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CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA FABIANO BEHENCK A PRODUÇÃO DE RECURSO AUDIOVISUAL COMO METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO (EDUCAÇÃO) AMBIENTAL EM UMA ESCOLA DE SAPIRANGA CANOAS, 2009.

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CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS - LICENCIATURA

FABIANO BEHENCK

A PRODUÇÃO DE RECURSO AUDIOVISUAL COMO

METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO

(EDUCAÇÃO) AMBIENTAL EM UMA ESCOLA DE SAPIRANGA

CANOAS, 2009.

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FABIANO BEHENCK

A PRODUÇÃO DE RECURSO AUDIOVISUAL COMO

METODOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO

(EDUCAÇÃO) AMBIENTAL EM UMA ESCOLA DE SAPIRANGA

Trabalho de Conclusão apresentado à banca examinadora do curso de graduação – Licenciatura em Ciências Biológicas – do Centro Universitário La Salle – Unilasalle, como exigência parcial para obtenção do grau de licenciado em Ciências Biológicas, sob Orientação do Prof. Ms. Giovani André Piva.

CANOAS, 2009.

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TERMO DE APROVAÇÃO

FABIANO BEHENCK

A PRODUÇÃO DE RECURSO AUDIOVISUAL COMO METODOLOGIA PARA O

DESENVOLVIMENTO DA PERCEPÇÃO (EDUCAÇÃO) AMBIENTAL EM UMA

ESCOLA DE SAPIRANGA

Trabalho de conclusão aprovado como requisito parcial para obtenção do grau de

licenciado do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário La Salle pelo

avaliador Prof. Ms. Giovani André Piva.

Prof. Ms. Giovani André Piva Unilasalle

Canoas, 03 de julho de 2009.

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AGRADECIMENTOS

Meus sinceros agradecimentos...

...à minha família pela confiança;

...à meu amigo jornalista Jesiel, pois sugeriu a idéia de fazer este trabalho e pelo

auxílio nas gravações do vídeo;

...à direção da escola Willy Oscar konrath;

...aos alunos que dedicaram seu tempo para a execução deste;

...à minha namorada Letícia, pela enorme paciência e compreensão;

...ao meu orientador Prof. Ms. Giovani André Piva pela dedicação.

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Ama com fé e orgulho a terra em que nasceste

Criança, não verás país nenhum como este

Olha que céu, que mar, que rios, que florestas!

A natureza aqui, perpetuamente em festa

É um seio de mãe a transbordar carinhos.

Vê que vida há no chão. Vê que vida há nos ninhos

Que se balançam no ar, entre os ramos inquietos.

Vê que luz, que calor, que multidão de insetos!

Vê que grande extensão de matas, onde impera

Fecunda e luminosa, a eterna primavera!

Boa terra, jamais negou a quem trabalha

O pão que mata a fome, o teto que agasalha...

Quem com seu suor a fecunda e umedece

Vê pago o seu esforço e é feliz, e enriquece!

Criança, não verás país nenhum como este!

Imita na grandeza a terra em que nasceste!

Olavo Bilac

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RESUMO

A educação ambiental está cada vez mais sendo difundida devido aos grandes problemas ambientais gerados, principalmente, pelas ações do homem. A degradação ambiental é visível, no entanto, muitas pessoas não percebem tais problemas ao seu redor. Existe carência de informações corretas e percepção da comunidade nos problemas próximos. Trabalhos de educação ambiental são muito importantes para despertar a consciência, entretanto, os projetos voltados para essas finalidades devem possuir metodologias diferencias e ser expandidos para fora da escola e levados para o conhecimento de toda a comunidade. Portanto, este trabalho tem como objetivos construir um vídeo didático em uma escola visando despertar a consciência dos moradores do entorno, mostrando a realidade dos problemas de degradação ambiental localmente através da divulgação na comunidade escolar. Palavras-chave: educação ambiental, meio ambiente, vídeo didático, pesquisa.

RESUMEN

La educación ambiental es cada vez más difundido debido a los grandes problemas ambientales generados, principalmente, por las acciones del hombre. La degradación ambiental es visible, sin embargo, muchas personas no se dan cuenta de alrededor de estos problemas. Hay falta de información correcta y la percepción de los problemas venideros. Labores de educación ambiental son muy importantes para dar a conocer, sin embargo, los proyectos destinados para esos fines, deben tener las diferencias y las metodologías que deben ampliarse fuera de la escuela y se ponen en conocimiento de toda la comunidad. Por lo tanto, este trabajo tiene por objeto desarrollar un vídeo de enseñanza en una escuela para dar a conocer los residentes de los alrededores, mostrando la realidad de los problemas de la degradación del medio ambiente a nivel local por las que circulan en la comunidad escolar. Palabras clave: educación ambiental, medio ambiente, el vídeo de enseñanza, investigación.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Comparativo da pergunta número 1 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo em relação à importância do meio ambiente - p. 37.

Figura 2 – Comparativo da pergunta número 2 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo em relação ao conhecimento de degradação ambiental no bairro - p. 37. Figura 3 – Comparativo da pergunta número 3 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo - p. 38. Figura 4 – Comparativo da pergunta número 4 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo - p. 40 Figura 5 – Comparativo da pergunta número 5 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo em relação à separação do lixo - p. 41. Figura 6 – Comparativo da pergunta número 6 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo em relação às causas da poluição do ar - p. 42. Figura 7 – Comparativo da pergunta número 7 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo em relação à poluição das águas - p. 42. Figura 8 – Comparativo da pergunta número 8 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo em relação à contaminação do solo - p. 43. Figura 9 – Comparativo da pergunta número 9 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo em relação a conceitos e diferenças entre efeito estufa e aquecimento global - p. 44. Figura 10 – Comparativo da pergunta número 10 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo - p. 45. Figura 11 – Comparativo da pergunta número 11 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo em relação à redução do consumo - p. 46. Figura 12 – Comparativo da pergunta número 12 do questionário aplicado antes e depois da mostra do vídeo em relação ao desenvolvimento sustentável - p. 47. Figura 13 – Foto dos alunos que participaram da produção do vídeo – p. 54.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Comparativo das respostas mais frequentes da questão 3, em percentual

(%) - p. 39.

Tabela 2 – Comparativo das respostas mais frequentes da questão 4, em percentual

(%) - p. 41.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 10

2 MEIO AMBIENTE ................................................................................................... 12

3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SOCIEDADE ........................................................... 15

3.1 Um breve histórico ............................................................................................ 18

3.2 Educação ambiental e parâmetros curriculares nacionais – PCN ................ 21

3.2.1 Meio ambiente como tema transversal ............................................................ 21

4 INVESTIGAÇÃO E PESQUISA NA EDUCAÇÃO .................................................. 24

5 RECURSOS AUDIOVISUAIS E EDUCAÇÃO ....................................................... 29

6 METODOLOGIA..................................................................................................... 31

6.1 Escolha da escola e identificação dos problemas ambientais do entorno .. 31

6.2 Seleção dos alunos ........................................................................................... 31

6.3 Definição do tema a ser abordado no vídeo ................................................... 32

6.4 A pesquisa ......................................................................................................... 32

6.4.1 Recursos da pesquisa ...................................................................................... 32

6.4.2 Montagem do roteiro ......................................................................................... 33

6.5 Saída a campo.................................................................................................... 33

6.6 Recursos utilizados para a produção do vídeo .............................................. 33

6.7 Edição do material ............................................................................................. 34

6.8 Apresentação para a comunidade escolar ...................................................... 34

6.9 Avaliação ............................................................................................................ 35

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 36

7.1 Análise dos questionários ................................................................................ 36

7.2 O material metodológico – vídeo ..................................................................... 47

8 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 50

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REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 52

APÊNDICE A – Foto do grupo de alunos .................................................................. 54

APÊNDICE B – Questionário avaliativo ..................................................................... 55

ANEXO A – Modelo de autorização de imagem ........................................................ 56

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1 INTRODUÇÃO

A educação ambiental está cada vez mais em evidência. Não é por menos.

Problemas ambientais causados principalmente pela ação antrópica estão levando

muitas pessoas a refletirem sobre o assunto, pois, além de ser visível a alteração do

meio ambiente, também, vem causando diversos problemas à saúde humana, a

qualidade de vida e influenciando em todo o ecossistema de forma geral e

significativamente, prejudicando diversas espécies de seres vivos.

Entretanto, ainda há muitos que não se importam com estas questões e/ou

acham que isso não é de sua conta.

As degradações ambientais estão em níveis crescentes. Nota-se poluição por

todos os lados, destruição de hábitats, fragmentação de matas nativas, introdução

de espécies exóticas, desmatamento, queimadas, caça e pesca predatória,

mudanças climáticas, etc.

A consciência ambiental deve ser despertada em todos os níveis das

camadas sociais e deve ser trabalhada não somente em escolas ou direcionada

para estudantes, mas também para comunidades inteiras. Para isso, é necessário

se utilizar da educação para alcançar o máximo de pessoas e trabalhar a percepção

dos problemas ambientais ou degradações cometidas ao meio ambiente no entorno

de onde vivem.

No entanto, despertar a consciência ambiental de que os problemas são fatos

reais e fazem parte de suas vidas talvez não seja a tarefa mais importante, mas sim,

salientar a importância de ações preventivas ou, pelo menos, paliativas que devem

ser realizadas imediatamente.

Portanto, este trabalho é importante por se tratar de um assunto atual. Além

disso, muitas crianças em idade escolar se preocupam com as questões ambientais

e estão dispostos a fazer algo para modificar esta situação.

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É através da educação ambiental que se torna possível chamar a atenção da

comunidade quanto aos problemas de degradação causados ao ambiente, dos quais

muitos são causados por eles mesmos devido a falta de informação, ou melhor, a

falta de percepção ambiental, pois muitos tem consciência dos problemas mas não

percebem que eles também são agentes causadores. Mostrar a realidade de um

problema ambiental gerado pelas ações antrópicas, suas causas e conseqüências,

estimularia a reflexão das pessoas a ponto de fazê-las mudar suas atitudes em

relação ao meio onde vivem e passariam a se sentir parte dele.

