TCC_Tais & Cibelle-2015........

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Autarquia Educacional do Belo Jardim AEB Faculdade do Belo Jardim FBJ Curso de Licenciatura Plena em Geografia OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA NO MUNICIPIO DE SÃO BENTO DO UMA PE: O CASO DO RIO UNA Cibelle Aparecida Silva de Oliveira Thais Fablícia Corrêia Leite Belo Jardim PE Dezembro 2015

Transcript of TCC_Tais & Cibelle-2015........

  • Autarquia Educacional do Belo Jardim AEB

    Faculdade do Belo Jardim FBJ

    Curso de Licenciatura Plena em Geografia

    OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA

    NO MUNICIPIO DE SO BENTO DO UMA PE:

    O CASO DO RIO UNA

    Cibelle Aparecida Silva de Oliveira

    Thais Fablcia Corria Leite

    Belo Jardim PE

    Dezembro 2015

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    Cibelle Aparecida Silva de Oliveira

    Thais Fablcia Corria Leite

    OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA

    NO MUNICIPIO DE SO BENTO DO UMA PE:

    O CASO DO RIO UNA

    Projeto de pesquisa apresentado ao

    Curso de Geografia na Faculdade do

    Belo Jardim FBJ como requisito da

    disciplina de Prtica Pedaggica VII.

    Orientador: Prof. Dr. Natalcio de Melo

    Belo Jardim PE

    Dezembro 2015

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    Cibelle Aparecida Silva de Oliveira

    Thais Fablcia Corria Leite

    OS IMPACTOS AMBIENTAIS NA REDE DE DRENAGEM URBANA

    NO MUNICIPIO DE SO BENTO DO UMA PE:

    O CASO DO RIO UNA

    BANCA EXAMINADORA

    Aprovado em: ____/____/____

    Prof Dr. Natalcio de Melo Rodrigues AEB/FABEJA

    Orientador

    Prof Esp. Jorge Coelho da Silveira Neto AEB/FAEJA

    Examinador (a)

    Prof Esp. Luzia M. C. S. Chaves. AEB/FABEJA

    Examinador (a)

  • 4

    AGRADECIMENTOS

    Ao Eterno Deus, o Senhor das nossas vidas, sem o qual nada seria possvel sem a

    permisso do Altssimo.

    s nossas famlias pelo apoio, pacincia e dedicao, em especial as nossas mes

    (Maria Marlene Silva de Oliveira e Tereza Leite da Silva Correia) que desde sempre

    acreditou em ns e a cooperao em momentos difceis foi fundamental.

    Aos nossos pais guerreiros (Jos Wellington da Silva e Fausto dos Santos Correia)

    que mesmo estando longe sua presena foi sempre sentida e notada, agradecemos aos

    momentos que nos entendeu de uma forma inexplicvel de compreender.

    A Instituio AEB FBJ pela oportunidade de fazer curso, s corpo docente,

    direo administrao que oportunizaram o um sonho, ao um horizonte superior.

    Agradecemos aos Professores de Geografia por nos proporcionarem um

    conhecimento no apenas racional, mas manifestao do carter afetividade da

    educao no processo de formao profissional em nossas vidas.

    Prof. Dr. Natalcio de Melo Rodrigues pela pacincia, dedicao e contribuio na

    realizao deste trabalho e, tambm por ter feito parte da nossa formao acadmica.

    Aos nossos irmos sobrinhos, que ns momentos da nossa ausncia, dedicados

    exclusivamente o estudo superior, sempre fizeram entender que futuro feito partir

    da constante dedicao no presente.

    No se esquecendo de agradecemos tambm, aos colegas que sempre estiveram

    conosco durante este curso, que sempre iram estar presente, pois sempre nos

    compreenderam e ajudaram da melhor forma possvel para que conclussemos juntos

    este curso.

    Portanto, a amizade de vocs fonte de alegria e de motivao para seguir em

    frente.

    Agradecemos tambm todos queles que direta ou indiretamente, contriburam

    para realizao deste trabalho.

  • 5

    De tudo ficaram trs coisas: A certeza de que estamos

    sempre comeando..., A certeza de que precisamos

    continuar..., A certeza de que seremos interrompidos

    antes de terminar..., Portanto, devemos: Fazer da

    interrupo um caminho novo... Da queda um passo de

    dana... Do medo, uma escada... Do sonho, uma ponte...

    Da procura, um encontro.... (Fernando Pessoa)

  • 6

    Lista de figuras

    Figura 1 Observa-se nesta imagem um desmatamento, que provavelmente comeou pelo ser humano matando a fauna e flora e tambm, invadindo a vegetao em uma rea preservada.

    17

    Figura 2 Observa-se uma paisagem que antes era natural, mas agora modificada pela ao do homem para a construo de uma barragem.

    18

    Figura 3 Observa-se maquinas trabalhando na retirada do solo, e pores que j foram extrados modificando ao meio ambiente.

    20

    Figura 4 Destaca-se nesta imagem negativamente a ocupao das casas nas margens, e assim depositado esgoto, lixo domstico, entulhos, mas quando acontecer uma enchente consequentemente ocorrer um desastre.

    21

    Figura 5 leo de cozinha ao ser jogado fora de forma incorreta polui manancial e mata animais.

    23

    Figura 6 Exemplo de uma rua poluda com a ao do Chorume, o que causa preocupao ao meio ambiente.

    24

    Figura 7 Material pesado este um dos poluentes que chama a ateno, pois bastante agravante sua poluio.

    25

    Figura 8 Produto qumico com alto risco de poluio sendo exposto ao ar livre, o perigo grande de contaminao.

    26

    Figura 9 Fertilizantes Qumicos sendo expostos ao solo. 27

    Figura 10 Poluio Trmica que acontece atravs das usinas que transmitem constantemente materiais que prejudicam todo ciclo natural da sua fauna e flora.

    28

    Figura 11 Observam-se animais cobertos de petrleo nos oceanos, o vazamento deste combustvel traz danos incalculveis para os ecossistemas aquticos.

    29

    Figura 12 Na imagem percebe-se o ciclo da chuva acida englobando poluentes que so transmitidos ao ar livre pelas indstrias e destruindo a fauna e flora.

    30

    Figura 13 Imagem retrata a realidade das grandes cidades que poluem constantemente seus rios e vivem dentro de um ambiente desolador ao individuo.

    31

    Figura 14 A figura mostra esgoto domstico sendo despejando ao ar livre trazendo modificaes ambientais.

    32

    Figura 15 A figura mostra despejo de um liquido contaminado pelos produtos de indstrias que no sevem para uso, entretanto esse tipo de descarte em uma rea pertencente ao rio aumenta a sua DBO.

    35

    Figura 16 Observa-se na ilustrao o Rio Citarum que o rio mais poludo do mundo.

    37

    Figura 17 Rio indiano que se encontra poludo, no Yamuna diariamente depositado resduos slidos de indstrias e das residncias, torna a gua incapaz de ser usada.

    38

    Figura 18 Lago Karachay na Rssia, tendo em seu espao total uma radiao to forte que pode mata qualquer pessoa exposta ao lago.

    40

    Figura 19 Observa-se um pequeno trecho do Rio Amarelo que se localiza ao

    norte da China.

    41

    Figura 20 O rio Tmisa, que cruza a capital britnica, Londres, j foi chamado de "O Grande Fedor" e declarado "biologicamente morto", mas atualmente, vive uma espcie de renascimento.

    43

    Figura 21 Rio Nilo principal rio do Egito, onde se desenvolveu uma forte prosperidade e fertilidade. Nota-se que ao seu trajeto h bastante

    44

  • 7

    vegetao, barcos, e moradias, ou seja, proporcionando desenvolvimento por onde passa trazendo vida em abundancia.

    Figura 22 O Rio Colorado se localiza na Amrica do Norte, passa por vrios cnions e se destacando na paisagem, formando diversos designers rochosos.

    45

    Figura 23 Observam-se assentamentos humanos irregulares nas margens do rio Riachuelo que aumentam cada vez mais a carga de poluentes.

    46

    Figura 24 O Rio Tiet localizado na cidade de So Paulo, passa por gravssimos problemas ambientais.

    47

    Figura 25 Observa-se em destaque o impacto ambiental que este ambiente sofre pelos despejos de resduos slidos vindos das indstrias que se desenvolvem aceleradamente e resduos domsticos.

    48

    Figura 26 Baa de Guanabara, um senrio belssimo, mas porem poludos jogados em ambientes inadequados tendo fins desagradveis.

    49

    Figura 27 Observa-se um corrego desaguando em um rios, ver que qua agua alem de poluida por residuos liquidos de esgotos urbanos h tambm a presena de residuos solidos devido ao lanamento de lixo no enotorno ou nas ruas.

    51

    Figura 28 Observa-se um grande nmero de mortande da fauna animal marinha em decorrencia do lanamento de residuos solidos e liquidos nos rios oriundos de esgotamento urbano sem tratamento.

    52

    Figura 29 Os crregos e rios recebem grandes cargas de esgotos domiciliares que muitas vezes sem tratamento so lanados diretamente nos rios que cortam ou margeia os meios urbanos e depreciando o meio ambiente urbano.

    54

    Figura 30 Mapas das bacias hidrogrficas de Pernambuco a Bacia do Una aparece denominada pelo cdigo G12 em tom rosa.

    56

    Figura 32 Imagem retirada prximo nascente do Rio Una que se localiza na cidade de Capoeiras-PE.

    59

    Figura 33 Percurso do Rio Uma em So Bento do Uma: a linha em cor amarela elucida os limites do contorno da rea urbana do municpio de So Bento do Una-PE. A linha cm cor azul o percurso do rio na rea urbana do municpio, por fim a linha em tom verde o percurso utilizado para pesquisa de TCC.

    59

    Figura 34: Imagem retirada da Rua So Tiago, onde o rio Una passa com mais intensidade nos tempos chuvosos.

    62

    Figura 35 Destacam-se os pontos de limites sul e norte por onde o rio tem sua trajetria e segui seu rumo at sair e comear na rea rural.

    62

    Figura 36: Observa-se na imagem poluentes sendo jogadas as margens do Rio o que um caso preocupante em reas prximas ao Rio.

    63

    Figura 37: Observam-se agricultores trabalhando em tempos de colheitas, um trabalho que garante a subsistncia de bastante moradores que vivem em So Bento do Una PE.

    64

    Figura 38: Festa da Galinha no municpio de So Bento do Una garante uma economia diferenciada sendo vista e conhecida at fora do nosso Estado.

    65

    Figura 39: Observa se gado Nelore que uma raa de gado bovino originria da ndia.

    66

    Figura 40: Observa se a fabrica alimentcia Bom Leite, um grande exemplo para a cidade tanto de sonhos como de investimentos.

    67

    Figura 41: A empresa garante para a cidade uma fonte de empregos e alimentos de excelente qualidade.

    68

    Figura 42 Observa-se alguns trabalhadores das Granjas Almeida trabalhando 69

  • 8

    junto com as maquinas e manuseando equipamentos especficos.

    Figura 43 Imagem que retrata uma realidade vivida pelos trabalhadores das Granjas Almeida.

    70

    Figura 44 Imagem retrata uma realidade da maioria das cidades que populares poluem suas prprias ruas.

