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TCC - Projeto experimental Conecta Mídia
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UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS
UNILAGO
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO
LARISSA RENATA BALANSIERI
TATIANE BERNARDINE SANTOS
PROJETO EXPERIMENTAL SITE CONECTA MÍDIA
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2010
LARISSA RENATA BALANSIERI
TATIANE BERNARDINE SANTOS
PROJETO EXPERIMENTAL SITE CONECTA MÍDIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado apresentado à União das Faculdades dos Grandes Lagos – Unilago para obtenção do título de graduação em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo sob orientação do Prof. Arnaldo Vieira.
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
2010
UNIÃO DAS FACULDADES DOS GRANDES LAGOS
UNILAGO
Trabalho de Conclusão de Curso elaborado por:
Larissa Renata Balansieri
Tatiane Bernardine Santos
Aprovadas pela Banca Examinadora, aceitas pela UNILAGO – União das Faculdades dos Grandes Lagos e homologado como requisito parcial à obtenção do título de Graduado em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo
Nota atribuída pela Banca Examinadora: __________________
Membros da Banca Examinadora:
Prof. Arnaldo Vieira _________________________
Examinador: _____________________________________________________
Examinador: _____________________________________________________
São José do Rio Preto, ___ de Novembro de 2010.
Dedicamos este projeto aos nossos pais e irmãs, que nos incentivaram a nunca desistir e nos apoiaram sempre. À Deus, por ter nos dado força, perseverança e oportunidade para ir em busca dos nossos sonhos.
AGRADECIMENTOS
Para a realização de todo trabalho é preciso persistência, confiança,
disciplina, colaboração e profissionalismo. Durante quatro anos de convivência
pudemos perceber a importância da parceria, das amizades, dos trabalhos em grupo
e da ética.
A partir de uma ideia e com a ajuda de algumas pessoas, podemos tirar o
nosso projeto do papel e colocá-lo em prática. Depois de muito esforço e dedicação
é muito gratificante ver que o nosso trabalho deu resultado e que ainda realizamos o
sonho de nos formar com a carreira que sempre quisemos seguir.
Agradecemos aos Professores Deodoro Moreira, Silvia Damasceno, Rúbia,
Vera Rezende, Gianda Oliveira por dividirem conosco seus ensinamentos e
experiências.
Queremos agradecer também aos colaboradores do nosso projeto, Márcia
Ceschini, Natália Clementin e Erich Casagrande, que aceitaram e acreditaram no
nosso trabalho.
Registramos também o nosso agradecimento especial ao Professor
Orientador deste projeto, Arnaldo Vieira, por dedicar, muitas vezes, seu tempo
escasso aos nossos questionamentos. Este professor, que esteve conosco por
quatro anos e compartilhou as mais variadas histórias e experiências, sem egoísmo.
Enfim, agradecemos a todos que contribuíram para que este trabalho fosse
realizado por completo e a nossa família, por nunca terem deixado de acreditar que
seríamos capazes.
RESUMO
O jornalismo digital e as novas mídias concederam espaço a um novo mundo: o jornalismo online. Ainda em fase de desenvolvimento e adaptação, o jornalismo na internet se tornou fundamental para integrar a vida da humanidade hoje. O trabalho diário, as tarefas durante todo o dia e o expediente que muitas vezes ultrapassa o horário comercial contribui para que o homem sentisse a necessidade de ter um meio de comunicação e também uma fonte de informação mais próxima, ágil e acessível. O computador, celular, a internet banda larga e a tecnologia 3D chegaram ao alcance dos homens na hora certa. Além das diversas tecnologias industrializadas, a informação é um dos bens mais preciosos. Os jornais exibidos na televisão, os veículos impressos e radiofônicos migraram para a internet em forma de portais de notícias, numa corrida contra o tempo. Hoje vemos vários sites de notícias de diversos segmentos, integrando o conteúdo veiculado em outros canais. A internet trouxe além da agilidade, a facilidade de ter acesso à informação, e não somente ter os veículos de comunicação como emissores de mensagens, material e informação, mas deu ao mundo a integração entre tudo e todos. Neste projeto, além de estudar as novas tecnologias de informação, elaboração de conteúdo na Internet e o jornalismo online, vão desenvolver também um site, unindo tudo o que a Internet nos proporciona hoje: emissão e recepção de conteúdo, união entre imagem, texto e vídeo, integração entre os internautas e também entre as próprias redes sociais que existem hoje, explorando assim, todas as ferramentas que a web nos oferece. O objetivo principal do site é informar os leitores de assuntos ligados a comunicação, seja ela destinada ao uso profissional ou não, os preparando assim para a nova realidade que nos cercam e que mudam rapidamente. Interligando as redes sociais tanto para divulgação de conteúdo, como incentivar a leitura desse público. Vamos colocar em prática o conhecimento que adquirimos através da metodologia de análise de livros e autores que desenvolveram temas ligados à Internet, jornalismo online e digital, novas mídias e tecnologias, textos e linguagens próprias para internet.
Palavras-chave: Internet. Jornalismo on-line. Tecnologias. Social Media.
LISTA DE ANEXOS
ANEXO A – Acesso das mídias sociais no mundo ............................................. 48
ANEXO B – Principais redes de relacionamento no mundo .............................. 49
ANEXO C – Crescimento demográfico no twitter ................................................ 50
ANEXO D – Assuntos no twitter ............................................................................ 51
ANEXO E – Crescimento do twitter e concorrência ............................................ 52
ANEXO F – Seção de Marketing ............................................................................ 53
ANEXO G – Seção de Tecnologia ......................................................................... 54
ANEXO H – Seção de Social Media ....................................................................... 55
ANEXO I – Seção de Gestão de Pessoas ............................................................. 56
ANEXO J – Seção de Eventos ............................................................................... 57
ANEXO K – Seção Contecta Interação ................................................................. 58
ANEXO L – Twitter .................................................................................................. 59
ANEXO M – Facebook ............................................................................................ 60
ANEXO N – Interface do site .................................................................................. 61
SUMÁRIO
LISTA DE ANEXOS .................................................................................................... 8
INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 10
CAPÍTULO 1 – Internet e jornalismo on-line ............................................................ 11
1.1 Internet: a segunda vida .......................................................................... 11
1.2 Evolução da Internet ................................................................................ 13
1.3 Como fazer jornalismo on-line? ............................................................... 14
1.4 Ética no jornalismo on-line ....................................................................... 17
1.5 Acesso e mobilidade do jornalismo online ............................................... 17
CAPÍTULO 2 – MÍDIAS SOCIAIS E INTERAÇÃO.................................................... 20
2.1 Mídias Sociais .......................................................................................... 20
2.2 Interação e direcionamento ..................................................................... 21
2.3 Redes sociais no Brasil ............................................................................
22
2.4 Tipos de Redes Sociais ........................................................................... 25
2.5 Sites de Redes Sociais ............................................................................ 26
2.6 Visibilidade ............................................................................................... 27
2.7 Sites de Redes sociais – conceito e abordagem ..................................... 27
2.7.1 Orkut .......................................................................................... 27
2.7.2 Facebook ................................................................................... 28
2.7.3 Twitter ........................................................................................ 30
2.8 Análise Swot das mídias sociais nas empresas ...................................... 32
2.9 Usabilidade das redes sociais para empresas ........................................ 33
2.10 ROI – Return of investiment e métricas ................................................. 35
2.11 Influência das redes sociais e da internet na sociedade ....................... 37
CAPÍTULO 3 – PROJETO CONECTA MIDIA .......................................................... 38
3.1 Contextualização da escolha do projeto .................................................. 38
3.2 O que é e como funciona ......................................................................... 39
3.3 Compartilhamento e aplicabilidade das redes sociais ............................. 40
3.4 Planejamento de ação nas redes sociais ................................................ 40
3.4.1 Twitter ........................................................................................ 40
3.4.2 Facebook ................................................................................... 41
3.4.3 Youtube ...................................................................................... 41
3.5 Ferramentas de análise ........................................................................... 41
3.6 Layout do site .......................................................................................... 42
3.7 Quanto às cores ....................................................................................... 43
3.8 Justificativa da logomarca ........................................................................
43
3.9 Anúncios e disposição das imagens ........................................................ 43
3.10 Inserção e atualização de conteúdo ...................................................... 44
3.11 Seleção de pautas ................................................................................. 44
3.12 Colaboradores ....................................................................................... 44
3.13 Equipe .................................................................................................... 44
CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................... 45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 47
ANEXOS ................................................................................................................... 48
INTRODUÇÃO
O trabalho de conclusão do curso de jornalismo é uma análise da evolução
das mídias digitais e do uso das novas tecnologias no jornalismo online e na
comunicação. O conteúdo é apresentado em trabalho teórico e prático (com a
criação e manutenção de um site especializado no assunto). Visando agregar o
conteúdo ministrado no curso, com a prática da elaboração de projeto. A partir dos
conhecimentos ligados ao jornalismo digital, jornalismo online, novas tecnologias em
comunicação e informação. São abordados aspectos de Jonalismo online; Mídias
digitais; Redes sociais; Ferramentas de monitoramento;
Evolução da internet e como tais ferramentas auxiliam na comunicação atualmente.
O projeto a ser desenvolvido trata-se de um site com o nome ‘Conecta Midia’,
especializado em tecnologia aliada a comunicação de pessoas, gestão e
direcionamento de conteúdos, marketing, comunicação corporativa, assessorias de
imprensa e tudo que permeia o espaço cibernético relacionado a comunicação.
Possui linguagem ágil e dinâmica, com pautas focadas em novidades, soluções e
dificuldades que a comunicação tem nos dias atuais. O objetivo do site é contribuir
com informações de qualidade e esclarecimento do público que trabalha na área,
pois com tantos recursos tecnológicos ao dispor a comunicação supera barreiras.
A escolha visa agregar os conteúdos aprendidos no curso, aplicando-os na
formatação desse projeto que está em amplo crescimento no mercado jornalístico.
Com ele podemos realizar todas as técnicas do jornalismo, como apuração de
noticia, entrevistas, editoriais, utilizando-se das novas redes sociais. E assim projetar
um trabalho que possa ter continuidade e visibilidade em todo o mundo.
