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GOVERNO DO ESTADO DO CEARÁ
SECRETARIA DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO SUPERIOR
FUNDAÇÃO CEARENSE DE APOIO AO DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E
TECNOLOGICO FUNCAP.
LICEU DEP. FRANCISCO ALVES SOBRINHO –ACOPIARA –CE
FORMADORA: Maria Sonia Taveira de Andrade
ESTRATÉGIAS DE LEITURA
• skimmimg – leitura rápida do texto• scanning – leitura aprofundada do texto• inferência
1. ilustrações2. mapas3. gráficos4. fonte5. efeitos6. referências7. autor8. texto atual \ informações históricas9. tipo de publicação ( revista, seção, etc)
• campo semântico ( palavras chaves)• disposição dos paragráfos• numerais• cognatos( lingua estrangeira)• referencia contextual ( relação entre textos)• marcadores textuais ( relação entre frases)
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Gêneros de textos
Gênero Textual ou Gênero de Texto referese às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc.
Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade.
Sempre que nos manifestamos linguisticamente, o fazemos por meio de textos. E cada texto realiza sempre um gênero textual. Cada vez que nos expressamos linguisticamente estamos fazendo algo social, estamos agindo, estamos trabalhando. Cada produção textual, oral ou escrita, realiza um gênero porque é um trabalho social e discursivo. As práticas sociais é que determinam o gênero adequado.Mas o que então pode ser classificado como gênero textual? Pode –se dizer que os gêneros textuais estão intimamente ligados à nossa situação cotidiana. Eles existem como mecanismo organização das atividades sociocomunicativas do diaadia. Assim caracterizamse como eventos textuais maleáveis e dinâmicos. Vejamos: Nas sociedades modernas, trabalho e obtenção de dinheiro estão intrinsecamente ligados. Por isso, muitas vezes não percebemos que algumas de nossas atividades cotidianas não remuneradas também são trabalho.O trabalho representa, na sociedade em que vivemos, para cada indivíduo, uma forma de se situar na sociedade, sendo ele remunerado ou não. Por isso trabalho é parte integrante da vida de cada um de nós.Nessa perspectiva, a linguagem é um dos nossos mais relevantes trabalhos.
Gêneros textuais
Gêneros textuais são tipos específicos de textos de qualquer natureza, literários ou nãoliterários.
Modalidades discursivas constituem as estruturas e as funções sociais (narrativas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser considerados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites, atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, cartazes, comédias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevistas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, instruções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias. São textos que
circulam no mundo, que têm uma função específica, para um público específico e com características próprias. Aliás, essas características peculiares de um gênero discursivo nos permitem abordar aspectos da textualidade, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes ao gênero em questão.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguísticas encontradas em cada texto, podemos classificálos dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e estilos composicionais.
Gêneros Orais e Escritos na Escola
Domínios sociais de comunicação
Aspectos tipológicos
Capacidade de linguagem dominante
Exemplo de gêneros orais e escritos
Cultura Literária Ficcional
Narrar;
Mimeses de ação através da criação da intriga no domínio do verossímil
Conto Maravilhoso, Conto de Fadas, fábula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cientifica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou história engraçada, biografia romanceada, romance, romance histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivinha, piada
Documentação e memorização das ações humanas
Relatar
Representação pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo
Relato de experiência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, noticia, reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, relato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia
Discussão de problemas sociais controversos
ArgumentarSustentação, refutação e negociação de tomadas de posição
Textos de opinião, diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, ensaio
Transmissão e construção de
Expor Apresentação textual de diferentes formas dos saberes
Texto expositivo, exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral, palestra, entrevista de especialista, verbete,
saberes
artigo enciclopédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de textos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico, relatório oral de experiência
Instruções e prescrições
Descrever ações
Regulação mútua de comportamentos
Instruções de montagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de uso, comandos diversos, textos prescritivos
SARMENTO,Leila Lauar Oficina de redação: 2ª ediçã. Moderna
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INTERTEXTUALIDADE.A intertextualidade é quantas vezes, no processo de escrita, constituímos um
texto recorrendo a outros textos. Veja um exemplo de intertextualidade.
