Textos teoria da comunicação i

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Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS Área da Ciência da Comunicação

Análise, compreensão e apresentação de textos

Teoria da Comunicação I – Efendy Maldonado Comunicação Digital – Turma 2009

Ediqueli Bianca da Silva

São Leopoldo, setembro de 2009

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Introdução

Durante as cinco primeiras aulas do semestre na disciplina de Teoria da Comunicação I, eu e os demais colegas da turma 2009 do curso de Comunicação Digital da Unisinos, lemos cinco textos que foram trabalhados em aula. A seguir, relato entendimentos, destaco trechos importantes e respectivas conclusões de cada leitura e discussão realizados em aula. Os dois últimos textos, desenvolvidos de modo diferente, pois foram apresentados, em aula, por mim e pelos colegas Arthur, Cristiano e Eric.

A perspectiva transmetodológica na conjuntura de mudanças civilizadora em

inicio do século XXI - Efendy Maldonado

O texto da primeira aula que se chama “A perspectiva transmetodológica na conjuntura de mudanças civilizadora em inicio do século XXI” foi escrito pelo professor da disciplina, Efendy Maldonado. Nele, o autor fala da influencia na vida das pessoas através do meio em que ela está inserida como em filmes, música e até mesmo novelas (como a “Caminhos das Índias”) que mostram e compartilham os costumes de um determinado grupo de pessoas construindo, como afirma o autor, imaginários nacionais.

Maldonado apontando que as mudanças no cotidiano que ocorrem com surgimento das novas tecnologias, e consequentemente, mesmo que de modo simples, sem materiais sofisticados (com infra-estrutura simples) permitem a troca de conhecimentos e informações entre pessoas distantes, enriquecendo a cultura das mesmas afirma que:

“Uma expressão significativa dessa mudança são as produções audiovisuais, musicais, hipertextuais de dezenas de milhões de bens simbólicos no espaço digital (exemplo YouTube).”

Concluo que, infelizmente, a mesma tecnologia que beneficia muitas pessoas também prejudica algumas, com a xenofobia (aversão a estrangeiros), por exemplo. Muitos filósofos, pensadores e políticos afirmam que para que haja o uso correto dessas tecnologias é necessários haver ética e principalmente, respeito ao próximo e sua cultura.

Introdução às ciências da comunicação – O que é um problema de

comunicação? - Daniel Bougnoux “Na prática nossas CIC acompanham e tentam enquadrar, hoje em dia, as

transformações dos meios de comunicação, o desenvolvimento incessante das “novas tecnologias”, assim como a expansão das redes públicas em geral. Elas concernem, portanto, ao mesmo tempo, a muita gente (todos aqueles que têm alguma coisa para vender ou partilhar) e encontram-se esparsas na cultura e no corpo social”.

É esse parágrafo que contextualiza o capítulo “Introdução às ciências da comunicação – O que é um problema de comunicação?”. Que ao iniciarmos a leitura deparamo-nos com a comunicação como uma área a ser estudada. É nessa parte do capítulo que o autor fala sobre seus aspectos semiológicos (como as letras, por exemplo), pragmáticos, que são as mensagens e os aspectos individuais, que seriam os sonhos de cada um de nós.

Na subdivisão chamada “Operação técnica e relação pragmática”, Bougnoux fala sobre as diferenças entre os signos, que podem ser letras, imagens ou vídeos. Em “A incerteza comunicacional” Ao autor fala que é possível programar máquinas e linhas de produção, e não pessoas (e suas atitudes), que tem sentimentos. No trecho “Os círculos da comunicação” é questionado o verdadeiro motivo do inicio da comunicação entre diferentes pessoas. Logo em seguida, com “Comunicação animal e expressão do comportamento” Daniel questiona o modo em que os animais (pássaros) e as crianças se comunicam.

Já em “Na esfera domestica” é questionado o modo (e com que ferramentas) que o individuo se comunica com o mundo dentro de sua casa. Enquanto que em “A comunicação pedagógica” são os livros e demais materiais (como vídeos e tele-cursos) que são transformados em meios de comunicação. Na parte denominada “Nas estradas e pelas

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ruas”, os meios de comunicação são os signos de comunicação (as placas) e as regras de boa circulação.