CAPÍTULO 1 – Internet e jornalismo on-line
1.1 Internet: a segunda vida
O jornalismo digital e as novas mídias concederam espaço a um novo
mundo: o jornalismo on-line. Ainda em fase de desenvolvimento e adaptação, o
jornalismo para Internet se tornou fundamental para integrar a vida da humanidade
hoje. O trabalho diário, as tarefas durante todo o dia e o expediente que muitas
vezes ultrapassa o horário comercial contribui para que o homem sentisse a
necessidade de ter um meio de comunicação e também uma fonte de informação
mais próxima, ágil e acessível. O computador, celular, a Internet banda larga e sem
fio wireless, e a tecnologia 3D chegaram ao alcance dos homens na hora certa.
Segundo Pierre Levy:
Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais avançada. Não se pode mais conceber a pesquisa científica sem uma aparelhagem complexa que redistribui as antigas divisões entre experiência e teoria. Emerge, neste final do século XX, um conhecimento por simulação que os epistemologistas ainda não inventaram. (LEVY, 1999, p.188)
Inicialmente a Internet surgiu no conceito de tecnologia ARPANet - Advanced
Research Projects Agency Network - no Departamento de Defesa dos Estados
Unidos, com o intuito de alcançar superioridade tecnologia militar contra a União
Soviética. Nasceu então um projeto que traria recursos às forças armadas e a toda
população norte-americana, juntamente com o sonho de ultrapassar as fronteiras e
possibilitar a comunicação entre computadores.
Ninguém poderia imaginar que hoje a Internet seria nossa Second Life, ela se
desenvolveu e hoje vivemos na era da web 3.0, mas esse número só tem a crescer
e a uma velocidade relativamente rápida.
Além das diversas tecnologias industrializadas, a informação é um dos bens
mais preciosos. Os telejornais, os veículos impressos e radiofônicos migraram para
a Internet em forma de sites de notícias, numa corrida contra o tempo. Aliás, tempo
e interatividade são as concorrências do espaço virtual, a atualização diária e
constante a cada minuto que segue é o diferencial para um site. Além disso, esse
espaço é composto pelo usuário, que tem seu papel agora e não é apenas mais um
expectador, ouvinte, leitor. Ele é gerador de conteúdo. O maior site de vídeos
atualmente, o YouTube, recebe a inserção de 24 horas de novos vídeos no portal,
metade feitos por pessoas comuns, sem nenhum vinculo com algum veiculo de
comunicação. Até 2007 o upload era apenas de 6 horas por minuto, segundo
informações divulgadas pelo próprio site.
O primeiro jornal diário a criar uma versão on-line foi o San Jose Mercury
News, em 1994. A grande inovação foi além do acesso aos seus conteúdos do dia,
a possibilidade do leitor interagir com os conteúdos, por meio de motores de busca
e da navegação; de interagir com os jornalistas, através do e-mail; e de participar
em fóruns de discussão propostos pelo jornal. Mas ainda assim, podemos
considerar que os usuários estão promovendo mudanças na forma de se fazer
jornalismo. A forma robusta e padrão dos jornais impressos já não agradam mais os
leitores com o advento da Internet e toda a interatividade e dinamicidade que só ela
proporciona.
Por meio do bate-papo com amigos no Messenger – comunicador
instantâneo – ver e disponibilizar fotos em diversos compartilhamentos virtuais,
fazer amizade com pessoas que provavelmente nunca conhecerá pessoalmente na
vida através de uma rede de usuários que integram pessoas de todo o mundo, faz
com que as pessoas construam relações afetivas entre si. Os artistas e bandas não
precisam mais esperar por uma gravadora aprovar seu projeto, basta disponibilizar
na rede e os usuários decidem se gostam ou não. Sem contar os blogs, em que
todos são emissores e receptores de conteúdo, em um mundo repleto de ideias.
A interatividade é o auge. Podemos ver claramente isso quando o usuário
participa da produção de um jornal enviando as suas fotos e gravações.
Há também uma enciclopédia, a Wikipédia, cujas informações são
disponibilizadas e editadas pelos próprios internautas. A evolução da Internet
também nos permitiu alcançar a TV Digital, que oferece uma programação
totalmente interativa com o usuário, em elevada qualidade de imagem e som.
A Internet já não é mais a mesma do inicio de sua criação, na fase em que
estamos vivendo ela deixa de ser uma rede de conexão de dados e pessoas, para
tornar-se uma rede de todas as coisas. Sua ideia inicial era de liberdade,
produtividade e comunicação. A cada dia surgem aparelhos novos e mais
sofisticados para acesso de qualidade e portáteis, tanto de inserção de conteúdo
como para recepção, fazendo com que a Internet deixe de ser apenas uma
tecnologia e torne-se um instrumento tecnológico que tem o poder de interligar a
rede humana, e assim ser o fator fundamental para o desenvolvimento do mundo e
das relações sociais.
1.2 Evolução da Internet
Foi em 1995 que o Brasil conheceu a ferramenta que revolucionaria a
comunicação não só no país, mas no mundo inteiro. Antes de ser difundida entre
todos os setores da sociedade e estimulada pelos governos, organizações,
empresas comerciais e afins, a Internet era limitada ao meio acadêmico.
Rapidamente a sociedade aceitou essa nova ferramenta e entendeu a sua utilidade,
que era oferecer aos internautas conteúdo e informação todos os dias, a qualquer
hora.
Hoje a Internet toma outros rumos. Ela deixou de ser utilizada somente como
um meio de informação e passou a ser o principal meio de trabalho de muitas
pessoas. Através do correio eletrônico, da web e dos principais instrumentos da rede
e novas tecnologias, a Internet tornou-se um mundo virtual ocupado por milhares de
habitantes.
O conceito de ciberespaço, definido por Pierre Levy, especifica claramente o
ambiente que se formou entre as interconexões mundiais e estrutura da Internet.
O ciberespaço (que também chamarei de rede) é o novo meio de comunicação que surge da interconexão mundial dos computadores. O termo especifica não apenas a infra-estrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informações que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. (LEVY, 1999, p. 17).
Pierre Levy também identifica, dentro desse novo universo, a cibercultura, que
agrega costumes, técnicas (materiais e intelectuais) de práticas, atitudes, modos de
pensamentos e valores que se desenvolvem juntamente com o ciberespaço. A
formação desse conceito foi influenciada pela globalização econômica e pelo
adensamento das redes de comunicação.
“Três princípios orientaram o crescimento inicial do ciberespaço: a
interconexão, a criação de comunidades virtuais e a inteligência coletiva.” (LEVY,
1999. p. 127).
No século XXI, a Internet já está em sua versão 3.0. O que destaca essa nova
versão da web em relação às outras é a oportunidade de interação que ela oferece
aos usuários, assim como novas mídias sociais, ferramentas de comunicação on-
line e a possibilidade de fazer uma série de atividades através da Internet como
pagar as contas pelo site do banco, efetuar chamadas telefônicas, participar de um
chat com imagem e som projetados e uma infinidade de outras opções que a
evolução nos proporciona. Além disso, a criação e o crescimento estonteante das
redes sociais foi o ponto de partida para iniciar a comunicação mediada pelo
computador.
Todas essas características contribuem para o jornalismo on-line se fixar
ainda mais no meio virtual. As redações podem saber o que os seus leitores querem
ler sobre tal assunto, ou receber opiniões e críticas através dos modos de interação
entre internauta e o veículo de comunicação. A notícia mais visualizada em um dia
em algum portal de notícias, por exemplo, pode influenciar na escolha da capa do
jornal diário do dia seguinte. A partir desta interação que conquista cada vez mais
espaço e é mais do que necessária, é possível mensurar os resultados da notícia,
bem como analisar as ações comerciais e medir os investimentos feitos pelo veículo
quanto à publicidade, popularidade e visibilidade no mercado.
1.3 Como fazer jornalismo on-line?
Todos os veículos impressos, emissoras de TV, rádios, possuem desde
portais de noticias a pequenos blogs na rede. Se comparada à tiragem de um jornal
impresso, que geralmente se restringe a um raio de circulação, na Internet esse
número aumenta significativamente, por diversos fatores: com informações na rede
o veículo consegue oferecer acesso a usuários que estão desde ao lado da redação
e ao outro lado do mundo em tempo real. O jornalismo digital cria uma nova forma
de leitura, uma preocupação para quem desenvolve conteúdo para essa mídia.
Um estudo do instituto norte-americano Poynter mostrou que 75% dos artigos on-line são lidos na íntegra, percentual muito superior ao dos veículos impressos, em que não mais que 25% dos textos são lidos inteiros. Isso ocorre porque o leitor impresso não realiza nenhuma tarefa para chegar até o final da reportagem, enquanto o leitor on-line precisa clicar e escolher o que quer ler. Está realmente interessado pelo assunto, enquanto o leitor de jornal lê o titulo, a linha fina, o lead e, na maioria das vezes, já é fisgado por outro titulo na mesma página, abandonando a reportagem inicial sem a menor dor na consciência. (FERRARI, 2003, p. 51).
Os textos de Internet são chamados de hipertexto, ou seja, a possibilidade de
se estabelecerem sucessivamente ligações entre textos e outros registros.
Entretanto, a leitura não se restringe aos textos, pois na Internet podemos usar além
da escrita, conteúdos sonoros e imagéticos, chamados de hipermédia e, por fim, os
hiperlinks, que permitem a navegação de acesso rápido a páginas na web dentro
dos textos. Pierry Levy2, define seis características do hipertexto que são:
• Principio da metamorfose, em que a rede hipertextual está em
constante construção e renegociação.
• Principio de hetereogeneidade é possível encontrar textos,
imagens, sons, jogos e outros elementos.
• Principio de multiplicidade e de encaixe das escalas, a
interpretação do que há no hipertexto pode ser analisado de
diversas formas, cada individuo tem um impacto sobre a
informação.
• Principio de exterioridade, a rede não possui unidade
orgânica, ou motor, seu crescimento ou diminuição dependem
da adição de novos conteúdos.
• Principio de topologia funciona por proximidade, não há um
espaço a ser preenchido ou um caminho a ser percorrido o
hipertexto permite ao leitor decidir o seu próprio percurso pela
informação, deixando o jornalista sem controle da situação
comunicacional, o que poderá gerar significados não
pretendidos para as mensagens jornalísticas, que nem
sempre são consumidas integralmente pelo leitor.
• Principio de mobilidade dos centros, por fim, Levy afirma que
a rede não está no espaço, ela é o espaço, por isso não
possui centro. A rede é formada por nós da comunicação,
saltando de um nó ao outro. Com isso, seus centros se tornam
moveis.