ESCÂNDALO e LITERATURA1.” Um Haicai“ Cueca e dinheiro, o outono da ideologia do vil companheiro”.2.Machado de Assis “Foi poetisa por 25 anos e 100 mil dólares na cueca.”3.Dalton Travisan“ PT. Cem mil. Cueca. Acabou”.4. Concretista“ PTCuecaCuPTEcaPetecaTePecaCloaca”5. Graciliano Ramos“ Parecia padecer de um desconforto moral.Eram os dólares a lhe pressionar os testículos”6. Rimabud“ Prendi os dólares na cueca, e vinte e cinco anos de rutilantes empulhações cegaram – me os olhos, mas não o raiox”.7. Álvaro de Campos“ Os dólares estão em mim, já não me sou, mesmo sendo o que estava destinado a ser, nunca fui senão isto: um estelionato moral na cueca das idéias vãs”.8. Drummond“ Tinha um raiox no meio do caminho, e agora José?”9. Proust “ Acabrunhado com todas aquelas denúncias e a perspectiva de mais um dia tão sombrio como os últimos, juntei os dólares e leveios á cueca. Mas no mesmo instante em que aquelas cédulas tocaram a minha pele, estremeci, atento ao que se passava de extraordinário em mim. Invadiramme um prazer delicioso, isolado, sem noção da sua causa esse prazer logo me tornara indiferente ás vicissitudes da vida, inofensivos seus desastres, ilusória sua brevidade, tal como fazem a ideologia e o poder, enchendome de uma preciosa essência.”
10. T.S.Eliot“Que dólares são estes que se agarraram a esta imundice pelancosa? Filhos da mãe! Não podem dizer! Nem mesmo estimam o mal porque conhecem não mais do que tanto de idéias fraturadas batidas pelo tempo. E as verdades mortas já não mais os obrigam nem consolam.”11. Lispector“Guardei os dólares na cueca e senti o prazer terrível da traição. Não a traição aos meus pares, que estávamos juntos, mas a séculos de uma crença que eu sempre soube estúpida, embora apaixonante. Sentiame ao mesmo tempo santo e vagabundo, mártir de uma causa e seu mais sujo servidor, nota a nota”.12. Lenin“ Não escondemos dólares na cueca, antes afrontamos os fariseus da social democracia. Recorrer aos métodos que a hipocrisia burguesa criminaliza não é, pois, crime, mas ato de resistência e fratura revoluciónária. Não há bandidos quando é a ordem burguesa que está sendo derribada. Robespierre não cortava cabeças, mas irrigava futuros com o sangue da reação. Assim faremos nós; o dólar na cueca é uma arma que temos contra os inimigos do povo. Não usálo é fazer o jogo dos que querem deter a revolução. Usála é dever indeclinável de todo revolucionário’.13. Stalin“ Guarda a grana e passa fogo na cambada!”14. Gilberto Gil“ Se a cueca fosse verde como as notas, teríamos resgatado o sentido de brasilidade impregnado nas cores diáfanas de nosso pendão, numa sinergia caótica com o mundo das tecnologias e dos raios que, diferentemente dos da baianidade, não são de sol nem das luzes dos orixás, mas de um aparelho apenas, aleatoriamente colocado ali, naquele momento,conformando uma quase coincidência entre acultura do levar e trazer numerário,tão nacional, tão brasileira quanto um poema de Torquato.”15. Ferreira Gullar“ Sujo, sujo, não como o poema mas como os homens em seus desvios.”16.Paulino da Viola“ Dinheiro da cueca é vendaval.”17. Camões“ Eis pois, a nau ancorada no porto á espreita dos que virão d’além da cobiça da distante terra, trazendo seus pertences, embarcaram minh’alma se aflige tão cedo desta vida descontente.”18. Guimarães Rosa“ Notudo. Ficado fico. Era apenas a vereda errada dentre as várias.”19. Shakespeare“ Meu reino por uma ceroula!!!”20.Dráuzio Varela“ Ao perceber na fila de embarque o cidadão á frente, notei certa obesidade na região central. Se tivesse me sentado ao seu lado durante o vôo, recomendaria um regime, vexame que me foi poupado pelos agentes da PF de plantão no aeroporto. Cuidado, portanto, nem toda morbidez é obesidade”.21.Neruda“ Cem mil dólares e uma cueca desesperada.”
