Terapia do Processamento Auditivo. Desordem do Processamento Auditivo Inabilidade de analisar e...

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Terapia do Processamento Auditivo

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Terapia do Processamento

Auditivo

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Desordem doProcessamento Auditivo

• Inabilidade de analisar e interpretar sons; perda auditiva funcional.

• Deficiência no processamento da informação específica da modalidade auditiva.

• Associado a dificuldades de ouvir, compreender a fala, organização, desenvolvimento e aprendizado da linguagem por meio da audição.

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Compreensão da Linguagem

• Gnosia Auditiva: aquisição do conhecimento

via AUDIÇÃO

• Processos Gnósicos: transformação da

linguagem externa em interna.

• Imagem mental completa: compreensão da

fala e apreensão do significado.

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Bases fisiológicas para terapia fonoaudiológica

• Plasticidade neural- auxilia a compreensão dos mecanismos neurofisiológicos para basear as estratégias terapêuticas

• Plasticidade-capacidade de ser moldado

• Sinaptogênese- formação de novas vias neurais

• Plasticidade sináptica-alterações na eficácia da transmissão sináptica

• Neurogênese- formação de novos neurônios. (Sameshima, 2002)

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• Plasticidade neural- mudança nas células nervosas provocadas por influências ambientais e esta alteração está geralmente associada à mudança comportamental

(Musiek, Berge, 1997)

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• Criança com desordem do processamento auditivo em programa de reabilitação- aprendizado de uma nova língua estrangeira.

• Incompetência funcional natural do sistema auditivo do ouvinte exposto até o momento

• A simples exposição a novos sons não leva à reorganização do sistema auditivo

• O aprendizado é um processo dinâmico que requer participação ativa do indivíduo com tarefas motivantes

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• Maturação dependente de estimulação- treinamento auditivo serve como estimulação do sistema auditivo.

• Sono X aprendizado-6 horas de sono para efetiva assimilação da memória implícita

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Princípios básicos da terapia nas desordens do Processamento Auditivo

• Modificações ambientais

• Processo terapêutico propriamente dito

• Estratégias comportamentais

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LPCosta

Terapia de processamentoauditivo central

Treinamentoauditivo na terapiafonoaudiológica

Treinamentoauditivo em cabinaacústica

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Treinamento auditivo em terapia fonoaudiológica

• MATERIAL TERAPÊUTICO

• Instrumentos musicais

• Álbum com figuras

• Fitas ou CDs com diferentes tipos de músicas, vozes e ruído gravados

• Jogos de memória• Fones de ouvido

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Proposta de treinamento auditivo

• Quem são os candidatos?

- indivíduos com alteração de PAC, confirmada pelos testes auditivos especiais

-idade >9 anos de idade

-motivação

-disponibilidade

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Treinamento Auditivo Formal

• Estimulação auditiva influencia mudanças funcionais e estruturais no SNAC.

• Pereira, Kalil e Zilliotto (1997)- proposta de trenamento auditivo: melhora nas habilidades auditivas de fechamento e figura-fundo, sem mudanças nos aspectos de consciência fonológica.

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Treinamento Auditivo Formal

• TA muito utilizado em indivíduos com deficiência auditiva de grau severo, de origem periférica

• EUA (1970/1980): TA utilizado em indivíduos com implante coclear e DPAC.

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TREINAMENTO AUDITIVOOBJETIVOS

Fortalecer os processos e as Fortalecer os processos e as habilidades auditivas, além de habilidades auditivas, além de

facilitar as estratégias de facilitar as estratégias de compensação;compensação;

Dessensibilização da fala em Dessensibilização da fala em presença de ruído ou de qualquer presença de ruído ou de qualquer

interferência;interferência;Estimulação mono e/ou binaural;Estimulação mono e/ou binaural;

Análise e síntese fonêmica.Análise e síntese fonêmica.

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o próprio terapeuta observa e se modifica continuamente para perceber quais são as estratégias compensatórias desenvolvidas espontaneamente pelo paciente;Busca de maiores conhecimentos sobre intervenção com bases nas neurociências.

