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SUMÁRIO

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTE ......................................... 03

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA ...................................

27

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS .................................... 42

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA................... 58

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO .................. 76

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FILOSOFIA .................................. 87

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE FÍSICA ..............................................

92

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA ............................... 102

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA .................................... 116

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA............. 135

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA....... ....................... 153

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA....... ........................ 167

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE QUÍMICA...................................... 179

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA ESTRANGEIR A-INGLÊS................................................................................................................

190

PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICUL AR DE LÍNGUA ESTR ANGEIRA-ESPANHOL(CELEM).................................... ......................................................................

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HISTÓRICO E APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

A Arte é quase tão antiga quanto o homem. É uma forma de se expressar e de se

comunicar, faz parte do conhecimento, deixa de ser coadjuvante no sistema educacional

para se ocupar também do desenvolvimento do sujeito frente a uma sociedade construída

historicamente e em constante transformação.

Encontramos o ensino da Arte presente no Brasil desde o século XVI, com a ação

dos jesuítas. A Arte era parte dos ensinamentos, cujo objetivo principal era a catequização

dos grupos que aqui habitavam e que incluía a Retórica, a Literatura, a Escultura, a

Pintura, a Música e as Artes Manuais. Com a expulsão dos jesuítas pelo Marquês de

Pombal e a posterior Reforma Educacional Brasileira (1792-1800) – Reforma Pombalina -

o ensino da Arte se tornou irrelevante e o Desenho, por exemplo, foi associado à

Matemática na forma de Desenho Geométrico.

Mesmo com o incentivo de D. João VI ao ensino da Arte no início do século XIX – o

que resultou na Academia de Belas Artes do Rio de Janeiro (1826) – nas escolas, o

ensino ainda era influenciado pelo Iluminismo, priorizando a área científica. Essa visão foi

ratificada na 1ª. Reforma Educacional do Brasil República em 1890, realizada por

Benjamin Constant, cujo objetivo ainda era valorizar a Ciência e a Geometria. A partir de

1931, com a implantação do ensino da Música por meio do Canto Orfeônico, o ensino da

Arte se fez presente no primeiro projeto de educação pública de massa.

No Paraná, em 1954, foi criada a Escola de Artes no Colégio Estadual, na cidade

de Curitiba, envolvendo Artes Plásticas, Teatro e Música.

O ensino da Arte somente passa a ser obrigatório nas escolas brasileiras em 1971,

com a Lei 5692/71, porém, com conteúdo reduzido, fundado em uma visão tecnicista e

entendendo o educador de Artes como um profissional polivalente, ou seja, aquele que

deve dominar os conteúdos de Artes Plásticas e Música. Em 1996, a Lei de Diretrizes e

Bases da Educação, ratifica a obrigatoriedade do ensino da Arte na Educação Básica,

porém, a Arte passa a compor a área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias,

abrangendo Música, Artes Visuais, Dança e Teatro.

Esse breve passeio pela história nos dá uma idéia dos conceitos que permearam a

educação de Artes no Brasil, abrangendo desde um caráter religioso, com a catequização

dos nativos, até aquela com fins puramente tecnicistas. Passamos de um extremo a outro,

do “sensibilizador” para o “científico racional”. É importante frisar que a educação pública

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no Brasil até o início do séc. XX estava voltada para uma elite basicamente masculina.

Verificamos também que, após a expulsão dos jesuítas, o pensamento iluminista e

positivista foi preponderante no ensino público brasileiro.

Atualmente, o trabalho na disciplina de Arte exige do educador reflexões que

contemplem a arte efetivamente como área de conhecimento fundamental na formação

dos educando.

Quando Regina Migliori (1993 p.14) propõe uma “perspectiva de abordagem global”

como sendo “a possibilidade de lidarmos com tudo o que se nos apresenta e não somente

com os aspectos artificialmente eleitos”, a idéia é que se busque uma nova leitura da

realidade. O entendimento de Migliori nos remete para uma perspectiva de uma formação

omnilateral,1 crítica e autônoma dos educando, ou seja, “temos que aprender a lidar com

as divergências de forma não excludente” (MIGLIORI, 1993, p. 14).

Quando privilegiamos a produção artística de um determinado grupo, povo ou etnia

fragmentamos a realidade e automaticamente criamos um juízo de valor no qual os

recortes do conhecimento que fazemos passam a ser os verdadeiros ou os únicos. “Essa

visão fragmentada, geradora dos incluídos e excluídas, gera uma outra verdade cruel: a

marginalidade que não é alternativa” (MIGLIORI. 1993 p.14). Isso implica que ao

apresentarmos em nossa seleção de conteúdos curriculares outras vozes que estão

presentes na ação histórica da construção do conhecimento, possibilitamos ao educando

outras leituras diferentes daquelas que vêm sendo oficialmente apresentadas.

A Arte – fruto da percepção e da necessidade da expressão humana – revela a

realidade interior e exterior ao homem e à mulher. Essa expressão artística é concretizada

utilizando-se de sons, formas visuais, movimentos do corpo, representação cênica, dentre

outras, que são percebidas pelos sentidos. Isso contribui para outras possibilidades de

leituras da realidade e, portanto, com mais subsídios para repensar sobre ela. O objetivo

dessa proposta é gerar um ser reflexivo, autônomo e inserido criticamente na realidade

em que vive. A Arte ajuda nesse processo, na medida em que nos fornece uma

simbologia própria e, portanto, outras leituras do mundo que nos cerca. Segundo Isabel

Marques2: “Um dos elementos essenciais que caracteriza o ensino da Arte no ambiente

escolar é o fato de que, na escola, temos a possibilidade de relacionar, questionar,

experimentar, refletir e contextualizar os trabalhos artísticos a fim de que façam sentido

1 Explicar omnilateralidade em função do trabalho e da educação nos reporta no tempo em que o homem

tinha a necessidade de conhecimento do todo, ou seja, pensar o objeto, fazer o objeto e vender o objeto. Como na educação, que se preocupava com as ciências exatas, as artes, a sociologia, e o espiritual, quando os quatro eixos eram de extrema importância e tinham o mesmo peso em valor.

2 Esta citação é transcrição da fala da Profª Dra Isabel Marques no Simpósio Estadual de ARTES, Paraná abril, 2005.

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em nossas próprias vidas e na construção da sociedade brasileira.” As Diretrizes

Curriculares Estaduais da disciplina de Arte, vem reforçar que foi considerada obra de

arte toda expressão concretizada em formas visíveis/ audível/dramática ou em movimento

de sentimentos e emoções.

A discussão em torno da arte como linguagem pondera o entendimento de que a

arte não apenas suscita sentimentos, mas pressupõe uma relação de transmissão e

recepção de idéias, ou seja, de comunicação. Portanto, a Arte aqui é entendida como

linguagem, que se utiliza de símbolos e de elementos próprios que estão presentes na

Dança (movimento e não movimento), na Música (sons), no Teatro (dramatização) e nas

Artes Visuais (forma e luz).

Ler o produto artístico em suas diversas relações, nos diversos prismas e no que

tange aos seus significados socialmente construídos pressupõe que o produto artístico

como seja um “veículo portador de significado” (ver Bakhtin 1995, p.132). Nesse sentido,

os símbolos são fundamentais para a vida social, pois é por meio deles que nos

comunicamos e manifestamos nossa capacidade de sentir e de pensar.

Na cultura escolar, os saberes é apropriado pela escola de maneira singular, dando

um sentido pedagógico (Sacristan J.G., 2001). Na escola, esse trabalho, ressignifica os

saberes e os conceitos científicos produzidos na sociedade. É com base nestes

pressupostos que trataremos a Arte como linguagem. Linguagem artística.

Na disciplina de arte, pretende-se que o aluno adquira conhecimento sobre a

diversidade de pensamento e de criação artística e que seu desenvolvimento critico se

expanda.

É importante abordar os campos conceituais que historicamente tem produzido

estudos sobre a arte.

- O conhecimento estético que está relacionado à apreensão do objeto artístico

como criação de cunho sensível e cognitivo.

- O conhecimento da produção artística está relacionado aos processos do fazer

e da criação. Esse campo do conhecimento são interdependentes e articulados entre si,

abrangendo todos os aspectos dos conhecimentos em arte, principalmente nas artes

visuais, estabelecendo relação com os conteúdos e saberes das outras áreas da

disciplina como teatro, dança e música.

Os alunos da nossa escola, são oriundo das classes assalariadas, devem ter

acesso ao conhecimento produzido pela humanidade assim como todos os sujeitos da

Educação Básica, pois ela, a escola, é um lugar especialmente importante para as

classes menos favorecidas, que tem nela uma oportunidade, algumas vezes a única, de

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acesso ao mundo científico, filosófico e artístico. Muitos deles são de diferentes origens

étnicas e culturais. É dever da escola e dos conteúdos de cada disciplina buscar valorizar

os conhecimentos empíricos de cada indivíduo.

ARTE VISUAL

Nas artes visuais o conhecimento histórico universal é abordado assim como os

aspectos presentes na sociedade contemporânea. Conhecer as artes visuais é saber

produzir e refletir estética e artisticamente sobre as imagens, o que implica num

envolvimento cognitivo, perceptível e sensível com as formas dessas imagens.

Desde os primeiros registros visuais do homem pré-histórico, até os últimos avanços

tecnológicos, a expressão visual vem se ampliando no domínio das linguagens artísticas e

através do próprio imaginário cultural as relações entre as estruturas elementares das

formas, dos materiais e das técnicas contextualizados no cotidiano e no processo

histórico, levam o educando a ter uma noção mais global das manifestações artísticas.

TEATRO

O teatro tem como possibilidade pedagógica desenvolver a criatividade e a cultura,

o crescimento pessoal, o espírito de equipe, proporciona um relaxamento a memorização

e a coordenação. Permite ao educando vivenciar outras experiências sem correr riscos.

O teatro é interdisciplinar, ou seja, os conteúdos disciplinares extra teatrais. Basicamente,

o método dramático é um recurso didático que consiste na encenação de situações para a

assimilação de conteúdos trabalhados pelas diferentes disciplinas do currículo.

Ao trabalhar o teatro, pretende-se verificar o domínio pela fluência, pela decodificação e

pela leitura crítica da linguagem teatral.

DANÇA

A dança é uma manifestação artística que propicia o autoconhecimento e o

conhecimento do outro, bem como a expressão e a comunicação através de diálogos

verbais e corporais. Estimula vivencias da corporeidade, incentivando a expressividade,

proporciona relacionamento estético com outras pessoas e com o mundo, promovido pelo

fazer artísticos, sensibiliza as pessoas, contribuindo para que elas tenham uma educação

estética, estimulando relações mais equilibradas e harmoniosas ante o mundo,

desenvolvendo a apreciação e a fruição da dança.

A dança é um fenômeno que sempre se mostrou como expressão humana, seja de

rituais ou como forma de lazer ou como linguagem artística.

MÚSICA

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A música é uma linguagem universal, mas com muitos dialetos, que variam de

cultura para cultura, envolvendo a maneira de tocar, de cantar e de organizar os sons.

Assim devemos seguir, em relação à ela, o mesmo processo de desenvolvimento que

adotamos à linguagem falada, ou seja, devemos expor o aluno à linguagem musical e

dialogar com ela sobre e por meio da música.Como acontece com a linguagem, cada

civilização, cada grupo social, tem sua expressão musical própria. Nas aulas de arte o

educador, antes de transmitir sua própria cultura musical, deve pesquisar o universo

musical do aluno e encorajar atividades relacionadas com a descoberta e com a criação

de novas formas de expressão através da música. É importante estimular o educando a

fazer suas próprias pesquisas, enriquecendo seu repertório musical com CDs, vídeos

musicais e materiais para serem explorados. Planejar atividades que envolva músicas de

diferentes povos, épocas, formas e de diferentes compositores. Seu trabalho deverá ser

criativo, despertando a motivação do educando para que seja capaz de sentir, viver e

apreciar a música.

No final da década oitenta e inicio da década de noventa professores de artes,

profissionais da área organizaram-se em Seminários e Simpósios, nacionais e

internacionais constituindo a FAEB – Federação da Arte Educadores do Brasil, se

mobilizaram pela obrigatoriedade do ensino da arte no texto da LDB de 1996 pela lei

9394/96.

Nesse período houve mudanças nos cursos de graduação em Educação Artística,

Licenciatura Plena.

Na década de noventa, varias capacitações de professores foram realizadas em

Faxinal do Céu, momentos de contextualização e de reflexão.

Em 2003 são realizadas diversas ações valorizando o ensino da arte: a mudança

na matriz curricular (duas aulas semanais, no fundamental e no médio), aquisição de

livros de músicas, teatro, artes visuais e danças, biblioteca do professor, projetos como

FERA, hoje chamado de FERA CONCIÊNCIA.

São inceridos, também, nos conteúdos a História da Cultura Afro-brasileira,

Africana e Cultura dos Povos Indígenas; Política nacional de educação ambiental;

Desafios educacionais contemporâneos: Cidadania e Educação Fiscal, Educação

em/para os Direitos Humanos, Educação Ambiental, Enfrentamento à Violência na Escola,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.

. O ensino da arte ainda exige reflexões que contemplem a arte como área do

conhecimento como (meio para o) e não meramente como meio de destaque dos dons

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inatos, o ensino da arte deixa de ser coadjuvante no sistema educacional e passa a se

preocupara com o desenvolvimento do sujeito a uma sociedade construída historicamente

e em constante transformação.

ORGANIZAÇÃO DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS

Cada linguagem artística possui um elemento básico por meio do qual ela se

manifesta, ou seja: o som (Música), o movimento e o não movimento (Dança), a forma e a

luz (Artes Visuais) e a dramatização (Teatro). Destes elementos básicos derivam-se os

elementos de linguagem específicos da arte.

Portanto, os conteúdos para o Ensino Fundamental e Médio devem contemplar os

elementos de cada linguagem artística (Música, Teatro, Dança e Artes Visuais), E sua

articulação e organização. Esses elementos permitirão ao educando ler e interpretar o

repertório, assim como elaborar o seu próprio trabalho artístico. A leitura, interpretação e

produção artística avaliam a apreensão por parte do educando e dos conteúdos propostos

para as aulas.

ÁREA DE MÚSICA

Elementos Formais

Composição Movimentos e Períodos

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas Harmonia Tonal Modal Contemporânea Escalas Sonoplastia Estrutura Gêneros: erudita, folclórica. Técnicas: instrumental, vocal, mista, improvisação...

Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento, Rap, Tecno, Barroco, Classicismo, Romantismo, Vanguardas Artísticas, Arte Engajada, Música Serial, Música Eletrônica, Música Minimalista, Música Popular Brasileira, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria cultural, Word Music, Arte Latino-Americana...

DANÇA

Elementos

Formais Composição Movimentos e Períodos

Movimento Corporal Tempo Espaço

Eixo, Dinâmica, Aceleração Ponto de Apoio, Salto e queda, Rotação,

Arte Pré-Histórica, Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Renascimento,

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Formação, Deslocamento, Sonoplastia, Coreografia, Gênero: folclórico, de salão, étnico. Técnica: improvisação, coreografia.

Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Dança circular, Indústria Cultural, Dança Clássica, Dança Moderna, Dança Contemporânea, Hip Hop, Arte Latino-Americana.

ARTES VISUAIS Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos Ponto Linha Superfície Textura Volume Luz Cor

Figurativa, Abstrata, Figura-fundo, Bidimensional, Tridimensional, Semelhanças, Contrastes, Ritmo visual. Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-morta... Técnicas: Pintura, gravura, escultura, arquitetura, fotografia, vídeo...

Arte Pré-histórica, Arte no Antigo Egito, Arte Greco-Romana, Arte Pré-Colombiana, Arte Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte Bizantina, Arte Românica, Arte Gótica, Renascimento, Barroco, Neoclassicismo, Romantismo, Realismo, Impressionismo, Expressionismo, Fauvismo, Cubismo, Abstracionismo, Dadaísmo, Construtivismo, Surrealismo, Op-art, Pop-art, Arte Naïf, Vanguardas artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino-Americana, Muralismo...

TEATRO

Elementos Formais Composição Movimentos e Períodos

Personagens (expressões corporais, vocais, gestuais e faciais). Ação Espaço

Representação Texto dramático Dramaturgia Roteiro, Espaço Cênico Sonoplastia, iluminação, cenografia figurino, adereços, máscaras, caracterização e maquiagem. Gêneros: tragédia, comédia, drama, épico, rua,etc. Técnica: jogos teatrais, enredo, teatro direto, teatro indireto (manipulação, bonecos, sombras...), improvisação, monólogo, jogos dramáticos, direção produção...

Arte Greco-Romana, Arte oriental, Arte africana, Arte medieval, Renascimento, barroco, Neoclássico, Romantismo, Realismo, Expressionismo, Vanguardas Artísticas, Teatro dialético, Teatro do oprimido, Teatro pobre, Teatro essencial, Teatro do absurdo, Arte Engajada, Arte Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense, Indústria cultural, Arte Latin-Americana...

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CONTEÚDOS POR SÉRIE

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSI NO FUNDAMENTAL – SÉRIES FINAIS

5ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas: diatônica, pentatônica cromática maior, menor, Improvisação Gêneros: erudito, popular

Greco-Romana Oriental Ocidental Idade Média Música Popular (folclore)

Percepção dos elementos formais na paisagem sonora e na música. Audição de diferentes ritmos e escalas musicais. Teoria da música. Produção e execução de instrumentos rítmicos. Prática coral e cânone rítmico e melódico.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a música e sua relação com o movimento artístico no qual se originou. Desenvolvimento da formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e harmônicos.

- 6ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Escalas Estrutura Gêneros: folclórico, popular, étnico Técnicas: vocal, instrumental, mista Improvisação

Música popular e étnica (ocidental e oriental) Brasileira Paranaense Africana Renascimento Neoclássica Caipira/Sertanejo Raiz

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes formas musicais. Pesquisa da paisagem sonora. Teorias da música. Produção de trabalhos musicais com características populares e composição de sons da paisagem sonora.

Compreensão das diferentes formas musicais populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição musical.

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7ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Tonal, modal e a fusão de ambos. Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Sonoplastia

Indústria Cultural Eletrônica Minimalista Rap, Rock, Tecno Sertanejo pop Vanguardas Clássica

Percepção dos modos de fazer música, através de diferentes mídias. O som e a música no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador) Teorias sobre música e indústria cultural. Produção de trabalhos de composição musical utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das diferentes formas musicais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição musical nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

- 8ª SÉRIE - ÁREA MÚSICA

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOCONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura Duração Timbre Intensidade Densidade

Ritmo Melodia Harmonia Estrutura Técnicas: vocal, instrumental, mista Gêneros: popular, folclórico, étnico.

Música Engajada Música Popular Brasileira. Música contemporânea Hip Hop, Rock, Punk Romantismo

Percepção dos modos de fazer música e sua função social. Teorias da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na Arte Engajada.

Compreensão da música como fator de transformação social. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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5ª SÉRIE – ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Linha Textura Forma Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figurativa/Abstrato Geométrica Técnicas: Pintura, desenho, baixo e alto relevo, escultura, arquitetura... Gêneros: paisagem, retrato, cenas da mitologia

Arte Greco-Romana Arte Africana Arte Oriental Idade Média Arte Popular (folclore) Arte Pré-Histórica Renascimento Barroco

Estudo dos elementos formais e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos das artes visuais.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com o movimento artístico no qual se originou.

- 6ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figurativa Abstrata Geométrica Técnicas: Pintura, desenho, escultura, modelagem, gravura, mista, pontilhismo... Gêneros: Paisagem, retrato,natureza morta.

Arte indígena Arte Popular Brasileira e Paranaense Abstracionismo Expressionismo Impressionismo

Percepção dos modos de estruturar e compor as artes visuais na cultura destes povos. Teoria das Artes Visuais Produção de trabalhos de artes visuais com características da cultura popular, relacionando os conteúdos com o cotidiano do aluno.

Compreensão das diferentes formas artísticas populares, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição visual.

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� 7ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Cenografia Técnicas: pintura, desenho, fotografia, audiovisual, gravura... Gêneros: Natureza morta, retrato, paisagem.

Indústria Cultural Arte Digital Vanguardas Arte Contemporânea Arte Cinética Op Art Pop Art Clássicismo

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes mídias. Teoria das artes visuais e mídias. Produção de trabalhos de artes visuais utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Compreensão das artes visuais no Cinema e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição das artes visuais nas mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

� 8ª SÉRIE - ÁREA ARTES VISUAIS

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figurativo Geométrica Figura-fundo Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Cenografia Técnica: Pintura, desenho, performance... Gêneros: Paisagem urbana, idealizada, cenas do cotidiano

Realismo Dadaísmo Arte Engajada Muralismo Pré-colombiana Grafite (Hip Hop) Romantismo

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais e sua função social. Teorias das Artes Visuais. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição com enfoque na Arte Engajada.

Compreensão da dimensão das Artes Visuais enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

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� 5ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro indireto e direto improvisação, manipulação, máscara Gênero: Tragédia, Comédia, enredo, roteiro. Espaço Cênico, circo. Adereços

Greco-Romana Teatro Oriental Africano Teatro Medieval Renascimento Teatro Popular

Estudo das estruturas teatrais: personagem, ação dramática e espaço cênico e sua articulação com formas de composição em movimentos e períodos onde se originaram.

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com os movimentos artísticos nos quais se originaram. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

a) 6ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE

APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Representação, Leitura dramática, Cenografia. Gêneros: Rua, Comédia, arena, Caracterização Técnicas: jogos dramáticos e teatrais, Mímica, improvisação, formas animadas...

Comédia dell' arte Teatro Popular Teatro Popular Brasileiro e Paranaense

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes espaços disponíveis. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro de arena, de rua e indireto.

Compreensão das diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais, presentes no cotidiano.

� 7ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGE

M PEDAGÓGIC

A

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais

Representação no Cinema e Mídias (Vídeo, TV e Computador)

Indústria Cultural Realismo Expressionismo Cinema Novo

Percepção dos modos de fazer teatro, através de diferentes

Compreensão das diferentes formas de representação no Cinema e nas mídias, sua função

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Ação Espaço

Texto dramático Cenografia Maquiagem Sonoplastia Roteiro, enredo Técnicas: jogos teatrais, sombra, adaptação cênica

Vanguardas Classicismo

mídias. Teorias da representação no teatro e mídias. Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

o 8ª SÉRIE - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDAGE

M PEDAGÓGIC

A

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-Fórum, Teatro Imagem Representação Roteiro, enredo Dramaturgia Cenografia Sonoplastia Iluminação Figurino Gêneros

Teatro Engajado Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro do Absurdo Romantismo

Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Criação de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.

Compreensão da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. Criação de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

5ª SÉRIE - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal Tempo Espaço

Eixo Deslocamento Ponto de Apoio Formação Técnica: Improvisação Gênero: Circular

Pré-história Greco-Romana Medieval Idade Média Arte Popular (folclore)

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se

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com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança.

originou.

� 6ª SÉRIE - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal Tempo Espaço

Gênero: Folclórica, popular, étnica Ponto de Apoio Formação Rotação Coreografia Salto e queda Niveis (alto, médio e baixo)

Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Renascimento

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança.

7ª SÉRIE - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Movimento Corporal Tempo Espaço

Direções Dinâmicas Aceleração Improvisação Coreografia Sonoplastia Gênero: Indústria Cultural, espetáculo

Hip Hop Musicais Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna Dança Clássica

Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes mídias. Teorias da dança de

Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo.

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palco e em diferentes mídias. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos.

Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo.

o 8ª SÉRIE - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOCONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

Movimento Corporal Tempo Espaço

Ponto de Apoio Níveis (alto, médio e baixo) Rotação Deslocamento Gênero: Salão, espetáculo, moderna Coreografia

Arte Engajada Vanguardas Dança Contemporânea Romantismo

Percepção dos modos de fazer dança e sua função social. Teorias da dança. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição da dança com enfoque na Arte Engajada.

Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

CONTEÚDOS REFERENCIAIS PARA A DISCIPLINA DE ARTE NO ENSINO MÉDIO

− Ensino Médio - ÁREA MÚSICA CONTEÚDOS ESTRURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOS CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Altura

Ritmo Melodia

Música Popular

Percepção da paisagem

Compreensão dos elementos que

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Duração Timbre Intensidade Densidade

Harmonia Modal, Tonal e fusão de ambos. Gêneros: erudito, clássico, popular, étnico, folclórico, Pop Técnicas: vocal, instrumental, eletrônica, informática e mista Improvisação

Brasileira Paranaense Popular Indústria Cultural Engajada Vanguarda Ocidental Oriental Africana Latino-Americano

sonora como constitutiva da música contemporânea (popular e erudita), dos modos de fazer música e sua função social. Teoria da Música. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição musical, com enfoque na música de diversas culturas.

estruturam e organizam a música e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos musicais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos modos de composição musical das diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

o Ensino Médio - ÁREA ARTES VISUAIS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS

E PERIODOS

CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Ponto Linha Forma Textura Superfície Volume Cor Luz

Bidimensional Tridimensional Figurativo Abstrato Perspectiva Semelhanças Contrastes Ritmo Visual Técnica: Pintura, desenho, modelagem, instalação performance, fotografia, gravura e esculturas... Gêneros: paisagem, natureza-morta, designer, história em quadrinhos...

Arte Ocidental Arte Oriental Arte Africana Arte Brasileira Arte Paranaense Arte Popular Arte de Vanguarda Indústria Cultural Arte Engajada Arte Contemporânea Arte Digital Arte Latino-Americana

Percepção dos modos de fazer trabalhos com artes visuais nas diferentes culturas e mídias. Teoria das artes visuais. Produção de trabalhos de artes visuais com os modos de organização e composição,

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua relação com a sociedade contemporânea. Produção de trabalhos de artes visuais visando a atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica dos modos de composição das artes visuais nas

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com enfoque nas diversas culturas.

diversas culturas e mídias, relacionadas a produção, divulgação e consumo.

Ensino Médio - ÁREA TEATRO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES ABORDA

GEM PEDAGÓG

ICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS

E CONTEÚDOS BÁSICOS PARA A SÉRIE

Personagem: expressões corporais, vocais, gestuais e faciais Ação Espaço

Técnicas: jogos teatrais, teatro direto e indireto, mímica, ensaio, Teatro-Fórum Roteiro Encenação, leitura dramática Gêneros: Tragédia, Comédia, Drama e Épico Dramaturgia Representação nas mídias Caracterização Cenografia, sonoplastia, figurino, iluminação Direção Produção

Teatro Greco-Romano Teatro Medieval Teatro Brasileiro Teatro Paranaense Teatro Popular Indústria Cultural Teatro Engajado Teatro Dialético Teatro Essencial Teatro do Oprimido Teatro Pobre Teatro de Vanguarda Teatro Renascentist

Estudo da personagem, ação dramática e do espaço cênico e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos do teatro. Percepção dos modos de fazer teatro e sua função social. Teorias do teatro. Produção de trabalhos com teatro em diferentes espaços. Percepção dos modos de

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam o teatro e sua relação com o movimento artístico no qual se originou. Compreensão da dimensão do teatro enquanto fator de transformação social. Produção de trabalhos teatrais, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da representação nas mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição teatrais.

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a Teatro Latino-Americano Teatro Realista Teatro Simbolista

fazer teatro e sua função social. Produção de trabalhos com os modos de organização e composição teatral com enfoque na Arte Engajada.

• Ensino Médio - ÁREA DANÇA CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ABORDAGEM

PEDAGÓGICA

EXPECTATIVAS DE APRENDIZAGEM

ELEMENTOS FORMAIS

COMPOSIÇÃO

MOVIMENTOS E

PERIODOCONTEÚDOS BÁSICO PARA A SÉRIE

Movimento Corporal Tempo Espaço

Eixo Dinâmica Aceleração Ponto de Apoio Salto e Queda Rotação Níveis Formação Deslocamento Improvisação Coreografia Gêneros: Espetáculo, industrial cultural, étnica, folclórica, circular, populares, salão, moderna, contemporânea...

Pré-história Greco-Romana Medieval Renascimento Dança Clássica Dança Popular Brasileira Paranaense Africana Indígena Hip Hop Expressionismo Indústria Cultural Dança Moderna Arte Engajada Vanguar

Estudo do movimento corporal, tempo, espaço e sua articulação com os elementos de composição e movimentos e períodos da dança. Percepção dos modos de fazer dança, através de diferentes espaços onde é

Compreensão dos elementos que estruturam e organizam a dança e sua relação com o movimento artístico no qual se originou. Compreensão das diferentes formas de dança popular, suas origens e práticas contemporâneas. Compreensão da dimensão da dança enquanto fator de transformação social. Compreensão das diferentes formas de dança no Cinema, musicais e nas mídias, sua função social e ideológica de veiculação e consumo. Apropriação prática e teórica de técnicas e modos de composição da dança. Apropriação prática e teórica das tecnologias e modos de composição da dança nas

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das Dança Contemporânea

elaborada e executada. Teorias da dança. Produção de trabalhos de dança utilizando equipamentos e recursos tecnológicos. Produção de trabalhos com dança utilizando diferentes modos de composição.

mídias; relacionadas a produção, divulgação e consumo. Produção de trabalhos com dança, visando atuação do sujeito em sua realidade singular e social.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Sendo a escola um espaço de conhecimento, e que deve contemplar na

metodologia do ensino de arte, três momentos da organização pedagógica:

- Teorizar- para que os alunos contextualizem o conhecimento histórico produzido sobre a

arte, fazendo uma ponte com a origem cultural e o grupo social desse aluno;

-Sentir e Perceber - são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à obra de arte;

-Trabalho artístico - é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõe uma

obra de arte.

Esses conhecimentos serão alcançados pelo trabalho com os conteúdos

estruturastes, elementos formais, composição, movimentos e períodos, abordados nas

artes visuais, música, teatro e dança. Esse conhecimento se efetiva quando os três

momentos da metodologia são trabalhados

As atividades, em sala de aula, poderão ser iniciadas por qualquer um desses

momentos ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias

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aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles.

Os conteúdos serão contextualizados pelos alunos, fazendo com que a sua

vivencia e a sua cultura, adquirida no seu meio social, seja considerada.

Em ARTES VISUAIS, além da produção pictórica de conhecimento universal e

artistas consagrados, também formas e imagens de diferentes aspectos presente nas

sociedades contemporâneas e principalmente dar prioridade aos artistas e bens culturais

da nossa região. O processo será feito de maneira a estabelecer relações entre os

conhecimentos do aluno e a imagem proposta, explorando a obra em análises e

questionamento dos conteúdos propostos. Após o educando ter tido o contato com a parte

teórica, do assunto proposto, ele poderá partir para a prática, como fazer uma releitura

das obras apresentadas à ele. Para que o aluno possa se situar é muito importante que

ele tenha contato visual através de imagens e vídeos na TV pendrive ou pesquisando no

laboratório de informática.

Em DANÇA, trabalharemos o movimento corporal com a experimentação do

movimento, improvisação, em composições coreográficas e processo de criação,

tornando o conhecimento significativo para o aluno. É importante que o histórico da dança

seja abordado, para que o educando tenha noção do momento em questão. Para que o

aluno possa se situar é muito importante que ele tenha contato visual através de imagens

e vídeos na TV pendrive ou pesquisando no laboratório de informática.

Em MÚSICA, são abordados os aspectos históricos e que serão contextualizados.

Apresentar as características específicas e as influências de regiões e povos que se

misturam em diversas composições musicais. Mostrar os elementos formais, explicando

cada um deles e sendo analisados em uma composição musical ou em sons isolados.

Construção de instrumentos musicais, com vários tipos de materiais, para produções

musicais. Para que o aluno possa se situar, é muito importante que ele tenha contato

auditivo através de músicas e vídeo clipe na TV pendrive ou pesquisando no laboratório

de informática.

Em TEATRO, são abordados os aspectos históricos e contextualizando com os

alunos. Na parte prática inicia-se com exercícios de relaxamento, aquecimento e com os

elementos formais do teatro: personagem-expressão vocal, gestual, corporal e facial.

Composição: jogos teatrais, improvisações e transposição de texto literário para texto

dramático, pequenas encenações construídas pelos alunos e outros exercícios cênicos.

E em todas as áreas da arte: artes visuais, música, dança e teatro, é importante

que seja abordados os seguintes aspectos:

-História e cultura afro-brasileira e africana;

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-História e cultura dos povos indígenas;

-Política nacional de educação ambiental;

-Desafios educacionais contemporâneos: Cidadania e Educação Fiscal, Educação

em/para os Direitos Humanos, Educação Ambiental Enfrentamento à violência na Escola,

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas.

Todos esses assuntos perpassam pela Arte de várias maneiras como: desenho,

pintura, criação de máscaras, dramatização, paródias e de maneira expositiva,

possibilitando ao educando estar consciente dessas diversidades. As mídias são aliadas

dos professores para que estes assuntos sejam abordados e visualizados pelos

educando.

Nessa proposta pretende-se que os alunos possam criar formas, de pensamentos

e expandir suas potencialidades criativas.

AVALIAÇÃO

Esta avaliação é diagnóstica e processual. Planejamento das aulas e prática

pedagógica e a avaliação.

De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso V) a avaliação é “contínua e

cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais”.

Na Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (Capítulo I, art.8º), a avaliação

almeja “o desenvolvimento formativo e cultural do aluno” e deve “levar em consideração a

capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação nas atividades

realizadas”.

É fundamental que nos primeiros dias do ano seja feito um levantamento sobre o

conhecimento artístico do aluno, e durante o ano observar as habilidades dos alunos

ampliando o conteúdo e sua aprendizagem.

Esse diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam

definidos os conteúdos a serem trabalhados, a forma e a profundidade de sua abordagem

dependem do conhecimento que os alunos trazem consigo.

Capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento

potencial, determinado através de resolução de um problema sob a orientação de um

adulto ou em colaboração com outro colega e denominado de zona de desenvolvimento

proximal.

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Portanto o conhecimento que o aluno possui deve ser socializado entre os

colegas de sala e ao mesmo tempo é a referência para o professor propor abordagens

diferenciadas. Por exemplo, o conteúdo a ser trabalhado com o aluno que possui um

conhecimento, técnica ou habilidade deve servir para que ele possa ampliá-lo e

principalmente sistematizá-lo, já o aluno que não conhece esse conteúdo deve ser

iniciado na sua aprendizagem.