O conceito de hipertexto foi anunciado pela primeira vez por Vanevar Bush,
em 1945. Ele afirma que a mente humana funciona por associação. Pula de uma
representação para outra ao longo de uma rede intricada, tecendo uma trama
infinitamente mais complicada que um banco de dados.
Por isso, é considera leitura não-linear, em que não podemos prever as
escolhas que o usuário irá efetuar na trajetória de sua leitura, às vezes até
desconhecida para ele. Portanto, cabe aos jornalistas a inserção de conteúdo por
meio de associações de interesses ao leitor. Sem tentar definir o caminho que este
deve percorrer.
A velocidade com que o leitor pode se perder na leitura também requer
atenção, problema que não acontece na revista, por exemplo. Pois tudo está no
mesmo ambiente. Na Internet o usuário pode começar em um site de noticias e
terminar em um portal de vídeo em que necessariamente não está relacionado a
noticia lida. Na Internet quando surge interesse ou curiosidade na leitura, se não há
as informações de que o leitor necessita, ele busca em outros sites aprofundar as
informações, o que não acontece no material impresso, vezes por falta de tempo ou
material disponível.
Mas palavras apenas não bastam. A TV possui atrativos bem mais
interessantes que a leitura. Com o videocast (video on-line) e podcast (rádio on-
line), a Internet ganha novas ferramentas para a web e que também possuem suas
características. São rápidos e dinâmicos, servem como complementação da
informação, o internauta não tem tempo para vídeos longos e com poucos atrativos.
Os podcast assumem uma posição interessante e pode ser originado do impresso
ou na própria web. Um exemplo prático; uma entrevista transcrita na revista ou
mesmo postada em um site pode ser ouvida por meio do podcast.
A atualização factual e veloz está em primeiro plano, o usuário não precisa
esperar para receber a edição do jornal do dia seguinte, ou ainda, ligar a TV no
horário da transmissão do telejornal. A informação chega até as redações dos sites
de noticia e logo já estão disponibilizadas na rede, com infográficos animados, fotos
em alta-resolução, áudio e links direcionados a assuntos relacionados. Tudo para
que o usuário sinta como se estivesse presenciado o fato.
1.4 Ética no jornalismo on-line
Ser dinâmico, atualizado e apurar a noticia com precisão é obrigação do
jornalismo e no on-line isso não é diferente, no entanto a velocidade em que os
fatos acontecem e requerem atualização acabam por prejudicar a noticia. A
preocupação em se disponibilizar a informação primeiro faz com que a qualidade da
veracidade seja comprometida. Não existe ainda legislação específica para
assuntos da Internet, o chamado “furo” de reportagem já é um problema antigo
enfrentado pelo jornalismo e a velocidade da Internet fez com que isso se tornasse
ainda mais corriqueiro nas redações. Os usuários estão atentos, e a interatividade
em tempo real proporcionada pela Internet faz com que esses erros sejam
apontados. É possível reparar em diversos sites que após o fim da noticia há um
espaço dedicado para o usuário fazer comentários sobre a informação. Erros na
escrita, dados da informação, nome de personagens e etc, são apontados por
leitores e feitos nos locais destinados ao comentário. Uma situação desagradável
para o veiculo, pois denúncia falta de atenção e apuração por parte da redação.
1.5 Acesso e mobilidade do jornalismo online
A ferramenta de trabalho imprescindível para desenvolver o jornalismo online
é a Internet. Já o computador, considerado a extensão do corpo humano, dá lugar a
outros tipos de aparelhos eletrônicos, com as mesmas funcionalidades principais e
outros incrementos tecnológicos.
Com a evolução das novas tecnologias, o meio que se usa para disseminar a
informação, publicar conteúdo na rede e acessar a Internet não é mais tão relevante
e considerável. O meio que será utilizado para ter acesso à informação ou até
mesmo produzi-la é indiferente. O importante é que esse conteúdo chegue até o seu
destino.
Quando o uso da Internet como meio de obtenção de informação e geração
de conteúdo começou a se expandir, as mídias impressas, a televisão e o rádio
sentiram a necessidade de exportar os seus conteúdos, adaptá-los e criar um
espaço na rede, como forma de convergência.
A principal indagação freqüente era se os meios de comunicação de massa
tradicionais iriam acabar e perder o lugar definitivamente para o jornalismo online. A
resposta é não. De uma forma ou de outra, todos os veículos de comunicação se
adequaram a um novo modo de trabalhar, adaptando todo o conteúdo veiculado
para a Internet, com textos próprios e novas informações atualizadas
constantemente.
O homem contemporâneo, responsável, capitalista e preocupado com a vida
profissional, não vai perder tanto tempo do seu dia lendo um jornal ou vendo o
noticiário na TV. Com a correria do dia-a-dia e o trânsito caótico das grandes
metrópoles, o consumidor de informação quer tê-la mais próxima e com mais
acessibilidade.
No jornalismo on-line existe uma verdadeira corrida contra o tempo. Entre as
suas características, esse tipo de jornalismo atrai o seu público: instituições
financeiras, empresas, especuladores – aqueles que atribuem à notícia um valor
monetário - e pessoas comuns que acompanham as notícias em seus locais de
trabalho ou acatam as opções oferecidas pela internet aos internautas.
Com o advento das novas tecnologias, celulares ultramodernos, notebooks e
internet wi-fi, foi possível a migração dos meios de comunicação para os aparelhos
portáteis, através da Internet. A partir daí, o jornalismo pode estar presente em
qualquer lugar, a qualquer hora.
As tendências da Internet móvel dominam o mercado e não é preciso muita
divulgação para conquistar novos adeptos. Tudo é uma questão de necessidade.
PDAs, Smartphones, Celulares, MP3 players e demais aparelhos convergem para
uma interação de informação e acessibilidade, trazendo um novo horizonte e novas
soluções para o uso da web 3.0, pois o futuro da mobilidade é a Internet, que nos
aproxima virtualmente de tudo e todos.
A Internet é a mídia que sintetiza todas as outras e passa a ser uma
multimídia.
É enorme, quase sem limites, a quantidade de informações que podem ser processadas. Ao mesmo tempo, a combinação da digitalização com os satélites de comunicação e a telefonia celular permite que cada homem, em qualquer parte do planeta, esteja acoplado a uma rede mundial de comunicações públicas e pessoais. É a maior revolução nas comunicações desde a invenção de Gutenberg. (KUCINSKI, 2005, p. 72).
A Internet além de transmitir é também uma agência de notícias. As
informações encontradas naquele meio não são as mesmas vistas durante o dia em
algum jornal ou rádio. A linearidade na Internet é nula e é possível o internauta
escolher o conteúdo que lhe convém naquele momento, navegar de um site para
outro em busca do que necessita e manter-se atualizado constantemente. O fluxo de
informação que é jogado na rede diariamente é infinito e interminável.
Uma notícia, por exemplo, pode ser acessada várias vezes ao dia e a cada
momento, terá uma nova atualização, com novas informações e dados sobre o
ocorrido.
Essa é a vantagem de acessibilidade e mobilidade que a Internet e o
jornalismo on-line oferecem hoje.
A Internet pode ser considerada uma ferramenta de trabalho e o banco de
dados de uma nova era. Independente de acessá-la pelo computador, celular ou
qualquer outro meio, a Internet está presente na vida de milhares de pessoas.
De acordo com dados do Ibope de 2009 sobre a Internet, o Brasil já tinha 67,5
milhões de internautas. O Brasil é o 5º país com o maior número de conexões à
Internet. Nas áreas urbanas, 44% da população está conectada à Internet. 97% das
empresas e 23,8% dos domicílios brasileiros estão conectados à Internet. 87% dos
internautas brasileiros entram na Internet semanalmente.
Portanto, a informação produzida pelo jornalismo hospedado na Internet pode
atingir a mesma quantidade ou mais de pessoas que assistem noticiários todos os
dias. Hoje, a interatividade entre os meios de comunicação e a Internet possibilita e
estimula o acesso dos internautas aos portais de notícias em busca de novas
informações.
Esse jornalismo não se distingue do serviço tradicional de agências de notícias sob o aspecto da atualidade da informação, mas definiu-se um novo ritmo de abastecimento de notícias, no qual os fatos vão sendo narrados continuamente, em textos curtos e pouco acabados, à medida que vão acontecendo, e não depois que aconteceram. (KUCINSKI, 2005, p. 72).
CAPÍTULO 2 - MÍDIAS SOCIAIS E INTERAÇÃO
2.1 Mídias Sociais
Entre as mudanças que a web 3.0 trouxe à sociedade, estão as ferramentas
de comunicação mediadas por computador (CMC), que proporcionam além da
conversação, a interação que garante o sucesso das redes sociais interligando o
mundo inteiro. Uma rede social é definida como a união entre dois elementos: atores
(pessoas ou nós da rede) e conexões (interações ou laços sociais).
Uma rede social é composta de dois usuários ou mais, que formam estruturas
sociais, através da interação, compartilhando conhecimentos, crenças, etc.
Essas apropriações funcionam como uma presença do “eu” no ciberespaço, um espaço privado e, de alguém “que fala” através desse espaço é que permite que as redes sociais sejam expressas na internet. (RECUERO, 2009, p. 27).
A interação entre os membros que integram a rede social cria novos padrões
de comunicação, sociabilidade e novas organizações sociais, conectando pessoas.
De acordo com os termos de Baran (1964), as redes sociais são divididas em
redes centralizadas, descentralizadas e rede distribuída. Os primeiro conceito é a
comunicação formada por um nó e que centraliza todas as informações. Já o
segundo item, é formado por um nó como fonte de informação e conecta vários
outros grupos através de outros nós conectados na matriz. Por fim, a rede
distribuída é a conexão em que todos os nós se conectam e não existe um
centralizador de informação. Este último tipo é considerado uma rede de verdade.
Embora todas essas redes citadas por Baran possam ser encontradas na internet,
atualmente encontramos e vivemos a rede distribuída, em que o acesso da
informação assim como a criação do conteúdo está disponível para todos os nós
que compõem a rede.
2.2 Interação e direcionamento
A relação de interação entre os atores (pessoas que utilizam as redes sociais)
são como matérias primas para a sobrevivência das mídias sociais. A ação de um
depende da reação do outro e vice e versa. O modo de perceber a interação no
ciberespaço é diferente, uma vez que os usuários não se conhecem. Tudo é
construído pela mediação do computador. Outro fator relevante para existir a
interação é a criação de possibilidades de interação através de ferramentas on-line e
offline, ou seja, ferramentas que os usuários podem interagir com o outro, mesmo o
segundo não estando mais presente no ciberespaço, sem ser em tempo real. Os
chats por exemplo, são ferramentas síncronas: precisam da interação em tempo real
e on-line. Já os e-mails e fóruns são ferramentas síncronas, que não precisam da
interação no mesmo momento.