    72

    Figura 45 Observa-se um forte desmatamento nas proximidades do Rio Una. 72

    Figura 46 Observa-se a retirada de sedimentos do rio para a construo de tijolos pra serem comercializados.

    73

    Figura 47 As imagens retrata uma realidade das cidades que se caracteriza atraves de ocupaes proximas as margens do rio.

    74

    Figura 48 Nas duas imagens o que estar em destaque a ausencia da mata ciliar que fundamental nas margens dos rios

    74

    Figura 49 Observa-se um pequeno trecho do rio Una, mas que passa por problemas socioambientais pois existe um forte lanamento de esgotos diario dentro do mesmo o que garante a perda do Rio.

    75

    Figura 50 Margem do Rio Una com sua cobertura de mata ciliar praticamente destruda.

    76

    Figura 51 Imagem retirada do Bairro Duque de Caxias na cidade de So Bento, onde so prximas as margens do Una.

    76

    Figura 52 Observam-se reas do rio Una em So Bento, modificada pela ao do homem.

    77

    Figura 53 Ponte sobre o rio uma observa-se a Rua Liberato Siqueira vista da ponte sobre o Rio Una (antiga barragem).

    77

    Figura 54 Observa-se a ao humana que vem modificando as margens do meio natural.

    78

    Lista de tabelas e quadros

    Tabela 1 Principais poluentes das aguas dos rios.

    22

    Tabela 2 Observa-se no quadro uma representao dos objetos e o tempo que cada um leva para se decompor.

    33

    Figura 32: Localizao do Agreste inclui a Bacia do Rio Uma no estado de Pernambuco.

    58

    Tabela 3 O quadro a cima mostra o Crescimento Populacional segundo dados do IBGE.

    61

    Tabela 4 Retrata a produo de leite no Municpio de So bento do Una PE. 68

    Tabela 5 Mostra de forma geral a produo de ovos do Municpio. 68

    Lista de abreviaturas

    TCC Trabalho de Concluso de Curso, 14

    ONU Organizao das Naes Unidas. 16

    ONG Organizao No Governamental. 21

    DBO Demanda Bioqumica de Oxignio. 34

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica. 43

    RJTV um telejornal local da cidade do Rio de Janeiro e Grande Rio. 49

    ETEs - Estaes de Tratamento de Esgoto. 35

    CO2 uma substncia qumica formada por dois tomos de oxignio e um de carbono.

    35

    OD - Oxignio Dissolvido. 35

    NO3 Nitrato 35

    NO2 xido Ntrico. 35

    PO e POI Puro de Origem (PO) e Puro de Origem Importada (POI). 65

  • 9

    RESUMO

    O problema da poluio urbana ocorre desde o sculo XIX, na Inglaterra no incio da revoluo industrial, hoje, depois que o mundo passou por trs revolues industriais e pelo crescimento populacional, esse se encontra com uma populao de mais ou menos 6 bilhes de pessoas consumindo e gerando lixo e poluio. Este trabalho tem como objetivo o caso do Rio Una na cidade de So Bento, uma pesquisa que demostra sobre a grande preocupao que so os impactos ambientais que envolvem a degradao dos recursos hdricos, na bacia hidrogrfica do Una em So Bento do Una PE, a cidade com uma rea: 712.90 Km2, altitude: 650m e com sua localizao na Microrregio do Vale do Ipojuca, Mesorregio do Agreste. assunto principal deste trabalho que, aponta o processo de urbanizao como o causador dessa problemtica. A pesquisa buscou analisa o duplo processo industrializao/urbanizao e o seu desenrola at os dias atuais, a nveis mundial, nacional e local, com a estruturao das cidades para servir o capital provocando a excluso e segregao scia espacial que leva uma grande populao a procurar lugares imprprios para morar, e assim causando graves consequncias ao meio ambiente, dentre elas a mais grave a degradao dos recursos hdricos, visto que este se configura como o recurso natural mais importante ao planeta (ser humano). Os Impactos negativos no meio ambiente, que por si s esto diretamente relacionados com o aumento crescente das reas urbanas, o aumento de veculos automotivos, o uso irresponsvel dos recursos, o consumo exagerado de bens materiais e a produo constante de lixo. Lixo que so depositados diretamente em crregos e principalmente em lugares inadequados. Percebe, portanto, que no so apenas as grandes empresas que afetam o meio, mas de uma maneira geral o ser humano tem sua interferncia nas condies naturais, com pequenas atitudes, provoca impactos ambientais dia aps dia. A rea escolhida para ilustra problemtica da degradao a nvel local o rio Una na cidade de So Bento do Una PE, esta sendo modificada constantemente ao longo dos tempos, mas para isso ter uma reviravolta preciso uma conscientizao ambiental de forma geral que envolva todas as esferas ambientais e sociais. Onde ser mostrada uma situao questionadora do Rio Una em So Bento do Una PE, principalmente das reas ao entorno, que em certo ponto prejudicam familiares ficando imunes a doenas transmissveis pelo ambiente contaminado. As principais concluses deste trabalho demonstra a necessidade de se fazer uma relao entre o processo de urbanizao e a degradao dos recursos hdricos, alm de destaca a importncia do meio ambiente na vida dos protagonistas.

    Palavras-chave: Degradao. Impactos Ambientais. Populao. Recursos Hdricos.

  • 10

    ABSTRACT

    The problem of urban pollution occurs since the nineteenth century in England at the beginning of the industrial revolution , today , after the world has experienced three industrial revolutions and population growth, this is a population of about 6 billion people consuming and generating garbage and pollution. This work is the objective case of " Una River " in So Bento, a survey that demonstrates about the great concern are the environmental impacts involving the degradation of water resources in the basin of "Una in So Bento - PE " , the city with an area : 712.90 km2 , altitude: 650m and its location in Micro region Valley Ipojuca, mesoregion the Wasteland. It is the main subject of this work, says the urbanization process as the cause of this problem. The research sought to analyze the dual process industrialization / urbanization and its unfolding to the present day, the global, national and local levels, with the structuring of cities to service the capital causing exclusion and spatial partner segregation that takes a large population to seek places unfit for living, and thus causing serious consequences to the environment, among which the most serious is the degradation of water resources, since it is configured as the most important natural resource on the planet (human). The negative impacts on the environment, which in themselves are only directly related to the increasing number of urban areas, the increase in motor vehicles, the irresponsible use of resources, excessive consumption of material goods and the constant production of waste. Waste that are deposited directly into streams and mainly in inappropriate places. You see, therefore, that not only large companies that affect the environment, but in general the human being has its interference in natural conditions, with small actions, causes environmental impacts day after day. The area chosen to illustrate the problem of local degradation is the river Una in So Bento do Una - PE, is being modified constantly over time, but for this to have a twist it takes an environmental awareness in general that involving all the environmental and social spheres. Which will show a questioning situation of "Una River in So Bento do Una - PE", mainly from the surrounding areas, that at some point undermine family getting immune to communicable diseases by contaminated environment. The main conclusions of this work demonstrates the need to make a relationship between the process of urbanization and the degradation of water resources, and highlights the importance of the environment in the lives of the protagonists.

    Keywords: degradation. Environmental impacts. Population. Water resources.

  • 11

    SUMRIO

    Agradecimentos

    Lista de Figuras

    Lista de Tabelas e quadros

    Lista de abreviaturas e siglas

    RESUMO

    1. INTRODUO 13

    2. FUNDAMENTAO TERICA. 15

    2.1. O que Impacto Ambiental 15

    2.2 Principais problemas ambientais que impactos os rios. 15

    2.2.1 Desmatamento. 16

    2.2.2 Construo de Barragens. 18

    2.2.3 Retirada de Solos do leito e das margens dos rios. 19

    2.2.4 Ocupao de Terraos Prximos aos Rios. 20

    2.3. Os principais poluentes da gua: 22

    2.3.1 leo de cozinhas. 23

    2.3.2 O Chorume. 23

    2.3.3 Metais pesados. 24

    2.3.4. Lixo nuclear. 25

    2.3.5. Fertilizantes qumicos. 26

    2.3.6 Poluio trmica. 27

    2.3.7 Lanamento de derivados do Petrleo. 28

    2.3.8. Chuva cida. 28

    2.3.9. Lanamento de resduos slidos. 29

    2.3.10. Esgoto domstico. 30

    2.4. O problema das escalas temporais de decomposio do lixo

    urbano.

    31

    2.5. A Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO). 32

    2.6. Condies ambientais dos principais rios no mundo. 34

    2.6.1 Poluies em rios do continente asitico. 35

    2.6.2 Poluio em rios no Continente Europeu. 40

    2.6.3. Poluio no Continente africano. 42

  • 12

    2.6.4 Poluio no continente americano. 43

    2.6.5. Poluio dos rios no Brasil. 45

    2.7 O caso da Baa de Guanabara palco das olimpadas. 47

    2.8 O Desenvolvimento Industrial e o Impacto no Meio Ambiente. 48

    2.9 Poluies dos Recursos Hdricos na rea Urbana. 52

    3. MATERIAL E MTODOS. 53

    4. LOCALIZAAO DO OBJETO DE ESTUDO. 56

    4.1 As bacias hidrogrficas de Pernambuco. 56

    4.2 A bacia do rio Una. 57

    5. RESULTADOS E DISCUSSO 61

    5.1 Descries das atividades econmicas nas reas urbana e rural de So Bento do Una.

    61

    5.2 Descrio do Perfil de Elevao da amostragem urbana objeto da

    pesquisa.

    62

    5.3 Espao Urbano. 63

    5.4. Espao Rural. 63

    5.4.1 Agricultura. 64

    5.4.2 Avicultura. 65

    5.4.3 Pecuria. 65

    5.3 Descries dos impactos ambientais no Rio Una 70

    6. CONCLUSO 79

    7. REFERENCIAS 80

  • 13

    1. INTRODUO

    A expanso do desenvolvimento econmico traz como consequncia o aumento da

    utilizao de recursos da natureza, como fonte de matria-prima tornando-se um

    agravante aos problemas ambientais causados pela ao antrpica e aumentando a

    preocupao da sociedade frente s questes ambientais. Mas apenas quando se

    percebeu o agravamento dos problemas ambientais, um dos possveis caminhos para

    diminuir os desastres ambientais seria que existisse equilbrio entre o ser humano e a

    natureza, pois o mesmo se recupera ao longo dos tempos, mas nem sempre isso

    possvel. As aes humanas tm provocado muitas transformaes nos ecossistemas, o

    lanamento, por exemplo, de matria orgnica nos rios, pode provocar desequilbrios

    ecolgicos.

    Com a construo do espao geogrfico o homem provoca grandes mudanas no

    seu entorno, na regio e em escala maior no planeta, tanto que existem reas em que a

    degradao do ambiente j alcanou condies de irreversibilidade, onde j se formam

    pequenos desertos que podem se expandir para reas vizinhas. Faz-se necessrio e

    urgente que o ser humano compreenda e respeite o meio ambiente, utilizando-o ao seu

    favor de maneira equilibrada que no provoque a destruio das maravilhas que o mesmo

    tem a oferecer.