O método de avaliação proposto nas Diretrizes inclui observação e registro do

processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do

conhecimento do educando. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os

problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em

grupo. Como sujeito desse processo, o aluno também deve elaborar seus registros de

forma sistematizada. As propostas podem ser socializadas em sala, com oportunidades

para o aluno apresentar, refletir e discutir sua produção e a dos colegas.

Pra possibilitar essa avaliação individual e coletiva, é necessário utilizar vários

instrumentos de avaliação, como o diagnóstico inicial, durante o percurso e final do aluno

e do grupo, trabalhos artísticos, pesquisas, provas teóricas e práticas, debate em forma

de seminários e simpósios, registros e forma de relatórios gráficos, portifólio, áudio-visual

e outros.

REFERÊNCIAS

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da Educação . São Paulo: Moderna, 1987. AZEVEDO, F. de. A cultura brasileira . 5 edição, revista e ampliada. São Paulo: Melhoramentos, editora da USP, 1971. BARRETO, Débora. Dança... Ensino, sentido e Possibilidades na Escola . 2ª ed.- Campinas SP. Autores Associados, 2005. BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política . Obras escolhidas. Vol.1. São Paulo: Brasiliense, 1985. BOSI, Alfredo. Reflexões sobre a arte. São Paulo: Ática, 1991. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 5692/71: Lei de Diretrizes e Bases da Educaç ão Nacional, LDB. Brasília, 1971. BRASIL. Leis, decretos, etc. Lei nº 9394/96: Lei de Diretrizes e Bases da Educaç ão Nacional, LDB. Brasília, 1996.

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA – BIOLOGIA

A disciplina de Biologia tem como objeto de estudo o fenômeno vida.

A historia da ciência mostra que tentativas de definir a VIDA tem sua origem registrada

desde a antiguidade. Entre os pensadores desse período, contribuíram de forma relevante

para a classificação dos seres vivos, o filósofo Aristóteles (428/27 a. C a 384 a. C – 322 a.

C) através de interpretações filosóficas buscavam explicações para compreensão da

natureza.

Na idade média (séc. V a XV) a igreja católica tornou-se uma

instituição poderosa não apenas no aspecto religioso, mas também influindo na vida

social, política e econômica.

O conhecimento foi associado a Deus e oficializado pela igreja sob a forma de

dogmatismo teocêntrico. Sob esta essa influencia foram criadas as primeiras

universidades para organizar, sistematizar e agrupar o conhecimento acumulado durante

séculos.

Com a sistematização dos conhecimentos e a discussão de maneira

distinta da que ocorria nos centros religiosos, dentro das universidades foi ocorrendo a

ruptura com a visão teocêntrica e com a concepção filosófica-teológica e os

conhecimentos sobre o homem passam para o primeiro plano e a explicação para tudo o

que ocorria na natureza inicia nova trajetória.

O período entre a idade média e a idade moderna é marcado por

mudanças em diversos segmentos da sociedade, graças à ampliação do comércio

incentivada pela navegação aumentou a circulação de bens e dinheiro. Isso determinou

mudanças políticas e econômicas que propiciaram a queda do poder arbitrário na igreja e

abriram caminho para as revoluções industriais do século XVIII.

Na história da ciência na renascença, nos séculos XV e XVI,

observa-se à contradição do período em que Leonardo Da Vinci (1452-1519) introduz o

pensamento matemático para interpretar a ordem mecânica da natureza, enquanto

estudos botânicos eram meramente descritivos com a observação direta de fontes

originais, sem estabelecer relações entre plantas e sua distribuição geográfica. Na

zoologia observa-se a preocupação com a análise comparativa e com vistas à

classificação. Registros indicam um aperfeiçoamento de observações feitas por

Aristóteles. Sob a influência do paradigma aristotélico Lineu funda o sistema moderno de

classificação dos seres vivos mantendo o princípio da criação divina(fixismo). O sistema

descritivo de Lineu inaugura o sistema moderno de classificação a partir da comparação

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de espécies coletadas em diferentes locais. Na sua obra Sistema Natural de 1735, Lineu

propõe a organização de seres vivos a partir de características estruturais, anatômicas e

comportamentais, “mantendo a visão de um mundo estático idêntico em sua essência à

criação perfeita do criador”, classificando os seres vivos, mas mantendo o principio da

criação divina .Em Lineu a atitude contemplativa interessada em retratar a beleza da

natureza partindo da exploração empírica do mundo natural, pautado por um método

baseado na observação e descrição da natureza, o que caracteriza pensamento

biológico descritivo .

No contexto filosófico discutia-se a proposição do método científico a

ser utilizado para compreender a natureza. Francis Bacon (1561-1626) contribui com a

nova visão de ciência recuperando o domínio do homem sobre a natureza através da

investigação cooperativa. Bacon propõe substituição mística da verdade pelo caminho

pela qual ela é obtida, propondo um método indutivo com controle metódico e sistemático

da observação. Seu pensamento filosófico surge pra se contrapor à filosofia aristotélica, a

qual influenciou por séculos o modo de entender e explicar o mundo.

Contribuições desse período rico em mudanças foram dadas pelo

médico William Harvey (1578-1657) com a proposição de um novo modelo referente á

circulação do sangue, que foi acolhido por Descartes (1596-1650) com uma das bases

mais consistentes do pensamento biológico mecanicista , fruto da influência dos

estudos sobre mecânica celeste de Isaac Newton.

Os princípios de origem da vida são questionados pelos estudos sobre a biogênese de

Francesco Redi (1626-1698), bem como a invenção e aperfeiçoamento do microscópio

contribuem grandemente para as ciências biológicas.

O pensamento positivista reafirma o pensamento mecanicista e para

entender a vida, a biologia descreve o organismo e procura compreender as relações de

causa e efeitos no funcionamento de cada uma de suas partes.

Na segunda metade do século XVIII, na Europa, mudanças no

contexto filosóficos e científicos e as revoluções burguesas trouxeram mudanças

importantes nas estruturas sociais, políticas e econômicas. A revolução industrial gera o

desenvolvimento da sociedade industrial urbana.

No fim do século XVIII e início do século XIX conceitos consagrados

como o geocentrismo, e as idéias de mundo estático são questionadas pela teoria

heliocêntrica e da evolução.

Estudos sobre a mutação das espécies ao longo do tempo são

apresentados Erasmus Darwin (1731-1802) e por Jean Baptiste Monet, o cavaleiro de

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Lamarck (144-1829). Para ambos a crença na herança das características adquiridas não

veio a ser confirmada, mas significou a emergência da teoria da evolução.

Para Lamarck, a classificação era importante mas artificial, pois deveria haver uma

“seqüência natural” para todas as criaturas vivas e que elas mudavam guiadas pelo

ambiente. Em Philosophie zoologique (1809) Lamarck cria o conceito de sistema evolutivo

em constante mudança, onde formas de vidas inferiores surgem a partir de matéria

inanimada (teoria da geração espontânea) e progridem inevitavelmente em direção a uma

maior complexidade, sendo essa progressão controlada pelo ambiente.

No inicio do século XIX, o naturalista britânico Charles Darwin (1809-

1882) apresenta suas idéias sobre a evolução das espécies construídas a partir de

observações na viagem com o H.M.S Beagle, onde os espécimes coletados na ilha

Gálapagos começaram a fornecer de um mundo mutável e sua teoria da seleção natural

inclui o homem entre os produtos dessa seleção. A abordagem evolutiva de Darwin é

parte de uma corrente de pensamentos filosóficos, que influencia o contexto social,

político, econômico e cultural. Darwin utilizando-se de evidencias evolutiva como fósseis,

a distribuição geográfica das espécies e a modificação de organismos domesticados.

Darwin foi um dos primeiros a utilizar o método hipotético-dedutivo.

Mesmo com evidências experimentais, a hipótese da teoria de

seleção natural foi alvo de discussões e foi pouco compreendida, pois carecia de dados

sobre a natureza dos mecanismos hereditários. As leis que regulam a hereditariedade,

propostas por Mendel (1822-1884) eram inteiramente desconhecidas por Darwin.

Em 1865, Mendel apresenta sua pesquisa sobre transmissão de

características entre os seres vivos. Apesar de não conhecer os mecanismos de divisão

celular, Mendel utilizou-se de conhecimentos já desenvolvidos por outros pesquisadores,

mais sua formação matemática e cuidados especiais no planejamento e execução das

experiências, realizou diversos cruzamentos entre ervilhas para observar como as

características eram transmitidas. A biologia fez grandes progressos no século XIX, com a

proposição em 1938 da teoria celular por Schleiden (1804-1881) e Schwan (1810-1882)

que afirmavam que todas as coisas vivas eram compostas por células.

No século XX os trabalhos de Mendel foram confirmados por uma

nova geração de geneticistas, promovendo uma revolução conceitual da biologia ao

relacionar os mecanismos evolutivos ao material genético marcando influência do

pensamento biológico evolutivo. Aliada a movimentos políticos e artísticos decorrentes

das grandes guerras, a genética agora alçada por estudos de Thomas Hunt Morgan

(1866-1945) ao status de ciência, ressignifica o Darwinismo e a Biologia passa a ser vista

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como utilitária pela aplicação de seus conhecimentos na medicina, agricultura e outras

áreas.

A aplicabilidade do conhecimento biológico evidencia a fragilidade de

um conhecimento considerado neutro, ao explicitar os critérios utilizados para definir os

investimentos em pesquisas espaciais ao invés de investir em saúde pública. A

necessidade de especialização do conhecimento traz consigo a fragmentação do

conhecimento e a impossibilidade de conhecer o todo e prever resultados de uma ação

sobre uma das partes (ecossistemas) sobre a totalidade (bioma), demonstrando a

fragilidade do método cartesiano.

A dificuldade de prever os efeitos das ações desencadeadas pelo

homem no ambiente, a impossibilidade de garantir transformações na realidade social e o

reconhecimento da não neutralidade da ciência moderna mostraram a necessidade de

rever o método de construção do conhecimento científico. A ciência abandona o

paradigma do determinismo lógico, ao propor diferentes formas de abordar o real e, sua

coexistência deixa evidente a necessidade de se rever o método científico, de concepção

positivista como instrumento que confere a ciência física e natural de status de

cientificidade inquestionável.. A ciência vista dessa forma divulga seus resultados de

sucesso, cujo progresso é independente de um progresso vinculado à época, às

exigências sociais às ingerências do campo específico em que se trabalha.

Assim para a biologia com desenvolvimento da genética molecular, o

potencial de inovação da biotecnologia se desenvolve e o pensamento biológico evolutivo

sofre mudanças em virtude da manipulação genética. Essas mudanças geram conflitos

filosóficos, científico e social e põe em discussão o fenômeno vida.

Um novo modelo explicativo passa a ser visto a partir pensamento

biológico da manipulação genética, demarcando a condição do homem em compreender

a estrutura física-química dos seres vivos e as conseqüentes alterações biológicas.

Os momentos históricos aqui discutidos representam como se deu a

construção do pensamento biológico, cujos recortes mais importantes fundamentam a

escolha dos conteúdos estruturantes a seguir.

Conteúdos estruturantes são os saberes, conhecimentos de grande

amplitude, que identificam e organizam os campos de estudo de uma disciplina escolar,

considerados fundamentais para acompreensão de seu objeto e ensino e, quando for o

caso, de suas áreas de estudo.

Na trajetória histórica dessa Ciência – a Biologia – percebe-se que o objeto de estudo

disciplinar sempre esteve pautado pelo fenômeno vida , influenciado pelo pensamento

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historicamente construído, correspondente à concepção de ciência de cada época e à

maneira de conhecer a natureza (método).

Nas atuais Diretrizes Curriculares, são apresentados quatro modelos interpretativos do

Fenômeno VIDA, como base estrutural para o currículo de Biologia no Ensino Médio.

Cada um deles deu origem a um conteúdo estruturante que permite conceituar vida em

distintos momentos da história e, dessa forma, auxiliar para que as grandes problemáticas

da contemporaneidade sejam entendidas como construção humana.

Os conteúdos estruturantes foram assim definidos:

Organização dos seres vivos;

Mecanismos biológicos;

Biodiversidade

Implicações dos avanços biológicos no fenômeno vida.

OBJETIVOS GERAIS

A disciplina de Biologia tem como objetivo de estudo o fenômeno

VIDA. Ao longo da história da humanidade muitos foram os conceitos elaborados sobre

este fenômeno numa tentativa de explicá-lo e ao mesmo tempo, compreendê-lo.

Fernandes (2005) afirma que: Desde os estudiosos de química e física do iluminismo,

herdeiras dos filósofos que tentaram explicar os fenômenos naturais na antiguidade, aos

naturalistas que se ocupavam da discrição das maravilhas naturais do novo mundo

passando pelos pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no desenvolvimento

de campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de ciências, ciências

físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais.

A preocupação com a descrição dos seres vivos e dos fenômenos

naturais levou o homem a diferentes concepções de VIDA, de mundo e de seu papel

enquanto parte deste mundo. Essa preocupação humana representa a necessidade de

garantir sua sobrevivência. Desde o homem primitivo, em sua condição de caçador e

coletor, as observações dos diferentes tipos de comportamentos e da floração das plantas

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foram sendo registradas nas pinturas rupestres, representando seu interesse em explorar

a natureza.

Assim os conhecimentos apresentados pela Biologia no Ensino

Médio não representam o resultado da apreensão contemplativa da natureza em si, mas

os modelos teóricos elaborados pelo homem (paradigmas teóricas, que representam o

esforço para entender, explicar, utilizar e manipular os recursos naturais).

A incursão pela História e Filosofia da Ciência permite identificar a

concepção de ciência presente em cada momento histórico a as relações estabelecidas

com o próprio momento em que se destaca as interferências que sofrem e provoca

nesses momentos, e que influencia o processo de construção de conceitos sobre o

fenômeno da vida.

O interesse e o fascínio pelo mundo são atributos natos dos seres

humanos. Desde os primórdios de nossa civilização, quando ainda os grupos humanos

eram meros “amontoados” de seres que estavam engatinhando na arte da agricultura, os

seres humanos têm se lançado na busca de respostas aos mistérios associados ao

fenômeno da vida.

Por muitos séculos essa busca esteve relacionada a conceitos

místicos, mágicos levando a uma concepção sobrenatural dos fenômenos da vida.

Entretanto esta visão mística, com o passar do tempo, foi sendo substituída por

explicações mais plausíveis; assim os mistérios do mundo passaram a ser melhor

compreendidos, inclusive as interações, relações e comportamentos dos seres vivos.

A partir do século XVI, quando foi estabelecido o método cientifico,

iniciou-se a compreensão do mundo de forma racional; estava, portanto sendo criada a

ciência tal como hoje nos a compreendemos, onde vários ramos são visualizados, cada

um com uma especificidade, estudando uma área do conhecimento.

Assim, a partir do século XIX despontou o ramo que se dedica ao

estudo da vida com a designação de Biologia. Biologia passou a ser uma ciência que tem

por objetivo estudar as características dos seres vivos e suas interações com o meio

ambiente e demais seres vivos. A biologia abrange todo o conhecimento relativo aos

seres vivos, desde os mecanismos que regulam as atividades vitais, até as relações que

estabelecem entre si e com o meio ambiente.

Os conhecimentos proporcionados pela biologia permitem-nos

prever e evitar impactos ambientais decorrentes de obras, produzir alimentos em larga

escala, encontrar tratamento para moléstias, melhorar nossas condições de vida, entre

outras ações; também fornece subsídios para desenvolver o espírito crítico com relação a

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temas como a utilização de recursos naturais, degradação do meio ambiente, poluição,

manipulação genética, ajuda com certeza a desenvolver hábitos saudáveis e

principalmente desenvolver a consciência da cidadania. O estudo de biologia também

pode despertar atitudes de valorização da vida e o exercício da solidariedade entre os

povos e entre os seres vivos como um todo, holístico e interdependente, onde percebe-se

que nossa vida no planeta Terra depende também da sobrevivência de todos os demais

seres vivos.

JUSTIFICATIVA DOS CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Os conteúdos estruturantes de Biologia agrupam as diferentes áreas

de Biologia, e ao mesmo tempo proporcionam um novo pensar sobre a forma de

relacioná-los sem que se perca de vista o objetivo do ensino da disciplina no Ensino

Médio.

Esta proposta curricular estabelece os conteúdos estruturantes e

uma nova forma a relacioná-los com seus conteúdos pontuais sob vários pontos de vista

procurando uma lógica que leve o professor a integrá-los e relacioná-los de maneira que o

aluno tenha uma visão mais abrangente da Biologia e não apenas de forma fragmentada

e com pouco relacionamento dos conteúdos entre si.

a) ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS

O estudo acerca da organização dos seres vivos iniciou-se com as

observações macroscópicas dos animas e plantas ocorridas já nos primórdios de nossa

civilização. Somente com a invenção do microscópio no século XVII, o misterioso mundo

microscópico, até então totalmente desconhecido, foi evidenciado à luz da Ciência e da

Tecnologia.

A descoberta deste mundo microscópico colocou em xeque várias

teorias sobre o surgimento da vida e proporcionou estudos específicos sobre as

estruturas celulares, anatomia das células e também o aperfeiçoamento de teorias

Evolucionistas a partir do século XVII. E no século XIX, graças a estes conhecimentos e

teorias desenvolveram-se estudos sobre embriologia que estabeleceram as bases para o

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estudo da Teoria Celular.

Assim, como relatam GAGLIARD & GIORDAN (apud BASTOS,

1998,9 255) “... a relação entre o nível microscópico e o macroscópico é um conceito

estruturante, uma vez que o aluno tenha adquirido poderá entender que a compreensão

de todos os fenômenos de um ser vivo requer um conhecimento dos níveis moleculares

subjacentes”.

Justifica-se então, este conteúdo estruturante por ser a base do

pensamento biológico sobre a organização celular do ser vivo, relacionando-a com a

distribuição dos seres vivos na natureza, o que proporcionará ao aluno compreender a

organização e o funcionamento dos fenômenos vitais e estabelecer conexões com os

demais conteúdos estruturantes da disciplina.

b) BIODIVERSIDADE

A curiosidade humana sobre os fenômenos naturais e a necessidade

de caçar para se alimentar e vestir, tentar curar doenças, entre outras atividades vitais,

fizeram com que o ser humano passasse a estudar e observar a natureza.

Têm-se registros deste conhecimento biológico empírico das

atividades humanas através de representações de animais e plantas nas pinturas

ruprestes realizadas nas cavernas e também de alguns manuscritos deixados pelos

Babilônios por volta do ano 1800 a.C..

Através destes registros antigos, percebe-se que as primeiras áreas

de Biologia foram à zoologia e a botânica, não só pela curiosidade e necessidade, mas

também pela facilidade de observação. Justifica-se estudas pelos mesmos motivos dos

povos antigos, que seria conhecer a diversidade de plantas e animais que habitam a

Terra, qual sua utilidade para nossa sobrevivência e a sobrevivência de todos os seres

vivos.

Além destes aspectos, há a necessidade de se estudar outras

implicações decorrentes da história da humanidade que permeiam hoje as atividades

agrícolas, de manejo de florestas, o mau uso dos recursos naturais, a destruição das

espécies de animais e vegetais, a construção de cidades em lugares impróprios para

habitação, como também a influência da tecnologia em nosso cotidiano. É importante

salientar que ao estudar biodiversidade estaremos diante de grandes desafios frente ao

progresso científico.

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c) MECANISMOS BIOLÓGICOS

A partir do século XVII com o desenvolvimento do microscópio, a

biologia celular e molecular tiveram um significativo avanço em suas descobertas

observando uma grande quantidade de tecidos animais e vegetais, a estrutura celular e

os microorganismos.

Houve vários avanços tecnológicos decorrentes deste desenvolvimento inclusive a

formação de novas teorias sobre a origem da vida, diferentes idéias transformistas foram

se consolidando entre os cientistas, sendo o grande marco para o mundo cientifico e

biológico a publicação do Livro “origens das espécies“ de Charles Darwin no século XIX,

foi também nesta época que entendeu-se o papel desempenhado pelos microorganismos

no desenvolvimento de doenças infecciosas.

No séc. XX com a descoberta do DNA foram desenvolvidas técnicas de manipulação do

material genético que permitem modificar espécies, produzir substâncias e a aplicação de

terapias gênicas para tratamento e eliminação de doenças.

A Biologia ajuda a compreender melhor essas e outras técnicas que com certeza vão

transformar nossa vida e aprofundar o conhecimento que temos de nós mesmos e de

outras espécies, daí a importância de seu estudo, dar o mínimo de conhecimento a todas

as pessoas.para que possam opinar e criticar a utilização dessas técnicas, uma vez que o

controle delas e a aplicação destas descobertas científicas são função importante da

própria sociedade.

d) MANIPULAÇÀO GENÉTICA

O acelerado desenvolvimento cientifico e tecnológico nos deixa

perplexos, sem saber exatamente até onde podemos chegar e do que realmente

podemos nos apropriar, mas por outro lado, proporcionam um enorme conhecimento

sobre a natureza. É importante o estudo da biotecnologia, dos avanços científicos e das

suas implicações éticas e morais na sociedade, para que os estudantes possam discutir

questões como nutrição, saúde, emprego e preservação do ambiente, que indiretamente

influenciam suas vidas.

Quanto às questões éticas, a atual discussão sobre manipulação

genética do ser humano provoca inúmeras controvérsias sobre o uso da tecnologia e as

perspectivas de mudanças de valores morais, e devemos ser capazes de questionar, de

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nos manifestar contra ou a favor de determinadas atitudes para procurar esclarecer ou

resolver problemas.

Porém questões sobre aborto, eutanásia, clonagem, transgênia,

gera dúvidas quanto á decisão a ser tomada e põem à prova, além de nosso senso moral,

nossa consciência moral, pois exigem que justifiquemos nossas decisões e escolhas e

requer que assumamos todas as conseqüências delas, pois somos responsáveis por

nossas decisões.

Caberá ao professor de Biologia indicar temas de discussão ética e

auxiliar o aluno na análise das questões. É necessário salientar que este conteúdo

estruturante, não faz parte de uma determinada etapa ou série de estudos, mas sim,

deverá estar integrado com os demais conteúdos, analisado a cada novo tópico estudado,

discutidas suas relações e conseqüências e a todo instante devem ser acrescidos novos

conhecimentos e discussões.

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos Básicos Abordagem Teórico-Metodológica

Avaliação

Organização dos Seres Vivos Mecanismos Biológicos Biodiversidade Manipulação Genética

Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos. Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia. Mecanismos de desenvolvimento embriológico. Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos. Teorias evolutivas. Transmissão das características hereditárias. Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com o ambiente. Organismos

Em concordância com a Diretriz Curricular do Ensino de Biologia, a abordagem dos conteúdos deve permitir a integração dos quatro conteúdos estruturantes de modo que, ao introduzir a classificação dos seres vivos como tentativa de conhecer e compreender a diversidade biológica, agrupando-os e categorizando-os, seja possível, também, discutir o mecanismo de funcionamento, o processo evolutivo, a extinção das espécies e o surgimento natural e induzido de novos seres vivos. Deste modo, a abordagem do conteúdo “classificação dos seres vivos” não se restringe a um único conteúdo estruturante. Ao adotar esta abordagem pedagógica, o início do trabalho poderia ser o conteúdo específico “organismos geneticamente modificados”, partindose da compreensão das técnicas

Espera-se que o aluno: • Identifique e compare as características dos diferentes grupos de seres vivos; • Estabeleça as características específicas dos micro-organismos, dos organismos vegetais e animais, e dos vírus; • Classifique os seres vivos quanto ao número de células (unicelular e pluricelular), tipo de organização celular (procarionte e eucarionte), forma de obtenção de energia (autótrofo e heterótrofo) e tipo de reprodução (sexuada e assexuada); • Reconheça e compreenda a classificação filogenética (morfológica, estrutural e molecular) dos seres vivos; • Compreenda a anatomia, morfologia, fisiologia e embriologia dos sistemas biológicos (digestório, reprodutor, cardiovascular, respiratório, endócrino, muscular, esquelético, excretor, sensorial e nervoso); • Identifique a estrutura e o funcionamento das organelas citoplasmáticas; • Reconheça a importância e identifique os mecanismos bioquímicos e biofísicos que ocorrem

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geneticamente modificado

de manipulação do DNA, comparandoas com os processos naturais que determinam a diversidade biológica, chegando à classificação dos Seres Vivos. Portanto, é imprescindível que se perceba a interdependência entre os quatro conteúdos estruturantes. Outro exemplo é a abordagem do funcionamento dos Sistemas que constituem os diferentes grupos de seres vivos. Parte-se do conteúdo estruturante Mecanismos Biológicos, incluindo-se o conteúdo estruturante Organização dos Seres Vivos, que permitirá estabelecer a comparação entre os sistemas, envolvendo, inclusive, a célula, seus componentes e respectivas funções. Neste contexto, é importante que se perceba que a célula tanto pode ser compreendida como elemento da estrutura dos seres vivos, quanto um elemento que permite observar, comparar, agrupar e classificar os seres vivos. Da mesma forma, a abordagem do conteúdo estruturante Biodiversidade envolve o reconhecimento da existência dos diferentes grupos e mecanismos biológicos que determinam a diversidade, envolvendo a variabilidade genética, as relações ecológicas estabelecidas entre eles e o meio ambiente, e os processos evolutivos pelos quais os seres vivos têm sofrido modificações naturais e as produzidas pelo homem.

no interior das células; • Compreenda os mecanismos de funcionamento de uma célula: digestão, reprodução, respiração, excreção, sensorial, transporte de substâncias; • Compare e estabeleça diferenças morfológicas entre os tipos celulares mais frequentes nos sistemas biológicos (histologia); • Reconheça e analise as diferentes teorias sobre a origem da vida e a evolução das espécies; • Reconheça a importância da estrutura genética para manutenção da diversidade dos seres vivos; • Compreenda o processo de transmissão das características hereditárias entre os seres vivos; • Identifique os fatores bióticos e abióticos que constituem os ecossistemas e as relações existentes entre estes; • Compreenda a importância e valorize a diversidade biológica para manutenção do equilíbrio dos ecossistemas; • Reconheça as relações de interdependência entre os seres vivos e destes com o meio em que vivem; • Identifique algumas técnicas de manipulação do material genético e os resultados decorrentes de sua aplicação/utilização; • Compreenda a evolução histórica da construção dos conhecimentos biotecnológicos aplicados à melhoria da qualidade de vida da população e à solução de problemas sócio-ambientais; • Relacione os conhecimentos biotecnológicos às alterações produzidas pelo homem na diversidade biológica; • Analise e discuta interesses econômicos, políticos, aspectos éticos e bioéticos da pesquisa científica que envolvem a manipulação genética

METODOLOGIA

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A busca do conhecimento é talvez, a principal das características

que diferenciam o ser humano dos demais seres vivos existentes na Terra, portanto é esta

característica que movimenta nossa espécie no sentido de não se conformar com a

situação do meio onde vive, e assim leva a interagir com o meio a fim de modificá-lo para

adequá-lo às suas necessidades.

Desta forma, é imprescindível que as ciências naturais sejam trabalhadas de forma a

incentivar o educando a perceber a necessidade de refletir sobre sua situação, como

espécie animal, perante o mundo dos seres vivos e suas inter-relações com o ambiente

físico e químico.

Então, se Biologia é o estudo dos seres vivos, sua função como

disciplina é estar em sintonia com a incessante busca do saber, empreitada pelo ser

humano, e isto pode ser conseguido utilizando-se de formas variadas no desenvolver dos

conteúdos; através de aulas expositivas pode-se ter a finalidade de realizar uma

explanação geral a cerca dos conteúdos e também utiliza-las para sanar dúvidas e

discutir variados temas.

Sendo a Biologia uma ciência em constante evolução, torna-se

necessário à utilização de textos, revistas, jornais e periódicos que servirão de material de

apoio para debates e pesquisas a cerca de temas que estão em evidencia e de caráter

polêmico.

Quando se refere ao estudo da vida, sem dúvida alguma, nos

remete a um campo imenso, pois nós, seres-vivos, estamos imersos em um mundo vivo,

assim para ver e analisar conceitos biológicos nada mais lógico e concreto que se utilizar

trabalhos de campo, seja na coleta de espécimes ou apenas na contemplação e

discussão das mais variadas manifestações de vida. Grandes são os acervos, tanto

bibliográficos como em vídeos sobre temas ligados às ciências biológicas, que de forma

alguma podem ser menosprezados, portanto a utilização de vídeos torna-se um

instrumento indispensável.

A Biologia não é uma disciplina isolada, mas um conjunto de

ciências, portanto é dever do docente desta área, esclarecer ao aluno que o aprendizado

de biologia é um exercício que dura toda a vida e que constantemente surgem

descobertas e hipótese novas que incrementam esta ciência, portanto todo o trabalho

desenvolvido deve ser visando a fomentar no educando a principal característica que nos

diferencias dos demais seres vivos, ou seja, a incessante busca do conhecimento.

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AVALIAÇÃO

A avaliação é uma atividade constante na vida de todas as pessoas,

somos avaliados a todo instante por nossos semelhantes, seja através de nossas ações,

comportamentos atitudes, etc. Na escola o processo de avaliação é também

imprescindível para que o aluno e o professor possam quantificar e analisar se esta ou

não ocorrendo o aprendizado. A avaliação muitas vezes está sendo usada meramente

como um instrumento para classificar os alunos, aferir resultados e tentar quantificar os

conhecimentos assimilados pelos alunos, o que muitas vezes mostra-se ineficiente, uma

vez que as avaliações usadas tendem a não contemplarem todos os aspectos

necessários de serem avaliados.

No que tange ao processo de avaliação é primordial que se busque

analisar as questões que são de extrema importância, ou seja, avaliar o que? Que

resultados esperam obter com a avaliação? É, portanto muito importante, definir se

avaliamos para diagnosticar como esta ocorrendo o processo ensino-aprendizagem ou se

avaliamos para quantificar e promover ou não os educandos.

Assim é necessário estabelecer parâmetros para uma avaliação

mais competente e que realmente demonstre o grau de sucesso que tanto professor

como aluno estão alcançando. Assim a avaliação deve ser um processo contínuo,

sistemático que forneça um diagnóstico da aprendizagem do aluno, em que este se

identifique, compreenda e formule conceitos através de textos e objetivos; a avaliação

deve ser orientadora, pois deve permitir ao aluno conhecer os erros e corrigi-los,

priorizando assim a retomada de conceitos pendentes de forma diferenciada de modo a

suprir dificuldades, tornando o aluno parte efetiva do processo ensino e aprendizagem.

Também, obedecendo às normas vigentes, é preciso que haja uma

quantificação através de atribuições de notas aos resultados demonstrados com as

avaliações, portanto esta quantificação da avaliação será executada através da realização

de provas escritas, trabalhos de pesquisa, tarefas realizadas em classe, trabalho grupais

e também através da análise da participação nas atividades propostas.

REFERÊNCIAS

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia – série novo ensino médio vol. único São Paulo,

Atica, 2003

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CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco . vol. único São Paulo, FTD 2002

DIAS, Paschoarelli Diarone, Biologia viva , vol. único, São Paulo: Moderna, 1996.

LINHARES, Sérgio; GEWANDSNADJER, Fernando. Biologia, São Paulo: Moderna, 2007.

Superinteressante . Revista mensal Editora Abril, números variados;

Revista Galileu – Editora Globo, números variados;

Ciência Hoje – SBPC, números variados.

Revista Planeta – Editora Três, números variados.

Diretrizes Curriculares de Biologia para o ensino m édio – versão 2008.

PPP - Projeto Político Pedagógico – Colégio Estadual Bernardina.

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Apresentação Geral da Disciplina

A Ciência sempre esteve presente na vida do homem mesmo ele não se dando

conta disso, pois desde os tempos mais remotos ele já se interessava pelos fenômenos à

sua volta e procurava satisfazer suas necessidades utilizando técnicas e materiais

presentes na natureza para caçar, apanhar alimentos, etc. Devido a essa necessidade,

foram surgindo, de forma primitiva, experiências químicas, invenções para facilitar sua

forma nômade de sobrevivência. Passando a cultivar a terra e criar animais, o homem

começou a interferir diretamente na natureza, fixando moradia, tornou-se um observador

atento, formulando teorias a partir de seus questionamentos sobre os fatos que

aconteciam ao seu redor, com objetivo de tirar melhor proveito da natureza para sua

subsistência.

Acontecimentos importantes nortearam o pensamento do homem e,

consequentemente, uma mudança na sua forma de entender o mundo e transmitir

conhecimento. A partir da imprensa o trabalho da ciência pode ser difundido devido a

publicações de textos e livros onde alguns nomes se evidenciam como: Leonardo da

Vinci, Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Isaac Newton, Diderot, d'Alembert, Lavoisier,

Darwin, entre outros.

As contribuições da ciência para humanidade através dos séculos são incontáveis,

sendo essenciais para o desenvolvimento do pensamento humano. Entretanto, há

também feitos negativos como as armas nucleares. Neste contexto, fica cada vez mais

evidente que a ciência é uma construção humana, tem suas aplicações, é falível,

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intencional e está diretamente relacionada com o avanço da tecnologia e com as relações

sociais.

Ao analisar a educação e o currículo de ciências, em cada momento histórico,

percebeu-se que o seu desenvolvimento seguiu uma trajetória de acordo com os

interesses políticos, econômicos e sociais de cada período, determinando assim, a

mudança de foco do processo de ensino e de aprendizagem. Isso alterou a concepção de

aluno, professor, ensino, aprendizagem, escola e educação, contribuindo para a

formação, em diferentes épocas, de novos cientistas, de cidadãos pensando lógico e

criticamente, de mão-de-obra qualificada para o mercado de trabalho e, de cidadãos

participativos e transformadores.

Na medida em que os conteúdos específicos envolvem um vasto campo de

conhecimentos produzidos pela humanidade no decorrer de sua história, a disciplina de

Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que resu lta da

investigação da natureza . Por isso, estabelece relações entre os diferentes

conhecimentos físicos, químicos e biológicos, e o cotidiano, entendido aqui, como os

problemas reais, socialmente importantes enfim, a prática social.

Pautado nessa concepção, o processo de ensino e de aprendizagem de Ciências

valoriza a dúvida, a contradição, a diversidade e a divergência, o questionamento das

certezas e incertezas.