Face a estas questões, o objetivo deste trabalho é produzir um vídeo didático

sobre educação ambiental com um grupo de alunos da escola Willy Oscar Konrath –

no município de Sapiranga/RS – para despertar a percepção ambiental da

comunidade escolar do entorno. E por fim, os objetivos específicos são:

a. Incentivar alunos a pesquisarem sobre a problemática das questões

ambientais.

b. Produzir material didático em formato de vídeo com um grupo de alunos do

Ensino Fundamental.

c. Mostrar para a comunidade local a realidade dos problemas ambientais,

suas causas e consequências.

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2 MEIO AMBIENTE

Meio ambiente é uma daquelas expressões que, embora bastante

conhecidas, não costumam ser definidas com clareza. “[...] Um erro bastante comum

é confundir meio ambiente com fauna e flora, como se fossem sinônimos”

(TRIGUEIRO, 2003, p.13).

Segundo Dias (2004, p. 7), o meio ambiente, ou simplesmente ambiente, não

é formado apenas pela fauna e flora, água, solo e ar, como era tradicionalmente

definido.

O meio-ambiente no qual vivemos é integrado por três compartimentos: o

meio físico, constituído de rochas, solos, águas superficiais, águas subterrâneas,

geomorfologia e climas; o meio biológico, constituído de flora e fauna; e o meio

antrópico ou socioeconômico, correspondente a todas as atividades humanas e suas

relações com os meios anteriores como define Naime (2004, p.15).

Genebaldo Dias (2004, p. 7) observa que atualmente, as atividades dos seres

humanos sobre a Terra produzem tantas influências que sua cultura faz parte da

definição de meio ambiente.

No artigo 225 da Constituição da República Federativa do Brasil (1988),

promulgada em 5 de outubro de 1988 está escrito: “Todos têm direito ao meio

ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à

sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de

defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações” (apud BERNA, 2001,

p. 20). Entretanto, sabe-se que na realidade, as coisas não ocorrem dessa forma.

Existem vários exemplos de agressão à natureza. Todo o dia se observa nas ruas

situações adversas que podem causar repulsa.

Conforme Martins (1997, p. 81), “[...] a agressão à natureza no Brasil é um

espanto, monumental”. A cobertura vegetal desaparece rapidamente em grandes

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proporções por todo o país restando poucas áreas verdes desse outrora exuberante

complexo arbustivo, cheio de vida e beleza natural.

Martins justifica essa idéia afirmando que:

A urbanização das populações humanas priva o homem de um contato direto

com a natureza, com seus encantos, da beleza dos grandes cenários

naturais, de tudo o que faz a vida menos monótona e descolorida. Esse

contato somente é feito precariamente nos parques e praças das cidades. Daí

a grande importância desses espaços verdes para a convivência,

comunicação e lazer das pessoas. Esses espaços verdes exercem

importante função de integração social e contribuem para a criação de uma

postura correta diante da natureza. Essa função é conscientizadora de amor

e respeito à flora e fauna, cria responsabilidade social (1997, p82).

Os espaços destinados ao lazer, como parques e praças servem de refúgio

nas grandes cidades, o que, de certa forma, compensa o distanciamento das

pessoas com a natureza. Isto mostra que, “mais uma vez, o homem aparece como

agente de destruição do meio ambiente, deteriorando ao mesmo tempo sua

qualidade de vida” (MARTINS, 1997, p.81).

É fácil constatar o descaso ao meio ambiente. Os problemas ambientais

gerados devido à forma de vida atual são inúmeros como destaca Dias (2004, p. 11):

alterações climáticas (aquecimento global); alterações da superfície da Terra (solo);

desflorestamento e queimadas; destruição de hábitats; aumento dos níveis de

concentração de gases poluentes na atmosfera que contribuem para o fenômeno do

efeito estufa; escassez de água potável; assoreamento dos rios e lagos; perda da

biodiversidade; poluição do ar, do solo, da água, sonora, visual, etc; outros.

Entre as causas dos problemas ambientais gerados, Dias (2004, p. 12) cita as

alterações na estrutura social; aumento do consumo global; crescimento da

atividade econômica; crescimento populacional; alteração nos valores humanos

como a competição crescente, materialismo, ganância, egoísmo, falta de ética; e

outros.

Entretanto, estes problemas podem estar relacionados diretamente a falta de

informação da população. “É grave [...] a constatação de que a maioria dos

brasileiros não se percebe como parte do meio ambiente, normalmente entendido

como algo de fora, que não nos inclui” (TRIGUEIRO, 2003, p.13).

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Muitas pessoas ao desenvolver suas atividades socioeconômicas, destroem

de forma irracional as bases da sua própria sustentação. Não percebem que

dependem de uma base ecológica para a sua vida e de seus descendentes. Vivem

como se fossem a última geração sobre a Terra (DIAS, 2004, p.8).

Segundo Dias (2004, p. 8) a sociedade humana não se sustenta sem água

potável, ar puro, solo fértil e sem um clima ameno.

No entanto, o atual modelo de “desenvolvimento” produz exclusão social e

miséria, por um lado, e consumismo, opulência e desperdício, por outro. Baseia-se

no aumento crescente da produção e, consequentemente, do consumo (DIAS, 2004,

p.11).

Dias (2004, p. 11) também salienta que “ao se aumentar o consumo,

aumenta-se a pressão sobre os recursos naturais, ou seja, necessita-se mais água,

mais matérias-primas, mais eletricidade, mais combustíveis, mais solos férteis etc.

Com isso, cresce a degradação ambiental em todas as suas formas. Perde-se então

a qualidade de vida”.

Contudo, Dias (2004, p.11) mostra-se otimista quando afirma que felizmente o

ser humano começa a tomar consciência do seu lar, a Terra. Após décadas de

devastação ambiental, há sinais de mudanças.

Para tanto, “é de crucial importância sensibilizar as pessoas e envolvê-las nos

problemas ambientais, no sentido de buscar soluções efetivas para os problemas

ambientais e para o desenvolvimento” (SATO, 2004, p.62).

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3 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SOCIEDADE

Mas afinal, o que é Educação Ambiental? Existem várias maneiras de explicar

o que é educação ambiental e explicar seu propósito. Porém, também é difícil definir

um conceito único. Segundo Berna (2001) “a educação ambiental é

fundamentalmente uma pedagogia da ação”, ou seja, “a educação voltada para o

modo de agir das pessoas em relação ao seu meio, não somente de agir, mas

também de pensar, suas atitudes, seu modo de analisar, a capacidade de avaliar,

criticar, etc.”.

Segundo Martins, educação ambiental é:

Um processo a ser desenvolvido em longo prazo, com objetivos claros e

posições firmes, assumidos conscientemente, racionalmente,

participativamente pelas comunidades. Ela deverá considerar o ambiente

ecológico na sua totalidade: o político, o econômico, o tecnológico, o social, o

legislativo, o cultural e o estético. Deverá ser ministrada através de disciplinas

escolares, divulgando conhecimentos, vivenciando os problemas ambientais

objetivamente: lixo, poluições, problemáticas da água, ar, solo, esgotos, etc.

Só assim estaremos abrindo ‘uma via de acesso à plenitude do

desenvolvimento humano (1997, p.118).

Dias (2004, p. 32) define a educação ambiental como sendo “um processo

que busca sensibilizar as pessoas quanto à questão do meio ambiente (como

funciona, como dependem dele e como o afetam), levando-as a participar

ativamente da sua defesa e melhoria”.

Na conferência de Tbilisi (UNESCO apud Dias, 2004, p. 32), a educação

ambiental foi definida como um processo contínuo no qual os indivíduos e a

comunidade tomam consciência do seu meio ambiente e adquirem o conhecimento,

os valores, as habilidades, as experiências e a determinação que os tornam aptos a

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agir – individual e coletivamente – e resolver os problemas ambientais presentes e

futuros.

Conforme Sato (2004, p. 18) a educação ambiental é individual e coletiva.

Tem o propósito de formar cidadãos com consciência local e planetária, que

respeitem a autodeterminação dos povos e a soberania das nações.

Segundo Díaz (2002) a educação ambiental tem por finalidade “levar à

descoberta de certa ética, fortalecida por um sistema de valores, atitudes,

comportamentos, destacando, [...] questões como a tolerância, a solidariedade ou a

responsabilidade”.

Para Genebaldo Dias (2004, p. 32) a educação ambiental busca “estimular o

exercício pleno e consciente da cidadania (deveres e direitos) e fomentar o resgate e

o surgimento de novos valores capazes de tornar a sociedade mais justa e

sustentável”.

A educação ambiental deve gerar mudanças na qualidade de vida e maior

consciência de conduta pessoal, assim como harmonia entre os seres humanos e

destes com outras formas de vida. (SATO, 2004, p.17)

A educação voltada para o bem estar do meio ambiente, onde todos estão

incluídos num sistema complexo, está sendo muito difundida devido aos problemas

que a ação antrópica tem gerado. Problema que prejudica não somente o bem estar

da população em geral, mas que também causa sérios danos, muitas vezes

irreversíveis, a todos os outros seres existentes e ao ecossistema de maneira geral.

Segundo Rodrigues (2008) a expansão da Educação Ambiental tem se dado

não apenas pelo crescimento do número de profissionais que tratam do tema, mas

também por ter sido incorporada como componente importante em ações de

diversas áreas tais como saúde, direitos sociais, gestão ambiental em unidades de

conservação e setor industrial, dentre outras.

Portanto, é necessário trabalhar a educação ambiental de forma a transmitir

informações relevantes sobre as causas e consequências dos problemas ambientais

em todos os níveis e áreas.

Segundo Silveira (apud MARTINS, 1997, p.117) “educação é uma via de

acesso à plenitude do desenvolvimento humano”.

Do ponto de vista de Michèle Sato:

O processo educacional pode despertar a preocupação ética e ambientalista

dos seres humanos, modificando os valores e as atitudes, e propiciar a

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construção de habilidades e mecanismos necessários para o

desenvolvimento sustentável. Para atingir esse objetivo, é necessário

reformular a educação, não apenas com informações sobre os ambientes

físicos ou biológicos, mas também sobre os ambientes sócio-econômicos e

sobre o desenvolvimento humano. (2004, p.62)

A educação ambiental para uma sustentabilidade equitativa é um processo de

aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal

educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e

social e para a preservação ecológica. (SATO, 2004, p.17)

A educação é de extrema importância nas questões de degradação ambiental

e deve ser difundida continuamente e trabalhada em todos os níveis e classes

sociais, pois, segundo Dias (2004, 32), a educação ambiental considera o meio

ambiente em sua totalidade e destina-se as pessoas de todas as idades, dentro e

fora da escola, de forma contínua, sintonizada com as suas realidades sociais,

econômicas, culturais, políticas e ecológicas.