    O manejo adequado de ecossistemas, como por exemplo: os rios e lagoas,

    manguezais, esturios, recifes de corais, e outros, garante a manuteno de muitas

    espcies de animais, das quais depende a sobrevivncia de grande parte da populao.

    Quanto relao meio ambiente e sade possvel afirmar que algumas doenas so

    transmitidas principalmente pelas condies em que determinados ambientes se

    encontram. A partir de um ambiente contaminado possvel contrair, por exemplo, a

    verminose, doenas respiratrias, problemas de audio. Est sempre em evidencia que

    a ao impensada do ser humano sobre a natureza trs consequncias desastrosas para

    toda a humanidade (PERONI, 2011).

    Em relao ao precioso liquido indispensvel para a vida na terra, a gua muito

    superior ao total consumido pela populao, porm por conta da m distribuio desigual

    a mesma poder um dia acabar levando em considerao a degradao dos recursos

    hdricos, preciso que se tenha um manejo adequado dos recursos hdricos, adequando-

    os ao uso que garanta gua de qualidade desejveis e aos diversos fins. Colocando toda

    questo ambiental a nvel global a populao encontra-se em um grande dilema: como

  • 14

    crescer, como avanar, como produzir, como acompanhar os grandes avanos

    tecnolgicos, sem atingir fortemente a populao e consequentemente ao meio ambiente.

    Ao pensamento global se torna mais dificultoso se encontra um equilbrio prazeroso para

    ambas as partes (WEBER, 2008. P. 20-27).

    Falar em degradao ambiental muito simples o difcil adotar no dia a

    dia hbito que realmente tenha efeito diretamente na nossa rotina. A maioria da

    populao procura um culpado para os problemas, um culpado para os problemas

    ecolgicos, e eu pessoa, humana o que tenho feito? Qual a minha ao ao ver, por

    exemplo, um lixo no meu bairro? Pois bem fcil fechar os olhos e jogar a

    responsabilidade para os governantes, mais eu, simples cidado o que tenho feito de

    concreto para colaborar um pouco a manter o equilbrio em ambientes que esto com

    problemas srios com o lixo da populao. So fatos questionadores que nos leva a

    refletir.

    Assim essa pesquisa cientifica a nvel TCC trabalho de concluso de curso

    denominada Impactos Ambientais na Rede de Drenagem Urbana na Cidade de So

    Bento do Una: O Caso do Rio Una. Elucida primeiramente o conceito de impacto

    ambiental, como esses impactos se relacionam com os assentamentos urbanos

    comeando na escala maior enfatizado com os impactos ambientais hdricos se

    estabelecem nos principais rios dos continentes do mundo. Na escala mediana tem o

    Brasil como foco, o rio Tiete em So Paulo e a Bahia de Guanabara que ser palco das

    olimpadas em 2016. Em outro momento discutem o conceito de DBO, a temporariedade

    e decomposio dos resduos slidos lanados nos rios, os dez principais tipos de

    poluentes.

    Por fim na escala espacial menor teve como objetivo os impactos ambientais do rio

    Una na cidade de So Bento ao Una, onde se verificou a comprovao das teorias da

    fundamentao terica.

  • 15

    2. FUNDAMENTAO TERICA.

    2.1. O que Impacto Ambiental

    De acordo com SANTOS (2006): A avaliao de Impacto Ambiental um

    instrumento formado por um conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o

    incio do processo, que se faz um estudo dos impactos ambientais de uma ao proposta

    e de suas alternativas, bem como sobre a qualidade ambiental e os recursos naturais.

    Sendo assim envolve uma mudana no meio ambiente que causada graas s aes

    derivadas do ser humano. Mas tendo dois eixos que so positivo ou negativo, sendo que

    o negativo representa uma quebra no equilbrio ecolgico, que provoca graves prejuzos

    no meio ambiente, e leva ao meio ambiente a destruio de sua fauna e flora o que

    demora anos para se recuperar.

    Um motivo com diversas modalidade e divergncias, tem incio com pequenos atos

    e que so questionadores cada vez mais, transforma o que antes era belo em desrespeito

    com o ambiente que se restaura e persiste ao longo dos tempos. Uma alterao com

    inmeros significados sendo causada principalmente graas atividade do ser humano.

    Mas os Impactos pode ser tanto positivo como negativo com uma diferena entre

    ambos, sendo que o negativo representa uma quebra no equilbrio ecolgico, sendo

    refletidas transformaes como, por exemplo: destruio da mata ciliar, poluio dos

    recursos hdricos, queimadas, mudanas climticas, extino de animais, inundaes,

    eroses e etc. So situaes que devastam locais e belezas agredidas pelas mos dos

    habitantes.

    2.2 principais problemas ambientais que impactos os rios.

    Um dos principais problemas que envolvem impactos ambientais principalmente

    em rios o crescimento de cidades, pois avana e ocupa limites antes naturais, como o

    caso dos rios que percorrem rea urbana e tem seus terraos ocupados com a

    construo de casas, ruas, vilas e por fim cidades. Quase sempre essas ocupaes

    ocorrem sem que haja planejamento urbano adequado, por conta disso causam riscos ao

    meio natural e ao prprio ser humano.

    Outras modificaes atuais visveis a retirada de reas verdes das proximidades

    do rio para a construo de prdios, residncias, fbricas e outros tipos de construo.

    Invadindo habitats e destruindo reas naturais.

  • 16

    Um trecho com pouca rea verde pode aumenta e muito a poluio atmosfrica,

    alm de ser um fator determinante no aumento de enchentes e alagamentos em perodos

    chuvosos. Os rios que tem seu trajeto que permeiam uma determinada cidade e que

    cresce rapidamente, sem ordem de desenvolvimento e sem planejamento, podem sofrer

    tambm com a grande quantidade de lixo e esgoto domstico que so jogados em suas

    guas. Populares que contamina espaos naturais e ao mesmo tempo modifica-o. Como

    sabemos o crescimento populacional sem sombra de duvidas gera o aumento bastante

    significativo na produo de resduos slidos.

    Alguns exemplos de reas que sofrem com caso de contaminao/poluio so as

    regies Metropolitanas de So Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e entre outras, ou

    seja, onde o giro de pessoas acontece com mais intensidade. Alguns dos impactos

    relacionados aos rios so: Desmatamentos, construo de barragens, retirada de solos,

    ocupao de terraos de rios, etc.

    2.2.1 Desmatamento:

    Uma das grandes preocupaes contemporneas envolve o desmatamento

    tambm chamado de desflorestamento um processo de remoo e agresso total ou

    mesmo parcial da vegetao em uma determinada rea. Geralmente, esse processo

    ocorre para fins econmicos, visando utilizao comercial da madeira das rvores e

    tambm para o aproveitamento dos solos para a agricultura e a pecuria. A atividade

    mineradora e a construo de barragens para hidreltricas tambm aparecem como

    causas de tal ocorrncia.

    Atualmente, os pases que mais desmatam so os de economias emergentes, pois,

    embora tente controlar esse problema, o desmatamento de suas florestas avana

    medida que seus sistemas econmicos evoluem. At bem pouco tempo atrs, o campeo

    mundial de desmatamento era o Brasil, principalmente em razo do crescimento da

    fronteira agrcola sobre as reas da Floresta Amaznica. No entanto, recentemente, o

    pas foi ultrapassado pela Indonsia, que possui uma ampla rea verde, mas que vem

    desflorestando duas vezes mais do que desmatado anualmente no territrio brasileiro.

    Segundo levantamentos realizados pela Organizao das Naes Unidas (ONU),

    atualmente so desmatados quase sete milhes de hectares por ano. Isso significa a

    perda no to somente de vegetaes, mas tambm de vrias espcies animais, pois o

    seu habitat encontra-se cada vez mais diminuto. Com isso, o equilbrio ecolgico pode

  • 17

    tornar-se ameaado. Para combater o desmatamento no mundo e tambm no territrio

    brasileiro, necessria a adoo de medidas em diferentes escalas, do individual ao

    governamental.

    Cada cidado deve fazer sua parte, evitando que, nas reas urbanas, o nmero de

    rvores por habitante no seja muito pequeno, preservando a vegetao existente e

    procurando cultivar novas espcies. Os governos tambm possuem a funo de adotar

    medidas de conservao das reas naturais com vigilncia, fiscalizao e represso dos

    agressores a reas de reservas naturais.

    Figura 1: Observa-se nesta imagem um desmatamento, que provavelmente comeou pelo ser humano matando a fauna e flora e tambm, invadindo a vegetao em uma rea preservada. Fonte: Site desmatamento/causa (agosto, 2014).

    No caso do Brasil, vrios domnios naturais foram muito devastados. O primeiro a

    sofrer com esse processo foi a Mata Atlntica, que hoje conta com cerca de 7% de sua

    rea original. Os Pampas e a Mata de Araucria tambm passaram por graves processos

    de desmatamento, o que tambm vem ocorrendo no bioma Cerrado, esse ltimo

    profundamente devastado durante a segunda metade do sculo XX. A Amaznia parece

    ser o prximo alvo e, embora os ltimos anos o desmatamento tenha apresentando

    diminuies, a floresta ainda sofre com o corte de milhares de hectares de rvores a cada

    ano.

  • 18

    2.2.2 Construo de Barragens:

    A Construo de uma Barragem envolve diversas anomalias, pois uma barreira

    artificial, feita em cursos de gua para a reteno de grandes quantidades da gua que

    por ali passa. A sua utilizao serve, sobretudo para abastecimento de zonas

    residenciais, agrcolas, industriais, para produo de energia elctrica e etc.

    As barragens foram, desde o incio da histria da Humanidade, fundamentais ao

    desenvolvimento. A sua construo devia-se, sobretudo escassez de gua no perodo

    seco e consequente necessidade de armazenamento de gua. nvel mundial,

    algumas das barragens mais antigas de que h conhecimento situavam-se, por exemplo,

    no Egito, Mdio Oriente e ndia.

    Na ndia apareceram barragens de aterro de perfil homogneo com

    descarregadores de cheias para evitar acidentes. Com a Revoluo Industrial, houve a

    necessidade de construir um crescente nmero de barragens, o que permitiu o

    progressivo aperfeioamento das tcnicas de projeto e construo. Apareceram ento as

    primeiras barragens de aterro modernas e completas de avanos tecnolgicos.

    Figura 2: Observa-se uma paisagem que antes era natural, mas agora modificada pela ao do homem para a construo de uma barragem. Fonte: Construes e Servios (Abril, 2012).

    As barragens so feitas de forma a acumularem o mximo de gua possvel, tanto

    atravs da chuva como tambm pela captao da gua caudal do rio existente. Faz-se a

  • 19

    barragem unindo as duas margens aprisionando a gua. As barragens so muito

    importantes para o mundo moderno, pois so elas que permitem que haja gua potvel

    canalizada nas grandes metrpoles mundiais e fornecem-nos a energia eltrica, to

    necessria ao nosso dia a dia.

    por esse fato que antes de se construir uma barragem se fazer necessrio

    estudo de impacto ambiental. Dessa forma, a barragem deixa passar um caudal ecolgico

    que tem como funo preservar os ecossistemas j existentes no rio e respectivas

    margens. No entanto, nos ltimos 50 anos o desempenho e os impactos ambientais das

    grandes barragens transformaram os rios, enquanto que estudos demonstram que entre

    40 a 80 milhes de pessoas foram deslocadas para outras reas.