O currículo de Ciências permitirá aos alunos estabelecer relações entre o mundo

natural, o mundo construído pelo homem e seu cotidiano. Nesse sentido, os conteúdos

estruturantes que organizam teoricamente os campos de estudo da disciplina são:

Astronomia, Matéria, Sistemas Biológicos, Energia e Biodiversidade, além desses

ainda são abordados os temas relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâneos

e Historia da Cultura Afro-Brasileira e Africana , conforme lei nº 10.639/08, Historia e

Cultura dos povos indígenas, conforme lei nº 11.645/08, Política Nacional de Educação

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Ambiental, conforme lei nº 9795/99. Prevenção ao uso indevido de drogas, enfrentamento

à violência na escola, cidadania, direitos humanose educação fiscal. Direito das crianças

e dos adolescentes conforme prevê o ECA Lei nº 11525/2007, bem como conteúdos que

possam ser relacionados com o PEP – Prontidão Escolar Preventiva, serão trabalhados

em todas as séries, na medida em que serão trabalhados todos os conteúdos.

Os conteúdos serão elaborados de forma consistente, crítica, histórica,

considerando as relações dos conteúdos estruturantes e os Desafios Educacionais

Contemporâneos, propiciando condições para que os alunos discutam, analisem e

argumentem, portanto, numa perspectiva crítica, o professor provoca a discussão, análise

e reflexão sendo de suma importância, dar preferência a problemas locais que possam

ser ampliados para problemáticas mais abrangentes.

Serão sugeridas também, algumas temáticas possíveis a serem desenvolvidas no

ensino de Ciências, que contemplam as relações étnico-raciais e o ensino de História e

cultura afro-brasileira e africana: o estudo sobre as teorias antropológicas; desmistificação

das teorias racistas, destituindo de significado a pseudo-superioridade racial; estudo das

características biológicas (biótipo) dos diversos povos; contribuições dos povos africanos

e de seus descendentes para os avanços da Ciência e Tecnologia; análise e reflexão

sobre o panorama da saúde dos africanos in loco. Essa análise deve considerar os

aspectos políticos, econômicos, ambientais, culturais e sociais intrínsecos à referida

situação. O professor de Ciências pode abordar os conflitos entre epidemias/endemias e

o atendimento à saúde, entre as doenças e as condições de higiene proporcionados à

população, bem como o índice de desenvolvimento humano (IDH).

O ensino de Ciências deverá levar o aluno a observar e compreender o mundo a

sua volta, coletar dados, levantar hipóteses e defendê-las, construindo conclusões

lógicas.

As aulas de ciências devem contribuir para a formação do aluno como sujeito

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crítico, levando–o a um posicionamento de vida isento de preconceitos ou superstições e

a uma postura adequada em relação a natureza, como indivíduo, como parte da

sociedade em que vive e do ambiente que ocupa.

A disciplina preocupa-se ainda em conscientizar o aluno sobre sua colaboração

para a manutenção do equilíbrio do ambiente que o cerca, entender a importância dos

recursos naturais para a continuidade da vida no planeta, evitando consequentemente o

desperdício.

Objetiva-se despertar no aluno a consciência de sua responsabilidade face ao

ambiente, obtendo uma melhor qualidade de vida, compreendendo gradativamente o

desenvolvimento da tecnologia, além de questões ambientais despertar no aluno a

consciência e reflexão mediante os desafios educacionais contemporâneos: Sexualidade,

Uso Indevido de Drogas, Educação Fiscal, Violência e temas voltados á Cultura Afro-

Brasileira e Africana, através delas, mudamos nossas expectativas de vida e perspectivas

de futuro.

Conteúdos por série/ano

5ª SÉRIE/6º ANO • ASTRONOMIA

- Universo

- Sistema Solar

- Movimentos terrestres

- Movimentos Celestes

- Astros

- MATÉRIA

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- Constituição da Matéria

- Água, Ar e Solo.

- Características, composição e transformações.

- Educação Ambiental

b) SISTEMAS BIOLÓGICOS

o Níveis de Organização

o Características Gerais dos Seres Vivos

o Cadeia Alimentar

o Relações de Interdependência entre os Seres Vivos

o Sexualidade, Drogas, Violência e Cultura Afro-Brasileira e Africana

� ENERGIA

o Conceito de Energia

o Formas de Energia

o Conversão de Energia

o Formas de Energia Relacionadas aos Ciclos da Matéria na Natureza

� BIODIVERSIDADE

o Organização dos Seres Vivos

o Ecossistema

o Evolução dos Seres Vivos

• Serão abordados sempre que possível, em todas as sé ries, os temas

relacionados aos Desafios Educacionais Contemporâne os , Historia da

Cultura Afro-Brasileira e Africana , conforme lei n º 10.639/08, Historia e Cultura

dos povos indígenas, conforme lei nº 11.645/08, Po lítica Nacional de Educação

Ambiental, conforme lei nº 9795/99. Direitos das cr ianças e adolescentes

conforme prevê o ECA Lei nº 11252/2007. Gênero e Di versidade Sexual.

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49

(Prevenção e Direitos Sexuais Reprodutivos da Juven tude).

6ª SÉRIE/7ºANO • ASTRONOMIA

- Astronomia e Astros

- Movimentos Terrestres e Celestes

- Composição Físico-Química do Sol

- Movimentos Aparentes do Sol e da Lua

- Constelações e suas Relações com as Estações do Ano

- MATÉRIA

- Constituição Da Matéria

- Constituição do Planeta Terra

- Constituição da atmosfera Primitiva

- Surgimento da Vida

- Estrutura Química da Célula

- Educação Ambiental

c) SISTEMAS BIOLÓGICOS

o Célula

o Morfologia e Fisiologia dos Seres Vivos

o Constituição da Célula

o Tipos Celulares

o Fenômenos da fotossíntese

o Mecanismos Celulares

o Sexualidade, Drogas, Violência e Cultura Afro-Brasileira e Africana

� ENERGIA

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50

o Formas de Energia

o Transmissão de Energia

o Conceito de Energia Luminosa e a Importância para os Seres Vivos

o Fundamentos da Luz e Suas Radiações

� BIODIVERSIDADE

o Origem da Vida

o Organização dos Seres Vivos

o Sistemática

• Serão abordados sempre que possível os temas relaci onados aos Desafios

Educacionais Contemporâneos, Historia da Cultura Af ro-Brasileira e Africana,

conforme lei nº 10.639/08 Historia e Cultura dos po vos indígenas, conforme lei

nº 11.645/08, Política Nacional de Educação Ambient al, conforme lei nº 9795/99.

7ª SÉRIE/ 8º ANO • ASTRONOMIA

- Teorias da Origem do Universo

- Evolução do Universo

- MATÉRIA

- Constituição da Matéria

- Conceito de Matéria com Base nos Modelos Atômicos

- Conceito de Átomo

- Compostos Orgânicos e Relações com os Organismos Vivos

d) SISTEMAS BIOLÓGICOS

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51

o Célula

o Morfologia e Fisiologia dos Seres Humanos

o Conceitos que Fundamentam os Sistemas

o Sexualidade, Drogas, Violência e Cultura Afro-Brasileira e Africana

� ENERGIA

o Formas de Energia

o Fundamentos da Energia Química e Mecânica e suas Fontes

� BIODIVERSIDADE

o Evolução dos Seres Humanos

o Teorias Evolutivas

• Serão abordados sempre que possível os temas relaci onados aos Desafios

Educacionais Contemporâneos , Historia da Cultura Afro-Brasileira e

Africana, conforme lei nº 10.639/08, Historia e Cul tura dos povos indígenas,

conforme lei nº 11.645/08, Política Nacional de Ed ucação Ambiental, conforme

lei nº 9795/99.

8ª SÈRIE/ 9º ANO • ASTRONOMIA

- Gravitação Universal

- Astronáutica

- MATÉRIA

- Propriedades da Matéria e) SISTEMAS BIOLÓGICOS

o Sexualidade, Drogas, Violência e Cultura Afro-Brasileira e Africana

o Educação Ambiental

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52

� ENERGIA

o Formas de Energia

o Conservação de Energia

o Sistemas Conversores de Energia

o Fontes de Energia e Sua Relação com a Lei da Conservação

o Entendimento dos Conceitos da Física

� BIODIVERSIDADE

o Interações Ecológicas

o Ciclos Biogeoquímicos

• Serão abordados sempre que possível os temas relaci onados aos Desafios

Educacionais Contemporâneos , Historia da Cultura Afro-Brasileira e

Africana, conforme lei nº 10.639/08, Historia e Cul tura dos povos indígenas,

conforme lei nº 11.645/08, Política Nacional de Ed ucação Ambiental, conforme

lei nº 9795/99.

Metodologia da Disciplina A velocidade do surgimento e renovação de saberes e de formas de fazer em todas

as atividades humanas tornara rapidamente ultrapassadas a maior parte das

competências adquiridas para uma pessoa no seu cotidiano, devido a esses fatos o

educando deverá ter informações em instrumentos para que possa aprender a vida toda,

transformando, readequando a sua realidade e a sua dimensão física, social e política.

O processo de ensino e de aprendizagem em Ciências, não se deve limitar a uma

única metodologia ou ficar restrito a um único espaço físico. Sendo assim, é importante

lembrar que as aulas e atividades práticas podem acontecer em diversos ambientes, na

escola ou fora dela. Além de várias metodologias de ensino o professor tem como apoio

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as mídias tecnológicas.

O tratamento dos conteúdos exige conhecimentos científicos de outras ciências

para explicar os inúmeros fenômenos naturais que ocorrem no mundo. Assim, a

metodologia da disciplina possui abordagens críticas, que considera a prática social do

sujeito histórico, priorizando na escola os conteúdos historicamente constituídos e a

compreensão dos interesses que permeiam o conteúdo para a identificação da

intencionalidade da produção científica.

Os conteúdos serão elaborados de formas consistente, crítica, histórica,

propiciando condições para que os alunos discutam, analisem e argumentem, portanto,

numa perspectiva crítica, o professor provoca a discussão, análise e reflexão sendo de

suma importância, dar preferência a problemas locais que possam ser ampliados para

problemáticas mais abrangentes.

Nesse sentido é importante considerar a mobilização dos conhecimentos a partir da

vivência, cultura e tradição dos alunos, ou seja, depois do confronto entre as informações

que o aluno possuía e o conhecimento científico adquirido, ele demonstra interesse em

apresentar soluções alternativas para o problema. É relevante quando o aluno propõe

suas intenções atreladas ao compromisso com as ações que pretende desenvolver.

A educação para a cidadania requer, portanto, que questões sociais sejam

apresentadas para a aprendizagem e a reflexão dos alunos. Os desafios educacionais e o

trabalho referente á Cultura Afro-Brasileira serão inseridos no desenvolvimento dos

conteúdos de forma contínua. O professor pode ampliar ou adequar os assuntos de

acordo com a heterogeneidade dos alunos, considerando as especificidades regionais, a

problemática local, acontecimentos da comunidade ou fatos em destaque na mídia.

É fundamental selecionar atividades a partir de sua relevância do ponto de vista

social, isto é a partir das experiências cotidianas, aprofundando o contexto em que elas

ocorrem, para se compreender criticamente a realidade. Conseqüentemente essa

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compreensão contribui na construção ativa de conceitos, através de operações dialógicas

individuais e coletivas tais como: ordenação, conclusão, relação de causa efeito e

elaboração de hipóteses, trabalhando com a produção e reconstrução do conhecimento já

produzido, articulado com experiência.

Partindo dos elementos vivenciais, do mundo conhecido dos educandos aplicar

estratégias como:

Textos : Podem ser utilizados, uma vez verificada sua adequação como introdução ao

estudo de um dado conteúdo desenvolvido, leitura complementar, onde o importante é a

discussão de idéias; (livros didáticos, texto de jornal, revista científica, quadrinhos,

música, quadro de giz, mapas conceituais).

Experimentos: Não como mera constatação prática de conceitos trabalhados em classe

ou que tinham que dar certo. Um experimento requer um controle e seus resultados nem

sempre são previsíveis. A importância está justamente em interpretar um resultado que se

obtém diante daquilo que espera-se que aconteça. Visando a construção e ampliação de

conceitos;

Debates: Estimula o desenvolvimento da capacidade de síntese, argumentação, etc. e é

ótimo momento para se trabalhar as questões relativas à atitudes e valores;

Excursões: Estudos do meio: é um excelente recurso dado a riqueza que podemos

encontrar e analisar no próprio ambiente. Através do qual se pode ter uma idéia

interdisciplinar dos campos. Os dados do conhecimento das observações dos registros e,

de volta à sala de aula, organizados, analisados e interpretados tendo como referência

objetiva explicitada na elaboração da proposta;

Aulas expositivas: A aula expositiva é o momento do diálogo, do exercício da

criatividade do trabalho coletivo de construção do conhecimento;

Áudio-visual: TV Pendrive, Laboratório Digital, TV Paulo Freire, através destes recursos

explora-se a observação, a sensibilidade, o julgamento, a visão de cada educando;

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Entrevistas: Utilizar o saber vivencial de profissionais, especialistas, através de

entrevistas ou outra forma de contato, como fonte de aquisição do conhecimento

incorporado as suas respectivas práticas.

Avaliação

A avaliação é um processo. Portanto, sabemos que não pode ser realizada apenas

no final do bimestre, semestre ou ano letivo e também não pode ser pautada apenas em

uma única atividade ou instrumento de avaliação. É um instrumento o qual informa ao

professor o que foi aprendido pelo estudante; informa ao estudante quais são seus

avanços, suas dificuldades e possibilidades; encaminha o professor para reflexão sobre a

eficácia de sua prática educativa e, desse modo, orienta o ajuste de sua intervenção

pedagógica para que o estudante aprenda. Possibilita também a equipe escolar definir

prioridades em suas ações educativas.

Cabe ao professor escolher a técnica que considerar mais adequada para avaliar

seus alunos lembrando sempre que não existe uma única maneira de avaliação, sendo

que esta é uma atividade constante na vida de todas as pessoas.

Desse modo a avaliação deve ser:

o um processo contínuo e cumulativa;

o deve ser constante e planejada fornecendo subsídio ao professor para permitir

retorno ao aluno;

o funcional: para verificar se os objetivos previstos estão sendo alcançados;

o orientadora: para permitir ao aluno conhecer erros e corrigi-los o quanto antes;

o integral: considerando o aluno como um todo.

o Prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos.

Em Ciências, também são muitas as formas de avaliações possíveis: individual e

coletiva, oral e escrita. Os instrumentos de avaliação comportam, por um lado, a

observação sistemática durante as aulas sobre as perguntas feitas pelos estudantes, as

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respostas dadas, os registros de debates, de entrevistas, de pesquisas, de filmes de

experimentos, os desenhos de observação, etc.; por outro lado, as atividades específicas

de avaliação, como comunicações de pesquisas, participação em debates, relatórios de

leitura, de experimentos e provas dissertativas ou de múltipla escolha.

Todas avaliações realizadas em que o aluno não atingir a média mínima ou acima

dela, serão oportunizadas novas avaliações.

Sugere-se acrescentar que a recuperação de estudos deve acontecer a partir de uma

lógica simples: os conteúdos selecionados para o ensino são importantes para a

formação do aluno, então é preciso investir em todas as estratégias e recursos possíveis,

de modo que este apreenda o conteúdo. A recuperação é justamente isso: o esforço de

retomar, de voltar ao conteúdo, de modificar os encaminhamentos metodológicos, para

assegurar a possibilidade de aprendizagem. Nesse sentido, a recuperação da nota é

simplesmente decorrência da recuperação de conteúdos.

Critérios de Avaliação por série:

5º e 6º séries/ 6º e 7º ANOS

− Questionamentos de conhecimentos das séries anteriores para avaliação diagnóstica

de forma oral e escrita;

− Exercícios de fixação dos conteúdos onde o aluno mostrará o que conseguiu assimilar;

− Provas individuais e coletivas sobre os temas abordados;

− Relatórios e questionamentos sobre vídeos de temas relacionados aos conteúdos

apresentados;

− Coleta de informações sobre temas atualizados na biblioteca, internet e outras fontes;

− Apresentação de relatório, esquemas e desenhos sobre procedimentos práticos

realizados em laboratório ou sala de aula.

7º e 8º séries/ 8º e 9 ºANOS

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− Avaliação através de debates ou discussões em que o aluno pode manifestar suas

opiniões sobre temas diversos;

− Exercícios de fixação dos conteúdos onde o aluno mostrará o que conseguiu assimilar;

− Quando os alunos participarem de palestras, visitas a instituições ou empresas, serão

solicitados relatórios descritivos do que foi abordado;

− Coleta de informações sobre temas atualizados na biblioteca, internet e outras fontes;

− Apresentação de relatório, esquemas e desenhos sobre procedimentos práticos

realizados em laboratório ou sala de aula.

− Provas individuais e coletivas sobre os temas abordados;

Referências Bibliográficas

Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental d o Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação.Quadro de Conteúdos Básicos. Proposta Curricular para a Disciplina de Ciências n o Estado do Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Projeto Político Pedagógico da Escola. Cadernos Temáticos: Educação no Campo/Paraná Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental – Curitiba: SEED-PR. 2005. Cadernos Temáticos: Cultura Afro-Brasileira e Afric ana/Paraná Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento de Ensino Fundamental – Curitiba: SEED-PR. 2005. Livro Projeto Arariba. Coleção Ciências . 5ª á 8ª Séries. VALLE,Cecília. Coleção Ciências. 1.ed – Curitiba: Nova Didática, 2004.

COSTA,Maria de la Luz M. Coleção Vivendo Ciências – São Paulo: FTD, 1999.

BORTOLOZZO,Silvia. Projeto de educação para o Século XXI . 1.ed – São Paulo: Moderna, 2002. Portal dia-a-dia Educação do PR Ambiente Virtual e-escola - Secretaria de Estado da

Educação do Paraná

www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/.../L10.639.htm

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58

www.leidireto.com.br/lei -11645.html

www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9795.htm

www.diaadia.pr.gov.br/tvpaulofreire

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A Educação Física no Brasil recebe primeiramente, influência européia, com

objetivos que preconizavam a defesa da saúde e a instrução militar.

No século XIX, Rui Barbosa enfatizou a importância da ginástica para a formação do

cidadão, equiparando a ginástica com outras disciplinas, em um projeto que fazia parte da

Reforma do Ensino Primário em várias instituições complementares da Instrução Pública.

Com a influência da ginástica, a Educação Física brasileira constitui-se

historicamente como disciplina e componente curricular. Na prática, consistia em

exercícios sistematizados influenciados pela instituição militar e pela medicina, com o

objetivo de formar corpos saudáveis e dóceis que permitissem uma melhor adaptação dos

sujeitos ao processo produtivo.

Em 1931 era prática nas escolas o método francês obrigatório nas Forças Armadas.

A Constituição de 1937 objetivava doutrinar, dominar e conter os ímpetos das classes

populares, com hierarquia e ordem com princípios higienistas com homens robustos e

mulheres preparadas para a maternidade. Na mesma década o esporte se popularizou

confundindo-se com a Educação Física, surgindo o patriotismo através do esporte, com a

criação de centros esportivos.

Com a Lei Orgânica do Ensino Secundário de 1942 institui-se o ciclo ginasial,

ampliando a obrigatoriedade da Educação Física até os 21 anos.

O Esporte consolidou sua hegemonia na Educação Física a partir de 1964, com

métodos tecnicistas objetivando a competição e performance.

Com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, nº 5692/71, artigo 7°. e o Decreto n °.

69450/71 manteve-se o caráter obrigatório da Educação Física nas escolas, com

legitimação especifica e obrigatória no currículo de todos os cursos e níveis dos sistemas

de ensino.

No mesmo período surgiram críticas ao caráter esportivo, críticas essas feitas pela

corrente pedagógica psicomotora buscando a valorização da formação integral da

criança. A Educação Física torna-se então elemento colaborador para o aprendizado de

diversos conteúdos próprios da disciplina.

Na década de 1980 surgem as tendências progressistas como um movimento de

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renovação da Educação Física apresentando dúvidas a respeito da legitimidade da

disciplina e criticando os paradigmas da aptidão física e esportivização. Entre as correntes

progressistas, as seguintes abordagens se destacaram:

- desenvolvimentista: tem o movimento como principal meio e fim da Educação

Física, com base na psicologia do desenvolvimento e aprendizagem.

- construtivista: defende a formação integral dentro da visão construtivista-

interacionista, agregando as dimensões afetivas e cognitivas ao desenvolvimento humano

e também se fundamenta na psicologia do desenvolvimento.

Estas duas concepções progressistas diferem das seguintes pelo fato destas

apresentarem críticas a Educação Física apenas nos seus paradigmas específicos, sem

considerar o contexto de uma sociedade capitalista.

As concepções críticas da educação brasileira surgem de discussões e análises à

luz das ciências humanas, e a partir de sua contextualização na sociedade capitalista.

Especificamente na disciplina de Educação Física, as concepções críticas são:

- critico-superadora, baseada nos princípios da pedagogia histórico-critica, tendo a

cultura corporal como objetivo, e como conteúdos, a dança, o esporte, a ginástica, os

jogos e as lutas, onde o conhecimento é sistematizado em ciclos, do sincrético para o

sintético. (Metodologia da Educação Física – Coletivo de Autores).

- critico-emancipatória, processo dialógico, onde o movimento é entendido como

uma das formas de comunicação com o mundo, de forma critica e independente do

segmento social a que se pertence.

(Transformação Didático-Pedagógica do Esporte – Elenor Kunz)

No Estado do Paraná, final de 1980 e início de 1990 iniciaram-se discussões para

elaboração do Currículo Básico, com participação de profissionais comprometidos com a

educação pública paranaense, resultando em um documento fundamentado na pedagogia

histórico-crítica.

O Currículo Básico para a disciplina de Educação Física, por um lado, apresentou

uma proposta avançada, onde a formação humana do aluno substituiria o mero exercício

físico e por outro, a listagem de conteúdos – pressupostos do movimento, enfocava

abordagens anteriores ao movimento progressista.

Nesse mesmo período foi elaborado o documento “Reestruturação da Proposta

Curricular do Ensino do Segundo Grau” representando um marco para a disciplina, com

um novo entendimento do desenvolvimento humano como expressão da identidade

corporal, como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo.

Diversos fatores impediram a consolidação da proposta, principalmente mudanças

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de políticas públicas em educação pelas novas gestões governamentais, dificultando a

implementação dos fundamentos teóricos e políticos do Currículo Básico.

Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB nº

9394/96) são apresentados os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), e na disciplina

de Educação Física, ocorre um retrocesso, pois o que deveria ser referencial tornou-se

currículo mínimo, proposta sem coerência, com elementos da pedagogia construtivista

piagetiana, e da abordagem tecnicista, enfatizando a saúde e qualidade de vida pautada

na aptidão física (eficiência e eficácia).

As propostas se mostraram insuficientes nas concepções pedagógicas, dando

importância a individualização e adaptação aos moldes sociais, contrariando os objetivos

de possibilitar reflexões sobre o corpo e outras dimensões mais amplas. O treinamento do

corpo sem nenhuma reflexão sobre o fazer corporal está presente em muitas abordagens

da disciplina.

A educação no Estado do Paraná entende que a escola é um espaço, dentre outras

funções, que deve garantir o acesso ao conhecimento produzido historicamente,

buscando contribuir para a formação de um ser humano critico e reflexivo, sujeito

histórico, político, social e cultural.

OBJETIVOS

A concepção de Educação Física, defendida nas DIRETRIZES CURRICULARES DE

EDUCAÇÃO FÍSICA do estado do Paraná, defende a Cultura Corporal e propõe que seja

fundamentada em reflexões sobre as necessidades atuais de ensino, na superação de

contradições e na valorização da educação e para tanto considerar os diferentes

contextos é de fundamental importância.

O papel do/a professor/a de Educação Física é compreender as interações que

ocorrem na materialidade das relações sociais, políticas, econômicas e culturais dos

povos, reconhecendo o modo de produção capitalista que influencia as ações dos

indivíduos agindo diretamente na prática da Educação Física.

Objetivo Geral

Explorar e analisar o mundo motor, por meio das manifestações da cultura

corporal, visando o entendimento social e a estimulação ao

desenvolvimento das potencialidades motora, visando o entendimento e a

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autonomia frente aos conhecimentos relativos à prática da atividade física

permanente.

A Cultura Corporal é apontada como objeto de estudo e ensino na Educação Física,

relacionando a formação historicamente construída com as práticas corporais. Deve

haver uma reflexão sobre o que o ser humano tem produzido e manifestado pela

expressão corporal, identificada como representação simbólica de realidade de

experiências humanas.

Objetivos Específicos

• Promover a socialização e interação entre seus alunos/as;

• Estimular a atividade criativa do/a aluno/a;

• Promover comportamento pessoal e social responsável em ambientes voltados à

atividade física;

• Construir uma atitude crítica e transformadora diante das formas e valores das

práticas da cultura corporal;

• Aplicar conceitos e princípios de aprendizagem e desenvolvimento de habilidades

motoras;

• Demonstrar compreensão e respeito, diante das diversidades, em ambientes

voltados à atividade física.

• Promover a vivencia da atividade física como promotora de oportunidades para

divertimento e lazer, de auto-expressão e interação social.

• Oportunizar o desenvolvimento da autonomia para a prática de atividades físicas;

• Buscar do engajamento e ampliação da participação dos/as alunos/as nas práticas

corporais, buscando a totalidade;

• Participação de forma solidária em todas as atividades;

• Incentivar a construção e o planejamento, bem como a condução das próprias

práticas corporais.

CONTEÚDOS

Os elementos articuladores ou sistemas de complexos temáticos (Pistrak 2000) são

necessários para integrar e interligar as práticas corporais de forma reflexiva e

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contextualizada, pois não são conteúdos paralelos que podem ser trabalhados

separadamente, e devem facilitar a compreensão indicando possibilidades de intervenção

pedagógica no cotidiano escolar. São eles:

a) Cultura corporal e corpo

Tem como pressuposto a reflexão critica e histórica da relação corpo-mente e sua

repercussão nas aulas de Educação Física.

Algumas questões e preocupações devem ser tratadas nas aulas de Educação

Física, como: a valorização do corpo, beleza e saúde, mídia, consumismo, higiene,

ditadura do corpo. Discussões envolvendo o corpo devem estar ligadas a práticas

corporais dentro dos conteúdos estruturantes das Diretrizes.

b) Cultura corporal e ludicidade

É a oportunidade de ligação entre o real e o imaginário através de vivências que

surgem nas brincadeiras. Reconhece as formas distintas de brinquedos e brincadeiras em

diferentes momentos históricos e variadas comunidades e grupos sociais.

A ludicidade aparece como elemento articulador, como possibilidade de reflexão e

vivência das práticas corporais em todos os conteúdos estruturantes, parte integrante do

ser humano que se constitui nas interações sociais ao longo da vida.

O professor deve problematizar para que a ludicidade não seja vivenciada de forma

violenta, onde deve representar uma ação espontânea, de fruição.

c) Cultura corporal e saúde

Saúde como construção que supõe uma dimensão histórico-social com alguns

elementos considerados constitutivos da saúde:

� Nutrição; necessidades de ingestão diária de alimentos, aproveitamento no processo

metabólico durante a prática corporal;

� Aspectos anátomo-fisiológicos da prática corporal: conhecer o funcionamento do

próprio corpo, identificar seus limites entre prática e condicionamento físico,

avaliação física e protocolo;

� Lesões e primeiro socorros: lesões mais freqüentes e noções de primeiro socorros,

conseqüências de seqüelas em treinamento de alto nível;

� Doping: influência econômica, social, política e histórica no uso de substãncias

proibidas, motivos e valores que determinam uso de anabolizantes. seus

Pode-se abordar temas como: substâncias entorpecentes, efeitos sobre a saúde,

sobre o tráfico de drogas, modelos de beleza, busca da saúde perfeita, a sexualidade seja

como prazer ou como miséria que é o caso da prostituição, a degradação do corpo pelo

excesso de exercícios e a questão de gênero.

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A saúde não pode ser atribuída somente ao indivíduo, mas entendida no contexto

das relações sociais.

d) Cultura corporal e mundo do trabalho

A profissionalização dos atletas é tema para problematização, bem como a relação

com o mundo do trabalho.

e) Cultura corporal e desportivizaçao

Na atual sociedade há uma grande valorização do esporte. Deve haver a

problematização com os alunos sobre as contradições presentes no processo de

esportivização das práticas corporais, entender o que tem por trás de uma prática

institucionalizada, e uma estrutura competitiva e comercial.

f) Cultura corporal - técnica tática

Nos conteúdos de Educação Física os aspectos técnicos e táticos estão presentes

nas mais diversas manifestações corporais.

A técnica é o método mais eficiente para educar e padronizar os gestos das diversas

práticas corporais.

Sabendo-se que a técnica e a tática compõe os elementos que constituem e

identificam o legado cultural das diferentes práticas corporais, não se prioriza a técnica e

a tática por que o conhecimento dessas práticas vai muito alem dos elementos técnicos,

fugindo assim dos objetivos pedagógicos

g) Cultura corporal e lazer

Um dos elementos do trabalho pedagógico deve ser o lazer, pois é através dele que

os alunos irão refletir e discutir suas diferentes formas nos grupos sociais, em suas vidas,

na vida das famílias, das comunidades culturais e a maneira que cada um faz em seu

tempo disponível, observando assim que o lazer possui duplo processo educativo, a

educação para o lazer e a educação pelo lazer.

Na escola educação para o lazer concilia a transmissão do que é desejável em

termos de valores, funções e conteúdos e pressupõe-se aprendizado, estímulo,

conteúdos culturais. Já a educação pelo lazer, realizada fora da escola, é um veículo que

pode potencializar o desenvolvimento pessoal e social, pode ter como objetivo o

relaxamento, o prazer pela prática, proporcionando o aguçamento da sensibilidade,

incentivo ao auto-aperfeiçoamento, e desenvolvimento de sentimentos de solidariedade.

O lazer está presente em todos os conteúdos estruturantes, podendo assim o

professor trabalhar os conceitos de lazer com seus aspectos históricos compreendendo

seu significado, além de pesquisas sobre o lazer no cotidiano do aluno.

Trabalhar o lazer nas aulas de Educação Física pode possibilitar aos alunos uma

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reflexão crítica e apropriação criativa de seu tempo livre.

h) Cultura corporal e diversidade

As aulas de Educação Física podem revelar-se grandes oportunidades de

relacionamento, convívio e respeito, reconhecendo as diversidades nas relações sociais.

A inclusão não pode ser nem por caridade nem por assistencialismo, é preciso que

os alunos convivam, se conscientizem e respeitem a existência de diferenças.

i) Cultura corporal e mídia

Como elemento articulador pode proporcionar inúmeras discussões onde as praticas

corporais usadas para estimular o consumismo. Através dos veículos de comunicação,

onde provoca importante influencia nos alunos consequentemente nas praticas corporais.

Sendo assim o professor deve evidenciar as questões colocadas pela mídia com as

contradições presentes no cotidiano escolar. Questões como a supervalorização de

modismos, a estética, beleza, consumo, saúde, salário de atletas, o preconceito e

exclusão e ética nos esportes.

Conteúdos Estruturantes

Conteúdos de grande amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam

os campos de estudo da disciplina escolar, fundamentais na compreensão estudo/ensino,

ampliando a dimensão meramente motriz, desenvolvendo os conteúdos com experiências

corporais trazidas das diferentes culturas e comunidades.

Os conteúdos para a Educação Básica são abordados em complexidade crescente,

observando diferentes níveis de ensino e características dos alunos.

Todos os conteúdos tratados a seguir devem articular os conteúdos da disciplina

com aspectos políticos, históricos, econômicos, sociais, culturais.

São eles:

Esporte

Reflexão sobre as práticas esportivas, adaptando a realidade escolar, sem limitar-se

as habilidades físicas, destrezas motoras, táticas de jogo e regras.

O esporte deve ser entendido como atividade teórico-prática e fenômeno social,

utilizado para o lazer, melhoria da saúde e favorecer as relações sociais.

Deve-se tomar cuidado para não reforçar características do esporte como a

competitividade e individualismo que tornam o esporte na escola uma prática pedagógica

excludente. Para superar isso deve-se enfatizar o coletivo, a solidariedade, o respeito, as

diversidades étnicas, de gênero e diversidade sexual, entendendo de maneira crítica as

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diversas manifestações esportivas, o esporte como expressão social e histórica, cultural e

fenômeno de massa.

As regras, bem como a técnica e a tática, devem fazer parte do aprendizado, mas

não isolada de estratégias que conduzam a critica das modalidades esportivas e do

fenômeno esportivo presente na nossa sociedade.

Respeitando as particularidades de cada comunidade escolar os esportes a serem

trabalhados são: atletismo, voleibol, basquetebol, futsal, handebol.

Jogos e Brincadeiras

Os jogos e as brincadeiras são pensadas de forma complementar, mesmo com suas

especificidades. Como conteúdos estruturantes possibilitam a ampliação da percepção e

interpretação da realidade intensificando o interesse e a intervenção.

Muito importante é o aspecto lúdico onde pode se recriar e modificar regras,

reconhecendo jogos e brincadeiras como parte da cultura local e regional, oportunizando

aos alunos a produção de cultura própria, incluindo a confecção de brinquedos com

materiais alternativos, como também os jogos pré-desportivos, jogos cooperativos.

Contemplará em suas atividades a história e a cultura afro-brasileira e indígena.

Ginástica

A ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu

corpo, de adquirir subsídios para questionar os apelos da mídia que enfatiza o culto ao

corpo, reconhecendo a ginástica como prática corporal e disciplina escolar e importância

para a educação dos corpos na sociedade atual.

A ginástica oferece uma gama de possibilidades: ginástica imitativa, práticas

circenses, ginástica geral e esportivizadas, com possibilidades de vivências e aprendizado

de outras formas de movimento, considerando a participação de todos, com movimentos

espontâneos e coreografias, com ou sem materiais, respeitando o espaço e a realidade

da escola.

Lutas

As lutas como conteúdos estruturantes constituem as mais variadas formas de

conhecimento da cultura humana, sua transformação histórica, onde sua finalidade inicial

era ataque e defesa para proteção e combates militares, e ainda hoje, caracteriza

importante manifestação cultural corporal.

Importante é propiciar ao aluno a aquisição de valores e princípios como a

cooperação, solidariedade, autocontrole emocional e compreensão da filosofia que

acompanha a luta.

