TGI I Danilo Eric dos Santos
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07-Mar-2016Category
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TGI Idanilo eric dos Santos
SO MIGUEL
Instituto de Arquitetura e Urbanismo - So Carlos
Universide de So Paulo
INTRODUO
A pesquisa que se realiza para o desenvolvimento do TGI parte do interesse pela noo de PROCESSO, no
sentido de entender as relaes e dinmicas que se atravessam na produo do espao urbano e como operam
os diversos atores nessa ao. Dessa forma, busca-se compreender a problemtica do projeto em arquitetura e
urbanismo vinculados a uma idia de totalidade, pondo em perspectiva a ao projetual nas diversas escalas de
trabalho em que um arquiteto pode atuar (planejamento, desenho urbano, desenho do edifcio) posto que, nesse
processo de produo do espao urbano, os projetos e aes esto antes imbricados numa rede de relaes de
interesses polticos e econmicos, sobre tudo ao que diz respeito propriedade e ao valor da terra urbanizada.
O apontamento dessas questes visa afastar a possibilidade de a partir do projeto e do discurso que o
acompanha mesmo que muito bem intencionados e repletos de valores humanistas se possa criarem novas
ideologias do espao urbano. Ou seja, tenta evitar que as intenes presentes no momento em que se projeta,
acabem por darem no seu contrrio, por terem desconsiderado ou negado a existncia de atores interessados
(mesmo os arquitetos) na produo da cidade.
Ciente da complexidade do problema de compreender tais processos, sobremaneira no que tange as grandes
metrpoles brasileiras, buscou-se apoiar as reflexes e propostas aqui desenvolvidas num referencial terico,
qual seja, o estudo do livro Espao Intra-Urbano no Brasil do urbanista Flvio Villaa. Neste livro o autor
desenvolve uma reflexo sobre o processo de produo do espao intra-urbano no Brasil a partir da analise
comparativa e da investigao histrica de cinco metrpoles (So Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e
Porto Alegre) descrevendo o percurso histrico que as elites, detentoras de poder poltico e econmico, realizam
nestes territrios apontando como elas operam sobre a produo das cidades a partir de seus interesses
econmicos e de dominao poltica.
Um aspecto importante, que cabe destaque, que sob a tica de Villaa, o espao urbano produzido no seio de
uma constante disputa territorial entre classes sociais, pela apropriao privilegiada dos valores de uso gerados
pela produo social do espao urbano. Nesse sentido, e para este trabalho, interessa fundamentalmente o
conceito de localizao que Villaa nos apresenta, que grosso modo, a parte do valor de uso de um determinado
ponto em uma cidade, dada pela presena de infra-estruturas urbanas, pela facilidade de acesso ao centro
principal (tempos de deslocamento) e pela paisagem natural. Este conceito, no nosso entender o que estrutura a
compreenso desta disputa e da produo do espao urbano.
No entanto, h projetos em desenvolvimento nessa
regio que devem muito menos a essa viso de
reverso do processo de excluso scio-territorial e
muito mais confirmao e aprofundamento de um
processo de extenso das possibilidades de maior
acumulao de capital, ao liberar fluxos e acessos
entre os dois maiores equipamentos logsticos de
transporte de cargas e mercadorias do Brasil - o
aeroporto internacional de Guarulhos e o porto de
Santos.
Negrelos (2005)
A rea escolhida para o desenvolvimento do projeto, a que
compreende a Subprefeitura de So Miguel (no extremo leste de
So Paulo), que compreende os distritos de Vila Jacu, Jardim
Helena e o de So Miguel Paulista. O projeto centra-se mais
especificamente no centro comercial e de servios deste ltimo.
Essa escolha deve-se ao fato de que considerarmos tal lugar como
detentor de um forte potencial polarizador, constituindo-se como
um dos principais subcentros da cidade de So Paulo e por
localizar-se numa regio historicamente pouco cuidada pelo poder
pblico, com uma populao que mora longe de seus locais de
trabalho e sofre com as condies do transporte pblico. Outro sim,
tendo em vista o plano de desenvolvimento econmico da Zona
Leste e os planos de desenvolvimento urbano a ele associado, que
como aponta Negrelos (2005), ainda se estruturam por uma
hegemonia do virio e esto mais vinculados ao fluxos de cargas
e mercadorias e portanto no acumulo de capital no territrio.