Para analisar melhor as possibilidades de uso de ferramentas, vamos analisar
as reflexões de Raquel Recuero, no livro Redes Sociais na Internet (2009).
De acordo com a autora, que leva se baseia em considerações de Primo
(2003), a interação mediada pelo computador pode ser estabelecida através de uma
tipologia, ou seja, existem duas formas de interação neste contexto: a interação
mútua e a interação reativa. “Para Primo, as interações reativas são sempre
limitadas aos atores envolvidos no processo. É o caso, por exemplo, de um
interagente com um hiperlink na web.” (RECUERO, 2009, p. 32).
Neste caso, o usuário é responsável pela interação no momento em que
decide clicar ou não no link.
Já a interação reativa é considerada uma interação construída, arquitetada,
como os comentários nos blogs, ferramentas de compartilhamento de conteúdo
disponíveis em alguns sites, etc. A interação reativa é composta a partir de vários
atores que expõe opiniões sobre algum assunto e que participam de uma construção
dialógica.
Ainda de acordo com Raquel Recuero, a interação mediada pelo computador
oferece a capacidade de migração entre várias redes sociais e possibilita ao ator
utilizar diversas plataformas de comunicação. Um exemplo disso é um usuário que
possui um blog e divulga o seu conteúdo no Orkut, facebook e twitter. Essa
interação nada mais é do que a formação de relações sociais. “Wasserman e Faust
(1994, p. 7) indicam a importância dessas formas básicas de socialização,
explicando que regularidade ou padrões, as interações fazem surgir as estruturas.”
(RECUERO, 2009, p. 36).
A interação no âmbito da Internet tem propósitos variados. Um determinado
grupo pode trocar informações em diferentes plataformas e tratar sobre diferentes
assuntos como trabalho, carreira, pessoal e negócios. Em análises de mídia social, a
interação é um dos pontos principais analisados.
2.3 Redes sociais no Brasil
O Brasil lidera no ranking dos países que mais utilizam redes sociais no
mundo, em relação ao número total de internautas. O estudo da consultoria Nielsen
foi feito com 10 países - incluindo Estados Unidos, França e Alemanha - e mostra
que 86% dos usuários ativos de internet no Brasil usam algum tipo de rede social.
Em média, eles passaram cerca de cinco horas navegando nesse tipo de site
durante o mês de abril.
No Brasil, as redes que detém o maior público são o orkut, facebook e
recentemente, o twitter, além dos blogs que funcionam como geradores de conteúdo
na rede. Já em outros países, como a Itália, os internautas se identificam e usam
mais o facebook.
Hoje conhecemos dois tipos de redes: as redes emergentes, que são aquelas
que precisam de duas pessoas ou mais, que estabelecem comunicação entre si; e
as redes associativas de filiação, constituitas por pessoas unidas em um grupo, que
é o caso do orkut e twitter, por exemplo. Uma característica interessante das redes
sociais é o fato d’ela ter longevidade em sua duração, ou seja, um usuário só não
participará mais daquela rede se ela deixar de existir ou se ele sair por vontade
própria, mas ela continuará disponível.
Em um evento transmitido em São José do Rio Preto no dia 7 de outubro, o
Maxmídia 2010, a palestrante Juliana Sawaia apresentou a palestra “Many to many
– o fenômeno das redes sociais” e mostrou dados da pesquisa da Ibope Mídia no
período de 2 a 15 de setembro de 2010 nas principais regiões metropolitanas do
Brasil, reunindo dados de mais de 25 milhões de usuários de mídias sociais. Durante
a pesquisa foi analisado a revolução comportamental e a participação das pessoas
que participam deste universo interativo. Embora o comportamento dos usuários da
internet seja monitorado há 10 anos, a mudança é constante e existem novos
padrões de métricas que influenciam tanto na vida dos usuários quanto na
campanha de um produto, por exemplo.
Todos sabem que a rede social é um fenômeno levando em conta que o orkut
foi a porta de entrada para a rede social no Brasil. Atualmente, com outras mídias
digitais e outras redes sociais como twitter e facebook, 50% das pessoas usam
menos o orkut. Entretanto, 91% das pessoas acessam o orkut em algum momento
quando tem contato com as redes sociais. Foram avaliadas também as classes
sociais que mais tem acesso à internet e participam das redes sociais. A classe AB é
a classe que mais está presente no ciberespaço e seguem celebridades, sites de
notícias, entretenimento, empresas e produtos que consomem, em busca de
conteúdo relevante e informações.
De acordo com a reflexão de Juliana Sawaia, Rede social é uma forma de
praticar a socialização. A tecnologia entrou neste contexto como facilitador do
processo de socialização e não como a única responsável pelo fenômeno. A mídia
social não pode ser tratada somente como avanço da tecnologia e sim como fonte
de relacionamento e envolvimento.
É impossível pensar em redes sociais sem entender sociologia, pois todas
tratam do ser humano e de suas necessidades em que a maioria das pessoas fazem
parte deste formato novo de socialização, amizades virtuais e relações afetivas.
Cada participante de rede social tem em média 273 amigos, que se interligam com
mesma quantidade aproximadamente e assim segue a proliferação das informações
por meio dessas pontes. O que vivemos é uma democratização da informação.
No cenário em que temos praticamente um mundo presente na Internet, a
marca deve ser inserida neste contexto, ou seja, fazer parte da rede social das
pessoas. O primeiro conceito da rede social não é só informação ou entretenimento,
mas também o compartilhamento e contato com os amigos, empresas e marcas. A
rede social tem um capital social, citado por Raquel Recuero como algo que “[...]
refere-se à conexão entre indivíduos – redes sociais e normas de reciprocidade e
confiança que emergem dela.”, direcionado a quem sabe fazer negócio utilizando as
ferramentas de comunicação que as redes sociais oferecem e a partir daí traçar
estratégias e planos de ação.
Assim como estudar o perfil dos seus clientes e investir em uma campanha
que traga não só o fortalecimento da marca entre o público alvo na internet, mas
também retorno financeiro.
A formação do capital social é, portanto, o estreitamento dos laços sociais,
aumentando o sentimento do grupo. A relevância do capital social pode determinar a
qualidade do conteúdo produzido durante uma interação e ajudar a compreender
essas conexões de formas mais completas.
Ainda seguindo as informações dadas por Juliana Sawaia em sua palestra,
atualmente temos os prosumers – consumidores e criadores de conteúdo na
internet, afinal, hoje o conteúdo é colaborativo e não mais autoral.
No cenário digital é preciso fazer uma analise tecnográfica, ou seja, analisar o
comportamento do consumidor neste meio e a das conclusões desenvolver o ROE –
Return Of Engajament.
Citando dados da pesquisa do Ibope Mídia apresentado por Juliana Sawaia
em sua palestra:
• 96% dos usuários são watchers – somente assistem o conteúdo
• 83% dos usuários são sharers – assistem e compartilham informação
• 44% dos usuários são commenters - analisam, comentam, tem
participação maior na rede. A maioria composta por essa estatística fazem
parte da classe AB.
• 33% dos usuários são producers – publicam, mantém e criam informações
na rede.
• 10% dos usuários são curators - ditam, moderam e influenciam na rede.
Uma pesquisa da ComScore e Nielsen mostra estatísticas de acesso das
mídias sociais no mundo. (Anexo A).
No gráfico 1 é preciso lembrar que são números globais. Isso quer dizer que
no mundo as pessoas estão acessando mais o twitter que o orkut. Porém, sabe-se
que o orkut faz muito sucesso entre brasileiros e indianos. Portanto, se avaliarmos
somente no Brasil, o orkut ainda tem mais acessos que o twitter. Mas este número
está diminuindo, pois muitas pessoas acabam migrando para o twitter e facebook
em razão da maior quantidade de informação e interação ali veiculada.
2.4 Tipos de Redes Sociais
Todas as redes sociais têm o mesmo objetivo: promover a interação entre os
usuários e socializar os seus membros. As redes sociais podem ser basicamente
definidas em dois tipos: rede social emergente e rede social associativa ou de
filiação.
As redes sociais do tipo emergente são aquelas compostas por interações
dos atores que compõe o espaço. São redes que dependem da interação dos nós e
pela conversação mediada pelo computador. Esse tipo de interação promove aos
usuários um tipo de laço social dialógico. Isso pode ser visualizado em comentários
nos blog, fotologs, no orkut, através dos scraps, etc. em que uma interação de um
primeiro ator dá continuidade ao diálogo composto por várias outras interações. A
rede emergente é constantemente construída e composta por meio das trocas
sociais.
Além disso, as redes emergentes são pequenas e dependem do tempo
disponível de seus atores sociais para realizarem as interações, bem como o
comprometimento em manter um perfil ativo, dando lugar para essas interações
acontecerem.
O foco das redes emergentes é a construção de laços sociais, portanto há
uma limitação no número de usuários que podem interagir. Dessa forma é possível
construir diálogos e comunicações com conteúdos mais qualitativos do que
quantitativos.
Já as redes de filiação ou associativas são conhecidas por dois modos, ou
seja, além de serem compostas por atores sociais, as comunicações e interações
são feitas através de eventos. Cada evento é um elemento de conexão entre os
atores que compõem a rede social seria, portanto, composta de dois tipos de nós: os
usuários e os grupos. Nesta rede, não existe a necessidade de construir laços
sociais, mas somente manter o contato e a interação presentes. Entretanto, quando
o usuário está exposto a tantas janelas de interação, é possível acontecer uma
relação social entre os atores durante alguma interação mediada por computador.
São exemplos de redes de filiação ou associativas a lista de amigos do orkut e
seguidores do twitter. Essas redes são diferentes da rede emergente por ser estática
e estável, pois ao adicionar um usuário a mais na lista de amigos do orkut a
interação entre os usuários não é obrigatória, ou seja, o ator permanecerá nesta
rede independente da interação que ocorrer. Por outro lado, essa estabilidade não
quer dizer que os atores sociais não estabeleçam laços fora da Internet e não
mantenham uma comunicação não mediada pelo computador.
