Suplementação e os testes...
Transcript of Suplementação e os testes...
Boas práticas recomendadas para mitigar potencial
interferência da Biotina nos laboratórios
FAZENDO A DIFERENÇA
é cIêNcIA
Reconhecendo o potencial e minimizando o risco de interferências em Testes Laboratoriais
Suplementação e os testes
laboratoriais
Parte
inte
gran
te d
a Re
vista
New
slab
ediç
ão 1
46
Ano 19 | Número 01 | Fevereiro / Março 2018
“A cada segundo, cerca de 60 resultados são gerados no mundo inteiro com os ensaios Elecsys®, o que reflete a robustez de todos os testes que comercializamos”
Ingrid Furlan, gerente de Produto de Imunologia da Roche
/// índice
A Roche realizou um estudo para fornecer informa-ções valiosas e maior clareza sobre a farmacocinética (PK) da biotina.
Os resultados, publicados no International Journal of Pharmacokinetics, confirmam que 100% dos indivíduos no estudo que tomam 5 mg de biotina por dia apresentam concentrações séricas de biotina abaixo de 30ng/mL dentro de 3,5horas.
A biotina apresentou farmacocinética linear no intervalo de doses (5-20 mg),foi rapidamente absorvida e teve uma meia-vida sérica efetiva de 15 h (estado estacionário alcançado em 3 dias).
Propriedades farmacocinéticas da biotina.
10mgQD*
100% abaixode 30ng/mLem 8 horas
100% abaixode 30ng/mL em3 horas e meia
100% abaixode 30ng/mLem 0 horas
5mgQD*
1mgQD*
Níveis plasmáticos ao longo do tempo em relação aos limiares de interferência in vitro (dados utilizados no desenvolvimento dos limites especificadosna bula).
O estudo verificou a tolerância a interferentes listadas nas diferentes bulas
Grimsey et al 2017 International Journal of Pharmacokinetics. doi: 10.4155/ipk-2017-0013
Diferentes períodos de eliminação da biotina de em relaçaõ à a dosagem administradaaos participantes do estudo farmacocinético. Adaptado de Grimsey et al., 2017 (xii)
*Doses >10mg: interferência potencial em alguns ensaiosQD: quantidade diária
Contexto 0,03 - 0,06 mg
5 ng
Além disso, 100% dos indivíduos no estudo que tomam 10 mg de biotina por dia apresentam concen-trações séricas de biotina abaixo de 30ng/mL dentro de 8 horas.
Esses dados são consistentes com as informações em nossas bulas e fornecem orientação sobre os períodos de washout de biotina necessários para evitar resultados equivocados nos testes.
• Para os tratamentos de biotina de 10 mg QD (10 mg é > 300 vezes a ingestão diária adequada), os níveis séricos de biotina estavam abaixo do limiar de interferência in vitro de ≥ 30 ng/ml após um período de washout de 8 h.
• Em casos extremos de pacientes que ingerem uma dose diária de > 10 mg, são recomendados períodos de washout mais longos.
A ingestão normal de biotinacomo um multivitamínico diário não representa risco de interferência
5 ng de biotina = 100 cápsulas de um multivitamínico comum por dia
O Estudo Rochesobre a PKXII
confirmou:
Estudos farmacocinéticosConcentração ao longo do tempo
Um multivitamínico típicocontém < 0,1ng de biotina.
Dosagens muito altas de biotina são > 5 ng.Essa dosagem apresenta potencial de interferir com o teste.
Tempo (horas)
00
20
20
40
40
60
60
80
100
80 100 120
Coleta de sangue
Voluntários saudáveis que tomam biotina Nsubj=54 (18 por dose grupo)
3 doses de biotina(5 ng, 10 ng, ou 20 ng dia, 5 dias total)
Ingestão de biotinapor 5 dias
Amostras de sangue tomadas nos dias1, 2, 3, 6 e 7
Dia 3: 1, 3, 6, 8, 12 pós consumo de biotinaDia 6: 24 pós consumo de biotinaDia 7: 1, 3, 6, 8, 12 pós consumo de biotina
Análise em colaboração com a Roche Pharma
O modelo farmacocinético estudado forneceu orientações valiosas sobre os períodos de eliminação da biotina de modo que se evite resultados falsos em imonuensaios.
Encorajamos os fabricantes e usuários a considerarem e verificarem os índices de interferência nas instruções de uso dos produtos.
Para pacientes realizando tratamento com doses elevadas de biotina (i.e. > 5 mg / dia), a coleta de amostra deve ser realizada com pelo menos 8 horas desde a última administração de biotina.
O ensaio não é afetado por icterícia (bilirrubina<428 mol / L ou <25 mg / dL), hemólise
(Hb <0,621 mmol / L ou <1,0 g / dL), lipemia (Intralipid <1500 mg / dL) e biotina
<123 nmol / L ou <30 ng / mL. *
*Exemplo - os dados podemvariar de acordo com o ensaio.
FAzEndoA dIFEREnçA dIGITAL
o poder da vitamina B12 na saúde das pessoas
Boas práticas recomendadas para mitigar potencial interferência da Biotina nos laboratórios
04 10 14é cIêncIA
Interferências em testes laboratoriais
18Em Foco
Experiência com o cobas c 513 em laboratório da Prefeitura de São Paulo
21cAnAL RochE
Parceria entre Roche e GE para melhorar diagnósticos
Toque nas imagens para navegar entre as páginas
A relação entre a biotina e os testes laboratoriais
/// editorial
A biotina é uma vitamina do complexo B cuja ingestão
adequada é de 30 mcg/dia, de acordo com o conselho
de Alimentação e nutrição da Academia nacional de
ciências, Engenharia e medicina dos EUA. é possível obtê-la
a partir da ingestão de alimentos como ovos, grãos integrais
e amêndoas, além dos suplementos vitamínicos padrões do
mercado, que costumam conter a dose de 30 a 40 mcg/dia
e não interferem nos resultados dos testes. o risco efetivo
entra em jogo, conforme relata a FdA, com os suplementos
usados sem receita médica, que podem ter até 650 vezes a
dose diária recomendada da biotina. é esse nível elevado que
pode causar um falso-positivo ou falso-negativo nos testes.
o Fazendo a Diferença aborda a confiabilidade dos testes da
Roche e a importância de haver laboratórios e médicos cons-
cientes da interferência das altas doses da biotina para que erros
nos resultados dos testes laboratoriais possam ser evitados.
A seção Digital da revista relata a importância da vitamina
B12 para a saúde – tanto sua deficiência quanto excesso
é prejudicial.
Já o É Ciência traz um estudo sobre as interferências em
testes laboratoriais. Entender o potencial dessas interferên-
cias, seguir os procedimentos especificados na bula, garan-
tir informação ao médico e melhorar a comunicação com o
paciente podem minimizar os riscos. na parte de notas, o
Em Foco traz a experiência da Prefeitura de São Paulo após
a instalação do cobas c 513 em um laboratório. o Canal
Roche explica a parceria entre a Roche e a General Electric
(GE) para a criação de uma plataforma digital com o obje-
tivo de melhorar os diagnósticos de pacientes com câncer
e de cuidados intensivos.
Boa leitura!
3Roche News | Fevereiro / Março 2018
4
Laboratórios e médicos precisam estar conscientes da interferência das altas doses da biotina para que erros nos resultados possam ser evitados
A biotina e os testes laboratoriais
Por Madson de Moraes
/// Fazendoa diferença
5Roche News | Fevereiro / Março 2018
/// Fazendoa diferença
Recentemente, os relatos de interferên-
cia das altas doses de biotina nos resul-
tados dos testes laboratoriais chamaram
a atenção dos laboratórios clínicos, dos
médicos e da própria Food and Drug
Administration (FDA), agência de regu-
lamentação de medicamentos dos Esta-
dos Unidos. A FDA divulgou uma comu-
nicação de segurança em novembro de
20171 pedindo mais interação entre
laboratórios, clínicos e pacientes sobre a
importância de relatar o uso dessa vita-
mina para tentar mitigar o risco de resul-
tados incorretos nos testes laboratoriais.
No comunicado, a agência relatou uma
morte associada ao excesso da vitamina,
quando um paciente, com níveis eleva-
dos de biotina, apresentou resultados
falsos de troponina, um biomarcador cli-
nicamente importante para ajudar no
diagnóstico de infarto do miocárdio.
A biotina é uma vitamina do complexo B cuja
ingestão adequada é de 30 mcg/dia2,3,4,5,
de acordo com o Conselho de Alimenta-
ção e Nutrição da Academia Nacional de
Ciências, Engenharia e Medicina dos
EUA. É possível obtê-la a partir da inges-
tão de alimentos como ovos, grãos inte-
grais e amêndoas, além dos suplementos
vitamínicos padrões do mercado, que
costumam conter a dose de 30 a 40
mcg/dia potencial muito baixo de interfe-
rência nos resultados. O risco efetivo
entra em jogo, relatou a FDA, com os
suplementos obtidos sem receita médica,
que podem ter até 650 vezes a dose diária
recomendada da biotina. É esse nível ele-
vado que pode causar um falso-positivo
ou um falso-negativo nos testes.