    2.2.3 Retirada de Solos do leito e das margens dos rios:

    Uma rea de rio que sua margem retirada alm de solo sua vegetao, se torna

    um percurso perigo em constante deslizamento por toda rea, mas uma das principais

    funes ecolgicas dos ribeirinhos proteger as margens dos rios, impedindo o aporte de

    sedimentos ao leito, conservando a quantidade e a qualidade da gua. Trechos em

    constate mudanas relacionados com impactos ambientais faz com que estes locais

    sejam protegidos por lei, constituindo-se em reas de preservao permanente da flora e

    fauna. Infelizmente, devido ao crescimento demogrfico intenso e a ocupao do

    ambiente pelo homem, de forma no planejada, percebe-se uma degradao atual

    generalizada destes ambientes, principalmente nas cidades.

    Este quadro agrava-se ainda mais, quando se trata de bacias hidrogrficas que

    passa por dentro da cidade, como o caso do Municpio de So Bento do Una-PE. Neste

    contexto, indispensvel reverso desta situao alarmante, atravs de aes de

    recuperao dos ambientes ciliares e reas de influncia, no deixando de considerar a

    presena do homem.

    A vegetao existente ao longo dos rios funciona como um obstculo natural ao

    escoamento das guas, que ficam retidas e so absorvidas, em grande parte, pela mata,

    evitando que uma quantidade exagerada de partculas slidas seja arrastada e

    consequentemente depositada nos leitos dos rios. Alm de evitar o assoreamento do leito

    dos rios, a mata ciliar consiste num ecossistema peculiar que abriga uma diversidade

    florstica e faunstica de vital importncia para o equilbrio de toda uma regio.

  • 20

    Figura 3: Observa-se maquinas trabalhando na retirada do solo, e pores que j foram extrados modificando ao meio ambiente. Fonte: Blog Papo Fisico em 2008.

    Ao interferir em reas naturais ocorre que mudanas significantes e notveis so

    vistas, podendo causar problemas diversos. O dano ambiental de carter permanente e,

    portanto, deve ser reparado o mais depressa possvel. Afinal, se assim no ocorrer, seus

    efeitos podero ser sentidos muito tempo depois por toda a sociedade, podendo inclusive

    atingir propores municipais, estaduais, federais e assim por diante.

    2.2.4 Ocupao de Terraos Prximos aos Rios:

    Ocupao em locais imprprios de moradia vem ao longo dos anos crescendo

    junto com o processo de expanso urbana associada ao crescimento populacional e

    desenvolvimento econmico. Assim inicia-se uma intensa interveno em ambientes

    naturais. Com isto pode acontece diversos problemas erosivos por toda a rea e extenso

    at onde se segui a questo de ocupao em locais que no so adequados. reas com

    essas denominaes durante o perodo chuvoso tornam-se propicias a acidentes como,

    por exemplo, deslizes, desmoronamento, assoreamento e etc. No Brasil a ocupao ilegal

    para fins habitacionais, em especial as reas prximas a rios e mananciais fcil

    justamente pela facilidade de ocupao. Porm devido falta de infraestrutura

  • 21

    habitacional, principalmente no quesito saneamento bsico, da ocupao dessas reas

    decorrem vrios problemas ambientais tais como a contaminao da gua.

    Alm disso, o modo como estas casas so edificadas nesses locais no

    adequado o que favorece a contaminao dos indivduos que nelas residem por diversos

    tipos de patologias. Alm destes problemas gera outro de ordem constitucional: o conflito

    entre dois direitos fundamentais, o direito moradia e o direito a um meio ambiente sadio

    e ecologicamente equilibrado para as atuais futuras geraes que esto por vi.

    Um dos casos envolvendo a ocupao de terraos prximos as margens de rios

    so relacionados ao antrpica, que nada mais alteraes realizadas pelo homem no

    planeta Terra. Tendo em vista que as formas de explorao de determinada regio so

    realizadas somente pela populao visando atividades de subsistncia, representada pela

    destruio das margens e da vegetao e assim ocupando o espao. Isso pode ser

    notado ao analisa a seguinte imagem onde mostra ocupaes irregulares prximo de

    onde passa o rio. (Figura 4).

    Figura 4: Destaca-se nesta imagem negativamente a ocupao das casas nas margens, e assim depositado esgoto, lixo domstico, entulhos, mas quando acontecer uma enchente consequentemente ocorrer um desastre. Fonte: Blog Impacto Ambiental (Maro, 2013).

    O planeta Terra e coberto por 71% por ela, sem a gua no seria possvel

    existncia de ns seres Humanos. No entanto ironicamente o sistema econmico a qual a

    sociedade organizada economicamente para atender as necessidades tem anomalias e

  • 22

    por ter objetivo lucro e ideologia de natureza infinita levou no presente sculo ao conflito

    homem-natureza. Nessa luta desigual so os seres Humanos os maiores poluidores

    desse bem indispensvel.

    2.3. Os principais poluentes da gua.

    Na pesquisa bibliogrfica que utilizou para embasamento terico relacionado a

    impactos ambientais sobre a questo hdrica foco deste TCC percebeu-se que os

    principais poluentes presentes nas guas de rios relacionam-se a uma lista de pelo

    menos dez tipos de poluentes:

    Os principais poluentes das guas de rios:

    Tipo: Categoria:

    1. leo de cozinha; Domstico;

    2. Chorume; Domstico e Industrial;

    3. Metais pesados; Industrial Pesado;

    4. Lixo nuclear; Industrial Energtico;

    5. Fertilizantes qumicos; Agricultura;

    6. Poluio trmica; Industrial Energtico;

    7. Petrleo; Industrial Trmico;

    8. Chuva cida; Siderurgias;

    9. Resduos slidos; Domestico, Comercial, Industrial;

    10. Esgoto domstico. Domestico.

    Tabela 1: Principais poluentes das aguas dos rios. Autores: Cibelle Aparecida Silva de Oliveira e Taiz Fablcia Correa Leite 2015.

    Esgoto domstico so todos os resduos lquidos que saem de uma propriedade.

    Caracterizado pela gua do chuveiro, descargas da privada, das pias e ralos. Quando

    despejado em rios ou crregos contaminam o meio ambiente. A gua proveniente dos

    esgotos composta por inmeros elementos, no entanto os que se destacam so os

    compostos orgnicos ricos em microrganismos que ao encontrarem o meio ambiente se

    desenvolve de forma rpida. Podendo causar doenas e infeces. Quanto poltica ou

  • 23

    forma de controle seria nunca em hiptese alguma despejar esgoto em rios ou crregos,

    caso no seja possvel efetuar o tratamento do esgoto atravs de empresas

    especializadas deve-se acondicionar o esgoto em buracos denominados fossas spticas

    ou em biodigestores. O ideal que a gua de pias e ralos esteja separa da gua da

    privada, pois cada uma apresenta resduos diferentes. Entre os principais resduos que

    compe o esgoto domstico destacam-se:

    2.3.1 leo de cozinhas

    Um litro de leo de cozinha pode contaminar at um milho de litros de gua. Os

    leos vegetais provoca um aumento excessivo na quantidade de nutrientes (fsforo

    e nitrognio) favorecendo a proliferao de determinadas algas

    e consequente eutrofizao, o que causa a morte de peixes e outros animais, alm de

    odor e aspecto extremamente desagradveis. Quanto a soluo desse tipo a poltica seria

    armazenar todo o leo utilizado em sua cozinha em recipientes isentos de vazamentos,

    descart-los em locais apropriados para descarte.

    Figura 5: leo de cozinha ao ser jogado fora de forma incorreta polui manancial e mata animais. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).

    2.3.2 O Chorume

    O Chorume um liquido que possui um nvel alto de poluio que precisa ser visto

    como algo que pode ser evitado a partir do momento que a populao entenda que com

  • 24

    aes de respeito ao meio ambiente possvel se no acabar mais diminuir a quantidade

    de Chorume no planeta, uma das muitas dicas direcionar o lixo produzido para o devido

    lugar. Essa substncia encontrada em aterros sanitrios, lixes e tambm em

    cemitrios, sendo que o nome dado ao lquido resultante da decomposio de cadveres

    o necrochorume. um poluente viscoso, de cor escura e possui cheiro fortemente

    desagradvel que procede de reaes e processos fsicos, qumicos e biolgicos

    juntamente com a gua das chuvas que percorrem atravs da massa de lquido aterrada.

    Sendo um agente poluente, causa srios danos ao meio ambiente, pois alm da

    baixa biodegradabilidade, possui metais pesados os quais os organismos so incapazes

    de eliminar, acumulando-os. Embora muitos metais sejam essenciais para o crescimento

    dos organismos e para suas reaes biolgicas, o seu acmulo em altos nveis txico e

    causa srios riscos.

    Figura 6: Exemplo de uma rua poluda com a ao do Chorume, o que causa preocupao ao meio ambiente. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).

    2.3.3 Metais pesados

    Assim como todos os poluentes do meio ambiente o metal pesado um dos

    agravantes ao meio ambiente que mais chamam a ateno, pois o ser humano tem

    produzido cada vez mais esse material pela vasta gama de atividades desordenadas, sem

    limites, podemos destacar dentre tantos os resduos, o lixo mesmo em si que so

  • 25

    jogados, por exemplo, nos rios, nas prprias ruas, em nossas casas, tudo sem o menor

    senso de responsabilidade com a degradao das riquezas naturais.

    Geralmente resultantes de processos industriais, substncia como mercrio, o

    chumbo e o cdmio so classificados como metais pesados e tem uma capacidade txica

    altssima eles se acumulam no organismo e podem causar srios problemas como o

    cncer ou outras doenas.

    A medida para se evitar esse tipo de desastre cabem s indstrias: todos os

    rejeitos do processo produtivo devem ser corretamente destinados; alm disso, essas

    empresas precisam ser fiscalizadas monitoradas. Caso a indstria no realize o

    tratamento adequado, esses metais sero lanados nos rios; contaminado todo o curso

    de gua.

    Figura 7: Material pesado este um dos poluentes que chama a ateno, pois bastante agravante sua poluio. Fonte: Qumica Ambiental em 2015.

    2.3.4. Lixo nuclear

    um forte causador de doenas que levam a morte caso o ser humano fique em

    contato com lixo nuclear, o que precisa ser devidamente destinado assim como todos os

    poluentes da natureza deve ser, porm esse necessita ser um pouco mais de

    responsabilidade para que no s, animais rios assim como outras riquezas naturais no

    sejam afetados. Com a criao das usinas nucleares os problemas provenientes com a

    sua emisso tambm aumentar. Esses resduos so existentes atravs de todo o

  • 26

    processo, desde a fase de minerao at a fase final de reprocessamento do combustvel

    nuclear. O mesmo sendo encontrado na natureza permanecer por um bom tempo como

    uma fonte de poluio e perigo.

    Figura 8: Produto qumico com alto risco de poluio sendo exposto ao ar livre, o perigo grande de contaminao. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).

