Tempo Médio de Espera para 1 e 2 Berços de Atracação · deposição de cal e gesso, formando...

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101 Nota: O custo de construção do segundo berço de atracação é de 250 milhões de USD. No caso de um berço de atracação a capacidade óptima é alcançada através de uma produtividade anual de cerca de 225.000 caixas e nesse ponto o tempo médio de espera das embarcações é de cerca de 7 dias. Mas, no caso de dois berços de atracação os valores são de 660.000 caixas e 3 dias. 4.17 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES O governo de Angola tem um papel e função estratégicos para o Porto de Namibe. Os investimentos que são supostos realizar o cumprimento destes alvos não devem ser não devem ser considerados somente na base de uma rentabilidade comercial ou financeira mas no nível a que estes vão de encontro aos objectivos de desenvolvimento do país. Os investimentos em portos e as políticas de preços devem ser consistentes com os objectivos nacionais senão frustram a ideia de um porto ao serviço da nação e, em particular, a servir a economia nacional. 0.0 1.0 2.0 3.0 4.0 5.0 6.0 7.0 8.0 9.0 10.0 100,000 200,000 300,000 400,000 500,000 600,000 700,000 Dias Produtividade anual Tempo Médio de Espera para 1 e 2 Berços de Atracação One Berth Two berths Figure 44: Tempo médio de espera para 1 ou 2 berços de atracação

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Nota:

Ocustodeconstruçãodosegundoberçodeatracaçãoéde250milhõesdeUSD.

No caso de um berço de atracação a capacidade óptima é alcançada através de uma

produtividadeanualdecercade225.000caixasenessepontootempomédiodeesperadas

embarcaçõesédecercade7dias.Mas,nocasodedoisberçosdeatracaçãoosvaloressãode

660.000caixase3dias.

4.17 CONCLUSÕESERECOMENDAÇÕES

O governo de Angola tem um papel e função estratégicos para o Porto de Namibe. Os

investimentosquesãosupostosrealizarocumprimentodestesalvosnãodevemsernãodevem

serconsideradossomentenabasedeumarentabilidadecomercialoufinanceiramasnonívela

queestes vãodeencontro aosobjectivosdedesenvolvimentodopaís.Os investimentos em

portos e as políticas de preços devem ser consistentes com os objectivos nacionais senão

frustramaideiadeumportoaoserviçodanaçãoe,emparticular,aserviraeconomianacional.

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Dias

Produtividadeanual

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OneBerth Twoberths

Figure44:Tempomédiodeesperapara1ou2berçosdeatracação

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4.17.1 CONCLUSÕES

§ A capacidade óptima de um único berço de atracação, no caso base ou caso de

referência,édecercade225.000contentores/ano,comumamédiadeocupaçãode0.7e um períodomédio de espera de embarcações de cerca de7 dias. Esta capacidadeóptimaésupostaseralcançadaem2020.

§ Odesenvolvimentodedoisberçosdeatracaçãoiráresultarnumacapacidadeóptimade

660.000caixas/anoenotempomédiodeesperaporembarcaçãodecercade3dias.

§ Os cálculos sensíveis demonstram que as mudanças nos níveis de produtividade dos

guindastestêmumainfluênciasignificativa.

§ Asmudançasnocustodiáriodaembarcaçãotêmumainfluêncialimitada.

RECOMENDAÇÕES

• Combasenaexperiênciaemoutrospaísesasliçõesaprendidasforamqueotempoque

necessitávamos para desenvolver as infra-estruturas dos portos são de entre 5 a 10

anos (incluindo o planeamento, aprovação do projecto, aquisição de financiamento,

abertura de concursos e construção). Consequentemente, o governo de Angola deve

iniciar imediatamente as etapas necessárias com vista ao desenvolvimento do novo

berço de atracação numa altura em que o desenvolvimento rápido antecipado na

produtividadeanualirácausarumaumentomuitorápidononíveldeocupaçãoetrazer

danoselevadosparaaeconomiadopaís.

• Comumaprodutividadeanual inferioràconsideradacomoumaprodutividadeóptima

(especialmentenosprimeirosanosdasoperaçõesdaterminal),ovolumedecarganão

irá alcançar uma justificativa económica nacional para o desenvolvimento. Durante

esses anos o porto deve investir os seus melhores esforços no sentido de atrair o

transbordodecontentores.Mas,oportodeveexecutaramaiorcauçãocomestacarga

devidoao riscoelevadodedanificaracargaoumercadorias locaiscasoovolumedos

referidoscontentoressejademasiadoelevado.

• Recomenda-sequeoportofaçaaactualizaçãodasprevisõeseoutrassuposiçõesnuma

base frequente (todosos anosaté ao inícioda construção) a fimdepoder fazeruma

reavaliaçãodosprazosdosinvestimentos.

