TAP CHeGA A oS 10.00010 milhões A TAP transportou um total de 9.752 mil passageiros em todo o ano...

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N. 101 DEZEMBRO 2012 JORNAL PRIVATIZAÇÃO ADIADA PÁG. 4 O ÚLTIMO VOO DO COMANDANTE MARCELINO PÁG. 37 TAP CHEGA AOS 10.000.000 DE PASSAGEIROS

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PrIVATIzAÇÃo AdIAdA PÁG. 4

o ÚLTImo Voo do ComANdANTe mArCeLINo PÁG. 37

TAP CHeGA AoS10.000.000de PASSAGeIroS

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d ezembro vai ficar na história da TAP por três motivos: por se ter gorado o processo de privatização; pelo número 10 milhões –

número recorde de passageiros de 2012 atingido na véspera de Natal – e pelos diversos prémios re-cebidos, alguns deles de dimensão internacional. Já no mês anterior, o lançamento do livro “Portu-gal vale a pena”, pela afirmação e consolidação da ligação entre a companhia e o País, justificou tam-bém um lugar na lista de efemérides de 2012. Mas a vida dos trabalhadores da companhia não é só influenciada pelo que se passa no reduto TAP. As dificuldades que o País atravessa, em parte in-fluenciadas por uma crise que vem de fora, reper-cutiram-se de forma aguda no dia a dia de cada um e das suas famílias. E, mais grave, todos têm no seu círculo de relacionamentos conhecimento direto de situações mais graves, como o desem-prego ou as dificuldades extremas. As razões para esta situação são diversas, como diversas são as explicações e as formas de a ultrapassar. Mas às portas de 2013, ano que não nos dá ainda motivos para alívio, é ocasião para falar sobre a so-lidariedade, tão necessária sempre mas mais ain-da nos períodos mais difíceis. Os Voluntários com Asas (VCA) são bem a expressão da generosidade dos trabalhadores da TAP e da sua capacidade para ajudar, com o seu esforço, para aliviar ou melhorar as vidas de muitos que não têm iguais condições. O Jornal TAP tem divulgado as iniciativas dos VCA, mas nunca é de mais sublinhar a atividade de to-dos aqueles que procuram ajudar os outros sem esperar agradecimentos ou prémios.Mas se os VCA, como estrutura organizada no seio da empresa, são importantes, não podemos esquecer também a atividade de muitos trabalha-dores que participam em organizações diversas, umas mais mediatizadas, outras mais discretas, mas em todas com o mesmo espírito de ajudar os que precisam.A força de uma empresa mede-se pela sua capaci-dade de corresponder às necessidades do merca-do e da comunidade e pela satisfação profissional e social que pode garantir, mas mede-se igualmente pela capacidade dos que lá trabalham em contri-buir para a construção de um mundo melhor.

antónio Monteiro

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o VALor dA SoLIdArIedAde TrÁFEGo 3 TAP atinge passageiro 10 milhõesPrIVaTIZaÇÃo 4 Privatização e esclarecimentosPrÉMIoS10 Líder mundial para América do Sul e África

(WTA); Melhor companhia da Europa (gT)11 Empresa com maior equilíbrio entre a vida

profissional e familiar; LFP é a melhor empresa de comércio a retalho

12 Prémios de carga T&N; Vinhos portugueses premiados na Polónia

rEVISTa UP13 Livro “Portugal vale a pena”ManUTEnÇÃo E EnGEnHarIa15 25 anos a formar TMA19 TAP acolheu reunião do iSC da Família

A32021 Conferências e feiras24 Safety Management SystemBrEVES25 direção de Vendas Portugal reúne na

Madeira26 TAP no Monte Fuji; Novo site mobile27 Tapeçaria de Portalegre no BrasilSErVIÇo a BorDo28 A “nova” executivaSolIDarIEDaDE31 Urso CharlieSTar allIanCE33 integração da Shenzhen AirlineslIVro35 “Uma questão de bonecas” de Alexandre

CoutinhoHoMEnaGEM37 O último voo do comandante MarcelinoEFEMÉrIDES40 Aconteceu em dezembro…ÚlTIMa42 Concerto de Natal da Orquestra geração

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TAP alcança pela primeira vez o passageiro 10 milhões

A TAP transportou um total de 9.752 mil passageiros em todo o ano de 2011. No final do dia 24 de

dezembro de 2012, a companhia atingiu os 10.018.974 passageiros, mais 4,4% do que no acumulado do ano até ao mesmo dia. Em 2012, até esta altura, os melhores re-sultados da TAP, em termos absolutos, verificaram-se nas linhas da Europa, nas quais transportou mais de 300 mil passa-geiros do que em 2011. Em termos relativos, os melhores resul-tados foram alcançados no setor dos Es-tados Unidos, com um crescimento de 19,3% (fruto da recente abertura da linha de Miami) e nas ligações para África, com um crescimento de 10,4%. Quanto às li-nhas do Brasil, para onde a TAP voa para 10 cidades diferentes, confirmaram-se como as que, no global, têm melhores ta-xas de ocupação, com cerca de 83 %.

o voo da TAP TP052 que aterrou em Lisboa às 11h08 de 24 de dezembro, proveniente de belo Horizonte, transportou o passageiro 10 milhões da companhia em 2012, número nunca antes alcançado num ano completo de atividade.

“TraBalHaDorES ESTÃo DE ParaBÉnS”Para Fernando Pinto “a TAP e os seus tra-balhadores estão de parabéns porque es-tes resultados só foram possíveis graças ao seu esforço, dedicação e profissionalismo”. O presidente-executivo da companhia re-lembra que “uma companhia de aviação vive para os seus clientes. É para eles que trabalhamos todos os dias e é aos nossos clientes que quero agradecer a confiança que têm depositado em nós, tornando pos-sível que numa atividade cheia de dificul-dades, e em que muitos não sobrevivem, continuarem a ajudar-nos a sermos cada vez melhores, correspondendo às suas ex-pectativas”. “Não esqueço também os agentes de via-gens, bem como os restantes parceiros de negócios, porque na aviação comercial e no turismo só é possível ter sucesso trabalhan-do em conjunto” refere Fernando Pinto. ¢

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“A privatização era uma oportunidade, mas não uma necessidade absoluta”

(Fernando Pinto)

“ Há muito que defendo a privati-zação, ela era uma oportunidade para a TAP crescer mais e melhor,

mas não é uma necessidade absoluta para sobreviver”, afirmou o presidente--executivo da companhia, Fernando Pinto, no dia seguinte ao do anúncio pelo gover-no de que o processo se gorara, uma deci-são tomada em 20 de dezembro.Esta possibilidade estava, aliás, segundo o secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, no próprio caderno de encargos.O governo considerou muito interessante a proposta do empresário germán Efro-movich (grupo Synergy), como destacou

Segundo a comunicação social chegou a adiantar, a assinatura do acordo entre o Governo e o Grupo Synergy para aquisição da TAP seria a 27 de dezembro. mas Germán efromovich já não veio a Lisboa. o Governo não validou o negócio porque, embora considerasse a proposta “muito interessante”, faltaram as garantias financeiras.

a secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque: “A proposta apresen-tada é positiva do ponto de vista estraté-gico, coerente e abriria condições para a expansão da TAP.”No entanto, sublinha, “a proposta tinha um conjunto de pressupostos de reforço de capital, pagamento do preço e refinan-ciamento e não foram prestadas garantias de que o processo seria bem-sucedido”.O próprio Primeiro-Ministro, Pedro Pas-sos Coelho, disse no Parlamento que “o governo lamenta o desfecho do processo de privatização da TAP, porque a empresa precisa de investimento que o Estado não pode fazer”.

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PrIVaTIZaÇÃo rEaBrE oPorTUnaMEnTE…Maria Luís Albuquer-que garantiu que “é in-tenção do governo con-tinuar a privatização da TAP num momento oportuno e tendo em conta as condições do mercado”.Na conferência de im-prensa promovida pela TAP em 21 de dezem-bro, quando lhe foi pe-dido um comentário sobre estas declara-ções, Fernando Pinto considerou “natural que o governo queira retomar o processo” e admitiu concordar com a decisão “por-que isso permite injetar capital na empre-sa e desenvolver sinergias operacionais”.Mas nas últimas semanas houve um des-gaste enorme da imagem da empresa, o qual, segundo Fernando Pinto, resultou de uma “série de equívocos”, veiculados por “analistas e especialistas” e que se tornou necessário corrigir.

E a ParTIr DE aGora?Questionado sobre o que vai acontecer a partir de agora, Fernando Pinto responde: “Não acontece nada. Não há drama ne-nhum. A TAP vai continuar a percorrer o caminho que estava planeado. O plano de negócios segue em frente.”O plano de negócios para os próximos cin-co anos antecipa a manutenção dos bons resultados. “É essa TAP que vai continuar” – garante Fernando Pinto.No acumulado do ano, até novembro, os resultados da companhia “estão melhores do que em 2011, que já foi um bom ano.