Para isso é necessário, através da educação, rever alguns conceitos e

estabelecer prioridades com o ambiente, formas de viver em harmonia sem afetar o

meio a ponto de degradá-lo. Para tanto, “é preciso viabilizar o desenvolvimento de

sociedades sustentáveis. A educação ambiental é o principal instrumento para

processar essas transformações” (DIAS, 2004, p. 35).

No entanto, “a sustentabilidade humana se tornou cada vez mais uma

“corrida” entre a educação e o sofrimento”. (DIAS, 2004, p. 32).

Por outro lado, faz-se necessária a conscientização por parte de todos no

sentido de habituar-se aos novos hábitos em favorecimento de um ambiente mais

sadio e poder “melhorar a qualidade de vida humana, respeitando a capacidade de

suporte dos ecossistemas”. (DIAS, 2004, p.31)

O desenvolvimento sustentável é a forma mais viável para deixarmos à rota

da miséria, da exclusão social e econômica, do consumismo, do desperdício e da

degradação ambiental na qual a sociedade humana se encontra. (DIAS, 2004, p.31)

“A questão é saber se podemos tudo aquilo que queremos e se queremos

tudo aquilo que podemos”. [...] “boa parte dos desafios socioambientais do século

XXI é pensável e deve ser pensada a partir dessa sentença, merecedora de

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completa atenção por parte da educação ambiental em todas as suas formas”

(VELASCO apud RUSCHEINSKY, 2002, p.37).

Um mundo repleto de sociedades que consomem mais do que são capazes

de produzir, e mais do que o planeta pode sustentar, é uma impossibilidade

ecológica. (DIAS, 2004, p.31)

Conforme Sato (2004, p. 55), “a humanidade tem a habilidade de se

desenvolver de uma forma sustentável; entretanto, é necessário garantir as

necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras gerações

em encontrar suas próprias necessidades”.

Todavia, a educação ambiental, assim como a própria educação, ainda

“continua caminhando lentamente no processo de efetivar mudanças nas atitudes e

comportamentos humanos em relação ao ambiente”. (SATO, 2004, p.23)

3.1 Um breve histórico

Diversos “filósofos, cientistas, artistas e religiosos tem, ao longo da escalada

do homem, expressado sua admiração pela natureza e sua preocupação em

protegê-la. As culturas orientais e a Grécia Clássica nos legaram reflexões filosóficas

de grande sensibilidade a respeito das relações homem-natureza” (MÜLLER,

[2000?], p.13).

Portanto, não é de agora que o ser humano se preocupa com as questões do

ambiente. Conforme Müller ([2000?], p. 15), na década de 60, o homem

experimentou uma abrupta queda de qualidade de vida ocasionada pela rápida

degradação ambiental, causada principalmente pela ascensão do desenvolvimento

industrial.

Por isso, devido aos graves problemas de degradação causados ao ambiente,

é que a sociedade humana tem buscado se reunir para debater, propor soluções e

resolver tais problemas (DIAS, 2004, p.29).

“O desenvolvimento da consciência ambiental, em nível internacional, pode

ser traçado ao longo das duas últimas décadas, com base em uma série de eventos

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como as Conferências de Estocolmo e a de Tbilisi que originaram as primeiras

manifestações dentro da educação ambiental” (SATO, 2004, p.23).

Mas foi a partir da Conferência de Estocolmo (Suécia, 1972), promovido pela

Organização das Nações Unidas – ONU, que a preocupação com o meio ambiente

só fez crescer (DIAS, 2004, p.29).

Entretanto, a primeira definição internacional da educação ambiental foi

adotada pela “International Union for the Conseravtion of Nature” (IUCN, 1971) e

“estava relacionada à conservação da biodiversidade e dos sistemas de vida”

(SATO, 2004, p.23).

Porém, a Conferência de Estocolmo (1972) ampliou sua definição a outras

esferas do conhecimento e, finalmente, a Conferência Intergovernamental de Tbilisi

(1977), internacionalmente mais aceita, definiu que:

A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e

clarificação de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e

modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as

inter-relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos.

A educação ambiental também está relacionada com a prática das tomada de

decisões e a ética que conduzem para a melhoria da qualidade de vida. (apud

SATO, 2004, p.23)

Bem mais tarde – após outros eventos que resultaram em documentos

internacionais como o Relatório de Brandt (1980), Estratégia Mundial de

Conservação (1980) e Relatório de Brunsdtland (1987) – em 1992 ocorreu no Rio de

Janeiro a Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento

(CNUMAD), conhecida como “Rio 92”, com o intuito de discutir a crise ambiental no

planeta (DIAS, 2004, p.29). Esse encontro teve como principais objetivos:

· Examinar a situação ambiental global;

· Recomendar medidas de proteção ambiental;

· Identificar estratégias para a promoção do desenvolvimento

sustentável.

Dessa importante conferência resultou a Agenda 21, que é um documento

internacional de compromissos ambientais contendo recomendações para um novo

modelo de desenvolvimento (desenvolvimento sustentável) e enfatizando a

importância da educação ambiental (apud DIAS, 2004, p.29)

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20

Segundo Dias (2004, p. 30), a Agenda 21 é um plano de ação para o século

21, visando a sustentabilidade da vida na Terra. Na verdade, trata-se de uma carta

de compromissos com o meio ambiente, constituindo-se em uma estratégia de

sobrevivência da humanidade.

Conforme Müller ([2000?]), em dezembro de 1997, ocorreu a “Conferência

sobre o Clima” na cidade de Kyoto, Japão. O resultado mais importante do encontro

foi à adoção de um protocolo – conhecido mundialmente como Protocolo de Kyoto –

que põem limites nas emissões dos principais gases do chamado “efeito estufa”.

Ou seja, Protocolo de Kyoto é o compromisso entre as nações do mundo de

reduzirem a emissão dos gases poluentes em resposta às ameaças do efeito estufa

(DIAS, 2004, p.17).

Mais recentemente, a “Rio + 10” foi um encontro promovido pela ONU,

realizado em Johannesburgo, África do Sul, em 2002, denominado “Cúpula Mundial

do Desenvolvimento Sustentável” (DIAS, 2004, p. 33). Este encontro resultou em um

plano de implementação da Agenda 21, que traz os objetivos a serem alcançados

para a concretização do desenvolvimento economicamente sustentável, socialmente

justo e ecologicamente equilibrado, tendo como prioridade: água e saneamento,

biodiversidade, energia, saúde e agricultura.

Em nível de legislação, a educação ambiental aparece na Lei nº 6.938/81, que

instituiu a “Política Nacional do Meio Ambiente” (apud SATO). “Embora esteja

inserida nas formas de Educação Formal e Não-Formal, ela é limitada em seus

aspectos ecológicos e de conservação” (SATO, 2004, p. 63). Entretanto, a

Constituição de 1988 estabeleceu como incumbência do poder público: “promover a

Educação Ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para

a preservação do meio ambiente”. Conforme Sato (2004, p. 63), a educação

ambiental foi inserida primeiramente na estrutura administrativa dos órgãos públicos

de meio ambiente, em vez de ser objeto de trabalho do sistema educativo.

Eventos de grande repercussão a níveis internacionais são promovidos com o

intuito de preservar o meio ambiente. Salientando, Müller ([2000?]) afirma que

“atualmente a Educação Ambiental firma-se como uma necessidade das sociedades

contemporâneas e, portanto, tem sido amplamente discutido a nível mundial”.

Contudo, é importante que essas mesmas discussões não sejam condicionadas

apenas a organização de grandes eventos. Faz-se necessário a criação de

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mecanismos de divulgação da Educação Ambiental entre a população

democratizando seus princípios e ideais.

Müller ([2000?]) também enfatiza sobre a atenção que deve ser dada a essa

questão, pois a educação ambiental não deve ser “confundida com os modismos

dos ditos movimentos ecológicos, o que pode ocasionar um enfraquecimento de

seus reais propósitos”.

3.2 Educação ambiental e parâmetros curriculares nacionais – PCN

3.2.1 Meio ambiente como tema transversal

Conforme o PCN (BRASIL, 1998), a formação da cidadania se faz, antes de

qualquer coisa, pelo seu exercício. A escola possui condição especial para essa

tarefa e os Temas Transversais têm um papel diferenciado por tratar de assuntos

diretamente vinculados à realidade e seus problemas.

A questão ambiental vem sendo considerada como cada vez mais urgente e

importante para a sociedade, pois o futuro da humanidade depende da relação

estabelecida entre a natureza e o uso pelo homem dos recursos naturais

disponíveis. Essa consciência já chegou à escola e muitas iniciativas têm sido

desenvolvidas em torno desta questão, por educadores de todo o País. Por estas

razões, vê-se a importância de se incluir a temática do Meio-Ambiente como tema

transversal dos currículos escolares, permeando toda prática educacional (BRASIL,

1998).

O tema transversal Meio Ambiente traz a discussão a respeito da relação

entre os problemas ambientais e fatores econômicos, políticos, sociais e históricos.

São problemas que acarretam discussões sobre responsabilidades humanas

voltadas ao bem-estar comum e ao desenvolvimento sustentado, na perspectiva da

reversão da crise socioambiental planetária. Sua discussão completa demanda

fundamentação em diferentes campos de conhecimento. Assim, tanto as ciências

humanas quanto as ciências naturais contribuem para a construção de seus

conteúdos (BRASIL, 1998).

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Nas últimas décadas presenciou-se a divulgação de debates sobre problemas

ambientais nos meios de comunicação, o que sem dúvida tem contribuído para que

as populações estejam alerta, mas a simples divulgação não assegura a aquisição

de informações e conceitos referendados pelas Ciências. Ao contrário, é bastante

frequente a banalização do conhecimento científico e a difusão de visões distorcidas

sobre a questão ambiental (BRASIL, 1998).

Em coerência com os princípios da educação ambiental, conforme os PCN

(BRASIL, 1998) aponta-se a necessidade de reconstrução da relação homem-

natureza, a fim de derrubar definitivamente a crença do homem como senhor da

natureza e alheio a ela e ampliando-se o conhecimento sobre como a natureza se

comporta e a vida se processa.