KOCH, Ingedore V. e Elias, Vanda Maria.Ler e compreender:Os sentidos do texto. São Paulo, 2008.
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LEITURA, TEXTO E SENTIDOO que é ler? Para que ler?Como ler? Evidentemente, as perguntas poderão ser respondidas de diferentes modos, os quais revelarão uma concepção de sujeito, de língua, de texto e de sentido que se adote .
A concepção de língua como representação do pensamento corresponde á de sujeito psicológico, individual, dono de sua vontade e de suas ações. Tratase de um sujeito visto como um ego que constrói uma representação mental e deseja que seja “captada” pelo interlocutor da maneira como foi mentalizada.Nessa concepção de língua como representação do pensamento e de sujeito como senhor absoluto de suas ações e de seu dizer, o texto é visto como um produto lógico do pensamento ( representação mental) do autor, nada mais cabendo ao leitor senão “ captar” essa representação mental, juntamente com as intenções( psicológicas) do produtor, exercendo, pois, um papel passivo.A leitura assim, é entendida como atividade de captação das idéias do autor, sem se levar em conta as experiências e os conhecimentos do leitor, a interação autortextoleitor com propósitos construídos sociocognitivo interacional. O foco de atenção é, pois o autor e suas intenções, e o sentido está centrado no autor, bastando tão somente ao leitor captar essas intenções.Foco no textoPor sua vez, á concepção de língua como estrutura corresponde a de sujeito determinado, “assujeitado” pelo sistema,caracterizado por uma espécie de “ não consciência, ”. O princípio explicativo de todo e qualquer fenômeno e de todo e qualquer comportamento indivudual repousa sobre a consideração do sistema, que lingüístico, quer social.Nessa concepção de língua como código portanto como instrumento de comunicação – e de sujeito como (pré) determinado pelo sistema, o texto e visto como simples produto de codificação de um emissor a ser decodificado pelo leitor \ ouvinte, bastando a este, para tanto o código utilizado.Consequentemente, a leitura, é uma atividade que exige do leitor o foco no texto, em sua linearidade, uma vez que “ tudo está dito”. Se, na concepão anterior, ao leitor cabia,o reconhecimento do sentido das palavras e estruturas do texto. Em ambas, porém , o leitor é caracterizado por realizar uma atividade de reconhecimento, de reprodução.Na concepção interacional( dialógica) da língua, os sujeitos são vistos como atores\ construtores sociais, sujeitos ativos que _ dialogicamente – se constroem e são construídos no texto, considerado o próprio lugar da interação e da constituição dos interlocutores.
A leitura é uma atividade na qual se leva em conta experiências e os conhecimentos do leitor. A leitura de um texto exige do leitor bem mais que o conhecimento do código linguístico, uma vez que o texto não é simples produto da decodificação de um emissor a ser decodificado por um receptor passivo.A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de compreensão e interpretação do texto, a partir de seus objetivos, de seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a linguagem etc. Não se trata de extrair informação, decodificando letra por letra, palavra por palavra. Trata se de uma atividade que implica estratégias de seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível proficiência. È o uso desses procedimentos que possibilita controlar o que vai sendo lido, permitindo tomar decisões diante de compreensão, avançar na busca de esclarecimentos, validar no texto suposições feitas.(PCNs) KOCH, Ingedore V. e Elias, Vanda Maria.Ler e compreender:Os sentidos do texto. São Paulo, 2008.