Subprefeitura de So Miguel
Zona Leste como centro da
Regio Metropolitana de So Paulo
OPERAES URBANASA Zona Leste da Cidade de So Paulo (e imediaes:Guarulhos e
ABC) recentemente tem sido apontada como uma regio estratgica
do ponto de vista econmico por estar localizada no centro
geogrfico da Regio Metropolitana de So Paulo, ser atendida por
importantes rodovias como a Presidente Dutra (que liga So paulo
ao Rio de Janeiro) e estar entre o aeroporto internacional de
Guarulhos e o porto de Santos. De tal forma, notrio a elaborao
de planos de desenvolvimento econmicos e planos de
desenvolvimento urbano, principalmente atravs de operaes
urbanas.
Operaes Urbanas na Zona Leste de So Paulo,
Guarulhos e ABC
subprefeituras envolvidas centros de comercio e servios melhoramentos virios previstos
operao urbana rio verde-jacNo contexto especfico da subprefeitura de So Miguel, esta em fase de
estudos de atualizao para a implantao a operao urbana Rio
Verde-Jac, estabelecida pela lei municipal 13.872/04. O permetro da
operao envolve as subprefeituras de Itaquera e So Mateus alm da
de So Miguel.
linha ferrea passarelas ponte/tnel
interrupo/conexes
LEITURA DA REA
escola
hospit
al
esta
o c
ptm
(anti
ga)
dele
gacia
bom
beir
os
pra
a
indstr
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capela
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corr
eri
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escola
term
inal
de
nib
us u
rbano
NOVA ESTAO
A t u a l m e n t e
encontra-se em
construo uma
nova estao de
trem da CPTM, a
partir de projeto
do esc r i t r i o
UNA arquitetura
REFERNCIAS
" U m a p r e m i s s a . N a
projeo do Museu de Arte
de So Paulo, na avenida
Paulista, procurei uma
arquitetura simples, uma
arquitetura que pudesse
comunicar de imediato
aquilo que, no passado, se
chamou de "monumental",
isto , o sentido do
"coletivo", da "Dignidade
Cvica".
apropriaes coletivas diversas
MASP
MuBE
CENTRO PAULA SOUZA
Para o desenvolvimento do projeto trabalha-se em trs
escalas de pensamento, qual seja: a escala a ESCALA
DO PLANEJAMENTO, ou seja, na escala
metropolitana, onde a principal questo a do acesso e
presena de infra-estruturas de transporte
(nibus/automvel, metr e trem) e os tempos de
deslocamento; a ESCALA DO DESENHO URBANO,
centrando na realocao e proposio de novos
equipamentos pblicos e novas reas livres, na
melhoria do acesso a esses equipamentos e ao centro
de comrcio e servios, e a conexo de reas que hoje
se encontram bastante segregadas principalmente
pela presena da linha frrea; e na ESCALA DA
ARQUITETURA, focado no desenho de um terminal de
nibus urbanos conectado com a estao So Miguel
da CPTM e um equipamento pblico associado a uma
rea livre que articule as demais propostas de desenho
urbano e planejamento.
apoiamo-nos no conceito de LOCALIZAO, para
instruir a escolha da rea de projeto, e em uma noo
de LUGAR - aqui entendida como as caractersticas
topogrficas do terreno, a paisagem construda pela
edificaes, os equipamentos de interesse pblico e a
cultura de seus moradores - que serve de referncia
PROPOSTAS
PROPOSTAS
escala do planejamento
reas industriais
ensino superior
nova estao CPTM
expanso metr
linha de transporte de
mdia capacidade (vlt ou brt)
Tomando-se por base a rede transportes
metropolitanos sobre trilhos existente,
bem como a proposta de expanso da
linha verde do metro at Cidade
Tiradentes, prope-se uma linha de
transporte pblico de mdia capacidade
como o VLT ou o BRT, conectando-se
com as linhas em sentido longitudinal.
Tambm proposto uma nova estao
de trem na linha f da CPTM, junto ao
centro esportivo do parque vrzeas do
Tiet.
PROPOSTASescala do desenho urbano
rea livre+equipamento pblico+terminal parqueconexo equipamentos/parque
nova estao CPTM
conexes
transporte de mdia
capacidade(vlt/brt)
edificios demolidos
propriedades
particulares CPTM
PROPOSTASescala da arquitetura
REA DE PROJETO
CROQUIS
planta geral
Elevao
corte aa
corte bb
cortes
PLANTA TERMINAL DE NIBUS
CORTE CC
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