Segundo a definição dos PCN:

[...] o ser humano faz parte do meio ambiente e as relações que são

estabelecidas — relações sociais, econômicas e culturais — também fazem

parte desse meio e, portanto, são objetos da área ambiental. Ao longo da

história, o homem transformou-se pela modificação do meio ambiente, criou

cultura, estabeleceu relações econômicas, modos de comunicação com a

natureza e com os outros. Mas é preciso refletir sobre como devem ser essas

relações socioeconômicas e ambientais, para se tomar decisões adequadas a

cada passo, na direção das metas desejadas por todos: o crescimento

cultural, a qualidade de vida e o equilíbrio ambiental (BRASIL, 1998).

A educação para a cidadania requer, portanto, que questões sociais sejam

apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos.

Tendo o meio ambiente como tema transversal, o PCN (BRASIL, 1998)

considera:

· a proposta de transversalidade traz a necessidade de a escola refletir e

atuar conscientemente na educação de valores e atitudes em todas as

áreas, garantindo que a perspectiva político-social se expresse no

direcionamento do trabalho pedagógico; influencia a definição de

objetivos educacionais e orienta eticamente as questões

epistemológicas mais gerais das áreas, seus conteúdos e, mesmo, as

orientações didáticas;

· a perspectiva transversal aponta uma transformação da prática

pedagógica, pois rompe o confinamento da atuação dos professores às

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atividades pedagogicamente formalizadas e amplia a responsabilidade

com a formação dos alunos. Os Temas Transversais permeiam

necessariamente toda a prática educativa que abarca relações entre os

alunos, entre professores e alunos e entre diferentes membros da

comunidade escolar;

Entre outras coisas, as questões específicas dos recursos tecnológicos,

intimamente relacionadas às transformações ambientais, também são importantes

conhecimentos a serem desenvolvidos. Existe a necessidade de formar alunos

capacitados para compreender e utilizar recursos tecnológicos, cuja oferta e

aplicação se ampliam significativamente na sociedade brasileira e mundial (BRASIL,

1998).

Os materiais que se usa como recurso didático expressam valores e

concepções a respeito de seu objeto. A análise crítica desse material pode

representar uma oportunidade para se desenvolver os valores e as atitudes com os

quais se pretende trabalhar. Entretanto, para que tenha sentido para os alunos, esse

trabalho precisa estar contextualizado na vivência da comunidade escolar, referindo-

se a questões pertinentes ao trabalho pedagógico ou aos problemas do cotidiano,

fazendo com que os alunos possam compreender os vários aspectos da instituição,

perceber-se co-participantes e aprender a tomar decisões considerando outros

motivos além de seus próprios (BRASIL, 1998).

Segundo o PCN (BRASIL, 1998), a organização dos conteúdos em torno de

projetos, como forma de desenvolver atividades de ensino e aprendizagem, favorece

a compreensão da multiplicidade de aspectos que compõem a realidade, uma vez

que permite a articulação de contribuições de diversos campos de conhecimento. Ao

final do projeto, seu resultado pode ser exposto na forma de alguma atividade de

atuação no meio, isto é, de uso no âmbito coletivo daquilo que foi produzido (seja no

interior da classe, no âmbito da escola ou fora dela).

Isso significa valorizar positivamente a capacidade de questionar e propor

mudanças, buscando construir situações didáticas que potencializem tal capacidade

e possibilitem o aprendizado de modo a utilizá-lo de forma consequente,

responsável e eficaz.

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4 INVESTIGAÇÃO E PESQUISA NA EDUCAÇÃO

Diversos estudos vêm sendo realizados na área da educação devido a vários

fatores, podendo citar um, pelo menos, a ineficiência dos métodos tradicionais de

ensino.

A forma como o currículo é oferecido ainda não permite um arranjo flexível

para que os professores possam implementar a dimensão ambiental em suas aulas

(SATO, 2004, p.27).

Pois, a diversidade de objetivos da educação ambiental coincide com os

princípios da própria educação, dificultando a proposição de metodologias

adequadas para sua implementação (SATO, 2004, p.27).

O ensino atual é diferente do que ocorria há alguns anos, não somente

didático, mas na preocupação de fornecer subsídios para uma educação consistente

e de qualidade voltada para a realidade dos alunos, uma vez que as gerações são

susceptíveis a mudanças, novas concepções são aceitas onde até mesmo a cultura

é afetada (PEREIRA, 2003).

Diferentes comportamentos são expostos na sociedade, novas tecnologias

surgem em todas as áreas e com a educação ambiental não poderia ser diferente,

pois isso tudo “[...] reflete na forma de como a educação é conduzida e vice-versa,

uma vez que a educação é o alicerce da estrutura social” (DEMO, 2002).

As mudanças no comportamento da sociedade, de uma maneira geral,

ocorrem com uma velocidade muito maior do que em relação às mudanças na

educação (PEREIRA, 2003). Haja visto os problemas de degradação ambiental que

ocorrem sem que soluções apareçam na mesma proporção.

No ensino da educação ambiental deve haver adaptação à realidade em que

estão inseridos todos os componentes que participam do processo de ensino-

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aprendizagem. Estas questões refletem diretamente na metodologia do ensino. É

necessário construir o conhecimento de forma eficaz.

Se por um lado, os objetivos gerais da educação ambiental coincide com os

da educação, esse fator desafiador faz com que sua complexidade possa ser

transmitida pelas diversas metodologias e disciplinas existentes. “[...] O professor

deve inserir a dimensão ambiental dentro do contexto local, sempre construindo

modelos através da realidade e pelas experiências dos próprios alunos” (PIAGET,

1978, apud SATO, 2004, p.29).

Pereira (2003) afirma que “a existência humana é um artefato histórico, em

contínua recriação, a educação, como prática de intervenção neste forjamento

também está em estado permanente de mudança”.

As metodologias devem ser revistas e analisadas de modo a incluir

educadores e educandos em busca da construção de conhecimentos, através da

pesquisa e trocas de experiências, onde ambos possam aprender mutuamente.

Considerando-se que o principal objetivo da educação ambiental é contribuir

para as mudanças de atitudes humanas em relação ao ambiente, há uma grande

dificuldade em avaliar esses comportamentos. A avaliação torna-se menos

complexa quando existe um projeto de pesquisa das temáticas ambientais, porém,

os conceitos exigidos pelo sistema educacional dificultam esse tipo de avaliação.

(SATO, 2004, p.28)

Para que a educação ambiental seja feita de forma eficaz, é importante a

“necessidade de se formar um docente inquiridor, questionador, investigador,

reflexivo e crítico” (ANDRÉ, 2002). Dentro deste contexto, fica evidente que os

cursos preparatórios dos educadores devem reunir elementos que fortaleçam o seu

interesse em pesquisar de forma objetiva e com base na realidade vivida por seus

alunos e fazer com que estes se interessem articulando o ensino com a pesquisa.

Pois, também é interessante começar com a experiência do aluno e desenvolver

nele os processos próprios da investigação científica, assegura, além da qualidade

superior do conhecimento, um interesse vital pelo que está sendo aprendido

(NUNES apud SATO, 2004, p.36).

Segundo Pedro Demo, o professor

[...] precisa buscar conhecimentos em outras áreas para poder ter uma visão global de cada aluno seu, para poder escolher o método adequado e para fazer acontecer o processo. Isso proporcionará ao professor os recursos humanos e materiais necessários para o melhor desenvolvimento, dentro das

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limitações encontradas, sempre com o cuidado de não subestimar as potencialidades a serem desenvolvidas (2002, p. 78).

Conforme Sato (2004, p. 25), cabe aos professores, por intermédio de prática

interdisciplinar, propor novas metodologias que favoreçam a implementação da

educação ambiental, sempre considerando o ambiente imediato, relacionado a

exemplos de problemas ambientais atualizados.

No entanto, Demo questiona a forma tradicional de como as aulas são

ministradas:

A aula que apenas repassa conhecimento, ou a escola que somente se define como socializadora de conhecimento, não sai do ponto de partida, e, na prática, atrapalha o aluno, porque o deixa como objeto de ensino e instrução. Vira treinamento. É equívoco fantástico imaginar que o “contato pedagógico” se estabeleça em ambiente de repasse e cópia, ou na relação aviltada de um sujeito copiado (professor, no fundo também objeto, se apenas ensina a copiar) diante de um objeto apenas receptivo (aluno), condenado a escutar aulas, tomar notas, decorar, e fazer prova (2002, p. 116).

O ensino atual não merece mais, apenas, o despejo de conteúdos

incentivando a memorização e deixando de lado o despertar do raciocínio lógico dos

alunos e o desenvolvimento de sua criatividade. A pesquisa é uma forma de

enriquecer os conhecimentos.

Entretanto, encontrar o equilíbrio desejado deve ser o objetivo principal da

educação.

Uma proposta seria utilizar metodologias atuais, que promovam a percepção

e a sensibilização dos problemas ambientais (SATO, 2004, p. 40).

A educação ambiental contribui significativamente para a melhoria geral da

educação, devido a sua natureza de tentar implementar soluções efetivas em

relação aos problemas ambientais e, consequentemente, melhorar as condições de

sobrevivência (SATO, 2004, p. 55).

Porém, “os sistemas educativos empregam estratégias de mudança ainda

pouco eficazes, de modo que inúmeras reformas educativas permanecem cemitérios

de boas idéias jamais postas em prática” (PERRENOUD, 2000).

Portanto, de fato, “o expediente mais estratégico é a qualidade construtiva do

professor. Sem ele, de pouco adiantam edificações pomposas, equipamento

atualizado, apoios sociais e institucionais. Ele é pedra de toque da escola cidadã, da

competência moderna” (DEMO, 2002).

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Por outro lado, “a formação do professor também é muito questionada,

existem disciplinas que trabalham a questão pesquisa, mas muitas vezes não é

vinculada a outros fatores como a metodologia de ensino”. (PEREIRA, 2003).

A estimulação da pesquisa participativa dos alunos a fim de se tornar mais

efetiva e comum com o intuito de fornecer subsídios para a construção do

conhecimento seria uma alternativa de mudança. Segundo André (2002, p. 34) “a

atividade de pesquisa implica uma posição reflexiva, e ambas, a reflexão e a

pesquisa, devem envolver um componente crítico”. Para tanto, é preciso despertar a

curiosidade dos alunos através de pesquisas dirigidas e orientadas, o que poderá

qualificar o processo de ensino-aprendizagem dos educandos.