6
/// Fazendoa diferença
“A vitamina, principalmente se ingerida em
altas doses, pode interferir nos imunoen-
saios e causar resultados falsamente alte-
rados nas dosagens hormonais,
25-hidroxivitamina D e marcadores
cardíacos como a troponina. Em
geral, apenas doses acima de
5.000-10.000 mcg/dia podem oca-
sionar resultados falsamente altera-
dos”, afirma o patologista clínico e
membro da Sociedade Brasileira de
Patologia Clínica/Medicina Labora-
torial (SBPC/ML) Dr. Marcelo
Cidade Batista. Ele reforça que
laboratórios devem indagar especi-
ficamente os pacientes sobre o uso
de biotina antes de coletar exames
laboratoriais e recomendar a sus-
pensão da vitamina por pelo menos
dois a três dias (no caso de doses
até 10.000 mcg/dia) ou uma a duas
semanas (no caso de doses maio-
res ou pacientes com função renal
comprometida), desde que a sus-
pensão seja autorizada pelo médi-
co do paciente.
Alguns fatores podem explicar essa
ingestão elevada de biotina. Popu-
lar no mercado da beleza, o alto
consumo tem promovido a crença
de que a vitamina consegue forta-
lecer o crescimento dos cabelos e
unhas, apesar das poucas evidên-
cias clínicas a respeito. Em algumas
situações, como na esclerose múlti-
pla (EM), o uso elevado da biotina
tem sido considerado útil, ainda
que, nesses casos, também não
haja uma terapia aprovada pela
FDA6,7, mas sim um ensaio clínico de
fase 3 em andamento que considera a
utilização de altas concentrações da vita-
mina para formas progressivas da EM. Não
há uma recomendação formal da Sociedade
Brasileira de Dermatologia (SBD) para der-
matologistas na hora de prescrever
doses de biotina.
Confiança nos testes da RocheComo forma de apoiar o pedi-
do da FDA de maior interação
entre laboratórios clínicos e
médicos sobre a interferência
da biotina nos testes laborato-
riais, a Roche Diagnóstica
criou o site biotinfacts.roche.
com, que traz informações
seguras e pesquisas que vali-
dam a segurança e confiabili-
dade dos resultados de seus
imunoensaios, projetados com
a interação estreptavidina-bio-
tina, que tem sido utilizada por
muitos fabricantes, incluindo a
Roche Diagnóstica, no caso
dos imunoensaios. Os testes
da Roche Diagnóstica são pro-
tagonistas atualmente no mer-
cado, por utilizarem uma tec-
nologia patenteada de eletro-
quimioluminescência (ECL), o
que permite a geração de
resultados rápidos, precisos,
sensíveis e confiáveis.
“Orgulhamo-nos da qualidade
dos testes que oferecemos, uma
vez que ela tem sido confirmada
em diversos estudos científicos
realizados no mundo todo, desde
o advento da tecnologia Elecsys®,
há mais de 20 anos, com o lança-
mento de seu primeiro analisador.
A partir de 1996, todos os sistemas
Elecsys® vêm continuamente mar-
cando tendências na área dos imu-
noensaios. A cada segundo, cerca de 60
resultados são gerados no mundo inteiro
com os ensaios Elecsys®, o que reflete a
7Roche News | Fevereiro / Março 2018
/// Fazendoa diferença
microgramas/dia), nenhuma amostra
deve ser coletada em até oito horas
após a última administração do suple-
mento alimentar ou dietético, o que
acabaria mitigando o potencial de
interferência. Esse tempo de espera é
essencial nos resultados de testes
precisos para pacientes que recebem
tratamento com alta dose de biotina
(mais de 5 mg por dia).
Já em relação à preocupação com o
aumento na venda de suplementos
concentrados de biotina, os números
revelam outro cenário. Nos EUA, dados
da consultoria Nielsen9 apontam que a
maior parte das vendas de suplemen-
tos de biotina atualmente é de doses
menores que 2,5 mg, enquanto as ven-
das de doses de 5 mg diminuíram nos
últimos três anos. E, embora as vendas
de biotina tenham variado ligeiramente
acima de um período de três anos
(julho de 2014 a junho de 2017), as
vendas no último ano (julho de 2016 a
junho de 2017) diminuíram em relação
aos 12 meses anteriores. “Estimamos
que aproximadamente 0,5% de todos
os suplementos atualmente comerciali-
zado no Brasil contêm biotina em alta
concentração”, esclarece Ingrid.
educação e estratégias laboratoriaisPara fazer frente a essa onda de rela-
tos e casos de interferências relacio-
nadas às altas doses de biotina, os
laboratórios precisam ser líderes na
educação de pacientes e provedores
SBP
/ D
ivul
gaçã
o
Em geral, apenas doses acima de 5.000-10.000 mcg/dia podem ocasionar resultados falsamente alterados
dr. Marcelo Cidade Batista,patologista clínico e membro da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial (SBPC/ML)
robustez de todos os testes que comer-
cializamos”, afirma a gerente de Produto
Imunologia da Roche, Ingrid Furlan.
No caso dos relatos de interferência de
biotina nos testes, outra vantagem que
deixa a Roche à frente é o fato de seus
imunoensaios fornecerem uma rotulagem
clara de testes para garantir que médicos
e laboratórios possam mitigar o risco de
potencial interferência. Portanto, todas as
bulas dos imunoensaios trazem a infor-
mação sobre a concentração de biotina
na amostra dos pacientes com potencial
de interferir nos resultados. Esses valores
foram confirmados em um estudo realiza-
do em 2017, mostrando que não houve
necessidade de ações corretivas em suas
bulas quanto aos valores de referência da
vitamina. “Isso confirma a preocupação
da Roche Diagnóstica em relação à quali-
dade dos produtos e confiabilidade dos
resultados gerados. Não precisamos fazer
nenhum tipo de correção ou adequação
quanto a isso, diferentemente de alguns
concorrentes”, relata a gerente. O estudo
citado acima foi publicado no International
Journal of Pharmacokinetics8.
De acordo com as bulas da Roche,
para os pacientes que estejam inge-
rindo altas doses de biotina (> 5.000
SBPC
/Div
ulga
ção
8
/// Fazendoa diferença
horas é também o recomendado pela
Sociedade Brasileira de Dermatologia.
A UC Davis10, por exemplo, estabeleceu
um programa de vigilância para determi-
nar o potencial de interferência com base
em seus dados de registro médico eletrô-
nico (EMR). Outra tática do programa na
UC Davis é buscar implementar um pro-
tocolo de triagem de biotina. “Quando um
médico nos contatar para um resultado
que não corresponde ao quadro clínico
para um ensaio baseado em biotina, usa-
remos esse protocolo de solução de pro-
blemas para determinar se existe interfe-
rência de biotina”, explica Nam Tran. Uma
questão a ser abordada nesse cenário é
É preciso perguntar ao paciente, na hora de colher o
exame, se há uso de biotina
dra. Rosa Paula Mello Biscolla,assessora médica em endocrinologia do Fleury Medicina e Saúde
Fleu
ry/D
ivul
gaçã
o
de saúde, como forma de mitigar o
potencial de interferência não apenas
da biotina, mas também de outras
interferências em geral. A opinião é do
professor associado do Departamento
de Patologia e Medicina do Laborató-
rio da Universidade da Califórnia na
cidade de Davis (UC Davis), Dr. Nam
Tran. “Os endocrinologistas na UC
Davis perguntam ao paciente se há
uso da biotina e gravamos isso em seu
registro de saúde. Os líderes de labo-
ratórios devem estar cientes dessa
possibilidade e incluir como parte de
seu trabalho os resultados discrepan-
tes encontrados e fornecer soluções
pragmáticas e realistas, mantendo a
consciência situacional dessas ques-
tões. a biotina não é o primeiro nem será o último interferente que encontramos”, opina Tran.
Algumas estratégias adotadas para os
laboratórios não serem pegos de sur-
presa com resultados errôneos são a
promoção de reuniões com a equipe
laboratorial e o estabelecimento de
equipes multidisciplinares para apren-
der a lidar com o tema, visando a uma
melhor compreensão das tendências
de suplementação de vitaminas e usos
terapêuticos da biotina, além da partici-
pação ativa das mídias sociais como
forma de disseminar conhecimento e
informações a respeito da interferência
da biotina.
Sobre essas estratégias, Marcelo Cida-
de Batista explica que são os patolo-
gistas clínicos os principais facilitadores
e multiplicadores de informações refe-
rentes a testes laboratoriais. Por isso,
eles devem participar de reuniões clíni-
cas e promover palestras dirigidas aos
médicos, a fim de explicar os possíveis
efeitos da biotina e outros interferentes
sobre os testes laboratoriais. “Além dis-
so, os laudos dos exames sujeitos a
interferência analítica devem conter
notas explicativas, alertando pacientes
e médicos sobre possíveis falsas altera-
ções nos resultados”, afirma.
No Fleury Medicina e Saúde, por exem-
plo, pacientes são orientados a suspen-
der o uso da biotina 72 horas antes da
coleta de testes que utilizam a reação
biotina-estreptavidina em seu desenho.
“É preciso perguntar ao paciente, na
hora de colher o exame, se há uso de
biotina”, recomenda a assessora médica
em endocrinologia do Fleury, Dra. Rosa
Paula Mello Biscolla. Esse prazo de 72
9Roche News | Fevereiro / Março 2018
/// Fazendoa diferença
1. Nossos imunoensaios são
propositadamente projetados: a
estreptavidina e a biotina formam
naturalmente uma ligação forte,
altamente específica e estável.