Para se trabalhar este conteúdo, uma sugestão são os jogos de oposição, que

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podem ser em duplas, trios ou grupos. Podem ser feitas pesquisas seminários, visitas,

etc.

Dança

A dança tem grande significado na disciplina de Educação Física dentro da escola,

contribuindo efetivamente para desenvolver a criatividade, sensibilidade, expressão

corporal, a cooperação, etc.

Deve-se mostrar que a dança pode ser realizada por qualquer pessoa, de maneira

prazerosa, alegre, com emoção e superação de limites. É manifestação cultural nas

diferentes práticas, danças típicas, folclóricas, de rua, clássicas.

Uma forma de problematização é quando a dança perde suas características e

significados históricos e passa a ser produto de consumo.

Contemplam em suas atividades a história e a cultura afro-brasileira e indígena.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Por meio dos conteúdos estruturantes – esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e

brincadeiras - a Educação Física tem a função social para que os alunos sejam capazes

de conhecer o próprio corpo e repensar sobre suas práticas corporais.

Também contemplará em suas atividades de dança, brincadeiras e jogos a História e

Cultura Afro-brasileira e Indígenas a qual consta nas Leis 10.639/03 e 11645/08 e a

Política Nacional de Educação Ambiental .Será desenvolvidas em todas as séries e níveis

de ensino de acordo com o grau de complexidade de cada série/ano.

O/a professor/a de Educação Física tem a responsabilidade de organizar e

sistematizar o conhecimento sobre as práticas corporais, possibilitando comunicação e

diálogo com as diferentes culturas, permitindo ao/a aluno/a ampliar sua visão de mundo.

Deve haver um eixo central para que ao mesmo tempo seja trabalhado a expressão

corporal, o aprendizado das técnicas próprias dos conteúdos e também a reflexão sobre

esse movimento, trabalhado de forma crescente onde o mesmo conteúdo poderá ser

abordado e discutido tanto no Ensino Fundamental como no Ensino Médio.

Muito importante é levar em consideração aquilo que o/a aluno/a trás como

referência diante do conteúdo proposto, tornando esse momento uma preparação para a

construção do conhecimento escolar.

O conteúdo sistematizado será apresentado aos/as alunos/as em aulas expositivas

teóricas e práticas, através de pesquisas para que tenham condições de assimilação de

conteúdos e recriação dos mesmos, onde ainda o/a professor/a realizará as intervenções

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pedagógicas para que a aula não fuja dos objetivos previstos.

Outras formas de atividades podem ser recriadas e vivenciadas pelos/as alunos/as,

momento esse onde deverá ocorrer o diálogo que proporcionará ao aluno/a avaliar

juntamente com o/a professor/a o processo ensino-aprendizagem.

Questões e desafios devem ser lançados, bem como provocações que resultem em

reflexões, onde o/a professor/a possibilitará ao/a aluno/a contato com o saber

sistematizado e historicamente construído.

O trabalho a ser desenvolvido da disciplina de Educação Física deve ser efetivo com

os/as alunos/as, cuja função social é contribuir para a ampliação da consciência corporal,

para alcançar novos horizontes como sujeitos singulares e coletivos.

É preciso reconhecer que um dos problemas da Educação Física é a desqualificação

como área de conhecimento socialmente relevante.

Segundo Shardakov (1978) é preciso superar:

O dualismo corpo-mente que desqualifica um conteúdo real;

A banalização do conhecimento, através da repetição mecânica;

A restrição do conhecimento oferecido aos/as alunos/as;

Utilização de testes e medidas;

Adoção da teoria da pirâmide esportiva como teoria educacional;

Falta de uma reflexão aprofundada sobre desenvolvimento da aptidão física e sua

contradição com a reflexão sobre a cultura corporal.

É muito importante reconhecer que a Educação Física está arraigada a formas não

refletidas de diversas práticas e manifestações corporais construídas historicamente. Na

prática pedagógica prioriza-se o conhecimento sistematizado com os saberes produzidos

historicamente como oportunidade para repensar sobre idéias e atividades, ampliando o

universo do/a aluno/a, fazendo que ele/a reconheça que a dimensão corporal é resultado

de experiências objetivas de interação social, seja na família, na escola, no trabalho, e no

lazer.

AVALIAÇÃO

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É faz necessário assumir o compromisso de buscar novas estratégias metodológicas

para que haja coerência com os objetivos definidos.

A avaliação não pode ser classificatória, com aspectos quantitativos e de

mensuração do rendimento, prática esta de verificação e não de avaliação.

A avaliação deve estar a serviço da aprendizagem de todos, e deve deixar de ser um

elemento externo ao processo de aprendizagem e ainda tem que estar vinculada ao

projeto político pedagógico da escola, coerente com os objetivos e metodologia.

Considerando o comprometimento e envolvimento dos alunos no processo

pedagógico, existem alguns critérios para a avaliação:

- realização de atividades;

- assimilação de conteúdos;

- recriação de jogos e regras;

- resolução de problemas;

- entrega no prazo estipulado de trabalhos e outros materiais requisitados, com

antecedência;

- resolução de problemas de forma criativa;

- respeito a coletividade e a diversidade (propondo soluções);

- envolvimento nas atividades (práticas e teóricas).

Estes critérios caracterizam a avaliação como processo contínuo, permanente e

cumulativo, onde o professor organiza seu trabalho, sustentado nas práticas corporais,

relacionadas aos encaminhamentos metodológicos, onde professor e aluno deverão

revisitar o trabalho, identificando as falhas e avanços no processo pedagógico,

reconhecendo acertos e dificuldades.

No primeiro momento da aula o professor conhece o aluno, reconhecendo as

experiências corporais e o entendimento das atividades.

Já no segundo momento onde o professor propõe as atividades relativas à

apreensão do conhecimento, e na parte final é onde ocorre a reflexão critica do que foi

trabalhado, podendo ser escrita, desenhada, debatida e através de expressão corporal.

Fazer com que os alunos se expressem sobre o que aprenderam e se auto-avaliem

reconhecendo-se como agente do processo ensino aprendizagem.

Usar instrumentos avaliativos como debates, júri, recriação de jogos, pesquisa em

grupo, inventário, realização de festivais, jogos. Tudo com a finalidade de demonstrar a

apreensão do conhecimento.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIRETRIZES CURRICULARES DE EDUCAÇÃO FÍSICA PARA OS ANOS FINAIS DO

ENSINO FUNDAMENTAL E PARA O ENSINO MÉDIO. Curitiba, PR:SEED,2008.

Disponível em:

<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/livro_e_diretrizes/diretri

zes/diretrizeseducacaofisica72008.pdf.>.Data de acesso: 01/08/2008

KUNZ, Elenor. Transformação didático-pedagógica do esporte . 6. ed. Ijui: Editora

Unijui, 2004. v. 01. 160 p.

SOARES, C. L.; TAFFAREL, C.; VARJAL, E.; CASTELLANI FILHO, L. ; ESCOBAR, M. O.

; BRACHT, V. Metodologia do Ensino da Educacao Fisica. SAO PAULO: EDITORA

CORTEZ, 1992. 119 p

Quadro de Contudo de Educação Física

EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO FUNDAMENTAL: 5ª SÉRIE/6ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLOGICA

AVALIAÇAO

Esporte

Coletivos Individuais

Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua evolução, seu contexto atual. Propor a vivência de atividades prédesportivas no intuito de possibilitaro aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações às regras.

Espera-se que o aluno conheça dos esportes: • o surgimento de cada esporte com suas primeiras regras; • sua relação com jogos populares. • seus movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de

roda Jogos de tabuleiro

Jogos cooperativos

Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras. Possibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos. Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro

Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras. Possibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos. Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro

Dança

Danças

folclóricas Danças de rua

Danças criativas

Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças. Contextualizar a dança. Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.

Conhecimento sobre a origem e alguns significados (místicos, religiosos, entre outros) das diferentes danças; Criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de diferentes seqüências de movimentos.

Estudar a origem e histórico Conhecer os aspectos históricos da

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Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense Ginástica

geral

da ginástica e suas diferentes manifestações. Aprender e vivenciar os Movimentos Básicos da ginástica (ex: saltos, rolamento, parada de mão, roda) Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades ginásticas. Pesquisar a Cultura do Circo. Estimular a ampliação da Consciência Corporal.

ginástica e das práticas corporais circenses; Aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica: • Saltar; • Equilibrar; • Rolar/Girar; • Trepar; • Balançar/Embalar; • Malabares.

Lutas

Lutas de aproximação

Capoeira

Pesquisar a origem e histórico das lutas. Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados as lutas. Experimentar a vivência de jogos de oposição. Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta. Vivenciar movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e golpes.

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos, as características das diferentes manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos característicos. Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.

ENSINO FUNDAMENTAL: 6ª SÉRIE/7ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLOGICA

AVALIAÇAO

Esporte

Coletivos Individuais

Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos, no decorrer da história. Aprender as regras e os elementos básicos do esporte. Vivência dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. Compreender, por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva.

Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferença de cada esporte, relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro. Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes. Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas.

Jogos e brincadeiras

Jogos e

brincadeiras populares

Brincadeiras e cantigas de

roda Jogos de tabuleiro

Jogos

Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras. Reflexão e discussão acerca da diferença entre brincadeira, jogo e esporte. Construção coletiva dos jogos, brincadeiras e brinquedos. Estudar os Jogos, as brincadeiras e suas diferenças regionais.

Conhecer difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro. Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existentes entre os jogos, brincadeiras e brinquedos. Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.

Dança

Danças

folclóricas Danças de rua

Danças criativas Danças

circulares

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. Experimentação de movimentos corporais rítmico/expressivos. Criação e adaptação de coreografias. Construção de instrumentos musicais.

Conhecer a origem e o contexto em que se desenvolveram o Break, Frevo e Maracatu; Criação e adaptação de Coreografia rítmica e expressiva. Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de instrumentos musicais como, por exemplo, o pandeiro e o chocalho.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Estudar os aspectos históricos e culturais da ginástica rítmica e geral. Aprender sobre as posturas e elementos ginásticos. Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da Cultura Circense.

Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR); • Aprendizado dos movimentos e elementos da GR como: • saltos; • piruetas; • equilíbrios.

Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e

Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das

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Lutas

Lutas de aproximação

Capoeira

da capoeira, assim como suas mudanças no decorrer da história. Vivenciar jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas. .

diferentes manifestações das lutas de aproximação e da capoeira Conhecer a história do judô, karatê, taekwondo e alguns de seus movimentos básicos como: as quedas, rolamentos e outros movimentos. Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição

ENSINO FUNDAMENTAL: 7ª SÉRIE/8ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLOGICA

AVALIAÇAO

Esporte

Coletivos Radicais

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte. Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal, como: lazer, esporte de rendimento, condicionamento físico, assim como os benefícios e os malefícios do mesmo à saúde. Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo. Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. Discutir e refletir sobre noções de ética nas competições esportivas.

Entender que as práticas esportivas podem ser vivenciadas no tempo/ espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e saúde. Compreender a influência da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes. Reconhecer os aspectos positivos e negativos das práticas esportivas.

Jogos e brincadeiras

Jogos e brincadeiras populares Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, nos jogos, brincadeiras e brinquedos. Organização de Festivais. Elaboração de estratégias de jogo.

Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro. Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e brinquedos.

Dança

Danças criativas Danças

circulares

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na dança. Análise dos elementos e técnicas de dança Vivência e elaboração de Esquetes (que são pequenas seqüências cômicas).

Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos que identificam as diferentes danças. Montar pequenas composições coreográficas

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica circense

Ginástica geral

Recorte histórico delimitando tempos e espaços, na ginástica. Vivência prática das postura e elementos ginásticos. Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, pensando suas mudanças ao longo dos anos. Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica. Vivência de movimentos acrobáticos.

Manusear os diferentes elementos da GR como: • corda; • fita; • bola; • maças; • arco. Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.

Lutas

Lutas com instrumento mediador Capoeira

Organização de Roda de capoeira Vivenciar jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados à projeção e imobilização.

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas. Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os ritos e os significados da roda. Conhecer as diferentes projeções e imobilizações das lutas.

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ENSINO FUNDAMENTAL: 8ª SÉRIE/9ºANO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-METODOLOGICA

AVALIAÇAO

Esporte

Coletivos Radicais

Recorte histórico delimitando tempos e espaços. Organização de festivais esportivos. Analise dos diferentes esportes no contexto social e econômico. Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos. Vivência prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas. Elaboração de tabelas e súmulas de competições esportivas.

Apropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de súmulas e confecção de diferentes tipos de tabelas. Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se desenvolveram.

Jogos e Brincadeiras

Jogos de tabuleiro

Jogos dramáticos

Jogos cooperativos

Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagens, vivendo aventuras e superando desafios. Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.

Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e R.P.G. Diferenciar os jogos cooperativos e os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos: • Visão do jogo; • Objetivo; • O outro; • Relação; • Resultado; • Conseqüência; • Motivação.

Dança

Danças criativas

Danças circulares

Recorte histórico delimitando tempos e espaços na dança. Organização de festivais de dança. Elementos e técnicas constituintes da dança.

Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes nas danças e seu contexto histórico. Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de origem africana. Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.

Ginástica

Ginástica rítmica

Ginástica geral

Estudar a origem da Ginástica: trajetória até o surgimento da Educação Física. Construção de coreografias. Pesquisar sobre a Ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias). Análise sobre o modismo relacionado a ginástica. Vivência das técnicas específicas das ginásticas desportivas. Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping).

Conhecer e vivenciar as técnicas da ginásticas ocidentais e orientais. Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no circo, assim como, a influência da ginástica na busca pelo corpo perfeito.

Lutas

.

Lutas com instrumento mediador Capoeira

Pesquisar a Origem e os aspectos históricos das lutas

Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas.

ENSINO MÉDIO

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

CONTEÚDOS BÁSICOS

ABORDAGEM TEÓRICO-

METODOLOGICA

AVALIAÇAO

Analisar a função social da ginástica.

Organização de festival de ginástica.

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Ginástica

Ginástica geral

Ginástica artística /olímpica

Ginástica de academia

Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica. Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex. laboral). Estudar a relação entre a Ginástica X sedentarismo e qualidade de vida. Por meio de pesquisas, debates e vivências práticas, estudar a relação da ginástica com: tecido muscular, resistência muscular, diferença entre resistência e força; tipos de força;fontes energéticas, freqüência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da Ginástica pela Indústria Cultural entre outros. Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistematização e planejamento de treinos.

Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas ou seqüência de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos. Aprofundar e compreender as as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que envolvem a ginástica. Compreender a função social da ginástica. Discutir sobre a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural na ginástica. Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e trabalho.

Lutas

Lutas com aproximação

Lutas que mantêm à Distancia

Lutas com instrumento

Mediador Capoeira

Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes artes marciais, técnicas, táticas/estratégias, apropriação da Luta pela Indústria Cultural, entre outros. Analisar e discutir a diferença entre Lutas x Artes Marciais. Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilos da capoeira enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda etc. Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes manifestações das lutas. Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação das lutas pela indústria cultural. Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos.

Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros. Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os diferentes tipos de golpes.

CONTEÚDOS ESPECÍFICOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE CONTEÚDO BÁSICO CONTEÚDO ESPECÍFICO

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ESPORTE

Coletivos

futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.

Individuais

atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.

Radicais skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.

JOGOS E BRINCADEIRAS

Jogos e brincadeiras populares

amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão.

Brincadeiras e cantigas de roda

gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.

Jogos de tabuleiro dama; trilha; resta um; xadrez. .

Jogos dramáticos improvisação; imitação; mímica Jogos cooperativos futpar; volençol; eco-nome; tato contato;

olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.

DANÇA

Danças folclóricas

fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbó

Danças de salão

valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango.

Danças de rua break; funk; house; locking, popping; ragga

Danças criativas

elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.

Danças circulares contemporâneas; folclóricas; sagradas.

GINÁSTICA

Ginástica artística / olímpica solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas.

Ginástica rítmica corda; arco; bola; maças; fita.

Ginástica de academia alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core board; pular corda; pilates.

Ginástica circense malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim.

Ginástica geral jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).

LUTAS .

Lutas de aproximação judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô Lutas que mantêm a distância karatê; boxe; muay thai; taekwondo.

Lutas com instrumento mediador esgrima; kendô.

Capoeira angola; regional.

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

No espaço escolar, o Ensino Religioso era tradicionalmente o ensino da Religião

Católica Romana.Após a Proclamação da República o ensino passou a ser Público,

gratuito e obrigatório.

Na LDB 4024/61,no Titulo “Disposição Gerais e Transitória”, o Ensino Religioso foi

citado no Art.97, o que determine que essa disciplina deve ser matriculada facultativo

sem ônus para o poder público, ela deve ser ministrada de acordo com a confissão

religiosa do aluno.

No ano de 1987, teve inicio o curso de especialização em Pedagogia Religiosa,

com carga horária de 360 h/a, em uma parceria com a SEED, ASSINTEC e PUC/PR,

voltado a formação para professores interessados em ministrar aulas de Ensino

Religioso.

No âmbito legal, o Ensino Religioso ofertado atendia as orientações da resolução

da SEED nº 6856/93, que, além de reiterar o estabelecido anteriormente entre a SEED e

a ASSINTEC, definia orientações para a oferta do Ensino Religioso nas escolas.

No final de 2005, a SEED, movida pelos questionamentos ao CEE, que em

1062/2006 aprovou a Deliberação nº 01/06 que avisa instituir novas normas para o Ensino

Religioso no sistema Estadual de Ensino do Paraná.

Os avanços delineados a partir da desta Deliberação são notáveis, como o

repensar do objeto da área, o compromisso com a formação de docentes, a consideração

da diversidade no Estado, a necessidade do diálogo e estudo na escola. Cumpre destacar

que esta disciplina tem por base a diversidade expressa nas diferentes expressões

religiosas.

O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do sagrado

no coletivo. Seu objetivo é analisar e compreender o sagrado como o cerne da

experiência religiosa do cotidiano que o contextualiza no universo cultural, na perspectiva

da reflexão a respeito do pluralismo religioso e da diversidade cultural e religiosa.

A paisagem religiosa refere-se à materialidade fenomênica do sagrado, a qual é

aprendida através dos sentidos. Refere-se à exterioridade do sagrado e sua concretude,

ou seja, os espaços sagrados.

O símbolo é a apreensão conceitual através da razão, pela qual concebe-se o

sagrado pelos seus predicados e se reconhece a sua lógica simbólica. Sendo assim,

entende-se como sistema simbólico e projeção cultural.

O texto sagrado é a tradição e a natureza do sagrado enquanto fenômeno. Pode

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ser manifestado de forma material ou imaterial. Neste sentido, é reconhecido através das

Escrituras Sagradas, das Tradições Orais Sagradas e dos Mitos.

O sentimento religioso é o seu caráter transcendente/imanente não-racional. É uma

dimensão de inspiração muito presente na experiência religiosa. É a experiência do

sagrado em si. Esta dimensão, que escapa à razão conceitual em sua essência, é

reconhecida através de seus efeitos. Trata-se daquilo que qualifica uma sintonia entre o

sentimento religioso e o fenômeno sagrado.

A partir do objeto de estudo do Ensino Religioso pode-se compreender que esta

disciplina escolar, numa perspectiva pedagógica, busca superar as aulas de religião,

através de um enfoque de entendimento com base cultural sobre o sagrado, sendo que o

mesmo é o objeto de estudo da disciplina.

Os conteúdos selecionados para a disciplina de Ensino Religioso, tem como

referência os conteúdos estruturantes, dos quais desdobra-se os conteúdos

específicos.Ao analisar os conteúdos apresentados para a 5ª e 6ª séries, pode-se

identificar a sua aproximidade e ou mesmo recorrência em outras disciplinas.

As unidades temáticas que serão abordadas na disciplina são:

• Respeito a diversidade religiosa • Lugares sagrados • Textos sagrados orais e escritos • Organização religiosas • Universo simbólico religioso • Ritos • Festas religiosas • Vida e morte

OBJETIVOS GERAIS

• Proporcionar o conhecimento e a compreensão do fenômeno religioso a partir

das experiências religiosas percebidas no contexto sociocultural do aluno.

• Analisar o papel das tradições religiosas na estruturação é manutenção das

diferentes culturas

• Formar para o exercício consistente da cidadania e convívio social baseado na

atividade e respeito as diferenças.

• Promover o diálogo inter-religioso

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• Superar e desfazer toda a forma de preconceito

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

• Paisagem religiosa

• Universo simbólico religioso

• Texto sagrado

5ª SÉRIE/6º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Organizações religiosas

• Lugares sagrados

• Textos sagrados orais e escritos

• Símbolos religiosos

ORGANIZAÇÕES RELIGIOSAS

As organizações religiosas compõem os sistemas religiosos organizados

institucionalmente. Serão tratadas como conteúdos, destacando-se as suas

principais características de organização, estrutura e dinâmica social dos sistemas

religiosos que expressam as diferentes formas de compreensão e de relações com

o sagrado.

- Fundadores e/ ou Líderes Religiosos.

- Estruturas Hierárquicas.

Exemplos de Organizações Religiosas Mundiais e Regionais: Budismo (Sidarta

Gautama), Confucionismo (Confúcio), Espiritismo (Allan Kardec), Taoísmo (Lao

Tsé), etc.

- Instrumentos legais que visam assegurar a liberdade religiosa.

- Declaração Universal dos Direitos Humanos e Constituição Brasileira: respeito à

liberdade religiosa

- Direito a professar fé e liberdade de opinião e expressão

- Direito à liberdade de reunião e associação pacíficas

- Direitos Humanos e sua vinculação com o Sagrado

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LUGARES SAGRADOS

Caracterização dos lugares e templos sagrados: lugares de peregrinação, de

reverência, de culto, de identidade, principais práticas de expressão do sagrado

nestes locais.

- Lugares na natureza: Rios, lagos, montanhas, grutas, cachoeiras, etc.

- Lugares construídos: Templos, Cidades sagradas, etc.

-

TEXTOS ORAIS E ESCRITOS – SAGRADOS

Ensinamentos sagrados transmitidos de forma oral e escrita pelas diferentes

culturas religiosas.

- Literatura oral e escrita (Cantos, narrativas, poemas, orações, etc)

Exemplos: Vedas – Hinduismo, Escrituras Bahá´´is – Fé Fahá’l, Tradições Orais

Africanas, Afro-brasileiras e Ameríndias, Alcorão – Islamismo, Etc.

SÍMBOLOS RELIGIOSOS

Os significados simbólicos dos gestos, sons, formas, cores e textos:

- Nos Ritos

- Nos Mitos

- No cotidiano

Exemplos: Arquitetura Religiosa, Mantras, Paramentos, Objetos, etc.

6ª SÉRIE/ 7º ANO

CONTEÚDOS BÁSICOS

• Festas religiosas

• Ritos

• Temporalidade

• Vida e morte

.

FESTAS RELIGIOSAS

São os eventos organizados pelos diferentes grupos religiosos, com objetivos

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diversos: confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas

importantes.

- Peregrinações, festas familiares, festas nos templos, datas comemorativas.

Exemplos: Festa do Dente Sagrado (Budismo), Ramadã (Islâmica), Kuarup

(indígena), Festa de Iemanjá (Afro-brasileira), Pessach (Judaismo), etc.

RITOS

São práticas celebrativas das tradições/manifestações religiosas, formadas por um

conjunto de rituais. Podem ser compreendidos como a recapitulação de um

acontecimento sagrado anterior, é imitação, serve à memória e à preservação da

identidade de diferentes tradições/manifestações religiosas e também podem

remeter a possibilidades futuras a partir de transformações presentes.

- Ritos de passagem

- Mortuários

- Propiciatórios

- Outros

Exemplos: Dança (Xire) – Candomblé, Kiki (Kaingang – ritual fúnebre), Via sacra,

Festejo indígena de colheita, etc.

TEMPORALIDADE

Tradições religiosas

Calendários e seus tempos sagrados( nascimento do líder religioso, passagem do

ano, datas e rituais , festas, dias de semana, calendários religiosos).

• Natal ( cristão)

• Kumba Mela ( hinduísmo)

Losar ( passagem do ano tibetano) e outros

VIDA E MORTE

As respostas elaboradas para vida além da morte nas diversas

tradições/manifestações religiosas e sua relação com o sagrado.

- O sentido da vida nas tradições/manifestações religiosas

- Reencarnação

- Ressurreição – ação de voltar à vida

- Além Morte

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- Ancestralidade – vida dos antepassados – espíritos dos antepassados se

tornam presentes

- Outras interpretações.

METODOLOGIA

O Ensino Religioso deve priorizar a socialização do conhecimento de forma

contextualidade, estabelecendo relação interdisciplinar, contribuindo para a crítica às

contradições sociais, políticas e econômicas presentes em nossa sociedade e levando o

aluno a perceber que faz parte da história e que ele como sujeito participativo e que cada

um fazendo sua parte, podemos mudar a sociedade tornando-a mais justa, fraterna e

solidária.

No decorrer do trabalho serão utilizados o caderno pedagógico, vídeos, leituras e

pesquisas. De acordo com os conteúdos serão desenvolvidos estudos sobre o assunto

das Leis 10.639/03; 11645/08 sobre História e Cultura Afro- Brasileira e Indígena; lei

9795/99 sobre o Meio Ambiente, criando situações educativas para o reconhecimento,

valorização e respeito a diversidade religiosa e cultural, bem como atividades com textos

que contemplem os desafios educacionais contemporâneos.

Serão utilizadas diversos práticas metodológicas para o desenvolvimento das

atividades com os alunos permitindo que os mesmo possam expressar-se e ampliar seu

conhecimento, tais como:

• Diálogo

• Entrevistas

• Experiências

• Pesquisas em livros, revistas e jornais, de campo (admiração da natureza, do belo...).

• Questionamentos

• Comparação

• Observação

• Reflexão

• Relatos de experiências

• Meditação

• Uso de símbolos

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• Análise de textos, letras de músicas.

• Dramatização

• Debates

• Cartazes

• Outros

Nas aulas de Ensino religioso a linguagem utilizada é a pedagógica e não a religiosa,

referentemente a cada expressão do sagrado, adequada ao universo escolar e a

aprendizagem do conhecimento e o desenvolvimento do sujeito educando.

Todo trabalho que será desenvolvido favorecerá o respeito à diversidade cultural

religiosa, em suas relações éticas e sociais, estimulando medidas de repúdio a toda e

qualquer forma de preconceito, discriminação e o reconhecimento de que todos são

portadores de singularidades e que todo ser humano tem direito de ir e vir livremente.

Nos conteúdos de Ensino Religioso será oportunizado ao sujeito educando o

trabalho com a cultura afro e indígena, dimensionando o propósito das inter-relações

sociais humanas de respeito às várias formas de existir, relacionando sempre que

possível os conteúdos, buscando a conscientização dos atos que manifestam desrespeito

aos símbolos, as tradições religiosas e culturais, procurando destacar o mérito da pessoa,

a dignidade, a solidariedade e a igualdade.

AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo contínuo e visa contribuir para a compreensão das

dificuldades de aprendizagem dos alunos, com vistas às mudanças necessárias para que

essa aprendizagem se concretize. Busca que o aluno perceba que ele é o sujeito

histórico, entendendo as relações humanas em suas contradições e conflitos. Esta

perspectiva para o processo de aprendizagem e de avaliação educacional, é marcado

pela autonomia dos sujeitos e pela participação do aluno na sociedade de forma

democrática. Partindo desses pressupostos, para que o aluno construa o seu

conhecimento, a sua autonomia, é necessário que ele esteja inserido em um ambiente em

que haja intervenções pedagógicas e o respeito seja recíproco. O aluno deve ter

oportunidade de participar da elaboração das regras, dos limites, dos critérios de

avaliação, das tomadas de decisão, além de assumir pequenas responsabilidades.

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O Ensino Religioso não é objeto de aprovação ou reprovação por ser facultativo

para o aluno. Mesmo com suas especificidades a avaliação não deixa de ser um elemento

integrante do processo educativo da disciplina.Principalmente porque a disciplina de

Ensino Religioso está num processo de fortalecimento enquanto área de conhecimento e

o ato de avaliar é um fato que contribui para a sua legitimação.

Na avaliação serão observados os seguintes critérios:

• A diversidade religiosa bem como, as diferentes expressões;

• Capacidade de sintetizar e extrair considerações e/ou conclusões dos assuntos

abordados;

• Desenvolvimento do conteúdo: clareza no raciocínio, nas explicações e

discussões;

• Reconhece o impacto do conhecimento na sociedade, reconhece as marcas

importantes na história e nas relações sociais;

• Compreendem fatos, princípios básicos da disciplina;

• Reconhece a importância da observação e da diversidade, aliadas à reflexão e ao

campo de idéias;

• Relaciona algumas situações do cotidiano de sua vida, sua casa, sociedade, com

assuntos abordados nas aulas.

Na recuperação concomitante serão retomados os conteúdos, modificando os

encaminhamentos metodológicos assegurando a possibilidade da aprendizagem.

Instrumentos que serão utilizados são: entrevistas individuais e coletivas,

comunicação oral e escrita, observação dirigida e espontânea de atitudes, participação

em trabalhos de grupos, relatórios, exposição de trabalhos, trabalhos escritos ou orais,

envolvendo pesquisas, levantamentos, análise, relatos de experiências, produção de

textos e outros que se adequarem ao processo.

REFERÊNCIAS

BLACKBURN,Simon.Dicionário Oxford de Filosofia .Rio de Janeiro.Jorge Zahar,1997.

CISALPIANO,Murilo.Religiões. São Paulo:Editora Scipione Ltda,1994.

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COSGROVE,Denis.A geografia está em toda a parte: cultura e simbolismo nas paisagens humanas.in:paisagem, tempo e cultura.Organização por Correa, Roberto Lobato,Rosendahl,Zeny.Rio de Janeiro:Eduerj,1998.p.92-123. COSTELLA,Domenico.O fundamento Epistemiológico do Ensino Religioso.In:JUQUEIRA,Sérgio;WAGNER,Raul(Orgs).O ensino religioso no Brasil. Curitiba,Champagnat,2004. CUNHA,Antônio Geraldo da.Dicionário emitológico nova fronteira da língua portuguesa ,2. ed.Rio de Janeiro:Nova Fronteira,1997. DURKHEIM,Émile.As formas elementares de vida religiosa .São Paulo:ed Paulinas,1989. ELAIDE,Mircea.O sagrado e o profano :A essência das religiões.São Paulo:Martins Fontes,1992. GIL FILHO,Sylvio F. Espaço de representação e territorialidade do sagra do:notas para uma teoria do fato religioso. Ra`e Ga O Espaço Geográfico em Análise: Curitiba, v. 3 n.3, p 91-120, 1999. ____.& GIL A. H. C. F. identidade religiosa e territorialidade do sagrado: notas para uma teoria do fato religioso. in ROSENDAHL, Z. & CORREA, R.L.(org.) Religião, identidade e Território - Rio de Janeiro: EDUERJ, 2001. ____ “Por uma Geografia do Sagrado” in MENDONÇA, F. &. KOEZEL, S. (org.) Elementos de epistemologiada Geografia Contemporânea, Curitiba: Editora UFPR. 2002. HEIDEGGER,Martin.Conferências e Escritos Filosóficos .Coleção os Pensadores,São Paulo, Nova Cultural,1989. HINNELS,John R.Dicionário das Religiões .São Paulo:Cultrix,1989. HOUAISS,Antonio;VILLAR,Mauro de Salles.Dicionário Houaiss da Lingua Portuguesa. Rio de Janeiro :Objetiva ,2001. HURSSERL,Edmund.Investigações lógicas:sexta investigação-elementos de elucidação fenomológica do conhecimento. Coleção os Pensadores,São Paulo.Nova Cultural,1988. JUNQUEIRA,Sérgio Rogério Azevedo.(Orgs).Conhecimento local e conhecimento universal:pesquisa, didática e ação docente. Curitiba,Champagna,2004. MACEDO,Carmem Cinira.Imagem do Eterno ;religiões no Brasil.São Paulo:Editora Moderna Ltda.,1989 OLIVEIRA,Maria Antonieta Albuquerque de. “Componente Curricular”. In: Ensino Religioso no Brasil.JUNQUEIRA, Sérgio Rogério Azevedo;WAGNER,Raul.Curitiba:Champagna,2004.p.119 OTTO,R.O sagrado, Lisboa:Edições 70,1992.

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PEDRO,Aquilino de.Dicionário de termos religiosos e afins .Aparecida,SP:Santuário,1993 ROHMANN,Chris.O livro das idéias:pensadores, teorias e conceitos que formam nossa visão de mundo. Rio de Janeiro;Campus,2000. SACHS,Wolfgang.Dicionário do desenvolvimento :guia para o conhecim ento como poder .Petrópolis,RJ:Vozes, 2000. WITTGENSTEIN,Ludwing.Investigações Filosóficas .Petroplois,Vozes,1994. Diretrizes Curriculares de Ensino Religioso para o Ensino Fundamental,2008.

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Apresentação da Disciplina

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A filosofia pode ser considerada como conteúdo produzido pelos filósofos ao longo

do tempo, mas também como o exercício do pensamento que busca o entendimento das

coisas, das pessoas e do meio em que vivem. Portanto, um pensar histórico, crítico e

criativo, que discuta os problemas da vida à luz da História da Filosofia.

Concebida na Grécia Antiga a mais de 2600 anos, a filosofia continua a mostrar

sua importância na formação intelectual dos que são agraciados com a possibilidade de

depararem-se com a mesma como disciplina.

Muitas descobertas ao longo dos séculos se deram em decorrência do mais

profundo pensamento filosófico à respeito de determinada matéria como o foi no caso de

Demócrito, responsável pelo primeiro conceito de átomo.

Ao longo de sua história a disciplina de filosofia sofreu várias alterações no que se

refere ao seu lugar, ao seu papel e a sua importância junto ao trabalho de formação do

educando. Foi inserida e retirada por várias vezes dos currículos do segundo grau, tendo

desaparecido por completo dos currículos escolares durante o regime militar,

principalmente por não servir aos interesses técnicos e econômicos do momento.

Em virtude da luta de vários profissionais da área, a filosofia retoma ao currículo

ocupando a condição de disciplina facultativa nas escolas do ensino médio, (LDB 394/96),

Em agosto de 1996, o parecer CNE/CEB n. 38/2006, que tornou a Filosofia e a Sociologia

disciplinas obrigatórias no Ensino Médio, foi homologado pelo Ministério da Educação

pela Resolução n. 04 de 16 de agosto de 2006.