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Texto
Na linguística, a noção de texto é ampla e ainda aberta a uma definição mais precisa. Grosso modo, pode ser entendido como manifestação linguística das ideias de um autor, que serão interpretadas pelo leitor de acordo com seus conhecimentos linguísticos e culturais. Seu tamanho é variável.
“Conjunto de palavras e frases articuladas, escritas sobre qualquer suporte”.
“Obra escrita considerada na sua redação original e autêntica (por oposição a sumário, tradução, notas, comentários, etc.)”.
"Um texto é uma ocorrência lingüística, escrita ou falada de qualquer extensão, dotada de unidade sociocomunicativa, semântica e formal. É uma unidade de linguagem em uso."
O interesse pelo texto como objeto de estudo gerou vários trabalhos importantes de teóricos da Lingüística Textual, que percorreram fases diversas cujas características principais eram transpor os limites da frase descontextualizada da gramática tradicional e ainda incluir os relevantes papéis do autor e do leitor na construção de textos.
Um texto pode ser escrito ou oral e, em sentido lato, pode ser também não verbal.
Texto crítico é uma produção textual que parte de um processo reflexivo e analítico gerando um conteúdo com crítica construtiva e bem fundamentada.
Em artes gráficas, o texto é a parte verbal, lingüística, por oposição às ilustrações.
Todo texto tem que ter alguns aspectos formais, ou seja, tem que ter estrutura, elementos que estabelecem relaçao entre si. Dentro dos aspectos formais temos a coesão e a coerência, que dão sentido e forma ao texto. "A coesão textual é a relação, a ligação, a conexão entre as palavras, expressões ou frases do texto”. A coerência está relacionada com a compreensão, a interpretação do que se diz ou escreve. Um texto precisa ter sentido, isto é, precisa ter coerência. Embora a coesão não seja condição suficiente para que enunciados se constituam em textos, são os elementos coesivos que lhes dão maior legibilidade e evidenciam as relações entre seus diversos componentes, a coerência depende da coesão.
Textos Literários e não Literários
Os textos literários,são aqueles que, em geral, têm o objetivo de emocionar o leitor, e para isso exploram a linguagem conotativa ou poética. Em geral, ocorre o predomínio da função emotiva e poética.
Exemplos de textos literários: poemas, romances literários, contos, telenovelas.
Os textos não literários pretendem informar o leitor de forma direta e objetiva, a partir de uma linguagem denotativa. A função referencial predomina nos textos nãoliterários.
Exemplos de textos nãoliterários: notícias e reportagens jornalísticas, textos de livros didáticos de História, Geografia, Ciências, textos científicos em geral, receitas culinárias, bulas de remédio.
Bibliografia
• AURÉLIO. Vejase FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio eletrônico – Século XXI.
• COSTA VAL, M. da Graça. Redação e textualidade. São Paulo, Martins Fontes, 1991.
• CAMARGO, Ana Maria de Almeida; BELLOTTO, Heloísa Liberalli (orgs.). Dicionário de terminologia arquivística. São Paulo: Associação dos Arquivistas Brasileiros – Núcleo de São Paulo / Secretaria de Estado da Cultura – Departamento de Museus e Arquivos, 1996.
• FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário Aurélio eletrônico – Século XXI. Versão 3.0. São Paulo: Lexikon, 1999.
• KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça; TRAVAGLIA, Luis Carlos. Texto e coerência. 8.ed. São Paulo: Cortez, 2002.
• PLATÃO & FIORIN. Para entender o texto: leitura e redação. 3.ed. São Paulo: Ática, 1996.
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Tipologia textual é a forma como um texto se apresenta. As tipologias existentes são: descrição, narração, dissertação, exposição, injunção, diálogo e entrevista. É importante que não se confunda tipo textual com gênero textual.
