Textos dos Power Points de Mídias Globais - Luiz Leo
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Arquivo: Aula0401.pps 4.1. O modelo global da informação: os novos atores do sistema
• Polarização comunicativa (efeito da expansão tecnológica do sistema) • Planeta transformado em ambiente de ressonância uníssona • Controle dos aparatos midiáticos = poder de influência sobre a sociedade
“Rede sem Fim” (Louis Brandeis, no discurso de posse da presidência da Suprema Corte norte-‐americana, anos 80) "a prática de interligar diretorias é a raiz de muitos males... ofende leis humanas e divinas ... leva à deslealdade e viola a lei fundamental de que ninguém pode servir a dois senhores..." Sinergia corporativa: as mega mídias A prática tem demonstrado que, a medida que crescem, os conglomerados de mídia tendem a se integrar aos mais altos níveis da vida de bancos, indústrias e serviços do mercado convencional (seja como atividade subsidiária, seja como empreendimento principal, ligados por meio de seus boards) É o que evidencia a onda de fusões e incorporações que varre o planeta desde o início dos anos 80, quando acentuaram-‐se as interligações das altas cúpulas de diretorias das grandes empresas, muitas delas originárias de ramos de atividades completamente distintos A lógica das concentrações A literatura especializada identifica os atos de concentração, ou seja, as operações que geram a combinação da participação de agentes diferentes e que, portanto, não podem mais ser vistos de forma independente, em três naturezas distintas: Concentração horizontal: modelo de concentração que envolve agentes econômicos distintos e competidores entre si, que ofertam o mesmo produto ou serviço em um determinado mercado relevante. Concentração (ou integração) vertical: modelo de concentração que envolve agentes econômicos distintos, que ofertam produtos ou serviços distintos e que fazem parte da mesma cadeia produtiva. Conglomeração: envolve agentes econômicos distintos, que ofertam produtos ou serviços distintos que podem ou não ser complementares entre si, mas que, certamente, não fazem parte da mesma cadeia produtiva Origem das fusões No mercado norte-‐americano, a onda de incorporações vem desenhando um quadro sintomático: em 1983 eram 50 as empresas que controlavam a mídia de massa no país. Dez anos depois (1993), este número já estava em 23 e diminuindo: atualmente (2013) os especialistas estimam que existam em torno de 05 mega-‐corporações de mídia atuando mais fortemente no setor Com isso, a cada ano é cada vez mais provável que o cidadão americano, ao se voltar para qualquer meio de comunicação esteja recebendo informações
fornecidas por corporações, que ultimamente são detentoras de enormes volumes de ações e poder de voto Associações históricas A história das incorporações no mercado mundial da informação começou pelos Estados Unidos e rapidamente se expandiu pelo planeta:
• 1989: no primeiro movimento de peso no setor, o grupo Time Inc (editora) comprou a Warner Communications (estúdio cinematográfico) por U$ 15 bilhões
• 2001: em janeiro, o grupo AOL adquiriu o consórcio TW por U$ 154 bilhões, na maior operação de mídia já realizada (pela primeira vez por um grupo da nova mídia)
Outras fusões Entre 1990 e 1993 houve um intenso deslocamento de capital nipônico rumo à indústria do entretenimento norte-‐americana:
• 1991: a Sony comprou a Columbia Pictures por U$ 5 bilhões • 1993: a Matsushita adquiriu os estúdios MCA-‐Universal por U$ 7,4
bilhões • 1994: a Viacom, contra-‐atacou anunciando uma fusão de U$ 8,4 bilhões
com a Blockbuster e depois outra de U$ 9,6 bilhões com a Paramount Pictures
Nas ondas da comunicação Os negócios chegaram ao ano de 1995 exibindo cifras impressionantes. Em agosto, numa transação que superou as estimativas mais otimistas, a Disney anunciou a aquisição da Capital Cities/ABC, por U$ 19 bilhões, na (até então) maior fusão da história da mídia. No dia seguinte, foi a vez da Westingwouse oferecer U$ 5,4 bilhões pela rede de televisão CBS Além disso, outros gigantes formaram joint-‐ventures no mesmo período: a MCI Communications com a News Corporation e a Microsoft, do todo poderoso Bill Gates, com os estúdios da Dreams Works (de Steven Spielberg, David Geffen e Jefrey Katzenberg) Quanto “vale” a informação ? Outra grande fusão do período, ocorrida em setembro de 1999, é aquela em que uniu Viacom (contraladora da cadeia MTV e dos estúdios Paramount Pictures) e CBS numa operação de U$ 37 bilhões No mesmo período (1997), o governo de desfez de um dos maiores patrimônios, a usina Vale do Rio Doce, com um subsolo riquíssimo em minerais, pela quantia de U$ 3 bilhões (equipamentos inclusos) Fusões e transgressões Não por coincidência, grande parte das empresas que ocupam as primeiras posições do ranking das maiores corporações do planeta acumulam enorme poder de influência. Muitas investem indistintamente (e ao mesmo tempo) em
agricultura, linhas aéreas, carvão, petróleo, bancos, seguros, agropecuária, comércio de automóveis, engenharia espacial, energia atômica e até armas nucleares Grande parte dessas outras atividades beneficiam-‐se do braço midiático das suas operações, pois tem espaço garantido para divulgar seus produtos, serviços e ideias! Uma via de mão dupla Para Dênis de Moraes, “As corporações de mídia exercem um duplo papel na contemporaneidade”. O primeiro, como agentes operacionais da enunciação discursiva (legitimando o ideário global, ao transformá-‐lo no discurso social hegemônico); e ao mesmo tempo, como agentes econômicos, contribuindo para revigorar o modo de produção capitalista, haja visto o vigoroso crescimento das indústrias de informação, no último quarto de século, ainda que em meio a desaceleração da economia internacional Novas liberdades? O resultado da concentração midiática não é tão alentador quanto sugerem os proprietários de tais operações e/ou seus defensores:
• a opinião pública passa a ser “orientada” por um pequeno número de corporações privadas, cujo poder de abrangência é cada vez mais global (em paralelo à diminuição do número de operadores)
• o papel regulador do Estado é substituído por uma nova modalidade de controle, mais eficiente, baseada nos critérios privados e comerciais de liberdade de influência (perda de diversidade informativa)
A exuberância da mídia norte-‐americana Os Estados Unidos reúnem algum dos maiores empreendimentos de midia do planeta, dispersos em diversos setores, ora concorrendo entre si, ora cooperando, na forma de parcerias comerciais, joint-‐ventures, dentre outras modalidades Os donos do papel No ambiente de mídia impressa são lideranças do mercado norte-‐americano: Hearst Corporation – Fundado por um dos maiores magnatas da comunicação em toda a história, William Randolph Hearst, a Hearst de hoje investe fortemente em TV, jornais e revistas. Este grupo é dono de marcas importantes como “Cosmopolitan” e “Marie Claire”, além de ser parceiro da apresentadora Oprah Winfrey Tribune Company – Grupo de mídia com duas dezenas de emissoras de TV, quase uma centena de sites, emissoras de TV a cabo, rádio, grandes jornais em inglês e espanhol (como “Los Angeles Times” e “Chicago Tribune”), revistas, empresas de multimídia e o time de basebol Chicago Cubs Lideranças regionais
Cox Enterprises – Reúne varias emissoras de televisão, dezenas de jornais diáriso e não diários, empresas de Internet, provedores de banda larga, mais de uma centena de rádios Ame FM (distribuídas em dezenas de mercados mundiais). Além disso, também é um dos maiores prestadores de serviços automotivos dos Estados Unidos Liberty Media – seus negócios são organizados em três divisões: Liberty Interactive (Internet), Liberty Starz (TV por assinatura) e Liberty Capital (área que reúne os investimentos que não se enquadram nas outras duas divisões, como, por exemplo, o controle do canal de vendas QVC e as participações minoritárias na Viacom, Time Warner e Direct TV Group Univision – A maior rede de TV aberta em espanhol dos Estados Unidos também atua no rádio, música, TV paga e Internet. Tem como meta ser a principal fornecedora de informação e entretenimento para a grande comunidade hispânica dos Estados Unidos (que, segundo estimativas, é um mercado que possui números equivalentes à economia mexicana) Crescendo em uma terra de gigantes... Com pesados investimentos no setor a cabo, broadcasting, telefonia e novas mídias, a Comcast tem apresentado uma das melhores performances dentre as gigantes do setor. Reunindo múltiplas operações em diversos segmentos de negócios, começa a ameaçar a liderança de mais de uma década dos seus principais concorrentes no mercado global da informação Comcast Corporate A empresa se define como uma empresa global de mídia e tecnologia, estruturada em duas grandes divisões (negócios primários): Comcast Cable e NBCUniversal. A partir deles, oferece programação de vídeo, acesso rápido à internet e telefonia, além de diversos canais, de notícias a negócios, passando por entretenimento, esportes, filmes e parques temáticos, com atividades estruturadas em quatros segmentos diferentes: Os velhos pesos pesados The Walt Disney Company – Organizada em cinco divisões (Studio Entertainment, Parks and Resorts, Consumer Products, Media Networks e Disney Interactive), esse complexo de mídia e entretenimento, fundado pelo gênio da animação, Walt Disney, hoje está presente em diversas áreas: do esporte (com a ESPN) às telenovelas (SOAPnet). A Disney, além de seus tradicionais estúdios e parques, também é proprietária da rede de TV estadunidense ABC Os velhos pesos pesados Time Warner – Grupo que materializou as maiores fusões da história da mídia, continua sendo um dos principais operadores do mercado global, com atuação nos cinco continentes, através de centenas de plataformas. Estrutura-‐se em torno de quatro divisões: Turner Broadcasting System, Warner Bros. Entertainment, Home Box Office e Time Inc, explorando de TV ao cinema, passando por impressos, música e internet.