Em “Relações publicas e a comunicação marketing” a comunicação é vista como a propaganda e a influencia que ela tem sobre a vida das pessoas. No trecho “A globalização”, são tratadas as relações mundiais, ou seja, o que o mundo inteiro tem (e vê) em comum, como por exemplo MC Donald’s e a Coca-Cola. E para finalizar, em “Rumo a uma cultura comunicacional” Daniel Bougnoux explica o que é comunicar-se e afirma que é a mais difícil de adquirir devido a sua complexidade.

Após ler e discutir em aula, concluo que a comunicação, algo indispensável na vida de todos. Ela deve ser estudada, analisada e aperfeiçoada a cada dia que passa, para que assim, através dela, possamos acompanhar o aperfeiçoamento⁄surgimento de novas tecnologias.

Perspectiva teórica empírica estadunidense – Modelos e processos de comunicação - Pedro Gilberto Gomes

Pedro Gilberto Gomes ao escrever “Perspectiva teórica empírica estadunidense –

Modelos e processos de comunicação” divide o capítulo em parte, facilitando a leitura. E define que a comunicação intrapessoal, é aquela na qual a pessoa se comunica consigo mesma.

Na primeira parte, “A emergência histórica dos estudos de comunicação de massa” o autor fala sobre a aldeia global formada pela comunicação aliada a tecnologia, relata experiências e estudos, e consequentemente seus resultados, realizados entre as décadas de quarenta e setenta, relacionado à comunicação e a tecnologia. E na segunda parte “Comunicação de massa e sociedade” o autor define massa, como conjunto de pessoas, que vivem em um mesmo ambiente com interesses em comum, fala sobre a sociedade e a influencia da mídia sob a mesma, sobre o industrialismo e o urbanismo sobre a sociedade e sua cultura (de massa).

Porem, na quarta parte “Modelos e processos de comunicação” ele define a origem e o objetivo do processo de comunicação. E ainda, Cita três autores e suas respectivas teorias baseadas na de Aristóteles. E para encerrar, o autor define três termos indispensáveis: redundância (credibilidade da informação), retroalimentação (controlar a capacitação dos organismos) e codificação de mensagem (reflexão sobre as mensagens).

Ao concluir a leitura, pude perceber a verdadeira, importância da comunicação, não somente nas relações entre as pessoas e o mundo, mas também, nos em estudos (e pesquisas) realizados envolvendo-a.

O espaço: Sistema de objetos, sistemas de ações – Milton Santos No capítulo trabalhado nessa aula, o autor tem como tema chave uma palavra de

múltiplos sentidos: espaço. Além disso, ele fala em discursos, críticas ⁄análise pela inexistência de preconceitos. Santos, fala ainda na necessidade do aperfeiçoamento do saber, que ocorre devido a ignorância dos objetos que cercam o homem. E, ainda, fala sobre a perda de fundamentos etimológicos da palavra “região”.

Milton aborda duas ideias chaves: Verticalidade e Horizontalidade. Verticalidade são pontos que asseguram o funcionamento global da sociedade e da economia, são elas: circulação, distribuição e consumo de mercadorias. Já Horizontalidade são áreas de produção, como regiões agrícolas e as áreas industriais.

Antes o esquema era esse:

Objetos = Coleções Conjuntos localizados

Hoje é assim:

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Objetos = Sistemas Objetos técnicos

Diante dessas informações conclui que, como dizem nada se cria tudo se transforma. E que, nossa vida é, frequentemente, influenciada pelos que nos rodeiam como a mídia, propagandas e pessoas próximas a nós.

Narrar o multiculturalismo – Nestor García-Canclini

Antes de falarmos do texto, propriamente dito, apresentei o autor: “Nestor García-Canclini nasceu em La Plata, na Argentina no dia 1 de Dezembro de

1939. Em 1975, Nestor concluiu sua tese de doutorado em filosofia pela Universidade Nacional de La Plata. Desde 1990 é professor e pesquisador da Universidade Autônoma Metropolitana, onde dirige o Programa de Estudos Culturais. Programa esse que estuda a "hegemonia cultural", ou seja, a mistura de culturas diferentes. Um exemplo disso são os ritmos que se misturam⁄confundem o vaneirão (tipicamente gaucho), com o forró universitário (sudeste do Brasil)”.