As redes sociais associativas são conhecidas por sua expansão e
crescimento independentemente do grau de interação entre seus usuários, uma vez
que não possui custo para quem a utiliza. Apesar dos números extraordinários de
atores sociais que as redes de filiação possuem, é possível verificar também a
presença da criação de laços sociais fracos, com a visibilidade de infinitos nós e
baixa visibilidade de conexão entre todos os participantes.
2.5 Sites de Redes Sociais
Os sites de redes sociais são locais utilizados para expressar as redes sociais
na Internet, ou seja, é o local onde existe a personificação do ator social na rede. É
neste local que o usuário vai criar o seu perfil, manter a sua identidade na Internet e
promover a interação entre os nós ligados a ele. Os sites de redes sociais permitem
a visibilidade e articulação das redes sociais a qual o ator pertence, além da
manutenção dos laços sociais mantidos offline e cultivados através da comunicação
mediada pelo computador.
Os sites de redes sociais têm o objetivo de publicar os perfis dos usuários e
estabelecer a conexão pública entre eles.
É importante destacar que os sites de redes sociais não possuem relações
independentes, pois o mesmo usuário pode ter vários perfis em redes diferentes, de
acordo com o seu objetivo. O uso do twitter, facebook e blogs por exemplo, podem
mostrar diferentes perfis do mesmo usuário, para diferentes necessidades e desejos.
O ator social que mantém perfil no twitter, deseja seguir celebridades, familiares,
amigos e fazer parte da interação que acontece nesse espaço, independente dos
laços firmados offline. Já o seu perfil no facebook serve para aproximar as pessoas
que não estão próximas através da rede de filiação.
2.6 Visibilidade
Os sites de redes sociais, além de reunir os perfis dos atores sociais,
proporcionam a eles mais visibilidade na rede. Essa visibilidade pode ser facilmente
percebida quando um perfil de um ator social é interligado a outro perfil de uma
pessoa distante. Os laços offline são mantidos e vistos na rede, independente da
distância real que separam as duas pessoas. A visibilidade alcançada por um
usuário na rede define o seu valor e seu capital social, além da reputação obtida.
Isso tem total relação com a popularidade e capacidade de influência que
alguns usuários exercem nas redes sociais. Perfis com números enormes de
seguidores e o compartilhamento das informações fazem com que alguns atores
sociais sejam referência na rede, abrindo espaço para a publicidade e criação de
conteúdo relevante na Internet. Este é o caso dos producers e curators, já citados
em tópicos anteriores neste trabalho. Eles são responsáveis por disseminar
conteúdo, opiniões e tendências na rede, pois agregam em seus perfis sociais uma
quantidade significativa de usuários capazes de replicar este conteúdo aos seus
amigos e assim ocasionar a difusão da informação na rede.
2.7 Sites de Redes sociais – conceito e abordagem
2.7.1 Orkut
O orkut é um site de rede social que agrega perfis dos atores sociais. É uma
rede associativa ou de filiação que alcançou sua popularidade entre os internautas
brasileiros. A rede social foi criada por Orkut Buyukkokten, aluno da Universidade de
Stanford e funcionário do Google. Lançado em 2004, o orkut inicialmente só era
compartilhado por meio de um convite enviado de um usuário que já fazia parte da
rede, a outro usuário que ainda não tinha perfil. A criação do perfil é focada no
interesse do ator social, assim como sua participação em comunidades virtuais que
defendem ideias, interesses e objetivos. Além disso, o ator social que faz parte do
orkut pode reunir até mil amigos em seu perfil, formando a rede de filiação
independente da interação realizada.
Embora no início o orkut tenha sido responsável pela democratização das
redes sociais e caracterizado como porta de entrada para outras redes no Brasil,
hoje verificamos uma queda nos acessos e também na popularidade do orkut.
Vejamos o gráfico da pesquisa feita pela Compete, em 2009, que seleciona
as principais redes de relacionamento do mundo. (Anexo B).
A partir desta análise podemos visualizar que em 2009, cinco anos após a
chegada do orkut, a rede social ocupa o 21º lugar no ranking, perdendo para o
facebook e twitter, que até então tinham sua popularidade ameaçada pelo sucesso
que o Orkut tinha entre os atores sociais que multiplicavam seu número de amigos e
comunidades virtuais. O crescimento do orkut encontra-se estabilizado. Além disso,
observamos também a redução de visitas dos usuários, demonstrando a sua
irrelevância em relação a outras redes sociais mais populares atualmente. Há mais
ou menos três meses, o orkut alterou a sua interface apostando em mais interação,
criou outros aplicativos e a possibilidade de criar grupos de amigos para facilitar o
compartilhamento de conteúdo. Essa mudança não agradou a maioria dos usuários
e o orkut segue então, com duas formas de apresentação: a versão antiga e a nova
versão.
2.7.2 Facebook
O facebook é um sistema criado pelo americano Mark Zuckerberg. Na época,
estudante da Harvard, Mark tinha o intuito de focar a criação da rede para reunir
alunos e ex-alunos. O facebook foi lançado em 2004 e hoje agrega milhões de
usuários no mundo inteiro. Os usuários do facebook são praticamente os mesmos
do orkut, porém a possibilidade de localizar parentes, amigos e pessoas conhecidas
que estão distantes são maiores, pois a base de dados do Google reúne
informações que são cruzadas com e-mails e contatos do usuário.
O facebook também funciona através de perfis de atores sociais e
comunidades virtuais, além de aplicativos extras como jogos, alguns pagos, outros
gratuitos. “Nos últimos dias, o facebook alcançou 400 milhões de usuários e de
acordo com a consultoria StatCounter, é a rede que mais gera tráfego na Internet.”
(MACIEL,http://www.estudiodecomunicacao.com.br/blogestudio/midias-
sociais/facebook-o-todo-poderoso-das-redes-sociais, acessado em 4 de outubro de
2010).
Além da construção de perfil, o usuário pode compartilhar informações,
vídeos, fotos e interagir com todas as ferramentas que o facebook oferece. O que
atraiu muito a atenção dos internautas para o facebook foi a criação dos social
games, como o Farmville e Máfia Wars, motivo da grande popularidade da rede nos
últimos tempos. Conquistam fãs no mundo inteiro, com certeza são mais um ponto
positivo para o crescente número de usuários do facebook. As interações com as
contas do twitter e blogs também facilitam a propagação da rede, facilitando a
interação e o compartilhamento de conteúdo.
O facebook é uma rede social completa, com recursos de mural, fotos,
vídeos, calendários de eventos e diversos serviços e aplicativos.
Como em toda rede social, o primeiro passo é você se cadastrar com as
informações principais: nome, e-mail, data de nascimento, local, foto e senha de
acesso. Com base nos dados fornecidos, o facebook sugere uma lista inicial de
amigos. Este é um diferencial significativo, pois nesse percurso o usuário pode
invariavelmente reencontrar amigos antigos e retomar contato. A home do facebook
contempla basicamente uma lista de atividades (mensagens, fotos e vídeos)
enviadas pelos contatos, além de aplicativos e um mural compartilhado. Para os
atores sociais já familiarizados com o orkut, certamente terá dificuldade para se
ambientar ao novo cenário. São outras regras e outra linguagem. O grau de
interação com os contatos através dos links da home é bem maior que no orkut, pois
o facebook possibilita controlar por categorias, como fotos, vídeos e eventos.
Veja alguns dados importantes da rede:
1. O facebook possui 400 milhões de usuários cadastrados no mundo inteiro (StatCounter);
2. O facebook corresponde a 48% do tráfego mundial em redes sociais (StatCounter);
3. No Brasil, o facebook é a 3ª maior rede social e corresponde a 8,7% do tráfego em sites do tipo (StatCounter);
4. De acordo com uma pesquisa realizada com 500 empresas brasileiras, 26% estão no facebook (ACSP- Associação Comercial de São Paulo);
5. Em março desse ano, o facebook ultrapassou o Google em número de acessos nos Estados.” (MACIEL, http://www.estudiodecomunicacao.com.br/blogestudio/midias-sociais/facebook-o-todo-poderoso-das-redes-sociais, acessado em 4 de outubro de 2010.
O crescimento econômico do Facebook está relacionado aos jogos e
aplicativos apps, tendo como foco principal a Zynga, responsáveis pelos jogos
interativos que o Facebook disponibiliza aos seus usuários.
O Farmville se tornou febre entre os jovens e até adultos, abrindo espaço
para o giro de capital por intermédio da compra de “dinheiro” virtual através do
cartão de crédito. Esses aplicativos e os espaços comprados por anunciantes no
facebook impulsionaram o crescimento da economia da rede social.
Atualmente, as empresas também usam o facebook como forma de
divulgação da marca com muito mais freqüência e atuação do que no Orkut, criando
páginas ao invés de perfil comum do usuário. Dessa forma, o facebook abre espaço
para a institucionalização da rede social como forma de aproximação com o
consumidor. Conectando-se às páginas oficiais das marcas, o usuário cadastrado no
facebook consegue interagir com a empresa, “curtindo” a página, tornando-se fã e
compartilhando conteúdo na rede, disseminando informação.
2.7.3 Twitter
O twitter é um site com a característica de microblog. Os atores sociais
podem cadastrar o perfil, seguir pessoas interessantes como celebridades, marcas,
familiares e amigos e conquistar seguidores. A diferença desta rede social para os
blogs é que é uma rede associativa ou de filiação e também é construída por
interação de usuários por meio de posts limitados até 140 caracteres. Além de todos
os usuários terem acesso à timeline (página inicial do usuário ou home atualizada
conforme demanda de tweets), é possível ter privacidade e criar conversas por meio
das direct messages, que são mensagens enviadas somente ao destinatário de
modo privativo.
A rede social foi fundada por Jack Dorsey, Biz Stone e Evam Williams em
2006 como projeto da empresa Odeo. No início, o twitter era pouco utilizado pelos
internautas no Brasil e sua função agradava a poucos, pois muitos viam a
ferramenta sem utilidades. De 2009 a 2010, houve um crescimento avassalador do
uso do twitter por usuários que já utilizavam outras redes sociais. Muitas pessoas
migraram para o twitter, linkando as outras redes sociais e divulgando conteúdo.