Todos os negócios do grupo estão equili-brados ou com resultados positivos, com exceção da TAP M&E Brasil”.“A TAP M&E Brasil é a única empresa que ainda está em processo de recuperação, mas a reestruturação está a correr con-forme previsto e deve apresentar lucros em 2015. O resultado operacional de 2012 está 30% melhor do que no passado” – re-vela Fernando Pinto.O presidente-executivo prevê, no entan-to, “muitas dificuldades” e reconhece que terá que haver um “maior esforço de re-estruturação”, mas faz questão de salien-tar que “isso não é nada de novo para a empresa. reestruturação é o que a TAP mais tem feito nos últimos tempos”, re-cordando decisões estruturais tomadas nos últimos anos, como a venda da Yes, a alienação da posição detida na Air Macau e a saída da Academia Aeronáutica, entre outras.“A TAP não é um problema, é uma grande empresa, tem um forte posicionamento estratégico. Só tem falta de capital” – afir-mou. ¢

FErnanDo PInTo EXPlICa a SITUaÇÃo Da EMPrESa EM rEUnIÃo DE QUaDroS no DIa 21 DE DEZEMBro

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eSCLAreCImeNToS NeCeSSÁrIoS…CoM o FInal Do ProCESSo QUE DECorrEU noS ÚlTIMoS MESES, Torna-SE IMPErIoSo VolTar à norMalIDaDE, aFETaDa naS ÚlTI-MaS SEManaS PEla DraMaTIZaÇÃo DE PoSI-ÇõES na SoCIEDaDE PorTUGUESa EM Torno Da PrIVaTIZaÇÃo. nESTE ConTEXTo MUITaS CoISaS ForaM DI-TaS QUE aFETaraM a IMaGEM Da CoMPanHIa, ProVEnIEnTES DE “analISTaS” E “ESPECIa-lISTaS”, EM ESPECIal DaQUElES QUE FalaM SoBrE ToDoS oS aSSUnToS (Da EConoMIa ao FUTEBol, à EDUCaÇÃo à SaÚDE, aoS ConFlI-ToS no MUnDo, ETC…), DISPonDo DE SolUÇÃo Para TUDo.FoI Para rEPor a VErDaDE SoBrE MUITaS DaS CoISaS QUE ForaM DITaS QUE a TaP Con-VoCoU oS jornalISTaS no DIa 21 DE DEZEMBro, DISPonIBIlIZanDo-SE FErnanDo PInTo E MI-CHaEl Conolly Para rESPonDEr a ToDaS aS QUESTõES ColoCaDaS PEloS jornalISTaS.aQUI FICaM oS PrInCIPaIS ESClarECIMEnToS PrESTaDoS…

SÓ HÁ UM InTErESSaDo na PrIVaTIZaÇÃo PorQUE a TaP É UM MaU nEGÓCIo Para oS InVESTIDorES…

FerNANdo PINTo:“Havia muitos interessados na TAP, deste e do outro lado do Atlântico. digo isto com conhecimento de causa. A verdade é que o negócio do transporte aéreo vive momen-tos difíceis, de forma mais acentuada na Europa. As companhias aéreas sofrem di-retamente os efeitos da crise económica e financeira. Muitas estão em dificuldades e o acesso ao financiamento está difícil. Por outro lado, os principais grupos estão a atravessar processos de reestruturação, na sequência das aquisições que fizeram. Têm os seus próprios problemas internos para resolver.Tudo isto leva a que os potenciais interes-sados na privatização da TAP não tenham condições para, neste momento, se envol-

verem num processo destes, embora co-nheçam bem o nosso valor estratégico.”

a TaP TEM UMa DÍVIDa CrESCEnTE E InSUSTEnTÁVEl…

mICHAeL CoNoLLY:“A dívida tem vindo a ser reduzida todos os anos. Só em 2012 já reduzimos 200 milhões de euros. Em 2000, a dívida representava 79% das receitas. Hoje é de 45%. Mesmo em valores absolutos, tem vindo a ser re-duzida de forma sustentada, constituindo atualmente 1,2 mil milhões de euros.

a TaP SÓ oBTÉM EMPrÉSTIMoS CoM GaranTIaS Do ESTaDo…

mICHAeL CoNoLLY:“A TAP não tem qualquer empréstimo com garantia do Estado. Sempre que há necessidade de garantia para um finan-

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ciamento, ela é prestada com os ativos da empresa.”

a TaP jÁ nÃo ConSEGUE FInanCIaMEn-To noS MErCaDoS. Por ISSo É QUE, rE-CEnTEMEnTE, TEVE DE SEr a ParPÚBlICa a FaZEr UM EMPrÉSTIMo DE 100 MIlHõES DE EUroS à EMPrESa…

mICHAeL CoNoLLY:“É mais difícil nos dias de hoje obter fi-nanciamento, mas a TAP sempre o con-seguiu. Antes da abertura do processo de privatização, estávamos a negociar um empréstimo de 100 milhões de euros, de longo prazo. Com o início da privatização, não fazia sentido contrair um empréstimo de longo prazo na iminência de entrada de capital (prevista para dezembro). Mais tarde, con-cluiu-se que o valor da primeira tranche da privatização seria inferior às expecta-tivas iniciais.Acontece que uma operação de financia-mento demora entre quatro e cinco me-ses a concretizar. Foi por essa razão que a Parpública fez um empréstimo à TAP, de curtíssimo prazo, com juros, que será pago logo que que a empresa volte aos mercados.

a TaP SÓ VaI SoBrEVIVEr SE For PrIVa-TIZaDa. SE ISSo nÃo aConTECEr TEM QUE FECHar…

FerNANdo PINTo:“A TAP já provou que consegue crescer, mesmo num ambiente altamente compe-titivo e numa década extremamente difícil. Em 2000, não tínhamos capitais próprios, tínhamos imensos problemas de tesoura-ria, estávamos num processo de privatiza-ção que viria a falhar.depois sofremos o embate de várias cri-

ses: 11 de setembro de 2011, explosão dos preços dos combustíveis, ataque das companhias low-cost, derrocada econó-mico-financeira… Tudo isto sem ajudas de Estado. E crescemos anualmente, em média e nos últimos 10 anos, 10%, muito acima da média europeia (3-4%). Atualmente, a TAP está entre as três com-panhias aéreas mais eficientes da Europa. Segundo os assessores financeiros da pri-vatização, na média dos últimos três anos, a TAP S.A. tem a melhor rentabilidade en-tre as companhias analisadas (incluindo iAg, Lufthansa e Air France/KLM).Vivemos há mais de 12 anos por conta própria.”

a TaP ESTÁ a SEr VEnDIDa Por UM Valor DE 35 MIlHõES DE EUroS, MaS CoMProU a PGa Por 140 MIlHõES. PorTanTo, a aQUISIÇÃo Da PGa FoI UM PÉSSIMo nEGÓCIo, QUE SÓ SE ConCrETIZoU PorQUE a TaP É Do ESTaDo. UM PrIVaDo nUnCa o FarIa …

FerNANdo PINTo:“Esta comparação é maldosa, desde logo porque o valor da venda da TAP inclui-ria, não apenas os ganhos para o Estado, mas também a dívida (1,2 mil milhões de euros) e mais um montante a injetar na empresa, o que totalizaria cerca de 1,6 mil milhões de euros.

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A aquisição da PgA foi pura e simples-mente baseada numa decisão empresa-rial. Teve zero de influência política. Além de que a empresa não tinha dívida. O estu-do que fizemos apontava para um retorno do investimento em seis anos. deu-se em três anos e, hoje, a PgA significa um re-torno anual para a TAP de 45 milhões de euros, graças à sua operação.”

a TaP TEM UMa FroTa MUITo anTIGa. VaI SEr PrECISo InVESTIr BaSTanTE na SUa SUBSTITUIÇÃo…

FerNANdo PINTo:“Errado. A TAP tem uma frota moderna… Os aviões da frota A330 são iguais aos que estão hoje a sair de fábrica. Estão tecno-logicamente atualizados. Os aviões da frota de médio curso (família A320) são quase idênticos aos que saem de fábrica atualmente. Há uma única dife-rença: os nossos são 2% menos eficientes no consumo de combustível.Os quatro A340 também não têm hoje o nível de eficiência dos que estão a sair

de fábrica. Consomem mais combustível, mas são mais úteis em rotas específicas (Luanda e São Paulo), pois têm uma exe-cutiva com maior capacidade e mais auto-nomia. Estão a ser operados pelas gran-des companhias de todo o mundo.Quanto à frota da PgA os Embraer estão ainda perfeitamente adequados. É verda-de que os Fokker são mais antigos, mas muitas companhias, incluindo low-cost, ainda os utilizam.É claro que o plano de negócios prevê o crescimento e substituição de frota, mas isso acontecerá no momento mais opor-tuno.

a TaP M&E BraSIl É UM BUraCo MonU-MEnTal E PrEjUDICa a VEnDa Da TaP…

FerNANdo PINTo:“Todos temos de tomar constantemen-te decisões ao longo da nossa vida. Mas quando se toma uma tamanha decisão como foi a de aquisição do negócio de Manutenção no Brasil, isso envolve mui-tos consultores especializados no negócio