Viacom -‐ Uma das mais tradicionais empresas de mídia do mundo, promoveu recente cisão, convertendo uma de suas principais divisões (a CBS Corporation) em um negócio multimídia independente (encabeçado pela CBS Television Network: a maior rede de TV aberta dos Estados Unidos). Continua controlando dezenas de plataformas, principalmente ligados ao entretenimento, a TV, cinema, online e mobile, reunindo cerca de 160 emissoras pelo mundo, que alcançam mais de 700 milhões de usuários Os novos colossos Oriundos do novo mercado de negócios on line, três empreendimentos surgem com toda a força na última década, do mercado norte-‐americano para o mundo, prometendo “roubar”dos operadores tradicionais o lugar de destaque que sempre ocuparam. Fortalecendo-‐se nas plataformas digitais e além delas... Os “novos/velhos” gigantes No disputado mercado de produção e distribuição de conteúdos informativos e lazer, empresas de tecnologia e prestadores de serviços dos mais diversos segmentos de mercado, vem se dedicando a investir com apetite. São apontados pelos especialistas como possíveis lideranças de um mercado que não tem limites para crescer Fusões globais Pelo mundo, a lógica da concentração não é diferente. Grupos gigantescos de mídia passaram a se formar nos cinco continentes nas duas últimas décadas: O “cidadão Kane” contemporâneo Na ciranda de cifras astronômicas e poderes ilimitados, um nome se tornou símbolo da era das concentrações na indústria das comunicações: o do magnata australiano (naturalizado americano) Rupert Murdoch Midas da mídia, Murdoch expandiu seu império pelos quatro cantos do planeta. Sua empresa, a News Corporation, se tornou um dos mais importantes grupos de comunicação do mundo, com redes de televisão, canais a cabo, serviços de satélites, estúdios de cinema, jornais, revistas, editoras e gravadoras, serviços de telefonia e informática, cujos tentáculos se estendem pelos cinco continentes Fundado e liderado por Murdoch, a News Corp. é um dos mega grupos planetários, reunindo os estúdios de cinema e canais de TV com a marca Fox, jornais tradicionais como “The Wall Street Journal”, “New York Post”, “The Times” e “The Sun”, o sistema de TV por assinatura via satélite BSkyB, entre outros negócios Outros barões da mídia mundial Como no jogo da mídia o que manda é o dinheiro, além da News Corp., há outras grandes corporações, pertencentes a influentes personalidades da mídia moderna, que aspiram um papel mais proeminente na área Na Europa, após a morte de Robert Maxwell, do grupo britânico Maxwell Communication Corporation (ex British Printing Co), o poder se dispersou , passando às mãos de alguns poucos, mas bem abastados “concorrentes”
Padrões de concentração europeu (Reino Unido) No concorrido mercado inglês estão situados alguns dos mais importantes grupos de mídia do planeta. Além da News Corp, tem sede em Londres o poderoso grupo Pearson, que reúne em seu complexo editorial a divisão Financial Times e vem empreendendo esforços na aquisição de concorrentes: a Handom House, do grupo alemão Bettersmann, como destaque de uma corrida sem precedentes no mercado editorial internacional Em paralelo, a maior rede comercial de TV do Reino Unido, a ITV disputa um concorrido mercado de produção informativa com operadores de diversos segmentos: agências de informação, de publicidade, telefonia e internet, além da maior rede de rádio e teledifusão pública do mundo Padrões de concentração europeu (Alemanha) Na Alemanha há pelo menos três grupos que disputam espaço no cenário da mídia. Um deles, o grupo Beta-‐Taurus (KirchMedia), que integra o conglomerado Kirchgruppe *, atualmente em delicado processo de recuperação judicial; outro, o grupo Axel Springer, com forte atuação no segmento impresso, reunindo mais de 200 jornais e revistas, além de operações on line, rádio e televisão Com ambições maiores, o Bertelsmann Media Group, que atua simultaneamente, no mercado internacional, nos setores fonográfico, cinematográfico, editorial, fora suas participações no mercado continental europeu em televisão, rádio e mídia impressa expande-‐se velozmente, com apetite sempre crescente Padrões de concentração europeu (Itália) Mediaset – De propriedade do ex primeiro-‐ministro italiano Silvio Berlusconi, o grupo Mediaset possui três redes de TV aberta na Itália e uma na Espanha, canais por assinatura, agências de publicidade, serviços de informação, gravadoras, produtoras de cinema, dentre outras atividades. A Mediaset faz parte do Gruppo Fininvest que também é dono do grupo editorial Mondadori, do tradicional Teatro Manzoni e do clube de futebol Milan Padrões de concentração europeu (França) Do coração da Europa ganha força o mais recente fenômeno da comunicação global. Durante os abalos gerados pela crise dos escândalos contábeis, nos EUA, em 2008, o grupo Vivendi cresceu de forma acentuada, ocupando um posto de destaque dentre os maiores complexos de mídia do mundo Seu crescimento vem desde 2000, quando adquiriu o canal USA Networks se tornando um importante operador de mídia no concorrido mercado norte-‐americano (tendo sido também proprietário dos estúdios Universal), além de controlador do maior grupo fonográfico do planeta: a Universal Music Concorrente de peso No mercado francês, o Grupo Legardère (controlador da editora Hachette Livre) investe pesado no mercado editorial de livros, jornais e revistas, estações de
rádio , produção audiovisual, conteúdo online, esporte e entretenimento, direitos de transmissão, lojas de varejo, publicidade , dentre outros Padrões de concentração ibéricos (Portugal) Cofina – Um dos maiores proprietários de jornais e revistas de Portugal. A Cofina possui marcas tradicionais como “Correio da Manhã”, “Record”, “Máxima” e “Automotor” Impresa – Grupo fundado pelo empresário e político Francisco Pinto Balsemão. Possui revistas importantes como as versões portuguesas da “Exame”, “Caras” e “Casa Cláudia”, além de uma das maiores TVs do país: a SIC (fundada em parceria com as Organizações Globo) Padrões de concentração ibéricos (Espanha) Grupo Planeta – Maior grupo de comunicação da Espanha com capital 100% familiar. Líder no mercado de livros, o Grupo Planeta também está no setor de televisão (Antena 3), rádio, Internet e jornais (com o “La Razón”, por exemplo) Grupo Prisa – Proprietário do tradicional jornal “El País”, além de dezenas de emissoras de rádio, sites, empresas de TV por assinatura, além de importante participação no grupo português Media Capital Media Capital – Pertencente ao grupo espanhol Prisa, o Media Capital possui um fortíssimo braço de produção audiovisual encabeçado pela NBP, além da atual líder de audiência de Portugal, a TVI. Revistas, gravadora, outdoor, rádios, financeira e Internet também estão no portfólio da Media Capital A periferia no jogo da mídia Os mercados da comunicação fora do eixo EUA-‐Europa apresentam características contrastantes. Da Ásia ao Oriente Médio, da Oceania ao continente africano, passando pelas Américas, toda a sorte de empreendimentos voltados a produção e circulação de conteúdos informativos dão forma a uma nova geopolítica da cultura e da informação, cujos contornos e alcance são para lá de imprevisíveis... A força que vem do oriente Uma das cincos maiores economias do mundo, o Japão marca uma posição firme no segmento de mídia, com duas fortes operações globais: Sony Corporation – O grupo fundado por Akio Morita acabou se convertendo numa espécie de keiretsu (conglomerado), afinal, o grupo também possui (atuando especialmente no Japão) bancos, seguradoras, hospitais, empresas de energia e engenharia, além das suas famosas indústrias de eletroeletrônicos. Na área de mídia, a Sony controla a Columbia/TriStar e a MGM/UA, além de produtoras de programas para TV (Sony Pictures Television, Jeopardy Productions) e canais por assinatura (como AXN, Animax e o próprio Sony Entertainment Television) Fuji Media Holdings – A Fuji Television Network é a maior rede de TV do Japão. Para se adequar a nova legislação de radiodifusão adotada no país, lançou em a Fuji Media Holdings: uma empresa que congrega 19 negócios e que são organizados em seis áreas: radiodifusão, produção, vídeo e música, “life
information”, publicidade e outros. As empresas afiliadas são colocadas à parte no portifólio e, dentre elas, está o “Sankei Shimbum”, um dos maiores jornais do Japão. A Fuji é parte do keiretsu Fujisankei Communications Group, composto por quase 80 empresas e 3 museus de arte A força dos emergentes (Índia) No contexto dos BRICs, poderosos grupos de comunicação tem demonstrado sua força e disposição de marcar novas posições (de destaque) no mercado internacional da informação. Deles, destaca-‐se: Reliance Big Entertainment– A reboque da poderosa indústria de filmes de Bombaim (a Bollywood indiana) o grupo de cinema e TV comandado por Amit Khanna não para de crescer. A última aquisição foi uma generosa participação acionária no emblemático estúdio de cinema norte-‐americano DreamWorks, de Steven Spilberg. Estruturado em três divisões de negócios (Internet & Novas Mídias, Broadcasting e Entretenimento) concentra algumas das mais importantes empresas de mídia da Ásia O outro gigante da Ásia (China) CCTV -‐ China Central Television ou Chinese Central Television, é a maior estação de televisão nacional da China. Pertencente e controlada pelo Ministério de Rádio, Televisão e Filme da China, tornou-‐se um ativo produtor e exportador de conteúdo audio-‐visual da Ásia. Vem estabelecendo acordos operacionais com grupos de mídias internacionais, como forma de ampliar sua atuação no cenário global –o mais recente (2007) com o Grupo Cisneros, venezuelano O governo chinês ainda é um forte operador de outros segmentos da atividade comunicativa, quando não exercendo um monopólio de Estado absoluto (casos da imprensa, editoras e internet) com ambições regionais incontidas: A força das savanas e das estepes (África do Sul e Rússia) Naspers Limited -‐ O maior grupo de comunicação da África do Sul (que integra o conglomerado sul-‐africano HML Group), possui editoras e empresas de tecnologia e TV por assinatura também em outros países africanos e europeus, além da China. Recentemente (2006), efetivou uma primeira participação (aporte) de capital internacional em uma grande empresa de comunicação brasileira: o Grupo Abril Gazprom Media -‐ Subsidiária (divisão de mídia) do maior conglomerado Russo, o grupo Gazprom. Tem atividades em diversos setores da comunicação do país (TV, rádio, editoras, publicidade, internet, cinema, tecnologias digitais, etc). É um dos maiores grupos de comunição não europeu, tendo como acionista majoritário o próprio governo do país Concentração fora “de fora” do eixo (Oriente Médio) Middle East Broadcasting Center (MBC) -‐ Primeiro grupo privado de comunicação aberta do Mundo Árabe. Concentra suas atividades nos segmentos de TV, rádio e internet (novas mídias), com dezenas de estações e sites alinhados em torno de sua programação, francamente pan-‐árabe. Tem sua sede em Dubai,