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Aspectos Teste utilizado

Duração Teste padrão deduração

Freqüência Teste padrão defreqüência

Figura-fundoSons verbais

Sons não -verbais

Frases-PSI/SSIPalavras- dígitosSílabas- CV

DNV

Fechamentoauditivo

F/R

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Cuidados na aplicação

• Tempo de cada sessão: 30 a 45 minutos

• Tempo total: 8 a 12 sessões

• Observar limites do paciente: cansaço, frustração

• Erros não podem ultrapassar 60% em cada etapa de treinamento

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Resposta

• Identificar os estímulos sonoros apontando as figuras correspondentes

Seqüência de sons verbais : mão D

(início OD) ambas as mãos

mão E

Seqüência de sons não-verbais: mão D

(início OE) ambas as mãos

mão E

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Treinamento auditivo em cabina acústica

1ª sessão-Discriminação do padrão tonal de duração

Humming + Nomeação

Como apoio utilizar: audiômetro ou figuras

Ex:

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2ª sessão- Discriminação do padrão tonal de freqüência

Humming + Nomeação

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3ª sessão-Reconhecimento de sons verbais em escuta monótica (frases)-PSI ou SSI

MCI: 0,-10, -15 e -20

OD e depois OE

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4ª sessão- Reconhecimento de sons verbais em escuta dicótica- aplicar o teste dicótico de Dígitos

Relação:0,-20 e -40

OD e depois OE

8 9

4 5

7

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5ª sessão-Reconhecimento de sons não-verbais em escuta dicótica- aplicar o teste dicótico Não-Verbal

Relação:0,-20 e -40 OD e depois OE

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6ª sessão- reconhecimento de sons verbais em escuta monótica- Teste Fala com ruído

OD- relação 0,-10,-15 e -20 dB

OE-idem

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7ª sessão- Reconhecimento de sons verbais em escuta dicótica

Aplicar o teste dicótico consoante-vogal

Relação: +50, +30 e 0 dB.

BA GA

DA TA

CA PA

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• 8ª sessão- Reavaliação

• Na reavaliação não se pode aplicar os mesmos testes do treinamento auditivo

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Importante

• Durante o treinamento auditivo importante orientação aos pais gerais quanto à desordem do Processamento Auditivo

• Leitura de histórias

• Leitura em voz alta

• Atividades com teclado

• Coleta de depoimentos

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Musiek (1999)

• Treinamento auditivo formal

- procedimentos realizados na clínica

-utiliza equipamentos no computador

-estímulo acústico específico

• Treinamento auditivo informal

- complementar

-participação de pais e escola

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Musiek, Schochat (1998)

• Treino em casa

- ler em voz alta com boa entonação e ritmo

-ouvir músicas e tirar letras

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Decodificação

• Melhorar o conhecimento dos fonemas

• Discriminação (PATO X GATO), síntese fonêmica, deleção, transposição, rima

• Treino das habilidades de consciência fonológica associadas a leitura

• Leitura em voz alta a dois

• Localizar estímulos sonoros

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Codificação

• Extração de palavras chaves no texto

• Treino com música

• Procurar palavras no dicionário (aumento do vocabulário)

• Trabalhar figura-fundo no silencio variando a distância da fonte sonora, variando ruído ambientais

• Situações de escrita semelhantes (colcha, concha..)

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Organização

• Exercícios com sons verbais e não verbais em seqüência

• Compreensão de estórias

• Entender a idéia principal da estória

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Não-verbal

• Discriminação de intensidade, freqüência e duração de sons-teclado

• Informações com diferentes entonações

• Palavras de duplo-sentido

• Moral da história

• Imitar tom vocal, ritmo de fala, acentuação da fala, intensidade

• voz feminina, masculina e voz de criança.

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Orientação aos pais

• Leitura em voz alta, com boa entonação e ritmo

• teclado

• redução de ordens verbais

• ouvir e tirar letras de música

• brincadeiras: eu fui a feira...

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LPCosta

Prognóstico

Empenho do paciente, família eescola;

Condições biológicas do indivíduo;

Grau da alteração;

Terapia Fonoaudiológica: 1 ano;

Terapia Formal em Cabina: 8 sessões(1 mês);

Associação da terapiaFonoaudiológica ao treinamento formal.

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Ouvir é:• atender à informação• decodificar a informação • Interpretá-la de maneira a extrair

dela o real significado

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•Ouvir é deixar o som permear todas as nossas relações com a vida.