Tal desenho foi usado para criar
imunoensaios sensíveis e precisos
por décadas;
2. Nosso estudo de farmacocinética
da biotina (PK) fornece informações
valiosas: pesquisas confirmam que,
quando usado conforme indicado
em nossas inserções de pacotes,
não há risco de interferência
associada à ingestão normal (30-60
mcg/dia) de biotina;
3. A taxa de crescimento do uso da
biotina diminuiu nos últimos meses.
Apesar de algumas informações
potencialmente confusas na mídia,
a taxa de crescimento total do uso
da biotina baixou para 3,3% de
julho de 2016 a junho de 20179.
Referências1. https://www.fda.gov/MedicalDevices/Safety/AlertsandNotices/ucm586505.htm2. https://www.mayoclinic.org/drugs-supplements/biotin-oral-route/description/drg-20062359. Acess on 5/26/2017 3. Institute of Medicine (U.S.) Standing Committee on the Scientific Evaluation of Dietary Reference Intakes. In: Dietary Reference Intakes for Thiamin, Riboflavin, Niacin, Vitamin B6, Folate, Vitamin B12, Pantothenic Acid, Biotin, and Choline. National Academy of Sciences. Washington (DC). 1998:374–389.4. EFSA Journal 2014;12(2):35805. European Commission. Opinion of the Scientific Committee on Food on the Tolerable Upper Intake Level of Biotin 2001. Available at: http://ec.europa.eu/food/fs/sc/scf/out106_en.pdf Last accessed: July 20166. Peyro Saint Paul, Laure et al. Expert Opinion on Drug Metabolism & Toxicology 12.3 (2016): 327-344. Web. 28 July 2016.7. Tourbah A, et al. Abstract presented at 68th American Academy of Neurology Annual Meeting, Vancouver, Canada.8. Estudo do International Journal of Pharmacokinetics: Grimsey et al 2017 International Journal of Pharmacokinetics. doi: 10.4155/ipk-2017-00139. https://www.prnewswire.com/news-releases/roche-supports-fda-communication-about-potential-forbiotin-interference-with-lab-tests-300565232.html10. https://biotinfacts.roche.com/webinar/ letter to the editor of Medical Laboratory Observer, Dr. Nam Tran, Director of Chemistry, POCT, and SARC Clinical and Quality Research, Dept. of Pathology and Lab Medicine, UC Davis
TRês Coisas que os laBoRaTóRios PReCisaM saBeR soBRe os TesTes da RoChe
que a concentração da vitamina em suple-
mentos não é regulada e, portanto, a con-
centração pode variar e seu uso pelo
paciente pode não ser consistente com o
recomendado. “A FDA e outras agências
reguladoras em todo o mundo devem fazer
um trabalho melhor na regulação desses
suplementos”, opina Tran.
Riscos da suplementação sem prescriçãoAinda que pareçam inofensivos, suple-
mentos vitamínicos podem causar
Div
ulga
ção
Nutróloga Dra Andreia Guarnieri
danos e o excesso de nutrientes pode
ser tóxico, principalmente quando inge-
rido sem necessidades reais e indica-
ções precisas. Ainda que a biotina seja
do complexo B, que permanece pouco
tempo no organismo e é facilmente
excretado pela urina, é mais difícil che-
gar a níveis tóxicos quando suplementa-
da. No entanto, alerta a nutróloga Dra.
Andreia Guarnieri, o excesso de biotina
pode trazer prejuízos à saúde como
acne, alergias, diarreia e náuseas.
A nutróloga reforça que as pessoas
precisam ser informadas de que a
suplementação nunca deverá substituir
refeições ou alimentos. Mesmo no caso
de determinados grupos de indivíduos
mais propensos do que outros a ter
problemas para obter biotina suficiente,
como portadores de uma doença gené-
tica rara chamada deficiência de biotini-
dase, alcoólatras e grávidas ou lactan-
tes, é preciso informar ao profissional
de saúde sobre o uso. “O passo mais
importante é a correção da dieta, para
somente depois avaliar se é necessária
a suplementação de biotina. Complexos
vitamínicos não devem substituir uma
alimentação balanceada e tampouco
ser consumidos sem orientação médica
e supervisão profissional”, orienta
a nutróloga.
10
/// DIGITAL
11
/// DIGITAL
O poder da vitamina B12
A vitamina B12 é um assunto recorrente
entre os adeptos da alimentação vegetaria-
na, cuja dieta não inclui sua ingestão. Além
das carnes, outras fontes seguras de vita-
mina B12 são o leite, queijos e ovos.
Nutricionalmente falando, uma pessoa que
tenha baixa ou nenhuma ingestão de B12
está mais propensa à deficiência. Mas se
engana quem imagina que apenas veganos
e vegetarianos sejam os grupos em risco
de sofrer dessa deficiência: pessoas que
ingerem carne, idosos e indivíduos com
desequilíbrios gastrointestinais, por exem-
plo, também podem estar sujeitos.
“Esse é um grande erro que cometemos
em relação à B12. Fiz uma revisão biblio-
gráfica recente sobre a prevalência de defi-
ciência dessa vitamina no Brasil e os dados
mostram que mais de 50% das pessoas
que comem carne têm deficiência. E, se
formos avaliar os estudos com a população
da América Latina que come carne, vamos
ver que 40% dessa população tem níveis
de B12 muito baixo – abaixo de 200 mcg/
dia. Isso revela que a B12 não depende só
do quanto nós ingerimos desses produtos
animais; ela depende também do nosso
metabolismo e de alguns fatores corporais
que podem ‘bagunçar’ a absorção da B12”,
explica o médico nutrólogo e mestre em
Nutrição pela Unifesp/EPM, Eric Slywitch.
A vitamina B12, quando deficiente, mexe em
basicamente dois sistemas do corpo: no ner-
voso e no hematológico. Os sintomas neuro-
lógicos são mais precoces e comuns, se
manifestando, em estados iniciais de defi-
ciência da vitamina, com redução da concen-
tração, memória e atenção e até mesmo for-
migamento em membros inferiores quando a
pessoa cruza as pernas. “São queixas
comuns quando a B12 começa a ficar mais
baixa no organismo”, relata Slywitch.
Quando essa deficiência vai se acentuan-
do, outras alterações surgem - entre elas,
irritabilidade, comprometimento da memó-
ria, agitação e uma chance de desenvolver
quadros psiquiátricos, como depressão.
“Sabemos que a vitamina vai muito para a
parte cognitiva, todas as atividades que
dependem de concentração, memória e
cognição tendem a envolver uma demanda
maior de vitamina B12. Como nosso trans-
porte de oxigênio é prioridade do corpo, as
manifestações hematológicas da B12 acon-
tecem mais tardiamente”, explica o nutrólo-
go. Em estados mais avançados da defi-
ciência, uma anemia por falta de B12 apre-
senta uma característica específica, que é
o fato de a célula vermelha ficar grande, a
chamada anemia megaloblástica.
Outra condição comum na falta da B12 é o
aumento de uma substância no sangue
chamada homocisteína, um fator potente
de risco cardiovascular, doença de
Alzheimer e má-formação fetal. Além disso,
grandes quantidades de ácido fólico
Por Madson de Moraes
Shut
ters
tock
Segundo nutrólogo, tanto onívoros quanto vegetarianosapresentam deficiência de B12. Exames para dosar a vitamina no sangue estão sujeitos a erros de interpretação
Roche News | Fevereiro / Março 2018
12
/// DIGITAL
podem ocultar os efeitos nocivos da
deficiência de vitamina B12, corrigindo
a anemia megaloblástica, mas não o
dano neurológico que também ocorre.
E vários tipos de medicamentos podem
afetar adversamente os níveis de vita-
mina. “A B12 é um fator de muita aten-
ção porque envolve muitas doenças
comuns hoje em dia”, alerta Slywitch.
Fatores que levam à deficiênciaUm exemplo dos fatores que “bagun-
çam” a absorção da vitamina é a falta
de ácido no estômago, que pode difi-
cultar a retirada da B12 do alimento. É
comum também algumas pessoas per-
derem ou reduzirem a quantidade de
ácido no estômago por causa do enve-
lhecimento, considerado um fator de
risco para a deficiência da vitamina.
“Por isso, algumas entidades norte-a-
mericanas recomendam que todas as
pessoas com mais de 50 anos façam
suplementação de B12, comendo ou
não carne, por conta dessa questão
gástrica ligada ao envelhecimento”, afir-
ma o nutrólogo. E, como a absorção da
vitamina é feita no final do intestino del-
gado, outro problema de carência de
B12 pode surgir, quando nosso corpo
deveria ter uma “reciclagem” de vitami-
na B12 todos os dias. O médico explica
que a vesícula biliar lança a vitamina no
intestino, que a “puxa” de volta para o
sangue, num ciclo diário de reciclagem
chamado ciclo êntero-hepático. A pes-
soa que não consegue reciclar correta-
mente pode jogar muita vitamina para
fora, perdendo essa B12.