nos Emirados Árabes, mas o empreendimento conta com forte participação acionária da Árabia Saudita. Al Jazeera -‐ Maior emissora fechada de TV do Oriente Médio, controlada pelo grupo Al Jazeera Network (anteriormente Qatar Media Corporation), sediado em Doha, no Qatar. Tem como Chairman Hamad bin Thamer Al Thani, que comandou a expansão dcãos negócios envolvendo a rede de TV e a multiplicação das plataformas de operação da Al Jazeera (sobretudo na internet), com um conteúdo de programação veiculado em diversas línguas e países. Padrões de concentração latino-‐americanos Consolidação parece ser a palavra chave no setor de mídia, depois do processo de fusões e aquisições que tomou conta do mercado de comunicações na década de noventa. E o resultado foi uma redução dramática no número de operadores do setor. Mais perto dos trópicos, o padrão de concentração se repete: da Venezuela emerge o portentoso grupo Cisneros, no México localiza-‐se o maior complexo de TV do planeta, a Televisa e, da Argentina, vem um dos grupos editoriais mais fortes do continente: Clarin A mídia mexicana Grupo Televisa (México) – Maior grupo de comunicação em espanhol do mundo, Televisa é líder em praticamente todos os setores em que atua. Dirige 5 redes de TV, dezenas de rádio, três times de futebol da primeira divisão, o maior estádio do país (o Estádio Azteca), bingos, loterias, companhia aérea, gravadora, produtora de filmes e muitos outros negócios Grupo Salinas – Nascido no varejo através da rede de lojas Elektra (a Casas Bahia do México), esse conglomerado expandiu-‐se para TV com a aquisição, no início dos anos 1990, dos canais de TV do governo mexicano e transformando-‐os na TV Azteca. Hoje, possui banco (Banco Azteca) e seguradora, time de futebol (Monarcas Morelia), além da rede de TV latina Azteca América, presente (em TV aberta) em diversas praças importantes. A mídia na Venezuela/Colômbia Da Venezuela emerge o poderoso grupo Cisneros, que reúne mais de 70 companhias espalhadas por mais de 90 países, com um faturamento da ordem de U$ 4 bilhões. Comandante do grupo, Gustavo Cisneros sócio da AOL Latino-‐Americana, lidera o mundo hispânico das comunicações ampliando seus domínios orientado por um dogma: "só queremos alcançar o céu" (comentado após adquirir, em 1997, a Imagen Satellital) Organización Cisneros – Com experiência em praticamente todos os setores da economia (de mostarda à TI, passando por petrolíferas, graxa para sapato, mineração, rádios e supermercados), Cisneros é dono de redes de TV na Venezuela e Colômbia, além de canais com alcance internacional como a Venevision International Valorem – Nascido do Grupo Empresarial Bavaria, líder no ramo cervejeiro colombiano, Valorem é um grupo administrado como se fosse um fundo de
investimentos e que possui participações na Caracol Televisión (Colômbia), líder de audiência naquele país A mídia argentina Grupo Clarín – Maior grupo de comunicações da Argentina. Possui o mais importante diário do país, “Clarín”, além do jornal esportivo “Olé”. Comanda a Artear, maior grupo de canais da TV argentina, além de operadoras de TV por assinatura, rádios, revistas, gráficas, fábrica de papel e empresas de Internet e eventos Grupo Uno Medios -‐ Um dos maiores conglomerados de mídia da Argentina, reunindo empresas de TV por Assinatura, diversos canais abertos em todo o país (liderados pela America 2 de Buenos Aires), empresa de telecomunicações, diversas rádios AM e FM, outdoors, revistas e jornais Pramer -‐ Produtora de conteúdo voltada exclusivamente para a criação e gestão de canais de TV abertos e por assinatura. Sua base de atuação é na Argentina, mas seus canais alcançam toda a América Latina, inclusive o Brasil (como é o caso do Film&Arts). A Pramer, uma empresa do grupo norte-‐americano Liberty Global, é proprietária de dois canais de TV aberta argentinos
Arquivo: Aula0402.pps 4.2. Os atores da comunicação brasileira Um dos fatores decisivos na análise da realidade comunicativa do Brasil é o reduzido número de players efetivamente importantes para o setor Apesar de serem em pequeno número, tais operadores conservam para si mais de 2/3 do faturamento de toda a indústria, possibilitando aos demais operadores (de menor escala) uma parcela desproporcional das receitas Oligopólio: uma mídia de poucos Até o início dos anos 90, havia pelo menos dez grandes grupos de comunicação centralizando as atenções no setor: as famílias Bloch, Frias, Levy, Mesquista, Brito, Saad concorrendo em condições relativamente favoráveis com os Marinho, Abravanel e Civita Os maiores grupos brasileiros Na última década e meia, a liderança do setor se concentrou em menos grupos, com diferentes perfis corporativos e pesos estratégicos, respondendo pelos principais faturamentos do negócio A força da mídia nacional Apesar da crise que acompanhou o ambiente das comunicações brasileiras na primeira parte da década de 2000, os grandes grupos mantiveram-‐se fortes, seja diversificando suas atividades, contraindo créditos no mercado de investimentos ou reestruturando seus ativos. E já ao final da década, refletindo o ótimo momento da economia brasileira, recuperaram grande parte dos seus resultados Os donos da mídia brasileira Na tentativa de refletir o mapa da concentração da mídia no Brasil, o projeto Donos da Mídia passou a reunir dados públicos e informações fornecidas pelos grupos de mídia para montar um panorama completo da mídia brasileira. Nele
estão detalhadas diversas informações sobre os seguintes tipos de veículos: emissoras e retransmissoras de TV; rádios AM, FM, Comunitárias, OT e OC; operadoras de TV a cabo, MMDS e DTH; canais de TV por assinatura; e as principais revistas e jornais impressos Organizações Globo A maior empresa de comunicação brasileira é também a que responde pelas maiores dívidas do setor (atualmente). Constituída por uma série de operações (empresas) interligadas, atua também no sistema de parcerias (sociedades) distribuídas por todo o território nacional. A Globopar (Globo Comunicações e Participações) é a holding do grupo, que controla direta ou indiretamente, vários negócios: Organizações Globo Atualmente a empresa adota um sistema de gestão descentralizado, por segmento de negócios, com os executivos reportando-‐se a um colegiado formado pelos acionistas. O organograma da empresa tem no topo a família Marinho. Tendo superado uma forte instabilidade que abateu parte dos empreendimentos da família nos últimos dez anos, a empresa procura novos rumos concentrando seus negócios em comunicação * Historicamente , as empresas do grupo respondem, em média por 50 a 75% das verbas destinadas ao setor de mídia no Brasil Paralelamente, as operações mantêm relações estratégicas com grandes players do mercado global: Microsoft, de Bill Gates, News Corporation, de Rupert Murdoch, Telecom (TIM Itália), dentre outros Grupo Abril Tradicional vice-‐líder do setor de mídia no Brasil, o Grupo Abril ainda ocupa um espaço de destaque, porém, cada vez mais distante da liderança do setor. Já foi um dos cinqüenta maiores grupos empresariais do país, desenvolvendo uma série de operações nos principais segmentos da indústria da comunicação nacional Com o negócio dividido em quatro setores (Abril Mídia, Abril Gráfica, Abril Educação e Distribuição e Logística) atua na produção e distribuição de revistas, livros, obras didáticas, vídeos, CD’s, conteúdos e serviços on-‐line, multimídia, TV por assinatura... Todas estas operações garantiram ao grupo um crescimento expressivo, sobretudo na década de noventa, seguido de um forte declínio nos últimos dez anos Grupo Abril Fundada em 1950 por Victor Civita, com o lançamento da revista "O Pato Donald", a Abril chegou ao ano de seu cinqüentenário como um dos maiores grupos editoriais da América Latina Em 2005, a Abril iniciou uma significativa mudança no seu perfil corporativo, descontinuando atividades e abrindo novas frentes. Formalizou sociedade com o grupo de mídia sul-‐africano Naspers, que passou a deter 30% do capital do GA,