Salientando, “educar pela pesquisa é fundamental para o crescimento

intelectual dos alunos, para obterem autonomia crítica, o que é indispensável”

(DEMO, 2003).

Também, segundo Sato (2004, p. 25), é extremamente importante introduzir

mais criatividade nas novas metodologias, abandonando os modelos tradicionais e

buscando novas alternativas.

Técnicas como jogos, atividades fora da sala de aula, simulações, teatros,

trabalhos de campo e produções de materiais pedagógicos são fortemente

recomendados para o desenvolvimento da educação ambiental [...] É preciso

também reconhecer que a educação ambiental é interdisciplinar (SATO, 2004, p.29).

Segundo Freire e Pichon-Rivière (apud SATO, 2004, p.30), essas “atividades

desafia o educando a assumir-se como sujeito do processo de conhecimento”.

Paulo Freire considera a possibilidade de transformar as sociedades através

das ações participativas e políticas dos estudantes (FREIRE, 1992).

A prática pedagógica da educação ambiental requer um caminho bastante

complexo, envolvendo o plano da reflexão e das experiências adquiridas mediante a

realização de certos projetos experimentais, tendo como suporte um rico potencial

metodológico e materiais didáticos auxiliares (SOUCHON, 1985, apud SATO, 2004,

p.36).

Sato (2004, p. 41) afirma que não há técnica especial para a disseminação da

educação ambiental, mas recomenda o envolvimento da comunidade e experiências

pessoais dos alunos para a construção de conhecimentos no processo ensino-

aprendizagem.

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O livro didático é um poderoso instrumento que pode disseminar as

informações necessárias, quando utilizado corretamente. Entretanto, o uso

excessivo dos mesmos reflete uma metodologia centralizada no professor, tornando

o “sistema educacional autoritário e sem criatividade, sendo esta essencial no

processo ensino-aprendizagem [...] As atividades fora da escola é o melhor local

para a promoção da educação ambiental”. (SATO, 2004, p.34)

As modernas atividades educacionais clamam por mudanças nos valores,

atitudes e responsabilidades com o ambiente. Essa sensibilização ocorre

principalmente através das observações diretas, do contato e da imersão na

natureza em si. Embora os trabalhos de campo sejam atividades que exijam custos

financeiros, burocracias e forte integração entre os professores, há uma maneira

mais barata e viável. A promoção dessas atividades nas áreas próximas as escolas

(no próprio pátio ou na comunidade) é rica, imediata e os alunos demonstraram

bastante interesse. (SATO, 2004, p.42)

Conforme Sato (2004, p. 29), através de novas metodologias utilizando-se da

pesquisa, ocorre a formação de cidadãos capazes de expandir e transferir os

conhecimentos e habilidades para a sociedade, equilibrando os impactos ambientais

para um mundo mais sustentável. É nesse processo que os professores e alunos

devem ser reconhecidos como agentes morais engajados na exploração crítica

deles mesmos e de suas relações com os outros, tomando decisões e

transformando as sociedades.

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5 RECURSOS AUDIOVISUAIS E EDUCAÇÃO

A educação, de fato, sempre se constituiu em um processo de comunicação.

Desde tempos remotos da nossa civilização, educação, informação e comunicação

sempre caminharam juntas (RODRIGUES, 2008). No modelo tradicional isso se dá

por meio da veiculação e divulgação de mensagens verbais e não-verbais, de

conteúdos curriculares, entre um professor (emissor) e o aluno (receptor). “A ação

comunicativa de um conteúdo educativo, entretanto, só se dá plenamente quando

não se reduz a essa concepção tradicional de transmissão de informações”

(RODRIGUES, 2008).

Porém, conforme Rodrigues (2008), com a inserção das novas tecnologias de

informação e comunicação na educação, esse modelo passa a ser um fluxo

comunicativo onde o aluno se torna também produtor e criador de mensagens,

construindo.

Segundo Rodrigues (2008), atualmente é extremamente importante o uso de

materiais didáticos como ferramentas úteis para a construção dos saberes, no caso,

ambientais.

Nesse caso, o uso das novas tecnologias de comunicação com enfoque na

Educação Ambiental representa um avanço, já que “por meio da integração da

informática e dos multimeios pode haver a sensibilização e o conhecimento dos

ambientes e dos seus problemas intrínsecos” (RODRIGUES, 2008).

A virtualidade nesse sentido pode representar um “novo esforço na construção

e incorporação de conhecimentos ambientais por meio de estratégias mais atrativas

de comunicação” (RODRIGUES, 2008).

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A utilização de recursos que possam auxiliar na produção de materiais

didáticos de Educação Ambiental em suporte digital, pode estabelecer uma

correlação entre Educação Ambiental e o uso da “hipermídia” (RODRIGUES, 2008).

No entanto, segundo Rodrigues (2008), um percurso pela história e práticas da

Educação Ambiental permite firmarmos que apesar de ultimamente presenciarmos a

publicação de uma série de obras relevantes acerca de Educação Ambiental no

Brasil, ainda há certa carência metodológica entre seus praticantes e nos projetos

que se desenvolvem.

Em relação à nova modalidade de materiais didáticos baseados nas novas

tecnologias a questão é ainda mais complexa, já que não há uma linguagem ainda

estável, devido ao seu pouco tempo de existência o que impede a cristalização de

"modelos de sucesso", o que leva realmente a experimentações dos mais variados

tipos, como também a uma simples transferência de conteúdos e formas dos meios

tradicionais para o meio digital (RODRIGUES, 2008).

Outro ponto a ser lembrado é que a construção de materiais didáticos em

geral deve levar em conta a introdução progressiva dos temas a serem tratados, a

sua seleção e hierarquização (LITWIN apud RODRIGUES, 2008).

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6 METODOLOGIA

Este trabalho foi realizado numa escola polivalente do município de

Sapiranga, região do Vale do Rio dos Sinos – RS. O seu desenvolvimento, desde a

escolha da escola e alunos até o término das atividades com apresentação final do

vídeo para a comunidade, ocorreu no período de Abril a Junho de 2009.

6.1 Escolha da escola e identificação dos problemas ambientais do entorno

O desenvolvimento deste trabalho ocorreu na Escola Estadual de Ensino

Fundamental Willy Oscar Konrath, localizada no bairro Centenário. Este bairro é

considerado um dos melhores bairros de Sapiranga e aparentemente não possui

graves problemas ambientais.

No entanto, os problemas ambientais foram constatados através de

observações em saídas a campo realizadas a pé com o grupo de alunos.

A boa estrutura da escola e a aceitação da direção em colaborar com o

projeto foram determinantes para o desenvolvimento do trabalho nesta escola.

6.2 Seleção dos alunos

Foram selecionados alunos que demonstravam maior afinidade e

preocupação com as questões ambientais. Esses alunos foram convidados a

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participar da produção do vídeo. O grupo, inicialmente, contava com seis (6) alunos:

quatro (4) meninas e dois (2) meninos, sendo que logo no início, uma menina

desistiu por motivos pessoais. Os integrantes eram alunos de sétima e oitava séries

e a faixa etária entre 13 e 15 anos (ver APÊNDICE A).

6.3 Definição do tema a ser abordado no vídeo

Nos primeiros encontros, foram definidos e delimitados os temas sobre meio

ambiente a serem abordados no vídeo, juntamente com o grupo. A participação de

todos era muito importante e em todas as etapas as decisões foram tomadas em

conjunto de forma democrática.

6.4 A pesquisa

A primeira etapa foi constituída de pesquisas sobre os temas pré-

estabelecidos.

Alguns encontros com o grupo foram realizados para fazer o levantamento de

dados dos assuntos que seriam abordados. Esses encontros ocorreram nas quartas

e sextas-feiras no turno oposto ao das aulas, sempre às 13h na escola. Utilizávamos

o laboratório de ciências e o laboratório de informática para as reuniões e a

realização das pesquisas.

6.4.1 Recursos da pesquisa

As pesquisas com os alunos foram realizadas com os seguintes recursos:

· Livros didáticos e de coleções do tipo enciclopédia;

· Reportagens de revistas (Ciência Hoje, Superinteressante, Veja, Isto É)

e jornais (Zero Hora, Correio do Povo, Diário de Sapiranga);

· Material proveniente de sites da internet de interesse ambiental;

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· Apresentações em power point da Fundação Zôobotânica/Museu de

Ciências Naturais/Governo do Estado do RS – Secretaria do Meio

ambiente (Títulos: A vida em um planeta mais quente; Como reduzir o

aquecimento global praticando ações concretas);

· DVD sobre mudanças climáticas e boas práticas ambientais da

Fundação O Boticário (Título: Semana O Boticário de Educação

Ambiental);

· Computadores da escola;

· Materiais escolares: caderno para anotações, caneta, lápis.

6.4.2 Montagem do roteiro

Depois de concluída a pesquisa, foi montado um roteiro para as gravações do

vídeo. Neste havia os procedimentos e ordem das gravações. O roteiro estava

baseado numa sequência de dados que deveriam aparecer no vídeo e textos

explicativos sobre cada assunto que seria focalizado no vídeo.

6.5 Saída a campo

Duas saídas a campo foram realizadas para fazer as gravações. Fazia parte

das filmagens às entrevistas com os moradores vizinhos da escola, professores,

alunos. Além de gravar com a filmadora, foram tiradas fotos dos problemas de

degradação ambiental do bairro.

6.6 Recursos utilizados para a produção do vídeo

Foram utilizados para a realização do vídeo os seguintes recursos:

· Filmadora digital com mídia Mini DV modelo SC-D 381/XAZ

SAMSUNG;

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· Duas fitas Mini DV MAXELL 60 Min.;

· Câmera fotográfica digital modelo DSC-S500 Cyber-Shot SONY 6.0

Mega-pixels;

· Mp3 para a captura de áudio modelo Mp3 Player KAIOMY 1Gb USB

2.0 Preto;

· Placa de captura de imagens modelo PCI IEEE 1394;

· Cabo FIREWIRE 6P M / 4P M 1,8m;

· Um computador pessoal;

· Softwares para edição de imagens: Windows Movie Maker e Sony

Vegas 7.0;

· Figuras de degradação ambiental baixadas via internet: desmatamento,

queimadas, poluição, etc.;

· Músicas (arquivo pessoal) para compor a trilha sonora do vídeo;

· Dois CD’s e 2 DVD’s, graváveis;

· Papel pardo e pincel atômico.