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5. LEVANTAMENTOECOLÓGICOTERRSTRE–peloDr.AharonDotan,Ph.D.(Doutoramento)-Ecologista

2013

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5.1 DESCRIÇÃOGEOGRÁFICA

Acredita-se que oDeserto doNamibe constitui o desertomais antigo e que é árido há pelo

menos 55milhões de anos (UNEP-WCMC). A convergência do afloramento de Benguela e o

interiorquentemantiveram,etalvezaumentarestaarideznosúltimostempos,masnãoderam

origemà aridez. Esta região, isoladaentreooceanoe a escarpa, é considerada como sendo

umailhaconstantedearidezrodeadaporummardemudançasclimáticas.Ascondiçõesáridas

provavelmenteiniciarcomaseparaçãocontinentaldoGondwanaOcidentalháentre130a145

milhões de anos atrás quando esta área mudou para a sua actual localização ao longo do

Trópico de Capricórnio. Este período seco prolongado tem tido uma influência profunda na

biodiversidadedaregião.Estaregiãomanteve-secomoumcentrorelativamenteestávelparaa

evoluçãodasespéciesdesérticas.Tal resultounumadiversidadeúnicadebiodiversidadecom

níveis elevados de endemismo e numerosas adaptações avançadas às condições áridas. Esta

áreatambémédistinguidacomoumcentrodediversidadedeplantas,incluiasmuitoantigas

paleoendemics,queincluemfamíliasegénerosmonotípicos.

Figura45–AecorregiãodesérticadeKaokoveld(extraídadomapakaokoveld-desert-map.png)

AáreadoNamibeestálocalizadaanortedoDesertodoNamibereconhecidocomooDeserto

deKaokoveld(Figura1).AmbasasecorregiõesdoDesertodeKaokoveldedoNamibconstituem

parte do ‘Deserto do Namib’ segundo aWWF. Estas duas ecorregiões estão separadas com

base em diferenças geofísicas significativas. Em particular, esta região do norte recebemais

chuvas (cerca de 50 a 100mm anualmente, ver a Figura 2) do que o Deserto do Namib, e

também segue um padrão de chuvas de Verão versus um padrão de chuvas de Inverno no

Namib.

EmAngola,aReservaParcialdeMoçâmedes(4.450km2)eoParqueNacionaldeIona(15.150

km2)cobremamaiorpartedaporçãonortedaecorregiãodesérticadeKaokoveld(WWF).

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5.2 CLIMA

Figura46:DadosclimáticosparaaCidadedeNamibe.(http://www.mocamedes.climatemps.com/)

§ AtemperaturamédianoNamibeéde20.80C.

§ Atemperaturamédiaduranteomêsmaisquente(Março)éde290C.

§ Atemperaturamédiaduranteomêsmaisfrio(Julho)éde130C.

§ Aprecipitaçãomédiaanualéde50.5mm.

§ Emsuma,existem25diasanualmenteemqueocorremaisde0.1mmdechuva.

§ NãoháchuvasentreosmesesdeMaioedeSetembro.

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AaltitudedaReservaParcialdeMoçâmedesvariadoníveldomaratécercade900m(UNEP-

WCMC)eexisteumgradienteduranteaschuvas,decercade100mmnacostaaté300mmou

maisnadelimitaçãoestedoparque.

5.3GEOMORFOLOGIA

A faixa costeira ao longo da província do Namibe estende-se sobre rochas sedimentares

Mesocenozóicas(marga,rochascalcáriaserochasdearenito).

AolongodamaiorpartedafaixacosteiraanorteeasuldabaíadoNamibe,otipodominante

desuperfíciesãosuperfíciespedregosasquesãoconstituídaporconglomeradosdesgastadose

afloramentosdesnudadosderochasdearenitoerochascalcáriasmaisresistentesquecobrem

áreasvastas.AolongodaparteinteriordaBaíadoNamibe,algumadafaixacosteiraestá

cobertapordepósitosaluviaiseeólicos,quetêmorigemnodesgastedosdepósitosCretáceoa

Terciário.

Aáreamaisafastadadafaixacosteiraédominadaporumterraçorochoso,situadoentre40a

75metrosacimadoníveldomar.EsteterraçomarinhodatadoTerciárioSuperior-

QuaternárioInferior.Asuasuperfícietemumdeclivede0.8%emdirecçãoaoeste.(Beernaert,

1997)

Aareiacobreáreasconsideráveisportrásdafaixacosteira.Aáreacomdunasdeareiaesolos

desérticos rochosos, temuma elevação de até 300m.a.s.l. Em Tombwa, a sul doNamibe, o

desertodeareiaalargar-seaté45km.

AolongodocinturãocosteirodaáreadoNamibenãoseencontramsolosverdadeiroscom

perfisbemdefinidos,devidoaobaixoteordehumidadedaregião.Ossolossãoconstituídos

pormineraisbrutosesãoarenosos,eporvezescalcáriosoucomcrostasdecalcário,compostos

departículasnumavastavariedadedetamanhos.Aumamaiordistânciadafaixacosteira,o

solonasplaníciesdebritasãocimentadosnumacamadaextremamenteduraatravésda

deposiçãodecalegesso,formandodepressõesdurascomumaprofundidadedeentre10a50

metros.Ascrostasdesaledegessosãocomunsnosolopertodooceano,formandoáreas

estéreis(Figura5.3).Ossolossãosalobrosatéaopontolimitenointeriordenevoeiros

costeiros.Entreossoloscaracterísticosdestaecorregiãocontam-seosarenossolos,litossolos,

solosrasoscomfracodesenvolvimentoesolosholomórficos.