por US$ 422 milhões. Ratificando seu perfil pioneiro (já havia sido a primeira empresa de mídia a celebrar parceria com um operador estrangeiro, a Disney, nos anos 50), tornou-‐se também a primeira o fechar acordo com um sócio estratégico de seu próprio ramo Grupo Silvio Santos O Grupo Silvio Santos reúne um conjunto de mais de 30 empresas, atuando em áreas distintas (mas buscando resultados comuns), que o tornaram um dos 100 principais conglomerados empresariais do Brasil. É organizado em torno de três divisões operacionais: COMÉRCIO E SERVIÇOS (Baú, Liderança Capitalização – Tele Sena); FINANCEIRA (Banco, Distribuidora de Títulos, Leasing, Seguros, Veículos e Consórcios) DIVISÃO DE COMUNICAÇÃO (SBT, rádios, jornais, revistas, sites, etc) O grupo ainda tem investimentos nos setores de comércio varejista, distribuidora de peças e veículos, corretora de valores e arrendamento mercantil, agricultura, passando por cosméticos, alimentos, produção teatral e agricultura Novo concorrente de peso O principal acionista da Record, Edir Macedo, líder da Igreja Universal do Reino de Deus, começou a construir seu grupo de comunicação nos anos 1980, quando adquiriu a Rádio Copacabana. Em 1992, a Rádio e Televisão Record foi incorporada e não parou mais de crescer. Hoje, a TV Record cobre todo o Brasil e, através da Record Internacional, está também em aproximadamente 130 países. O grupo inaugurou recentemente o canal Record News (24 horas de noticiário) e está presente no rádio (Record AM), no jornalismo impresso “Correio do Povo” (RS), “Hoje em Dia” (MG) e “Folha Universal”, nas revistas “Plenitude”, “A Visão da Fé”, gravadora Line Records e a Universal Produções, que reúne agência de propaganda, escritório de design, estúdio de fotografia, gráfica, editora de livros e revistas, agência de notícias internacional, produtos infantis, televendas e o portal Arca Universal (internet), dentre outros. Outros grupos importantes – Sudeste (SP) Grupo Bandeirantes de Comunicação -‐ Fundado por João Saad, a partir da Rádio Bandeirantes, tornou-‐se um grande conglomerado que possui o maior grupo de rádio do país, duas redes abertas de TV, três canais segmentados, dois jornais, uma operadora de TV por assinatura, um selo musical e uma grande plataforma de interatividade. A família Saad também está presente no ramo imobiliário através da Aricanduva SA e na agropecuária com o Simental da Band Grupo Folha: fundado por Octavio Frias, é um conglomerado de mídia, que atua fortemente no setor de jornalismo impresso, mas operando ainda com editoras, gráficas, acesso à Internet e agência de notícias. O Grupo Folha é um dos grupos de jornais mais lido na Região Sul e sudeste do Brasil, mas não tão popular
noutras regiões do país, embora o jornal, Folha de São Paulo seja uma das maiores circulações diárias do país Grupo OESP: controlado pela família Mesquita, tem enorme importância no setor de notícias, com diversos jornais e revistas, estendendo sua atuação, ainda, para os segmentos editorial e radiofônico Outros grupos importantes – Sudeste (RJ – ES -‐ MG) Companhia Brasileira de Multimídia (CBM) – Componente da Docas Investimentos, a CBM surgiu a partir da Editora JB, responsável pela marca “Jornal do Brasil”. Hoje, a CBM reúne, além do JB, a Editora Peixes, a “Gazeta Mercantil” e os portais JB Online e InvestNews Rede Gazeta -‐maior grupo de mídia do Espírito Santo, a Rede Gazeta de Comunicação é composta por 16 negócios integrados. São três jornais (liderados pelo “A Gazeta”, fundado em 1928), quatro emissoras de rádio, três portais, uma rede de emissoras de TV que cobre todo o Estado, além de um canal por assinatura voltado só para o ES. A Rede Gazeta também conta com um importante braço de eventos e marketing promocional Rede Itatiaia -‐ maior operadora de rádio de Minas Gerais, o grupo é liderado pela tradicional Rádio Itatiaia AM/FM. Composto por 10 estações de rádio, uma rede de rádio via satélite (Itasat) e uma emissora de TV Outros grupos importantes – Sul (RS e PR) Grupo RBS -‐ maior grupo de comunicação regional, a RBS (Rede Brasil Sul) é composta por 18 emissoras de TV aberta, 2 canais regionais e um por assinatura, 26 rádios, 8 jornais, dois portais na Internet, editora, gravadora, empresa de logística, uma empresa de marketing e relacionamento com o público jovem, além da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho. Controlada pela Família Sirotsky Grupo Massa -‐ controlado pelo apresentador Carlos Massa (Ratinho), está sediado no Paraná e conta com forte presença nos setores alimentício, cervejeiro, hoteleiro, agropecuário e comunicação através das rádios Massa AM e FM, além da recém-‐lançada Rede Massa de Televisão, afiliada paranaense do SBT e da TV Massa Litoral Outros grupos importantes – Centro Oeste (DF) Diários Associados – Fundado por Assis Chateaubriand há 85 anos, quando adquiriu “O Jornal” do Rio de Janeiro, os Diários Associados são, até hoje, um dos maiores complexos de comunicação da América Latina e reúnem 15 jornais, 12 emissoras de rádio, 8 emissoras de televisão (mídia trazida para o Brasil pelos Associados em 1950 através da TV Tupi), 9 portais, 5 sites, fazendas, produtora de vídeo, agência de notícias, teatro, empresa de logística e imobiliária Outros grupos importantes – Nordeste Rede Bahia – atualmente um complexo de mídia regional, mas com origem no ramo de construção civil através da Construtora Santa Helena. Iniciada por Antônio Carlos Magalhães, em 1978, com o “Correio da Bahia”, expandiu-‐se com a fundação da TV Bahia (1985), transformando-‐se na principal rede televisiva do nordeste. Atualmente, a Rede Bahia é composta por 14 empresas distribuídas em
quatro segmentos: Mídia, Conteúdo & Entretenimento, Desenvolvimento de Novos Negócios e Construção Civil. Grupo JCPM -‐ o começo foi no varejo através da grande rede de supermercados Bompreço. Em 1987, o Grupo JCPM (iniciais do nome do fundador do grupo, João Carlos Paes Mendonça) adquiriu o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, que enfrentava graves problemas financeiros. Hoje, o grupo é o maior na mídia pernambucana e possui, além do Jornal do Commercio, as Rádios Jornal Recife e JC/CBN, além da TV Jornal e do portal JC Online Outros grupos importantes – Norte Rede Amazônica -‐ Nascida da agência Amazonas Publicidade, criada em 1968, tornou-‐se um grupo de comunicação em 1972 com a inauguração da Rádio TV do Amazonas. Hoje, é formado por várias emissoras de rádio e TV em todos os estados da região norte, além de portal na Internet, shopping, centro de convenções, fábrica de produtos de limpeza, empresa de energia solar e serviços de comunicação Sistema Mirante de Comunicação – Detém a Rede Mirante, afiliada à Rede Globo no Maranhão, com sede na região metropolitana de São Luís. Controlada pela Família Sarney, juntamente com: as rádios Mirante AM e Mirante FM, o jornal O Estado do Maranhão, a TV Upaon Açu, dentre outros ativos O Estado na comunicação Fundação Padre Anchieta -‐ No final dos anos 1960, o Governo do Estado de São Paulo adquiriu, dos Diários Associados, a Rádio e Televisão Cultura. A partir daí, nasceu a Fundação Padre Anchieta – Centro Paulista de Rádio e TV educativas, que hoje reúne: Televisão Cultura, Cultura AM, Cultura FM, Cultura Marcas, Cultura Serviços, Cultura Data e o site RadarCultura Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) – iniciativa da União (2007), o empreendimento visa integrar as estruturas comunicativas do Estado brasileiro, através da centralização de pelo menos quadro unidades operacionais: TV Brasil, Agência Brasil, Radio MEC e Rádio Nacional, dentre outras, que irão se criar Gigantes do setor público (Internacionais) Na operação midiática global, os agentes públicos, fomentados pelo Estado, também demonstram apetite para concorrer no negócio global da comunicação, com alguns representantes de peso Novos cenários midiáticos (Mundo) Segundo os analistas do setor, em um horizonte de cinco a dez anos, estará se desenhando um cenário singular para o universo da comunicação pelo mundo, sobretudo pela presença cada vez mais acentuada de novos operadores (de setores conexos ao universo da mídia tradicional, como empresas de telefonia, internet e tecnologia)...
• 5 a 10 mega-‐corporações dominando o mercado global de mídia • 10 a 30 grandes empresas atuando no nível regional (continental) • As demais empresas relegadas papéis nacionais ou local (secundários)
Padrões de concentração (Global) Teoria do Big Ten – Até a entrada do milênio, a liderança das comunicações estava entregue a uma dezena de mega grupos de mídia globais Hoje, os gigantes tem perfis cada vez mais diferenciados e desafiadores aos tradicionais operadores do mercado
Arquivo: Aula0501.pps Análise setorial da indústria da comunicação Vinculadas à área mais tradicional da indústria da comunicação, as atividades editoriais estão relacionadas as origens da mídia enquanto empreendimento econômico. Sua estruturação decorre dos primeiros aparatos técnicos voltados para a impressão gráfica. Revolucionários, promoveram transformações radicais na sociedade moderna, com base na produção de informação em escala Mídias impressas
! Mercado editorial de livros ! Mercado editorial de jornais ! Mercado editorial de revistas
Mídia impressa Abrange todas as formas de produção e distribuição de mídia no formato papel, sendo seus principais “ativos” os livros, os jornais e as revistas. Cada um destes segmentos, constitui parte importante da cadeia de produção da indústria de comunicação O mercado editorial de livros O livro ocupa uma posição de destaque na vida do homem. Meio que nos acompanha há séculos, experimentou diversas inovações tecnológicas ao longo dos anos, consolidando-‐se como instrumento por excelência na transmissão do saber formal Além de necessidade primordial, o livro é a prova maior da civilização e do progresso alcançados por nossa espécie. Com o aumento dos níveis de educação global, o mercado editorial de livros torna-‐se indispensável como fator de desenvolvimento humano Classificação: • Profissional (Science, Technical and Medical) • Didáticos (Educational) • Paradidáticos (Trade)
Cadeia produtiva do setor • Autor (criação) • Editor/Publisher (seleção, produção e financiamento) • Gráficas/Produtores de Papel e Equipamentos (fabricação e insumos) • Distribuidor/Atacadista/Livreiro (comercialização) • Bibliotecas/Escolas (acesso público)
Conjuntura do livro (impresso!)