· Autorização de imagem para veiculação das mesmas (ver ANEXO A);

6.7 Edição do material

O material recolhido nas pesquisas, nas gravações de áudio e vídeo, foi

utilizado na edição do vídeo o qual foi finalizado em três dias, na cidade de Canoas.

Utilizou-se um computador pessoal e dois softwares para edição de imagens, o

Windows Movie Maker e Sony Vegas 7.0. Após a conclusão do vídeo, o mesmo foi

salvo em CD’s e DVD’s para a apresentação na escola.

6.8 Apresentação para a comunidade escolar

O vídeo foi mostrado para todas as turmas do ensino fundamental final (5ª, 6ª,

7ª e 8ª séries) do turno da manhã da escola, em dois dias. O evento ocorreu no

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auditório da escola após uma palestra realizada sobre “drogas e violência na escola”

no dia 16.06.2009 para as 7ª e 8ª séries e no dia 17.06.2009, após a mesma

palestra, para os alunos das 5ª e 6ª séries. No dia 17.06.2009 no período da tarde, a

partir das 17h, ocorreu à entrega de boletins do 1º trimestre e, aproveitando o

momento, também foi realizada uma mostra do vídeo para os pais, alunos e

moradores do entorno da escola.

6.9 Avaliação

A avaliação deu-se por meio de amostragem através de um questionário (ver

APÊNDICE B) aplicado aos alunos da escola para analisar o conhecimento do tema

que seria exposto. O instrumento investigativo foi composto de doze perguntas

objetivas sendo que destas, duas possuíam opções de respostas dissertativas. As

perguntas estavam relacionadas às questões ambientais e referentes aos assuntos

que seriam apresentados no vídeo.

O instrumento de investigação foi aplicado em duas etapas. A primeira, antes

da mostra do vídeo e, a segunda, após.

Na primeira etapa, o questionário foi respondido por alunos de todas as

turmas do turno da manhã da escola, de quinta a oitava séries, sendo que cada

série possuía três turmas, perfazendo um total de doze. A média de alunos por

turma era de 25. Cada turma recebeu dez questionários e os mesmos foram

distribuídos conforme os alunos iam se candidatando para responder. Todos os

alunos que responderam foram voluntários.

A segunda etapa ocorreu no dia da entrega dos boletins (17.06.2009). Após a

mostra do vídeo, alguns alunos, pais e moradores também responderam ao mesmo

questionário.

Os resultados foram armazenados em microcomputador, utilizando planilhas

do programa Microsoft Office Excel 2003 para análise e comparação e a posterior

formulação de gráficos.

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36

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Em primeiro instante, de acordo com os resultados obtidos do questionário

avaliativo e da produção do vídeo, foi possível verificar a consciência de que a

maioria tem em relação ao meio ambiente, porém, sem compreender muito bem o

seu significado, como foi visto nas entrevistas do vídeo. No entanto, essa

“consciência” é precária quando se fala em ações, atitudes, iniciativa.

Dos 120 questionários entregues às turmas, previamente à mostra do vídeo,

apenas dois não retornaram, portanto, o total de questionários avaliados foram 118.

Por outro lado, o número de questionários respondidos após a mostra do

vídeo foi bem menor. Foram recebidos de volta e analisados apenas 67

questionários.

De acordo com os dados obtidos em ambos os questionários, aplicados antes

e depois da mostra do vídeo, os resultados foram analisados individualmente por

pergunta.

7.1 Análise dos questionários

1. Em sua opinião, o tema meio ambiente é um assunto importante a ser

tratado?

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37

ANTES

95%

1%

1%

0%

3%sim, por todos

sim, somente porespecialistas

somente quandoocorrem problemasambientais graves

não

mais ou menos

DEPOIS

97%

0%

0%

0%

3% sim, por todos

sim, somente porespecialistas

somente quando ocorremproblemas ambientaisgraves

não

mais ou menos

Figura 1 – Comparativo da pergunta número 1 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo em relação à importância do meio ambiente.

Fonte: autoria própria, 2009.

De acordo com a figura 1, verifica-se o percentual elevado em ambos os

questionários referente à conscientização das pessoas de que o meio ambiente é

um assunto importante a ser tratado por todos. Os valores são bem próximos, o que

sugere que a mostra do vídeo não influenciou muito nesta questão, apenas

comprova que a maioria acredita que o meio ambiente é um assunto importante a

ser tratado por todos, não somente por especialistas ou somente quando ocorrem

problemas ambientais graves como sugerem as alternativas. Apesar de que,

segundo Trigueiro (2003, p. 13) “É grave [...] a constatação de que a maioria dos

brasileiros não se percebe como parte do meio ambiente, normalmente entendido

como algo de fora, que não nos inclui”.

2. Existe algum problema de degradação (=destruição) ambiental em seu bairro?

ANTES

38%

15%

47%

sim

não

não sei

DEPOIS

100%

0%

0%

sim

não

não sei

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38

Figura 2 – Comparativo da pergunta número 2 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo em relação ao conhecimento de degradação ambiental

no bairro.

Fonte: autoria própria, 2009.

Na segunda questão (figura 2) pode-se observar que no questionário aplicado

previamente, 47% não sabem informar se existe algum problema de degradação em

seu bairro. Este dado possivelmente mostra o descuido com o ambiente local ou a

falta de percepção ambiental. Conforme os PCN (BRASIL, 1998) a educação para a

cidadania requer que questões sociais sejam apresentadas para a aprendizagem e a

reflexão.

No questionário posterior a amostra do vídeo, nota-se uma diferença

exorbitante nas respostas. Cem por cento confirmam a presença de algum problema

ambiental em seu bairro, mostrando que segundo Sato, (2004, p.62) atividades de

educação ambiental são de suma importância para sensibilizar as pessoas e

envolvê-las nos problemas ambientais.

3. Você já viu alguém cometendo algum ato que prejudique o meio ambiente? Qual?

ANTES

73%

27%

sim

não

DEPOIS

89%

11%

sim

não

Figura 3 – Comparativo da pergunta número 3 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo.

Fonte: autoria própria, 2009.

Esta questão revela o crescimento do percentual no segundo gráfico, em

relação de já ter visto alguém cometendo algum ato prejudicial ao meio ambiente

conforme a figura 3. Este aumento pode ter sido influenciado pelo vídeo, pois o

mesmo mostra diversos problemas ambientais, suas causas e consequências.

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39

Portanto, de posse de novas informações, é possível fazer relações que antes,

talvez, não seriam percebidas.

Em relação à pergunta dissertativa, conforme a tabela 1 pode-se verificar que

em ambos os questionários, a resposta mais citada foi a de ter visto alguém jogando

lixo nas ruas ou em lugares inapropriados para o depósito dos mesmos, seguido de

outros. Nota-se que a percepção ambiental das pessoas está no que lhes é mais

aparente, ou seja, no que é mais abundante e visível do ponto de vista estético, pois

o lixo é feio, sujo. Nota-se, também, que é mais fácil perceber a presença de algo

novo no ambiente, ou em meio à paisagem natural, como, por exemplo, o acúmulo

de lixo nas ruas do que perceber a ausência de árvores ao seu redor, como por

exemplo, o desmatamento na base dos morros, pois os mesmos dão lugar a

habitações humanas. De acordo com este resultado, faz-se necessário salientar a

importância da educação ambiental, pois como afirma Berna (2001), “a educação

ambiental é fundamentalmente uma pedagogia da ação”, ou seja, a educação

voltada para o modo de agir das pessoas em relação ao seu meio, de pensar, de

analisar, de avaliar, criticar.

Tabela 1 – Comparativo das respostas mais frequentes da questão 3, em

percentual (%).

Respostas mais frequentes ANTES DEPOIS Jogando lixo nas ruas/em lugares inapropriados 37,7 55,3 Queimando árvores/vegetais 26,6 15,78 Desmatando/Cortando árvores 23,3 18,4 Jogando lixo nos rios 8,9 Despejando esgoto no mar 1,2 Desperdiçando água 1,2 Matando pássaros/aves 1,2 Poluição dos carros 5,26 Queimando lixo 2,63 Poluição 2,63

Fonte: autoria própria, 2009.

4. Todas as pessoas colaboram para a degradação (=destruição) ambiental. Você faz alguma coisa para amenizar os impactos gerados pela degradação do ambiente? Cite um exemplo.

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40

ANTES

59%

36%

5%

sim

não

não sabe/sem resposta

DEPOIS

60%27%

13%

sim

não

não sabe/sem resposta

Figura 4 – Comparativo da pergunta número 4 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo.

Fonte: autoria própria, 2009.

Na questão quatro, aparentemente não há evidências de alterações

significativas, entretanto, cerca de 60% das respostas foram sim em ambos os

questionários, afirmando que fazem algo para amenizar os impactos ambientais.

Os gráficos apresentam os índices 5% e 13%, antes e depois da mostra do

vídeo, respectivamente, como “sem resposta”, ou seja, não responderam ou não

sabiam o que responder. No entanto, pode-se atribuir este fato a não compreensão

da questão devido aos termos utilizados na formulação da pergunta, pois alunos da

quinta e sexta séries possuem, teoricamente, vocabulário pobre. Segundo a direção

da escola, os alunos, em geral, têm grande dificuldade no aprendizado na disciplina

de ensino da língua portuguesa.

Nas respostas dadas como exemplo, de acordo com a tabela 2, a mais citada

foi a de não jogar lixo nas ruas ou em lugares inapropriados com 41,6%. Seguido de

separação de lixo doméstico com 28,3%, economia de água, entre outros. No

questionário aplicado posteriormente ao vídeo, como mostra a tabela 2, mais da

metade responderam que fazem a separação do lixo doméstico. Pode-se atribuir a

preocupação com relação a estes dois itens, o lixo nas ruas e separação de lixo

doméstico devido, talvez, ao fato de que o vídeo foi direcionado aos problemas

ambientais locais e, portanto, mais evidentes, por essa razão tenham sido os mais

destacados.

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Tabela 2 – Comparativo das respostas mais frequentes da questão 4, em

percentual (%).