    2.3.5. Fertilizantes qumicos

    Apesar de sua utilidade um agravante ao meio ambiente, muito usado por

    agricultores para a melhora da qualidade das produes, no entanto preciso cautela por

    que o ser humano atingido diretamente a partir da ingesto dos alimentos que

    receberam o uso de fertilizantes.

  • 27

    Figura 9: Fertilizantes Qumicos sendo expostos ao solo. Fonte: Qumica Ambiental em 2015.

    Os fertilizantes so compostos qumicos utilizados na agricultura para aumenta a

    quantidade de nutrientes do solo e, consequentemente conseguir um ganho de

    produtividade. Atualmente, so muito utilizados, ainda que paguemos um alto preo por

    isso. Entre os problemas esto: a degradao da qualidade do solo, a poluio de fontes

    de gua e da atmosfera e aumento da resistncia de pragas.

    Existem dois grandes grupos de fertilizante: os inorgnicos e os orgnicos;

    ambos podem ser naturais ou sintticos.

    Os inorgnicos, mas comuns levam nitrognio, fosfatos, potssio, magnsio ou

    enxofre e a maior vantagem desse tipo de fertilizantes esta no fato de conter grandes

    concentraes de nutrientes que podem ser absorvidos quase que instantaneamente

    pelas plantas. J os fertilizantes orgnicos so feitos a partir de produtos naturais, como

    hmus, farinha de ossos, torta de mamona, algas e esterco.

    2.3.6 Poluio trmica

    Surge a partir do aquecimento das guas, aumento da temperatura, essa poluio

    acontece atravs da gua utilizada na refrigerao, usinas nucleares e outras industriais.

    Outro agravante do problema a juno da gua poluda por resduos qumicos com a

    gua quente, a teremos tanto a poluio aqutica como a trmica. Com certeza no

  • 28

    haver vida neste meio, e assim que a cada dia nossos rios vm sendo

    progressivamente agredidos pelo homem.

    Figura 10: Poluio Trmica que acontece atravs das usinas que transmitem constantemente materiais que prejudicam todo ciclo natural da sua fauna e flora. Fonte: Poluio/Trmica blog spot em 2011. 2.3.7 Lanamento de derivados do Petrleo

    O petrleo apesar do que muitos pensam no uma descoberta nova, por

    exemplo, os povos egpcios j usavam esse material, no Brasil, o petrleo j era utilizado

    na poca do regime imperial, no entanto o Brasil considerado o grande detentor dessa

    riqueza.

    O petrleo um tipo de combustvel fssil de origem animal e vegetal formado

    geologicamente h milhes de anos. uma substncia lquida oleosa de colorao

    escura encontrada em muitos lugares no mundo, que pode ser extrada no continente, em

    terra firme e tambm no assoalho ocenico.

    O vazamento de petrleo pode ocorrer em navios petroleiros, nas plataformas de

    extrao e nos oleodutos de distribuio, causando danos enormes ao meio ambiente.

  • 29

    Figura 11: Observam-se animais cobertos de petrleo nos oceanos, o vazamento deste combustvel traz danos incalculveis para os ecossistemas aquticos. Fonte: blog. Planalto 13 de ago. de 2015

    2.3.8. Chuva cida

    Acontece com o aumento da concentrao de xidos de enxofre e nitrognio na

    atmosfera. Os xidos e xido de carbono so chamados de cidos porque em contato

    com a chuva geram cidos. Atualmente, a chuva cida um dos principais problemas

    ambientais nos pases industrializados. Ela formada a partir de uma grande

    concentrao de poluentes qumicos que so despejados na atmosfera diariamente.

    Estes poluentes, originados principalmente da queima de combustveis fosseis, formam

    nuvem neblinas e at mesmo neve.

    Este tipo de chuva pode at mesmo provoca o descontrole de ecossistema, ao

    exterminar tipos de animais e vegetais. Poluindo rios e fontes de gua, a chuva pode

    tambm prejudicar diretamente a sade do ser humano, causando doenas pulmonares,

    por exemplo.

  • 30

    Figura 12: Na imagem percebe-se o ciclo da chuva acida englobando poluentes que so transmitidos ao ar livre pelas indstrias e destruindo a fauna e flora. Fonte: Blog Meio Ambiente (Setembro, 2006).

    2.3.9. Lanamento de resduos slidos

    So todos os restos de slidos ou semisslidos das produes humanas, objetos

    que no servem para a principal funo a que foram construdos, podem ser reutilizados

    para outros fins, por exemplo, como insumo para outras atividades. O lanamento de lixo

    nas ruas pode gerar srios problemas ambientais em varias partes do planeta e causar

    prejuzos gravssimos a natureza.

    Ao jogar o lixo na rua depois de uma chuva, esse lixo muito provavelmente vai

    parar no sistema de Drenagem da Cidade e este muito provavelmente vai conduzir este

    lixo para os rios que o levara at os mares.

  • 31

    Figura 13: Imagem retrata a realidade das grandes cidades que poluem constantemente seus rios e vivem dentro de um ambiente desolador ao individuo. Fonte: Educao Ambiental em 2015.

    2.3.10. Esgoto domstico

    So todos os formados pelo uso da gua em trabalhos domsticos. O saneamento

    um item bsico e que deveria ser assegurado a todos os habitantes das reas urbanas.

    Mas, infelizmente, no o que acontece. Por negligncia dos rgos pblicos, o esgoto

    jogado em locais inapropriados e que acaba chegando at os rios e lagos.

    Hoje, 70% da poluio encontrada nas guas dos lagos e rios so provenientes da

    rede de esgoto domstica. Os outros 30% vem do lixo jogado pelos cidados. Os nveis

    de poluio das guas chegaram a um ponto em que fica cada vez mais difcil reverter

    situao.

    Tendo em vista que o esgoto domstico composto por toda a gua e resduos

    que percorre os encanamentos de casas, hospitais e todos os estabelecimentos

    comerciais. Ou seja, pode-se dizer que todo o lixo que produzimos utilizando a gua,

    que desce por todas as pias e vasos sanitrios, alm do chuveiro e ralos espalhados pela

    casa. Toda essa complexidade tem em seu destino final os rios, que recebe qualquer

    forma de poluio, prejudicando toda rea que o compreende, e assim a gua da chuva

    que corre pelas caladas das ruas tambm se misturam nas redes de esgoto,

    acontecendo um ciclo vicioso de degradao.

  • 32

    Figura 14: A figura mostra esgoto domstico sendo despejando ao ar livre trazendo modificaes ambientais. Fonte: Qumica Ambiental em 2015.

    2.4. O problema das escalas temporais de decomposio do lixo urbano.

    Um dos principais problemas do lixo no tratado que no tem destino adequado em

    aterros ou de no ter uma coletado eficientes nas reas urbanas, ou ainda lanados pelos

    moradores oriundos de ausncia de educao domstica e ambiental certamente so as

    ruas, depois os crregos e depois os rios, isso geralmente ocorre porque a educao

    ambiental nas escolas ou mdia, etc., no tem suficiente para as pessoas entenderem que

    no estamos fora da natureza e sim dentro dela, parte dela, a cidade no est suspensa

    no espao sideral e sim inserida na natureza, desse modo no tem como lanar o lixo

    aqui ou mais ali porque tudo no entorno natureza, quando na verdade possvel usar

    tcnicas de tratamentos de resduos, primeiro comprando menos, usar mais os produtos

    que compramos reciclar o possvel, e no lanar ao lixo o mnimo. Aps essa etapa os

    resduos podem ser reciclados e evitados de ser lanados em rios etc.

    Cada material que usamos e que logo aps o uso descartamos so compostos de

    materiais diferentes, logo sua decomposio tambm diferentes, assim cada objeto de

    acordo com sua composio qumica e fsica leva determinado tempo para decompor.

    Alguns dos mais comuns so plsticos, papel, etc. (Figura 15).

  • 33

    Tipo Tempo de decomposio

    Papel; De 3 a 6 meses;

    Caixa de Papelo; No mnimo 6 meses;

    Embalagem de Leite; Tambm uns 6 meses;

    Pano; De 6 meses a 1 ano;

    Filtro de Cigarro; 5 anos;

    Chiclete; 5 anos;

    Madeira Pintada; 13 anos;

    Boia de Isopor; Por volta de 80 anos;

    Copinho de Plstico; Quase 100 anos;

    Garrafa Plstica; Mais de 100 anos;

    Latinha de Cerveja; Mais de 100 anos;

    Linha de Pesca; Alm de 600 anos;

    Fralda Descartvel; Cerca de 450 anos;

    Lixo Radioativo; Uns 250.000 anos;

    Vidro; Cerca de 1 milho de anos;

    Pneu. No sabe ao Certo.

    Tabela 2: Observa-se no quadro uma representao dos objetos e o tempo que cada um leva para se decompor. Autores: Cibele Aparecida Silva de Oliveira e Taiz Fablcia Correia Leite. 2015.

    2.5. A Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO).

    A estabilizao ou decomposio biolgica da matria orgnica lanada ou

    presente na gua envolve o consumo de oxignio (molecular) dissolvido na gua, nos

    processos metablicos desses organismos biolgicos aerbicos. Em funo do citado

    anteriormente, a reduo da taxa de oxignio dissolvido em um recurso hdrico pode

    indicar atividade bacteriana decompondo matria orgnica. Logo, surge o conceito da

  • 34

    demanda de oxignio em relao matria orgnica, sendo muito utilizadas as demandas

    bioqumicas de oxignio (DBO) e a qumica de oxignio (DQO).

    Entende-se por DBO a quantidade de oxignio molecular necessria estabilizao

    da matria orgnica carbonada decomposta aerobiamente por via biolgica e DQO, a

    quantidade de oxignio molecular necessria estabilizao da matria orgnica por via

    qumica. Microrganismo e vegetais hetertrofos, quando em grande numero podem

    reduzir o OD a nvel zero. Sendo que a proliferao de tais organismos depende das

    fontes de alimento, ou seja, matria orgnica. A demanda de oxignio provocada pela

    introduo de despejos orgnicos em recurso hdrico uma demanda respiratria, uma

    vez que a oxidao desse material realizada exclusivamente por via enzimtica, logo se

    trata de uma demanda bioqumica de oxignio. (VALENTE, 2009)

    Com todo esse processo a Demanda Bioqumica de Oxignio (DBO) corresponde

    quantidade de oxignio necessrio para ocorrer oxidao da matria orgnica

    biodegradvel sob condies aerbicas. a quantidade de oxignio utilizada na oxidao

    bioqumica da matria orgnica, num determinado perodo de tempo, expressa

    geralmente em miligramas de oxignio por litro. A Demanda Bioqumica de Oxignio o

    parmetro mais empregado para medir a poluio, a determinao de DBO importante

    para verificar-se a quantidade de oxignio necessria para estabilizar a matria orgnica.

    Esta medida da quantidade de oxignio consumido no processo biolgico de

    oxidao da matria orgnica permite chegar concluso: grandes quantidades de

    matria orgnica utilizam grandes quantidades de oxignio, assim, quanto maior o grau

    de poluio, maior a DBO.

  • 35

    Figura 15: A figura mostra despejo de um liquido contaminado pelos produtos de indstrias que no sevem para uso, entretanto esse tipo de descarte em uma rea pertencente ao rio aumenta a sua DBO. Fonte: Qumica Ambiental em 2015.