A questão mais fundamental da “economia do livro” está na imensa diversidade de oferta de títulos, em meio a dispersão do público leitor virtualmente interessado em leitura + 2 milhões de títulos NOVOS são lançados anualmente no mundo + 500 títulos disponíveis para cada milhão de habitantes O descompasso entre a larga produção (além de um bem relativamente acessível, pode ser produzido em baixa escalada) e a incapacidade de absorção pelo público não é o único problema:
• mercado de nichos com graves entraves na logística de distribuição • dificuldade de formação de público leitor (questões culturais,
econômicas, políticas) • influência das novas tecnologias concorrentes (esvaziamento do hábito
leitura) • desafio da sustentabilidade (produto ecologicamente complexo)
Os contrastes do setor Os maiores grupos editoriais do mundo têm receitas anuais na casa dos bilhões de dólares. Em contrapartida, em países periféricos a realidade do livro no contexto da vida da sociedade ainda é marcada por limitações (políticas, financeiras, culturais...) O Ranking Global da Indústria Editorial, realizado desde 2006 por iniciativa de organizações setoriais como Livres Hebdo (França), The Bookseller (UK), Buchreport (Alemanha) e Publishers Weekly (EUA), analisa os maiores grupos editoriais do mundo, com faturamento acima de 150 milhões de euros (baseados no volume de vendas livros, periódicos e produtos digitais) A concentração do papel No mundo destacam-‐se cerca de 60 grupos editoriais que movimentam mais de 50 bilhões de euros. A metade desse valor fica nas mãos das primeiras 10 empresas da lista. Entre elas, figuram as brasileiras Abril Educação, na 40ª posição; Saraiva, na 50ª e FTD, na 58ª Os maiores mercados do livro A presença do livro nos principais mercados do mundo tem sofrido transformações sucessivas. Trata-‐se de um negócio bilionário (mais de € 100 bilhões), em que os principais operadores não medem esforços para ampliar sua penetração e aumento do domínio comercial Mercado editorial brasileiro Os dados do mercado de livros no Brasil são contrastantes: há pouco mais de 1.500 editoras no país e menos de 20% (IBGE) dos municípios brasileiros contam com estabelecimentos comerciais (menos de 3.000 mil livrarias) dedicadas exclusivamente a venda de livros (a Unesco recomenda que haja ao menos 1 livraria para cada 10 mil pessoas) ou públicos (menos de 5.000 bibliotecas municipais) Porém, com um volume de vendas na casa dos R$ 6 bilhões e mais de 50 mil títulos publicados anualmente, o Brasil está entre os dez maiores mercados do mundo, apesar do baixo índice de densidade demográfica de leitores (2,5 livros por habitante/ano)
Perspectivas do setor Há boas possibilidades para o livro impresso no mundo, que ainda conserva um significativo potencial de crescimento. O futuro dos livros ainda está reservado ao papel, embora as plataformas eletrônicas (e-‐books) estejam cada vez mais presentes Em grande parte, sua importância ainda reside na: • Tradição (como forma de transmissão de saber) • Níveis educacionais em elevação • Mercado de nichos, que “relativiza” a concentração (diversidade de
agentes) • Compradores institucionais, garantindo a produção • Combate à pirataria e valorização do direito autoral
Mercado editorial de jornais É a forma de publicação voltada (em regra) para um público heterogêneo, constituindo fonte primária de informação acerca de fatos socialmente mais relevantes. Sua função é levar, através da combinação de textos e imagens, o cidadão a espaços que ele não pode acessar diretamente Quanto a periodicidade * a) Diários: com cobertura dos fatos de até vinte e quatro horas anteriores (publicados ao menos 4 vezes por semana) b) Não diários: dedicados à cobertura de fatos abrangidos em períodos mais longos (publicados três vezes por semana ou menos) Quanto a circulação *
a) Vendas diretas b) Vendas por assinaturas c) Gratuitos
Formatos
• Standart (o maior e mais antigo deles, presente em todos os países) • Tablóide (criado na Inglaterra e muito popular nos EUA) • Berliner (tablóide europeu, é ligeiramente maior do que o inglês)
Circulação de jornais pelo mundo A indústria dos jornais é um dos negócios mais importantes da mídia planetária. Tanto na sua manifestação impressa quanto multimídia movimenta mais de U$ 200 bilhões em vendas, alcancando pelo menos 3 bilhões de pessoas (ou 72% dos adultos letrados dispostos pelo mundo), dos quais, 2,5 bilhões lêem jornais impressos e 600 milhões edições digitais Conjuntura do jornal Considerando a forte presença do jornal no cotidiano das sociedades contemporâneas, seus principais desafios estão relacionados a transformação de hábitos das pessoas, em um contexto tecnológico novo (mais integrado e interativo) Neste cenário, apesar de relevante social e acessível economicamente, enfrenta forte concorrência:
• com a dificuldade de formação de novos públicos e fuga de antigos leitores
• pela influência das novas tecnologias concorrentes (esvaziamento do hábito leitura)
• pelo desafio da sustentabilidade (produto ecologicamente complexo) A redução das tiragens Apesar do tamanho da indústria dos jornais, a queda na circulação é um dado que desafia gestores da área, após um breve período de recuperação. O setor vem encolhendo nos principais centros, com queda mais acentuada nos EUA e Europa Quem lê jornal sabe mais... será ? O consumo de jornais é mais difundido nos países desenvolvidos, porém, vem registrando maior nível de crescimento justamente nos centros menos desenvolvidos, como algumas regiões da Ásia e da América Latina O prestígio dos jornais internacionais Análise elaborada pela 4 International Media & Newspapers, que mapeia sete mil jornais em 200 países pelo mundo, classifica-‐os em um ranking dos periódicos mais populares do planeta: Os maiores do mundo No contexto dos maiores períodos planetários, o Japão destaca-‐se como o país que reúne a menor quantidade de publicações, porém, com as maiores tiragens do mundo Entidades importantes do setor de impressos World Editors Forum, (WEF), International Publishers Association (IPA), the International Federation of the Periodical Press (FIPP), the European Federation of Magazine Publishers (ENPA), the European Publishers Council (EPC), the European Magazine Publishers Association (FAEP) and SPMI (French association for magazine publishers, the association of French national newspapers, SPP, French regional daily newspaper association, SPQR A WAN, baseada em Paris, é a principal organização global da indústria de jornais, representando mais de 18.000 publicações, tendo entre seus membros 73 associações nacionais e executivos do setor distribuídos por 102 países, 11 agências de notícias e 09 grupos de imprensa de atuação regional e global (no Brasil tem como órgão representativo a ANJ). O jornal no Brasil O jornalismo impresso brasileiro tem andado na contramão do mundo, ao reverter uma tendência de queda nas tiragens dos seus principais periódicos de alcance nacional e regional Principais jornais brasileiros O mercado de jornais brasileiros é marcado pela forte concorrência. Novos títulos surgem com alguma frequência, sobretudo relacionados à ascensão das classes econômicas menos favorecidas
O mercado editorial das revistas A revista é um meio de comunicação diferenciado. Situa-‐se numa zona intermediária entre os jornais e os livros, embora não possua nem a profundidade literária destes últimos nem a atualidade informativa de um jornal. Caracteriza-‐se pela maior amplitude no tratamento dos conteúdos abordados e intensa segmentação dos assuntos existentes Comporta três grupos de publicações principais:
• Revistas de interesse geral: focadas em notícias mais genéricas • Revistas segmentadas por público: dirigidas a públicos determinados • Revistas segmentadas por interesses: dirigidas a assuntos específicos
A circulação mundial de revistas A indústria das revistas representa um significativo negócio para a mídia, movimentando um volume de receitas da ordem de U$ 100 bilhões anuais. Os Estados Unidos são o principal mercado do mundo, junto com a Europa (30% do share) e a venda de edições digitais já representa 15% da fatia do setor Entretanto, os efeitos da tecnologia digital afetam cada vez mais o negócio, implicando redução de receitas e, consequentemente, diminuição de exemplares em circulação, com exceção de mercados em desenvolvimento (como Brasil e China), onde crescem as tiragens, em termos absolutos Revistas no Brasil: em mercado em mutação Nos mercados mais desenvolvidos, a indústria de revistas vem sendo obrigada a promover uma rápida mudança de plataforma em função das transformações dos hábitos de consumo do leitor Na via inversa a esta tendência, mercados de consumo mais periféricos, como Brasil, ampliam sua participação no mercado, com lançamento de novos títulos, a despeito da queda de tiragens e faturamento Revistas no Brasil – Contrastes do setor O quadro mais contrastante do segmento de revistas no Brasil é o aumento de títulos lançados por ano, face a queda das tiragens Jornais e periódicos: a crise no setor A crise dos jornais impressos (e revistas), que começou nos Estados Unidos, instalou-‐se na Europa e vem chegando ao Brasil, continua causando grandes preocupações e incertezas sobre o futuro dos veículos impressos em todo o mundo Importância
• Credibilidade • Formação de pensamento crítico
Desafios • Perdas maciças das receitas de publicidade • Concorrência com novas mídias (paradigma digital) • Mudanças nos hábitos de leitura • Custo elevado (e paradigma ambiental) • Distribuição física (nos países periféricos)