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Figura47–SolosáridosnoPortodeNamibe,contendohalite,sulfatoeresíduosdecarbono

Acima das plataformas costeiras e a uma distânciamaior da linha costeira, existe um outro

Planalto(PlanaltoII,segundoBeernaert,1997)quefazpartedeumazonadetransiçãoentreas

MontanhasMarginaiseocinturãocosteiro.Estasuperfícieplana,designadaporPedi-planície

atinge uma largura de 100 km no Namibe. Foi cortada durante os períodos Senoniano e

Eocénico,etemumdecliveligeiroemdirecçãoaoeste.Aaltitudevariaentre500ma.s.l.asule

800-1,200ma.s.l.anorte.

Osinselbergseosinselfelsensãocomunsnesteplanaltonasáreasmarginais,pertodaescarpa

quedelimitaosplanaltos.

5.4 VEGETAÇÃO

QuasetodooterritóriodeAngolaestáincluídododomíniozambezianodaregiãogeobotânica

Sudão-Zambézia. Na costa e nos planaltos baixos do sul, incluindo da região de Namibe,

crescemasestepesxerófilas.

AunidadefitogeográficadavegetaçãonaregiãodoNamibeéconstituídaporestepescosteiras

descontínuas (unidade 28 de Barbosa 1970), que correspondem a uma vegetação tipo sub-

desértica(Kuedikuenda&Xavier,2009).Estaunidadecobresóaproximadamente0.9%daárea

totaldeAngola.

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Figura48–PrincipaisunidadesdavegetaçãodeAngola

Fonte:Kuedikuenda&Xavier,2009,extraídodeBarbosa,1970

A porção namibiana do Deserto de Kaokoveld é constituída por dunas de areia com uma

vegetação esparsa formada por plantas isoladas de Salsolanollothensis, Ectadiumvirgatum,

Merremiamultisecta, e Indigoferacunenensis e as gramíneas Stipagrostisramulosa e

Eragrostiscyperoides (WWF). Em redor destas dunas existem áreas de prados esparsos

dominadosporplantasanuaisdodeserto,essencialmentepelaStipagrostisspp.Emdirecçãoa

este,estasplaníciesdepastostornam-semais luxurianteseécomumencontrarem-segrupos

purosdeKaokochloanigrirostris.

Emcontrapartida,aporçãoangolanadoDesertodeKaokoveldéumverdadeirodesertocom

dunas de areias movediças. Aqui, existem várias áreas completamente destituídas de

vegetação, enquanto em alguns locais a Acanthosicyoshorrida alastra-se pela areia. Este

arbusto com espinhos e praticamente sem folhas recolhe areia soprada pelo vento entre os

seusgalhosdeformaqueficaparcialmentecoberto,formandoumaelevaçãocomaté2metros

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de altura.Ao longoda faixa costeira existemdesertos compactos de cascalhodestituídos de

vegetaçãoexceptopeloscamposcoloridosdefolhosasedelíquenes.Sãocomunsasespécies

ParmeliaeUsneaeolíquenelaranjaTeloschistescapensis.Maisparaointerior,osdesertosde

cascalho tornam-se menos desnudados e encontram-se aqui espécies como a

Zygophyllumorbiculatum (Figura49),Z. simplex,Galeniaafricana,Sesuviumportulacastrumea

Stipagrostissubacaulis.

Figura49-ZygophyllympertodoPortodeNamibe

O arbusto alcaparreiro (Zygophyllum spp.)encontra-se na sua maioria nas planícies de

cascalho, linhas de drenagem e por vezes em áreas arenosas. Existem cerca de 30 espécies

registadasdestes género. É umaplanta suculenta com folhas e este arbustododeserto tem

umacaracterísticasdebaixocrescimento,adaptadaaoambienteextremo.Asfolhasvedes,que

algumas pessoas dizem se assemelham a moedas particularmente quando secas são a sua

característicainconfundível.

A Zygophyllumstapffiié uma das espécies endémicas doDeserto do Namibcom uma

extensãoquevaidesdearegiãocentraldeNamibemdirecçãoanorteatéaosuldeAngola.

(http://www.namibian.org/travel/plants/succulents/dollar-bush.html)

A famosagimnosperma relictaWelwitschiamirabilis tambéméencontradanestaecorregião,

masnãofoiencontradapertodoPortodeNamibe.Estaémuitasvezesumacaracterísticabem

visíveldavegetação,espalhadaentreasplaníciesáridasaintervalosdeentre50a100m.Foi

feitaaestimativadequeasplantasindividuaisWelwitschiatêmmaisde2.500anosdeidade,

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tendo coroas com mais de 1 metro de diâmetro e folhas com mais de 3 metros de

comprimento. As folhas que enrolam em configurações fantásticas ao longo do chão são as

folhasdemaiorperíododevivênciadequalquermembrodoreinovegetal(WWF).

As comunidades halofíticas crescem nas praias salinas, caracterizadas pela Salsolazeyheri,

Sesuvium spp. (Figura 5), Suaedafruiticosa, Scirpuslittoralis, e Asthenatherumforskalii. Os

substratos rochosos encontram-se em toda a ecorregião e as plantas suculentas do porto

incluem Lithopsruschiorum, Sarcocaulonmossamedense, e Othonnalasiocarpa e Euphorbia

dinteri.

Figura50-SesuviumpertodoPortodeNamibe

A Sesuviumportulacastrum (comummente conhecida como a cora de frade da praia)é uma

herbáceaperenemuitodispersaquetambémcrescenasáreascosteiras.EsteénativadeÁfrica

e naturalizou-se emmuitos locais praticamente em todo omundo, onde não é uma planta

indígena. Existe 6 espécies destes gene que são endémicos à região desértica do Kaokoveld

(Craven,2009).