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e especialistas da própria empresa, o Conselho de Administração e o acionista.A TAP M&E Brasil vinha responder à ne-cessidade de aumentar a capacidade da nossa Manutenção para satisfazer os clientes terceiros. No ano anterior a esse negócio, a TAP M&E em Portugal teve de recusar 70 aviões.A oportunidade no Brasil surgiu no âmbito da possibilidade de compra da Varig. To-dos os estudos mostravam que a unidade de Manutenção seria um excelente negó-cio. Então, por que não foi?A principal razão foi um descompasso no próprio Brasil. A valorização cambial da moeda (real) foi enorme. de uma hora para outra, o real passou a valer o dobro, enquanto os serviços que prestávamos passaram a valer metade. depois, o Brasil entrou numa fase de grande crescimen-

to, o que foi positivo para o nosso tráfego mas complicado para a Manutenção pois os custos salariais dispararam.A conjugação destes dois fatores levou a que os proveitos caíssem 40% e os custos aumentassem também 40%. Era difícil de prever, mas aconteceu.Além disso, aqueles 70 aviões que anual-mente não podiamos aceitar, de repente, por causa da crise, desapareceram. O mer-cado da Manutenção teve uma forte quebra.Atualmente, o câmbio está ajudando e os custos do trabalho foram adaptados com a redução de 50% do número de trabalha-dores. O plano de negócios aponta para lucros em 2015, mas vamos ter que acelerar o processo. Em 2012, o resultado operacio-nal da empresa está 30% melhor do que no ano passado.” ¢

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A revista norte-americana global Traveler, uma das revistas de viagens mais lidas do mundo,

atribuiu à TAP o prémio de melhor com-panhia aérea da Europa, em resultado de inquérito efetuado junto dos seus leitores, um público muito exigente, que realiza frequentes viagens internacionais.A TAP discutiu o prémio nesta categoria com companhias como Lufthansa (2ª po-sição), Swiss (3ª), Austrian (4ª) e British Airways (5ª), tendo ainda obtido o terceiro lugar na categoria de melhor companhia transatlântica, atrás da Lufthansa e da British Airways.Este prémio, entregue em 13 de dezembro, em Los Angeles, traduz o empenho da TAP no competitivo mercado norte-americano, nomeadamente o trabalho desenvolvido junto do segmento corporate. ¢

melhor companhia aérea da europae terceira transatlântica

A TAP foi eleita companhia líder mundial para a América do Sul e para África na grande final dos World Travel Awards (WTA), reali-

zada em Nova deli, Índia, em 12 de dezembro. Estes prémios são considerados os “óscares” do turismo mundial.Com esta distinção, a TAP vê reconhecido todo o tra-balho e esforço que tem persistentemente desen-volvido nos últimos anos, tanto em África como na América do Sul, aproximando e unindo aqueles con-tinentes à Europa. ¢

Líder mundial para a América do Sul e África

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empresa com maior equilíbrio entre a vida profissional e familiar

A TAP foi distinguida como a empre-sa com maior equilíbrio entre a vida profissional e familiar na segunda

edição dos prémios “As Empresas Mais”, organizados pela revista Human resources.Para Victor Vale, diretor de recursos Huma-nos do grupo TAP (na foto, ao centro, a re-ceber o galardão), “este prémio traduz o re-conhecimento externo e a validação interna da atitude da TAP, que procura ser a melhor empresa para viajar, trabalhar e investir”.“Criar soluções na organização que promo-vam o bem-estar emocional e físico, facili-tando o equilíbrio entre a vida pessoal e pro-fissional, é uma prioridade para a empresa, uma vez que gera impacto no equilíbrio so-cial interno e ao nível de desempenho, o que significa ter pessoas mais disponíveis, mais criativas, de braços abertos para o nosso cliente” – sublinha.A TAP proporciona condições de apoio e desenvolvimento aos seus trabalhadores. Victor Vale apresenta alguns exemplos: “o

infantário, os serviços de saúde através da sua unidade interna de cuidados de saúde, seguros de saúde, ginásio ou serviços de apoio social que acompanham o trabalha-dor em todas as fases da sua vida ativa, mas também na reforma.”Este responsável reconhece que o prémio da revista Human resources é para a TAP “um incentivo e estimula-nos a prosseguir o nosso trabalho, fazendo mais e melhor”. ¢

melhor empresa de comércio a retalho

A Lojas Francas de Portugal (LFP) é a melhor empresa de comércio a retalho de acordo com a revista

Exame (500 Maiores & Melhores), desta-cando-se por ser a filiada na APEd – Asso-ciação Portuguesa de Empresas de distri-buição – com maior volume de vendas por trabalhador e por metro quadrado.A avaliação da revista diz respeito a 2011,

ano em que a LFP cresceu 6,5% em ven-das e 15,3% em resultado líquido face ao anterior. Nuno Amaral, administrador--delegado da empresa, afirma que estes foram os melhores resultados de sem-pre e realça que “foram obtidos numa conjuntura extremamente adversa, o que ilustra bem a solidez e resiliência da empresa”. ¢

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Vinhos portugueses premiados na Polónia

T rês vinhos portugueses servidos a bordo dos aviões TAP foram premiados no concurso “Cellars

in the Sky 2012”, promovido pela revista

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TAP recebe três prémios de carga T&N

“ Uma vez mais, a TAP Cargo esteve em particular evidência, ao garan-tir três triunfos. O melhor resulta-

do entre todos os operadores participan-tes”, escreve o Transportes & Negócios (T&N) a propósito dos prémios de carga 2012, promovidos por este jornal.A empresa venceu em três das nove cate-gorias relativas ao transporte aéreo: me-lhor companhia aérea para a Europa, para as Américas e para África.Os prémios foram entregues no Porto, em 22 de novembro, a representantes da TAP Cargo. Na foto: rita Costa Silva, Bru-no Oliveira, Susana Pacheco e José Anjos (em cima); Bruno Aires, Bruno Silva e Ale-xandra Pereira (em baixo). ¢

rICarDo lo PrESTI, rEPrESEnTanTE Da TaP na PolÓnIa (ao CEnTro), na rECEÇÃo DoS PrÉMIoS EM VarSÓVIa

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Business Traveller Poland.Vallado Branco 2011 (douro) obteve o se-gundo prémio na categoria “vinhos bran-cos”, Quinta do Côtto 2010 (douro) foi o terceiro melhor em “vinhos tintos” e o Porto Churchill’s Tawny 10 anos conquis-tou o terceiro prémio na categoria “vinhos doces”.Evidencia-se, mais uma vez, o grande con-tributo da companhia para a divulgação e promoção internacional da produção viní-cola portuguesa. A TAP, diretamente para o serviço de bordo ou através da sua par-ticipada Lojas Francas de Portugal (LFP), comprou à produção nacional mais de um milhão de garrafas de vinho em 2011. ¢

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“ Portugal é o país mais sexy da Europa. E ser sexy é ter ruas e ruelas,

becos, escadas e escadinhas, chafarizes, bicas e calçadas. Ser sexy é despertar os senti-dos, é estar perto das pesso-as e das coisas, é ver as ondas rolarem os seixos nas praias e ter ao fundo as colinas, os montes e os vales. Ser sexy é subir o rio douro até à régua, é ter uma canção sensual – o fado – uma língua viril – o por-tuguês – e uma alma sonhado-

A revista UP desafia mensalmente, desde a sua pri-meira edição, uma personalidade a escrever, em 2.500 carateres, porque vale a pena conhecer Por-tugal. estas crónicas foram reunidas num livro lan-çado em novembro.

ra – a do poeta. Ser sexy é ser dono de um mistério que dura há mais de 800 anos, é ter o sal e a pimenta da Europa no seu sangue, nas suas terras, no seu mar, no seu amor.”Começa assim a crónica de Carlos Coelho (responsável pela actual imagem da TAP) escrita para a revista UP, de fevereiro de 2008. É um dos 59 textos publicados na revista de bordo da TAP, agora reunidos no livro “Portugal vale a pena”, lançado pela editora Oficina do

Portugal vale a pena

“escrever para viajantes é, no fundo, uma grande metáfora daquilo que é escrever em absoluto, porque a viagem é, talvez, um dos símbolos mais evidentes da própria vida”joSÉ lUÍS PEIXoTo (ESCrITor)

GonÇalo M. TaVarES, GonÇalo BUlloSa (lEya), PaUla rIBEIro E FErnanDo PInTo

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_revista up

OS AUTORES…Alexandre Quintanilha, Ana Maria Magalhães, Alexandra Lucas Coelho, Ana Sousa Dias, António José Teixeira, António Mega Ferreira, Artur Santos Silva, Bárbara Coutinho, Carlos Coelho, Clara Ferreira Alves, Carlos Vaz Marques, Domingos Amaral, Emídio Rui Vilar, Fernando Alves, Frei Bento Domingues, Fernanda Câncio, Ferreira Fernandes, Filipa Melo, Francisco Camacho, Gonçalo M. Tavares, Hélder Macedo, Inês Meneses, Isabel Stilwell, João Adelino Faria, João Lobo Antunes, João MacDonald, João Paulo Cotrim, João Pereira Coutinho, Jorge Araújo, Jorge Rodrigues, Jorge Sampaio, José Carlos de Vasconcelos, José Cutileiro, José Luís Peixoto, José Miguel Júdice, Leonor Xavier, Lídia Jorge, Luísa Schmidt, Maria João Seixas, Marta e Joana Afonso, Martim Avillez Figueiredo, Miguel Sousa Tavares, Miguel Vale de Almeida, Nicolau Santos, Ondjaki, Onésimo Teotónio de Almeida, Pacman, Patrícia Barnabé, Patrícia Reis, Pedro Adão e Silva, Pedro Bidarra, Pedro Mexia, Pedro Rosa Mendes, Pilar del Río, Ricardo Alexandre, Rui Tavares, Tiago Torres da Silva, Valter Hugo Mãe, Vicente Jorge Silva.