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Por uma reengenharia comunicativa A mídia (bem como suas extensões) tornou-‐se uma indústria tão influente, que pode ser comparável à siderurgia da segunda metade do século XIX, ou à do automóvel na década de 1920. É neste segmento que são feitos os investimentos mais importantes da economia global de hoje Nele, empresas de eletrônicos fundem-‐se com empresas de telefonia, estas com empreendimentos de transmissão a cabo e por satélite, que por sua vez estão associados a editoras, redes de televisão, estúdios de cinema, gravadoras, parques gráficos, dentre outros, constituindo, enfim, mega-‐grupos empresariais que integram ambiente inteiros O alcance e a rentabilidade dos negócios relacionados à produção e distribuição de conteúdos informativos, em seu sentido mais abrangente, crescem em ritmo exponencial, instituindo uma nova cartografia de poder em um mundo crescentemente interdependente. Desta verdadeira revolução em curso, resulta uma nova batalha mundial por conteúdos O tamanho do capital informativo Enquanto a economia internacional desacelerou, o mercado de Tecnologia de informação e comunicação (TIC) vem crescendo. O desenvolvimento do comércio de conteúdos criativos passou a ter uma importância maior no dia a dia das sociedades (pessoas, empresas, Estados) De um setor para a economia inteira Com a ampliação da economia da informação, distinguem-‐se dois domínios da economia: o da matéria e da energia e o da informação No primeiro estão incluídas a agricultura e a indústria. O setor de informação passa a englobar uma enorme gama de atividades tangenciadas pela informação modificando-‐as de um padrão para outro Uma indústria remodelada A importância da informação para o mundo atual impõe um remodelamento do clássico conceito de indústria cultural. Em seu lugar, afirma-‐se um modelo de indústria muito mais amplo e complexo, fundado na economia criativa ou de conteúdos, que inclui os meios de comunicação, mas também o desafiador universo digital, a alta e a “baixa” cultura e ainda a oferta de serviços, com repertórios e formatos cada vez mais variados Indústrias Criativas Abrange processos que envolvem a criação, produção e distribuição de produtos e serviços, usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos produtivos Atuais cenários midiáticos As mudanças aceleradas potencializam um quadro de crescente sinergia corporativa, no qual a existência de sistemas de mídia de caráter estritamente nacional torna-‐se ultrapassado. As realidades domésticas se reconfiguram velozmente, no ritmo da afirmação de um mercado global de mídia comercial
Neste novo ambiente econômico, a mídia desperta cada vez mais interesse como plataforma de negócios, atraindo todo tipo de investimentos –e tornando bastante mais complexa a lógica de organização dos empreendimentos que se formam a partir daí Para entender a mídia enquanto indústria Com a convergência das tecnologias de comunicação e informação, a análise da mídia, enquanto setor, torna-‐se mais complexa, pois imprecisa. Para compreendê-‐la é necessário ultrapassar as divisões tradicionais em que se organizava a atividade Mídia cruzada: as organizações passam a se apoiar em diversas plataformas de comunicação diferentes, de forma coordenada, simultânea e integrada, evoluindo para uma elaboração, a priori, dos conteúdos, independente da plataforma a serem aplicados Visão clássica da indústria da mídia Para pensar a mídia no seu conjunto, necessário considerá-‐la, primeiramente, a partir de suas organização tradicional, em que o modelo do negócio está estruturado em torno de pelo menos três áreas nucleares:
" Mídia Impressa: jornais, revistas e editoras " Mídia de Áudio-‐visual: rádio, gravadoras, TV e cinema " Mídias de Nova Geração: telefonia e informática
Reflexo da incidência da lógica da convergência, alinham-‐se a estes segmentos outras áreas correlatas, que empreendem esforços conjuntos com o core business desta indústria, no sentido de sua viabilização: publicidade, moda, artes, games, esportes, shows, etc... Organismos multinacionais e a mídia As maiores dificuldades para entender a nova organização da mídia, enquanto indústria, começam pela limitada capacidade das instituições se definirem e pensarem além dos seus próprios limites originais de atuação, sendo, neste caso, importante, a adoção de fontes de referências externas ao negócio
Aula-‐0501 – Setores (b).ppt Análise setorial da indústria da comunicação O advento da eletricidade, no século XVIII, seguido dos primeiros experimentos eletrônicos, como o telégrafo (1837) e o telefone (1876) possibilitaram o ingresso da comunicação em uma nova era de organização da indústria. O aperfeiçoamento contínuo da técnica ampliou o alcance e acelerou o processo de geração e distribuição de conteúdos (mais dinâmicos e sedutores, pois pautados em sons e imagens) para novos mercados, a partir de então, regidos pela lógica da produção voltada para as massas Mídias áudio-‐visuais Mercado radiofônico Mercado fonográfico
Mercado cinematográfico Mercado televisivo Setor Áudio Abrange eminentemente as formas de distribuição de mídia no formato sonoro. Principais áreas de atividade: o rádio e a indústria fonográfica, que desenvolveram uma relação muito estreita entre si, ao longo dos anos Rádio: o meio mais universal Meio de comunicação baseado na difusão de informação sonora por meio de ondas eletromagnéticas (hertzianas). Constitui a mídia de alcance mais universal, por exigir tecnologia barata e relativamente simples. Cumpre, ainda, um papel social importante, alcançando comunidades remotas e marginalizadas, com eficiência, amplitude e confiabilidade na transmissão de conteúdos. A internet e o celular estão ajudando a ampliar a disponibilidade de programas de rádio e aumentar o potencial do meio O mercado do rádio O rádio convencional é baseado na propagação de ondas no espaço, em comprimentos diferentes, classificando-‐se em curtas (alta frequência) e longas (baixa frequência), sendo explorado tanto em caráter público, quanto comercial e comunitário As receitas de publicidade respondem pela quase totalidade dos recursos necessários às operações, tornando o meio mais vulnerável as oscilações da economia internacional Ainda assim, as projeções para o futuro são otimistas, devendo se manter o patamar de U$ 50 bilhões de faturamento global, com leve crescimento até o final da década Atributos de sucesso A característica mais importante do rádio é que não há barreiras geográficas e/ou de nacionalidade que interfiram na transmissão eficaz de sua mensagem. Seu alcance é ilimitado. Potencialmente, o meio radiofônico ultrapassa também fronteiras econômicas, políticas e culturais, instalando-‐se na rotina de um número maior de pessoas do que aquelas atraídas por outros meios de comunicação Em grande parte, o rádio encontra sua força na:
• Oralidade (sensorialidade) • Individualidade/intimidade • Baixo custo • Mídia de “fundo” • Simplicidade técnica • Imediatismo • Segmentação
O cenário do rádio no Brasil De acordo com o INTERMEIOS, o faturamento do rádio no Brasil foi de R$ 1,184 bilhões em 2012. Apesar de representar apenas 3,93% do share das receitas do setor de comunicação do país, a última década tem sido de crescimento para o meio (de 2011 para 2012 aumentou sua participação em 4,87%)
O rádio e a mídia Embora decisivo na vida de uma parcela considerável da população (sobretudo a mais desfavorecida economicamente, privada de outros meios de informação), o rádio enfrenta grave crise na concorrência com as novas mídias Importância
• Veículo tradicional • Público cativo • Força como instrumento social • Ampla presença (audiência integral ao longo do dia) • Largo alcance (cobertura AM/FM e facilidade de segmentação)
Desafios • Concorrência com novas mídias (como mídia de apoio mais perde do que
ganha) • Crise econômica (diminuição sensível de receitas nas últimas décadas) • Transição para formato digital (Podcast, rádio digital, por satélite, pelo
celular) Desafio digital Na radiodifusão tradicional (rádios AM e FM) a informação é transmitida na forma de sinais analógicos. Com o rádio digital os sinais de áudio são digitalizados antes de serem transmitidos, o que torna possível obter uma melhor qualidade de som e aumentar o número de estações. As rádios AM passam a ter uma qualidade de som semelhante às rádio FM e as FM uma qualidade semelhantes aos CDs O maior problema, no entanto, são as dificuldades de implantação do sistema. Estados Unidos e Europa estão mais avançados no processo, mas ainda longe do planejado. Entre os obstáculos estão o alto custo dos receptores (o mais barato custa cerca de US$ 80,00), problemas na qualidade de transmissão e baixa adesão da população Por outro lado, entre as vantagens do mecanismo estão o maior número de recursos para os ouvintes, como a incorporação de textos e imagens com informações adicionais, uso mais eficiente do espectro, interatividade, menor consumo de energia elétrica, possibilidades de novos modelos de negócios e maior participação no mercado publicitário Mercado fonográfico Trata-‐se de um dos setores mais organizados da indústria da comunicação. Grande parte dos operadores está articulado à International Federation of the Phonographic Industry (IFPI), que representa cerca de 1.400 das principais companhias gravadoras em 73 países, além de associações afiliadas em outros 78, entre elas a Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD) Uma revolução digital O mercado de música começa a enxergar novos caminhos para se transformar, apostando na era digital e na capacidade de monetizacão trazida pela nova geração de artistas emergidos das novas plataformas tecnológicas.