ASesuviumfamilyAizoaceaeformaumcomponenteprincipaleúnicodafloradeterrasáridas

do sul de África. Tipicamente tem folhas suculentas, flores brilhantes e frutos que abrem e

espalhamsementessomentequandochove.Amaiorpartedestasespéciesestábemadaptada

parasobreviveràs longasestaçõesdeseca.Estas tambémconseguemtoleraruma irradiação

forte,temperaturaselevadas,salinidadedosoloejactosdeareia.

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http://www.plantzafrica.com/plantklm/mesembs.htm

Figura51-Euphorbiadinteri,Namibe(extraídodeCostaetal,2004)

AEufórbiaémuitoproeminenteao longodoplanaltoacimadoNamibe.Existem73espécies

destegéneronaecorregiãododesertodeKaokoveld,19dasquaissãoendémicasencontradas

somentenestaregião(Craven,2009).

A maior partes das Eufórbias na área do Namibe são plantas suculentas com espinhos. Os

caules são tipicamentegrossose carnosos, geralmente comumaalturade0.5a1metro.As

folhassãopequenase têmpoucaduração.TodososmembrosdogéneroEufórbiaproduzem

uma seiva leitosa chamada látex que é tóxica e pode variar entre ligeiramente irritante a

altamentevenenosa.

Osleitossecosdosrioscontêmumdiversidademaiselevadadeespéciesqueaencontradano

deserto adjacente.Os agrupamentos densos parecidos a almofadas de folhas suculentas tais

como aSalsola spp., Zygophyllumclavatum eZ. stapffii são comuns. Emdirecção a Este, nos

leitos dos rios na orla do Deserto de Kaokoveld, encontram-se Faidherbiaalbida,

Balaniteswelwitschii,Colophospermummopane, eMaeruaschinzii. Pequenos furosdeáguaou

locais húmidos podem ser cobertos densamente por Odysseapaucinervis ou por uma

comunidade constituída porPhragmitesaustralis,Thyphalatifolia,Scirpusdioicus,S. littoralis e

Juncelluslaevigatus(WWF).

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Figura52-ScirusnumadepressãohúmidapertodoPortodeNamibe

As áreas perturbadas perto do Porto de Namibe e da cidade de Namibe são muitas vezes

colonizadasporplantasruderais.Estasplantastêmestratégiasdecurtoprazo:durampoucoe

produzem muitas sementes e propágulos. Geralmente são também designadas por plantas

pioneirasnassuasprópriascomunidadesdeplantas.

As plantas ruderais são especialmente abundantes ao longo dos canais de escoamento e de

locaisdeacumulaçãodeáguas residuais.Aespéciemais comuméaTribulus spp. (Figura8),

Cynodonspp.eoutragramíneas.

Aespécie invasivaárvorede tabaco (Nicotianaglauca) tambémémuitocomumao longodos

habitatsperturbados(Figura5.10).EstaárvoreénativaàAméricadosulmasencontra-seagora

dispersaportodoomundocomoumaespécieintroduzida.

A Salsa da Praia (Pomoeapes-caprae) também é comum nasmanchas perturbadas perto da

linhacosteira.Estavideiratrepadeira(rizomas)queconseguemestabilizarosubstratomóvele

tolerarelevadosníveisdesalinidade.Assementesdestaplantaflutuamnaáguadomaresão

conhecidaspelasuadispersãooceânica.

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Figura53–ComunidadedeplantasherbáceasruderaispertodoPortodeNamibe

Figura54-NicotianaglaucapertodoPortodeNamibe

Na Baía de Namibe e arredores existem algumas árvores selvagens, essencialmente árvores

pequenas e arbusto da espécie Accacia spp. (Figura 10). Adicionalmente, existem árvores

plantadas que foram introduzidas como a Casuarina spp., Eucalyptus spp. e a Parkinsonia

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aculeate.Estasárvoresalienígenasexigemumagestãorigorosaedeacordocomamaiorparte

dasconvençõesinternacionaisdevemserevitadas.

Figura55–AcáciaspertodoPortodeNamibe

5.5FAUNA

Aguerracivilquedurou30anosemAngoladeixouafaunaselvagemnaprovínciadeNamibe

desprotegida.Estaáreaestavaabertaacaçadoresfurtivoseaocorteilegaldeárvores.Poucas,

senarealidadealgumaspopulaçõesdeanimaisbraviossobreviveram.Aspopulaçõesdeleões,

rinocerontes negros e girafas desapareceram ou foram reduzidas ao nível de extinção local.

Desde o fim da guerra em 1992, o governo de Angola estabeleceu uma Secretaria para a

Protecção do Ambiente e iniciou a formação de soldados desmobilizados como guardas de

reservas/parques. Angola também é signatária à Convenção sobre a Diversidade Biológica

(Dean2000,UNEP-WCMC).

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Figura56–LocalizaçãodaReservaParcialdeMoçâmedes

Omapaacima ilustra:AngolacomMoçâmedesaroxo;asáreasprotegidassegundooestudo

UNEP-WCMCaverdeetodasasoutrasáreasprotegidasacinzento(UNEP-WCMC).