Observamos grandes carências da vita-
mina por causa desse ciclo irregular em
algumas pessoas. Dando uma ideia
numérica: às vezes, em uma dieta com
muita carne, queijo, leite e ovos, a pes-
soa não atinge nem 7 mcg/dia de B12.
O fígado joga diariamente para o intesti-
no, por meio da reciclagem, até 10 mcg.
Então, se não absorvo bem, posso inge-
rir 7 e perder 10 mcg. Ou seja, dá para
ter deficiência mesmo ingerindo uma
quantidade recomendada. Por isso, a
B12 é uma vitamina que foge à regra do
‘quem ingere pouco vai ter mais defi-
ciência’. Sua falta é bastante prevalente
em quem come carne e quem não
come”, esclarece o nutrólogo. Outro
fator de risco da carência da vitamina é
o aumento da glicemia. Segundo
Slywitch, esse açúcar alto circulando no
sangue causa lesões no tecido nervoso
e na mielina, uma “capa” que envolve os
nervos. E, para reconstrução dessa
capa, a B12 precisa entrar em ação.
Mas quando a suplementação é reco-
mendada? A princípio, de acordo com o
especialista, toda vez que os níveis de
B12 no sangue estejam abaixo de 490
mcg/dia, sempre, claro, com a prescrição
de um médico especializado para ajustar
a dose. Existem as formas oral e injetável
de suplementação. “Costumo deixar a
injetável para os quadros de emergência
neurológica, quando os sintomas são
intensos e não dá tempo para fazer a B12
subir gradativamente porque os riscos
são grandes. Nas demais condições, a via
oral é bastante segura e pode ser utiliza-
da, desde que na dose certa por um tem-
po programado”, explica o nutrólogo. A
vitamina está presente em quase todos
os polivitamínicos, mas geralmente em
doses que não são adequadas para trata-
mento da deficiência.
O risco de um diagnóstico tardioA falta de vitamina B12 acontece em
quatro estágios, e o mais inicial é uma
deficiência que ocorre dentro das célu-
Dr. Eric Slywitch, nutrólogo e mestre em Nutrição pela Unifesp/EPM
Div
ulga
ção
13Roche News | Fevereiro / Março 2018
/// DIGITAL
las, ainda com pouca ou nenhuma mani-
festação clínica. O que é preciso enten-
der, reforça Slywitch, é que os sintomas
só surgem no último estágio da deficiên-
cia, ou seja, quando a pessoa começa a
ter problemas de memória e atenção.
“Somente alguns laboratórios muito
especializados conseguem diagnosticar
precocemente as alterações nos dois
estágios iniciais. São apenas nos últimos
dois estágios que é possível fazer a
dosagem de outros compostos que
estão alterados, como a homocisteína e
o ácido metilmalônico, indicando uma
deficiência mais avançada. Então, toda
vez que fazemos um diagnóstico da defi-
ciência, há o risco de fazer um diagnós-
tico tardio”, esclarece o nutrólogo.
O exame para detectar a falta da B12 é fei-
to, basicamente, pela dosagem da vitami-
na no sangue, associado ou não aos sinto-
mas da deficiência. Os valores de referên-
cia utilizados pelo laboratório variam de
200 a 980 pg/mL e o valor de segurança
para a vitamina no corpo, aponta o médi-
Se não for detectada e tratada com
antecedência, a deficiência de B12
pode resultar em danos neurológicos
irreversíveis. Portanto o diagnóstico
precoce e preciso é importante para a saúde
pública, pois pode prevenir e corrigir as
consequências adversas dessa deficiência.
Até recentemente, a vitamina B12 total foi
o marcador-chave na avaliação de sua
deficiência, porém, evidências emergentes
indicam que o holoTC (também chamado
de transportador de B12 ativa) é um
melhor marcador, e pode ser o mais antigo
marcador para a depleção de vitamina
B12, bem como mostrar uma boa precisão
diagnóstica, sensibilidade e especificidade.
Portanto os testes “ativos” de vitamina B12,
em vez de “vitamina total”, cresceram em
importância nos últimos anos.
Como parte de seu portfólio, a Roche
em breve poderá oferecer o Elecsys®
Active B121,2,3,4 (holoTC) em todos
os imunoanalisadores, completando
o portfólio de anemia com base na
tecnologia ECL confiável. O novo teste
pode ajudar a identificar o baixo estado
da vitamina B12 antes que os níveis
séricos totais de B12 caiam. Isso é
especialmente vantajoso em grupos de
maior risco, como mulheres que tomam
contraceptivos orais e pessoas com mais
de 65 anos de idade. O teste Elecsys®
Active B12 demonstra qualidade de ECL
comprovada e confiável, e os médicos
podem estar confiantes dos resultados
para dar aos pacientes o tratamento
certo. O teste está em fase de registro
com previsão de lançamento no segundo
semestre de 2018.
TesTe DA ROche e O DIAGnósTIcO pRecOce DA DeFIcIêncIA DA vITAmInA B12
co, deve estar acima de 490 pg/mL. Com
isso, e mantendo a B12 acima desse valor
de segurança, não há necessidade de
dosar a homocisteína nem o ácido metil-
malônico. “Alguns estudos de maior amos-
tragem notaram que, quando a B12 no
exame de sangue, que normalmente vai
de 200 a 980 pg/mL, está abaixo de 490
pg/mL, você já tem muitos indivíduos com
a elevação dessas duas substâncias. O
nível seguro para manter a vitamina B12
segura no sangue é 490 pg/mL, e alguns
estudos sugerem que um nível melhor
para manter é acima de 540 pg/mL. A
dica é manter sempre acima de 490 pg/
mL. Pessoas com níveis abaixo de 490 pg/
mL podem ou não estar com deficiência,
mas isso só pode ser avaliado por um
médico que domine bem o assunto. O que
vai acontecer posteriormente – e alguns
estudos mostram isso – será dosar o holo-
transcobalamina II, um transportador de
B12 que transporta apenas a B12 verda-
deira no sangue, um exame que espera-
mos que esteja disponível em breve”, expli-
ca o médico nutrólogo Eric Slywitch.
mAIs InFORmAÇÕes
Clique nos ícones para saber mais sobre a vitamina B12.
Referências1. Thorpe et al. 2016 - An International Standard for holotranscobalamin (holoTC): international collaborative study to assign a holoTC value to the International Standard for vitamin B12 and serum folate. Clin Chem Lab Med. 2016 Sep 1;54(9):1467-72.2. Hermann & Obeid, 2013 - Serum vitamin B12 not reflecting vitamin B12 status in patients with type 2 diabetes. Biochimie. 2013 May;95(5):1056-613. Remacha et al. 2014 - Role of serum holotranscobalamin (holoTC) in the diagnosis of patients with low serum cobalamin. Comparison with methylmalonic acid and homocysteine. Ann Hematol. 2014 Apr;93(4):565-94. Australian Government. Department of Health. Medicare Benefits Schedule (MBS) Review - Vitamin B12 Testing Report. Published: February 2014 http://www.health.gov.au/internet/main/publishing.nsf/Content/7C28F0B6D06F9FFCCA257EB9001D769B/$File/Vitamin%20B12%20testing%20Review%20Report.pdf
14
/// ÉCiência
Em uma carta para o editor do Medical Laboratory Observer,
Dr. Nam Tran, Diretor de Química, POCT, e SARC Pesquisa
Clínica e de Qualidade, Depart. De Patologia e Medicina
Laboratorial, UC Davis afirma: “todos os testes laborato-
riais estão suscetíveis a interferências. Isso não é novidade.
A biotina pode ser um interferente dentre vários outros.
Novos medicamentos surgem a em uma rápida velocidade
taxa, enquanto que novos suplementos alimentares conti-
nuam a saturar as prateleiras das farmácias. Dessa forma
não há dúvida de que estratégias práticas para diminuir a
interferência devem ser aplicadas em todas as instituições,
e essas boas práticas de laboratório podem ser transferidas
para biotina e outros interferentes conhecidos.”
SumárioDiversos fatores podem levar a resultados errôneos.
Interferentes são um deles, embora erros decorrentes de
interferência representem uma parcela muito pequena da
taxa geral de erro de teste laboratoriais.¹ A conscientiza-
ção sobre as diferentes fontes de interferências específicas
da amostra, adesão aos limites de tolerância informados na
bula, comunicação com pacientes e médicos podem mini-
mizar o risco de interferência.
Entendendo interferênciasnos imunoensaiosInterferência é o efeito de uma substância presente em uma
amostra que altera o valor correto de um resultado de imu-
noensaio.² O potencial de interferências afeta todos os testes
laboratoriais, por todos os fabricantes. A frequência exata
de interferentes é desconhecida, embora os dados publica-
dos possam fornecer uma referência. Estudos para analisar a
prevalência de anticorpos heterofílicos têm resultados entre
0,05% a 40%, dependendo dos ensaios e da população estu-
dada. Por exemplo, com os imunoensaios modernos, a fre-
quência de interferências clinicamente significantes se mos-
trou entre 0.03-0.05%.3-4 Devido aos avanços na automação
e no manuseio de amostras, os erros de fase analítica ocor-
rem em menos de 0,078% dos testes de laboratório. E destes,
uma porção muito pequena é causada por interferências.5-6
Fontes potenciais de interferênciaExistem muitas fontes diferentes de interferência no labora-
tório. Estas incluem o tipo de amostra (sangue total, plasma,
soro, fezes, urina), transporte, congelamento descongela-
mento e estabilidade durante o armazenamento da amos-
tra. Adicionalmente, o efeito de anticoagulantes, proteínas
de ligação, drogas e metabolitos de drogas e altas doses de
substâncias normalmente benignas, altas doses de suple-
mentos, como biotina, entre outros fatores7-8 têm potencial
de levar a erros nos resultados.