No Estado do Paraná, foi aprovada a lei n. 15.228, em julho de 2006, tornando a

Filosofia e a Sociologia obrigatórias na matriz curricular do Ensino Médio.

A Filosofia como disciplina é sempre alvo de questionamentos, principalmente

quanto a forma de ensino, para que esta não deturpe seu conteúdo e proposta. Assim,

opta-se pelo trabalho com conteúdos estruturantes, tomados como conhecimentos

basilares, que se constituíram ao longo da história da Filosofia e de seu ensino, em

épocas, contextos e sociedades diferentes e que, tendo em vista o estudante do Ensino

Médio, ganham especial sentido e significado político, social e educacional.

A escolha desses conteúdos não significa, porém, que as Diretrizes Curriculares

excluam a possibilidade de trabalhar com a história da filosofia. Pelo contrário, elas

partilham a idéia de que sem uma consideração histórica dos temas filosóficos, a filosofia

corre o risco de tornar-se superficial. No entanto, o que essas Diretrizes Curriculares

desencorajam é a organização meramente cronológica e linear dos conteúdos.

Os problemas, as idéias, os conceitos e os conteúdos estruturantes devem ser

desenvolvidos, portanto, de tal forma que os diversos períodos da história da filosofia e as

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diversas maneiras através das quais eles discutem as questões filosóficas sejam levados

em consideração, de maneira que não seja suprimida a capacidade de dialogar de forma

crítica e mesmo provocativa com o presente.

Conteúdos Estruturantes e Básicos

Conteúdos Estruturantes

Mito e Filosofia;

Teoria do Conhecimento;

Ética;

Filosofia Política;

Filosofia da Ciência;

Estética

Conteúdos Básicos

Saber mítico;

Saber filosófico;

Relação Mito e Filosofia;

Atualidade do Mito;

O que é filosofia

Ética e moral;

Lei 10639/03 – história e cultura afro-brasileira e africana;

Pluralidade de Ética;

Ética e violência;

Razão, desejo e vontade;

Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas;

Lei 11.525/2007- Direitos das crianças e dos adolescentes.

Relações entre comunidade e poder;

Lei 11645/08 – história e cultura dos povos indígenas;

Liberdade e igualdade política;

Política e ideologia;

Esfera pública e privada;

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Cidadania formal e ou participativa;

Lei 9795/99 - política nacional de educação ambiental.

Concepções de ciência;

A questão do método científico;

Contribuições e limites da ciência e ideologia;

Ciência e ética.

Natureza da arte;

Filosofia e arte;

Categorias estéticas – feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.; Estética e

sociedade.

Metodologia da Disciplina

O estudo da filosofia é essencial por que ela nos ajuda a promover a passagem do

mundo infantil ao mundo adulto, na condição de amadurecimento no pensar e no agir.

Para tal, os conteúdos da disciplina serão trabalhados em quatro momentos: A

sensibilização, a problematização, a investigação e a criação de conceitos.

O exercício do filosofar ocorrerá por meio da leitura, do debate, da argumentação,

da exposição e análise do pensamento, conteúdos poderão ser introduzidos através da

TV Multimídia, pesquisa bibliográfica, laboratório de informática, explanações ou ainda

audição de músicas e posterior reflexão. A escrita constitui-se como elemento importante

de registro e sistematização, sem a qual o discurso perde-se no vazio. É importante

lembrar que o processo do filosofar se dá, após a sensibilização, por meio da investigação

na qual estudantes e professores descobrem problemas, mobilizam-se na obtenção de

soluções filosóficas, estudam a História da Filosofia buscando no trabalho com os

conceitos o caminho do filosofar e recriar conceitos, não desprezando o conhecimento

empírico.

Avaliação

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Na complexidade do mundo contemporâneo, com suas múltiplas particularidades e

especializações, espera-se que o estudante possa compreender, pensar e problematizar a

Filosofia, elaborando respostas aos problemas suscitados e investigados.

Com a problematização e investigação, o estudante desenvolverá a atividade filosófica

com os conteúdos básicos e poderá formular suas respostas quando toma posições e, de

forma escrita ou oral, argumenta, ou seja, cria conceitos. Portanto, terá condições de ser

construtor de idéias com caráter inusitado e criativo, cujo resultado pode ser avaliado pelo

próprio estudante e pelo professor.

As avaliações deverão ser realizadas através de provas escritas, debates, utilização

da retórica sustentada, por pesquisas bibliográficas e dinâmicas em grupos ou ainda

trabalhos individuais. Da mesma forma proceder-se-á a Recuperação Concomitante porém

utilizando-se sempre de forma diversa a da avaliação para possibilitar a real recuperação

do conteúdo.

Referências

BRASIL. Diretrizes Curriculares da Educação Básica. Paraná: SEED, 2008.

SEED. Filosofia Ensino Médio. 2ª Ed. Curitiba: SEED, 2006

CEBS. Projeto Político-Pedagógico . União da Vitória, 2010

CHAUI, Marilena. Convite a Filosofia . 13ª edição. São Paulo. Ática.2003.

NUNES, Benedito. Introdução à Filosofia da Arte. 6ª edição. São Paulo. Ática. 2008.

MOTA, Lúcio Tadeu. As cidades e os Povos Indígenas. Maringá. Eduem. 2000.

REZENDE, Antonio. Curso de Filosofia. 13ª edição. Rio de Janeiro. Zahar. 2005.

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

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A Física tem como objeto de estudo o Universo , em toda a sua complexidade. Por

isso a disciplina de Física propõe aos estudantes o estudo da natureza, entendida,

segundo Menezes (2005), como realidade material sensível. A Física apresentada aos

estudantes do Ensino Médio não são coisas da natureza, ou a própria natureza, mas

modelos elaborados pelo Homem no intuito de explicar e entender essa natureza.

O olhar sobre a natureza tem origem em tempos remotos, provavelmente no

período paleolítico, na tentativa de resolver seus problemas de ordem prática e garantir

sua subsistência. Assim, a astronomia é, talvez, a mais antiga das ciências, tendo

encontrado a sua racionalidade pelo interesse dos gregos em explicar as variações

cíclicas observadas nos céus. Esses registros deram origem à astronomia1, talvez a mais

antiga das ciências e, com ela, o início do estudo dos movimentos.

As explicações a respeito do Universo mudam, em cada época, de acordo com o

que se conhece sobre ele. Aristóteles, no século IV a.C., apresentou argumentos bastante

convincentes para mostrar a forma arredondada da Terra e desenvolveu uma Física para

tentar compreender a nova visão de mundo terrestre. Essa ideia trazia alguns

questionamentos, dentre eles: como pessoas e objetos moventes não caíam da Terra?

Um percurso pode iniciar e terminar no mesmo lugar? Como a Terra não cai, já que não

há nada que a segure, como se supunha haver, quando se imaginava que ela fosse

plana?

Assim, estudando o movimento dos corpos terrestres Aristóteles deduziu qualitativamente que “existem coisas “pesadas”, como os sólidos e os líquidos que caem em direção ao centro da Terra; e outras coisas “leves”, como o ar e o fogo; que se afastam do centro da Terra. (MARTINS, 1997, p. 76)

Galileu buscava descrever um fenômeno partindo de uma situação particular, por

exemplo, a queda de um corpo sob ação da gravidade. Com ele, estruturaram-se as

bases da ciência moderna que parte de uma situação particular para fazer generalizações

e construir leis universais.

CARUSO e ARAÚJO (1998) ressaltam outro aspecto fundamental do método

científico de Galileu: o valor epistemológico atribuído à experimentação que, ao contrário

da contemplação e da argumentação racional, seria o caminho para a verdade. Segundo

os autores, ao combinar o conhecimento empírico com a Matemática, Galileu realizou

uma síntese que deu origem ao que se convencionou chamar de método científico

moderno, rompendo com o método descritivo de Aristóteles e com o pensamento

medieval.

A nova visão de mundo de Galileu, [...] que ousou observar sob a mesma perspectiva corpos celestes e terrestres, era coerente com sua irreverência ao publicar seus trabalhos em italiano, língua do povo, e não em latim, língua dos

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doutores. René Descartes, filósofo seu contemporâneo, também propunha que a mesma ciência desse conta dos mundos supra-lunares, separados na tradição aristotélica. É justo tomar Galileu e Descartes como marcos da modernidade e do que se conhece hoje como ciência. (MENEZES, 2005, p. 18)

Enquanto Copérnico, Kepler e outros antecessores e contemporâneos, deram

grande importância à composição da matéria, essência dos corpos identificada nas

formas geométricas, Newton preocupou-se com as leis do movimento e com a forma

como se dá a interação entre os corpos, o que foi sintetizado na Teoria da Gravitação.

Com sua mecânica e sua gravitação, Newton completou o que Galileu e Descartes não chegaram a realizar que foi submeter o céu e a Terra às mesmas leis; a primeira grande unificação da física. Ele identificou as quantidades transferidas em qualquer interação e percebeu que a soma destas quantidades se mantém no sistema conjunto das partes que interagem, seja este o sistema solar ou um simples carrossel. Descobriu, assim, o primeiro e talvez o mais universal conjunto de invariantes na física, as quantidades de movimento, grandezas que se conservam sempre, mesmo em processos em que tudo parece estar mudando. (MENEZES, 2005, p. 19)

A Teoria da Gravitação deu consistência teórica aos trabalhos de Brahe e Kepler e

pode ser considerada o início de uma nova concepção na qual o Universo passaria a ser

governado por leis físicas, sob equações matemáticas, e menos submetido à ação divina.

Nesse contexto, a Física tal qual a conhecemos hoje foi inaugurada por Galileu

Galilei, no século XVI, com uma nova forma de se conceber o Universo, através da

descrição matemática dos fenômenos físicos.

Bacon, Galileu, Descartes e, provavelmente outros anônimos, ao instituírem o

método, retiraram das autoridades eclesiásticas o controle sobre o conhecimento e

iniciaram um novo período que chamamos de moderno, abrindo caminho para que Isaac

Newton (1642-1727) fizesse a primeira grande unificação da ciência elevando a Física, no

século XVII, aos status de Ciência.

A nova ciência, que vem a partir de Newton e seus sucessores, carregam a ideia

de que o universo se comporta com uma regularidade mecânica, conhecida como

mecanismo, e está alicerçada em dois pilares: a Matemática, como linguagem para

expressar leis, idéias e elaborar modelos para descrever os fenômenos físicos e a

experimentação, como forma de questionar a natureza, de comprovar ou confirmar idéias,

de testar nossos modelos.

Na Inglaterra, na segunda metade do século XVII, o capitalismo consolidava a sua

formação, com a incorporação das máquinas à indústria, mudando a maneira de produzir

bens e dando início a grandes transformações sociais e tecnológicas.

O contexto social e econômico favoreceu o avanço do conhecimento físico e a

Termodinâmica evoluiu. O trabalho do velho artesão aquele que dominava todas as

etapas do seu ofício, é substituída pelo trabalho especializado e fragmentado, não

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sobrando ao trabalhador sequer o tempo para a educação, uma vez que é transformado

em força de trabalho.

Contraditoriamente, é a revolução industrial burguesa que vai levantar a bandeira

da educação gratuita para todos.

Em 1808, com a vinda da família real ao Brasil o ensino da Física é traduzido para

o nosso país para atender a corte e os desejos da intelectualidade local. O ensino da

Física tem, então, a preocupação com a formação de engenheiros e médicos, de modo a

formar as elites do país. Portanto, não era para todos, visto que esse conhecimento não

fazia parte da grade curricular das poucas escolas primária ou profissionais, as quais as

classes populares frequentavam.

O século XX estava com o cenário preparado para que mudanças ocorressem em

todos os campos. No científico ocorre uma outra unificação da Física, cabendo ao

escocês James C. Maxwell, por volta de 1861, a sua sistematização. A intensificação do

processo de industrialização no país, a partir dos anos 1950, tornou a Física no Brasil

parte dos currículos do ensino secundário, hoje ensino médio.

Desta forma a diretriz busca construir um ensino de Física centrado em conteúdos

e metodologias capazes de levar, aos estudantes, uma reflexão sobre o mundo das

ciências sob a perspectiva de que esta não é somente fruto da pura racionalidade

científica, compartilhando, como disse MENEZES: (2004) “com mais gente e com menos

álgebra, a emoção dos debates, a força dos princípios e a beleza dos conceitos

científicos”. Entende-se, então, que a Física deve educar para cidadania contribuindo para

o desenvolvimento de um sujeito crítico, capaz de admirar a beleza da produção científica

ao longo da história e compreender a necessidade desta dimensão do conhecimento para

o estudo e o entendimento do universo de fenômenos que o cerca.

Na Inglaterra, na segunda metade do século XVIII, o contexto social e econômico

favorecia o avanço do conhecimento físico, pois a incorporação das máquinas a vapor à

indústria trouxe mudanças no modo de produzir bens e contribuiu para grandes

transformações sociais e tecnológicas e também para o desenvolvimento da

termodinâmica.

Essa primeira revolução industrial se fez mais com conhecimento técnico, isto é,

realizado por técnicos, e não pelos homens da ciência. Mas a incorporação das máquinas

à indústria uniu técnicos e cientistas na busca pela compreensão da ciência do calor, para

melhoria técnica das máquinas, contribuindo para o avanço industrial. Tal revolução na

indústria transformou a vida social e econômica e completou

[...] o que já se iniciara com o mercantilismo, quando os seres humanos passaram a ser também força-de-trabalho e a natureza passou também a ser matéria-prima.

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O poder, antes centrado no domínio territorial, a partir de então passou a ser, cada vez mais, definido pela capacidade de produzir mercadorias e de controlar mercados. (MENEZES, 2005, p. 20-21).

O calor passou a ser entendido como uma forma de energia relacionada ao

movimento, o que possibilitou o estabelecimento das leis da termodinâmica, outra grande

unificação na Física. Em 1842, Mayer concluiu que calor e trabalho são manifestações de

energia e elaborou uma síntese na qual afirmava que a energia criada

[...] não pode ser destruída, aniquilada; pode tão-somente mudar de forma. Ao abranger trocas de trabalho e calor, a energia mostrou-se uma quantidade que se conserva em todos os processos, constituindo outro grande invariante, ao lado das quantidades de movimento, outra grande unificação da física. (MENEZES, 2005, p. 29)

No Brasil, em 1934, foi criado o curso de Sciencias Physicas, na Faculdade de

Philosophia, Sciencias e Letras da Universidade de São Paulo, para formar bacharéis e

licenciados em Física. Isso permitiu que a Física, como campo de pesquisa e criação de

novos conhecimentos, começasse a se desenvolver efetivamente no país.

Os novos fatos científicos do século XX obrigaram os físicos a refletirem sobre o

próprio conceito de ciência, sobre os critérios de verdade e validade dos modelos

científicos, entretanto, o mesmo não ocorreu com o ensino de Física no Brasil, que não

sofreu grandes alterações até meados da década de 1940.

A Física, com todos os seus conteúdos estruturantes e desdobramentos, visa à

evolução do educando como um todo. Esta evolução está alicerçada nos três campos do

conhecimento: Movimento, Termodinâmica e Eletromagnetismo.

Após reconhecer a realidade da escola e dos alunos, a partir do ponto de vista

social, econômico e cultural, cabe ao professor elaborar a partir dos conteúdos, a

proposta curricular que melhor se adapte a esses sujeitos, buscando garantir-lhes

significados.

A Física tem por objetivo, mostrar uma visão de mundo que procure representar o

real, sob a forma de conceitos e definições ao buscar descrever e explicar seus objetos

de estudo através de leis que sejam universais, ampliando em teorias, num conjunto de

hipóteses, acompanhadas de um formalismo matemático, cujo conjunto de equações

devem permitir que se façam previsões, podendo, às vezes, receber o apoio de

experimentos, onde se defronta aos dados coletados com os previstos pela teoria.

CONTEÚDOS

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Os conteúdos estruturantes englobam diversos itens que por sua vez são

trabalhados em todas as séries diferenciando apenas no que diz respeito a profundidade

do assunto, bem como a sua complexidade, evitando-se esgotar em uma determinada

série esse item, mais utilizar-se do mesmo com outra abordagem em séries seguintes,

fazendo a inter relação entre as séries. Segue abaixo uma proposta de divisão de

conteúdos por série sendo que já foi mencionado na metodologia em que se deve

respeitar o conhecimento prévio do aluno e a complexidade do assunto inerente a série.

OBS: quando possível de encaixe, os conteúdos da história e cultura afro-brasileira e

africana, dos povos indígenas e política nacional de educação ambiental, serão

trabalhados juntamente com os conteúdos da física.

MOVIMENTO

Conceitos básicos da cinemática

Velocidade

Aceleração

Movimento Uniforme

Movimento Uniformemente Variado

Cinemática Vetorial

Lançamentos

Movimentos Circulares

Dinâmica

Trabalho e Potência

Energia

Impulso e Quantidade de Movimentos

Estática

TERMODINÂMICA

Termometria

Dilatação

Calorimetria

Transmissão de calor

Termodinâmica

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Luz

Reflexão da luz

Refração da luz

Lentes

Anomalias de visão

ELETROMAGNETISMO

Corrente elétrica

Estudo dos resistores

Associação de resistores

Medidores elétricos

Geradores e Receptores

Força elétrica

Campo elétrico

Trabalho e Potencial Elétrico

Capacidade de um condutor

Capacitores

Magnetismo

Eletromagnetismo

Física Moderna

METODOLOGIA

Na disciplina de Física, é importante que o processo pedagógico parta do

conhecimento prévio dos estudantes, no qual se incluem as concepções alternativas ou

concepções espontâneas. Que eles usem a partir dos fenômenos físicos no dia a dia, na

interação com os diversos objetos no seu espaço de convivência. O professor deve

mostrar ao estudante que o seu conhecimento não está pronto e acabado, mas que deve

ser superado. Deve também mostrar ao aluno toda a história das teorias físicas e como

culminou na idéia atual.

Tem-se por objetivo que professor e estudantes compartilhem significados na

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busca da aprendizagem que ocorre quando novas informações interagem com o

conhecimento prévio e simultaneamente, adicionam, diferenciam, integram, modificam e

enriquecem o saber já existente, inclusive com a possibilidade de substituí-lo.

Deve selecionar e conceber estratégias flexíveis, abertas às idéias, interesses e

necessidades dos seus alunos. Deve também considerar a natureza da ciência e a forma

como os alunos aprendem, fundamentando nos resultados recentes de investigação da

área.

Essas estratégias devem permitir aos alunos construir o seu próprio conhecimento

num contexto social e comunicar as suas idéias das mais diversas formas. As estratégias

de ensino devem, ainda, dar apoio aos alunos no uso e estabelecimento de pontes com

as restantes disciplinas.

As concepções espontâneas dos estudantes relacionadas ao conhecimento

científico devem encontrar-se paralelo na história da Ciência. Desta forma, a Física deve

contribuir para a formação dos sujeitos, porém através dos conteúdos dar conta do

entendimento do objeto de estudo da Física, ou seja, a compreensão do Universo, a sua

evolução, suas transformações e as interações que nele se apresentam.

Para cooperar com esse trabalho, serão utilizadas diversas formas de atividades,

como pesquisas em livros e de campo, revistas, Internet, observação e experimentação;

tiras em quadrinhos mostrando algumas leis da física e desenvolvendo a interpretação,

músicas, aulas expositivas e na TV, figuras, fotos e vídeos educativos e até mesmo peças

de eletrodomésticos para cooperar no estudo do eletromagnetismo.

Esperamos que a Física seja vista e trabalhada de forma que englobe todas as

inovações de tecnologias que atualmente nos disponibilizamos, sem esquecer de usá-las

voltadas a sua origem e principal função, mostrando a evolução tecnológica da Física.

Enfim, desejamos formar pessoas que sejam criativas e participativas capazes de

atuar na sociedade atual.

AVALIAÇÃO

A avaliação do processo ensino aprendizagem na disciplina de Física será

realizada conforme disposto no Projeto Político Pedagógico deste Estabelecimento de

Ensino.

Sendo a avaliação um processo de observação e verificação da maneira como os

alunos aprendem os conhecimentos físicos, a mesma é parte integrante do próprio

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processo de ensino aprendizagem e tem como objetivo maior aprimorar a qualidade

dessa aprendizagem.

A avaliação será dinâmica e contínua, para que através da observação do aluno

possa ser emitido um parecer que valorize a sua evolução no aprendizado da física.

O professor irá considerar a natureza da ciência e a forma como os alunos

aprenderam, fundamentando nos resultados recentes de investigação da área, trabalhar à

discussão das idéias e concepções dos alunos, passando pela análise cuidadosa de

todas as suas tarefas formais e informais.

Para culminar neste parecer é fundamental deixar claro aos alunos os objetivos e

critérios da avaliação e correção:

• Verificar o conhecimento físico adquirido.

• Comentar os resultados obtidos.

• Auxiliar os alunos a superar as dificuldades apresentadas, fazendo o aluno

sentir-se responsável no processo de aprendizagem e após oportunizar a

recuperação concomitante desses estudos.

Os instrumentos utilizados para a avaliação estarão em consonância com os

objetivos, a metodologia e os critérios avaliativos, apresentando-se através de:

• Avaliações escritas objetivas e dissertativas;

• A apresentação escrita e a comunicação oral de alguns dos trabalhos

desenvolvidos;

• Atividades experimentais;

• Atividade escritas em sala de aula;

• Pesquisas em livro e de campo;

A recuperação de estudos será oferecida de forma concomitante neste período,

durante o ano letivo, sendo que a nota obtida após estudos de recuperação em que o

aluno demonstre ter superado as dificuldades, será substituída a anterior referente aos

mesmos objetivos.

Para efeito de registro de avaliação do educando, serão considerados os valores

numéricos de um (01) a dez (10), sendo estes registros organizados em bimestres. A

média é seis, sendo que o aluno deverá atingir vinte a quatro pontos na soma dos

bimestres, para aprovação por média.

REFERÊNCIAS

ABRANTES, P.C.C. Newton e a Física Francesa no século XIX . IN; CAD. DE HISTÓRIA

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102

E FILOSOFIA DA CIÊNCIA, série 2,1 (1): 5-131. P.5-31, jan-jun, 1989.

ALVARENGA Beatriz, Máximo Antônio. Curso de Física . São Paulo: Editora Harbra

LTDA, 1993.

CHAVES, A. Física : Mecânica. Vol. 1. Rio de Janeiro: Reichanne e Affonso editores, 2000.

PARANÁ. Secretaria da Educação. Superintendência da Educação. Diretrizes Curriculares de Física para o Ensino Médio . Curitiba: SEED, SUED, 2008.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO/Grupo de Reelaboração do Ensino de

Física – GREF: Física 1/Gref: Mecânica . São Paulo: Edusp, 1991.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO/Grupo de Reelaboração do Ensino de

Física – GREF: Física 2/Gref: Física Térmica e Óptica . São Paulo: Edusp, 1991.

UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SÃO PAULO/Grupo de Reelaboração do Ensino de

Física – GREF: Física 3/Gref: Eletromagnetismo . São Paulo: Edusp, 1991.

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103

APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O conhecimento da natureza e do espaço geográfico, suas relações e dinâmicas

permitiram às sociedades modificá-los em benefício próprio. As informações sobre

localização, acesso e características de áreas conquistadas eram cruciais para a

organização política e econômica dos Impérios da antiguidade. As discussões a respeito

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da forma, tamanho, diâmetro, cálculo das latitudes da Terra, eram conhecimentos

necessários às Grandes Navegações. Posteriormente, era uma preocupação dos grandes

impérios coloniais entenderem os saberes geográfico; comércio, formas de poder,

organização do espaço, produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento

populacional, forma de representação e extensão de território.

No imperialismo do século XIX, surgiram escolas nacionais de pensamento

geográfico, com destaque para a alemã de Ratzel, cuja escola defendia o determinismo

geográfico, e para a escola francesa, representada por Vidal de La Blache, que pregava o

possibilismo geográfico.

Enquanto na Europa a Ciência Geográfica já se encontrava sistematizada e

presente nas universidades desde o século XIX, no Brasil as idéias geográficas só foram

institucionalizadas a partir da década de 1930. As mudanças decorridas da Segunda

Guerra Mundial interferiram no pensamento geográfico, e ao longo da segunda metade do

século XX essas transformações ocorreram mais intensamente. Novos enfoques para o

espaço geográfico originaram-se do ponto de vista econômico, com a internacionalização

da produção e, político, à degradação ambiental, desigualdades e organização do espaço.

Do ponto de vista econômico e político, a internacionalização da economia e a

instalação das empresas multinacionais em vários países do mundo alteraram as relações

de produção e consumo, trazendo para as discussões geográficas assuntos ligados: a) à

degradação da natureza em relação à intensa exploração dos recursos naturais e suas

conseqüências para o equilíbrio ambiental no planeta; b) às desigualdades e injustiças da

produção e organização do espaço geográfico no modo capitalista de produção em

relação à experiência de organização sócio-espacial do socialismo como uma das

realidades geográficas do mundo bipolarizado e; c) às questões culturais e demográficas

mundiais afetadas pela internacionalização da economia e pelas relações econômica e

política de dependência materializadas, cada vez mais, nos espaços geográficos dos

diferentes países.

O golpe militar ocorrido em 1964, implicou em reformas na educação com

valorização da formação profissional o que contribuiu para transformações significativas

no ensino, regulamentadas pela Lei 5692/71 (Lei de Diretrizes e Base da Educação

nacional) que afetou, principalmente, as disciplinas relacionadas às ciências humanas,

Geografia e História fundiram-se instituindo as disciplinas de OSPB ( Organização Social

e Política do Brasil) e Educação Moral e Cívica.

Nos anos 80, após o parecer 332/84, o Conselho Estadual de Educação permitiu

que as escolas pudessem optar por ensinar as disciplinas de Geografia e História

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separadamente. O desmembramento definitivo só ocorreu em 1986.

Com o fim da ditadura militar, a renovação do pensamento geográfico chegou ao

Brasil. Uma linha teórico-metodológica deu novas interpretações aos conceitos

geográficos e ao objeto de estudo da Geografia ( Espaço Geográfico), chamada

Geografia Crítica, anunciada já em 1978 pelo geógrafo Yves Lacoste em seu livro “A

Geografia: Isso serve antes de mais nada para fazer a guerra”.

Esse movimento adotou o método de materialismo histórico dialético para os

estudos geográficos e para a abordagem dos conteúdos de ensino da Geografia. A

chamada Geografia Crítica, como linha teórico-metodológica do pensamento geográfico,

deu novas interpretações aos conceitos geográficos e ao objeto de estudo da Geografia,

trazendo as questões econômicas, sociais e políticas como fundamentais para a

compreensão do espaço geográfico.

Atualmente a abordagem teórico-crítica proposta para o ensino da Geografia,

segundo as diretrizes curriculares vigentes, propõe a reflexão da disciplina partindo das

seguintes conteúdos estruturantes: A dimensão Socioambiental; Dimensão Cultural

Demográfica; Dimensão Econômica de Produção do/no Espaço; A Dimensão Política do

Espaço Geográfico. Além da integração da cultura africana como reconhecimento da

contribuição, às vezes, complexa e valiosa aos modelos matemáticos, geométricos, de

engenharia, astronomia, construções jurídicas, sistemas políticos, doutrinas filosóficas,

para citar algumas.

Diante disso, com o objetivo de estimular as reflexões a respeito da Geografia e do

seu ensino, problematizando a abrangência dos conteúdos desse campo do

conhecimento, necessária para compreensão do espaço geográfico no atual período

histórico, que por sua vez deverá estar ancorada num suporte teórico crítico, que vincula

o objeto da Geografia, seus conceitos referenciais, conteúdos de ensino e abordagens

metodológicas aos determinantes sociais, econômicos, políticos e culturais ao atual

contexto histórico.

Atualmente o ensino de Geografia, contempla nos anos finais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio os temas referentes a cultura e a história afro-brasileira e

indígena (Leis nº 10.369/03 e nº 11.645/08) e também Educação Ambiental ( Lei nº

9795/99-Política Nacional de Educação Ambiental). Tais temáticas deverão ser

trabalhadas de forma contextualizada e relacionadas aos conteúdos de ensino da

Geografia; com os demais temas Contemporâneos ( Cidadania e Educação Fiscal,

Educação em /para os Direitos Humanos, Enfrentamento à Violência na Escola e

Prevenção ao Uso Indevido de Drogas), os quais não podem ser desassociados do

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conhecimento científico do discente; deve ser aplicado no currículo do Ensino

Fundamental conforme a Lei nº 11.525/2007 inciso 5º ao art. 32 da Lei nº 9.394 de 20 de

dezembro de 1996, o conteúdo que trata dos direitos das crianças e dos adolescentes.

FUNDAMENTOS TEÓRICOS METODOLÓGICOS

O ensino de Geografia inicia-se pelas reflexões epistemológicas do seu objeto de

estudo, hoje entendido como o Espaço Geográfico.

Porém a expressão Espaço Geográfico, bem como sua composição conceitual

básica – lugar, paisagem, região, território, natureza, sociedade entre outros -, não se

auto-explicam. Ao contrário, exigem esclarecimentos, pois dependendo das correntes de

pensamento à qual se vinculam, assumem posições filosóficas e políticas distintas.

Na tentativa de conceituar o objeto de estudo, os geógrafos de diferentes correntes

de pensamentos especializaram-se em seus estudos, percorreram caminhos e métodos

de pesquisas distintos e, com isso, evidenciaram e, em alguns momentos aprofundaram a

dicotomia entre Geografia Física e Geografia Humana, que permanece até hoje em

alguns currículos universitários, assim como, em algumas práticas escolares.

Desse modo, as diretrizes curriculares propõem aprofundar a discussão no sentido

de buscar a superação dessa dicotomia.

A partir disso, o conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia nas

diretrizes curriculares é Espaço Geográfico, entendido como o espaço produzido e

apropriado pela sociedade, composto por objetos (naturais, culturais e técnicos) e ações

(relações sociais, culturais, políticas e econômicas) inter-relacionados (SANTOS, 1996b).

Assim, a espacialização dos conteúdos de ensino, bem como a explicação das

localizações relacionais dos eventos (objetos e ações) em estudo, é própria do olhar

geográfico sobre a realidade.

De acordo com a concepção de Espaço Geográfico adotado nas diretrizes, torna-

se necessário compreender as escolhas das localizações e as relações políticas, sociais,

culturais e econômicas que as orientam. Para isso é preciso um referencial teórico

(conceitos geográficos) que sustente esta reflexão.

Considerando que nas diretrizes pretende-se a formação de um aluno consciente

das relações socioespaciais de seu tempo, assume-se o quadro conceitual das teorias

críticas da Geografia, ou seja, desconsidera as linhas de pensamento que negam, em

suas construções conceituais, os conflitos e as contradições sociais, econômicas,

culturais e políticas que constituem o espaço geográfico, pois estas são consideradas a -

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críticas.

Cabe salientar que a relação dos conceitos, vinculada as teorias críticas da

Geografia, contemplam os estudos apenas de alguns autores que desenvolvem

pesquisas neste campo teórico. Porém o professor não deve se limitar somente a estas

definições conceituais, podendo aprofundá-las em outras referências pertinentes. Desse

modo, apresentam-se algumas explicações sobre os conceitos básicos da Geografia.

Cabe à escola, produzir e sistematizar conhecimentos, subsidiar os alunos no

enriquecimento e sistematização dos saberes para que sejam sujeitos capazes de

interpretar, com olhar crítico, o mundo que os cerca.

Para conseguir tais saberes, cabe ao professor ter uma postura investigativa de

pesquisa, recusando uma visão receptiva e reprodutiva de mundo – não somente de sua

parte, mas em conjunto com os alunos – tendo em vista sua função enquanto agente

transformador do ensino e da escola e, em decorrência disso, da própria sociedade.

Diante do exposto, assume-se a retomada do trabalho pedagógico a partir das

teorias críticas da educação e da Geografia, sem ortodoxias. Considera-se que o campo

das teorias críticas possibilita o ensino de Geografia com base na análise e na crítica das

relações sócio-espaciais, nas diversas escalas geográficas, do local ao global, retornando

ao local. Esta opção teórica é coerente com a concepção de currículo e com a identidade

que esta reformulação curricular quer atribuir à Educação Básica.

OBJETIVO GERAL DA DISCIPLINA

Fornecer ao educando condições de desenvolvimento da capacidade de pensar, de

raciocinar lógica e criticamente o Espaço Geográfico; o impacto das novas tecnologias, da

comunicação e da informação; as relações entre conhecimento, poder e currículo; a

cultura como área de conflito em que se enfrentam diferentes concepções da vida social,

diferentes linguagens e diferentes interesses.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

ENSINO FUNDAMENTAL

5ºsérie / 6º ano.

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

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A Dimensão Socioambiental do espaço

geográfico.

Dimensão Cultural Demográfica do espaço

geográfico

Dimensão Cultural Demográfica

Dimensão Econômica de Produção do/no

Espaço

Dimensão Política do Espaço Geográfico.

Formação e transformação das paisagens naturais e culturais. Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. As relações entre campo e a cidade na sociedade capitalista. A evolução demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural. As diversas regionalizações do espaço geográfico.

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6ºSérie / 7º ano

Conteúdos Estruturantes

A Dimensão Socioambiental

Dimensão Cultural e Demográfica

Dimensão Econômica de Produção

do/no espaço

Dimensão política do espaço geográfico

Conteúdos Básicos

Brasil

A formação, mobilidade das fronteiras e

a reconfiguração do território brasileiro.

A dinâmica da natureza e sua alteração

pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

As diversas regionalizações do espaço

brasilerio.

As manifestações socioespaciais da

diversidade

cultural.

A evolução demográfica, a distribuição

espacial e os indicadores estatísticos da

população.

Movimentos migratórios e suas

movimentações.

A formação, o crescimento das cidades,

a dinâmica dos espaços urbanos e a

urbanização.

A distribuição espacial das atividades

produtivas, a (re)organização do espaço

geográfico.

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110

A circulação de mão-de-obra, das

mercadorias e das informações.

7ªSérie / 8º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

A Dimensão Socioambiental

Dimensão Cultural Demográfica

Dimensão Econômica de Produção do/no

Espaço

A Questão Geopolítica

As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

A formação e transformação das paisagens. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. A distribuição espacial das atividades produtivas e a (re)organização do espaço geográfico. A formação, localização, exploração e utilização dos recursos naturais. O espaço rural e a modernização da agricultura. Formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista. sociedade capitalista.