Próximo do Porto de Namibe, não foram observados quaisquer animais bravios de grande

porte.

Na Reserva Parcial deMoçâmedes adjacente (Figura 11), existem 45 espécies demamíferos(consultaroAnexoAparamaisdetalhes).Trêsdestes–aChita(Acinonyxjubatus),oLeãoeo

(Pantheraleo)Gatodepatasnegras(Felisnigripes)sãoecologicamentevulneráveisanívelglobal

(segundo as categorias da IUCN). Nove destes – a Impala (Aepycerosmelampus), a Cabra de

Leque (Antidorcasmarsupialis), a Hiena Malhada (Crocutacrocuta), o Oreotrágo

(Oreotragusoreotragus),aGazelaOryx(Oryxgazelle),oGrande-Cudo(Tragelaphusstrepsiceros),

aHienaCastanha (Hyaenabrunnea), o Pangolim comumdeTemminck (Manistemminckii) e o

Babuíno Sagrado (Papiohamadryas), são espécies ameaçadas de extinção / dependentes da

Conservaçãoeas33espéciesremanescentessãodeReduzidoNíveldePreocupação(AnexoA).

O mamífero bravio mais proeminente perto do Porto de Namibe é o macaco Vervet

(Chlorocebusaethiops)quetipicamentevivenasárvoresesealimentadedesperdícioshumanos

ederesíduos.

OinventáriodeAvesnaáreadoNamibeédifícildeavaliaradequadamente.Angolaéumdos

países de África com menos informação ornitológica (Dean, 2000, Birdlife International).

SegundoaBirdlifeInternationalexistem470espéciesnaregiãodoNamibe(consultaroAnexo

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B)masnenhumadasespéciesdeavesqueocorremdentrodaReservaParcialdeMoçâmedese

consideradaameaçada(nemmesmodeMenorPreocupação)pelaIUCN(UNEP-WCMC).

As aves mais proeminentes perto do Porto de Namibe e da cidade de Namibe são as aves

aquáticas.AsmaiscomunssãooCorvomarinhoPhalacrocoraxspp.,aGarçarealArdeacinerea,

a Garça VermelhaArdea purpurea, a Fragata comumArdeola ralloides, a Garça branca

pequenaEgretta garzetta, a Garça VaqueiraBubulcus íbis (Figura 12), o GorazNycticorax

nycticorax,oÍbispretoPlegadisfalcinelluseoColheireiroAfricanoPlataleaalba (Figura5.13).

Estasavesforamobservadaspousadasnasárvoresounaságuaspertodapraia.

As aves marinhas são abundantes e diversas ao longo da faixa costeira do Namibe. Brooke

(1981) registou 22 espécies de aves marinhas na Província do Namibe (ver Anexo C). Ao

contrário das outras árvores marinhas, a maior parte destas não foram comummente

observadaspertodoPortodeNamibe.

Figura57-BubulcusibisempoleiradosnumaárvoreAcáciapertodoPortodeNamibe

EntreasavesdepresamaiscomunsnaáreadoNamibecontam-seoPeneireirocinzentoElanus

caeruleuseoTartaranhãocaçadorCircusmacrourus.

Entreasavespasseriformes,oCorvoMarinhoCorvuscapensiseoCorvodasmontanhasCorvus

albus registaram ser muito proeminentes, muitas vezes a perturbar as outras espécies, em

especialasavesnosninhos.

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Figura58-PlataleaalbaafazeremninhonumaCasuarinapertodoPortodeNamibe

Os pardais (Ploceidae) não são muito proeminentes mas é comum encontrarem-se os seus

ninhospertodoportoedacidade,especialmentenasárvoresAcácias(Figura14).Muitasdas

espécies de pardais são gregárias e reproduzem-se em colónias. Estas aves fazem os seus

ninhosjuntasparaprotecçãomuitasvezescomváriosninhosnummesmoramo.Geralmenteos

machos fazemo nicho e utilizam isso coo formade atrair as fêmeas. As colónias de pardais

podemserencontradaspertodacostaedecorposdeágua.Estasavescomemsementesnae

encontram-senasuamaiorianaÁfricaSubsariana.Existem21espéciesdepardaisemAngola

(BirdlifeInternational),deentreasquais10naáreadeNamibe(MillseMelo,2013).

Figura59–NinhosdePloceusnumaárvoreAcáciapertodoPortodeNamibe

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Existem11espéciesdeanfíbiosnaReservaParcialdeMoçâmedes(UNEP-WCMC).Todoseles

sãoclassificadoscomodemenorPreocupação.

Nãoexistemdados suficientes relativosa répteisea invertebradosna regiãodoNamibe.De

acordo com a WWF, o elevado número de animais endémicos na região de Kaokoveldeco

(incluindo a Namíbia e o Sul de Angola) é constituído essencialmente por répteis. Das 63

espécies registadasnaecorregião,oito são rigorosamenteendémicas.Asespéciesendémicas

incluem duas lagartixas, três gecos, e três lagartos. O lagarto endémico

Pedioplaniabenguellensiséextremamenterápidoepodeservistonocalordodiaaatravessar

areiasesparsamentevegetadaseplaníciesdecascalho.Osgecosendémicostêmcaracterísticas

distintas. O Palmatogeckovanzeyli, por exemplo, tem um corpo de tamanho médio e uma

cabeça grande com olhos imensos semelhantes a jóias. No Deserto de Kaokoveld existem 9

espéciesdearanhas,possivelmentedevidoà faltadevegetaçãoparaestaspoderemfazeras

suas teias para se alimentarem.Duas destas aranhas são endémicas. Estas espécies têmum

comportamento altamente especializado que lhes proporciona sobreviverem na dunas

arenosasdodeserto.Estaecorregiãotem4espéciesdesolifugee13deescorpiões.Doisdos

solifuges e 3 dos escorpiões são endémicos a esta ecorregião. O solifuge Ceromainerme

endémico adaptou-se a um comportamento normal xerófilo para acomodar uma existência

quasemarinha,vivendomesmonaorladazonademaréaltaealimentando-senaáreaentre

marésduranteamarébaixa.