Livro em 12 de novembro.Segundo a diretora da revista, Paula ribeiro, “estes textos fazem um intemporal retrato do País, que acontece graças à generosidade dos seus auto-res, celebrando desta forma o 5º aniversário da UP”.São crónicas sobre o melhor que Portugal tem para mos-trar, todos os meses, desde novembro de 2007, a mais de um milhão de leitores da revis-ta de bordo da TAP.

“ProjETo EXTraorDInÁrIo”“É um projeto extraordiná-rio, lançado na hora em que a UP completa cinco anos, que mostra Portugal de uma for-ma diferente” – reconheceu o presidente-executivo da TAP, Fernando Pinto, na apresenta-ção de “Portugal vale a pena”.Para o escritor gonçalo M. Tavares, “o projeto deste li-vro, desta recolha de crónicas, combate a ideia de que é difí-cil a um escritor falar sobre o bom e o bonito do nosso País. Quem pegar neste livro pode realmente percorrer o País, sem seguir as indicações nor-malizadas.”A revista UP é, ela própria, um exemplo daquilo que se faz bem em Portugal. Essa é a opinião da fadista Marisa, presente no lançamento do livro: “A revista é ótima porque leva o turista a descobrir aspetos nem sempre visíveis sobre o nosso País.” ¢

“dá vontade de fazer mais livros com

conteúdos da UP, porque cada uma das

suas rubricas dava um livro”

PaUla rIBEIro (DIrETora Da UP)

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25 anos a formar TmAo sucesso dos cursos ab initio de TmA realizados pela TAP é bem evidente. Todos os oradores da cerimónia que marcou os 25 anos desta formação o reconheceram. A empresa tem hoje uma equipa altamente qualificada na sua manutenção, que contribui para os elevados padrões de segurança operacional.

A O primeiro curso ab initio de téc-nicos de manutenção de aerona-ves (TMA) promovido pela TAP co-

meçou em 23 de novembro de 1987. desde então concluíram-se 16 cursos, que forma-ram 696 profissionais, dos quais 589 ainda se encontram ao serviço da empresa.Para comemorar os 25 anos do início desta formação, a TAP M&E e a Formação Pro-fissional (TAP Serviços/recursos Huma-nos) organizaram uma cerimónia de ho-menagem a todos os TMA que fizeram os cursos. Aconteceu em 23 de novembro, no hangar 6 da M&E.Neste evento foram entregues recordações

alusivas ao 25º aniversário e também os certificados aos formandos do mais recen-te curso ab initio (16º).O administrador responsável pela TAP M&E, Jorge Sobral, abriu a cerimónia ex-pondo as razões do sucesso desta forma-ção, tendo destacado a “boa integração dos formandos”, que tem sido uma realidade desde o primeiro curso, devido à “excelen-te passagem de know-how dos TMA mais experientes aos recém-chegados”.Paulo Soares, vice-presidente do instituto Nacional de Aviação Civil (iNAC), que in-terveio na cerimónia, sublinha este aspe-to: “Se há 25 anos havia a esperança de

PrIMEIro CUrSo aB InITIo DE TMa

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se fazer bons técnicos, hoje temos a convicção de que eles existem, que a transmissão de conhecimentos tem sido bem conseguida e que o prestígio e a qualidade da M&E são in-questionáveis.”

“ProFISSIonaIS alTaMEnTE ESPECIalIZaDoS”Jorge Sobral relaciona o iní-cio dos cursos ab initio de TMA com a opção estratégica de “avançar decididamente na manutenção para terceiros”, a qual se viria a mostrar acerta-da, tendo em conta o peso que esta vertente atinge atualmen-te no volume de negócios da TAP M&E.“Essa nova lógica de captação de clientes implicou, à época,

reformular a organização e ga-rantir o incremento de mão de obra qualificada” com vista a responder ao natural acrésci-mo de trabalho.“O mercado de recrutamen-to estava então esgotado e a média etária dos nossos tra-balhadores era extremamente elevada. A única maneira de assegurarmos o futuro era, assim, lançarmos um projeto próprio de formação de TMA, do qual nos orgulhamos mui-to” – afirma Jorge Sobral.O sucesso dos cursos ab initio foi também sublinhado pelo presidente-executivo da TAP, Fernando Pinto, no discurso de encerramento da cerimó-nia: “Parabéns a quem teve a visão de criar este curso, com

ForManDoS Do 16º CUrSo aB InITIo DE TMa rECEBEM oS CErTIFICaDoS

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tal nível de profundidade e de detalhe técnico, porque sem ele não estaríamos onde estamos hoje, dotados de uma equipa de profissionais altamente especia-lizados.”Fernando Pinto deixa também uma palavra de apreço aos mais antigos: “dou os parabéns àque-les pioneiros que já trabalha-vam na M&E antes dos cursos ab initio. Eles trouxeram a em-presa até aqui, com muito esfor-ço pessoal.”

“PIlar FUnDaMEnTal Da SEGUranÇa oPEraCIonal”“Temos um grupo de TMA extre-mamente respeitado em todo o mundo. Muitos dos meus cole-gas de outras companhias dão--me os parabéns pela capacida-de e qualidade da nossa M&E. Eles confiam na nossa Manuten-ção e é por isso que aqui colo-cam os seus aviões” – diz Fer-nando Pinto.O presidente-executivo revela que uma das razões por que veio para a TAP foi o reconhecimen-to da aposta que sempre foi feita pelas várias áreas da empresa na segurança operacional, sen-do a M&E um dos seus pilares. “Transportar pessoas pelo ar é um assunto muito sério e, por-tanto, só pode ser feito com muita seriedade. Foi imbuída deste espírito que a empresa se desenvolveu, cresceu e chegou aonde estamos hoje.”“O curso ab initio de TMA foi fi-cando cada vez mais sofisticado,

UM DoS MoMEnToS Da EnTrEGa DE CErTIFICaDoS: VÍTor PInTo (M&E), SanDra FanHa (TaP SErVIÇoS/ForMaÇÃo ProFISSIonal), TrÊS ForManDoS Do 16º CUrSo, PaUlo PEIXoTo (InaC) E MarGarIDa TorrES (anTIGa rESPonSÁVEl Da ForMaÇÃo ProFISSIonal)

jorGE SoBral na aBErTUra Da CErIMÓnIa

EnTrEGa DE rECorDaÇõES

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porque os nossos aviões es-tão hoje mais sofisticados. isto exige, cada vez mais, muito estudo, dedicação, capacidade de atualização de técnicas e de conhecimentos” – afirma Fer-nando Pinto.

“GranDES ForMaDorES”Muito do sucesso desta forma-ção de TMA está ligado ao traba-lho dos formadores, muitos dos quais trabalhadores da M&E, como reconhece Fernando Pin-to. “Agradeço aos formadores a sua dedicação, a sua vontade e competência para transmitirem conhecimentos e motivação. O resultado está à vista!”Também o vice-presidente do iNAC realça este trabalho: “Não podemos ter bons téc-nicos sem termos grandes formadores, que têm sabido atualizar-se, acompanhar e inovar no domínio das técnicas de formação.”Os cursos ab initio de TMA são

FErnanDo PInTo jorGE SoBral MICHaEl Conolly PaUlo SoarES

uma componente importante do investimento que a TAP tem realizado na área da Formação Profissional, faz notar o admi-nistrador Michael Conolly, que aponta alguns números glo-bais.“São mais de 300 mil horas de formação anuais, mais de 300 formadores, 20 mil formandos por ano, números que acho surpreendentes.”Michael Conolly salienta um aspeto inovador da formação profissional desenvolvida na TAP e que tem sido reconhe-cido externamente: “Já temos 15% da nossa formação rea-lizada através de e-learning, uma iniciativa que tem dado muito certo e que está a cres-cer rapidamente.”Para Fernando Pinto, “a TAP é um bom exemplo para o País porque já faz o que este preci-sa de fazer, formação básica. A formação ab initio de TMA é um bom exemplo” ¢