Mercado fonográfico O mundo da música tem sofrido seriamente com a difusão das novas tecnologias. Enfrenta uma crise sem precedentes, que tem no combate à pirataria seu maior pilar Segundo estimativas da IFPI, em 2006 (em seu último relatório sobre o tema) foram vendidos 1,2 bilhões de discos fonográficos piratas, o que representou 34% de todos os discos vendidos no mundo (fora outras 20 bilhões de músicas “baixadas indevidamente). Um em cada três discos musicais vendidos no mundo era ilegal, um mercado paralelo que movimentou mais de US$ 4,6 bilhões. Importância
• Geração de empregos • Difusão de valores culturais
Desafios • Pirataria • Custos elevados • Majors x Indies
Áudio-‐Visual Abrange as formas de distribuição de mídia no formato imagético, tendo como seus principais segmentos a indústria do cinema e da televisão (convencional), que caminham em paralelo, porém, complementando-‐se mutuamente Mercado de filmes para cinema O cinema é uma das expressões culturais mais populares do mundo, com uma audiência acumulada de bilhões de pessoas anualmente. No entanto, nos últimos anos, o setor enfrenta mudanças estruturais significativas na produção de filmes e de uma maior diversificação de suas formas de acesso. As audiências estão cada vez mais usando uma ampla variedade de mídias (smartphone, tablet, video-‐on-‐demand) para usufruir da experiência cinematográfica Um negócio bilionário A movimentação econômica gerada pela indústria de filmes ultrapassa o patamar de U$ 100 bilhões com a venda de seus produtos principais; incide também sobre outros setores, ampliando o nível de geração de receitas significativamente... Uma indústria global ? A produção de filmes para salas de projeção apropriadas para tal fim é o primeira manifestação orquestrada, no sentido da formação de uma indústria, no mundo das imagens. Aparece no contexto do florescimento dos mass media, iniciado com a imprensa e posteriormente com a rádio. O setor é fortemente marcado pela presença (e influência cultural) norte-‐americana, desde seus primórdios Com base nesta influência, a maioria dos filmes produzidos hoje são orientados para o consumo do mercado de massa, em particular, o mercado jovem. Blockbusters, muitos baseados em histórias em quadrinhos e em sequências, são
suportados pelo poderoso marketing de massa global e formam um gargalo nacional para as produções não-‐Hollywoodianos, com poucas e circunstânciais exceções Panorama do cinema mundial A exceção do cinema norte-‐americano (que se organizou como indústria, em parte aproveitando-‐se vantagem adquirida durante as duas guerras mundiais, quando os concorrentes europeus foram fortemente afetados), todos os demais mercados de cinema nacionais dependem de políticas de fomento público, para viabilizar o setor Sendo uma atividade fortemente marcada pela ação de Estados, o cinema avançou dividido por uma tênue fronteira entre interesses do mercado e de governos, embora nos últimos anos o modelo privado de incremento da indústria venha prevalecendo O declínio de público do cinema mundial O cinema vem perdendo espaço, desde a década de 1970, inclusive no Brasil, em função do aparecimento de formas alternativas de entretenimento. Dentre elas destacam-‐se outros suportes para a exibição de filmes –o maior número de canais de TV aberta e fechada, o VHS, o DVD, a internet (download) e o vídeo game, principalmente. A queda dramática na demanda não é propriamente na preferência do público por filmes, e sim na sua frequência às salas de cinema Fator Índia A perda de espectadores tem sido particularmente mais sensível na Índia, em função das mudanças das condições sócio-‐econômicas da população local (e suas novas possibilidades). Entretanto, nos outros BRICs e em parte da Europa, há crescimento de audiência... Equação da crise Para minimizar as perdas com a fuga de público das salas, o preço de acesso às salas de cinema tem sofrido um incremento nos últimos anos Quantidade de salas Pelo mundo inteiro crescem e são reaparelhados os espaços de exibição cinematográfica. Das mais de 120 mil telas espalhadas pelo mundo, mais da metade já é digital A força do cinema brasileiro não restringe-‐se ao aumento da produção de filmes nacionais. Poucos tem espaço no circuito exibidor e a distribuição ainda é um obstáculo real. Apesar disso, os Estado tem estimulado enormemente o setor, com a elaboração de medidas legais de incentivo e fomento para a indústria, que começam a trazer seus primeiros resultados mais concretos (em termos quantitativos e qualitativos), nesta segunda década de 2000 Cinema BR O mercado cinematográfico brasileiro tem avançado com força na última metade da década. O incremento das receitas, do público e da presença da produção nacional nas salas é uma realidade
O mercado de filmes nacionais O aumento da presença de público nas salas de exibição não corresponde a um maior prestigio do filme brasileiro que, não obstante, tem tido crescente reconhecimento em festivais internacionais Mudança de paradigma A indústria cinematográfica experimenta uma transição para a era digital, que implica em grandes desafios futuros. A digitalização das salas de projeção (ambientes multiplex) abre uma série de perspectivas para se repensar a relevância do cinema no mundo e sua sobrevivência junto as massas. Até aqui, a transformação tecnológica tem sido um das principais razões de atração do público para os cinemas em várias partes do mundo. Ao mesmo tempo, o setor cinematográfico tem sido obrigado a enfrentar os impactos da crise financeira 2008, que desacelerou o crescimento em muitos setores da economia Importância
• Meio de expressão cultural e representação social • Forte pólo econômico e de geração de empregos • Área de importância estratégica (para Estados)
Desafios
• Crescente elitização dos acessos • Novas opções de consumo (perda de público) • Pirataria x migração digital
Televisão (aberta) A televisão concorre com o rádio como meio de maior alcance global, mas leva larga vantagem na capacidade de movimentação financeira. Experimentou um crescimento sem precedentes históricos (que talvez só venha a ser superado pela internet), com uma acelerada e intensa penetração, em escala global, nas últimas cinco décadas A marcante presença da televisão na vida da população mundial levou Marshall McLuhan a consagrar a clássica expressão: “Aldeia Global”, para definir o mundo, a partir do advento do meio (em associação com a tecnologia dos satélites) Trata-‐se da grande matriz da indústria cultural global, gozando de prestígio e popularidade inabaláveis, a despeito do surgimento de outros meios e formas de lazer contemporâneas A onipresença da TV no planeta O crescimento da TV, como meio presente na rotina das populações tem mantido-‐se de ano para ano (ainda que o hábito de assistir TV venha declinando, sobretudo, nas sociedades mais avançadas tecnologicamente) Aparelhos de TV por região As audiências de TV estão fortemente concentradas na Ásia (principalmente na China) e o crescimento tem forte relação com a transição para a TV digital e ao aumento do acesso às TVs por assinatura. Entre 600 a 700 milhões de lares com TVs estão situados na região da Ásia/Pacífico (60% deles na China).
Principais networks em operação no sistema broadcasting As principais emissoras do planeta (combinando audiência com movimentação de receitas e alcance geográfico) são as norte americanas. Na Europa, ganham destaque os sistemas públicos de TV. E na América Latina, Ásia e Oceania, prevalecem operadores de âmbito regional Maiores audiências globais As principais críticas feitas à televisão relacionam-‐se a ser um meio de comunicação mais interessado em atrair audiência do que difundir informação e conhecimento. Indiscutível, porém, é a relevância e a popularidade que seus principais veículos conquistaram mundo afora. Em grande parte dos países a TV é tomada como um membro na família, entretendo, criando hábitos, mudando comportamentos e impulsionando o consumo. Nas atuais grades de programação, o esporte e o entretenimento cultural destacam-‐se: A performance econômica da TV no mundo O mercado de TV movimenta entre 250 e 300 bilhões de euros pelo mundo. Os EUA, são o maior mercado nacional, respondendo por mais de um terço das receitas. Apesar das perdas residuais enfrentadas entre 2008 e 2009, há boas perspectivas de retomada do crescimento Descompasso das receitas com publicidade A TV vem enfrentando oscilações na capacidade de geração de receitas com publicidade, a principal fonte de arrecadação dos sistemas abertos (os principais motivos são a crise econômica, mas também a diminuição de audiência, em função da concorrência com outras mídias) A TV aberta (TV terrestre) tem enfrentado forte concorrência das TVs pagas. Além disso, está passando por um delicado momento de transição técnica para o formato digital. A migração da plataforma da TV do formato analógico para o digital é a promessa de uma grande transformação para o mercado radiodifusão de TV (TV Digital Terrestre). A sua implantação passará por um período de transição, que deve durar de 10 a 15 anos, no qual as emissoras transmitirão simultaneamente em dois canais (um analógico e o outro digital) Padrões tecnológicos A tecnologia digital consiste na transmissão de dados digitais usando uma modulação mais elástica, baseada em extrema compressão para enviar sinais de vídeo, áudio e dados, aos receptores compatíveis, ampliando a potência e a qualidade dos conteúdos transportados Padrões tecnológicos A grande disputa neste setor é pela consagração de um dos três sistemas mundiais em vigência:
• ATSC ou Advanced Television System Committee (norte-‐americano) • DVB-‐T ou Digital Video Broadcast Terrestrial (europeu) • ISDB ou Integrated Services Digital Broadcasting Terrestrial (japonês)