Respostas mais frequentes ANTES DEPOIS Procuro não jogar lixo nas ruas/em lugares inapropriados 41,6 25,1 Faço separação de lixo 28,3 57,1 Economizo água 11,6 Colaboro com a reciclagem de óleo/coloco em garrafas 6,6 Evito utilizar sacolas plásticas 5,1 Planto árvores 5,1 10,7 Economizo energia 1,6 Economizo água 3,5 Contribuo para a reciclagem 3,5

Fonte: autoria própria, 2009.

5. Em seu bairro existe coleta seletiva de lixo. Como é feita a separação do lixo na sua residência?

ANTES

63%10%

27% separo lixo seco eorgânico

apenas latinhas egarrafas pet

não temos o costume deseparar lixo

DEPOIS

63%13%

24% separo lixo seco eorgânico

apenas latinhas egarrafas pet

não temos o costume deseparar lixo

Figura 5 – Comparativo da pergunta número 5 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo em relação a separação do lixo.

Fonte: autoria própria, 2009.

Através da figura 5, podemos analisar que a maioria realiza a separação de

lixo seco e orgânico. Porém, pelo fato de no bairro haver coleta seletiva, o

percentual próximo dos 25% em ambos os gráficos de não ter o costume de separar

seu lixo torna-se um valor alto. Pode-se perceber que, no entanto, muitas pessoas

têm consciência dos problemas ambientais, mas não contribuem para a melhoria.

Mais uma vez torna-se de grande valia a conscientização ambiental, não somente

dos problemas, mas também da iniciativa que todos devem ter, pois conforme Sato

(2004, p. 17) a educação ambiental deve gerar mudanças na qualidade de vida e

maior consciência de conduta pessoal.

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42

6. Você sabe quais são os principais causadores da poluição do ar nas cidades?

ANTES

90%

10%

sim

não

DEPOIS

95%

5%

sim

não

Figura 6 – Comparativo da pergunta número 6 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo em relação as causas da poluição do ar.

Fonte: autoria própria, 2009.

Em relação aos gases poluidores, comparativamente, houve um pequeno

aumento no percentual (figura 6). Este assunto foi levemente abordado no vídeo,

mas não foi aprofundado. No entanto, os gráficos mostram que o conhecimento em

relação ao tema é alto. De qualquer forma, podemos considerar o resultado do vídeo

positivo, mesmo que o aumento tenha sido modesto.

7. Você sabe o que gera a poluição das águas?

ANTES

88%

12%

sim

não

DEPOIS

96%

4%

sim

não

Figura 7 – Comparativo da pergunta número 7 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo em relação à poluição das águas.

Fonte: autoria própria, 2009.

Em relação à poluição das águas, os dados variaram como mostra a figura 7.

Entretanto, o mesmo pode-se dizer da pergunta anterior. Conforme os dados, o nível

de conhecimento é alto e houve um pequeno crescimento em relação ao

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43

questionário previamente aplicado. Porém, o aumento de 8% no segundo

questionário pode ser um reflexo das informações contidas no vídeo, o que torna

fundamental os trabalhos na área de educação ambiental direcionados para a

comunidade.

8. Você sabe como o solo pode ser contaminado?

ANTES

66%

33%

1%

sim

não

não sabe/sem resposta

DEPOIS

76%

24%

sim

não

Figura 8 – Comparativo da pergunta número 8 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo em relação à contaminação do solo.

Fonte: autoria própria, 2009.

Na questão oito do questionário, ocorre uma disparidade entre os resultados

como se pode verificar (figura 8). Da mesma forma que as duas questões anteriores,

este tema não foi aprofundado no vídeo. Entretanto, as poucas informações já foram

suficientes para resultar na diferença de 10% nas respostas positivas, que sabem o

que causa a contaminação do solo. Este aumento mostra que a proposta do vídeo

de informar e provocar a percepção ambiental na comunidade está de acordo com

os propósitos da educação.

9. Você sabe o que é e qual a diferença entre efeito estufa e aquecimento global?

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ANTES

31%

69%

sim

não

DEPOIS

91%

9%

sim

não

Figura 9 – Comparativo da pergunta número 9 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo em relação a conceitos e diferenças entre efeito estufa e

aquecimento global.

Fonte: autoria própria, 2009.

O questionário posterior revela um ganho significativo em relação à

assimilação dos dados contidos no vídeo, pois mostra grande diferença percentual e

inversão dos dados obtidos inicialmente sobre aquecimento global e efeito estufa,

como pode ser observado na figura 9. Nesta questão nota-se a importância do

trabalho desenvolvido de educação ambiental nesta escola, pois houve o aumento

de um dado positivo. De acordo com Dias (2004) “a educação ambiental considera o

meio ambiente em sua totalidade e destina-se às pessoas de todas as idades,

dentro e fora da escola, de forma contínua, sintonizada com as suas realidades

sociais, econômicas, culturais, políticas e ecológicas”. O vídeo produzido pelos

alunos e apresentado para a comunidade teve caráter educativo e informativo. É

importante salientar que a enorme diferença encontrada nas respostas deve-se a

proposta de repasse das informações de acordo com o que foi pesquisado e

encontrado no bairro, no entanto, o tema desta questão parece estar distante desta

comunidade, mas também é um problema local, pois ela também contribui com os

gases que favorecem o efeito estufa e consequentemente o aquecimento global.

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10. Em sua opinião, quais destes itens são mais prejudiciais ao meio ambiente?

ANTES

10%

7%13%

8%

4%

1%

7%

50%

queimadas

desmatamento

poluição do ar, da águae do solo

aquecimento global

extinção

superpopulação daespécie humana

desperdício de água

todos são prejudiciais

DEPOIS

8%4% 9%

6%

2%

1%

3%

67%

queimadas

desmatamento

poluição do ar, da águae do solo

aquecimento global

extinção

superpopulação daespécie humana

desperdício de água

todos são prejudiciais

Figura 10 – Comparativo da pergunta número 10 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo.

Fonte: autoria própria, 2009.

Este item possibilitava múltiplas respostas. No entanto, de acordo com a

figura 10, percebe-se que no questionário aplicado previamente, as respostas são

muito variadas. Cinquenta por cento acreditam que todos os itens são prejudiciais.

Os outros cinquenta por cento estão distribuídos nas outras alternativas. Entretanto,

em segundo com 13% aparece a “poluição do ar, da água e do solo”.

No questionário posterior, embora tenha ocorrido um acréscimo no percentual

do item “todos são prejudiciais”, ainda assim, as outras alternativas são relacionadas

isoladamente deste item.

É interessante destacar que em ambos os gráficos o percentual do item

“superpopulação da espécie humana” é bem baixo (apenas 1%), ou seja, os

problemas ambientais são em sua grande maioria decorrentes dos processos e

atividades dos seres humanos, mas mesmo assim as pessoas não consideram que

o aumento da população é de fato tão prejudicial ao meio ambiente. Embora o vídeo

mostre que o aumento da população é sim um grande problema, pois com o

aumento da população, a demanda de recursos naturais é maior, assim como o

consumo, isso acaba acarretando em mais danos ambientais e geração de resíduos,

poluição, etc.

Contudo, os resultados evidenciam mais uma vez a importância de trabalhos

de educação ambiental, não somente para os alunos, mas voltados também para a

comunidade.

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46

11. Em sua opinião, o consumo deve ser reduzido?

ANTES

96%

4%

sim

não

DEPOIS

97%

0%

3%

sim

não

não sabe/sem resposta

Figura 11 – Comparativo da pergunta número 11 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo em relação à redução do consumo.

Fonte: autoria própria, 2009.

Em relação à redução do consumo (figura 11), o primeiro gráfico revela

previamente que 96% das pessoas são a favor da redução do consumo. No gráfico

posterior pode-se notar que das pessoas que responderam, 100% são a favor da

redução do consumo. Conforme Velasco (2002, apud RUSCHEINSKY, 2002, p.37),

“a questão é saber se podemos tudo aquilo que queremos e se queremos tudo

aquilo que podemos”. Mas será que o consumo é efetivamente reduzido por essas

pessoas?

Mais uma vez a consciência ambiental mostra-se presente, mas as atitudes

aparentemente não correspondem.

Segundo os PCN (BRASIL, 1998), a organização dos conteúdos em torno de

projetos, como forma de desenvolver atividades de ensino e aprendizagem, favorece

a compreensão da multiplicidade de aspectos que compõem a realidade, uma vez

que permite a articulação de contribuições de diversos campos de conhecimento. Ao

final do projeto, seu resultado pode ser exposto na forma de alguma atividade de

atuação no meio, isto é, de uso no âmbito coletivo daquilo que foi produzido (seja no

interior da classe, no âmbito da escola ou fora dela).

12. Em sua opinião, o desenvolvimento sustentável é uma saída para os problemas ambientais?

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ANTES

39%

4%

57%

sim

não

não sei o que édesenvolvimentosustentável

DEPOIS

66%9%

25%

sim

não

não sei o que édesenvolvimentosustentável

Figura 12 – Comparativo da pergunta número 12 do questionário aplicado antes e

depois da mostra do vídeo em relação ao desenvolvimento sustentável.

Fonte: autoria própria, 2009.

Conforme a figura 12 nota-se que houve uma alteração significativa nas

respostas prévias e posteriores, entretanto, acreditamos que talvez tenha ocorrido

alguma interferência, pois o vídeo comenta, mas não mostra explicitamente o

verdadeiro significado de desenvolvimento sustentável.

De qualquer forma, a educação ambiental é uma importante ferramenta para

viabilizar o desenvolvimento sustentável. Genebaldo Dias (2004, p. 31) acredita que

“o desenvolvimento sustentável seja a forma mais viável para deixarmos à rota da

miséria, da exclusão social e econômica, do consumismo, do desperdício e da

degradação ambiental na qual a sociedade humana se encontra”.

7.2 O material metodológico – vídeo

O vídeo produzido, como resultado da pesquisa de investigação dos

problemas ambientais produzidos pela ação humana, a níveis globais e locais,

elaborado e desenvolvido pelo grupo de cinco alunos da escola, foi baseado nos

problemas ambientais locais do bairro. Diversos problemas de degradação do

ambiente foram verificados e mencionados no vídeo. Entrevistas foram realizadas

com moradores do entorno da escola. Observaram-se diversas opiniões que foram

expressas, a partir daí, foi possível perceber que o conceito de meio ambiente não é

bem claro para muitos. Infelizmente, conforme Trigueiro (2003, p. 13), muitos não se

percebem como parte do meio ambiente, ainda creem que meio ambiente está

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relacionado à fauna e flora e não se veem como parte integrante. Isto, talvez

explique o fato do descuido de parte das pessoas em relação às questões

ambientais, como a participação mais efetiva dispensada aos cuidados com o meio

ambiente.