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o s fabricantes de aviões desenvol-vem tecnologias que lhes permi-tem implementar sistemas mais

fiáveis e sofisticados. Também os opera-dores vão ganhando experiência na utili-zação das aeronaves. Este conhecimento integrado – fabricantes e operadores – é reunido num documento formal designado “programa de manutenção”.É com base neste documento que cada operador planeia a manutenção que terá de efetuar, obrigatoriamente e de forma programada, nas suas aeronaves. Trata--se, assim, de um documento dinâmico, que evolui ao longo dos tempos.Para que este processo funcione, constitui--se um comité que reúne todos os interve-

TAP acolheu reunião do ISC da Família A320o 27º encontro do Industry Steering Committee (ISC) da Família A320 realizou-se em Lisboa. esteve em destaque a otimização do programa de manutenção deste tipo de aeronaves. A TAP foi a anfitriã.

nientes num fórum comum e formaliza, de forma metódica, o conhecimento adquiri-do. A este comité dá-se o nome de industry Steering Committee (iSC).O programa de manutenção é um docu-mento chave na obtenção da certificação para que o primeiro voo de cada tipo de ae-ronave possa ser efetuado, acompanhando o avião até este deixar de ser produzido. Por esse motivo, as reuniões do iSC come-çam muito tempo antes do primeiro voo. No caso da Família A320 (frota A318, A319, A320 e A321), este organismo existe desde 4 de dezembro de 1985, data da sua pri-meira reunião. O voo inaugural do primeiro avião desta família ocorreu em 22 de feve-reiro de 1987.

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rEDUÇÃo DE CUSToS na MIraO 27º encontro deste comité realizou-se em 11 de outubro na TAP. Mário Araújo, diretor de Engenharia da TAP M&E, explica a seleção da compa-nhia: “Um dos critérios de es-colha dos anfitriões destes en-contros do iSC tem a ver com a importância que lhes é atri-buída. Neste momento, a TAP tem uma equipa de engenharia muito competente e com uma atitude muito participativa a trabalhar nestes eventos.”A reunião decorreu num mo-mento em que se preparam avanços fun-damentais na Família A320, como o lan-çamento do novo A320NEO (New Engine Options) e a disponibilização aos operado-res, pela Airbus, de uma modificação nas asas sharklets, que permitirá poupar com-bustível na operação das aeronaves.“As poupanças que estamos a tentar al-cançar são enormes. Trabalhamos conti-nuamente para melhorar o programa de manutenção” – afirma roeger Torsten, da Airbus, copresidente do iSC.

MESa PrESIDEnCIal: anTHony MonTIlla (aIrBUS – MWG - Zonal MaInTEnanCE WorKInG GroUP, CHaIrMan); MElIH DEMIr (aIrBUS – ISC Co-CHaIrMan aSSISTanT); TorSTEn roEGEr (aIrBUS – ISC Co-CHaIrMan); yoUSoUF BHEEKHUn (BrITISH aIrWayS - ISC CHaIrMan, ElEITo na rEUnIÃo DE lISBoa); joEl FErrEIra (TaP – ISC MEMBEr), EnGEnHEIro Da TaP M&E QUE CoorDEnoU a rEalIZaÇÃo Da rEUnIÃo EM lISBoa; VÍTor PInTo E MÁrIo araÚjo Da TaP M&E

“Por exemplo, este ano, decidiremos so-bre o cancelamento de algumas tarefas de manutenção que se vão traduzir direta-mente numa significativa redução de cus-tos”, sublinha.O iSC é composto por companhias aéreas de todo o mundo que operam esta família de aviões, autoridades aeronáuticas e a Airbus. Participaram na reunião de Lis-boa 51 representantes destas entidades, excedendo largamente as estimativas iniciais.¢

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IATA maintenance Cost Conference

A Mário Araújo, diretor de Engenha-ria, representou a TAP M&E na conferência da iATA “Maintenance

Cost”, que decorreu entre 17 e 19 de outu-bro, em Atlanta, EUA. Este responsável foi orador e moderador no painel “Changing impact of intellectual property on MrO”, patrocinado pelo grupo Aviation Week and Space Technology.O tema suscitou muito interesse pela sua atualidade e por ter sido a primeira vez que foi abertamente debatido em reuniões no âmbito das organizações de manutenção aeronáutica (MrO).A crescente ameaça para as MrO afiliadas a companhias aéreas, ou de natureza inde-pendente, prende-se com o facto de as no-vas tecnologias utilizadas nos aviões e nos reatores modernos estarem a ser restrin-gidas ao domínio dos fabricantes, sendo por estes altamente valorizadas e prote-gidas, através da evocação da propriedade intelectual.A situação está a conduzir a um progressivo

monopólio destes fabricantes no mercado de pós-venda e a dificultar a atividade das organizações de manutenção. ¢

A TAP M&E esteve presente, com um stand, na 10ª edi-ção do Wings of russia in-

ternational Aviation Forum, o maior evento do transporte aéreo da Eu-ropa de Leste, que reuniu mais de 300 delegados de empresas de 20 países, em Moscovo, em 9 e 10 de outubro. ¢

MIGUEl CaSIMIro E rEnaTa CarPInTEIro, Da EQUIPa DE

MarKETInG E VEnDaS

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J orge Leite (diretor da Qualidade), rogério São Pedro (Engenharia de Motores da Manutenção de Aviões),

Fernando Ferreira Matos (responsável de Tecnologias de informação) e Ana Paula Matos (Tecnologia de Materiais e Ambiente da direção de Qualidade) representaram a TAP M&E no ciclo de conferências MrO Eu-rope 2012, organizado pela Aviation Week, que este ano se realizou em Amesterdão, de 9 a 11 de outubro. A empresa também marcou presença com um novo stand na área de exposições.Em 9 de outubro, em simultâneo com a MrO Europe, realizou-se a conferência MrO iT Europe. A empresa fez-se representar

mro europe 2012

C arlos ruivo, diretor de Marketing e Vendas da TAP M&E, participou como

orador na conferência “Engine MrO Forum”, organizado pela Avia-tion Week em Paris, em 30 e 31 de outubro. No âmbito deste evento, operadores, fabricantes e organi-zações de manutenção contextua-lizaram a atual situação da manu-tenção de reatores.¢

por Fernando Ferreira Matos (responsável de Tecnologias de informação) e Carlos Mendes (responsável pela Manutenção de Linha), que abordaram, respetivamente, a aplicação da tecnologia rFid na Manu-tenção de Motores e a plataforma tecno-lógica para a mobilidade na Manutenção de Linha.O responsável de Tecnologias de informa-ção foi ainda moderador no Closing Panel discussion, sob o tema “The fine balance of sharing data across the MrO ecosystem”, em que se abordou a partilha de informa-ção entre operadores aéreos, organizações de manutenção e fabricantes. ¢

J orge Leite, diretor da Qualidade da TAP M&E, apresentou uma palestra sobre “Aircraft Safety Assessment” no Air-

worthiness Forum da international Federation of Airworthiness (iFA), que teve lugar em Londres, em 12 de setembro. A iFA é uma organização não-governamental, se-diada no reino Unido, que se dedica ao estudo e divulgação de temas relacionados com a aerona-vegabilidade, os fatores humanos e a segurança aeronáutica. ¢

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AVm Summit 2012

N uma iniciativa da Aviation Main-tenance Magazine, realizou-se em Londres, em 8 e 9 de novem-

bro, o AVM Summit 2012. A TAP M&E mar-cou presença através dos responsáveis da Qualidade, Jorge Leite, e de Tecnologias de informação, Fernando Ferreira Matos.Este evento teve dois vetores, a PMA Parts

FErnanDo FErrEIra MaToSjorGE lEITE

Conference e a MrO Technology Conferen-ce. O primeiro foi orientado para dar uma visão sobre as oportunidades e desafios associados ao uso de material PMA (“pro-dutos brancos”), enquanto o segundo in-cidiu na inovação, aumento de eficiência e questões legais, como a propriedade inte-lectual. ¢

C arlos Mendes, responsável pela Manutenção de Linha da TAP M&E, foi nomeado chair-person da European Line Maintenance Or-

ganization (ELMO) no decurso da 56ª edição da reu-nião desta organização, em istambul, Turquia, em setembro. A nomeação é válida pelo período de dois anos, sendo a primeira vez que um responsável da TAP assume esta função na ELMO. ¢

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PArTICIPAÇÃo NA CoNFerÊNCIA SASCoN’12

A TAP M&E foi convi-dada, em novembro último, a partici-

par na conferência anual da FOCA (autoridade aeronáu-tica da Suíça), este ano de-dicada ao tema da medição de performance nos siste-mas de gestão das entida-des (como parte do SMS) e dos estados (integrado no SSP – State Safe-ty Programmes), utilizando para o efeito os SPi (Safety Performance indicators).A apresentação da TAP M&E, efetuada por Jorge Leite, diretor da Qualidade, teve como