Logo no inicio da leitura, o autor define ”Multiculturalismo” como: Prática de acomodar qualquer número de culturas distintas, numa única sociedade, sem preconceito ou discriminação. E “Identidade”: Fazer parte de uma nação, que facilmente é diferenciada de outra, que compartilha nossos costumes e língua. Exemplificamos com o hábito de tomar chimarrão e falar determinados “dialetos”. Ele menciona também, o flaneur e a narrativa do consumo, como o gosto que os franceses tinham pela deambulação, e ainda, é a forma de relatar tudo que é visto na cidade.

Em “A cidade como video clipe”, Canclini diz que: “Narrar é saber que o que nós fazíamos no passado, não é mais possível fazer hoje.” Nem sempre conseguimos fazer o que queremos com uma mesma facilidade e as pessoas buscam alternativas que muitas vezes não são as mais indicadas. Como o autor diz é quase impossível ler sem se distrair em um ônibus, e por isso, as pessoas acabam usando seus carros transformando um simples passeio em algo cansativo. E como canta o grupo Maldita Vencindad:

“Difícil é andar⁄ é um estranho lugar⁄ onde a fome é vista⁄ como um grande circo em ação ” ... “Grande circo é esta cidade⁄ um pare, um siga, um pare”.

Ao concluir o capítulo, o autor questiona se é possível, ou não narrar a nova cidade. Antigamente, as cidades eram um único espaço. Hoje elas são um espaço, divididos em espaços menores (zonas), que se subdividem em bairros que por sua vez são divididos em ruas. E muitas vezes, infelizmente, acabam perdendo suas origens e sua historia.

As identidades como espetáculos multimídias – Nestor García-Canclini

Como no inicio do capitulo anterior, o autor atribui uma nova definição para “Identidade”: Construção que narra acontecimentos e crônicas, através de recursos como, livros, museus, radios e o cinema que unem pessoas distantes. E esses recursos geram uma cultura visual de massas, que nos sensibilizaram para usar aparelhos eletrônicos, e com isso, os padrões de consumo unificaram-se.

Em “Uma antropologia das citações transculturais”, Nestor define antropologia como a ciência que estuda a identidade e as diferenças existentes entre os homens. Fala, ainda, que hoje a identidade, que é escrita em muitas línguas, estuda os valores morais e as pessoas que se mudam, constantemente, de lugar (migrantes), enfim recebe interferências de diversas culturas. E diz que as formações pós-nacionais e a remodelação das culturas nacionais são as produções artísticas que circulam apenas entro de um determinado país, fazendo com que as fontes de inspiração sejam regionalistas.

Falando em regional, o autor difere regional e global: Regional é a arte que é valorizada apenas em uma determinada região, como o cinema nacional, por exemplo, cujos filmes circulam apenas no Brasil e que para serem considerados globais, valorizado no exterior, é necessario que haja uma boa campanha de divulgação. Outro exemplo são os

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grupos musicais gaúchos, que muitas vezes deixam de tocar musicas tradicionalistas para tocar “maxixes” e aumentarem o número de shows. A esse respeito, o autor diz que: “Promover o nivelamento cultural não é apenas produzir e divulgar. É recomendado produzir, planejar e escolher para quem divulgar.” É importante destacar a existência dos circuitos de produção, comunicação e da apropriação da cultura, que são:

� Cultura histórico-territorial: Conjunto de saberes, hábitos e experiências étnicas ou regionais que produzem perfis a passar do tempo.

� Meios de comunicação de massa: Fácil difusão das mensagens. � Enfraquecimento das identidades nacionais e regionais: Uso das Tecnologias da

informação para tomar decisões importantes. Concluindo a leitura⁄apresentação, multimídia é definida como o uso de muitas

mídias (som imagem, video, textos) em um mesmo espaço. Destaco a importante frase escrita por Nestor García-Canclini:

“A identidade é teatro e é política, é representação e ação.”