O número de internautas residenciais que visitam o twitter pulou de 344 mil
em fevereiro de 2010 para 677 mil em março, representando um aumento de 96,8%
no tráfego do serviço em um mês entre brasileiros, segundo dados do Ibope Nielsen
Online. Isso comprova que esta rede social tem tomado espaço. O público que
utiliza o twitter não é composto somente por internautas, mas também por perfis de
empresas e marcas que sentiram a necessidade de se aproximar do consumidor. O
twitter é mais do que uma rede social, é um canal de comunicação entre os
usuários, empresas, marcas, instituições, governos, etc. Para as empresas, estar
presente no twitter atualmente é sinônimo de fazer parte da internet e da integração
entre empresa – consumidor.
O twitter se transformou na maior ferramenta de interação no mundo, levando
acontecimentos importantes aos Trend Topics – ranking dos assuntos mais
comentados no twitter. A partir de dados resultantes de buscas no próprio twitter,
empresas também traçam estratégias de marketing na rede e conseguem medir a
influência das marcas na internet, assim como a satisfação e insatisfação do
consumidor.
Podemos analisar o crescimento demográfico do twitter neste infográfico
publicado no site MZClick, desenvolvido pela revista Super Interessante. (Anexo C).
O conteúdo publicado no twitter por seus usuários também é um fator que
desencadeia pesquisas e interfere nos produtos das empresas de diversos setores.
Saber o que é assunto no twitter é uma das funções do Analista de Mídias, por
exemplo. A atuação dos atores sociais na web tem crescido de forma tão rápida, que
as empresas investem em monitorar a popularidade da marca, assim como
personalidades e geradores de informação fazem do twitter uma forma de
divulgação dos seus trabalhos.
No infográfico, podemos visualizar os temas que permeiam os tweets e sobre
o que os usuários mais falam no twitter. (Anexo D)
A partir desses dados, podemos concluir que o twitter é como uma extensão
da vida das pessoas, como um diário ou até mesmo ferramenta de trabalho. É neste
espaço que as pessoas se socializam, criam laços sociais e mantém relações online
e cultivam as relações offline que estão fora do alcance geográfico naquele
momento.
Com o crescimento visível do twitter, a rede social tem ameaçado o sucesso
de seus antecedentes, como o orkut e facebook, mesmo muitas vezes, trabalhando
com a interação entre elas e seus usuários.
Podemos ver no gráfico a seguir o crescimento do twitter concorrendo com as
outras redes sociais. (Anexo E).
2.8 Análise Swot das mídias sociais nas empresas
Em junho de 2010 foi realizada em São Paulo a edição anual do Social Media
Brasil, evento que reúne profissionais da área de mídias sociais e digitais para
compartilhar seus conhecimentos. Como convidada, a especialista em mídia digital,
Patrícia Moura, exemplificou no seu painel uma análise swot das mídias sociais no
âmbito empresarial.
Quando se conhece o funcionamento e o propósito de cada rede social é
possível traçar estratégias de marketing e atuação das empresas nessas mídias
digitais. O maior investimento das empresas em redes sociais está acontecendo no
ano vigente, pois existe uma maior concentração do público alvo em determinadas
redes sociais. A Internet possibilita a proximidade, a interação e o feedback que
outros meios de divulgação não conseguem responder tão rápido e quase
instantâneamente.
A partir de uma análise é possível identificar pontos de fraqueza, força,
oportunidades, ameaças, conhecer o ambiente externo e interno.
A Internet proporciona grandes realizações com baixo investimento, tendo
como ponto principal a criatividade e estudo do público alvo e objetivos a serem
alcançados.
Embora o tempo gasto pelo brasileiro na web seja quase 20% maior do que a média mundial, o orçamento destinado pelas agências de publicidade a anúncios on-line é quase três vezes maior do que a média global. (Pesquisa Razorfish – Junho de 2010).
Segundo o Ibope, um terço dos brasileiros tem acesso a Internet. Embora o
número não mostre uma total inclusão digital, a Internet vem sendo democratizada
cada vez mais e a maioria dos consumidores, das classes AB, principalmente C,
concentram as suas opiniões nas redes sociais sobre alguns produtos e são os
consumidores em potencial.
Muitas empresas, como a Fiat, optou por lançar o Fiat Uno na Internet,
usando ferramentas como o Formspring – rede social que é composta por
integração a partir de perguntas e respostas do usuário em seu perfil, e do twitter.
Os usuários das diferentes classes consomem informação não somente pela
TV, mas também através de outros meios como a Internet e aparelhos móveis.
Analisando o ranking de prioridade inserido no painel citado, o aparelho de TV tem a
preferência de 77% das pessoas em questão de prioridade de uso, seguido do
telefone celular com 70% e do computador com acesso a Internet, com 58%.
A mobilidade proporcionou aos consumidores de informação praticar o hábito
de usar a Internet em qualquer lugar, a qualquer hora, basta ter um computador e
acesso a Internet via wireless, 3G, conexão via rádio ou dsl. Essa tecnologia não foi
a causa do avanço das redes sociais e do uso da Internet na vida das pessoas, mas
abriu uma porta de acesso às facilidades que a rede oferece à vida de pessoas
ocupadas e que não tem tempo para ler jornais, revistas ou ouvir rádio. Pode ser
incluído neste conceito também o avanço das empresas e o investimento no
atendimento online e venda de produtos através de lojas virtuais.
Entre os principais sites que os usuários acessam quando iniciam uma
conexão na Internet estão as redes sociais em primeiro lugar com 21%, segundo
fonte de pesquisa POP feita em 2009, nas regiões Nacionais e metropolitanas do
Brasil.
Na mesma proporção que o acesso a Internet cresce no Brasil, as classes
sociais que participam da inclusão digital também estão presentes nestas
estatísticas. A classe DE supera a classe AB em 2010 em acesso, segundo
pesquisa citada acima. Por outro lado, enquanto a classe DE é inserida na Internet,
a classe AB utiliza mais as redes sociais como o twitter e facebook, enquanto a
classe DE ainda participa ativamente do orkut.
2.9 Usabilidade das redes sociais para empresas
O tipo de campanha que mais vemos após a criação das redes sociais é
aquele tipo de anúncio que integra todas as mídias: digitais, televisivas, radiofônicas,
anúncios, etc.
Ao lançar uma campanha que faça uso das redes sociais e meios de
divulgação tradicionais para dar notoriedade ao produto, é preciso que a empresa
estude os campos antes de traçar uma estratégia de comunicação.
• É preciso analisar:
• Onde o público alvo está presente
• Como será a abordagem em cada meio
• Divulgação e sustentação da campanha nos múltiplos meios
• Reações dos usuários e da imprensa
• Retorno de contatos e retorno financeiro
Muitas empresas fazem das redes sociais o atual “SAC”, como um tipo de
atendimento ao cliente e um canal de recebimento de reclamações, elogios e mais
uma forma de manter a relação entre cliente – empresa mais sólida. Estabelecer o
conceito de uma marca na internet não é fácil, assim como se torna quase intangível
o retorno financeiro do investimento feito com tais ações.
A diferença entre as pessoas públicas, usuários e as empresas é que os
primeiros não se apoderam da rede social como as instituições. É preciso analisar o
perfil de cada empresa de acordo com o seu cliente, pois enquanto algumas
empresas investem em serviços, outras investem em produtos. A reflexão sobre
essas questões podem ajudar na decisão do tipo de informação que será veiculada
na internet e em quais meios essa ação será implantada. De acordo com relatório
divulgado pelo Altimeter Group, a mensuração deve ser pautada pelos objetivos do
cliente, que são principalmente fomentar discussões sobre o produto ou serviço,
promover a defesa da marca e facilitar o suporte da empresa e contato com seus
clientes.
Por outro lado, definir o que será mensurado também depende da situação
financeira do cliente e quais ferramentas serão utilizadas para chegar neste
resultado. Entretanto, qualquer mensuração deve mostrar as informações positivas,
negativas e neutras. Infelizmente, as ferramentas existentes que destrincham todos
esses aspectos em uma ação de mídia social não estão disponíveis gratuitamente e
não são em português.
Os números extravagantes nem sempre são sinônimos de lucro para o
cliente, pois é preciso cruzar os dados e avaliar outros indicadores. É preciso levar
em contato o período analisado e a ação realizada, além de estabelecer valores
absolutos do processo e não somente sua relação.
2.10 ROI – Return of investiment e métricas
O retorno de investimentos é uma medida que calcula o retorno produzido
pelas decisões de investimento. Serve de parâmetro para avaliação de desempenho
da empresa ou de um determinado projeto ou período pré-estabelecido.
A cultura de medir o ROI ainda não é empregada com facilidade e 53% das
empresas não medem o retorno de investimento de suas ações nas mídias sociais e
digitais. Apenas 16% das empresas que mantém perfis corporativos mensuram o
ROI das ações nessas redes.
A principal dificuldade em mensurar e obter o ROI é a falta de ferramentas
técnicas com percepções de marcas, questões subjetivas e valores intangíveis. Por
outro lado, atualmente empresas de tecnologia e especialistas em SEO têm mudado
esse contexto desenvolvendo ferramentas de marketing que possibilitam aferir esse
tipo de ação nas mídias sociais e obter estatísticas confiáveis.
A ação de marketing na Internet, mesmo tendo como objetivo principal a
divulgação da marca e dos produtos, a conclusão da análise é feita do
relacionamento com pessoas e como os consumidores lidaram com esta ação na
rede. Essa é a principal dificuldade no momento de identificar o sucesso ou o
fracasso de uma campanha nas mídias sociais.
Fórmula ROI: Lucro – valor investido/valor investido %
Alguns pontos podem ser fundamentais para facilitar a mensuração da
presença das marcas nas redes sociais como estabelecer os objetivos da
participação em mídias sociais, reduzir os custos na prestação de serviços,
conquistar usuários que podem ser clientes, melhorar o posicionamento da marca na
Internet, trabalhar constantemente a reputação e o reconhecimento da marca na
Internet e conseqüentemente aumentar as vendas.
O resultado do ROI é um conjunto de análises de investimento. Porém,
existem ferramentas que podem mostrar o aumento de acessos do site da empresa
em determinados períodos, assim como as referências de tráfego. Essas
ferramentas auxiliam a empresa, a saber, em qual página do site investir e qual
produto é mais visualizado no site, por exemplo.
Todas essas opções estão disponíveis gratuitamente no Google Analytics,
que é a solução de análise da web de cunho empresarial que fornece uma ótima
visibilidade do tráfego e da eficiência do marketing de seu website. Recursos
avançados, flexíveis e fáceis de usar permitem a análise dados de tráfego de uma
maneira totalmente nova. Com o Google Analytics, é possível traçar metas para
compor anúncios mais segmentados, fortalecer suas iniciativas de marketing e criar
websites que geram mais conversões.