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8ªSérie / 9º ano

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Específicos

A Dimensão Socioambiental do Espaço

Geográfico.

Dimensão Cultural Demográfica do espaço

Geográfico.

Dimensão Econômica de Produção do/no

Espaço Geográfico.

Dimensão Política do Espaço Geográfico.

As diversas regionalizações do espaço geográfico. A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado. A revolução tecnicocientífico- informacional e os novos arranjos no espaço da produção. O comércio mundial e as implicações socioespaciais. A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios. A evolução demográfica, a distribuição espacial e os indicadores estatísticos da população. As manifestações socioespaciais da diversidade cultural. Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações. A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico. A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção. O espaço em rede:

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112

produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial

ENSINO MÉDIO

1ª. Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

A Dimensão Socioambiental.

Dimensão Cultural Demográfica.

Dimensão Econômica de Produção do/no

Espaço.

Dimensão Política do Espaço Geográfico.

A formação e transformação das

paisagens.

A dinâmica da natureza e sua alteração

pelo emprego de tecnologias de

exploração e produção.

A distribuição espacial das atividades

produtivas e a (re) organização do

espaço geográfico.

A formação, localização, exploração dos

recursos naturais.

A revolução técnico-científica-

informacional e os arranjos no espaço da

produção.

O espaço rural e a modernização da

agricultura.

2ª. Série

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Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

A Dimensão Socioambiental

Dimensão Cultural Demográfica

Dimensão Econômica de Produção do/no

Espaço

Dimensão Política do Espaço Geog´rafico.

Formação, mobilidade das fronteiras e a

reconfiguração dos territórios.

O espaço em rede: produção, transporte

e comunicação na atual configuração

territorial.

As relações entre o campo e a cidade na

sociedade capitalista.

As diversas regionalizações do espaço

geográfico.

As manifestações socioespaciais da

diversidade cultural.

3ª. Série

Conteúdos Estruturantes Conteúdos Básicos

A Dimensão Socioambiental.

Dimensão Cultural Demográfica.

Dimensão Econômica de Produção do/no

Espaço.

Dimensão do Espaço Geográfico.

A circulação de mão - de – obra, do

capital, das mercadorias e das

informações.

A transformação demográfica, a

distribuição espacial e os indicadores

estatísticos da população.

Os movimentos migratórios e suas

motivações.

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114

O comércio e as implicações

socioespaciais.

As implicações socioespaciais do

processo de mundialização.

A nova ordem mundial, os territórios

supranacionais e o papel do estado.

Observação: Os temas relacionados a cultura afro-descendente e Geografia do Paraná,

serão estudados em todas as séries do ensino Fundamental e Médio, a medida que forem

necessários relacioná-los com os conteúdos que estão sendo trabalhados.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Os temas geográficos suscitam três formas de abordagens, a saber: de ordem racional

ou teórica, analítica e teórico-analítica, concomitantemente. Na abordagem racional ou

teórica, os temas serão trabalhados através de aulas expositivas, tendo como base, livros

que possuam conteúdos afins, revistas, jornais, artigos científicos e outros recursos

tecnológicos que se fizerem necessários.

Quanto ao aspecto analítico, as atividades propostas serão organizadas tendo por

base livros didáticos que apresentem conteúdos próprio da Geografia seguindo as

Diretrizes Curriculares as Educação Básica do Estado do Paraná. A análise, propriamente

dita será baseada no próprio texto dos livros didáticos tendo por referência informações

publicadas por órgãos oficiais ou instituições credenciadas. Também serão observados

elementos cartográficos que serão observados, analisados e interpretados na construção

do conhecimento.

No que diz respeito à parte teórico-analítica, como o próprio tema suscita far-se-á

intersecção entre as abordagens iniciais que tem por objetivo a construção e re-

construção do conhecimento geográfico, organizado e sistematizado.

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação de acordo com a metodologia deve ser progressiva e contínua, levando

em conta o avanço e a dificuldade do aluno nas tarefas realizadas.

Também serão atribuídos conceitos e notas pelas atividades desenvolvidas: provas

(escritas e orais), relatórios, testes, trabalhos individuais e em grupo, mapas

confeccionados, histórias em quadrinhos, construção de textos, recapitulação,

recuperação concomitante e outras.

Obs.: Algumas atividades serão somatórias e outras terão notas de zero a dez (provas e

testes), ao final do bimestre será dada à média (de 0 a 10).

REFERÊNCIAS

ANTUNES, C. A Sala de Aula de Geografia e História – Inteligênc ias múltiplas, aprendizagem significativa e competências no dia-a- dia. 2ª.ed. Campinas: Papirus, 2003. BENTO, M.A.S. Cidadania em preto e branco – Discutindo as relaçõe s raciais . 3ªed. São Paulo:Ática. CAVALCANTI, L.S. Geografia, Escola e Construção de Conhecimentos . 8ª. ed. Campinas: Papirus, 1998. FRANCISCHETT, M.N. A Cartografia no Ensino da Geografia – Construindo os Caminhos do Cotidiano . 1.ed. Francisco Beltrão: Grafit, 1997. PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Diretrizes Curriculares de Geografia . Curitiba: 2006. RUA, J.; WASZKIAVICUS, F. A.; TANNURI, M.R.P.; PÓVOA NETO, H. Para ensinar geografia: contribuição para o trabalho com 1º. e 2 º. Graus . Rio de Janeiro: ACESS, 1993. SANTOS, M. A natureza do Espaço – Técnica e Tempo. Razão e Emoção . 4.ed. São Paulo: Ed. Universidade de São Paulo, 2006. GARCIA, Hélio Carlos, GARAVELLO, Tito Marcio. Geografia: espaço geográfico e fenômenos naturais: 5ª. Série – São Paulo: Scipione, 2002. GARCIA, Hélio Carlos, GARAVELLO, Tito Marcio. Geografia: a formação do espaço geográfico: as regiões do Brasil: 6ª. Série – São Paulo: Scipione, 2002. GARCIA, Hélio Carlos, GARAVELLO, Tito Marcio. Geografia: o espaço geográfico da América, Oceania e regiões polares: 7ª. Série – São Paulo: Scipione, 2002. GARCIA, Hélio Carlos, GARAVELLO, Tito Marcio. Geografia: o espaço geográfico da

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Europa, Ásia e África: 8ª. Série – São Paulo: Scipione, 2002. PIFFER, Osvaldo. Geografia no ensino médio . São Paulo: Ibep. s/ano Coleção Horizontes. SENE, Eustáquio de, MOREIRA, João Carlos. Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalizado: Ensino Médio – São Paulo: Scipione, 1998. P.P.P - Projeto Político Pedagógico. Col. Est.Bernardina Schleder. Ensino Fundamental e Médio;UVA .

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

No ensino de História, é fundamental que se faça uma inserção crítica no presente.

A construção de uma relação critica com o presente, e com a realidade do aluno,

pressupondo e apontando para uma necessidade de que o aluno tenha uma concepção

da História com o desenvolvimento desta realidade.

Desta forma, a História tem por objetivo um estudo amplo do homem, em

sociedade no tempo. Essa concepção significa e pressupõe o conhecimento de que os

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homens na relação que se estabelece com a natureza e com outras sociedades,

produzem a sua vida material, se relacionam, se organizam através do trabalho, pensam

e expressam suas formas de viver no tempo e no espaço.

A História apresentada através da relação entre um e outro, recuperada através da

memória histórica.

O objetivo do ensino de História é fazer com que o aluno possa compreender e

entender as formas de produção desses conhecimentos através dos conteúdos críticos

desta disciplina, tendo como ponto de partida os acontecimentos que cercam sua

realidade no meio social em que vive e participe como sujeito histórico na transformação

de sua realidade.

Pode-se propor ao ensino de história uma outra reformulação sobre a

finalidade:levar progressivamente o aluno a reconhecer a existência da história crítica e

da história interiorizada , a viver conscientemente as especificidades de cada uma delas ,

a distinguir suas diferentes exigências e suas ligações inseparáveis.(Henri Moniot ).

A História é um conhecimento construído e deve ser orientado pelo consenso

social e político, expresso na soberania popular, é expressão de um conhecimento vital,

cotidiano e inerente a todos pela qual as pessoas se orientam no tempo e no espaço

como sujeitos históricos.

A História constrói a capacidade crítica do sujeito histórico, a partir do

conhecimento de outras estruturas, políticas e sociais no presente e do passado.

A História possibilita a compreensão em que os fenômenos históricos não são

naturais, e sim produzidos por sujeitos coletivamente, em relação a dialéticos com seus

contextos históricos.

Não se trata de educar o aluno para adaptar-se aos fenômenos históricos, mas

para sentir-se como sujeito agente e transformador do processo histórico.

O ensino de História do Brasil surgiu no século XIX em 1837, dentro de um

programa inspirado no modelo francês. Sendo destinado a elite da época. A história eram

narrativas de ações realizadas por heróis e estruturada como um processo contínuo e

linear. O objetivo deste estudo era constituir a ideia de que o Brasil também é um Estado

Nacional.

No período monárquico o ensino tem a intervenção da Igreja, a educação passa

por um período de reformulação curriculares, passagem da monarquia para a república.

No discurso republicano, inspirado em ideias positivistas, a escola e o ensino

deveriam denunciar os atrasos impostos pela monarquia, o papel de regenerar os

indivíduos e a própria nação. O ensino de história passou a ocupar um duplo papel

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civilizatório e patriótico.

Em 1930 foram feitas algumas mudanças. A História Geral e do Brasil foram

integradas em uma única área, História da Civilização, assim a História do Brasil passa

ser uma continuidade da História da Europa Ocidental, mas mantinha a ênfase da

formação do Estado Nacional.

O ensino de história foi marcado pelos debates teóricos sobre a inclusão de

Estudos Sociais.

Na década de 40 houve reforma na educação e estabeleceu três cursos primário e

ginásio, cada um com quatro anos e o clássico ou científico, com três ano. Equivalentes a

eles foram criados os ginásios e os colégios profissionais. A formação equivalente

docente foi igualmente estruturada. Aumentou a carga horária no ginásio

consideravelmente e História Geral e História do Brasil passaram a ser distintas.

Nas décadas de 50 e 60 enfatizou-se os temas econômicos em tempo linear. A

História e Geografia perderam carga horárias e o objetivo principal era formação de mão

de obra com ensino técnico.

A partir da década de 70 com o governo militar muda-se os conceitos conforme as

medidas tomadas em 1964. Cria-se o Ensino de Moral e Cívica e OSPB, valorizando os

heróis nacionais colocando valores absolutos.

Com o decorrer dos anos 70 e 80 houve mudanças políticas e começa a

democratização e os conhecimentos escolares passam a ser questionados. Houve a

redemocratização do ensino com o aparecimento do Currículo Básico.

O ensino de história tem como objetivo suscitar reflexões políticas-econômicas-

social e cultural e as relações entre a disciplina com a produção do conhecimento

histórico, sendo influenciado por alguns historiadores que fundaram:

• Nova História

• Nova História Cultural

• Nova Esquerda Inglesa

A nova história apareceram três variantes:

1. Uma história das mentalidades ligadas à tradição de Annales

2. Uma história das mentalidades marxistas, articulava os conceitos de

mentalidade e de ideologia, pela valorização da ruptura e da dialética

entre o tempo longo e o acontecimento “revolucionário .”

3. Uma história das mentalidades desvinculadas da discussão teórica

dos objetos e dedicada à descrição e a narração de acontecimentos

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passado, apontando um ceticismo entre a narrativa literária e a

narrativa histórica.

O suporte teórico – filosófico da Nova História se assentou em matrizes semi-

racionalistas e racionalistas, tendo como uma de suas características o predomínio de um

processo de interpretação.

Nova história entendida aqui como um campo de investigação resultante das

tendências que nasceram dos trabalhos do historiador Carlos Ginzburg e Roger Chartier .

Nova Esquerda Inglesa, por sua vez, surgiu com historiadores britânicos

identificados pela sua vinculação ao Partido Comunista, identificados que descontentes

com o Regime stalinista, romperam com o partido. Este rompimento extrapolou o campo

político, o que acabou por influenciar a historiografia britânica. Deste movimento

participaram:

• Raymond Willians – Eric Hobsbawn

• Cristopher Hill – Edward Thompson

• Lynn Hunt – Peter Burke

A partir da Lei 5692/71 – O ensino centrou-se nu8ma formação tecnicista .

História dos vencedores sufoca os movimentos.

Na década de 90 – apareceram os PCNs legitimando o Neo – liberalismo e o

Capitalismo.

Em 2003 – Inicia-se a Reformulação Curricular – Diretrizes Curriculares de história

e demais disciplinas.

No Paraná, o ensino de história tem um grande desafio em 2007 , é adequar olhar

às exigências dos conteúdos estruturantes envolvendo as três dimensões:

• Dimensão Política

• Dimensão – Social

• Dimensão Cultural

É preciso nesse momento, mostrar que é possível na medida do tempo,

desenvolver uma prática de história adequada aos novos tempos, rica de conteúdo,

socialmente responsável de um currículo em formação, exigindo do professor pesquisas e

material didáticos para sala de aula.

Para a maioria das propostas curriculares, o ensino de história visa contribuir para

a “formação de um cidadão.” Que adquiram uma postura critica em relação à sociedade

em que vive. Tem como objetivo básico fazer o aluno compreender o tempo presente e

perceber-se como agente social capaz de transformar a realidade , contribuindo para a

construção de uma sociedade democrática .

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A inovação que ocorre quanto aos objetivos é a ênfase atual ao papel do ensino

de história para a compreensão do “sentir-se sujeito histórico,” e em sua contribuição para

a “formação de um sujeito histórico.”.

A história tem como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e

as relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva significação atribuída

pelos sujeitos, tendo ou não consciência dessas ações. As relações humanas produzidas

por essas ações podem ser definidas como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as

formas de agir, de pensar ou de racionar, de imaginar, de instituir, portanto, de se

relacionar social, cultural e politicamente.

O ensino de história deve contribuir na formação do indivíduo comum, que

enfrenta um cotidiano contraditório, de violência, desemprego, greves,

congestionamentos, que recebe informações simultâneas de acontecimentos

internacionais, que deve escolher seus representantes para ocupar os vários cargos da

política institucionalizada. Este indivíduo que vive o presente deve, pelo ensino da história

ter condições de refletir sobre acontecimentos, localizá-los em um tempo conjuntural e

estrutural, estabelecer relações entre os diversos fatos de ordem política, econômica e

cultural.

Argumentos que justificam o estudo de história para a formação integral dos

educandos:

• Permite analisar, com exclusividade, as tensões temporais;

• Estuda a causalidade e as conseqüências dos fatos históricos;

• Permite construir esquemas de diferenças e semelhanças;

• Estuda a mudança e a continuidade das sociedades;

• Explica a complexidade dos problemas sociais;

• Desenvolve a racionalidade e a análise referente ao social, ao

político, etc;

• Prepara os alunos para a vida adulta.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

Espera-se que ao longo do ensino fundamental os alunos possam ampliar a

compreensão de sua realidade, confrontando e relacionando com outras realidades

históricas, e assim possam fazer suas escolhas e estabeleçam em outros tempos e

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espaços.

• Identificar relações sociais no seu próprio grupo de convívio , na localidade,

na região e no país, e outras manifestações estabelecidas em outros

tempos e espaços;

• Situar acontecimentos históricos e localiza-los em multiplicidade ao tempo;

• Reconhecer que o conhecimento histórico é parte de um conhecimento

interdisciplinar;

• Compreender que as histórias individuais são partes integrantes da história

coletiva;

• Oportunizar ao aluno a compreensão de que ele está inserido na sociedade

como sujeito histórico transformador da realidade.

• Planejar e trabalhar os conteúdos respeitando as Diretrizes Curriculares

Estaduais e sua construção histórica que aponta para a investigação em

uma nova racionalidade não linear e temática.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Por meio dos Conteúdos Estruturantes, o/a professor/a deve discorrer acerca de

problemas contemporâneos que representam demandas sociais concretas, alguns deles,

inclusive, foram estabelecidos em lei, tais como a inclusão das temáticas da História e

Cultura Afro-Brasileira Lei Nº10639/03, Lei 11645/08 que trata da questão dos povos

indígenas, Lei 9795/99 Política Nacional de Educação Ambiental e da História do Paraná,

incluindo a Lei 11525/2007 que trata do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

As leis acima citadas serão trabalhadas de acordo com o desenvolvimento dos

conteúdos no decorrer dos bimestres. A forma como serão trabalhado e em qual momento

estará contemplado no PTD.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES: 5ª Série/ 6º ANO

� RELAÇÕES DE TRABALHO;

� RELAÇÕES DE PODER;

� RELAÇOES CULTURAIS.

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TEMAS

• A experiência humana no tempo

• Os sujeitos com o outro no tempo

• As culturas locais e a cultura comum.

Produção do conhecimento histórico

• O historiador e a produção do conhecimento histórico,

• Tempo, temporalidade,

• Fontes, documentos,

• Patrimônio material e imaterial,

• Pesquisa

A Humanidade e a História

• De onde viemos, quem somos, como sabemos?

Articulação da História com outras áreas do conhecimento

• arqueologia, antropologia, paleontologia, geografia, geologia, sociologia, etnologia e

outras.

Arqueologia no Brasil

• Lagoa Santa: Luzia (MG)

• Serra da Capivara (PI)

• Sambaquis (PR)

Surgimento, desenvolvimento da humanidade e grandes migrações

• Teorias do surgimento do homem na América,

• Mitos e lendas da origem do homem,

• Desconstrução do conceito de Pré-história,

• Povos ágrafos, memória e história oral.

Povos indígenas no Brasil e no Paraná

• Ameríndios do território brasileiro

• Kaingang, Guarani, Xetá e Xokleng

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As primeiras civilizações na África, Europa e Ásia

• Egito, Núbia, Gana e Mali,

• Hebreus, gregos e romanos.

A chegada dos europeus na América

• (des) encontros entre culturas,

• resistência e dominação,

• escravização,

• catequização.

Península Ibérica nos séculos XIV e XV: cultura, sociedade e política

• reconquista do território,

• religiões: judaísmo, cristianismo e islamismo,

• comércio (África, Ásia, América e Europa).

Formação da sociedade brasileira e americana

• América portuguesa

• América espanhola

• América franco-inglesa

• Organização político-administrativa (capitanias hereditárias, sesmarias)

• Manifestações culturais (sagrada e profana)

• A cultura Afro-Brasileira

• Organização social (família patriarcal e escravismo)

• Escravização de indígenas e africanos

• Economia (pau-brasil, cana-de-açúcar e minérios)

Os reinos e sociedades africanas e os contatos com a Europa

• História da África

• Songai, Benin, Ifé, Congo, Monomotapa (Zimbawe) e outros

• Comércio

• Organização política-administrativa

• Manifestações culturais: Cultura indígena, africana e paranaense

• Organização social

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• Uso de tecnologias: engenho de açúcar, a batea, construção civil...

Diáspora Africana.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES- 6ª Série/ 7º ANO

� RELAÇÕES DE TRABALHO;

� RELAÇÕES DE PODER;

� RELAÇOES CULTURAIS.

TEMAS

• As relações de propriedade.

• A constituição histórica do mundo do campo e do mun do da cidade.

• As relações entre o campo e a cidade.

• Conflitos e resistências e produção cultural campo/ cidade.

Expansão e consolidação do território

• Missões

• Bandeiras

• Invasões estrangeiras

Consolidação dos estados nacionais europeus e Reforma Pombalina

• Reforma e contra-reforma

Colonização do território “paranaense”

• Economia

• Organização social

• Manifestações culturais: Cultura indígena, africana e paranaense

• Organização política-administrativa

• A ocupação do território Paranaense: A destruição da Mata Atlântica

Movimentos de contestação

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• Quilombos (BR e PR)

• Irmandades: manifestações religiosas-sincretismo

- História da África

- Cultura afro- brasileira

- cultura dos povos indigenas

• Revoltas Nativistas e Nacionalistas

- Inconfidência mineira

- Conjuração baiana

- Revolta da cachaça

- Revolta do maneta

- Guerra dos mascates

Chegada da família real ao Brasil

• De Colônia à Reino Unido

• Missões artístico-científicas

• Biblioteca nacional

• Banco do Brasil

• Urbanização na Capital

• Imprensa régia

Invasão napoleônica na Península Ibérica

O processo de independência do Brasil

• Governo de D. Pedro I

• Constituição outorgada de 1824

• Unidade territorial

• Manutenção da estrutura social

• Confederação do Equador

• Província Cisplatina

• Revoltas regenciais: Malês, Sabinada, Balaiada, Cabanagem, Farroupilha

O processo de independência das Américas

• Haiti

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• Colônias espanholas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES- 7ª Série/ 8º ANO

� RELAÇÕES DE TRABALHO;

� RELAÇÕES DE PODER;

� RELAÇOES CULTURAIS.

TEMAS

• História das relações da humanidade com o trabalho.

• O trabalho e a vida em sociedade.

• O trabalho e as contradições da modernidade.

• Os trabalhadores e as conquistas de direito.

A construção da Nação

• Governo de D. Pedro II

• Criação do IHGB

• Lei de Terras, Lei Euzébio de Queiróz – 1850

• Início da imigração européia

• Definição do território

Movimento Abolicionista e emancipacionista

Revolução Industrial e relações de trabalho (XIX e XX)

• Ludismo

• Socialismos

• Anarquismo

Relacionar: Taylorismo, Fordismo, Toyotismo

Emancipação política do Paraná (1853)

• Economia

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• Organização social

• Organização política-administrativa

• Migrações: internas (escravizados, liberto e homens livres pobres) e externas

(europeus)

• Os povos indígenas e a política de terras

A Guerra do Paraguai e/ou a Guerra da Tríplice Aliança

O processo de abolição da escravidão

• Legislação

• Resistência e negociação

• Discursos:

- Abolição

- Imigração – Senador Vergueiro

Branqueamento e miscigenação (Oliveira Vianna, Nina Rodrigues, Euclides da Cunha,

Silvio Romero, no Brasil, Sarmiento na Argentina)

Colonização da África e da Ásia

Guerra Civil e Imperialismo estadunidense

Carnaval na América Latina: entrudo, murga e candomblé

Os primeiros anos da República

• Ideias positivistas

• Imigração asiática

• Oligarquia, coronelismo eclientelismo

• Movimentos de contestação: campo e cidade

• Movimentos messiânicos:

- Contestado e Canudos

• Movimento operário: anarquismo e comunismo

• Paraná:

- Guerra do contestado

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- Greve de 1917 – Curitiba

- Paranismo: movimento regionalista – Romário Martins, Zarco Paraná, Langue

de Morretes, João Turim

Questão Agrária na América Latina

- Independência das 13 colônias inglesas da América do Norte

- Diáspora africana

- Revolução Francesa

- Comuna de Paris

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES- 8ª Série/9º ANO

� RELAÇÕES DE TRABALHO;

� RELAÇÕES DE PODER;

� RELAÇOES CULTURAIS.

TEMAS

• A constituição das instituições sociais.

• A formação do Estado.

• Sujeitos, guerras e revoluções.

A Semana de 22 e o repensar da nacionalidade

• Economia

• Organização social

• Organização político-administrativa

• Manifestações culturais

• Coluna prestes

Crise de 29

A “Revolução” de 30 e o Período Vargas (1930 a 1945)

• Leis trabalhistas

• Voto feminino

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• Ordem e disciplina no trabalho

• Mídia e divulgação do regime

• Criação do SPHAN, IBGE

• Contestações à ordem:

- Revolta da Vacina e urbanização do Rio de Janeiro

• Integralismo

Participação do Brasil na II Guerra Mundial

Ascensão dos regimes totalitários na Europa

Movimentos populares na América Latina

Segunda Guerra Mundial

Populismo no Brasil e na América Latina

• Cárdenas – México

• Perón – Argentina

• Vargas, JK, Jânio Quadros e João Goulart – Brasil

Independência das colônias afro-asiáticas

Guerra Fria

Construção do Paraná Moderno

• Governos de

- Manoel Ribas, Moyses Lupion, Bento Munhoz da Rocha Netto e Ney Braga

• Frentes de colonização do Estado, criação da estrutura administrativa

- Copel, Banestado, Sanepar, Codepar...

• Movimentos culturais

• Movimentos sociais no campo e na cidade

- Ex.: Revolta dos colonos década de 50 – Sudoeste

• Os xetás

O Regime Militar no Paraná e no Brasil

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• Repressão e censura, uso ideológico dos meios de comunicação

• O uso ideológico do futebol na década de 70

- o tricampeonato mundial

- a criação da liga nacional (campeonato brasileiro)

• Cinema Novo

• Teatro

• Itaipu, Sete Quedas e a questão da terra

Guerra Fria e os Regimes Militares na América Latina

• Política de boa vizinhança

• Revolução Cubana

• 11 de setembro no Chile e a deposição de Salvador Allende

• Censura aos meios de comunicação

• O uso ideológico do futebol na década de 70

• A copa da Argentina – 1978

Movimentos de contestação no Brasil

• Resistência armada

• Tropicalismo

• Jovem Guarda

• Novo sindicalismo

• Movimento Estudantil

Movimentos de contestação no mundo

• Maio de 68 – França

• Movimento Negro

• Movimento Hippie

• Movimento Homossexual

• Movimento Feminista

• Movimento Punk

• Movimento Ambiental

Paraná no contexto atual

• O Paraná tradicional

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• O Contestado

Redemocratização

• Constituição de 1988

• Movimentos populares rurais e urbanos: MST (Movimento dos sem Terra), MNLM

(Movimento Nacional de Luta pela Moradia), CUT (Central Única dos trabalhadores),

Marcha Zumbi dos Palmares, etc.

• Mercosul

• Alca

Fim da bipolarização mundial

• Desintegração do bloco socialista

• Neoliberalismo

• Globalização

• 11 de setembro nos EUA

África e América Latina no contexto atual

O Brasil no contexto atual

• A comemoração dos “500 anos do Brasil”: análise e reflexão.

• Revolução mexicana

• Primeira Guerra Mundial

• Revolução Russa.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES - ENSINO MÉDIO:

Relações de trabalho

• Conceituação do trabalho no tempo e espaço

• O mundo do trabalho em diferentes sociedades

• A construção do trabalho assalariado

• Transição de trabalho escravo para o trabalho livre

• Relações de dominação e resistência no mundo do trabalho contemporâneo

• A mão-de-obra no contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades

brasileira, estadunidense e mundial.

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• Urbanização e industrialização no Brasil

• O trabalho na sociedade contemporânea

• Educação Ambiental: Desenvolvimento sócio-ambiental.

Relação de poder

• O Estado nos mundos antigo e medieval

• O Estado e as relações de poder

• Formação dos estados nacionais

• Relação de poder e violência no estado

• O Estado imperialista e sua crise

• Urbanização e industrialização no Paraná

Relações Culturais

• As cidades na história

• Relações culturais nas sociedades grega e romana (mulheres, plebeus e escravos)

• Relações culturais na sociedade medieval (camponeses, artesões, heróis e

doentes)

• Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna e

contemporânea.

• Urbanização e industrialização no século XIX

• Relações culturais nas sociedades africana e asiática.

• Urbanização e industrialização na sociedade contemporânea.

• Relações culturais Afro-brasileiras

• Relações culturais dos povos indígenas.

METODOLOGIA

A disciplina de História deve procurar utilizar-se dos conhecimentos adquiridos fora

de sala de aula, e utilizados de forma que possa contribuir para que os alunos reflitam,

sobre os acontecimentos e as produções humanas.

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E a partir desta reflexão estes possam traçar paralelos sob os acontecimentos

ocorridos em gerações anteriores e os acontecimentos atuais. Assim, através destas

competências é possível traçar metas para as próprias atitudes perante a sociedade que

este sujeito esteja inserido.

Entretanto, para que os alunos utilizem este conhecimento e contextualizem com a

sua realidade é de extrema importância que o professor crie e ofereça situações capazes

de instigá-los a realizar esteja consciente do que se esta trabalhando na escola, e o que

esta acontecendo no mundo atual.

Desta forma, se o que se objetiva é a formação de alunos que tenham mais

autonomia em discutir assuntos variados é necessário que o professor utilize-se de vários

recursos didáticos, para tal assim através de aulas expositivas pode-se dar um inicio a

conteúdos que através de pesquisas, leitura de textos diversos, traçando paralelos entre

os temas utilizados.

Também a montagem de pesquisas bibliográficas é indispensável como recurso

que poderá ser amplamente utilizada assim como vídeos e textos explicativos.

A História é uma ciência dinâmica, que se encontra constantemente sendo

construída em todos os aspectos, tais como pesquisas de campo, entrevistas, análises

de documentos e de acontecimentos devem ser incentivados.

A partir desta dinâmica de pesquisas podem surgir debates e contextualizações de

acontecimentos ocorridos ou que estão ocorrendo em outras sociedades.

AVALIAÇÃO

A avaliação tem por objetivo de levar o aluno a crescer no sentido de aperfeiçoar

seu crescimento através de análise do seu dia – a – dia , assim sendo deverá dar

condições para que cada aluno aproprie-se do conhecimento e saiba deste utilizá-lo nas

mais variadas situações em seu cotidiano.

Sendo assim não somente de uma forma memorização de conhecimento, mas de

uma forma diagnóstica, onde o aluno possa expressar, o seu senso crítico bem como o

seu conhecimento.

Através dos instrumentos , tais como:

• Relatórios

• Pesquisas

• Auto-avaliação

• Interpretação de fatos obtidos em pesquisas

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• Observação do professor: mudança de atitudes

• Exercícios realizados

• Recuperação paralela

• Provas bimestrais escritas

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Presidência da República. Brasília. Lei nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003. Presidência da República, Brasília. Lei nº 11.645 de 10 de março de 2008. Presidência da República, Brasília, 10 de março de 2008. PPP - Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Bernardina Schleder . União da Vitória – PR. SEED - Diretrizes Curriculares da Educação Básica - História. Paraná, 2008. BITTENCOURT,Circe (org) , e outros .O Saber Histórico na Sala de aula .Ensino Contexto , São Paulo - 2005

ORDOÑÈZ, Marlene e QUEVEDO, Júlio. História para o Ensino Médio . Coleção Horizontes, editora Ibep. CONTRIM, Gilberto. História e Consciência do Mundo . Editora Saraiva. PAZZIANOTO, Alceu Luiz e SENISE, Maria Helena Valente. História Moderna e Contemporânea. Editor Ática, 6ª edição. SCHMIDT, Mario Furley. Nova história crítica: ensino médio : volume único. 1.ed. São Paulo: Nova Geração, 2005. VICENTINO, Cláudio. História Geral . Editora Scipione.

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O Ensino de Língua Portuguesa, no decorrer dos anos, vem sendo modificado

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desde os primórdios do tradicionalismo passando por uma série de tendências

metodológicas que visaram sempre a melhoria do processo ensino-aprendizagem. As

formas de ensinar e o currículo são cotidianamente instigados a atender as expectativas e

demandas sociais contemporâneas e a garantir as novas gerações de aprendizagem dos

conhecimentos historicamente produzidos.

Para tanto, ensino de Língua Portuguesa considera a perspectiva do

multiletramento nas práticas a serem adotadas, tendo em vista o papel de suporte para

todo o conhecimento exercido pela língua materna. Entendendo que multiletramento, aqui

significa “compreender e produzir textos” não se restringe ao trato verbal (oral ou escrito),

mas à capacidade de colocar-se, em relação às diversas modalidades de linguagem –

oral, escrita, imagem, imagem em movimento, gráficos – para delas tirar sentido. Sendo

assim, a prática referente à língua, precisa pautar-se na interlocução, em atividades

planejadas que possibilitem o aluno não só a leitura e a expressão oral ou escrita, mas

também refletir sobre o uso que a linguagem nos faz diferentes contextos situações.

O domínio da Língua Nacional, no campo do falar, do escrever e interpretar

constitui o pressuposto básico essencial sobre esta mesma realidade. Supondo isto, um

ensino não compartimentalizado, sempre dentro de um contexto, a análise e interpretação

crítica de quaisquer mensagens (divulgadas através dos diferentes meios de

comunicação), constante dos conteúdos essenciais para o bem falar e escrever. Quando

o núcleo e a língua, ou melhor, as atividades sócio-verbais, a tarefa é mais árdua, há

questões e práticas que deverão estar presentes em todas as séries, portanto, os

conteúdos serão trabalhados de forma global. No que se refere às Diretrizes Curriculares,

esta proposta procura contemplar o referencial básico o discurso, que envolve o texto e

suas condições de produção, bem como o contexto sócio-histórico e ideológico no qual foi

produzido. Sendo assim, Conteúdo Estruturante será aquele que traz a língua de forma

dinâmica – o discurso enquanto prática social, efetivado por meio das práticas

discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.

A disciplina de Língua Portuguesa passou a integrar os currículos escolares

brasileiros nas últimas décadas do século XIX, mas a preocupação com a formação dos

professores dessa disciplina aconteceu somente nos anos 30 do século XX.

Em meados do século XVIII, o Marquês de Pombal torna obrigatório o ensino da

Língua Portuguesa em Portugal e no Brasil. Em 1837, o estudo da Língua Portuguesa foi

incluído no currículo sob as formas das disciplinas Gramática, Retórica e Poética,

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abrangendo, esta última, a Literatura. Somente no século XIX, o conteúdo gramatical

ganhou a denominação de Português e em 1871 foi criado no Brasil, por decreto imperial,

o cargo de Professor de Português.

As primeiras práticas de ensino da língua materna tinham como modelo o Latim

(para os poucos que tinham acesso à escola). Portanto, era um ensino eloqüente,

retórico, imitativo, elitista e ornamental, voltado para a perpetuação de uma ordem

patriarcal, estamental e colonial (onde a obediência à fé, ao rei e à lei era prioridade). Tal

prática pedagógica manteve-se até meados do século XX e a partir de 1967 começou no

Brasil a chamada democratização do ensino, com a ampliação de vagas e a eliminação

dos exames de admissão, entre outros.

Com o número de alunos se multiplicando, a Língua Portuguesa precisou de novas

propostas pedagógicas, pois estes chegavam à escola trazendo modos, valores culturais

e registros lingüísticos que até então não eram admitidos.