Explicação
O objetivo do texto é passar conhecimento para o leitor. Nesse tipo textual, não se faz a defesa de uma idéia. Exemplos de textos explicativos são os encontrados em manuais de instruções.
Informativo
Texto informativo, tem a função de informar o leitor a respeito de algo ou alguém, é o texto de uma notícia de jornal, de revista, folhetos informativos, propagandas. Uso da função referencial da linguagem, 3ª pessoa do singular.
Descrição
Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, podese até descrever sensações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa "criar" com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se refere.
Narração
Modalidade em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo certos personagens. Referese a objetos do mundo real. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou a Bela Adormecida, até as picantes piadas do cotidiano.
Dissertação
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo.
Argumentativo
Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativoargumentativo.
Exemplos: texto de opinião, carta do leitor, carta de solicitação, deliberação informal, discurso de defesa e acusação (advocacia), resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial
Exposição
Apresenta informações sobre assuntos, expõe ideias; explica, avalia, reflete. (analisa ideias).
Estrutura básica:
• ideia principal;• desenvolvimento;• conclusão.
Uso de linguagem clara. Ex: ensaios, artigos científicos, exposições,etc.
Injunção
Indica como realizar uma ação. É também utilizado para predizer acontecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo. Há também o uso do futuro do presente. Ex: Receita de um bolo e manuais.
Diálogo
Diálogo é uma conversação estabelecida entre duas ou mais pessoas. Pode conter marcas da linguagem oral, como pausas e retomadas.
Entrevista
Entrevista é uma conversação entre duas ou mais pessoas (o entrevistador e o entrevistado), na qual perguntas são feitas pelo entrevistador para obter informação do entrevistado. Os repórteres entrevistam as suas fontes para obter declarações que validem as informações apuradas ou que relatem situações vividas por personagens. Antes de ir para a rua, o repórter recebe uma pauta que contém informações que o
ajudarão a construir a matéria. Além das informações, a pauta sugere o enfoque a ser trabalhado assim como as fontes a serem entrevistadas. Antes da entrevista o repórter costuma reunir o máximo de informações disponíveis sobre o assunto a ser abordado e sobre a pessoa que será entrevistada. Munido deste material, ele formula perguntas que levem o entrevistado a fornecer informações novas e relevantes. O repórter também deve ser perspicaz para perceber se o entrevistado mente ou manipula dados nas suas respostas, fato que costuma acontecer principalmente com as fontes oficiais do tema. Por exemplo, quando o repórter vai entrevistar o presidente de uma instituição pública sobre um problema que está a afetar o fornecimento de serviços à população, ele tende a evitar as perguntas e a querer reverter a resposta para o que considera positivo na instituição. É importante que o repórter seja insistente. O entrevistador deve conquistar a confiança do entrevistado, mas não tentar dominálo, nem ser por ele dominado. Caso contrário, acabará induzindo as respostas ou perdendo a objetividade.
As entrevistas apresentam com frequência alguns sinais de pontuação como o ponto de interrogação, o travessão, aspas, reticências, parêntese e as vezes colchetes, que servem para dar ao leitor maior informações que ele supostamente desconhece. O título da entrevista é um enunciado curto que chama a atenção do leitor e resume a ideia básica da entrevista. Pode estar todo em letra maiúscula e recebe maior destaque da página. Na maioria dos casos, apenas as preposições ficam com a letra minúscula. O subtítulo introduz o objetivo principal da entrevista e não vem seguido de ponto final. É um pequeno texto e vem em destaque também. A fotografia do entrevistado aparece normalmente na primeira página da entrevista e pode estar acompanhada por uma frase dita por ele. As frases importantes ditas pelo entrevistado e que aparecem em destaque nas outras páginas da entrevista são chamadas de "olho".
SARMENTO,Leila Lauar Oficina de redação: 2ª ediçã. Moderna.