Ações de Promoção do SmS da TAP m&eA Promoção é um dos quatro pilares do desenvolvimento do SmS (Safety management System) na TAP m&e. As ações de formação e divulgação enquadram-se nessa estratégia e continuam em várias vertentes.

objetivo principal mos-trar as nossas ideias e atividades atualmente em desenvolvimento, re-lativas à interligação dos sistemas de Safety da operação, da manuten-ção e da gestão da ae-ronavegabilidade, bem como a escolha e utili-

zação dos SPi mais adequados. Este assunto assume ainda maior pertinência já que, até agora, as entidades aeronáuticas não publica-ram regulamentação aplicável, o que realça o pioneirismo do trabalho em curso na M&E. ¢

eASA brIeFING UPdATe (ed. 3): SAFeTY PerFormANCe oVerSIGHT

A TAP M&E tem vindo a realizar pe-riodicamente ações de formação interna específicas dedicadas à

atualização dos seus técnicos sobre as-suntos da Safety e da Qualidade, com real-ce para as novidades com origem na EASA (European Aviation Safety Agency).A 3ª edição destas ações teve lugar em novembro e destinou-se a transmitir aos formandos da M&E a futura estratégia da EASA e das autoridades aeronáuticas dos países da UE na execução das tarefas de

oversight de entidades e empresas. Num futuro muito próximo, as autorida-des terão de fazer evoluir as suas técni-cas de auditoria da filosofia prescritiva atual, baseada sobretudo no cumprimen-to dos regulamentos, para uma nova abordagem focada na gestão do risco e na medição da performance das entida-des. Esta nova filosofia deverá ser igual-mente estendida aos próprios programas internos de compliance monitoring das empresas. ¢

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breves_

A direção de Vendas Portugal pro-moveu a sua reunião anual nos dias 8 e 9 de novembro na Madei-

ra. Numa altura de contenção de custos, o encontro só pôde realizar-se graças à colaboração de parceiros locais que ga-rantiram alojamento e transferes.Foram analisados neste encontro os re-sultados gerais do mercado português, o comportamento dos seus principais segmentos – lazer e corporate – e para cada área geográfica. debateu-se ain-da as oportunidades e ameaças do meio

direção de Vendas Portugal reúne na madeira

envolvente, bem como os pontos fortes e fracos, para enfrentar os desafios que se colocam.Foi um momento de introspeção e análi-se, com vista a olhar com profundidade os resultados e a delinear a estratégia para 2013, algo que não é possível fazer na ati-vidade do dia a dia.A reunião contou também com alguns momentos de descontração, que permiti-ram estimular o espírito de equipa. Ape-sar do ritmo acelerado e da agenda muito apertada, os objetivos foram cumpridos!¢

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_breves

o Os comandantes Ângelo Felguei-ras e Pedro Cortesão ergueram a bandeira da TAP no topo do

Monte Fuji, em 22 de outubro. É a mais alta montanha do Japão, situada na ilha de Honshu, e tem uma altitude de 3.776 metros.Ângelo Felgueiras assume que “apesar de não ser um feito extraordinário, foi uma subida invernal”, época que a maior parte

TAP no

monte Fuji

dos alpinistas evitam por não estarem em funcionamento estruturas de apoio.recorde-se que este comandante da TAP já subiu os chamados Seven Summits, as montanhas mais altas de cada um dos sete continentes: Evereste (Ásia), Aconcá-gua (América do Sul), denali ou McKinley (América do Norte), Kilimanjaro (África), Elbruz (Europa), Vinson (Antártica) e as Pirâmides de Carstensz (Oceânia). ¢

A TAP lançou um novo site mobile que cobre todo o mercado de dis-positivos móveis, através de apli-

cações nativas iOS e Android, ou baseadas em HTML para os aparelhos que utilizam outros sistemas operativos.

Novo site mobileOs clientes que acedam a www.flytap.com através de um smartphone são direciona-dos automaticamente para a versão mo-bile do site, podendo também entrar dire-tamente usando o endereço mobile.flytap.com. ¢

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A TAP apoia a exposição “A arte da tapeçaria – tradição e modernida-de”, patente de 7 de dezembro de

2012 a 10 de março de 2013, na galeria do SESi-SP, Centro Cultural ruth Cardoso, na sede da Federação das indústrias do Esta-do de São Paulo (FiESP), Brasil.A iniciativa é da Espírito Santo Cultura e da Manufatura de Tapeçarias de Portalegre e integra-se no Ano de Portugal no Brasil, expondo obras de artistas que colabora-ram com a Manufatura de Portalegre nas últimas sete décadas.Estão presentes, entre outros, trabalhos de Almada Negreiros, Júlio Pomar, Eduardo Nery, Le Corbusier, Vieira da Silva, Arpad Szenes, graça Morais, Manuel Cargaleiro, José de guimarães, Nadir Afonso, Pedro Calapez, Álvaro Siza, Nini Andrade Silva e Joana Vasconcelos. ¢

Tapeçaria de Portalegre no brasil

UM DoS TraBalHoS EXPoSToS, Da aUTorIa DE FErnanDo lEMoS, CoM o TÍTUlo “rIo MEMÓrIa” (1964), InTEGra a ColEÇÃo Da TaP (BraSIl). EM PrIMEIro Plano na FoTo

breves_

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_serviço a bordo

A classe executiva da companhia (tap exe-cutive) apresenta-se ainda melhor em ter-mos de conforto e qualidade. A mudança

percebe-se logo à chegada ao avião. O revestimento das cadeiras foi padronizado com sofisticados teci-dos em tons de azul. A alcatifa surge em cinza com apontamentos em verde lima. Com uma ressalva: esta alteração está a ser introduzida de forma fase-ada em toda a frota e só deverá concluir-se durante o próximo ano.A iluminação ficou mais suave durante o serviço a bordo, para que a cabina se torne ainda mais aco-lhedora.

A “nova” executivaHá muitas novidades na classe executiva da TAP: um ambiente mais confortável, peças de serviço sofisticadas e criativos menus.

A tap executive ficou mais confortável para o passageiro. As tradicionais mantas foram

substituídas por edredões macios e envolventes em

algumas rotas selecionadas.

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serviço a bordo_

Foram introduzidos novos kits de conforto. recicláveis e colecionáveis, são decorados com obras de arte de reconhecidos artistas portugueses, brasileiros e africanos, graças a uma parceria com a galeria 111. Contêm itens produzidos com materiais 100% naturais, destacando-se os cremes do famoso institut Karité de Paris.

A sofisticação das peças do serviço de mesa nota-se até nos mais pequenos detalhes. As novas toalhas de mesa, guardanapos, panos dos carros de serviço e naperons de bandeja refletem a tradição e qualidade dos têxteis portugueses. Também as ementas se apre-sentam com nova imagem e design gráfico muito clean.

anTÓnIo olE (anGola)

PaUla rEGo

lEDa CaTUnDa (BraSIl)

ArTe A bordo dA TAP

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_serviço a bordo

reINTerPreTAÇÃo dA CozINHA PorTUGUeSA

o s novos menus da tap exe-cutive reinterpretam a típica cozinha portuguesa de forma

contemporânea, criativa e sofisticada, juntando uma vasta seleção de pratos com os melhores peixes, aves e carnes aos já tradicionais pratos de bacalhau e polvo.O chef Vítor Sobral criou, para os voos de longo curso, 24 novos pratos para a principal refeição, 18 guarnições – mais ricas e elaboradas – para as sa-ladas, 12 chutneys ou vinagretes har-monizados com as guarnições, seis sopas (servidas na taça em frente do passageiro) e outras tantas deliciosas sobremesas, bem como novos snacks frios. Para o início da refeição foram criados alguns amouse-bouche. Por exemplo, um estaladiço de queijo, pera e noz, ou sementes torradas com pimenta doce e coentros.Para acompanhar o café, são ofereci-dos ouriços de castanha (criados pelo pasteleiro Eurico Castro, de Trás-os--Montes) ou bombons de chocolate ar-tesanais da denegro.No serviço de refeições do médio cur-so são introduzidos 12 novos pratos na refeição principal, seis entradas frias, seis chutneys ou vinagretes, seis so-bremesas e snacks frios.Os menus criados por Vítor Sobral são servidos apenas nos voos de médio e longo curso com partida de Lisboa e Porto. Nos voos com origem no Bra-sil, as ementas são da responsabilida-de dos chefs brasileiros danio Braga (restaurante Sollar, em Búzios) e Cé-sar Santos (da Oficina do Sabor, em Olinda). ¢