Entre 1970 e 1980, ensinava-se a língua materna através de exercícios estruturais,

técnicas de redação e treinamento de habilidades de leitura.

E para atender a este grande número de alunos, foi preciso a contratação de um

quadro capaz de atendê-los em curto espaço de tempo. A desvalorização do professor ou

professora inicia neste ponto, primeiro pelo rebaixamento significativo dos salários. Em

consequência deste rebaixamento, os professores aumentaram a carga horária e

lançaram mão do livro didático para ministrar suas aulas.

A força e a preponderância do livro didático retiraram do professor a autonomia e a

responsabilidade quanto à sua prática pedagógica, desconsiderando seu conhecimento,

experiência e senso crítico em função de um ensino reprodutivista e de uma pedagogia da

transmissão. Assim, com base na estrutura dos livros didáticos, tem-se um ensino de

Literatura focado na historiografia literária e no trabalho com fragmentos de textos

apenas, ao invés dos textos integrais; no campo do ensino da Língua Materna, exercícios

estruturais, do tipo preenchimento de lacunas, ou questionários de simples verificação de

ocorrências para a expansão dos sentidos da leitura. Esse quadro, além dos altos índices

de evasão e repetência das classes populares, do arrocho salarial dos professores e da

abertura indiscriminada de faculdades comprometeu ainda mais a qualidade do ensino.

Este modelo de ensinar através da memorização (pedagogia tecnicista) começou a

sofrer transformações a partir de estudos lingüísticos, aqui no Brasil nos anos 80,

principalmente por Backhtin e outros pensadores de seu círculo.

Quanto aos professores de Língua Portuguesa, pode-se dizer que se apropriaram

desses novos conceitos, onde o texto é a unidade fundamental da análise e que a língua

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configura um espaço de interação entre os sujeitos. Entretanto, apropriar-se não quer

dizer mudar a prática pedagógica de fato. E foi o que aconteceu.

No ensino da literatura, até as décadas de 1960-70, a literatura do texto literário, no

ensino primário e ginasial, tinha por finalidade transmitir a norma culta da língua.

A partir dos anos 70, passou a ser ensinada apenas no 2º grau, com abordagens

estruturalistas ou historiográficas do texto literário. A historiografia literária, que ainda

resiste nas salas de aula, também excluía (e exclui) o aluno de um papel ativo no

processo de leitura, ao colocá-lo em contato com intermináveis listas de autores e

resumos de obras nos quais devem ser encontrados – à semelhança dos “caça-palavras”

– características de época estabelecidas a priori, sem nenhum estímulo à reflexão crítica.

Nas discussões curriculares sobre o ensino de Língua Portuguesa, os Parâmetros

Curriculares Nacionais, do final da década de 90, também fundamentaram a proposta

para a disciplina de Língua Portuguesa nas concepções interacionistas ou discursivas,

propondo uma reflexão acerca dos usos da linguagem oral e escrita.

Assumindo-se a concepção de língua como discurso que se efetiva nas diferentes

práticas sociais, os objetivos a seguir fundamentarão todo o processo de ensino:

• empregar a língua oral em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a

cada contexto e interlocutor, descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos

do cotidiano e posicionando-se diante dos mesmos;

• desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas realizadas por

meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus objetivos, o assunto

tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de produção/ leitura;

• refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o gênero e

tipo de texto, bem como os elementos gramaticais empregados na sua organização;

• aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de pensamento

crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da Literatura, a

constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as

práticas da oralidade, da leitura e da escrita.

É importante ressaltar que tais objetivos e as práticas deles decorrentes

supõem um longo processo de ensino e aprendizagem que, por meio da inserção e

participação dos alunos em processos interativos com a língua oral e escrita, inicia-se na

alfabetização, consolida-se no decurso da vida acadêmica do aluno e não se esgota no

período escolar, mas se estende por toda a sua vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES BÁSICOS

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Conteúdo Estruturante: Discurso enquanto Prática so cial.

6º ano(5ª série)

Conteúdos básicos: gêneros textuais, elementos composicionais, forma e estilo.

Gêneros textuais que serão trabalhados:

• literários/artísticos: contos de fadas, lendas, causos e fábulas, história em

quadrinhos, poema, cantigas, parlendas, trovas e trava-línguas;

• argumentativos: comentários, carta do leitor, propaganda.

• Prescritivos: regras de jogos, verbetes de dicionário, receita culinária.

• Correspondência: carta pessoal, e-mail, cartão postal, aviso.

• Imprensa/midiática:notícia, classificados.

• Outros: diário.

Conteúdos específicos (em relação aos gêneros que serão trabalhados).

7º ano (6ª série)

• Literários/artísticos: contos fantásticos, provérbios,poema, contra-fábulas, não-

verbais memórias;

• Argumentativos: resenha de filme, enquete, assembléia;

• Prescritivos: bula de remédio, manual de instrução, mapas.

• Correspondência: carta comercial, panfletos, folder;

• Imprensa/midiática: reportagem, manchete, notícia;

8º ano (7ª série)

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• Narrativos/literários: crônica, dramáticos, contos de aventuras, fábula moderna,

música;

• Argumentativos: depoimento, carta ao leitor, carta de reclamação;

• Publicitários: comercial televisivo, propaganda, slogan;

• Imprensa/mídia: reportagem televisiva, entrevista, vídeo clip, infográfico;

• Outros: resumo.

9º ano (8ª série)

• Narrativos/literários: romance, fábulas contemporâneas, cordel, pinturas,

crônica;

• Argumentativos: editorial, debate regrado, júri simulado, resenha de artigo de

opinião;

• Prescritivos/jurídicos: leis, regimentos;

• Científicos: relato histórico, artigos científicos, verbetes de enciclopédias,

pesquisa;

• Imprensa/mídia: sinopse de filmes e livros, cartum, entrevista;

• Outros: resumo, seminário, ata.

Ensino Médio:

1ª série:

• Literários: crônica, fábulas contemporâneas, biografia, letras de músicas,

contos;

• Argumentativos: resenha crítica de filmes e documentários;

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• Científicos: relatório, relato de experiências, Seminário, pesquisa;

• Jurídicos: ofício, requerimentos, procuração;

• Midiáticos: reportagem televisiva, blog, foto blog.

2ª Série:

• Literários: contos contemporâneos, romance, música , pintura, poema;

• Argumentativos: artigo de opinião, debate regrado, júri simulado;

• Científicos: resenha de textos, filmes e livros, seminário, palestra, pesquisa;

• Jurídicos: contrato, petição, procuração, leis;

• Midiáticos: filmes, telenovelas, vídeo clip, documentários;

3ª Série:

• Literários: romance, dramáticos, música, poemas, crônica;

• Argumentativos: artigo de opinião, editorial, carta ao leitor;

• Científicos: resenha, seminário, pesquisa;

• Jurídicos: leis, decretos, edital, artigos, emenda;

• Midiáticos/Imprensa: caricatura, charge, mesa redonda, infográficos.

Conteúdos Básicos/específicos dentro das práticas de oralidade, leitura, escrita, análise

lingüística e literatura:

- Tema do texto;

- finalidade;

- intencionalidade;

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- interlocutor;

- intertextualidade;

- situacionalidade;

- Aceitabilidade;

- condições de produção;

- vozes sociais presentes nos textos;

- informatividade;

- elementos semânticos, lingüísticos e extralingüísticos;

- variedade lingüística;

- léxico, ortografia, acentuação e pontuação;

- coesão e coerência;

- processo de formação de palavras;

- turnos de fala;

- concordância verbal e nominal;

- tipos de discurso: direto, indireto, direto livre;

- polissemia;

- relação entre as partes do texto;

- aspectos estéticos nos textos literários;

- inferências.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA :

O ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa como Prática Pedagógica

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resulta da articulação entre o aluno, os conhecimentos com os quais se opera nas

práticas de linguagem e a mediação do professor.

A escola deve acompanhar a velocidade das mudanças sociais e tecnológicas.

Ocupando-se das necessidades prioritárias de seu alunado, pois, cada vez mais os meios

de comunicações penetram na vida dos alunos, permitindo que eles interajam ao vivo em

diferentes lugares, colocando públicos diversos em transmissão simultânea e instantânea

dos fatos. Assim, para trabalhar e valorizar o imaginário do aluno é essencial que se

aprofundem as mediações de seu lugar com o mundo, percebendo como o local e o

global se interagem.

Desse modo, torna-se necessário a criação de estratégias que auxiliem o aluno a

se apropriar da língua, enquanto expressão de seu mundo. Para isso, verificaremos esse

novo conhecimento através das estratégias variadas e criativas, aproveitando ao máximo

todas as oportunidades possíveis para que a apropriação aconteça, visando o domínio da

língua oral, da leitura e da escrita.

Sendo assim, cabe a nós professores reconhecermos o conhecimento cultural do

educando e acrescentar novas bases ao seu intelecto, dessa forma os temas

apresentados terão sentido de ser em sala de aula, desenvolvendo assim as quatro

habilidades básicas: falar, ouvir, ler e escrever. Então, é necessário organizar situações de

aprendizado para que os conhecimentos sejam construídos, pois não pode ocorrer a

produção do discurso vazio.

Em relação ao ensino gramatical será uma prática constante que permita a análise

e reflexão, para desta forma, expandir e construir instrumentos que permitam ao aluno

ampliar sua competência discursiva.

Despertar o gosto pela leitura e o prazer de ler em momentos de interação entre

professor e alunos, através de diálogos e valorização à leitura do outro. Valorizar todo tipo

de texto literário, informativo, publicitário e dissertativo, colocando as linguagens em

confronto, não apenas as suas formas particulares ou composicionais, mas o próprio

conteúdo veiculado nelas. Propor situações didáticas onde o aluno utilize a linguagem oral

com clareza e proficiência.

O estudo de Língua Portuguesa visa interação verbal, isto é, a ação entre sujeitos q

através da linguagem se apropriam e transmitem algum tipo de experiência já adquirida.

O dialogismo e o estudo dos gêneros discursivos siscintam novos caminhos para o

trabalho pedagógico com nova abordagem para o ensino de língua.

Assim, o estudo vai se constituir principalmente no trabalho com o texto, uma vez

que este é o material articulador de novas metodologias. Não apenas o texto verbal, mas

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textos em todas as linguagens (não as artes visuais, a música, o cinema, a fotografia, a

semiologia gráfica, o vídeo, a televisão, o rádio, a publicidade, os quadrinhos, as charges,

a multimídia, e todas as formas infográficas), de tal modo que os alunos possam perceber

pelo viés do mesmo assunto, as diferentes formas da realização das práticas textuais.

Nesse sentido as ações pedagógicas criadas, devem abranger a leitura, a

produção e a análise, envolvendo todo tipo de texto: literário, informativo e publicitário,

não apenas de atores consagrados, mas também texto dos alunos, do professor, do

jornal, da revista, do folheto de rua, da publicidade. Esses textos devem ser colocados em

confronto, não apenas em suas formas, mas também o conteúdo vinculado neles e suas

marcas ideológicas.

É importante descobrir tais marcas, sensibilizando o aluno á força ilocutória

presente em cada texto, conscientizando-o que a linguagem é uma das formas de

influenciar no comportamento do outro.

Dessa forma se instaura o debate e a criação de situações concretas para que o

aluno se aproprie da linguagem oral e escrita, transformando a sala de aula num espaço

de debate permanente, onde o aluno deverá saber ouvir, escutar e falar adequadamente o

seu discurso ao outro, numa demonstração de respeito e atenção.

Quanto a escrever, queremos que o nosso aluno tenha em mente um interlocutor,

isto é, que escreva para alguém ler, assim daremos incentivo á realização de produções

textuais para serem expostos em murais, para participar de concursos, para que sejam

lidas por colegas, pais ou professores.

Os conteúdos gramaticais serão abordados através da análise linguística,

contextualizadas e de forma funcional, destacando a flexibilidade estrutural da língua e a

riqueza expressiva á disposição do falante.

A literatura favorece a intertextualidade, portanto, o texto literário e temas da

história literária brasileira serão o elemento motivador da discussão de temas

relacionados com as Artes, História, Sociologia, Filosofia, Biologia, cultura afra e outros.

As aulas de literatura embora planejadas devem estar abertas a mudanças súbitas

de seu rumo, dependendo da reação do aluno, incorporando suas ideias e as relações

textuais por eles estabelecidas.

Assim deverá partir da leitura de textos literários integrais, ao invés de resumos, e

aceitará no seu desenvolvimento os textos sugeridos pelos alunos (a lembrança de um

filme, de uma música, de outras leituras relacionadas a qualquer disciplina, mesmo a

lembrança de fatos vividos ou a produção do próprio aluno), como ponto de partida para

outros textos.

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O professor de Língua Portuguesa e Literatura deverá utilizar vários meios para

aperfeiçoar a expressão e a compreensão dos seus alunos nos níveis da oralidade, leitura

e escrita, ao mesmo tempo em que o pensamento se expande, permitindo que os alunos

façam suas próprias escolhas ante as oportunidades que surgirem em sua vida social

educando para a liberdade de ação e expressão.

Para atender as leis número 10.639/2003 e 11.645/2008, que determinam o ensino

dos conteúdos relacionados à História e Cultural Afro-brasileira e Africana e Cultura dos

povos Indígenas, a Educação do Campo (quando houver esta especificidade), as

questões de Gênero e Diversidade Sexual, os Desafios Educacionais Contemporâneos (

Educação ambiental Lei número 9795/99, Prevenção ao Uso indevido de drogas,

Enfrentamento à Violência na Escola, Cidadania e Direitos Humanos e Educação Fiscal),

Direitos das Crianças e dos adolescentes conforme prevê o ECA Lei de número

11525/2007, serão contemplados em todas as séries, na medida em que serão

trabalhados os gêneros textuais. Apresenta-se alguns exemplos de como ocorrerá o

atendimento a essas demandas:

• Trabalho e desenvolvimento de atividades com: contos africanos, lendas

indígenas, escritores (as) negros (as); reportagens sobre o português falado em

alguns países do continente africano; artigo de opinião sobre preconceito e

discriminação, autores como Castro Alves, Machado de Assis, Dalton Trevisan

(questões de gênero), gráficos estatísticos , leis, mapas (educação ambiental),

notícias, filmes, músicas e poemas dentre outros gêneros que abordem estas

questões.

AVALIAÇÃO

A avaliação em língua Portuguesa faz parte de todo o processo de

ensino/aprendizagem devendo ser contínua, e permanente. A leitura, a oralidade e a

escrita, serão avaliados em contextos reais de comunicação, a partir de critérios

anteriormente estabelecidos e considerados adequados para a turma.

As atividades de avaliação devem ser vistas também, como reflexão sobre o

próprio processo de ensino e seus resultados, não só para verificar o desenvolvimento

dos alunos, mas principalmente para verificar o rendimento das práticas pedagógicas.

Entendamos que a avaliação da aprendizagem deve subsidiar a construção da

aprendizagem bem sucedida, tendo o papel de auxiliar o crescimento, e tem por objetivo a

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inclusão, seja do ponto de vista individual, seja do ponto de vista coletivo, integrando o

educando num grupo de iguais, o todo da sociedade.

Os avanços obtidos pelos alunos em relação aos conteúdos já adquiridos, serão

avaliados de acordo com os seguintes critérios:

Demonstrar compreensão de textos orais nos gêneros previstos, por meio de

retomada dos tópicos do texto;

Atribuir sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles;

Compreender textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos

segmentos do próprio texto, e entre o texto e outros diretamente implicados por ele;

Redigir textos na modalidade escrita nos gêneros previstos considerando as

especificidades das condições de produção;

Escrever textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas pelo

gênero;

Redigir textos utilizando recursos próprios do padrão escrito relativos à

paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto textual;

Escrever textos sabendo utilizar os padrões da escrita, observando regularidades

linguísticas e ortográficas;

Revisar os próprios textos com o objetivo de aprimorá-los;

Utilizar os conceitos e procedimentos constituídos na prática da análise linguística;

A princípio a avaliação é um julgamento de valor que conduz a uma tomada de decisão,

que deve envolver um processo de observação do aluno em face aos objetivos propostos

e dar-se-á continuamente, de forma progressiva, dentro das observações feitas em cada

atividade desenvolvida. Tanto em trabalhos individuais ou em grupos, em sala ou

atividades extra-classe. Todas as atividades devem ser avaliadas, pois são todas,

elementos de sequência dos conhecimentos básicos a serem ensinado.

A avaliação deve considerar aquele que ensina aquele que aprende e a relação que se

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estabelece entre todos os participantes do processo da aprendizagem. Com isto, analisar-

se-ão todos os avanços e as lacunas dos alunos, fugindo da tradicional visão de punição,

passando a ter uma visão de observação daquilo que já se sabe e o que mais deve saber.

Para contemplar o PPP da escola a avaliação deve ter caráter diagnóstico com a

finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos bem

como o trabalho do professor. Assim, a avaliação também será contínua, concomitante e

bimestral, com prevalência dos aspectos qualitativos, incidido sobre o desempenho

individual do aluno, utilizando técnicas e instrumentos diversificados, dando-se maior

importância à atividade crítica, á capacidade de síntese e elaboração pessoal. Todas as

estratégias para avaliação devem fazer parte de uma proposta voltada para as

necessidades e realidades dos alunos. Portanto, essas ações devem ser constantemente

avaliadas e reavaliadas para que a prática pedagógica ganhe credibilidade. Para que o

aprendizado ganhe suportes fortalecedores, propiciando resultados satisfatórios, serão

utilizados vários recursos. A partir dos conteúdos lançados e da metodologia definida, faz-

se necessário uma avaliação mediante os seguintes pontos:

4. Reconhecer as ideias básicas do texto;

5. Estabelecer a sequência;

6. Concluir fatos a partir do texto;

7. Reconhecer o gênero discursivo do texto;

8. Resumir a informação básica do texto;

9. Identificar informações específicas em textos;

10. Relacionar expressões to texto com outras equivalentes;

11. Reconhecer a tese do texto;

12. Identificar recursos coesivos;

13. Concluir fatos a partir do texto;

14. Determinar a intenção do texto;

15. Reconhecer informações implícitas;

16. Relacionar texto e imagem;

17. Identificar recursos poéticos;

18. Interpretar linguagem figurada;

NA ESCRITA

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• Atribuir sentido a textos orais e escritos, posicionando-se criticamente diante deles.

• Compreender textos a partir do estabelecimento de relações entre diversos segmentos

do próprio texto, e entre o texto e outros diretamente implicados por ele.

• Explane diferentes textos, utilizando adequadamente entonação, pausas, gestos,

dentre outros.

• Compreenda e analise os argumentos no discurso do outro/outra.

• Exponha objetivamente seus argumentos.

• Organize a seqüência da fala de modo que as informações não se percam.

• Analise os argumentos das colegas e dos colegas de classe em suas apresentações

e/ou nos gêneros orais trabalhados.

• Utilize intencional e conscientemente expressões faciais, gestuais e corporais, pausas

e entonação nas exposições orais, entre outros elementos lingüísticos.

• Analise recursos da oralidade em cenas de desenhos, programas infanto-juvenis,

entrevistas, reportagem, entre outros.

• Questione idéias formuladas pelos colegas em discussões, debates, mesas redondas

e diálogos, entre outros.

NA LEITURA

• Perceba e determine seu horizonte de expectativas, ampliando e incentivando o

gosto pela leitura.

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal.

• Identifique o tema e a idéia principal do texto.

• Reconheça palavras e/ou expressões que denotem ironia e humor no texto.

• Posicione-se argumentativamente.

• Identifique e reflita sobre as vozes sociais presentes no texto.

• Realize leitura compreensiva do texto.

• Realize leitura compreensiva do texto e das partículas conectivas.

• Localize informações implícitas e explicitas no texto.

• Perceba o ambiente no qual circula o gênero.

• Analise as intenções do autor ou da autora.

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• Compreenda as diferenças decorridas do uso de palavras e/ou expressões no

sentido conotativo e denotativo.

• Redija textos na modalidade escrita nos gêneros previstos, considerando as

especificidades das condições de produção.

• Escreva textos coerentes e coesos, observando as restrições impostas pelo

gênero.

• Produza textos utilizando recursos próprios do padrão escrito relativos à

paragrafação, pontuação e outros sinais gráficos, em função do projeto textual.

• Escreva textos de acordo os padrões da escrita, observando regularidades

lingüísticas e suas variações.

• Revise os próprios textos com o objetivo de aprimorá-los (refacção).

• Utilize adequadamente os conceitos e procedimentos constituídos na prática da

análise lingüística, como o uso e função das classes de palavras.

• Expresse suas idéias com clareza.

• Diferencie o contexto de uso da linguagem formal e informal.

• Empregue palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo.

• Perceba a pertinência e use os elementos discursivos, textuais, estruturais e

normativos.

• Diferencie o estilo próprio de cada gênero.

NA ORALIDADE

• Expresse oralmente suas idéias com clareza e fluentemente, utilizando

adequadamente o discurso formal/informal de acordo com a situação.

• Participe ativamente dos diálogos, relatos, discussões, encenações e dinâmicas,

entre outros propostos para a classe.

• Respeite e compreenda os turnos da fala.

• Apresente suas idéias com clareza, coerência e argumentatividade.

• Reconheça o estilo próprio de diferentes gêneros.

• Referente à obra literária, amplies seu horizonte de expectativas, perceba os

diferentes estilos e estabeleça relações entre obras de diferentes épocas com o

contexto atual (no caso do ensino médio).

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REFERÊNCIAS BARRETO, E. S. de S. (Org.) Os currículos do ensino fundamental para as escola s brasileiras. 2. ed. Campinas, SP: Autores associados. Fundação Carlos Chagas, 2000. (Coleção Formação de Professores). BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portugu esa. Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília: Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 1997. _______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei 9394/96. Diário Oficial da União: 1996. FARACO, C. A. Área de linguagem: algumas contribuições para sua organização. In: KUENZER, Acácia. (Org.) Ensino Médio – Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002. FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia : Saberes Necessários à Prática Educativa. 37. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996. PARANÁ. Cadernos temáticos: avaliação institucional / Thelma Alves de Oliveira et al. Curitiba: SEED, 2004. _________. Secretaria de Estado da Educação. Reestruturação do Ensino de 2º Grau. Curitiba, 1998. __________. Secretaria de Estado da Educação – Departamento de Educação Básica. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Língua Ensino Portuguesa. Curitiba: SEED, 2008. MARCUSHI, L. A. Da fala para a escrita: atividades de retextualização. 6. ed. São Paulo: Cortez, 2005. MORAN, J.M. As mídias na educação. Disponível em: <http://www.diaadia.pr.gov.br/ead/arquivos/File/Testos/midias_educ.htm>. Acesso em: 25 set 2010. ROJO, R. H. R. Linguagens, Códigos e suas tecnologias. In: MEC/SEB/Departamento de políticas do Ensino Médio. Orientações Curriculares do Ensino Médio. Brasília, 2004.

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Apresentação geral da disciplina

Ao estabelecer um conjunto de Diretrizes para a organização do ensino de

Matemática no ensino fundamental e médio pretende-se contemplar e discutir a História

da matemática, sendo um campo de estudos que contempla as várias dimensões da

matemática revelando que desde os povos das antigas civilizações aos dias de hoje

existe a necessidade da sua adequação para o desenvolvimento e promoção de alunos,

com diferentes motivações, interesses e capacidades, criando condições para a sua

inserção num mundo em mudança contribuindo para desenvolver as capacidades que

deles serão exigidas em sua vida social e profissional. Um mundo onde as necessidades

sociais, culturais e profissionais ganham novos contornos, todas as áreas requerem

alguma competência em Matemática e possibilidade de compreender conceitos e

procedimentos matemáticos é necessária tanto para tirar conclusões e fazer

argumentações, quanto para o cidadão agir como consumidor prudente ou tomar

decisões em suas vidas pessoais e profissionais.

Embora o objeto de estudo da educação matemática, ainda encontra-se em

processo de construção, pode-se dizer que ele está centrado na pratica pedagógica da

matemática, de forma a envolver-se com as relações entre o ensino, a aprendizagem e o

conhecimento cientifico.

O ensino de matemática, assim como todo o ensino, contribui (ou não) para as

transformações sociais não apenas através da socialização (em si mesma) do conteúdo

matemático, mas também através de uma dimensão política que é intrínseca a essa

socialização. Tratra-se da dimensão política contida na própria relação entre o conteúdo

matemático e a forma de sua transmissão assimilação. Um dos objetivos da disciplina

matemática é transpor, para a pratica docente, o objeto matemático construído

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historicamente e possibilitar ao estudante ser um conhecedor desse objeto.

Além das conexões internas à própria Matemática, existe uma ligação da

matemática com outros ramos da ciência. Como por exemplo o conteúdo ‘funções’

desempenha também papel importante para descrever e estudar através da leitura,

interpretação de gráficos, o comportamento de certos fenômenos tanto do cotidiano, como

de outras áreas do conhecimento como a Física, Geografia ou Economia. Cabe, portanto,

o ensino de Matemática garantir que o aluno adquira certa flexibilidade para lidar com o

conceito de função em situações diversas e, nesse sentido, através de uma variedade

situações problema de Matemática e de outras áreas, o aluno pode ser incentivado a

busca de solução ajustando seus conhecimentos sobre funções para construir um modelo

para interpretação e investigação em Matemática.

O ensino da matemática existe para envolver, de forma combinada

desenvolvimento de conhecimentos práticos, que respondam a necessidades da vida

contemporânea, e o desenvolvimento de conhecimentos mais amplos e abstratos, que

correspondam a uma cultura geral e a uma visão de mundo.

O aprendizado deve contribuir não só para o conhecimento técnico mas também

para uma cultura mais ampla.

Cabe à matemática apresentar ao aluno o conhecimento de novas informações e

instrumentos necessários para que seja possível a ele aprender para a vida toda. Saber

aprender é a condição básica para prosseguir se aperfeiçoando ao longo da vida.

A matemática no Ensino Fundamental deve ser mais do que memorizar resultados

dessa ciência, isto é, a aquisição de conhecimento matemático de estar vinculada com o

domínio de um saber fazer matemática.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

1. NÚMEROS E ALGEBRA

2. GRANDEZAS E MEDIDAS

3. GEOMETRIA

4. TRATAMENTO DE INFORMAÇÃO

5. FUNÇÕES

Entende-se por Conteúdos Estruturantes como ferramentas metodológicas de

trabalho que norteia todos os conteúdos básicos no longo das séries.

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CONTEÚDOS BÁSICOS

Os Conteúdos Básicos não devem ser trabalhados de forma fragmentada e sim,

correlacionando todos os estruturantes na medida do possível.

Durante a explanação dos conteúdos será abordada a cultura Afro-brasileira,

africana e indígena; conforme preconizamm as leis 10.639/03 e 11645/08 bem como a

política ambiental segundo a lei 9795/99. Essa abordagem se concretizará através da

formulação de textos e gráficos que tratam dessas culturas e da poítica ambiental.

OBJETIVOS GERAIS

Um dos objetivos da disciplina de matemática no ensino fundamental e médio é

transpor, para a prática docente, objeto matemático construído historicamente e

possibilitar ao estudante ser um conhecedor deste objeto.

• compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que permitam a

desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação científica geral;

• aplicar seus conhecimentos matemáticos a situações diversas, utilizando-o na

interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades cotidianas;

• analisar e valorizar informações provenientes de diferentes fontes, utilizando

ferramentas matemáticas para formar uma opinião própria que lhe permita expressar

criticamente sobre problemas da matemática, das outras áreas do conhecimento e

atualidade;

• desenvolver as capacidades de raciocínio e resolução de problemas, de comunicação

bem como o espírito crítico.

• utilizar com confiança procedimentos de resolução de problemas para desenvolver

compreensão dos conceitos matemáticos;

• expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas e valorizar

precisão da linguagem e as demonstrações em matemática;

• estabelecer conexões entre diferentes temas matemáticos e entre esses temas e

conhecimento de outras áreas do currículo;

• reconhecer representações equivalentes de um mesmo conceito, relacionando

procedimentos associados às diferentes representações;

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• promover a realização pessoal mediante o sentimento de segurança em relação às

suas capacidades matemáticas, o desenvolvimento de atitudes de autonomia e

cooperação.

O tratamento da informação é um conteúdo estruturante que contribui para o

desenvolvimento de condições de leitura crítica dos fatos ocorridos na sociedade e

para interpretação de tabelas e gráficos que, de modo geral são usados para

apresentar ou descrever informações, utilizando por exemplo, dados pesquisados no

site do IBGE contemplando as leis 10639/03; Lei11645/08 , Lei 9795/99, Lei 11525/07

e a Lei 10639/03.

CONTEÚDOS POR SÉRIE - ENSINO FUNDAMENTAL

5ª SÉRIE/ 6º ANO

- Números naturais :

Adição; subtração;multiplicação; divisão; potenciação; radiciação.

- Sistema de numeração:

Romana; maia; babilônica.

-Sistema de numeração decimal:

Princípio da ordem;

Princípio do valor posicional;

Valor absoluto e valor relativo;

- Múltiplos e divisores:

Critérios de divisibilidade;

Números primos;

Decomposição em fatores primos;

Determinação do mdc e mmc;

- Frações e decimais:

Frações: generalidades e porcentagem;

Equivalência ;

Simplificação;

Número racionais;

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Adição; subtração;multiplicação; divisão; potenciação; radiciação;

- Tratamento de dados:

Média aritmética e porcentagens;

- Geometria intuitiva:

Ponto, reta e plano;

Polígono; medidas; áreas das figuras planas e volumes.

Medidas de ângulos.

Medida de tempo.

Sistema monetário.

6ª SÉRIE/ 7º ANO

- Tabelas e gráficos.

- Números inteiros e operações.

- Números racionais e naturais relativos:

Adição; subtração;multiplicação; divisão; potenciação; radiciação;

- Operações entre termos semelhantes.

- Equação do 1º grau.

- Inequação do 1º grau.

- Razão e proporção.

Direta e inversamente proporcional;regra de três simples;regra de três composta.

- Porcentagem e juros simples.

- Circunferência

Histórico e medidas.

- Ângulos:

Regiões e medidas;

Adição; subtração;multiplicação; divisão; potenciação; radiciação;

Classificação.

- Medidas de temperatura.

- Polígonos;

Áreas; perímetros; volumes; ( Geometria : plana, linear e geometria espacial)

- Geometria não Euclidiana.

- Pesquisa e Estatística.

- Moda e Mediana.

- Médias e juros simples.

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7ª SERIE/8ºANO

- Conjuntos.

Dos números naturais: inteiros: racionais: irracionais: reais.

- Introdução à álgebra.

Uso de letras: expressões numéricas, algébricas ou literais.

Valor numérico de uma expressão algébrica e problemas.

- Estudo dos monômios ou termo algébrico:

Coeficiente numérico e parte literal; grau do monômio; termos semelhantes.

Adição; subtração;multiplicação; divisão; potenciação; radiciação;

Perímetros; áreas de figuras envolvendo polinômios. ( Geometria linear e plana)

- Geometria espacial e analítica ( cálculo de volumes e análise linear das arestas).

- Ângulos e volumes.

- Produtos notáveis:

- Triângulos, quadriláteros (geometria plana)

- Quadrado da soma; diferença de dois termos; produto da soma pela diferença;

fatoração; fator comum; diferença de dois quadrados; trinômio quadrado perfeito.

- Estudo das frações algébricas:

Simplificação; m.m.c; Adição;subtração;multiplicação; divisão; potenciação; radiciação.

- Equações fracionárias.

- Equação do 1º grau com uma variável.

- Sistemas de equações do 1º grau.

- Gráficos.

- Amostragens.

8ª SERIE/9º ANO

- Potenciação e radiciação.

- Estudo das equações de segundo grau:

Resolução das equações completas e incompletas.

Fórmula de baskara;

Propriedades das raízes;

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Equações biquadradas;

Equações irracionais;

- Grandezas proporcionais:

- Regras de três composta.

Razão entre segmentos;

Segmentos proporcionais;

Feixes de retas paralelas;

Teorema de talles;

- Semelhança:

Conceitos; triângulos semelhantes; casos de semelhanças; problemas.

- Relações métricas no triangulo retângulo:

Elementos do triangulo retângulo; relações métricas; teorema de Pitágoras.

- Razões trigonométricas:

Seno, cosseno, tangente e produtos notáveis.

- Relações métricas num triângulo:

Teoremas: lado oposto ao ângulo agudo.

Teoremas: lado oposto ao ângulo obtuso.

Natureza de um triângulo.

- Relações métricas na circunferência:

teoremas.

- Noção intuitiva de Função afim e função quadrátiva.

- Geometria plana

• Cálculo de superfície e critérios de semelhança de triângulos

- Geometria espacial.

• Cálculo de volumes de poliédros.

- Geometria analítica.

- Geometria não Euclidiana.

- Noções de : Análise combinatória; probabilidade, estatítica e juros compostos.

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ENSINO MÉDIO

1º SÉRIE

Números e Álgebra

- Conceito de números

- Noções de conjuntos

- Representação de conjuntos

- Conjuntos dos nº naturais , reais , racionais , irracionais

- Conjuntos numéricos

Funções

• Relações

• Funções

� Função Afim

• Função polinomial do 1º Grau

• Função polinomial do 20Grau

• Função modular

• Função exponencial

• Logaritmos decimais

� Progressões Aritméticas

� Progressões Geométricas

TRIGONOMETRIA

• Triângulo retângulo

• Conceitos básicos

• Funções circulares

• Redução ao primeiro quadrante

• Relações trigonométricas

• Transformações trigonométricas

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• Equações trigonométricas

• Inequações trigonométricas

• Resolução de triângulos quaisquer

� Matemática financeira

- Porcentagem

- Juros

- Razão e Proporção

- Grandezas diretamente e inversamente proporcionais

2ª SÉRIE

Matrizes

� Estudo das matrizes:

- Representação algébrica

- Tipos de matrizes

- Operações com matrizes:

� Adição, subtração e multiplicação

� Determinantes

- Representação

- Menor complementar

- Cofator

- Determinante de uma matriz de 3º grau

- Regra de Sarrus

- Tratamento da Informação

- Sistema lineares

� TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO

• Estudo da análise combinatória

• Fatorial

• Princípio fundamental da contagem

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• Arranjos

• Permutações

• Combinações

• Binômio de Newton

• Teoria das probabilidades

� ESTATÍSTICA

� GEOMETRIA PLANA

-Feixe de paralelas

-Teorema deTales

-Relação métrica no Triângulo Retângulo

- Teorema dePitágoras

- Área das figuras geométricas planas

3ª SÉRIE

� NÚMEROS COMPLEXOS

- O conjunto dos números complexos

- Forma trigonométrica de um número complexo

- Operações na forma trigonométrica

� ESTUDO DOS POLINÔMIOS

-Polinômios

-Equações polinomiais

-Limites

� ESTUDOS DA GEOMETRIA ANALÍTICA

-Conceitos iniciais

-Estudo da reta

-Circunferência

� GEOMETRIA

-Retas e planos no espaço

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- Medidas de superfície

- Prisma

- Cilindro

- Cones

- Esferas

- Sólidos de revolução

- Noções sobre poliedros

� GEOMETRIA NÃO-EUCLIDIANA.