    O valor da Demanda Bioqumica de Oxignio usado para estimar a carga

    orgnica dos efluentes e dos recursos hdricos, e com estes valores possvel calcular

    qual a necessidade de aerao (oxigenao) para degradar esta matria orgnica nas

    Estaes de Tratamento de Esgoto (ETEs). Processos de transformao da matria

    orgnica que permitem determinar a DBO: 1- Demanda carboncea (presena de CO2):

    inicialmente os microrganismos utilizam o oxignio dissolvido (OD) para transformar o

    carbono em CO2; 2- Demanda nitrogenada (nitratos e nitritos): os microrganismos utilizam

    o oxignio dissolvido (OD) para transformar os compostos nitrogenados em nitratos (NO3-

    ) e nitritos (NO2-). (LRIA ALVES DE SOUZA, 2010. P. 41-53).

    2.6. Condies ambientais dos principais rios no mundo

    Atualmente os problemas ambientais esto sendo algo bastante visado e

    percebido, em todo o mundo, pois so fatos e acontecimentos que afetam todo o

    equilbrio ambiental tanto da fauna como da flor, sendo eles mltiplos vastos e de enorme

    gravidade, prejudicando todos os seus biomas. Entre as principais ameaas esto

    poluio da gua, do ar e do solo, o desmatamento, o depsito e disposio de lixo em

    locais inadequados, o desperdcio de alimentos e de recursos naturais, tudo isso se

    reflete no aquecimento global.

  • 36

    Todas elas tm sua raiz na exploso demogrfica, na acelerada expanso urbana

    e agropecuria, e no proporcional aumento no consumo geral de recursos, podendo agir

    em separado, mas em geral fazendo-o em combinao, e desencadeiam uma srie de

    impactos negativos sobre a biodiversidade, fazendo declinar populaes, extinguindo

    espcies, privando-as de comida e abrigo, e provocando-lhes doenas, reduo em seu

    crescimento, anomalias genticas e outros males (Antnio, 2008. P. 62-67.).

    A poluio hdrica corresponde ao um processo extremo tanto de descuido como

    falta de respeito, o que se observa bastante em metrpoles, cidades, ruas, e etc., so

    espaos com contaminao ou deposio de rejeitos na gua dos rios, lagos, crregos, e

    chegando ao ponto mximo tendo seu fim em mares e oceanos.

    Entre os principais rios do mundo destacam-se, por exemplo: s para cita alguns,

    na sia o Rio Citarum, na frica o rio Nilo, no Continente Europeu rio Tmisa, no

    continente americano Rio Colorado, Nos rios no Brasil o caso do Tiete, Baa de

    Guanabara e entre outros.

    2.6.1 Poluies em rios do continente asitico

    O Rio Citarum na ndia localiza-se ao oeste da ilha de Java, na Indonsia, h

    duas dcadas seu longo percurso era limpo, onde todos prximos passavam a maioria

    dos dias, era o centro de ateno da regio. A 40 km a leste de Jacarta, h um rio com

    mais de 300 quilmetros de extenso. Por milhares de anos, o rio Citarum foi um recurso

    importante para. Hoje, continua sustentando a pesca, agricultura, gerao de energia

    eltrica e saneamento bsico para quase 30 milhes de habitantes.

    Quando a populao vivenciou uma exploso de desenvolvimento, pouca ateno

    foi dada para os principais componentes da infraestrutura. O tratamento adequado para a

    eliminao de resduos foi amplamente negligenciado. Como resultado, os fabricantes e

    os moradores abusaram do rio, deixando o Citarum como um dos cursos de gua mais

    poludos do mundo.

    A geografia da ilha fez com que o rio Citarum se tornasse uma escolha fcil para as

    empresas com consideraes de exportao. Infelizmente, ele tambm era um veculo

    conveniente para a eliminao de resduos e o sbito enriquecimento da regio fez com

    que no se ressaltasse essa preservao das guas do rio. O crescimento descontrolado

  • 37

    da indstria tem abusado cada vez mais do rio Citarum. A qualidade da gua se deteriora

    significativamente no exterior das fbricas, onde tubos de evacuao expelem uma

    mistura txica criando uma imagem assustadora e revoltante do rio (Segundo Sonia

    10.2010).

    A principal causa da poluio de rios, lagos e lagoas so

    iguais no mundo inteiro; o crescimento exponencial da

    populao exige mais explorao dos recursos naturais

    acima da capacidade de recuperao natural do

    ecossistema. Quanto mais pessoas se acomodam numa

    cidade, mais gua consumida, mais esgoto lanado,

    mais lixo descartado, e mais indstrias aparecem.

    As cidades que no tem planejamento e estruturas para esse crescimento

    desordenado acabam descuidando do meio ambiente, o que leva a desmatamentos,

    poluio do ar, ilhas de calor, engarrafamentos extensos, surgimento de lixes,

    proliferao de doenas, poluio das guas, entre outros problemas.

    Figura 16: Observa-se na ilustrao o Rio Citarum que o rio mais poludo do mundo, alm de serem depositados todos os resduos slidos das residncias, todos os resduos das indstrias so jogados no seu entorno. Fonte: Blog Meio Ambiental e consequncias (Abril, 2015).

    Desafio atravessar e conseguir v a gua, depois de tantos anos o Rio Citarum

    e toda sua margem so absurdamente sujos, sendo o primeiro rio mais poludo do mundo.

  • 38

    O rio Citarum, perto de Jacarta, capital da Indonsia, o depsito de lixo domstico de

    nove milhes de pessoas. Incluindo ainda resduos industriais de cerca de 500 fbricas, e

    a maioria usa e abusa de materiais totalmente qumicos.

    O Rio Yamuna se localizado na ndia, um dos rios mais polidos do mundo, seu

    percurso prximo ao Taj Mahal, absorve enormes quantidades de lixo industrial,

    resduos agrcolas e esgoto, no tratado de diversas outras cidades que ficam mais

    prximas, incluindo Nova Delhi, a capital da ndia. Todas depositam diversas quantidades

    de lixo em seu percurso. Sua gua no pode ser bebida, e muito menos usada para

    algum fim, o que fora a formao de poos artesanais, e a compra de gua filtrada. Ou

    seja, sendo luxo total gua potvel para a populao indiana.

    Figura 17: Rio indiano que se encontra poludo, no Yamuna diariamente depositado resduos slidos de indstrias e das residncias, torna a gua incapaz de ser usada. Fonte: Blog Alberto Pasqualini (Outubro, 2013).

    Ao longo dos dias com o aumento da poluio no rio Yamuna, ao lado do Taj

    Mahal, na ndia, causa dezenas de morte de animais marinhos, desenvolve-se tambm

    um mau cheiro claro e especifico dessa rea poluda. Quantos e quantos animais

    marinhos e terrestres so mortos por conta desses rejeitos (um papelzinho de bala, uma

    sacolinha de picol, um pedao de papel sem importncia) so materiais que no faz

    diferena onde jogado, mas porem juntadas com vrios outros materiais sem valor

  • 39

    econmico ai tem diferena. Ou seja, trata-se de um problema socioambiental mundial de

    elevada gravidade.

    Ao longo dos anos as autoridades buscam recuperar as condies atuais do Rio

    Yamuna so de degradao em seu percurso e, sobretudo em suas margens, o que leva

    as condies existentes so os esgotos domsticos e o lixo industrial, so as principais

    causas da poluio do rio. Mas o governo da ndia busca melhora a qualidade da gua na

    Bacia do Rio Yamuna. Atravs do controle em despejos residuais na bacia, pois alm de

    ser um dos rios mais importantes e sagrados da ndia. Milhes de pessoas no pas

    dependem do rio, que tem 1.376 km de extenso, para fins domsticos, industriais e

    agrcolas.

    Ao observar o Lago Karachay, que se localiza na Rssia visivelmente no nota se

    o grau de poluio, embora a olho nu seja bonito e lmpido, emite 200 vezes mais

    radiao do que seria considerado normal, sendo suficiente para matar qualquer individuo

    em menos de uma hora de exposio ao Lago.

    Tudo isso comeou em meados da dcada de 1940, quando o governo da extinta

    Unio Sovitica construiu uma cidade secreta (Chelyabinsk-40) em uma rea escondida

    pelos montes Urais, que serviria de base para a produo de armas nucleares. Em 1948,

    o primeiro reator do local j estava funcionando, transformando urnio em plutnio

    carga que era enviada para fbricas de bombas.

    O Lago tem sua extenso de 673 km e mdia de 50 km. Com todos esses

    problemas depois de trs anos infectando, o governo sovitico enviou pesquisadores para

    se certificar de que a situao estava sob controle. Os cientistas descobriram que, em

    apenas uma hora, o rio emitia 25% da radioatividade liberada na regio durante um ano

    inteiro. Essa constatao fez com que milhares de famlias fossem realocadas.

  • 40

    Figura 18: Lago Karachay na Rssia, tendo em seu espao total uma radiao to forte que pode mata qualquer pessoa exposta ao lago. Fonte: PASQUALINI em 24 de Nov de 2009

    Apenas trs anos mais tarde, foram enviados tcnicos para investigar se o despejo

    de resduos no estava saindo do controle. Eles descobriram que, enquanto outras reas

    dificilmente emitiam mais do que 0,21 Rntgens (uma unidade de medida para radiao)

    em um ano, o rio Techa emitia 5 Rntgens em uma hora. Para tentar conter o estrago, o

    governo construiu barragens no rio e realocou os moradores das cidades e vilarejos

    afetados (PASQUALINI, 2009. P. 28-39).

    O Rio Amarelo localizado na China, ao seu longo percebe-se que cerca de trs

    quartos de seu curso encontra-se totalmente poludo, o motivo claro para esse impacto

    ambiental so as fbricas que despejam resduos industriais no rio. Com extenso de

    5.464km e bacia de 745.000km2, nasce ao norte do Tibet e ao longo de seu curso muda

    vrias vezes de direo.

  • 41

    Figura 19: Observa-se um pequeno trecho do Rio Amarelo que se localiza ao norte da China. O rio Amarelo (Hwang Ho) o segundo maior rio do pas, nasce no planalto do Tibete e percorre 5464 quilmetros at ao mar Amarelo, drenando uma bacia de cerca de 770 000 Km2. Fonte: Site Papo Fisico em 2013.

    A denominao do nome que parece ser um pouco estranho deve-se a enorme

    quantidade de lodo que depositado ao seu percurso e transportado, sendo por isso

    considerado o rio mais lamacento do mundo. Mas assim tendo um grande poder de

    sedimentao.

    No decorrer da histria, as enchentes tm produzido inundaes catastrficas e at

    mesmo modificaes no curso do rio, com perda de milhes de vidas e destruio de

    grandes extenses de terras cultivadas. Por isso o rio Amarelo recebeu a designao de

    "desgraa da China". A irregularidade do dbito, com estiagens no inverno e enchentes

    no vero, dificulta a navegabilidade, assim como seu aproveitamento para a irrigao.

    Tampouco tem permitido o desenvolvimento de grandes cidades em suas margens (Jlio

    Battisti 2012).