A biotina, também conhecida como vitamina B7, ou vita-
mina H, é uma vitamina solúvel em água do complexo B.
A ingestão normal de biotina (30 - 60 mcg) como parte de
um polivitamínico diário não apresenta risco de interferên-
cia. Altas doses de biotina (>50 mcg por dia), no entanto,
podem afetar os resultados do teste. A biotina pode ser
administrada em doses muito elevadas como parte do
tratamento prescrito para esclerose múltipla progressiva.
Interferências em Testes LaboratoriaisReconhecendo o potencial eminimizando o risco
Erros decorrentes de interferentes representam uma parcela muito pequena da taxa geral de erros em testes
laboratoriais. Entender o seu potencial, seguir os procedimentos especificados na bula, garantir informação
ao médico e melhorar a comunicação com o paciente podem minimizar o risco.
15Roche News | Fevereiro / Março 2018
/// éCiência
Adicionalmente, apesar da falta de evidência clínica,9-4
alguns pacientes tomam suplementos de biotina comercia-
lizados como suplementos sem receita médica para forta-
lecer o cabelo, a pele e as unhas.
Siga as instruções da bulaUma forma de minimizar potenciais interferências labora-
toriais é a adesão às instruções do teste encontradas na bula.
Esses documentos incluem limites de interferência especí-
ficos de cada teste.
Processos internos e comunicação entre laboratórios e médicos Recomenda-se que os laboratórios tenham processos inter-
nos para detectar, testar e reportar interferências suspeitas.
Isso inclui informar médicos sobre procedimentos de labo-
ratório e enfatizar a necessidade de reportar a presença de
qualquer interferência. Além disso, a comunicação entre o
laboratório e os médicos também diminui o risco. Os médi-
cos devem ser encorajados a reportar qualquer suspeita de
discordância entre os dados clínicos e laboratoriais ao labo-
ratório. A suspeita ou detecção de interferência pode exi-
gir a coleta de nova amostra após um período de tempo.6
O estabelecimento dessas e outras interações laboratório
médico em caso de suspeita de interferências é essencial
para a segurança contínua do paciente.6
Comunicação com pacientesIgualmente importante para minimizar o potencial de
interferência e resultados laboratoriais errôneos é infor-
mar os médicos e flebotomistas sobre a necessidade de
questionar seus pacientes antes de colher a amostra. Em
centros de coleta de sangue, pacientes devem ser questio-
nados rotineiramente para que informem todos o medi-
camentos que ingerem, prescritos ou não, incluindo poli-
vitamínicos e suplementos. Uma maneira útil de garantir
que nada seja esquecido é que os pacientes façam uma
lista em casa, diante de seus medicamentos em uso, para
que possam escrever os títulos e as doses corretas de tudo
o que estão tomando.
Algumas instituições oferecem checklists do que fazer para
se preparar para um exame de sangue. Esses cartões pergun-
tam especificamente sobre medicamentos, polivitamínicos,
nutracêuticos ou outros tratamentos homeopáticos e suple-
mentos que possam ter sido ingeridos.
A Roche realizou um estudo para fornecer informa-ções valiosas e maior clareza sobre a farmacocinética (PK) da biotina10.
Os resultados, publicados no International Journal of Pharmacokinetics, confirmam que 100% dos indivíduos no estudo que tomam 5 mg de biotina por dia apresentam concentrações séricas de biotina abaixo de 30ng/mL dentro de 3,5 horas.
A biotina apresentou farmacocinética linear no intervalo de doses (5-20 mg),foi rapidamente absorvida e teve uma meia-vida sérica efetiva de 15 h (estado estacionário alcançado em 3 dias).
Propriedades farmacocinéticas da biotina.
10mgQD*
100% abaixode 30ng/mLem 8 horas
100% abaixode 30ng/mL em3 horas e meia
100% abaixode 30ng/mLem 0 horas
5mgQD*
1mgQD*
Níveis plasmáticos ao longo do tempo em relação aos limiares de interferência in vitro (dados utilizados no desenvolvimento dos limites especificadosnas bulas).
O estudo verificou a tolerância a interferentes listadas nas diferentes bulas.
Adaptação de Grimsey et al 2017 International Journal of Pharmacokinetics. 2(4), 247-256
Período de eliminação da biotina em relação à dosagem administrada aosparticipantes do estudo farmacocinético. Adaptado de Grimsey et al., 2017 (x)
*Doses >10mg: interferência potencial em alguns ensaiosQD: quantidade diária administrada
Contexto 30 - 60 mcg
5 mg
Além disso, 100% dos indivíduos no estudo que tomam 10 mg de biotina por dia apresentam concen-trações séricas de biotina abaixo de 30ng/mL dentro de 8 horas.
Esses dados são consistentes com as informações em nossas bulas e fornecem orientação sobre os períodos de washout de biotina necessários para evitar resultados equivocados nos testes.
• Para os tratamentos de biotina de até 10 mg QD (10 mg é > 300 vezes a ingestão diária adequada), os níveis séricos de biotina estavam abaixo do limiar de interferência in vitro de ≥ 30 ng/ml após um período de washout de 8 h.
• Em casos extremos de pacientes que ingerem uma dose diária de acima de 10 mg, são recomendados períodos de washout mais longos.
A ingestão normal de biotinacomo um polivitamínico diário não representa risco de interferência
50 mcg de biotina = 100 cápsulas de um poliivitamínico comum por dia
O Estudo Rochesobre a PKX
confirmou:
Estudos farmacocinéticosConcentração sérica ao longo do tempo
Um multivitamínico típicocontém menos que 100mg de biotina.
Dosagens muito altas de biotina (acima de 5mg) podem interferir com o teste.
Tempo (horas)
Con
cent
raçã
o da
bio
tina
ng/m
L)
00
20
20
40
40
60
60
80
100
80 100 120
Coleta de sangue
Voluntários saudáveis que tomaram biotina Nsubj=54 (18 por dose grupo)
3 doses de biotina(5 mg, 10 mg, ou 20 mg dia, 5 dias total)
Ingestão de biotinapor 5 dias
Amostras de sangue tomadas nos dias1, 2, 3, 6 e 7
Dia 3: 1, 3, 6, 8, 12h pós consumo de biotinaDia 6: 24h pós consumo de biotinaDia 7: 1, 3, 6, 8, 12h pós consumo de biotina
Análise em colaboração com a Roche forma
O modelo farmacocinético estudado forneceu orientações valiosas sobre os períodos de eliminação da biotina de modo que se evite resultados falsos em imonuensaios.
Importante verificar e considerar os índices de interferência nas instruções de uso dos produtos.
Para pacientes realizando tratamento com doses elevadas de biotina (i.e. > 5 mg / dia), a coleta de amostra deve ser realizada com pelo menos 8 horas desde a última administração de biotina.
O ensaio não é afetado por icterícia (bilirrubina<428 mol / L ou <25 mg / dL), hemólise
(Hb <0,621 mmol / L ou <1,0 g / dL), lipemia (Intralipid <1500 mg / dL) e biotina
<123 nmol / L ou <30 ng / mL. *
*Exemplo - os dados podemvariar de acordo com o ensaio.
16
/// ÉCiência
1. Plebani M, Clin Chem Lab Med. 2006;44(6):750-9.
2. Gulbahar O et al. J Clin Endocrinol Metab 2015;100:2147-53;
3. Miller J. Clin Lab Int 2004; Apr:14-16
4. Schiettecatte J et al. 2012; available
5. Sturgeon CM & Viljoen A. Ann Clin Biochem 2011;48:418-32
6. Tate & Ward Clin Biochem Rev 2004; 105-120
7. Chiu et al, Advances in Immunoassay Technology. ISBN 978-953-51-0440-7. 2012
8. Todd et al, Arthritis Rheum 2011, 63(4): 894-903
9. Guo et al, Dermatol Pract Concept 2017; 7(1):1
10. Grimsey et al 2017 International Journal of Pharmacokinetics (2017) 2(4),247-256
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Minimize o risco:Siga as instruções da bulaUma forma de minimizar potenciais interferências labo-
ratoriais é a adesão às instruções do teste encontradas na
bula. Esses documentos incluem limites de interferência
específicos de teste.