No caso de utilização dessas métricas, podemos analisar:
• Número de impressões
• Alcance e freqüência (pessoas expostas a quantidade de
impressões)
• Click Trough Rate (CTR) - O número de cliques no
anúncio dividido pelo número de impressões da página de
anúncios que aparece quando um bloco de links é
clicado, usado no Google no seu programa de Adwords e
Adsense.
• Economia no custo por clique no caso de anúncios
patrocinados no Google
• Vendas
• Registros
• Referências
• Links
• Queda de problemas com clientes
• Atividade de entrada
• Conversão
• Quantidade de visitas e clientes fidelizados no site
A dificuldade em medir ROI nas ações que envolvem social media e Internet
estará sempre presente. Entretanto, utilizando essas e outras ferramentas de
métricas é possível traçar uma estratégia de comunicação a longo prazo para
otimizá-la e manter uma participação efetiva nas mídias sociais durante o período de
mensuração do retorno de investimento realizado.
2.11 Influência das redes sociais e da internet na sociedade
Manuel Castells, já previa o avanço das novas tecnologias e da comunicação
no primeiro volume de sua trilogia - "Sociedade em Rede - A Era da informação:
Economia, sociedade e cultura”. No livro o autor descreveu um cenário mediado
pelas novas tecnlogias de informação e comunicação - TICs - e como estas
interferem nas estruturas sociais. Demonstra como tecnologias, inicialmente
impulsionadas pelas pesquisas militares, foram amplamente utilizadas pelo setor
financeiro, justamente em um momento de necessidade de reestruturação do
capitalismo. As tecnologias também tiveram papel fundamental na reestruturação
das empresas, que puderam horizontalizar suas estruturas e, por meio de TICs de
baixo custo, transnacionalizar a produção.
A multimídia impulsiona o alcance da comunicação eletrônica para o mundo:
de casa a trabalho, de escolas a hospitais, de entretenimento a viagens.
Finalmente, talvez a característica mais importante da multimídia seja que ela
capta em seu domínio a maioria das expressões culturais em toda a sua
diversidade. Seu advento é equivalente ao fim da separação e até da distinção entre
mídia audiovisual e mídia impressa, cultura popular e cultura erudita, entretenimento
e informação, educação e persuasão. Todas as expressões culturais, da pior a
melhor, da mais elitista a mais popular, vem juntas nesse universo digital que liga as
manifestações, passadas e futuras da mente comunicativa. Com isso, elas
constroem um novo ambiente simbólico. Fazem da virtualidade nossa futura e
constante realidade.
Capítulo 3 – Projeto Conecta Mídia
3.1 Contextualização da escolha do projeto
A presença das redes sociais e das mídias digitais na vida das pessoas e
empresas atualmente tornou-se imprescindível. Agências e profissionais se dedicam
em uma corrida contra o tempo para oferecer aos seus clientes o que já de mais
novo em tecnologia, monitoramento e investimento nesses meios de comunicação
mediados por computador.
A partir desta necessidade, tivemos a ideia de concentrar em único local
informações sobre social media, SEO, otimização de sites, controle de buscas e
search, assuntos sobre marketing digital, novidades sobre redes sociais,
relacionamento entre empresas e clientes, estratégias e ações em redes sociais,
assim como eventos que abordam este assunto que é tão discutido em seminários e
reuniões sobre comunicação.
Trabalhar com mídias sociais virou moda no Brasil, mas também atende a
demanda de serviço que existe nessa área, pois cada vez mais as empresas estão
presentes nas redes sociais em busca de interatividade com seus clientes,
realizando ações de marketing digital, promoções e lançando seus produtos e
serviços na rede.
Para gerenciar o crescimento dessa área é preciso ter como bases
especialistas que saibam sobre o assunto e coloquem em prática essas estratégias,
sem fazer propaganda sobre suas próprias agências ou serviços. O intuito é
construir um portal de informações para profissionais da área e interessados.
Por esse motivo, foi desenvolvida a ideia de fazer um site que reúna todas as
informações sobre esse tipo de mídia que está em alta na comunicação e é o carro
chefe de muitas agências no Brasil e no mundo. A comunicação digital hoje deixou
de ser um luxo ou apenas um adendo. A digitalização da informação torna presente
a marca no espaço antes ocupado somente por internautas sem propósitos iniciais.
A internet vive um momento diferente hoje: empresas, pessoas de todas as idades e
principalmente as marcas registram seu espaço na web e procuram meios que as
façam ser reconhecidas referencialmente.
3.2 O que é e como funciona
O site Conecta Mídia - disponível em www.conectamidia.com.br - tem domínio
registrado no Registro.br, como site de informação e comunicação. Abordando
temas já citados acima, o site vai reunir reflexões e estratégias sobre novas
tecnologias e mídias sociais através dos seguintes tópicos:
• Marketing: aborda assuntos relacionados à estratégia de marketing digital, cases de
sucesso, formas de divulgar a marca através da internet, programas para marketing,
serviços e formas de realizar o marketing digital nas diferentes redes sociais e
mídias digitais de relacionamento. (Anexo F)
• Tecnologia: aborda novas tecnologias tanto no uso das redes sociais como
celulares, aplicativos, produtos eletroeletrônicos de uso doméstico ou profissional.
Além disso, divulga tecnologias usadas para métricas de análise de mídias, assim
como tecnologias que acercam o mundo da comunicação. (Anexo G)
• Social Media: aborda tudo sobre mídias sociais e redes sociais, novidades e
aplicativos, interfaces das principais redes sociais, otimização de uso e sucesso de
ações de marketing nas redes sociais, formas de métricas e mensuração de
resultados das ações implantadas em social media. Infográfico e análise do
crescimento das redes sociais no mundo e no Brasil, importância e relevância
dessas redes no mercado consumidor, entretenimento, etc. (Anexo H)
• Gestão de pessoas: aborda o crescimento das redes sociais e mídias digitais, assim
como o envolvimento das pessoas com o mundo virtual, levando em consideração
aspectos sociológicos e demográficos. Promove ações de análise de crescimento
das mídias sociais nas empresas, política de uso da internet no trabalho, como as
pessoas podem desenvolver suas habilidades através da internet e como usá-las a
favor de uma comunidade ou empresa, ou seja, tudo que envolva internet,
comunicação digital e pessoas. (Anexo I)
• Eventos: este tópico vai reunir todos os eventos, seminários e convenções que tem
como objetivo principal discutir a comunicação e o futuro das novas tecnologias no
Brasil e no Mundo. Anualmente são realizados diversos eventos no Brasil inteiro,
com o intuito de divulgar o desenvolvimento da internet e do marketing digital, assim
como a evolução das novas tecnologias neste meio. O papel dessa seção no site é
divulgar os eventos de comunicação. (Anexo J)
• Conecta Interação: seção do site dedicada a colaboradores e links de parceiros.
(Anexo K)
Além dos tópicos separados por categorias, o site reúne conteúdo informativo
e jornalístico sobre novas tecnologias e comunicação em geral, imagens, vídeos.
Possui linguagem fácil e dinâmica, com pautas focadas em novidades, soluções e
dificuldades que a comunicação tem nos dias atuais. O objetivo do site é contribuir
com informações de qualidade e esclarecimento do público que trabalha na área,
pois com tantos recursos tecnológicos ao dispor a comunicação supera barreiras.
3.3 Compartilhamento e aplicabilidade das redes sociais
Além de o site estar presente nos mecanismos de buscas como Google e
Yahoo através de sua nomenclatura e palavras-chaves, o compartilhamento de
conteúdo será feito e divulgado através das redes sociais. As plataformas utilizadas
para divulgação serão: twitter, facebook, youtube.
Foram escolhidas tais redes por serem as mais populares e que melhor se
adequam a proposta do site.
3.4 Planejamento de ação nas redes sociais
3.4.1 Twitter
Para utilizar as redes sociais como disseminadora de informações e auxiliar o
aumento de tráfego para o site vamos divulgar todas as notícias atualizadas no
Twitter. O perfil dos nossos seguidores pode ser variado, já os perfis que serão
seguidos pelo Conecta Mídia serão estrategicamente escolhidos levando em
consideração o nosso interesse em obter informações sobre todos os tópicos que
guiam os assuntos discutidos no site. O intuito é fazer com que o perfil do nosso
twitter seja visto por atores sociais em potencial, ou seja, pessoas que se interessem
por comunicação, social media e marketing digital.
Além disso, usaremos o twitter como fonte de pautas e monitoramento de
tendências, estratégias e rede de conteúdo para formularmos nossas matérias e
direcionar os focos dos assuntos que serão tratados.
O objetivo do twitter, como todas as redes sociais, é manter a proximidade
entre os visitantes do site e fazer parte da interação em troca de experiências e
compartilhamento de informações. Não pretendemos publicar somente material
produzido pela nossa equipe e sim manter relacionamento de colaboração entre
profissionais que desejam publicar seu conteúdo sobre os assuntos que norteiam o
site. (Anexo L).
3.4.2 Facebook
Assim como o twitter será uma porta de entrada para novos seguidores e
também divulgação do site e do conteúdo segmentado. Como somos um perfil
instucionalizado e não pessoal vamos montar uma página no Facebook ao invés de
um perfil. Na página serão publicadas as atualizações do site, assim como
compartilhamento de vídeos e conteúdo de outros profissionais e referências na
área de comunicação. A partir desse contato, o site terá mais visibilidade na rede e o
conteúdo pode ser disseminado com mais facilidade a partir do momento que está
disponível em várias plataformas de comunicação. (Anexo M).
3.4.3 Youtube
O canal do Youtube para o Conecta Mídia será criado para hospedar vídeos e
videologs produzidos pela equipe do site, pautados pelas notícias e informações que
tiveram mais relevância. A atualização será feita uma vez por semana e podem
participar além da nossa equipe, convidados, profissionais da área e participação
dos usuários.
3.5 Ferramentas de analise
Visando otimizar e refinar constantemente as estratégias de marketing,
navegação e otimização de conteúdo do site, e o retorno de investimento (ROI), que
vem do interesse em saber quais foram os ganhos reais que o projeto obteve, sejam
eles financeiros ou não, como aumentar a quantidade de acessos, tornar uma marca
mais presente, aumentar o número de clique em um banner tornando-o mais
atrativo, tornar a navegação mais rápida e descomplicada. Para que isso seja
monitorado será utilizado o Google Analytics.