    2.6.2 Poluio em rios no Continente Europeu

    Na Inglaterra o grande rio Tmisa, que por muitos estudiosos foi considerando

    totalmente morto, sem vida marinha, mas atualmente se renova com uma recuperao

    exemplar. Segundo Oscar Deina em 1957, o Tmisa andava to sujo que autoridades o

  • 42

    declararam "biologicamente mortas. A situao era pouco melhor do que um sculo

    antes, quando o rio era conhecido pelo apelido carinhoso de "Grande Fedor".

    Dos tempos do 'Grande Fedor' como o Tmisa ficou conhecido tambm como

    rio fedorento em 1858, quando as sesses do Parlamento foram suspensas por causa do

    mau cheiro at hoje, foram quase 120 anos de investimento na despoluio das guas

    do rio que cruza a cidade de Londres. Milhares de milhes de libras mais tarde,

    remadores, velejadores e at pescadores voltaram a usar o Tmisa, que hoje conta com

    121 espcies de peixes. Se a poluio comeou ainda nos anos de 1610, quando a gua

    do rio deixou de ser considerada potvel, a despoluio s foi comear a partir de meados

    do sculo XIX, na poca em que o rio conquistou a infame alcunha com o seu mau cheiro.

    A deciso de construir um sistema de captao de esgotos tambm deve muito s

    epidemias de clera das dcadas de 1850 e 1860. A infraestrutura construda ento

    continua at hoje como a espinha dorsal da rede atual, apesar das vrias melhorias ao

    longo dos anos. Na poca, os engenheiros criaram um sistema que simplesmente

    captava os dejetos produzidos na regio metropolitana de Londres e os despejava no

    Tmisa alguns quilmetros rio abaixo (NINI apud Wikipdia 2010).

    Na poca, a soluo funcionou perfeitamente, e o rio voltou a se recuperar por

    alguns anos. No entanto, com o crescimento da populao, a mancha de esgoto foi

    subindo o Tmisa e, por volta de 1950, o rio estava, mais uma vez, biologicamente morto.

    Foi ento que as primeiras estaes de tratamento de esgoto da cidade foram

    construdas. No incio de maro de 2010, o rio teve o nvel mais baixo j registrado, o que

    revelou uma enorme quantidade de lixo, especialmente de garrafas e sacos de plstico. A

    ONG Thames21 tenta realizar a limpeza peridica do rio. Em dez anos, ela contabiliza

    que foram retiradas do rio cerca de 250 000 sacolas plsticas (NINI apud Wikipdia 2010).

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Grande_Fedorhttps://pt.wikipedia.org/wiki/1858https://pt.wikipedia.org/wiki/1610https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XIXhttps://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3lerahttps://pt.wikipedia.org/wiki/1850https://pt.wikipedia.org/wiki/1860https://pt.wikipedia.org/wiki/Londreshttps://pt.wikipedia.org/wiki/1950https://pt.wikipedia.org/wiki/Garrafahttps://pt.wikipedia.org/wiki/Saco_de_pl%C3%A1stico

  • 43

    Figura 20: O rio Tmisa, que cruza a capital britnica, Londres, j foi chamado de "O Grande Fedor" e

    declarado "biologicamente morto", mas atualmente, vive uma espcie de renascimento. Fonte: IBGE; Engenharia Ambiental. Acesso 20/05/ 2015).

    2.6.3. Poluio no Continente africano

    O rio Nilo localiza-se no continente africano. Nasce na regio central da frica, no

    lago Vitria, atravessando a regio central e nordeste do continente. O famoso Rio Nilo

    bero de uma grande civilizao conhecido como principal rio que banha o Egito. E

    tambm o segundo maior rio do mundo em extenso com 6.650 km, perdendo apenas

    para o Rio Amazonas. Um destaque bastante perceptvel.

    O rio Nilo atravessa trs pases africanos: Uganda, Sudo e Egito. Desemboca, em

    formato de delta, no Mar Mediterrneo. O Nilo o segundo rio mais extenso do mundo

    com 6.650 quilmetros. Vale lembrar que o rio Amazonas o primeiro nesta categoria. O

    rio Nilo ganhou o formato que tem hoje na fase final da Era Terciria. Ele lana no Mar

    Mediterrneo uma mdia de 2700 metros cbicos de gua por segundo. Tem extrema

    importncia para o desenvolvimento da sociedade do Egito. Numa regio desrtica, o rio

    assumiu funes prioritrias na grande sociedade envolvendo uma civilizao grandiosa.

  • 44

    Figura 21: Rio Nilo principal rio do Egito, onde se desenvolveu uma forte prosperidade e fertilidade. Nota-se que ao seu trajeto h bastante vegetao, barcos, e moradias, ou seja, proporcionando desenvolvimento por onde passa trazendo vida em abundancia. Fonte: Educaao ambiental. (Outubro, 2012).

    Atualmente, o rio assume um mrito de privilegiado e assim se torna com grande

    importncia e funo, principalmente na regio do Egito. usado para varias funes

    como via de transporte, irrigao da agricultura e tambm para gerar energia eltrica.

    2.6.4 Poluio no continente americano

    Rio Colorado um rio dos Estados Unidos da Amrica e do Mxico. o rio que

    atravessa o Grand Canyon. O rio Colorado corta a regio mais rida da Amrica do Norte.

    A sua bacia hidrogrfica tem 632.000 km, e vai desde as Montanhas Rochosas do

    Colorado at o Golfo da Califrnia, no Mxico, passando por cinco estados americanos.

    Ao todo, tem 2320 km de extenso e um dos rios mais longos da Amrica do Norte (P.

    Genebaldo Freire Dias, 2012. P. 27-32).

    O curso inferior do rio, que forma a fronteira entre a Baixa Califrnia e de Sonora,

    essencialmente uma gota ou um riacho seco hoje devido ao uso do rio como fonte de

    irrigao do Vale Imperial. Antes de meados do sculo 20, o Delta do Rio Colorado

    proporcionou um rico esturio pantanoso que agora essencialmente desidratado, mas

    ainda assim um importante recurso ecolgico.

  • 45

    Figura 22: O Rio Colorado se localiza na Amrica do Norte, passa por vrios cnions e se destacando na paisagem, formando diversos designers rochosos. Fonte: Blog Gesto Ambiental. (Novembro, 2011).

    O mesmo em seu curso alto e mdio, o rio segue por um terreno acidentado,

    atravessando vrios cnions, como o famoso e conhecido mundialmente como o Grand

    Canyon. Como resultado, o volume de gua na bacia est a diminuir. Os anos de 2000 a

    2004 foram os nicos cinco anos consecutivos na histria gravada com gua abaixo da

    mdia.

    Outro caso o Rio do Riachuelo, pois o mesmo passa por um processo de

    limpeza da bacia do rio Matanza-Riachuelo, que em seu curso final faz fronteira com a

    capital argentina, mostra um progresso notvel. Mas o grande desafio a ser alcanado a

    descontaminao de todo seu trajeto, pois estar sculos praticamente sem vida.

    A bacia do rio Riachuelo, tem uma extenso de 60 km e tem seu curso existente na

    cidade de Buenos Aires ao sul. Na Argentina e em seu entorno 15.000 indstrias

    despejam dejetos no rio e atualmente nota-se que as indstrias qumicas so

    responsveis por mais de um tero da poluio deste corpo hdrico. Pesquisas relatam

    que aproximadamente 60% das cerca de 20 mil pessoas que moram nas proximidades

    deste rio vivem em reas considerada inapropriadas para os humanos, s mostra uma

    realidade e um conflito entre homem contra o meio ambiente.

  • 46

    Figura 23: Observam-se assentamentos humanos irregulares nas margens do rio Riachuelo que aumentam cada vez mais a carga de poluentes. Fonte: Blog Impacto Ambiental (Maro, 2013).

    Segundo o bioqumico Oscar Deina, as mudanas esto a acontecer s margens

    do rio, que marcam o limite sul da cidade de Buenos Aires, tm florestas, e no mais o

    lixo e assentamentos humanos irregulares. O lixo no leito foi removido, e controles

    sistemticos das indstrias e obras so realizados para tratar guas residuais.

    2.6.5. Poluio dos rios no Brasil

    Um dos mais conhecidos Rios do mundo. Localizado na grande Metrpole, e por

    fim desenvolvida So Paulo. Tem seu nome caracterstico e reconhecido por ser poludo

    em sua grande extenso, atualmente encontra-se em caso de decomposio de sua rede

    de drenagem o que preocupa a populao local.

    O rio Tiet nasce a uma altitude de 1.030 metros da Serra do Mar, no municpio

    paulista de Salespolis, a 22 km do oceano Atlntico e a 96 km da Capital. Ao contrrio

    de outros rios, ele subverte a natureza: como no consegue vencer os picos rochosos

    rumo ao litoral, em vez de buscar o mar - como a maior parte dos rios que corre para o

    mar o Tiet atravessa a Regio Metropolitana de So Paulo e segue para o interior do

    Estado, desaguando posteriormente no rio Paran, num percurso de quase 1.100 km.

  • 47

    Figura 24: O Rio Tiet localizado na cidade de So Paulo, passa por gravssimos problemas ambientais, as margens e sua gua servem como deposito de lixo urbano. Fonte: Blog Espao Ambiental. (Setembro, 2008).

    O Tiet comeou a ficar poludo h no muito tempo, na dcada de 1960 foi que

    ele comeou a ficar conhecido pela poluio, pois carrega bactrias nocivas sade.

    Podendo causar doenas como, por exemplo: cleras, hepatites, micoses, corizas,

    verminoses e entre outras, tendo casos graves ao se expor diretamente com esse

    ambiente poludo.

    No caso do Rio Iguau localizado no Rio de Janeiro, sua nascente na Serra do

    Tingu. Tem extenso de 43 km, desaguando na Baa da Guanabara. Antigamente, havia

    ainda um afluente importante, o rio Pilar, hoje assoreado. Esse rio foi de fundamental

    importncia para o desenvolvimento da regio da Baixada Fluminense, especialmente

    para a criao da cidade de Nova Iguau. O porto de Iguau, que se localizava nesse rio,

    foi o segundo mais importante porto fluvial do Estado do Rio de Janeiro, especialmente

    entre 1830 e 1860.

    Este Rio s perde para o Tiet, pois considerado o segundo rio mais poludo do

    Brasil. Como todos os outros rios Brasileiros toda a sujeira composta de resduos

    domsticos, prximos e at mesmo moradias distante so carregadas diariamente e os

  • 48

    outros so detritos altamente nocivos jogados pelas indstrias, que poluem sem

    conscientizao ambiental.

    Figura 25: Observa-se em destaque o impacto ambiental que este ambiente sofre pelos despejos de resduos slidos vindos das indstrias que se desenvolvem aceleradamente e resduos domsticos. Fonte: Blog Verde. (Maro, 2014).

    Contudo, com o tempo, o rio Iguau perdeu sua importncia estratgica. A

    ocupao econmica da Baixada Fluminense derrubou as matas nativas, o que causou o

    assoreamento dos rios e a diminuio de sua vazo.