5.6CONSERVAÇÃODANATUREZA

AregiãodoNamibetembensecológicoseumafaunabraviamuitorica.Deacordocomabase

de dados de áreas protegidas (UNEP-WCMC), a Reserva Parcial de Moçâmedes e as áreas

circundantestêmumvalormuitoelevadodehabitatsquenãopodemsersubstituídos(Figura

15) e esta reserva está classificada em quarto lugar (de 10 áreas protegidas) em Angola.

(ConsultaroAnexoDrelativamenteàMetodologiaedetalhes)

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Figura60–MapadoíndicedeimpossibilidadedesubstituiçãodehabitatsnaReservaParcialdeMoçâmedesehabitatssemelhantes

DeacordocomaUNEP-WCMC,nãoobstanteoseuelevadovalorecológico,aáreadoNamibe

temumníveldeameaçarelativamentebaixo.Estaconclusãoéapoiadapordoisfactores:uma

pressão muito baixa por parte da população nas áreas circundantes e pouca agricultura

encontradanasimediaçõesdaáreaprotegida.

5.7 RECOMENDAÇÕES

ÉprovávelqueoprojectodeexpansãodoPortodeNamibe tenhamumefeito insignificante

sobreaecologialocaleregional.

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120

5.8 REFERÊNCIASBIBLIOGRÁFICAS

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AgricultureOrganizationoftheUnitedNations.http://library.wur.nl/isric/fulltext/isricu_i27864_001.pdf

BirdlifeInternational:Avibase-BirdChecklistsoftheWorld.Namibe

http://avibase.bsc-

eoc.org/checklist.jsp?lang=EN&list=howardmoore&synlang=&region=AOna&version=text

BirdLifeInternational(2013)ImportantBirdAreasfactsheet:IonaNationalPark.http://www.birdlife.org/datazone/sitefactsheet.php?id=6011

Brooke,R.K.,1981:TheseabirdsoftheMoçâmedesProvince,Angola.Gerfaut71:209-225

Costa, E.,Martins, T.&Monteiro, F., 2004:A checklist of Angola grasses. SouthernAfricanBotanicalDiversityNetworkReportNo.28.SABONET,Pretoria.

Craven,P.,2009:PHYTOGEOGRAPHICSTUDYOFTHEKAOKOVELDCENTREOFENDEMISM.Dissertation

presentedforthedegreeofDoctorofPhilosophyatStellenboschUniversity

DEAN,W.R.J.2000.ThebirdsofAngola.Anannotatedchecklist.Tring:BritishOrnithologists’Union.

Kuedikuenda, S. & Xavier, M.N.G., 2009: Framework report on Angola's biodiversity. Republic ofAngola,MinistryofEnvironment.

LAMBERT,K.,2006:SEABIRDSSIGHTEDINTHEWATERSOFFANGOLA,1966–1988.MarineOrnithology

34:77–80(2006)

Mills,M.andMelo,M,2013:THECHECKLISTOFTHEBIRDSOFANGOLA.

http://www.birdsangola.org/birdlist.htm

OBIS.(2007).OceanBiogeographicInformationSystem.http://www.iobis.org/.

UNEP-WCMC:Overview of Moçâmedes. The World Database on Protected Areas. The UNEP-World

Conservation Monitoring Centre, in partnership with IUCN - The World Conservation Union.

http://bioval.jrc.ec.europa.eu/APAAT/pa/2251/

WWF:Africa:CoastalNamibiaandAngola.http://worldwildlife.org/ecoregions/at1310

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5.9 LEVANTAMENTOECOLÓGICOTERRETRE-ANEXOS

AnexoA: ReservaParcialdeMoçâmedes–inventáriosdeanimais

AnexoB: ListasdeControlodeAvesdoMundo-Namibe

AnexoC: AvesMarinhasdacostadoNamibe

AnexoD: VisãoGeraldaReservaParcialdeMoçâmedes

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5.9.1ANEXOARESERVAPARCIALDEMOÇÂMEDES

InventáriosdeAnimaishttp://bioval.jrc.ec.europa.eu/APAAT/pa/2251/ Monitorização Ambiental Global União Europeia, 2010 | Última actualização a 28 de Outubro de 2010.