Um estudo farmacocinético, realizado pela Roche, para con-
firmar a meia-vida da biotina utilizada para desenvolver a
bula, avaliou as concentrações de biotina no plasma após o seu
consumo diário em três regimes de dose diferentes durante
cinco dias. O estudo também relaciona os níveis plasmáticos
de biotina com os limiares de interferência in vitro, avaliados
durante o processo de desenvolvimento do ensaio. O estudo
avaliou que 100% dos indivíduos que ingeriram 1mg de bio-
tina por dia estavam abaixo do limiar de tolerância de 30ng /
mL após 0 horas. Aqueles que ingeriram 5mg de biotina por
dia ficaram abaixo do limiar de tolerância de 30ng / mL den-
tro de 3,5 horas. Além disso, 100% dos indivíduos no estudo
que ingeriram 10mg de biotina por dia ficaram abaixo de um
limiar de tolerância de 30ng / mL dentro de 8 horas.10
Minimize o risco: Faça perguntasIgualmente importante para minimizar o potencial de interfe-
rência e resultados laboratoriais errôneos é informar os médi-
cos sobre a necessidade de questionar seus pacientes antes de
colher a amostra. Os pacientes devem ser solicitados rotinei-
ramente que informem todos os medicamentos que ingerem,
prescritos ou não, incluindo polivitamínicos e suplementos.
Caso os resultados pareçam suspeitosEmbora a incidência seja baixa, a interferência ainda pode
ocorrer. Se um resultado parecer suspeito, a maioria das
bulas orientam os laboratórios a aguardar um período antes
de colher uma nova amostra. Caso uma dose elevada de bio-
tina (> 5mg) tenha sido ingerida ou exista uma suspeita, as
bulas da Roche orientam que os laboratórios aguardem pelo
menos oito horas antes de repetirem o teste.
A Roche realizou um estudo para fornecer informa-ções valiosas e maior clareza sobre a farmacocinética (PK) da biotina10.
Os resultados, publicados no International Journal of Pharmacokinetics, confirmam que 100% dos indivíduos no estudo que tomam 5 mg de biotina por dia apresentam concentrações séricas de biotina abaixo de 30ng/mL dentro de 3,5 horas.
A biotina apresentou farmacocinética linear no intervalo de doses (5-20 mg),foi rapidamente absorvida e teve uma meia-vida sérica efetiva de 15 h (estado estacionário alcançado em 3 dias).
Propriedades farmacocinéticas da biotina.
10mgQD*
100% abaixode 30ng/mLem 8 horas
100% abaixode 30ng/mL em3 horas e meia
100% abaixode 30ng/mLem 0 horas
5mgQD*
1mgQD*
Níveis plasmáticos ao longo do tempo em relação aos limiares de interferência in vitro (dados utilizados no desenvolvimento dos limites especificadosnas bulas).
O estudo verificou a tolerância a interferentes listadas nas diferentes bulas.
Adaptação de Grimsey et al 2017 International Journal of Pharmacokinetics. 2(4), 247-256
Período de eliminação da biotina em relação à dosagem administrada aosparticipantes do estudo farmacocinético. Adaptado de Grimsey et al., 2017 (x)
*Doses >10mg: interferência potencial em alguns ensaiosQD: quantidade diária administrada
Contexto 30 - 60 mcg
5 mg
Além disso, 100% dos indivíduos no estudo que tomam 10 mg de biotina por dia apresentam concen-trações séricas de biotina abaixo de 30ng/mL dentro de 8 horas.
Esses dados são consistentes com as informações em nossas bulas e fornecem orientação sobre os períodos de washout de biotina necessários para evitar resultados equivocados nos testes.
• Para os tratamentos de biotina de até 10 mg QD (10 mg é > 300 vezes a ingestão diária adequada), os níveis séricos de biotina estavam abaixo do limiar de interferência in vitro de ≥ 30 ng/ml após um período de washout de 8 h.
• Em casos extremos de pacientes que ingerem uma dose diária de acima de 10 mg, são recomendados períodos de washout mais longos.
A ingestão normal de biotinacomo um polivitamínico diário não representa risco de interferência
50 mcg de biotina = 100 cápsulas de um poliivitamínico comum por dia
O Estudo Rochesobre a PKX
confirmou:
Estudos farmacocinéticosConcentração sérica ao longo do tempo
Um multivitamínico típicocontém menos que 100mg de biotina.
Dosagens muito altas de biotina (acima de 5mg) podem interferir com o teste.
Tempo (horas)
Con
cent
raçã
o da
bio
tina
ng/m
L)
00
20
20
40
40
60
60
80
100
80 100 120
Coleta de sangue
Voluntários saudáveis que tomaram biotina Nsubj=54 (18 por dose grupo)
3 doses de biotina(5 mg, 10 mg, ou 20 mg dia, 5 dias total)
Ingestão de biotinapor 5 dias
Amostras de sangue tomadas nos dias1, 2, 3, 6 e 7
Dia 3: 1, 3, 6, 8, 12h pós consumo de biotinaDia 6: 24h pós consumo de biotinaDia 7: 1, 3, 6, 8, 12h pós consumo de biotina
Análise em colaboração com a Roche forma
O modelo farmacocinético estudado forneceu orientações valiosas sobre os períodos de eliminação da biotina de modo que se evite resultados falsos em imonuensaios.
Importante verificar e considerar os índices de interferência nas instruções de uso dos produtos.
Para pacientes realizando tratamento com doses elevadas de biotina (i.e. > 5 mg / dia), a coleta de amostra deve ser realizada com pelo menos 8 horas desde a última administração de biotina.
O ensaio não é afetado por icterícia (bilirrubina<428 mol / L ou <25 mg / dL), hemólise
(Hb <0,621 mmol / L ou <1,0 g / dL), lipemia (Intralipid <1500 mg / dL) e biotina
<123 nmol / L ou <30 ng / mL. *
*Exemplo - os dados podemvariar de acordo com o ensaio.
17Roche News | Fevereiro / Março 2018
/// éCiência
A Roche realizou um estudo para fornecer informa-ções valiosas e maior clareza sobre a farmacocinética (PK) da biotina10.
Os resultados, publicados no International Journal of Pharmacokinetics, confirmam que 100% dos indivíduos no estudo que tomam 5 mg de biotina por dia apresentam concentrações séricas de biotina abaixo de 30ng/mL dentro de 3,5 horas.
A biotina apresentou farmacocinética linear no intervalo de doses (5-20 mg),foi rapidamente absorvida e teve uma meia-vida sérica efetiva de 15 h (estado estacionário alcançado em 3 dias).
Propriedades farmacocinéticas da biotina.
10mgQD*
100% abaixode 30ng/mLem 8 horas
100% abaixode 30ng/mL em3 horas e meia
100% abaixode 30ng/mLem 0 horas
5mgQD*
1mgQD*
Níveis plasmáticos ao longo do tempo em relação aos limiares de interferência in vitro (dados utilizados no desenvolvimento dos limites especificadosnas bulas).
O estudo verificou a tolerância a interferentes listadas nas diferentes bulas.
Adaptação de Grimsey et al 2017 International Journal of Pharmacokinetics. 2(4), 247-256
Período de eliminação da biotina em relação à dosagem administrada aosparticipantes do estudo farmacocinético. Adaptado de Grimsey et al., 2017 (x)
*Doses >10mg: interferência potencial em alguns ensaiosQD: quantidade diária administrada
Contexto 30 - 60 mcg
5 mg
Além disso, 100% dos indivíduos no estudo que tomam 10 mg de biotina por dia apresentam concen-trações séricas de biotina abaixo de 30ng/mL dentro de 8 horas.
Esses dados são consistentes com as informações em nossas bulas e fornecem orientação sobre os períodos de washout de biotina necessários para evitar resultados equivocados nos testes.
• Para os tratamentos de biotina de até 10 mg QD (10 mg é > 300 vezes a ingestão diária adequada), os níveis séricos de biotina estavam abaixo do limiar de interferência in vitro de ≥ 30 ng/ml após um período de washout de 8 h.
• Em casos extremos de pacientes que ingerem uma dose diária de acima de 10 mg, são recomendados períodos de washout mais longos.
A ingestão normal de biotinacomo um polivitamínico diário não representa risco de interferência
50 mcg de biotina = 100 cápsulas de um poliivitamínico comum por dia
O Estudo Rochesobre a PKX
confirmou:
Estudos farmacocinéticosConcentração sérica ao longo do tempo
Um multivitamínico típicocontém menos que 100mg de biotina.
Dosagens muito altas de biotina (acima de 5mg) podem interferir com o teste.
Tempo (horas)
Con
cent
raçã
o da
bio
tina
ng/m
L)
00
20
20
40
40
60
60
80
100
80 100 120
Coleta de sangue
Voluntários saudáveis que tomaram biotina Nsubj=54 (18 por dose grupo)
3 doses de biotina(5 mg, 10 mg, ou 20 mg dia, 5 dias total)
Ingestão de biotinapor 5 dias
Amostras de sangue tomadas nos dias1, 2, 3, 6 e 7
Dia 3: 1, 3, 6, 8, 12h pós consumo de biotinaDia 6: 24h pós consumo de biotinaDia 7: 1, 3, 6, 8, 12h pós consumo de biotina
Análise em colaboração com a Roche forma
O modelo farmacocinético estudado forneceu orientações valiosas sobre os períodos de eliminação da biotina de modo que se evite resultados falsos em imonuensaios.
Importante verificar e considerar os índices de interferência nas instruções de uso dos produtos.
Para pacientes realizando tratamento com doses elevadas de biotina (i.e. > 5 mg / dia), a coleta de amostra deve ser realizada com pelo menos 8 horas desde a última administração de biotina.
O ensaio não é afetado por icterícia (bilirrubina<428 mol / L ou <25 mg / dL), hemólise
(Hb <0,621 mmol / L ou <1,0 g / dL), lipemia (Intralipid <1500 mg / dL) e biotina
<123 nmol / L ou <30 ng / mL. *
*Exemplo - os dados podemvariar de acordo com o ensaio.
