pessoal, notou-se uma

redução nos tempos de parada de função de processo, pois agora os operadores

encontram-se mais próximos aos equipamentos, podendo intervir junto aos

mesmos com maior eficiência e rapidez.

4.3.2 Efeitos na produção

A meta principal estabelecida do projeto é o aumento de capacidade

produtiva. Neste tópico serão discutidos os efeitos do projeto no dia-a-dia da

produção.

Durante o mês de agosto foram realizados os testes utilizando a nova

capacidade proposta pelo estudo do projeto. Para o acompanhamento do teste,

foi necessário realizar um rearranjo e revezamento nos horários de trabalho da

administração, pois desta forma, os operadores teriam suporte mesmo em

períodos fora de horário comercial.

A resposta da linha alterada bem como dos operadores foram positivas nessa

etapa inicial, além disso, foram realizados alguns ajustes para que futuros

problemas com a linha fossem minimizados.

Nos meses de setembro/2012 a janeiro/2013 foram realizadas coletas

mensais com os dados da produção e comparados a produção obtida no mesmo

período no ano anterior.

A tabela 4.1 mostra as produções obtidas de setembro de 2011 a janeiro de

2011 antes da implementação do projeto. Novamente, por motivos de

confidencialidade, os dados apresentado foram alterados proporcionalmente,

porém não alteram as conclusões obtidas com o projeto.

Page 48: TIEMI KAWABATA ANDRADE

46

Tabela 4.1 – Produção proporcional da área de embalagem Setembro de 2011 a

Janeiro de 2012

Período Quantidade (ton)

Setembro/2011 6686

Outubro/2011 8752

Novembro/2011 6403

Dezembro/2011 7051

Janeiro/2012 6486

Total (Setembro/2011 – Janeiro/2012) 35378

A tabela 4.2 mostra a produção proporcional obtida no período de

setembro/2012 a janeiro/2013, período após a implementação do projeto.

Tabela 4.2 – Produção proporcional da área de embalagem Setembro de 2012 a

Janeiro de 2013

Período Quantidade (ton)

Setembro/2012 8809

Outubro/2012 10197

Novembro/2012 7453

Dezembro/2012 8231

Janeiro/2013 8294

Total (Setembro/2012 – Janeiro/2013) 42984

Com esses dados foi possível analisar como foi o crescimento da produção

nos meses após a implementação do projeto e observar os benefícios que o

projeto trouxe na capacidade produtiva da área. A tabela 4.3 e a figura 4.8

ilustram o aumento obtido.

Page 49: TIEMI KAWABATA ANDRADE

47

Tabela 4.3 – Comparação entre as produções proporcionais da área de embalagem

Setembro a Janeiro

Período 2011/2012

(toneladas)

2012/2013

(toneladas)

Setembro 6686 8809

Outubro 8752 10197

Novembro 6403 7453

Dezembro 7051 8231

Janeiro 6486 8294

Total 35378 42984

0

5

10

15

20

25

30

35

40

45

Ton

ela

da

x10

00

Setembro Outubro Novembro Dezembro Janeiro Total

Meses

Produção da área

Antes Depois

Figura 4.8 – Gráfico da comparação da produção mensal

A figura 4.9 mostra a porcentagem de aumento na capacidade mês a mês e a

média no período de cinco meses após a implementação.

Page 50: TIEMI KAWABATA ANDRADE

48

Figura 4.9 – Porcentagem do aumento da capacidade.

De acordo com a figura 4.9, durante o período analisado, foi obtido um

aumento na capacidade médio de aproximadamente 22%, sendo o mês de maior

aumento setembro com aproximadamente 32% a mais de produto produzido, e o

mês de menor aumento o mês de novembro com um aumento de

aproximadamente 14%. Essa oscilação ocorreu devido a demanda de produto e

possíveis falas nas linhas.

Além da capacidade mensal, foi possível ver também um aumento significativo

na capacidade instantânea das linhas. Antes do projeto, a acapacidade da linha

era de 86 pacotse/min (capacidade da Ensacadeira 2), após o projeto a

capacidade aumentou para 125 pacotes/min (86 pacotes/min da Ensacadeira 2 e

39 pacotes/min da Ensacadeira 1) significando um aumento de aproximadamente

45% na capacidade instantânea das linhas.

4.4 Agir (Act)

Nesta etapa do projeto, serão tomadas ações com a finalidade de exterminar os

desvios encontrados durante a etapa da verificação dos benefícios do projeto. Um

desvio encontrado é o fato de que a capacidade máxima proposta não foi alcançada,

Page 51: TIEMI KAWABATA ANDRADE

49

portanto, para modificar essa situação foi dada maior atenção aos projetos que estão

conectados ao presente projeto, dessa forma os valores apresentados nos estudo

poderão ser alcançados.

Além desse desvio, outros desvios foram encontrados, como por exemplo,

variação de peso nas balanças após as Ensacadeiras, como medida corretiva foram

feitos ajustes de manutenção nas Ensacadeiras, com a finalidade de estabelecer um

peso padrão dentro da legislação, mas que não interferisse no processo.

Page 52: TIEMI KAWABATA ANDRADE

50

5. CONCLUSÃO

Por meio dos resultados obtidos pode-se concluir que a metodologia proposta

nesse trabalho para a otimização do layout da área de embalagem de um setor fabril

mostrou-se capaz de colaborar com:

a redução dos tempos de parada de função de processo;

o aumento na capacidade de produção;

um aumento significativo da capacidade instantânea das linhas.

Entretanto, cabe ressaltar que não foi possível alcançar a capacidade máxima

proposta, pois, para que isso ocorra, é necessária a conclusão dos demais projetos

da planta em questão, que por sua vez estão interligados ao presente projeto.

Além disso, foram verificados outros benefícios como redução de downtime e

redução da interferência do operador nos equipamentos, melhorando assim a

segurança e condições de trabalho dos operadores envolvidos no processo

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51

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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