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5.9.2ANEXOB

Avibase–

Listade

Controlode

Avesdo

Mundo Namibe

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5.9.3ANEXOCAVESMARINHASDACOSTADONAMIBE

ExtraídodeBrooks1981Alcatorda “razorbill” Fraterculaarctica“atlanticpuffin”

Fulmarusglacialisabird

Heterocercusflexuosusabird

Heterocercusmaritimusabird

Heterocercusobsoletusabird

Hydrobatespelagicusabird

Larusargentatus“herringgull”

Laruscanus“mewgull”

Larusfuscus“lesserblack-backedgull”

Larusmarinus“greatblack-backedgull”

Larusmelanocephalus

Larusridibundus“commonblack-headedgull”

Morusbassanusabird

Phalacrocoraxaristotelisabird

Phalacrocoraxcarbo“greatcormorant”

Rissatridactylaabird

Sternaalbifrons“littletern”

Sternadougallii“roseatetern”

Sternahirundo“commontern”

Sternaparadisaea“arctictern”

Sternasandvicensis“sandwichtern”

Uriaaalge“commonmurre”

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5.9.4ANEXODhttp://bioval.jrc.ec.europa.eu/APAAT/pa/2251/ Monitorização Ambiental Global União Europeia, 2010 | Última actualização a 28 de Outubro de 2010.

Visão Geral de Moçâmedes

O presente relatório contém informação sobre a biodiversidade, espécies e informação

ambientalsobreMoçâmedeseAngola.Este iniciapordarumavisãogeralsobreMoçâmedes,

incluindoligaçõesabasesdedadoexternastaiscomoaWDPA,Ramsar,BirdLifeInternational,

WorldHeritage,UNESCOeGoogleEarth.Depoisapresentaumresumodosnossosindicadores

deáreasprotegidas, incluindoaimpossibilidadedesubstituiçãodeespécies,doshabitatsea

pressãosobreoparque.Asespéciesencontradasnoparque(deacordocomasbasesdedados

dasváriasespécies)encontram-seresumidasincluindoasrespectivascategoriasdaIUCN,com

ligações para informação detalhada sobre as espécies que pode ser encontrada no presente

relatório. As tendências ambientais de longo prazo e a informação sobre a sazonalidade

ambientaltambémestãoapresentadasrelativamenteaoparque,seguindo-sedeinformaçãoa

níveldopaís..

Omapa à direita ilustra: Angola comMoçâmedes ilustrado em roxo; as áreas protegidas na

nossaáreadeestudoe,todasasoutraáreasprotegidasacinzento.

A informação sobre esta área protegida encontra-se providenciada naBase de Dados sobreÁreas Protegidas a nível do Mundo (The World Database on Protected Areas) que estáarquivada no Centro de MonitorizaçãoUNEP-World Conservation Monitoring Centre (UNEP-

WCMC)eégeridaemparceriacomaIUCNeaWorldConservationUnion.

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INFORMAÇÃOGERALSOBREMOÇÂMEDESNome Moçâmedes

Designação Reserva Parcial

Categoria segundo a IUCN IV

Definição segundo a IUCN

Área protegida gerida essencialmente para a conservação através da intervenção de gestão. Área de terra e/ou mar sujeita à intervenção activa para fins de gestão de forma a assegurar que a manutenção dos habitats e/ou (Nota de tradutor: frase incompleta) a fim de cumprir os requisitos das espécies específicas.

Folha da UNEP-WCMC – sobre o local WDPA

Código do local = 2251 extraído da Base de Dados Mundial sobre Áreas Protegidas.

País (código ISO) Angola (AGO)

Ecorregião KAROO-NAMIB

Área (hectares) 529799

Pluviosidade média anual (mm) 103

Âmbito de altitude (m) -2 to 906

Localização (latitude, longitude) -15.71S 12.40E. Visualizar o mapa na Google Earth ou na Google Maps

Áreas protegida extraída do "WDPA Consortium 2006 World Database on Protected Areas" – Direitos de autor UNEP-WCMC (2006). Altitude extraída dos dados SRTM. Dados sobre a pluviosidade extraídos da WorldClim.

Visãogeraldosindicadoresdeimpossibilidadedesubstituiçãoedepressão

ApresentesecçãodescreveosindicadoresqueforamdesenvolvidosafimdecaracterizaroPA

emtermosdeameaçasedepressõesàsespécieseseushabitats.

Produzimos indicadores sobre a impossibilidade de substituição das espécies para os três

táxons,ouseja,Mamíferos,AveseAnfíbios.Istofoifeitoatravésdacontagemdeemquantas

áreasprotegidasocorreumaespécie (n), eadicionando1/nao índiceSIde cadaumadestas

áreasprotegidas.TambémcaracterizámosohabitatdecadaumadasnossasÁreasProtegidas

emÁfricacombasenoclima,terreno,coberturavegetalepopulaçãohumana,afimdecriarum

indicador sobre a impossibilidade de substituição do habitat de tal forma que quantomais

insubstituível forumhabitatnaÁreaProtegida,maioraclassificaçãoemqualquersistemade

potencialpriorização.Porúltimoefectuamosocálculodosdoisindicadoresdepressãoquetêm

porobjectivoquantificaraameaçaàsespéciesenquadradasnaÁreaProtegida–atravésde(i)

determinar as estimativas da pressão populacional na área circundante e (ii) quantificar a

quantidadedeagriculturaencontradanasproximidadesimediatasdaáreaprotegida.

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Estes indicadores encontram-se representados numa série de gráficos e tabelas que

apresentam uma visão geral da impossibilidade de substituição da Área Protegida, e das

pressõessobreaÁreaProtegida,relativasaosvaloresmédiosparaopaíseparaaecorregião.