Principais mensagens do estudo farmacocinético realizado (Grimsey et al. 2017) A biotina no soro humano é um fator potencial de interferência para os ensaios baseados em estreptavidina-biotina.
A biotina apresentou farmacocinética linear na variação de doses estudadas (5-20 mg), foi rapidamente absorvida e teve uma meia-vida sérica efetiva de 15 h (estado estacionário alcançado em 3 dias).
O tempo necessário para que as doses de biotina caíssem abaixo de limiares de 10-100 ng / ml foi simulado para regimes de dosagem variando de 1 mg em dose única a 300 mg em 4 doses diárias.
Para regimes de biotina de até 10 mg diárias (10 mg é> 300 vezes a ingestão diária adequada), os níveis séricos de biotina ficaram abaixo de um limiar de interferência in vitro de 30 ng / ml após 8 h.
Se o limiar de interferência in vitro de um imunoensaio for menos que 30 ng / ml, ou nos casos extremos de pacientes que tomam uma dose diária maior que 10 mg, são recomendados períodos de wash out ou eliminação mais prolongados.
18
/// EMFoco
De acordo com levantamento feito pela
Secretaria Municipal da Saúde, a che-
gada do cobas c 513 no Laboratório
Municipal da Região Sudeste de São
Paulo (SP) aumentou em 10 vezes a pro-
dutividade de realização de testes para
analisar o nível de glicose no sangue. O
equipamento foi instalado no começo
de dezembro de 2017 e funciona em
sua capacidade máxima, realizando 400
testes de hemoglobina glicada (HbA1c)
por hora. Anteriormente, o Laboratório
analisava aproximadamente 40 amos-
tras no mesmo período.
A Prefeitura de São Paulo também
comprou outros três aparelhos dis-
poníveis nas unidades de laboratórios
de rotina das regiões do centro-oeste,
leste e sul da cidade. “A média mensal
dos testes nos quatro laboratórios é
de 36 mil análises”, afirma a coorde-
nadora da Assistência Laboratorial da
Secretaria Municipal da Saúde, Glória
Maria Ferreira. “O número será ainda
maior porque os outros três labora-
tórios não atingiram sua capacidade
máxima.” Segundo o Ministério da
Saúde1, a cidade é a terceira capi-
tal do Brasil com maior prevalência
de diagnósticos de diabetes, com 10
diabéticos a cada 100 mil habitantes.
O cobas c 513 foi lançado no Brasil
em 2017. A farmacêutica Izildinha
Guirlle, que trabalha no Laboratório
Municipal da Região Sudeste e atua
diretamente com o equipamento no dia
a dia, explica as melhorias em relação
ao cobas c 513: “É muito mais rápido.
Chegamos a examinar 1.600 amostras
em um dia e não há necessidade de
destampar a amostra para a análise”.
Na última edição da revista Roche
News, o artigo2 dos pesquisadores
Ronald Imdahl, Erna Lenters-Westra,
Ralf Röddiger e Ernesto Casis avaliou
a funcionalidade do cobas c 513 em
laboratórios de alto rendimento da
Alemanha, Holanda e Espanha, con-
cluindo que os operadores dos três
países classificaram sua praticidade
e facilidade do uso do sistema como
“excede as expectativas”.
Referências
1. portalarquivos.saude.gov.br/images/
pdf/2017/abril/17/Vigitel.pdf.
2. Imdahl, R. et al. Clin Lab. 2016;
2405-2412
cobas c 513 aumenta produtividade em laboratório da Prefeitura de São Paulo
Roc
he/T
aba
Ben
edic
to
Equipamento foi instalado no começo de dezembro de 2017 e funciona em sua capacidade máxima, realizando 400 testes de hemoglobina glicada (HbA1c) por hora
cobas c 513 - Registro ANVISA nº 10287411192Elecsys® PlGF – Registro ANVISA nº 10287411270
Elecsys® sFlt-1 – Registro ANVISA nº 10287411269
19Roche News | Fevereiro / Março 2018
/// EMFoco
Os resultados do Elecsys® sFlt-’/PLGF para diag-
nósticos de pré-eclâmpsia foram apresenta-
dos no Congresso Europeu de Hipertensão na
Gestação 2017, em Berlim, na Alemanha. Com
o uso da análise de biomarcadores sFlt-1/PIGF,
o Elecsys® consegue prever com mais exatidão
quais grávidas com sintomas similares à pré-e-
clâmpsia terão a doença.
O primeiro estudo¹ a avaliar a influência do teste na
decisão de hospitalização das gestantes com diag-
nóstico de pré-eclâmpsia é assinado pela médica
Evelyn Klein, do Departamento de Ginecologia e
Obstetrícia do Hospital Rechts der Isar, de Munique,
na Alemanha. O artigo foi publicado em 2016,
com a análise de 204 casos clínicos de gestantes.
Com o uso do Elecsys® sFlt-’/PLGF na tomada
de decisões clínicas desses casos, 49 hos-
pitalizações foram realizadas e 20 gestantes
desenvolveram pré-eclâmpsia. Sem o uso dos
resultados, os pesquisadores observaram que
91 hospitalizações foram feitas e 27 gestantes
desenvolveram a doença, concluindo que o
teste Elecsys® sFlt-’/PLGF reduz a hospitaliza-
ção desnecessária e é associado com redução
dos custos em mulheres com pré-eclâmpsia.
Desde maio de 2016, o Instituto Nacional para
Saúde e Cuidados de Excelência do Reino Unido
(NICE) recomenda o uso de biomarcadores
para o diagnóstico precoce de pré-eclâmpsia,
com a análise do crescimento placentário (PIGF)
e tirosina quinase solúvel (sFlt). De acordo com
a Organização Mundial da Saúde (OMS)2, as
desordens hipertensivas são a segunda causa
de morte, sendo responsável por 22% das mor-
tes maternas.
Referências 1. Klein, E. et al. PLoS One. 2016.
2. Say, L. et al., Lancet Glob Health 2014; 2: e323–33
Elecsys® sFlt-’/PLGF influencia na tomada de decisão em relação à hospitalização
Elecsys® PlGF – Registro ANVISA nº 10287411270Elecsys® sFlt-1 – Registro ANVISA nº 10287411269
20
/// EMFoco
Com sede em Porto Alegre (RS), a
LaborSys Sistemas Diagnósticos par-
ticipou do 16º Congrelab - Congresso
Gaúcho de Análises Clínicas, que reu-
niu aproximadamente 450 participantes
nos dias 17 e 18 de novembro de 2017.
Na oportunidade, foram apresentados
temas e produtos ligados à hematolo-
gia, imunologia, bioquímica, microbio-
logia, citologia, gestão estratégica e da
qualidade, com o objetivo de aprimo-
rar a capacitação dos participantes e
estimular a troca de conhecimentos.
De acordo com a gerente de Qualidade
da LaborSys, Estefânia Fonseca, os pre-
sentes puderam conhecer no estande
os equipamentos Sysmex XN-L 550,
analisador de eletrólitos 9180, cobas b
101 e cobas h 232, entre outros pro-
dutos. “Os visitantes também tiveram
a oportunidade de conversar sobre os
demais produtos e serviços. Além de
seus representantes e equipe comercial,
estiveram presentes no evento as asses-
soras científicas da empresa para apre-
sentar os produtos e esclarecer dúvi-
das.” Ao todo, participaram seis repre-
sentantes, três assessoras científicas,
direção, gestora da Qualidade e equipe
de Suporte a Vendas da LaborSys. A
Roche foi representada por Fabiana
Fujii e André Veloso.
O evento vem estreitar o relaciona-
mento com seus clientes e consolidar
a parceria de negócios e apoio a even-
tos regionais. “A presença da LaborSys
nesse congresso, em um momento de
investimentos, apresentando soluções
completas para maior produtividade
e eficiência operacional, faz com que
a empresa seja uma grande aliada e
demonstra a parceria entre ela e seus
clientes”, ressalta Estefânia.
A R e d e L A S – La b o ra t ó r i o s
Associados, atualmente a maior rede
de laboratórios de análises clínicas do
Rio Grande do Sul, é a organizadora
do encontro.
Participação da LaborSys no 16º Congrelab
Labo
rSys
/ D
ivul
gaçã
o
Estande proporcionou espaço para relacionamento, apresentação de produtos e esclarecimento de dúvidas
Eletrólito 9180 – Registro ANVISA nº 10287410423 cobas b 101 – Registro ANVISA nº 10287411048cobas h 232 – Registro ANVISA nº 10287410670
21Roche News | Fevereiro / Março 2018
/// canalRoche
A Roche Diagnóstica e a General Electric
(GE) anunciaram, no começo de janeiro,
uma aliança para a criação de uma pla-
taforma digital para melhorar o processo
de diagnósticos de pacientes com cân-
cer e cuidados intensivos. “Essa parceria
pioneira irá entregar soluções inovado-
ras na hora de tomar decisões clínicas”,
afirma o CEO da Roche Diagnóstica,
Roland Diggelmann.
As informações ajudarão os profis-
sionais de saúde a terem um melhor
panorama da situação do paciente e
auxiliar na escolha do tratamento mais
personalizado para cada condição.