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C harlie é um urso de peluche. Ele percorreu o mundo até 22 de dezembro por uma causa nobre: comprar brinquedos para crianças romenas desfavorecidas. A

iniciativa foi promovida por um dos maiores agentes de viagens online da roménia, em parceria com um banco daquele país que ofereceu uma verba por quilómetro percorrido. A TAP associou-se a esta campanha no período de 26 a 29 de novembro, transportando o Charlie de Barcelona para Lisboa, daqui para São Paulo, regresso a Lisboa e, finalmente, da capi-tal portuguesa para Bucareste.¢

dá brinquedos a crianças desfavorecidas

Urso Charlie

solidariedade_

BarCElona

HanGar 6 Da TaP PrEMIUM CUSToMEr CEnTrE – aEroPorTo DE lISBoa

aEroPorTo DE lISBoa aEroPorTo DE lISBoa

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_solidariedade

à ParTIDa DE lISBoa

lISBoa

aEroPorTo InTErnaCIonal DE SÃo PaUlo

HanGar 6 Da TaP

à ParTIDa DE lISBoa

SÃo PaUlo

lISBoa

lISBoa

TrIPUlaÇÃo Do Voo Para BUCarESTE

lISBoa

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solidariedade__star alliance

A Star Alliance continua a crescer. Em 29 de novembro, aumentou a sua presença na China com a in-

tegração da Shenzhen Airlines, a segunda companhia da aliança neste país, depois da adesão da Air China em finais de 2007.“A Shenzhen Airlines é a quinta maior transportadora aérea da China e reforça a presença da Star Alliance nesse país e em toda a Ásia. Os nossos clientes podem ago-ra beneficiar de melhores ligações a esta região economicamente importante. Por seu lado, o novo membro ganha acesso a uma rede global com mais benefícios para os seus passageiros. Esta é, de facto, uma situação win-win”, disse Mark Schwab, CEO da aliança, durante a cerimónia de boas-vindas realizada no aeroporto inter-nacional Shenzhen Bao’an. “Hoje é um dia de grande alegria para todos nós na Shenzhen Airlines. Após 16 meses

Shenzhen Airlinesintegra Star Alliance

de trabalho de integração, tornamo-nos membros da Star Alliance. Sabemos que nenhuma empresa aérea, por si só, pode responder atualmente às necessidades dos viajantes internacionais. Com a ade-são, podemos agora oferecer aos nossos clientes uma rede global, ao mesmo tempo que colocamos decisivamente Shenzhen no mapa mundial do transporte aéreo” – declarou Feng gang, presidente do novo membro da aliança.“É com orgulho que anunciamos que o aero-porto de Shenzhen, servindo a quarta maior cidade da China, é agora o mais recente hub da Star Alliance, a partir do qual vamos mar-car a diferença, não só na China, mas em toda a região da Ásia-Pacífico” – afirmou.

MaIS 400 VooS DIÁrIoSA Shenzhen Airlines adiciona à rede da Star Alliance cerca de 400 voos diários

A quinta maior companhia aérea chinesa integrou a rede da Star Alliance. A cerimónia realizou-se no aeroporto internacional Shenzhen bao’an em 29 de novembro.

SÃo PaUlo

lISBoa

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para 70 destinos, entre os quais cinco ci-dades na China: Juzhou (província de Zhe-jiang), Linyi, Qinhuangdao, Shijiazhuang e Zhoushan.Além de melhorar a conectividade da base operacional da companhia em Shenzhen, os passageiros internacionais dispõem agora de um maior leque de opções para voos de ligação no interior da China, atra-vés da conexão com os aeroportos interna-cionais de Pequim, guangzhou e Xangai--Pudong.Em termos globais, os membros da Star Alliance passam a oferecer mais de 21.900 voos diários para 1.329 destinos em 194 países. ¢

A Shenzhen Airlines foi fundada em 1992 e iniciou as operações em setembro do ano seguinte. A Air China e a International Shenzhen Total Logistics são os acionistas desta companhia que dispõe de uma frota de mais de uma centena de aviões de passageiros e de carga. Deverá aumentar a sua frota para 170 aeronaves até ao final de 2015, introduzindo também aparelhos wide-body. Opera em mais de 135 rotas domésticas e internacionais.

C alin rovinescu, presidente e CEO da Air Canada, foi eleito presidente do Conselho Executivo da Star Alliance, sucedendo a rob Fyfe, CEO da Air

New Zealand, que ocupou o cargo nos últimos dois anos.O Conselho Executivo é o órgão de controlo da aliança e nele estão representadas todas as companhias membro, através dos respetivos CEO. Compete-lhe orientar a es-tratégia global da aliança, aprovar os fundos adequados e votar a admissão de novos membros.

Conselho executivo da Star Alliance tem novo presidente

roB FyFE E CalIn roVInESCU

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livro_

“ Nunca devia ter aceite o pedido do Pedro para lhe ficar com um saco. Para ser totalmente sincero convos-

co, queridos amigos, não sabia o que aquele enorme saco tinha lá dentro. Foi exatamen-te esse o meu problema: não fazer a míni-ma ideia”.Ao longo do primeiro capítulo, o “problema” começa a ser desvendado…“O Pedro quer dar a volta à casa. O des-graçado dá-me a volta. Eu fico-lhe com um saco do iKEA. A minha vida irá acabar nas próximas 72 horas.”“Nunca mais pensei no saco do Pedro. Até ao dia seguinte. Como facilmente podeis calcular depois de tudo o que me aconte-

ceu, arrependi-me amargamente deste le-viano comportamento. É bem certo que me arrependi. Arrependi-me muito. Mas já era tarde, não era?”Pois era! Tiago Lage, o narrador de “Uma questão de bonecas”, pretenso descenden-te em linha reta dos viscondes de Leomil da Beira Alta e reputado especialista em slots aeroportuários, vê-se metido em apuros… A relação de Tiago com a sua namorada – a “pura, imaculada e boazona Ângela Maria” – entra pelo cano. Uma banal ida à mercea- ria da rua para comprar tomates coloca-o nas garras da ninfomaníaca dédé. Um jan-tar familiar converte-se num desastre.Tudo por conta do conteúdo do tal saco.

Se um amigo resolver fazer mudanças em casa e lhe pe-dir para guardar, tempora-riamente, alguma da tralha que foi acumulando… tenha medo, muito medo. Tiago Lage aceitou guardar em sua casa um saco do amigo Pedro. este favorzinho desencadeia uma frenética sucessão de estranhos e terríveis aconte-cimentos no livro “Uma ques-tão de bonecas”, de Alexan-dre Coutinho.

Uma questão de

bonecas

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Uma boneca insuflável, que vai desintegrar o calmo e ordeiro mundo de Tiago Lage. Al-guém é assassinado e o atarantado narra-dor vê-se subitamente arrastado para uma sala de interrogatórios da Polícia Judiciária.Um peixinho tropical, com quem Tiago vai conversando, deixa-lhe um aviso certeiro: “Tás lixado, meu!”

PolICIal HUMorÍSTICo“Uma questão de bonecas” é o primeiro li-vro de Alexandre Coutinho, responsável pelo planeamento e distribuição de horários da TAP, e foi lançado em 24 de novembro.“desde miúdo que leio policiais, mas quis fazer algo diferente, combinando dois géne-ros que parecem inconciliáveis: o policial e o humor” – afirma Alexandre Coutinho, que classifica este seu livro como um policial humorístico.As suas referências estão nos policiais clássicos, sobretudo norte-americanos, de autores como Erle Stanley gardner ou Ed McBain, mas também, por exemplo, no bel-ga george Simenon. dos contemporâneos, destaca o espanhol Manuel Vázquez Mon-talbán e o sueco Henning Mankell.Ao longo das mais de 400 páginas de “Uma questão de bonecas”, que se leem de um fôlego, o autor desenvolve uma trama ines-perada, envolvente e hilariante.Se o leitor cruzar o corrosivo “Wilt” (Tom Sharpe) com o divertido “O xangô de Baker Street” (Jô Soares) e o alucinante “O melhor que pode acontecer a um croissant” (Pablo Tusset), terá à partida uma ideia do que vai encontrar na prosa de Alexandre Coutinho.

DoIS EM UM: lIVro E SITEO livro foi escrito entre outubro de 2011 e maio de 2012. O autor começou por conceber a “espinha dorsal”, mas enfrentou alguns “bloqueios criativos”, o drama da “folha em branco”, comum à maioria dos escritores.

“Houve um momento em que pensei sus-pender o projeto, isto é, não terminar o li-vro.” Mas numa reunião na TAP com um consultor, este disse-lhe: “quando há um problema muito grande, temos de cortar o elefante às fatias e analisá-lo fatia a fatia.”“Achei esta analogia engraçada e resolvi aplicá-la no livro. de segunda a sexta-feira, pensava apenas num capítulo. No sábado, já tinha claro na mente o que ia escrever”. E foi assim que, semana após semana, Ale-xandre Coutinho escreveu “Uma questão de bonecas”.“Este livro foi um hobby. deu-me muito gozo escrevê-lo e criar um site sobre ele” – diz.Se entrar em http://umaquestaodebonecas.wix.com/o-livro, pode ler o primeiro capítu-lo na íntegra, ouvir as músicas referidas ao longo do livro, nas quais o autor se inspirou, e, já agora, também pode comprá-lo lá. ¢

_livro

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homenagem_

F oi no dia 19 de outubro de 2012. dia triste. Um dos maiores aviado-res portugueses de sempre fazia o

seu último voo. Na terra. Os céus sempre foram dele, desde que um dia, ainda meni-no, olhou para cima e viu passar um avião e um piloto, de cachecol a esvoaçar ao ven-to. Quis ser como ele. E foi. Teve a vida que quis, como fazia questão de repetir vezes sem conta, até acreditarmos nele. E isso acontecia logo à primeira, ta-manha era a convicção que levava a frase. Era assim que resumia os dias. Os muitos que passaram pelos seus 96 anos de vida. dita na primeira pessoa, foi também essa a frase que deu título ao livro que escrevi sobre a sua vida (Nr: “A vida que eu quis – TAP 264”, publicado em 2007), repleta de histórias que se confundem com a História

o último voo docomandante marcelino

o comandante marcelino morreu em 19 de outubro. A sua biógrafa, rita Tamagnini, presta-lhe uma merecida homenagem neste artigo.