O vídeo teve como resultados pelo menos um dado positivo e bem evidente, a

boa aceitação por parte dos alunos e professores, pois alguns se viram no vídeo e,

também, viram seu colegas participando. É curioso como alunos de idade escolar

mostram interesse em participar de atividades escolares diferenciadas. Isso também

ficou evidenciado pelos alunos que desenvolveram o vídeo. Para Paulo Freire

(1992), existe a possibilidade de transformar as sociedades através das ações

participativas e políticas dos estudantes.

Algumas propostas já foram feitas no dia da mostra do vídeo para o

desenvolvimento de novos vídeos com essa metodologia. Um inclusive, sugerido por

uma professora de português, a qual montou com os alunos “jingles” baseados em

temas ambientais.

Também, fica evidente a relevância que o sentido visual tem no processo de

ensino-aprendizagem.

Aparentemente, em geral os resultados foram positivos. Mas de qualquer

forma, se os resultados não foram completamente satisfatórios, como afirma Müller

(sd), “faz-se necessário a criação de mecanismos de divulgação da Educação

Ambiental entre a população democratizando seus princípios e ideais”. Pois segundo

os PCN (BRASIL, 1998) a consciência já se faz presente nas escolas e muitas

iniciativas têm sido desenvolvidas sobre as questões ambientais. Por estas razões,

vê-se a importância de se incluir a temática do Meio Ambiente como tema

transversal dos currículos escolares, permeando toda prática educacional. E,

independente da metodologia aplicada, o mais importante é que os temas

ambientais sejam trabalhados nas escolas e sejam divulgados para a comunidade.

De acordo com Genebaldo Dias (2004, p. 32), a educação ambiental é um

processo que busca sensibilizar as pessoas quanto à questão do meio ambiente,

levando-as a participar ativamente da sua defesa e melhoria.

Se por um lado os resultados mostram que existe percepção da maioria nas

questões ambientais, por outro, o que falta é conscientização em relação às

atitudes, a ter iniciativa para agir de forma correta. Para isso seria interessante

trabalhos direcionados e mais frequentes, pois segundo Souchon (1985, apud

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49

SATO, 2004, p.36), a prática pedagógica da educação ambiental requer um

“caminho bastante complexo, envolvendo o plano da reflexão e das experiências

adquiridas mediante a realização de certos projetos experimentais, tendo como

suporte um rico potencial metodológico e materiais didáticos auxiliares”, como os

recursos utilizados na realização deste trabalho.

A proposta do vídeo de informar e provocar a percepção ambiental na

comunidade está de acordo com os propósitos da educação, pois é possível

despertar a análise crítica dos educandos. Portanto, transformações são

necessárias e conforme Dias (2004, p. 35), o principal instrumento para isso é a

educação ambiental.

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8 CONCLUSÕES

Este trabalho teve como objetivo a produção de um vídeo didático com um

grupo de alunos com a finalidade de mostrar e despertar a percepção ambiental na

comunidade escolar dos problemas de degradação ambiental no entorno da escola.

O vídeo foi concluído com sucesso em todas as suas etapas.

Conforme os resultados obtidos nos questionários avaliativos e a produção do

vídeo, foi possível concluir que, em geral, os conceitos de meio ambiente e

degradação ambiental não estão bem claros ou definidos para a comunidade.

Outro ponto relevante a ser destacado é o fato de que a comunidade tem

consciência dos problemas ambientais e do que se deve fazer para reduzir ou

amenizar estes problemas, embora saiba como proceder, não age de forma

coerente.

A falta de percepção ambiental em nível local da comunidade também

chamou a atenção. De acordo com os resultados, os estudantes e moradores da

região percebem apenas o que lhes é mais aparente como o acúmulo de lixo nas

ruas. Entretanto, poucos percebem que outros fatores também contribuem para a

degradação do ambiente.

Conforme os questionários avaliativos observou-se que a mostra do vídeo

teve resultados significativos, pois em muitas questões percebeu-se a notável

diferença nas respostas, as quais mostraram ganhos relevantes.

Também é possível afirmar que a metodologia aplicada despertou interesse

entre os alunos de produzir novos vídeos.

A produção do vídeo despertou, além do interesse, a curiosidade, o desejo do

aluno em inserir-se em projetos baseados na experiência, vivenciando toda a

elaboração do trabalho de forma diferente em atividades fora da sala de aula.

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A utilização de novas e criativas metodologias para o desenvolvimento da

educação ambiental é uma idéia a ser aplicada de forma contínua, pois como foi

mostrado nos resultados, a consciência ambiental está presente, mas falta a

consciência na hora de agir, falta ação, iniciativa. Por isso, a educação ambiental

deve ser trabalhada no decorrer de todo o ano nas escolas, pois um trabalho

isolado, sem continuidade não é suficiente para atingir todos os objetivos.

Portanto, os resultados obtidos neste trabalho, reforçam a necessidade da

continuação de atividades de educação ambiental direcionados para a comunidade,

trabalhados na escola e ampliado para fora dela.

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REFERÊNCIAS

ANDRÉ, Marli. O papel da pesquisa na formação e na prática dos professores. 2.ed. Campinas, SP: Papirus, 2002. BERNA, Vilmar. Como fazer educação ambiental. São Paulo: Paulus, 2001. BRASIL. Ministério da Educação (MEC), Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Temas Transversais de 5 á 8 série. Brasília 1998. DEMO, Pedro. Educar pela pesquisa. Campinas, SP: Autores Associados, 2005. DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. 9 ed. São Paulo: Cortez, 2002. DIAS, Genebaldo Freire. Ecopercepção: resumo didático dos desafios socioambientais. São Paulo: Gaia, 2004. DÍAZ, Alberto P. Educação ambiental como projeto. 2 ed. Porto alegre: Artmed, 2002. MARTINS, Ion Trindade. Manual de educação ambiental. 2ª ed. [S.l]: Síntese, 1997. MÜLLER, Jackson. Educação ambiental: diretrizes para a prática pedagógica. Novo Hamburgo: Samurs, [1990?]. NAIME, Roberto; GARCIA, Ana Cristina Almeida. Percepção ambiental e diretrizes para compreender a questão do meio ambiente. Novo Hamburgo: Feevale, 2004. PEREIRA, Gilson R. de M.; ANDRADE, Maria da C. L. de (org). O educador-pesquisador e a produção social do conhecimento. Florianópolis: Insular, 2003. PERRENOUD, Philippe. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2000.

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RODRIGUES, Gelze serrat de Souza Campos; COLESANTI, Marlen T. de MUNO. Educação ambiental e as novas tecnologias de informação e comunicação. Sociedade & Natureza, Uberlândia, v. 20, n. 1, Junho 2008. RUSCHEINSKY, Aloísio (organizador). Educação ambiental: abordagens múltiplas. Porto Alegre: Artmed, 2002. SATO, Michele. Educação ambiental. São Carlos: Rima, 2004. TRIGUEIRO, André (coordenador). Meio ambiente no século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003. TRIVINÖS, Augusto N. S. (org). A formação do educador como pesquisa na Mercosul / Cone Sul. Porto Alegre: Ed. da UFRGS, 2003.

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54

APÊNDICE A – Foto do grupo de alunos

Figura 13 – Foto dos alunos que participaram da produção do vídeo.

Fonte: autoria própria, 2009.

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APÊNDICE B – Questionário avaliativo QUESTIONÁRIO AVALIATIVO 1. Em sua opinião, o tema meio ambiente é um assunto importante a ser tratado?

( ) sim, por todos ( ) sim, somente por especialistas ( ) somente quando ocorrem problemas ambientais graves ( ) não ( ) mais ou menos

2. Existe algum problema de degradação (=destruição) ambiental em seu bairro? ( ) sim ( ) não ( ) não sei

3. Você já viu alguém cometendo algum ato que prejudique o meio ambiente? ( ) sim ( ) não Qual? ...........................................................................................................

4. Todas as pessoas colaboram para a degradação (=destruição) ambiental. Você faz alguma coisa para amenizar os impactos gerados pela degradação do ambiente?

( ) sim ( ) não Cite um exemplo: ...................................................................................................................

5. Em seu bairro existe coleta seletiva de lixo. Como é feita a separação do lixo na sua residência? ( ) separo lixo seco e orgânico. ( ) apenas latinhas e garrafas pet. ( ) não temos o costume de separar lixo.

6. Você sabe quais são os principais causadores da poluição do ar nas cidades? ( ) sim ( ) não

7. Você sabe o que gera a poluição das águas? ( ) sim

( ) não 8. Você sabe como o solo pode ser contaminado? ( ) sim ( ) não 9. Você sabe o que é e qual a diferença entre efeito estufa e aquecimento global?

( ) sim ( ) não

10. Em sua opinião, quais destes itens são mais prejudiciais ao meio ambiente? ( ) queimadas ( ) desmatamento ( ) poluição do ar, da água e do solo ( ) aquecimento global ( ) extinção ( ) superpopulação da espécie humana (consumo exagerado) ( ) desperdício de água ( ) todos são prejudiciais

11. Em sua opinião, o consumo deve ser reduzido?

( ) sim ( ) não

12. Em sua opinião, o desenvolvimento sustentável é uma saída para os problemas ambientais?

( ) sim ( ) não

( ) não sei o que é desenvolvimento sustentável

Page 57: TCC II - FABIANO FINAL - Biblioteca Rede La Salle · fora da escola e levados para o conhecimento de toda a comunidade. ... 6.8 Apresentação para a comunidade escolar ... constituído

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ANEXO A – Modelo de autorização de imagem

E.E.E.F. Willy Oscar Konrath Projeto Meio Ambiente

AUTORIZAÇÃO DE IMAGEM Eu, ________________________________________________________________,

autorizo a gravação e uso da minha imagem no documentário (vídeo didático)

realizado sobre Meio Ambiente pelo grupo de alunos da Escola Estadual de Ensino

Fundamental Willy Oscar Konrath do município de Sapiranga, e autorizo a

veiculação das mesmas dentro do projeto a que se destina.

Ciente do fato exposto, assino este documento. __________________________, ______ de ______________________ de 2009. __________________________________________