Evolução da implementação da TV digital no mundo O processo tem sido mais acelerado nos mercados economicamente mais ativos: EUA & Canadá Os EUA encerraram as transmissões analógicas em 12 de junho de 2009 O Canadá conduziu seu switch-‐off em 2011 Europa A transmissão digital já foi total ou parcialmente implementada em 21 países membros da UE (Áustria, Bélgica, Bulgária, República Tcheca, Dinamarca, Alemanha, Estônia, Grécia, Espanha, França, Hungria, Itália, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Letônia, Finlândia, Suécia, Eslovênia e Reino Unido) Japão A TV Digital terrestre se tornou integralmente disponível em dezembro de 2006. Por que mudar? As principais vantagens da mudança do paradigma tecnológico da TV são a enorme flexibilidade, mobilidade e interatividade que a nova TV irá proporcionar. O impacto social e econômico promete ser significativo Quase todos os Estados já selecionaram o padrão de TV digital a ser adotado. Entre os fatores que mais pesam na hora da escolha estão os aspectos técnicos, serviços providos, considerações de ordem política, questões econômicas, produtivas e comerciais, riscos envolvidos, universalização e impacto social Apesar das expectativas criadas em torno da tecnologia, o ritmo de implantação da TV Digital é considerado lento no mundo inteiro por alguns especialistas Há, sobretudo, limitações técnicas (uso da banda) ou de custo, que inviabilizam uma mudança da matriz tecnológica em grande escala e velocidade Avanços da TV digital A despeito das disparidades existentes, a TV digital segue seu ritmo de penetração internacional, já estando presente em perto de 50% dos lares (do mundo) Brasil: TV Continente A presença da TV no Brasil é quase absoluta (96,9% de penetração no território ou quase 60 milhões de lares com TV). Meio de maior prestigio entre a população, ocupa papel de destaque na cadeia econômica da mídia brasileira Mercado brasileiro de TV A TV aberta permanece como o destino do maior volume de investimentos, com o total de R$ 18,01 bilhões, 9,17% a mais que 2010 e 63,3% do bolo publicitário de 2011. Nos últimos dez anos, o faturamento da TV aberta mais que triplicou, já que em 2002 era de R$ 5,65 bilhões. A TV Globo, sozinha, movimentou perto de 50% das receitas de todo o setor, situando-‐se como uma das três maiores emissoras (em faturamento) do mundo * Um “velho-‐novo” mercado dentro do mercado de TV:
mídias multicanal ou redes de cabo e por satélite Abrange as formas de distribuição de conteúdo sob demanda, que levam múltiplos canais de informação ao consumidor, através de um serviço de acesso condicionado, mediante pagamento, com um franco predomínio das operadoras que oferecem programação televisiva (mas também rádio, conteúdo de voz, acesso à rede, etc...) A TV fechada ou por assinatura (paga) Como regra geral, os sinais convencionais de transmissão de TV (eletromagnéticos) são emitidos em linha reta, tornando muito difícil a recepção em áreas montanhosas, vales e lugares cercados por prédios. A solução para obter melhor qualidade de sinal foi a colocação de uma antena no topo das montanhas e a distribuição de sinais através de cabos, o que começou a acontecer nos EUA, na entrada dos anos 50, quando pequenas comunidades se uniram para instalar antenas de alta sensibilidade. Os sinais, então, eram distribuídos até as residências por meio de cabos coaxiais, que ficaram conhecidos como CATV, sigla da expressão, em inglês, Community Antenna Television, termo que até hoje identifica as operações de TV a cabo A plataforma criada possuía um enorme potencial comercial e transformou-‐se em sistemas de TV a cabo. Para se diferenciar, o sistema a cabo passou a oferecer mais canais e grande variedade de programação (segmentada e exclusiva) Experimentou uma fase de intenso desenvolvimento comercial quanto incorporou a tecnologia dos satélites, nos anos 70, e passou a desenvolver estratégias de internacionalização do mercado de assinantes Atualmente, a TV fechada é uma das atividades mais organizadas do mundo, englobando mais 500 canais internacionais, que atendem a um universo superior a 600 milhões de assinantes e movimentando quantias acima de 100 bilhões de dólares anuais. Com uma movimentação financeira acima dos 100 bilhões de euros, a TV por assinatura é peça chave da engrenagem na mídia global, respondendo com mais de 40% do total das receitas da indústria da TV no mundo Além disso, o setor tem registrado um crescimento sustentável e consistente, na venda de pacotes se assinaturas, a despeito da crise nos EUA e Europa (e embora neste mercados esteja próxima da saturação), mas principalmente nos países em desenvolvimento. A despeito da significativa limitação imposta por critérios legais, de país para país, são poucos os domínios da comunicação em que se percebe tamanha concentração nas mãos de um tão poucos operadores. A propriedade cruzada de diversos canais, embora cada vez mais segmentados, não traduz a aparente liberdade de escolha, ensejada pela própria característica do meio em questão O esvaziamento das programações comunitárias, razão de ser da TV fechada, na sua origem, em face da universalização dos programas comerciais e de alcance internacional é a maior marca da expansão imposta pelos global players do setor.
TV fechada: desafios
• Expansão da TV digital (melhora da qualidade de programação dos sistemas abertos)
• Crescimento da Web TV digital (concorrência com as novas mídias)
O desafio da convergência O maior desafio para a TV por assinatura (assim como da aberta) é sobreviver a transição para a experiência da TV nas plataformas de rede interativa. As condições para esta migração (TV-‐Internet) já estão colocados:
• os consumidores estão confortáveis com o consumo visual on-‐line; • as soluções técnicas que dão aos usuários acesso a conteúdo da internet
em seus televisores já estão sendo incorporadas (conexão a rede); • o acesso à internet aberta é cada vez mais possível a partir de telefones
celulares; • o conteúdo premium está largamente disponível na web; • a qualidade de vídeo on-‐line de serviços está melhorando; • novos players de indústrias relacionadas com a TV alinham suas
estratégias. Mas, ao contrário da música e indústrias de impressão de mídia, a indústria da TV está ganhando uma posição forte na web. Como resultado, a televisão está pronta para desempenhar um papel central em serviços de vídeo. Esta estratégia ofensiva, não elimina os riscos, porém, dá uma sobrevida ao meio, como importante eixo da indústria TV fechada brasileira Após um longo hiato, de mais de 15 anos (1990-‐2005), em que o número de assinantes brasileiros não ultrapassava 5 milhões de clientes, os últimos 5 anos foram de enorme mudança Em abril de 2013 já havia perto de 17 milhões de assinantes, um crescimento de 30% apenas em relação ao ano anterior Com a melhoria da infra-‐estrutura, aumento do poder aquisitivo e diversificação do pacote de ofertas, existe forte expectativa de duplicação da quantidade de assinantes até 2016 Os números demonstram mais uma vez o potencial existente para a TV por assinatura no país, que diferente do resto do mundo, tem tido um forte incremento nos serviços de assinatura por satélite, que já superam os serviços por cabo Em termos de densidade, a TV por assinatura atinge 28% dos domicílios com televisão no país. Televisão A televisão é um dos mais importantes meios de difusão de informações e entretenimento para grande parte da população do planeta. Mas, ao mesmo tempo, convive com enormes desafios para o futuro Importância
• Caráter democrático (informação e entretenimento)
• Amplitude da penetração Desafios
• Declínio – perda de audiência (grades de programação repetitivas e sem qualidade)
• Convergência digital –novos rumos ? O futuro da TV A TV irá passar por dramáticas mudanças, após 70 anos de relativa estabilidade. As tradicionais networks começam a encontrar fortes resistências junto ao mercado consumidor, decorrente de uma nova concorrência de operadores não tradicionais, formatos inovadores e plataformas tecnológicas envolventes. O resultado das transformações ocasionará o advento de uma nova TV -‐-‐ Uma indústria global? A produção de filmes para salas de projeção apropriadas para tal fim é o primeira manifestação orquestrada, no sentido da formação de uma indústria, no mundo das imagens. Aparece no contexto do florescimento dos mass media, iniciado com a imprensa e posteriormente com a rádio. O setor é fortemente marcado pela presença (e influência cultural) norte-‐americana, desde seus primórdios Com base nesta influência, a maioria dos filmes produzidos hoje são orientados para o consumo do mercado de massa, em particular, o mercado jovem. Blockbusters, muitos baseados em histórias em quadrinhos e em sequências, são suportados pelo poderoso marketing de massa global e formam um gargalo nacional para as produções não-‐Hollywoodianos, com poucas e circunstânciais exceções Panorama do cinema mundial A exceção do cinema norte-‐americano (que se organizou como indústria, em parte aproveitando-‐se vantagem adquirida durante as duas guerras mundiais, quando os concorrentes europeus foram fortemente afetados), todos os demais mercados de cinema nacionais dependem de políticas de fomento público, para viabilizar o setor Sendo uma atividade fortemente marcada pela ação de Estados, o cinema avançou dividido por uma tênue fronteira entre interesses do mercado e de governos, embora nos últimos anos o modelo privado de incremento da indústria venha prevalecendo A televisão é um dos mais importantes meios de difusão de informações e entretenimento para grande parte da população do planeta. Mas, ao mesmo tempo, convive com enormes desafios para o futuro Mudança de paradigma A indústria cinematográfica experimenta uma transição para a era digital, que implica em grandes desafios futuros. A digitalização das salas de projeção (ambientes multiplex) abre uma série de perspectivas para se repensar a relevância do cinema no mundo e sua sobrevivência junto as massas. Até aqui, a transformação tecnológica tem sido um das principais razões de atração do público para os cinemas em várias partes do mundo. Ao mesmo tempo, o setor
cinematográfico tem sido obrigado a enfrentar os impactos da crise financeira 2008, que desacelerou o crescimento em muitos setores da economia Importância
• Meio de expressão cultural e representação social • Forte pólo econômico e de geração de empregos • Área de importância estratégica (para Estados)
Desafios
• Crescente elitização dos acessos • Novas opções de consumo (perda de público) • Pirataria x migração digital
Televisão Importância
• Caráter democrático (informação e entretenimento) • Amplitude da penetração
Desafios • Declínio – perda de audiência
(grades de programação repetitivas e sem qualidade) • Convergência digital –novos rumos ?