“oS 11 DE InGlaTErra”, 1º CUrSo DE PIloToS Da TaP rEalIZaDo na ESCola Da BoaC, WHITCHUrCH, EM 25/5/1945. o CoManDanTE MarCElIno ESTÁ à DIrEITa na 1ª FIla.

Receção em Burbank do 1º Super Constellation da

tap (CS-tla), em 5/8/1955. O comandante

Marcelino é o 2º da esquerda (com óculos)

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_homenagem

do País e da aviação em Portugal, em geral, e da TAP, muito em particular: a sua companhia de sempre. Foi um dos “11 de inglater-ra”, o grupo fundador de pi-lotos da TAP, e foi aqui que voou por mais de 40 anos, sendo, ainda hoje, admira-do pelos seus pares. Em boa hora decidiu a Associação de Pilotos Portugueses de Linha Aérea homenagear um avia-dor de mão cheia que viveu como quis, a voar. Uma história feita de paixão e profundo amor pela aviação que, a mim, me transportou para tempos que não vivi, mas que, ainda assim, consegui sentir, através das próprias palavras do comandante Mar-celino, das fotografias e de re-latos da época.

noME DIGno DE SEr SUBlInHaDoAgradeço-lhe, comandante, uma vez mais, e em primeiro lugar, por tudo o que fez pela avia-

ção. E, em segundo, por me ter facilitado em muito a tarefa… Meticuloso e or-ganizado, foi, ao longo dos anos, sublinhando em jor-nais, revistas e documen-tos de toda a espécie o seu próprio nome, sempre que o mesmo era referido. É de facto um nome digno de ser sublinhado. Tanto por razões profissionais como pessoais. Além de ter sido um pro-fissional ímpar, foi tam-bém um ser humano extraordinário, de quali-dades raras nos tempos em que vivemos e que

1ª tripulação do 1º Super Constellation da tap (CS-tla) na linha de África (28/11/1955). O comandante Marcelino é o 3º da esquerda

Futuros pilotos ainda em instrução (entre finais da década de

1930 e início da década de 1940).

O comandante Marcelino é o 3º da direita.

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homenagem_

será sempre um exemplo para os seus pares. Um verdadeiro cavalheiro que viveu como quis: profundamente apaixonado. Pela família e pelos aviões, que frequente-mente comparava… às mulheres. Numa das nossas conversas disse-me: “Quan-do se ama uma mulher, não se consegue tratá-la mal, pois não? O mesmo acon-tece com os aviões. Quando os amamos mesmo a sério, não podemos fazer mal o nosso trabalho e voá-los mal, pois não?”. Não, comandante. dito por si, acredito que seja tão simples quanto isso… Foi no dia 19 de outubro. Triste dia. grande homem. resta o consolo de sa-ber que as estrelas não morrem. Ape-nas mudam de lugar... Boa viagem, co-mandante Marcelino. Obrigada pelas lições. É uma verdadeira honra tê-lo conhecido e ter “voado” consigo. ¢Comandante Marcelino com Rita tamagnini,

na gala do aviador (2007), evento em que foi

homenageado com o prémio Carlos Bleck

Comandante Marcelino (2ª da esquerda) nas comemorações, em 2006, do 60º aniversário do primeiro voo comercial da tap (lisboa-Madrid)

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1968INAUGUrAÇÃo dAS

INSTALAÇÕeS do CremA

museu do ar_

Aconteceu em dezembro...

Em 31 de dezembro de 1946, iniciava-se a viagem inaugural da “linha Imperial”, designação dada às linhas de África da TaP até 1954, ligando lisboa a luanda e lourenço Marques (atual Maputo) em avião DC3 (Dakota). Teve a duração de 6 dias, com 12 escalas, em cada sentido. Tripulação: Manuel Maria rocha (comandante), roger de avelar (segundo piloto-navegador), Manuel Fonseca da Silva (mecânico), armando de almeida Pombo (radiotelegrafista) e lurdes Martins (assistente de bordo).

1946VIAGem INAUGUrAL

dA LINHA ImPerIAL

_efemérides

o primeiro avião da frota B707-320 da TaP, proveniente da Boeing, em Seattle, chegou a Faro às 11h23 de 18 de dezembro de 1965, para onde divergiu devido a nevoeiro a lisboa, onde acabaria por aterrar às 14h25. Tripulação: Soares e Marcelino (comandantes), Maia loureiro (navegador), Coragem (mecânico), orloff Esteves (comissário de bordo) e Teresa Inácio (assistente de bordo).a bênção do avião, que recebeu o nome “Santa Cruz”, pelo arcebispo de Mitilene, D. Manuel dos Santos rocha, ocorreu no dia seguinte. Foi madrinha Gertrudes rodrigues Thomaz, a mulher do Presidente da república, américo Thomaz.

o Centro de revisão e Ensaio de Motores de avião (CrEMa), atual oficina de Motores da TaP M&E, foi inaugurado em 18 de dezembro de 1968. a cerimónia contou com a presença, entre outros, do Presidente da república, américo Thomaz, e do cardeal-patriarca de lisboa, Manuel Gonçalves Cerejeira. Foi construído entre 24 de abril e 30 de setembro. os custos de construção e de equipamento ascenderam a 744 mil dólares (preços correntes).

1965eNTreGA À TAP do 1ºAVIÃo dA FroTA b707-320

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jornalTAP 101 dezembro 2012_41

a TaP aBrIU, EM 22 DE DEZEMBro DE 2008, o SEU PrEMIUM loUnGE no aEroPorTo DE lISBoa, CoM MoDErnaS E ConForTÁVEIS ÁrEaS DE DESCanSo, laZEr, EnTrETEnIMEnTo, MUlTIMÉDIa E BUSInESS CEnTEr.

a CoMPanHIa lanÇoU o CHECK-In onlInE EM DEZEMBro DE 2005. nESTa FaSE, o SErVIÇo ESTaVa aPEnaS DISPonÍVEl Para oS VooS à ParTIDa DE lISBoa Para oS DESTInoS EUroPEUS (EXCETo aÇorES, MaDEIra E rEIno UnIDo).

1989INÍCIo dAS LIGAÇÕeS

dIreTAS LISboA-NeWArK

a TaP InICIoU aS lIGaÇõES DIrETaS EnTrE lISBoa E nEWarK (EUa), CoM UMa FrEQUÊnCIa SEManal, EM 14 DE DEZEMBro DE 1989.

2005ArrANQUe do CHeCK-IN oNLINe

DEPoIS DE UM FlaSHMoB rEalIZaDo PEla TaP EM 23 DE DEZEMBro no aEroPorTo DE lISBoa, a TaP E a ana ProMoVEraM UM SEGUnDo EM 30 DE DEZEMBro, aGora CoM ParTICIPaÇÃo DE TraBalHaDorES DaS DUaS EMPrESaS. oS VÍDEoS DESTaS aÇõES TIVEraM MaIS DE 1,5 MIlHõES DE VISUalIZaÇõES no yoUTUBE.

2009PrImeIroS FLASHmobS

No AeroPorTo de LISboA

2008AberTUrA do PremIUm

LoUNGe em LISboA

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_última

A TAP promoveu, em 20 de dezem-bro, um concerto de Natal na área de check-in do aeroporto de Lis-

boa, protagonizado pela Orquestra gera-ção. Trata-se de um grupo infantojuvenil, criado pela Escola de Música do Conserva-tório Nacional, pela Câmara Municipal da Amadora e pela Fundação Calouste gul-benkian.O objetivo da orquestra é contribuir, atra-vés da música, para o crescimento mais harmonioso de crianças inseridas em am-bientes com poucas condições económicas e sociais e que frequentam escolas dos primeiro, segundo e terceiro ciclos.Este projeto foi acarinhado pelos Volun-tários com Asas, que se juntam neste dia à iniciativa no aeroporto, proporcionando também um dia diferente a crianças de instituições parceiras, que foram convida-

Concerto de Natal da orquestra Geração no aeroporto de Lisboa

das para assistir ao concerto. No evento participaram ainda as mascotes da TAP, Flip&Flap, que marcaram presen-ça no aeroporto durante todo o fim de se-mana, com diversas ações junto dos pas-sageiros mais novos. ¢