Uma solução de análise da web de cunho empresarial que fornece uma ótima
visibilidade do tráfego e da eficiência do marketing de um website. Recursos
avançados, flexíveis e fáceis de usar permitindo que veja e analise dados de tráfego
de uma maneira totalmente nova. Com o Google Analytics, a empresa se prepara
melhor para compor anúncios mais bem segmentados, fortalecer suas iniciativas de
marketing e criar websites que geram mais conversões.
Para saber se a otimização do site está surtindo efeito, é possível por meio de
analise dos dados do browser utilizado, tipo de conexão, de onde o visitante veio,
quais paginas têm maior bounce rate.
O sistema ainda oferece visitas diárias recebidas, taxas de conversão,
paginas mais visitadas, tráfego de referrals e tempos de visita e com que frequência
as pessoas voltam ao site.
3.6 Layout do site
O Layout do site foi desenvolvido com base na dinâmica de uma leitura e
busca por conteúdo agradável e que os leitores virtuais estão acostumados.
Ao topo encontra-se o nome do site, do lado direito estão links diretos as
redes sociais, identificadas com seu ícone de representação. Abaixo, no lado
esquerdo estão os menus para as paginas do site, que são elas: Marketing,
Tecnologia, Social Media, Gestão e Pessoas e Eventos. Ao lado dos menus, está o
logo do site. Como o próprio nome sugere ‘Conecta Midia’, apresentamos homens,
ligados a computadores que se unem a figura representada pelo planeta terra.
Ao centro do site é disponibilizado quatro noticias identificadas com data no
topo, titulo, resumo e foto ou imagem. Ao lado direito ficam as “Últimas Noticias”,
que são informações postadas há algum tempo por isso perdem a posição de
destaque ao centro. Também identificadas por data, titulo e breve resumo.
Abaixo links de blogs e site de colaborados e de assuntos pertinentes ao do
site, e também ícone do videolog e poadcast. Por último, informações de registro e
criação do site Conecta Mídia. (Anexo N).
3.7 Quanto às cores
As cores escolhidas são as derivadas da palheta em tons de azul, branco,
cinza e preto. Optamos por usar um visual com cores mais cleans, que não
chamasse a atenção e disponibilizasse da mesma forma a visualização do conteúdo
com mais facilidade, sem dispersar a atenção do leitor para outros elementos do
site. As figuras que simbolizam cada seção do site foram escolhidas da mesma
forma: com cores neutras fazendo menção ao assunto que os leitores vão encontrar
naquele local.
3.8 Justificativa da logomarca
A logomarca é o símbolo de um globo, seguido do nome Conecta Mídia. A
escolha foi feita a partir da consideração de que o conteúdo do site tem total ligação
com a globalização, tecnologia, com o mundo e com as relações humanas e de
comunicação. Tem o objetivo de mostrar a conectividade com o mundo e o
desenvolvimento das tecnologias.
3.9 Anúncios e disposição das imagens
As posições determinam a ordem em que os elementos são vistos. Em geral,
o que está no centro é visto em primeiro lugar. Em seguida, costuma-se ver os
elementos presentes na ordem da escrita, ou seja, do canto esquerdo superior do
receptor para o direito inferior. Por serem vistos em primeiro lugar, costuma-se
alocar no centro e no canto superior direito do anúncio (canto superior esquerdo da
perspectiva do receptor) os elementos que caracterizam a primeira mensagem, a
“isca”, os estímulos que instigam o receptor a entrar em contato com os outros
elementos do anúncio.
As imagens aparecem antes das noticias e servem como atrativo para o leitor.
3.10 Inserção e atualização de conteúdo
As inserções de conteúdo no site são de acordo com o material disponível
para determinado. Colaboradores da seção Contecta Interação são atualizados sem
período definido.
Noticias e matérias, de uma ou mais inserções ao dia. Com uma média de
três atualizações ao dia.
3.11 Seleção de pautas
Visando agregar conteúdo de qualidade aos temas propostos, as seleções de
pautas ocorrem conforme a demanda de assuntos disponíveis para o tema. As
pautas podem ser sugeridas por visitantes do site, assessorias de imprensa e
empresas. A redação define dentro dos temas fatos e assuntos relevantes ao foco
do propósito do site, que é disponibilizar informações relacionadas a tecnologia e
mídias digitais a comunicação.
3.12 Colaboradores
São profissionais e estudiosos das áreas de Relações Publicas, Jornalismo,
Publicidade e Propaganda, Marketing, Tecnologia, Informática, Internet, Redes
Sociais, Filosofia Moderna, Comportamento, Assessoria de Imprensa e Empresarial.
Que possuem blogs, sites, livros, entre outros com assuntos ligados aos temas do
site. O objetivo de parceria com esses colaboradores visa ampliar conhecimentos de
diversos tipos de pensamentos sobre o mesmo assunto e diversificar linguagens.
3.13 Equipe
O Conecta Mídia terá duas jornalistas para produzir a alimentar o site. Ambas
são as criadoras deste projeto. A princípio não há necessidade de outras pessoas na
equipe, uma vez que se trata de um projeto experimental. Exceto, pelo apoio do TI,
Erich Casagrande, o mesmo que criou o sistema do site, para manutenção e
suporte.
Considerações Finais
Há dez anos, Castells já arquitetava o futuro da internet e da sociedade em
rede. Em 2010 não é difícil identificar que vivemos dependentes da tecnologia e da
internet. A evolução dos equipamentos e da comunicação mediada por computador
tornou a sociedade refém de um estilo de vida que envolve laços em uma sociedade
virtualizada.
Redes constituem a nova morfologia de nossas sociedades e a difusão da lógica de redes modifica de forma substancial a operação e os resultados dos processos produtivos e de experiência, poder e cultura. Embora a forma de organização social em redes tenha existido em outros tempos e espaços, o novo paradigma da tecnologia da informação fornece a base material para sua expansão penetrante em toda a estrutura social. (CASTELLS, 2000, p. 497).
A Internet não é mais usada apenas como entretenimento. Hoje Internet é
sinônimo de prestação de serviços, de trabalho, diversão e passa a ser um mundo
praticamente sem divisão entre online e offline. A comunicação mediada pelo
computador é usada hoje como a sustentabilidade de uma geração tecnológica e
progressista.
O principal exemplo da participação da Internet na sociedade é a criação das
redes sociais, que unem pessoas que possuem contato offline, integram outras que
mantém contato online e estreitam cada vez mais os seus laços através da interação
e socialização.
O projeto experimental Conecta Mídia mostra a interação de todas as mídias
digitais, novas tecnologias e redes sociais com a sociedade, pois a aplicabilidade
dessas ferramentas contribuiu claramente para o desenvolvimento da comunicação,
principalmente no jornalismo on-line.
Em uma luta constante contra o tempo, a sociedade busca satisfação
pessoal, profissional, cumprir as responsabilidades e ainda consumir informação. No
contexto em que vivemos, tempo é sinônimo de dinheiro e poucas pessoas perdem
parte de suas manhãs lendo jornais ou assistindo TV em busca de informação. Em
contrapartida, o consumismo ao alcance de novas tecnologias e integração social
faz com que as novas mídias se aproximem do consumidor de informação através
da mobilidade e, principalmente, da Internet.
A usabilidade das ferramentas que colaboram para o avanço da comunicação
não atinge somente consumidores de informação, mas também o corporativismo,
que busca constantemente caminhos para estreitar sua relação com o cliente. A
partir desses objetivos, o uso das mídias digitais e principalmente das redes sociais
causaram uma verdadeira febre nas instituições, utilizando todos os recursos e
ferramentas possíveis para fazer parte da sociedade em rede.
Vivemos a partir de então, a era da interatividade, em que mídias distintas se
adaptam umas às outras. Um ciberespaço que não divide mais emissor e receptor,
mas une conteúdos colaborativos defende a disseminação da informação e mostra
cada vez mais o poder dos internautas como críticos e formadores de opinião.
Referências Bibliográficas
Agência MzClick, São Paulo. Data: 18 de maio de 2010. Disponível em: http://www.mzclick.com.br/dados-do-twitter. Acessado no dia 4 de outubro de 2010.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Editora Paz e Terra, 2000.
FERRARI, Pollyana. Jornalismo Digital. São Paulo: Editora Contexto, 2003.
KUCINSKI, Bernardo. Jornalismo na era virtual: ensaio sobre o colapso da razão ética. São Paulo: Unesp e Fundação Perseu Abramo, 2005.
LEVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência. O Futuro do Pensamento na Era da Informática. São Paulo: Editora 25, 2004.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.
MACIEL, Lais. Facebook – o todo poderoso das redes sociais. Site Studio da Comunicação. Disponível em: http://www.estudiodecomunicacao.com.br/blogestudio/midias-sociais/facebook-o-todo-poderoso-das-redes-sociais. Acessado em 4 de outubro de 2010.
MOURA, Patrícia. Painel: Análise Swot das Mídias Sociais. Disponível em: http://www.slideshare.net/missmoura/anlise-swot-smbr?from=ss_embed. Acessado em 4 de outubro de 2010.
PaperCliQ Comunicação. E-book colaborativo: #Mídias Sociais: Perspectivas, tendências e reflexões, Salvador. Disponível em: http://www.slideshare.net/papercliq/ebook-midias-sociais-perspectivas-tendencias-reflexoes. Acessado em 7 de outubro de 2010.
RECUERO, Raquel. Redes sociais da internet. Porto Alegre: Editora Sulina, 2009.Seminário Internacional MaxMidia 2010, São José do Rio Preto. Período: 5 a 7 de outubro de 2010.
Social Media Brasil, São Paulo. Período: 24 e 24 de junho de 2010.
ANEXO A – Acesso das mídias sociais no mundo
Fonte: ComScore e Nielsen
ANEXO B – Principais redes de relacionamento no mundo
Fonte: Compete.com
ANEXO C – Crescimento demográfico no twitter
Fonte: MzClick
ANEXO D – Assuntos no twitter
Fonte: MzClick
ANEXO E – Crescimento do twitter e concorrência
Fonte: MzClick
ANEXO F – Seção de Marketing
ANEXO G – Seção de Tecnologia
ANEXO H – Seção de Social Media
ANEXO I – Seção de Gestão de Pessoas
ANEXO J – Seção de Eventos
ANEXO K – Seção Contecta Interação
ANEXO L – Twitter
ANEXO M – Facebook
ANEXO N – Interface do site