Ográficoradar–acima–ilustratodososseisindicadoresdaÁreaProtegidarelativamenteao

parqueavermelhoaolongodasmédiasdopaísqueseencontramacinzento.Cadaindicador

foicalculadoemtermosdeumaescalade0(ovalormaisbaixo)até100(ovalormaisalto)a

fimdepermitirumacomparaçãofácil.

Apresenta-se a seguir um resumo em tabela sobre a classificação desta Área Protegida em

relação às outras Áreas Protegidas no mesmo país e na mesma ecorregião. Caso a Área

Protegidasesituenascincosuperioresparaesseindicador,estaédestacadaavermelho.

IndicadoresdeImpossibilidadedesubstituiçãoedepressãoparaMoçâmedes

Indicador ClassificaçãoemtermosdePaís(deentre11)

ClassificaçãodaEcorregião(deentre31)

Impossibilidadedesubstituição

deMamíferos2 3

Impossibilidadedesubstituição

deAvesSemespéciesexistentes Semespéciesexistentes

Impossibilidadedesubstituição

deanfíbios10 11

Impossibilidadedesubstituição

deHabitats4 13

Pressãoagrícola Sempressão Sempressão

Pressãopopulacional 8 20

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Os gráficos em barra (a seguir) dos indicadores individuais ilustram a classificação da Área

Protegida quando comparada com todas as outras Áreas Protegidas no mesmo país e na

mesmaecorregião.

Indicadoresdaimpossibilidadedesubstituiçãodasespécies[Notadetradutor–SI=ÍndicedeImpossibilidadedesubstituiçãodasEspécies]

Emprimeirolugar,afimdeprovidenciarumavisãogeraldadistribuiçãoespacialdariquezadas

espécies,endemismoeameaçaemtodoocontinente,foicalculadoummapanumaresolução

de1kmusandoasdistribuiçõesgeográficasdetodasasespéciesparaostrêstáxonsdiferentes.

Emsegundolugar,foicalculadoumÍndicedeimpossibilidadedesubstituiçãodasespéciespara

cada área protegida, a respeito de todas as espécies de um táxon específico. Tal foi feito

atravésdacontagemdaocorrênciadeumaespéciesemquantasáreasprotegidasemtermos

de(n)eadicionando1/naoíndicedeImpossibilidadeSubstituiçãodasEspéciesparacadauma

dessasáreasprotegidas.Omesmoprocessofoiexecutadonumdadotáxon.

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Impossibilidade de substituição de espécies (de cima para baixo) relativa a mamíferos, aves e anfíbios,

por país (esquerda) e ecorregião (direita)

Indicadordeimpossibilidadedehabitat[Notadetradutor–HI–ImpossibilidadedeSubstituiçãodeum

Habitat]

EstecomponentedométodotemporobjectivocaracterizarohabitatemcadaumadasÁreas

ProtegidasemÁfricaquetemumaextensãodepelomenos1.000hectares.Tipicamente,uma

áreaprotegidacontémumhabitatespecíficoquepodesercaracterizadopeloclima, terreno,

coberturavegetalepopulaçãohumana.Comessetipodecaracterização,épossívelidentificar

áreassemelhantesnosmesmosbiomas.Naturalmentealgumasáreasserãomaissemelhantes

aohabitatdaÁreaProtegidaqueoutraseparaalgumasÁreasProtegidaspodemexistiráreas

vastasdehabitatssemelhantesenoentantoemoutrasoshabitasdasÁreasProtegidaspodem

serúnicos.

Nestecaso,identificámoseclassificámosasÁreasProtegidascombasenasuasemelhançade

habitat, e criámos um indicador da impossibilidade de substituição do habitat na Área

Protegida.Quantomaisinsubstituívelforumhabitat,maiselevadaaclassificaçãoemqualquer

sistema potencial de priorização. A semelhança do habitat é calculada usando amétrica da

distânciadeMahalanobis.

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Impossibilidade de substituição dos habitats por país (no topo à esquerda) e ecorregião (no topo à

direita), e um mapa com habitats semelhantes (no fundo).

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Indicadoresdepressãonoparque(PPeAP)[NotadeTradutor:PP=PressãoPopulacionaleAP=ÁreaProtegida]

EstecomponentedométodovisaquantificaroníveldeameaçaaumaÁreaProtegida epor

representação a ameaça à espécie na Área Protegida - por (i) a estimativa da pressão

populacional na área circundante e (ii) quantificação da quantidade de agricultura nas

proximidadesimediatasdaáreaprotegida.

Apremissadoíndicedepressapopulacional(PP)équeumadensidadeelevadadepopulação

numaÁreaProtegidaeemredordamesmaimplica:(i)umapressãoelevadaparaaconversão

dousodaterra(conversãoparausoagrícola)nazonatampãoemredordaÁreaProtegida e

tambémdentrodamesma.(ii)OsníveiselevadosdepescaedecaçanaÁreaProtegidaeem

redordamesma.(iii)Riscoelevadodedesflorestação(desbaste)paraaextracçãodemadeirae

decombustível.(iv)Riscomaiselevadodequeimaedesmatamentointencional.

NemtodosestesfactorespodemseraplicáveisaumaÁreaProtegidaúnica,masseumoumais

desses riscos estiver presente então sugerimos que a pressão populacional constitui um

indicadorrazoáveldestesfactores.