    2.7 O caso da Baa de Guanabara palco das olimpadas

    A Baa de Guanabara em si, ocupa uma rea de aproximadamente 380 km,

    incluindo a superfcie de suas ilhas, pedras e ilhotas. A maior largura de 28 km, atingida

    entre a foz dos rios So Joo de Meriti e Guapi-Macacu e a maior extenso so de 38 km

    entre a foz do rio Mag at a barra da baa. A barra possui 1.500m de extenso, e

    dividida em dois canais pela ilha de Cotunduba (COELHO, 2007).

    A Baa de Guanabara tambm abriga grande quantidade de ilhas, destacando-se a

    Ilha do Governador, com seus mais de 40 km. As mais de 80 ilhas presentes no interior

    da Baa possuem caractersticas diferentes. O principal ecossistema da Bacia

    Hidrogrfica da Baa de Guanabara a Mata Atlntica, um dos ecossistemas mais

  • 49

    ameaados do mundo, mas tambm fazem parte de sua paisagem os brejos e

    manguezais (COELHO, 2007).

    Figura 26: Baa de Guanabara, um senrio belssimo, mas porem poludos jogados em ambientes inadequados tendo fins desagradveis. Fonte: RJTV (Maio, 2015).

    Em 20 anos, os programas de despoluio da Baa de Guanabara, no Rio, j

    consumiram R$ 10 bilhes em emprstimos. Hoje, o governo diz que ainda precisa de

    mais 20 anos e pelo menos R$ 20 bilhes para recuperar toda a rea. Desse total, R$ 13

    bilhes poderiam ser gastos nos prximos 5 anos pra melhorar um pouco a situao se a

    iniciativa privada ajudar. O governo diz que no tem dinheiro pra fazer isso sozinho. A

    Baa de Guanabara a terceira maior do mundo. Ao todo, 55 rios e canais desaguam

    nela, levando muita sujeira. Conforme mostrou o RJTV, atualmente, ela recebe cerca de 8

    mil litros de esgoto por segundo e cerca de 100 toneladas de lixo por dia. H dez anos, a

    mdia era de 15 mil litros de esgoto por segundo, Afirma Jlio Battisti.

    2.8 O Desenvolvimento Industrial e o Impacto no Meio Ambiente

    Milton Santos (1996), por sua vez, enfatizou o papel do Capitalismo Tecnolgico e seu

    impacto no meio natural. Destacou que, hoje a natureza sofre, antes de qualquer coisa,

    um processo de instrumentalizao, tornando-se um processo social e, com isso

    desnaturalizada. O meio natural sempre esteve em pauta no debate ambiental, mas

    hoje a Ecologia e outras cincias so influenciadas pelo surgimento de novos paradigmas.

  • 50

    Hoje em dia grandes empresas passaram a incluir a questo do ambientalismo em

    sua agenda havendo uma parceria com vida e sada. Entretanto, a maioria de nossos

    problemas ambientais comuns ainda persiste, uma vez que seu tratamento requer uma

    transformao nos meios de produo industriais e de consumo, ou seja, uma mudana

    transformadora na nossa organizao social para assim no prejudicar ao meio ambiente

    e de nossas vidas pessoais cuidando dos nossos atos e refletindo sobre eles para assim

    no haver catstrofes no nosso meio ambiente que luta pela sua sobrevivncia no meio

    de tantas controvrsias atuais.

    Um dos mais importantes movimentos sociais que j existiu foi chamada

    Revoluo Ambiental, atravs desta revoluo ouve uma viso de mundo e

    principalmente de localidade, respeitando ao meio, se preocupando com o que ocorre

    com os rios e com o fim do lixo domestico e industrial, mas uma conscientizao

    significante e transformadora pode muda o comportamento do cidado. Assim a

    humanidade, pela primeira vez, percebeu que os recursos naturais so finitos e que seu

    uso incorreto pode representar o fim de sua prpria existncia. Assim o mesmo a se

    prejudicar com problemas visveis a todos.

    Os maiores problemas vistos so a industrializao acelerada, rpido crescimento

    demogrfico, escassez de alimentos e entre outros que favorecem ao problema

    relacionado. Uma das consequncias atuais o desmatamento que por sua vez a

    destruio da biodiversidade, particularmente nas reas tropicais que resultam em

    Mudanas climticas, complicando ainda mais a vida do ser humano (MELO 2008). E

    consequentemente trazendo problemas serssimos a sociedade e seus habitantes.

    A cincia e a tecnologia desenvolveram-se muito rapidamente a partir do incio do

    sculo XX e a intensificao da atividade industrial tornou suas tcnicas de produo

    cada vez mais sofisticadas e foram multiplicadas ocupando territrio fsico e

    comprometendo cada vez mais o meio ambiente

  • 51

    Figura 27: Observa-se um corrego desaguando em um rios, ver que qua agua alem de poluida por residuos liquidos de esgotos urbanos h tambm a presena de residuos solidos devido ao lanamento de lixo no enotorno ou nas ruas cidades, em geral so arrastados para os corregos pelos vento ou por chuvas. Fonte: Blog Papo Fisico em 2008.

    Com o desenvolvimento das indstrias os gases e seus derivados tem sua marca

    registrada ainda mais forte na atualidade, descontrolando ao meio ambiente e fazendo

    com que ocorra reaes esperadas, mais no evitadas. Esses gases so empregados

    nas mais variadas modalidades industriais, tendo funcionalidade diversa em seu campo e

    area de aplicao.Isso aumentou em excesso a emisso de gases poluentes na

    atmosfera, sem que, a princpio, houvesse preocupao com as consequncias que

    poderiam ser provocadas. Essa Atividade Humana foi ficando crucial para o meio

    ambiente matando e destruindo, espcies,mata ciliar,solos fertil e degrada areas perfeitas

    at ento.( MELO, 2008).

    Com todos esses acontecimentos agindo a todo instante transformando vidas em

    risco, percebe-se que as mudanas climticas vem se modificando ao longo dos tempos

    comeando a serem percebidas e por sua vez atribuidas ao aquecimento global.

    Compreendeu-se com tudo isso que caso os seres humanos continuem a emitir gases

    industriais em larga escala ainda mais podemos chegar a fins destruidores.

  • 52

    Figura 28: Observa-se um grande nmero de mortande da fauna animal marinha em decorrencia do lanamento de residuos solidos e liquidos nos rios oriundos de esgotamento urbano sem tratamento. Essas condies alteram o meio ambiente, em sonsequencia provoca danos a saude publica, a economia pelo esterminio da pratica da pesca, entre outros males. Fonte: Educaao ambiental em ao. (Abril, 2006).

    Reconhece-se que as mudanas climticas evidentes so problemas reais, e que

    as atividades humanas tm papel fundamental nessas alteraes, facilitando essas

    causas com efeitos percebidos. Sendo assim, preciso que todos se esforcem para

    diminuir o problema antes que seja tarde de ocorrer uma recuperao de areas

    totalmentes destruidas. Com a poluio dos rios, lagos e zonas costeiras, o impacto

    imenso e todas essas aes causadas pelo ser humano tem causado uma degradao

    ambiental contnua, despejando crescentes depsitos de resduos dejetos industriais e

    orgnicos diretamente no meio ambiente que sofre com causas assustadoras sendo

    vistas e percebidas cada vez com uma proporo intensa a anterior.

    Mudanas climticas, extrao predatria de recursos naturais e minerais,

    transformaes no uso dos solos esto dizimando a fauna e a flora em diversas regies

    do mundo. O conhecimento algo fundamental para a resoluo dos problemas que

    esto evidentes ao mundo, tendo assim uma necessidade forte de posio poltica e tanto

    populacional na realidade dos fatos, pensando em formas concretas e eficazes para

    combater, prevenir, precaver e resguardar nosso planeta de todos os riscos apresentados

    contra o meio ambiente.

  • 53

    2.9 Poluies dos Recursos Hdricos na rea Urbana

    O sistema urbano tpico das cidades algo bastante complicado, pois apresenta

    hoje um ciclo imperfeito. A gua captada da natureza limpa para uso, mas so

    devolvidas com qualidades diferentes e prejudiciais com resduos que caracterizam a

    poluio da gua e dos mananciais, fontes importantes para a sobrevivncia da vida

    terrestre. O desenvolvimento das cidades sem um correto planejamento favorveis a

    ocorrer erros gigantescos no espao ambiental resultando em prejuzos significativos para

    a sociedade. Uma das principais consequncias atuais do crescimento da rede urbana

    aumentando a poluio domstica e industrial, aumentando ao desenvolvimento de

    doenas, poluio do ar e sonora, aumento da temperatura, contaminao da gua

    subterrnea, entre outros problemas, fatos esses existentes hoje na humanidade

    ocorrendo riscos sem volta tanto para a natureza quanto para a prpria sociedade.

    (GALIZIA 2008).

    O desenvolvimento das reas urbanas no caso do Brasil assim como tantos outros

    pases concentra-se em regies que existe certo movimento populacional de moradores

    nas metrpoles, nos polos regionais e entre outros espaos econmicos. Os efeitos desta

    zona de conforto, mas que gera problemas uma realidade fazendo-se sentir sobre todo

    desconforto de certa forma a respeito aos recursos hdricos, ao abastecimento de gua,

    ao transporte e ao tratamento de esgotos e pluvial.

    No ponto de vista em que a cidade se urbaniza, geralmente ocorrem os seguintes

    impactos: Aumento das vazes mximas. Aumento da produo de resduos slidos

    (lixo). Deteriorao da qualidade da gua. E alm destes impactos, ainda existem os

    causados pela forma desorganizada da implantao da infraestrutura urbana. Atualmente

    grandes so os impactos causados pelos diversos usos do solo no ambiente urbano,

    formas diversas que pode proporcionar problemas a qualquer individuo morador desta

    zona (GALIZIA 2008).

    Levando em conta os recursos hdricos, nesses impactos so ainda mais sentidos

    uma vez que todas as atividades sejam elas industriais at domsticas ou mesmo rurais,

    necessitam de planejamento consciente. Tendo em considerao o histrico do uso dos

    recursos hdricos do Brasil aponta para o uso inadequado da gua e a falta de

    planejamento e projetos estruturais que beneficies a todos para uma melhor convivncia

    sem destruio.

  • 54

    Figura 29: Os crregos e rios recebem grandes cargas de esgotos domiciliares que muitas vezes sem tratamento so lanados diretamente nos rios que cortam ou margeia os meios urbanos e depreciando o meio ambiente urbano. Fonte: IBGE; Engenharia Ambiental. (Maio, 2015)

    A expanso das cidades e a ocupao da populao em geral provocou algo

    aparentemente complicado para o meio ambiente a falta de chuvas uma das principais

    caractersticas que envolvem efeitos humanos. O que est ocorrendo um desequilbrio

    entre o consumo de gua potvel e a capacidade dos reservatrios e rios de serem

    reabastecidos. A sociedade nos ltimos anos teve que se acostumar com o acmulo de

    matria orgnica nos rios. Por esse motivo, as guas dos rios urbanos muito poludos

    exalam um cheiro muito forte, resultado das toxinas eliminadas pelas bactrias

    anaerbicas que atuam como agentes decompositores.

  • 55

    3. MATERIAL E MTODOS

    A pesquisa compilatria descritiva em que se observou fatos fsicos relacionado ao

    campo da Geografia Fsica especificamente sobre impactos ambientais no trecho urbano

    no Rio Una. Na leitura e interpret