“Acreditamos que essa aliança irá ace-
lerar a disponibilidade de tratamentos
com precisão”, diz o CEO da GE
Healthcare, Kieran Murphy.
A Roche ficará encarregada do desen-
volvimento da área de oncologia, onde
a plataforma terá um painel de dados
para que a equipe médica consiga ana-
lisar, alinhar e decidir qual o melhor
tratamento para cada paciente em
seu estágio da doença. Já a GE ficará
à frente da ferramenta de cuidados
intensivos, que irá integrar informa-
ções de monitoramento, dados bio-
marcadores e de sequenciamento
para que os médicos consigam tomar
decisões rapidamente com precisão e
confiança. A ideia é que a plataforma
seja capaz de prever a condição de
um paciente antes mesmo que ele
apresente sintomas. Ainda não há
data para seu lançamento.
Roche fecha parceria com a GE para melhorar diagnósticos
Enquanto a Roche ficará a frente da área de oncologia, a GE se encarregará dos cuidados intensivos
CEO da Roche Diagnóstica, Roland
Diggelman reafirma o compromisso
da empresa em ser pioneira na área
Roc
he/T
Div
ulga
ção
Div
ulga
ção
22
ExpEDiEntE
Esse conteúdo digital exclusivo e outras reportagens da
revista podem ser encontrados na versão mobile da Roche
News. O aplicativo pode ser baixado gratuitamente nas
plataformas de aplicativos Android e iOS.
As funcionalidades do app permitem que o usuário acesse
antigas edições da publicação, seja notificado a cada edi-
ção e saiba em primeira mão quais são os lançamentos e
eventos da Roche Diagnóstica. Acesse e tenha informação
de qualidade na área de saúde a um toque de distância.
Devemos nos preocupar com a vitamina B12?
cobas e 801 - Registro ANVISA nº 10287411196
AppStore (iOS)
PlayStore (Android)
Canais de ComuniCaçãoCanal Voz do Cliente
[email protected]/faleconoscoaccu-Chek Responde:
0800 77 20 126Voz do Cliente0800 77 20 295
RegistRo na anVisatodos os equipamentos e reagen-tes comercializados no Brasil estão
devidamente registrados.para obter a relação completa des-
ses parâmetros, favorconsultar nosso site:www.roche.com.br
ou pelo telefone 0800 77 20 295ERDL1216
Roche news é umapublicação bimestral da
Roche Diagnóstica Brasil,Av. Eng. Billings, 1729
CEp: 05321-900 São paulo-SpFone: (11) 3719-7881Fax: (11) 3719-9492
E-mail: [email protected]
Conselho editorial: Ana Grubba, Ana paula Domingues, Andrea Bredariol, Bárbara Oliveira,
Claudia Scordamaglia, Denis de paula, Felipe Braga, Gabriel Furtado,
Gabriel Laurentis, ingrid Furlan, João Carvalho, Juliana inácio,
Leticia navas, Luciana Regattieri, Mariana Vitule, Marisa D’innocenzo, paula Bresciani, Vinicius Sugiyama,
Wesley Schiavo e William Kuan
Rs PRessJornalista Responsável:
Roberto Souza (MtB: 11.408) editor: Rodrigo Moraes
Reportagem: Madson de Moraes e Daniele Amorim
Revisão: paulo Furstenau Projeto gráfico: RS press
diagramação:Leonardo Fial
Luis Gustavo MartinsRodrigo Coelho
Foto de Capa: Shutterstock
/// CanalRoche
23Roche News | Fevereiro / Março 2018
/// canalRoche
Roche Diagnóstica edistribuidores autorizados RocheROCHE DIAGNÓSTICA BRASILAv. Engenheiro Billings, 1729, Jaguaré | São Paulo | CEP 05321-900 | TEL: 0800 77 20 295 | www.roche.com.br
não importa o tamanho do seu laboratório,
o que importa é a inovação que o faz crescer.
AMAZONAS
J.a.s loureiro & Cia. R. Monsenhor Coutinho, 519, Centro Manaus | CEp 69010-110 | tEL (92) 3233-4799 [email protected]
grupo Bringel Avenida Cosme Ferreira – 1877 – Aleixo Manaus | CEp 69083-000 | tel (92) 2126-4000 www.bringelgrupo.com.br
BAHIA
Biotrade Av. Antônio Carlos Magalhães, 4009, loja 10, Brotas Salvador | CEp 40280- 000 | tEL (71) 3450-0546 www.biotrade.com.br
PH Av. Jorge Amado, 961, imbuí Salvador | CEp 41720-040 | tEL (71) 3240-4520 www.ph-ba.com.br
CEARÁ
esse ene Rua Alfeu Aboim, 738, papicu Fortaleza | CEp 60175-375 | tEL (85) 3311-8000 www.esse-ene.com.br
DISTRITO FEDERAL
eletrospitalar SEUp/SUL CJ.B i Loja 6 sala 110 712/ 912, Asa Sul Brasília | CEp 70390-125 | tEL (62) 3346-1443 www.eletrospitalar.com.br
Vitalab Com Produtos SHCG/norte - CR Q 712/13 - Bloco C, Loja 12, Asa norte Brasília | CEp 70760-630 | tEL (61) 3349-3676
ESPÍRITO SANTO
ul Química Rua Sertorio Franco, 38, Antônio Honório Vitória | CEp 29070-835 | tEL (27) 2121-0750 www.unionlab.com.br
GOIÁS
apijã Av. C 01, 786, Jd. América Goiânia | CEp 74265-010 | tEL (62) 3086-5250 www.apija.com.br | [email protected]
RIO GRANDE DO NORTE
RdF distrib de Prod saúde ltda Av. invo. Mário Câmara, 2300, ns. de nazaré C. da Esperança - natal CEp 59070-60 | tEL (91) 9101-2300 www.prontomedica.com.br
RIO GRANDE DO SUL
laborsys Poa R. Sergio Jungblut Dieterich, 820 - pavilhão 18, São João porto Alegre | CEp 91060-410 | tEL (51) 3341-5142 www.laborsys.com.br
RONDÔNIA
Real diagnóstica Comércio de Produtos e equipamentos laboratoriais ltda Rua padre Moretti, 3076, Liberdade porto Velho | CEp: 76803-854 | tEL: (69) 3223-5602 www.realdiagnostica.com.br
SÃO PAULO
Biogenetix Rua Manoel Francisco Mendes, 320, Jd. do trevo Campinas | CEp 13030-110 | tEL (19) 3734-5050 www.biogenetix.com.br
Byogene Av. Vereador Aroldo Alvez neves, 932, Bairro Somma Ouro Fino paulista | CEp 09445-400 | tEL (11) 2595-3800 www.byogene.com.br
dobber Rua Francisco Glicério, 726/730, Centro Valinhos | CEp 13271-200 | tEL (19) 3871-1302 www.dobber.com.br
laborsys sP Rua Dona Brígida, 180, Vila Mariana São paulo | CEp 04111-080 | tEL (11) 5102-2911 www.laborsys.com.br
macromed Produtos Hospitalares ltda. Rua José Guide, 651, Distrito industrial S. J. do Rio preto | CEp 15035-500 | tEL (17) 3214-8899 [email protected] www.macromedriopreto.com.br
TOCANTINS
apijã (filial) Q ACSE 11 Conj 03 lt 11, Rua SE 11 Sl 210 plano Diretor Sul palmas | CEp 77020-026 | tEL (63) 3026-3833 www.apija.com.br | [email protected]
MATO GROSSO
ms diagnóstica (Filial) Av. João Eugênio Gonçalves pinheiro, 284, Areão Cuiabá | CEp 78010-308 | tEL (65) 3634-5170 www.msdiagnostica.com/Joomla
MATO GROSSO DO SUL
ms diagnóstica (sede) Rua Alegria 129, Villa Maciel Campo Grande | CEp 79070-305 | tEL (67) 3342-4430 www.msdiagnostica.com/Joomla
MINAS GERAIS
Cmg Conceito diagnóstica Rua Aquidaban, 385, padre Eustáquio Belo Horizonte | CEp 30720-420 | tEL (31) 3411-2484 www.conceitodiagnostica.com.br
PARÁ
Biomédica Rua Antônio Araújo, 400, novo Horizonte Marabá | CEp 68503-600 www.biomedica.bio.br
Biomédica Belém trav. Djalma Dutra, 670, telégrafo Belém | CEp 66113-010 | tEL (91) 3233-0675 www.biomedica.bio.br
PARANÁ
laborsys CWB Av das torres, 824, Centro S. J. dos pinhais | CEp 83040-300 | tEL (41) 3302-9070 www.laborsys.com.br
PERNAMBUCO
médica Av. Manoel Borba, 837, Boa Vista Recife | CEp 50070-000 | tEL (81) 9193-0120 www.medica-ne.com.br
RIO DE JANEIRO
art lab Rua Mariana portela, 28, Sampaio Rio de Janeiro | CEp 20970-600 | | tEL (21) 2581-8123 ou (21) 2581-2340 www.artlabrio.com.br
Biodinâmica Rua Carlos Costa, 10, Riachuelo Rio de Janeiro | CEp 20970- 090 | tEL (21) 3578-0800 www.biodinamica-ltda.com.br