6 METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os Conteúdos Estruturantes serão articulados com os conteúdos específicos em

relação de interdependência que enriqueçam o processo pedagógico de forma que

abandome abordagens fragmentadas, como se os conteúdos de ensino existissem e

patamares distintos e sem vínculos.

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da educação matemática que fundamentam a prática docente, das quais

destacamos:

• Resolução de problemas ; O aluno deverá resolvewr problemas oral e por

escrito dando liberdade a ele, de maneira que o mesmo elabore suas

próprias estratégias formulando suas hipóteses.

• Modelagem matemática ; Na apresentação dos exercícios deverá ser

levado em conta o cotidiano do aluno.

• Mídias tecnológicas; Deverão ser usados: TV Multimídia, computadores,

textos e vídeos extraídos da internet.

• Etnomatemática; durante a conceituação e exercitação dos conteúdos,

deverão ser levados em conta os conhecimentos cotidianos do aluno

fazendo uma ligação entre o seu conhecimento informal com o

conhecimento formal da literatura matemática.

• História da matemática; Sempre que possível será abordada a história do

surgimento de cada conteúdo específico; “o porque” do seu surgimento e

“para que” servia nas épocas passadas.

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• Investigações matemáticas; O aluno deverá ser levado a agir de maneira

mais expontânia; formulando as suas próprias perguntas em relação ao

conteúdo.

Enfim; nós professores devemos assegurar um espaço de discussão no qual os

alunos pensem sobre os problemas que irão resolver; que elaborem uma estratégia,

apresentem suas hipóteses e façam o registro da solução encontrada ou de recursos que

utilizaram para chegarem ao resultado.

Com a modelagem matemática propõe a valorização do aluno no contexto social.

O trabalho com as mídias tecnológicas insere diversas formas de ensinar e

aprender e valoriza o processo de produção de conhecimentos.

Os conteúdos específicos serão abordados transitando por todas as tendências da

Educação Matemática.

AVALIAÇÃO

A avaliação abrangerá todo o trabalho realizado pelo aluno, não ficando restrita a

um só momento ou a uma única forma de avaliar. Ela é parte integrante do processo

desenvolvido com os alunos, onde os mesmos serão solicitados constantemente

participar, questionar e criar.

As formas de avaliar serão realizadas de maneira diversificada, através de

relatórios, produção e interpretação de textos, testes, avaliação formal e de múltipla

escolha, trabalho em grupo, debates, participação efetiva nas atividades e projetos

realizados em sala de aula ou fora dela, pesquisas de campo, construção de modelos.

Os resultados expressos pelos instrumentos de avaliação, sejam eles provas,

registros de alunos, fornecerão ao professor informações sobre as competências de cada

aluno em resolver problemas, em utilizar a linguagem matemática adequadamente para

comunicar suas ideias, em desenvolver raciocínios e análises e em integrar todos esses

aspectos no se cotidiano matemático.

As formas de avaliar contemplarão também as explicações, justificativas e

argumentações orais, uma vez que estas revelam aspectos do raciocínio que muitas

vezes não ficam evidentes nas avaliações escritas.

Sempre que houver necessidade, os conteúdos serão retomados e nova avaliação

será realizada, proporcionando aos alunos vários momentos de recuperação paralela no

decorrer dos bimestres.

A avaliação poderá ser feita segundo os instrumentos abaixo:

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• exercícios em sala de aula;

• trabalhos;

• testes escritos;

• testes com consulta; elaboração de trabalhos de pesquisa.

"A avaliação deve ser uma orientação para o professor na condução de sua prática

docente e jamais um instrumento para reprovar ou reter alunos na construção de seus

esquemas de conhecimento teórico e prático. Selecionar, classificar, filtrar , reprovar e

aprovar indivíduos para isto ou aquilo , não são missão de um educador."

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS ASIMOV, 1. No mundo da álgebra . Rio de Janeiro: P. Alves, 1987. BICUDO, M.A. (org). Educação matemática . São Pauto: Moraes, 1987. IFRAII, G. Os números, a história de uma grande invenção . Rio de Janeiro: Globo, 1989. MACHADO, N J. Matemática e Kngua materna, análise de uma impregna ção mútua . São Paulo: Cortez/Autores Associados. 1990. RADICE, L.L. A matemática de Pitágoras a Newton . Lisboa: Edições, 1985 SOUZA, A.C.C. de. Matemática e sociedade, um estudo das categorias do conheci-mento matemático . Campinas: UNICAMP, 1986. Paraná .Sec. de Est. Dep. De Educação .dep.de Ens.Fundamental.Currículo Básico para a Escola Pública do Paraná. Curitiba /SEED/DEPG . 1990. Diretrizes Curriculares de Matemática para o Ensino Fundamental e Médio/2008. Lei 11525/2007 – acrescenta § 5º ao art. 32 da Lei 9394 de 20 de dezembro de 1996. Lei 11645/08 (Educação Escolar Indígena). http://www.didadia.pr.gov.br/nre/uniaodavitoria/modules/conteudo/conteudo.php Lei 10639/03 e a Lei 11645/08 (Educação para as Relações Etnicorraciais e Afrodescendência).

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

A Sociologia é uma ciência relativamente nova, pois usa formação data do século

XVIII e XIX. O processo de institucionalização desta ciência dependeu e depende das

condições sociais, econômicas e culturais das sociedades modernas.

O contexto de nascimento da Sociologia como disciplina cientifica é marcado

pelas consequências de três grandes revoluções: uma politica, a Revolução Francesa de

1789, uma social a Revolução Industrial e uma Revolução na ciência que refirma com o

Iluminismo – esses acontecimentos conjugados garantem as condições para o

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desenvolvimento de um pensamento sobre a sociedade e a sua evolução.

Do âmbito politico surgem outras bases de poder, do âmbito social surgem novas

classes como a dos operários fabris, a explicação do mundo pela fé e tradição é

substituída pela razão.

As transformações nas esferas política, social e cultural, provocam e são

provocadas por movimentos nas ideias, nas artes, nos costumes sociais, fazendo com

que o Iluminismo, o Racionalismo e o Positivismo delineassem uma ciência da sociedade

como uma necessidade histórica.

Com a missão de prever, prover e interagir na realidade social, a Sociologia faz

emergir diferentes faces de um mesmo problema colocado para reflexão e busca de

solução pelos primeiros pensadores sociasi – Comte, Durkhein, Weber, e Marx.

Na França, a Sociologia entra na academia por meio de cursos para a formação

de professores. Durkhein foi um sociólogo bastante preocupado com a formação dos

pedagogos e considerava a Sociologia uma ciência fundamental na capacitação dos

professores.

Sendo o primeiro a lecionar a disciplina na Universidade de Bordeaux em 1887,

propôs um metido e objeto próprio, além de provar que os fenômenos sócias eram

passíveis de serem investigados cientificamente.

No desenvolvimento sociológico pode distinguir a identidade cognitiva, a

identidade social, a identidade histórica, bem como a definição do seu campo de estudo e

o processo de sua institucionalização.

No Brasil pode-se dizer que a luta pela introdução da Sociologia no Ensino Médio

já é centenária. Coube a Floriano Peixoto em 1891 a primeira iniciativa, se considerarmos

esta data podemos dizer que há 119 anos lutamos pela inserção desta disciplina.

Por proposta de Fernando Azevedo. A primeira escola a introduzir a disciplina em

seu curso de nível médio foi a tradicional Dom Pedro II, no Rio de Janeiro em 1925.

Em 1928, a disciplina passa a fazer parte obrigatória do currículo das Escolas

Normais do Distrito Federal (Rio de Janeiro) e da cidade de Recife – PE.

Em 1931 no início da Era Vargas com o ministro da Educação Francisco Campos

ocorre uma ampliação da disciplina de Sociologia no país em nível secundário.

Já em 1942 com o ministro Gustavo Capanema a obrigatoriedade da disciplina

de sociologia é retirada dos currículos das Escolas Secundárias, permanecendo apenas

nas Escolas Normais.

Nesse período diversas escolas de nível superior que formariam os primeiros

sociólogos no Brasil são fundadas em especial a Escola de Sociologia e Política de São

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Paulo

De 1964 a 1989-A ditadura militar e seus generais retiraram todos os resquisios

da disciplina de sociologia das escolas médias no país. Professores secundários e

universitários foram presos, cassados e aposentados compulsoriamente em especial a

partir de 1969, com o ato Institucional nº 5.

Com a Lei 5692 de 1971, ocorre a introdução nos currículos das Escolas Médias

que passam a se chamar Segundo Grau das disciplinas de Educação Moral e Cívica, -

EMC e Organização Social e Política do Brasil – OSPB – numa tentativa se substituir

respectivamente Filosofia e Sociologia.

Em 1979, ocorre que alguns estados, deputados apresentam propostas de leis

estaduais pela introdução da disciplina de sociologia, sendo que em alguns deles acabam

sendo sancionadas como leis estaduais pelos governadores gerais.

No RS em 1989 é aprovado na Assembleia o projeto que introduz a disciplina,

mas acabou virando “letra morta”, pois não foi seguida pela Secretaria de Educação do

Estado.

Com a edição da Lei 7.044/82, sancionada pelo então Presidente- General João

Batista de Oliveira Figueiredo.

Em 1983, a disciplina é introduzida em quase metade das três mil escolas de

segundo grau da época.

Com a lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, feita pelo então Presidente

Fernando Henrique Cardoso, a LDB, as disciplinas de Sociologia e Filosofia se tornaram

optativas.

O CNE aprovou a inclusão da Filosofia e da Sociologia no Ensino Médio e a partir

de 2007 os Conselhos Estaduais de Educação deveriam regulamnetar a oferta dessas

aulas.

No dia 2 de junho de 2008 é aprovada a alteração do artigo 36 da Lei 9.394/96,

para incluir a Filosofia e a Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries do

Ensino Médio.

Os fatos sociais são eleitos o objeto por excelência da ciência sociológica,

Durkhein (1990), define-os como toda maneira de agir, fixa ou não, suscetível de exercer

sobre o indivíduo, uma coerção exterior, que é geral na extensão de uma sociedade toda,

apresentando uma existência própria, independente das manifestações individuais que

possa ter.

O objetivo é situar o conhecimento, ir à sua raiz, definir os sues compromissos

sociais é históricos, localizar a perspectiva que o construiu, descobrir a maneira de pensar

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e interpretar a vida social da classe que apresenta esse conhecimento como universal.

Podemos, entender a linguagem das diferentes classes, essa linguagem que se oculta

sob a forma de perspectiva crítica pode, por isso, ultrapassar ao invés de simplesmente

recusar, descobri toda a amplitude do que se sob determinados conceitos, sistemas de

conhecimento ou métodos.

No conhecimento sociológico, a realidade não se faz presente, segundo as suas

“próprias” características, mas segundo as limitações da racionalidade do tipo ideal. Ou

seja, o procedimento compreensivo, ao mesmo tempo que torna a realidade inteligível,

desfigura-a mas essa desfiguração significa que a inteligibilidade da vida social se faz

segundo os critérios de reflexão que são essenciais à própria constituição da sociedade,

embora não sejam os únicos critérios da reflexão presente na vida social.

Para Marx “ a história é um processo ordenado, produto da atividade humana, e

que são as formas sociais que determinam a consciência do homem e não o

“O homem não produz apenas objetos, ao mesmo tempo em que produz objetos,

ele produz relações sociais e produz ideias que justificam essas relações”.

Weber “o sujeito cognoscente é parte do processo de compreensão da realidade,

ou seja, compreender equivale captar o sentido de uma ação social”.

A sociologia que se desenvolve na vertente do materialismo histórico torna a

contradição social como princípio metodológico. Reconhecer as contradições sociais é

tarefa do cientista, para Marx que concebe o sujeito cognoscente também como sujeito

histórico, pois conhecer e transformar são como tomadas de consciência histórica.

Já o pesquisador investido do método compreensivo de Weber persegue o

principio da racionalização social, buscando de que a subjetividade é um momento

necessário do processo objetivo de conhecimento. Durkhein por sua vez, vale-se da

metodologia funcionalista para explicar o principio de integração social. Cada um dos

clássicos sociológicos , de certo modo, inaugurou uma perspectiva analítica definindo

atuação metodológica própria e fazendo escola: o funcionalismo; o método compreensivo

histórico e a vertente do materialismo histórico com a lógica dialética.

A partir de origens, identificam-se campos de estudo da sociologia desde a

preocupação presente nos autores clássicos com a religião e a sociedade industrial

moderna e, nela, como trabalho, conceitos que foram ganhando conformações

epistemológicas e especificando as múltiplas faces do objeto de estudo sociológico.

As teorias sociológicas respondem aos problemas sócias e de preocupação

sociológica colocados pela ótica metodológica que os indaga.

Teoria e metodologia comprometem-se uma a outra, como partes independentes

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que só se realizam quando conectadas. Questionam a razão]o se ser ciência, a pretensão

dos cientistas em produzi-la e a formação social em que foi gerado.

A sociologia trouxe para si a tarefa de definição do seu objeto de estudo expresso

na forma genérica de sociedade, com o objetivo do conhecimento cientifico dar aos

homens o controle da sociedade, assim como o conhecimento das leis da natureza

possibilita o controle de suas forças.

Falcott Parsons propõe uma teoria baseada na interação entre indivíduos e

grupos, cujo teor prossegue normativo embora com uma concepção mais ampliada de

equilíbrio de poder.

Weber no entanto oferece uma metodologia centrada no indivíduo e nas

individualidades históricas, procedimento explicativo para as escolhas racionais dos

indivíduos.

Partindo da variedade de ideias interpretes da realidade social, a sociologia faz

uso de múltiplas metodologias no ajuste à singularidade do seu objeto, encontra a razão

na indução e articulação de diversos temas: sociologia do trabalho, da religião, do lazer,

do conhecimento, urbano, rural, etc.

Pierre Bordieu da ênfase a ciência capaz de ir além dos modelos para aprender a

natureza da vida social, a reflexividade da prática científica à construção de coletividades

pensantes, as comunidades cientificas, reconhecidas pelo conceito de campo.

A sociologia está ligada às questões próprias de cada época e contexto e, por

isso, se encontra desafiada a interpretar a realidade complexa e múltipla que se esconde

sob a aparência das mudanças, segundo Morim (1994).

Seu maior desafio está em perceber o novo e compreender como o velho se

reproduz na realidade nova.

Muitas das questões sociais colocadas pelo acelerado processo de mudanças

em nível micro e macrossociais estão ligados à globalização econômica e a exclusão

social, ao crescimento do desemprego, à ruptura da trajetória de constituição da

sociedade, e também os avanços da ciência e das tecnologias de informação. O estudo

da sociologia deve propiciar aos alunos as bases para a compreensão de como as

sociedades se organizam, legitimam-se e se mantêm habilitando-os para uma atuação

crítica e transformando-a.

“Conhecer é desenvolver o espírito crítico e a crica cientifica não acontece sem

uma crítica social. A sociologia perturba porque o conhecimento dos mecanismos de

poder permite determinar as condições e os meios de uma ação destinada a dominá-los.

Ao tomar consciência das relações existentes entre a forma como a sociedade se

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organiza e os acontecimentos individuais cotidianos, abrem-se caminhos para a crítica e

a possível superação da sociedade estabelecida como tal.

Ao sociólogo cabe, assumir responsabilidades como agente social ativo,

desenvolvendo a capacidade de criticar a sociedade em que vive, levando os indivíduos a

readquirirem a capacidade de pensar, experimentar uma trans-avaliação de valores,

compreender o sentido cultural das ciências sociais pela reflexão e desenvolvimento de

sua sensibilidade.

Para Florestan Fernandes (1972), “o pensamento crítico descortina as

diversidades, as desigualdades e os antagonismos, apanhando os fenômenos sociais por

diferentes perspectivas analíticas, capazes de compreender os grupos e classes sócias

em uma reflexão histórica”. “A sociedade é um nexo de relações que se desdobram em

processos e estruturas que engendram a especificidade social.”

Para reconhecer a especificidade do objeto do estudo da sociologia: a ação

humana, esse conjunto de ações que são as relações sociais, seguindo a recomendação

de Bourdieui (2000), “para evitar uma relativização simplista nas análises históricas e

sociais: assumir uma determinada concepção sociológica que permita “conciliar” o que foi

historicamente considerado inconciliável – as verdades trans-históricas”.

A escola é um espaço de mediação entre o privado, representado sobretudo pela

família e o público, representado pela sociedade, essa deve também fornecer, por meio

do currículo, procedimentos e conhecimentos que façam essa transição.

Numa sociedade como a nossa em que se acumularam formas tão variadas e

intensas de desigualdades sociais, efetivadas por processos de exclusão social, são

constante as mudanças.

AS diretrizes curriculares propõe fundamentar o ensino de sociologia em

conteúdos estruturantes como ação social, relação social, estrutura social, etc. Esses

conteúdos constituem apoios conceituais, históricos e contextualizados que norteiam

professores e alunos – sujeitos da educação escolar e da prática social, na seleção,

organização e problematização dos conteúdos específicos relacionados a necessidades

locais e coletivas. Estabelecem uma ponte entre o local e o global, o individual e o

coletivo, a teoria e a realidade empírica, mantendo a ideia de totalidade e das inter-

relações que constituem a sociedade.

Os conteúdos de sociologia contemplarão as seguintes leis 11.645/08, 10.639/03,

9.795/99, as quais referem-se respectivamente: Relações Etnicorraciais e

Afrodescendência; Educação Escolar Indígena, os Desafios Educacionais

Contemporâneos; bem como a Educação do Campo, através da valorização da cultura e

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contribuição dessa modalidade. Outra abordagem importante leva em conta o gênero e a

diversidade sexual, considerando os sujeitos da diversidade na escola pública por meio

de politicas públicas educacionais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

Processo de socialização e as instituições sociais;

Cultura e indústria cultural;

Trabalho, produção e classes sociais;

Poder, política e ideologia;

Direitos, cidadania e movimentos sociais.

1ª SÉRIE

*O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.

* Conteúdos Básicos:

- O processo de Socialização;

- Instituições sociais: Familiares, Escolares, Religiosas.

*Cultura e Indústria Cultural

- Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição

na análise das diferentes sociedades;

- Diversidade Cultural;

- Prevenção ao uso indevido de drogas – meios de comunicação- ideologia;

* Trabalho, Produção e Classes Sociais.

- O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;

- Democracia, autoritarismo, totalitarismo;

- Estado do Brasil;

- As expressões de violência nas sociedade contemporâneas;

* Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais

- Direitos civis;

- Direitos humanos;

- Conceito de cidadania;

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- Questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

- Assédio moral;

- Opressão;

- Exploração;

2ª SÉRIE

* O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.

f) Instituição de reinserção (prisões, manicômios, educandários, asilos, etc.);

* Cultura e Indústria Cultural.

g) Identidade;

h) Indústria cultural- ideologia e globalização;

i) Meios de comunicação de massa;

j) Sociedade do consumo;

k) A questão das ONGs;

l) As populações indígenas no Brasil e no Paraná;

m) Da cosmologia a sociedade: algumas notas sobre a ação Guarani;

*Trabalho,Produção e Classes Sociais.

a. Divisão social do trabalho;

b. Organização do trabalho nas sociedades capitalista e suas contradições;

c. Globalização e Neoliberalismo;

d. Relações de trabalho;

e. Trabalho no Brasil;

f. Interdependência campo cidade, questão agrária e desenvolvimento

sustentável;

*Poder, Politica e ideologia;

n) Conceitos de poder;

o) Conceitos de ideologia;

p) Conceitos de dominação e legitimidade;

q) Direitos civis, políticos, sociais e humanos;

r) Conceitos de dominação;

* Direitos, Cidadania e Movimentos Sociais.

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o Movimentos sociais;

o Conceito de cidadania;

o Movimentos sociais no Brasil;

o A questão ambiental e os movimentos ambientalistas;

o Preconceito, discriminação racial, social e sexual.

3ª SÉRIE

* O Processo de Socialização e as Instituições Sociais.

s) O Patriarcado;

t) A mulher como chefe de família;

u) Violência doméstica.

* Cultura e Indústria Cultural.

� Meios de comunicação;

� Sociedade de consumo;

� Indústria cultural no Brasil;

� Questões de gênero;

� Culturas afro-brasileiras e africanas;

� Culturas indígenas.

* Trabalho, Produção e Classes Sociais.

o Globalização e neoliberalismo;

o Relações de trabalho;

o Trabalho no Brasil

� Os excluídos e a instabilidade social;

� Reinserção no mercado de trabalho de usuários de drogas, ex presidiários

ou deficientes físicos;

* Poder, Politica e Ideologia.

o Conceitos de dominação e legitimidade;

o As expressões de violência nas sociedades contemporâneas;

o Direitos, cidadania e movimentos sociais;

o O uso de violência nas sociedades modernas e contemporânea;

o Conceitos sobre sexualidade, homossexualidade;

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o Discriminação, xenofobia, etnicismo e racismo.

METODOLOGIA

O objeto de estudo e ensino da disciplina de biologia são as relações que se

estabelecem no interior dos grupos, na sociedade, como se estruturam a atingem as

relações entre os indivíduos e a coletividade.

A sociologia tem por base a sociedade capitalista, contudo, não existe uma

única forma de interpretar a realidade e esse diferencial deve fazer parte do trabalho do

professor.

Segundo Floorestan Fernades (1970), “uma sociologia árida e a – história,

cujos conceitos e teorias formais deslocam-se da realidade por pretender descrever a

ordem social manifesta e objetiva; ou se tem uma sociologia pragmática eivada de uma

ação militante político-partidária, ou de uma ação assistencial, ambas capazes de

confundir, conceitos desprovidos de aportes explicativos e raízes histórico-

epistemológicas.”

Os elementos básicos das teorias de Durkhein, Weber, Marx precisam ser

desenvolvidas levando-se em consideração o recorte temporal no qual se erige a

sociologia. Isso requer, a retomada do histórico da disciplina em cada teoria trabalhada.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à sociologia fundamenta-se em teorias

originárias, diferentes em seu potencial explicativo atrelado a posicionamentos ideológico-

políticos, no sentido de visões de mundo presentes nas interpretações.

O ensino da disciplina deve tratar pedagogicamente contextualização histórica

e política das teorias, segundo a o rigor metodológico que a ciência requer.

A abordagem dada aos conteúdos bem como a avaliação do processo de

ensino aprendizagem estarão relacionados à sociologia crítica, caracterizada por posições

teóricas e práticas que permitam compreender as problemáticas sociais concretas e

contextualizadas em suas contradições e conflitos, possibilitando uma ação

transformadora do real.

Florestan Fernandes (1970), “propõe o conhecimento sociológico crítico como

autoconsciência cientifica da sociedade, ou seja, da sociologia assumir o caráter de uma

consciência técnica e de explicação das condições de existência e do curso dos eventos

histórico-sociais.'

As aulas de sociologia podem ser atraentes e despertar nos alunos processos

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de identificação de problemas sociais presentes nos meios de comunicação. Como

encaminhamentos metodológicos básicos para o ensino são propostos;

− Aulas expositivas dialogadas; aulas em visitas guiadas a instituições e

museus;

− Exercícios escritos e orais, apresentados e discutidos;

− Leituras de textos: clássicos-teóricos, contemporâneos, temáticos, didáticos,

literários, jornalísticos;

− Debates e seminários de temas relevantes fundamentada, em leituras e

pesquisa/campo ou bibliográfica.

− Análises críticas de filmes, documentários, músicas, propagandas de TV,

imagens (fotos, charges, tiras, publicidade, entre outros).

AVALIAÇÃO

A avaliação é aqui concebida como mecanismo de transformação sócias e

deve estar articulado aos objetivos da disciplina.

Pretende-se a efetivação de uma prática avaliativa que vise “ desnaturalizar”

conceitos tomados historicamente como irrefutáveis e propicie o melhoramento do senso

crítico e a conquista de uma maior participação na sociedade .

Constitui-se em um processo contínuo de crescimento da percepção da

realidade à volta do aluno e faz do professor, um pesquisador. Deve acontecer

identificando aprendizagens que foram satisfatoriamente efetuadas e também as que

apresentaram dificuldades, para que o trabalho docente possa ser reorientado,

possibilitando a constante intervenção para a melhoria do processo e ensino

aprendizagem. O que de acordo com o PPP da escola ocorre com a recuperação

concomitante.

Como critérios a considerar:

� apreensão dos conceitos básicos;

� capacidade de argumentação;

� clareza e coerência na exposição de ideias;

� mudança na forma de olhar e compreender os problemas sociais.

REFERÊNCIAS

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA DE QUIMICA

A Química se faz presente no processo de desenvolvimento, desde a Antiguidade com o início das operações metalúrgicas, reconhecendo ouro e cobre, bem como suas ligas e técnicas de fundição, uso do bronze, obtenção do mercúrio e cunhagem de moedas.

Marcando o início da era Cristã, os conhecimentos químicos baseavam-se na busca da pedra filosofal e do elixir da longa vida, descobrindo através deste estudo novas substâncias e aperfeiçoando as técnicas metalúrgicas e laboratoriais.

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A partir do ano de 1400, substâncias inorgânicas são introduzidas no tratamento de doenças, principalmente em combate a peste negra, surgida no final do feudalismo devido a aglomerações urbanas emergentes, pelas péssimas condições de higiene, pela fome, gerando um desequilíbrio demográfico e problemas relacionados ao trabalho que também se modificava estruturalmente.

Ao estudar a historia da ciência Química, encontramos a contribuição de vários cientistas, dentre os quais se pode citar: Lavoisier, o qual propôs uma linguagem universal química, originando uma nova fase, seguido por: Liebig responsável por fundar a primeira escola de formação de químicos; Mendeleiev o qual desenvolveu usando a periodicidade de propriedades em função de suas massas atômicas e observando as propriedades físicas e químicas dos elementos, uma tabela com a qual chegou a prever propriedades de elementos desconhecidos e que hoje encontram-se dispostos nesta tabela que foi denominada Tabela Periódica dos Elementos Químicos, a qual atualmente é organizada em ordem crescente de número atômico segundo Moseley (COVRE, 2001); em 1865, Kekulé estabelece a fórmula estrutural do benzeno; Pasteur aplica os conhecimentos químicos à Biologia, Medicina, Agronomia e Veterinária; Pauling é o responsável por desenvolver o estudo das propriedades químicas através de suas estruturas moleculares.

Entre o século XVI e XVII, as práticas químicas foram condenadas pela Igreja. No entanto, com a expansão da indústria, do comércio, da navegação e técnicas militares na Europa, foi dado maior incentivo a essa Ciência. Mas foi no século XIX o período em que a Química se consolidou como ciência moderna, superando a teoria da Força Vital, onde por meio de pesquisas e descobertas muitas contribuições foram alcançadas pela humanidade, dentre as quais estão a descobertas de polímeros; melhores esclarecimentos quanto à constituição e formação de moléculas, o que ajudou a decifrar o código genético; o estudo da radioterapia e aplicação na saúde; a ampliação de uso e eficiência dos sistemas de computação; a produção de novos polímeros e a sua introdução no cotidiano das pessoas.

No decorrer da história, o Brasil sofreu influência europeia, no que diz respeito à educação, sendo que as primeiras atividades educacionais estavam baseadas em documentos que eram produzidos em Portugal e França. Passado um longo período, as ciências iam ganhando espaço no contexto social e se desenvolvendo, mas foi somente em 1922 ocorreu o primeiro Congresso Brasileiro de Química que impulsionou a criação da Sociedade Brasileira de Química (SBQ).

Na década de 80 no Estado do Paraná, a Secretaria do Estado elaborou documentos para reestruturar o ensino do 2º grau. Já nos anos 90 as mudanças neoliberais colocaram a educação em pauta novamente, tendo os PCN’s como documento balizador. Contudo foi com a organização das Diretrizes Curriculares de Química para o ensino médio, que se buscou resgatar a especificidade da disciplina de Química, e assim pode-se recuperar a sua importância no currículo escolar como também organizar o estudo da Química em Conteúdos Estruturantes, a saber: Matéria e sua Natureza; Biogeoquímica e Química Sintética, os quais segundo as Diretrizes Curriculares de Química (2008) identificam a disciplina como conhecimento que se constrói historicamente nas diferentes relações sociais, no objetivo de formar um aluno que se aproprie dos conhecimentos químicos e seja capaz de refletir criticamente sobre o período histórico atual.

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OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA A disciplina de Química tem como objeto de estudo a matéria, suas

transformações, propriedades e composição. Podemos destacar as tendências histórico-crítica e sóciocultural na disciplina de Química ao vê-la como um conhecimento influenciável pelo momento histórico, e em constante transformação e estudo, fruto do desenvolvimento humano.

Pretende-se que o ensino da Química proporcione ao aluno uma visão mais abrangente de mundo, desenvolvendo sua capacidade de compreender fenômenos químicos e a partir destes, tomar decisões, sabendo analisar e distinguir os benefícios e malefícios que essa ciência pode nos proporcionar; participando da construção e apropriação do conhecimento tendo consciência que esta ciência em processo de construção é constantemente influenciada por fatores sociais, econômicos e religiosos.

Busca-se, sem menosprezar os cálculos matemáticos nas fórmulas químicas, valorizar a aquisição e compreensão de conceitos relacionados ao conhecimento químico e despertar a curiosidade do aluno para que este revele seu conhecimento e o professor consiga sistematizar o que o aluno sabe do senso comum, transformando-o em conhecimento científico.

O conceito programático de Química será abordado, sobretudo, com o objetivo de possibilitar ao aluno:

• Reconhecer e utilizar a linguagem própria da Química, demonstrando que sabe empregar corretamente seus símbolos, fórmulas, convenções e códigos;

• Compreender e descrever, tanto em linguagem simbólica quanto em linguagem discursiva, as transformações químicas que ocorrem no mundo físico;

• Interpretar e elaborar tabelas, relações matemáticas e gráficos representativos de fenômenos químicos;

• Entender e explicar fatos e conceitos químicos macro e microscopicamente; • Aplicar conhecimentos de química na solução de problemas qualitativos e

quantitativos, selecionando informações, relacionando dados, formulando hipóteses e estabelecendo estimativas.

CONTEÚDOS

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MATÉRIA E SUA NATUREZA - 1ª SÉRIE

CONTEÚDO BÁSICO

• Energia, matéria e suas propriedades • Os materiais • Matérias • Sistemas • Tipos de sistemas

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• Propriedades dos materiais • Propriedades gerais • Propriedades específicas • Substancia e mistura • Misturas homogêneas e heterogêneas • Métodos de separação de misturas • Diferenciações entre substâncias e misturas • Elemento químico • Fenômenos físicos e químicos • Reações químicas • Substâncias simples e substâncias composta • Elementos químicos • Notação química

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: BIOGEOQUÍMICA- 1ª SÉRIE

CONTEÚDO BÁSICO

• Conceitos fundamentais do átomo • Modelos atômicos (1º modelo: Demócrito, 2º modelo; Dalton, 3º modelo Thomson,

4º modelo Rutherford) • Partículas fundamentais • Caracterização do átomo • Estado energético dos átomos • Comparação entre átomos • Isótopos • Isóbaros • Os isótopos e as substâncias • Íons • Partículas de um íon • Distribuição eletrônica • O modelo da eletrosfera • Rutherford e Rutherford-Bohr • O modelo orbital • Evolução dos modelos atômicos • A organização dos elétrons • Radioatividade • Classificação periódica • Configurações eletrônicas dos elementos • Estabilidade e instabilidade dos elementos químicos • Ligações iônica, covalente (comum e dativa) e metálica • Funções inorgânicas (ácidos, bases, sais e óxidos)

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• Classificações das reações químicas • Equação química • Balanceamento de equações químicas • Lei das reações químicas • Tipos de reações químicas

Ao iniciar o estudo da Química, existe uma necessidade em contextualizar os acontecimentos, ou seja, de contar um pouco da história desta ciência, podemos aproveitar este momento para contemplar a Lei nº 10639/2003 e a lei nº 11645/2008, ressaltando:

• A cultura dos povos indígenas e História e cultura afro- brasileira e africana, pois os índios e os africanos deram muitas contribuições dentre as quais podemos destacar as tintas, as ervas medicinais, os cuidados com a extração de matéria prima da natureza, a agricultura, utilização de metais, etc. Fazendo uma abordagem significativa sobre este tema, a fim de conhecer a cultura desses povos, valorizá-la e respeitar a diversidade, buscando em meio aos comentários todas essas reflexões que incentivem a constituição de processos educativos inclusivos, que privilegiem o interesse de aprendizagem dos alunos sobre esses povos.

Dando sequência a contextualização busca-se manter relações com os Desafios Educacionais Contemporâneos.

• Cidadania e o enfrentamento à violência nas escolas - ao estudar os acontecimentos envolvendo a radioatividade, faz-se necessário uma contextualização das estruturas políticas, econômicas, culturais e sociais da época, buscando desta forma criar um ambiente de reflexão sobre esta questão social que permita fazer uma analogia com situações de violência vivenciadas em muitas escolas, a fim de reestruturar valores culturais dos alunos e com isso promover a apropriação do conhecimento para que estes cidadãos sejam capazes de fazerem suas escolhas e agir em favor de mudanças nas estruturas sociais, pois Segundo a Secretaria de Estado da educação descreve no caderno de desafios educacionais contemporâneos Enfrentamento a Violência na Escola (BRASIL, 2008):

Vivemos em uma sociedade marcada pela desigualdade, resultante de uma economia capitalista com feições liberais, alicerçada na exploração do homem pelo homem. Como resultado dessa lógica, tem-se a visível distância que separa homens e mulheres, segundo sua classe social. Temos clareza que os fatores que determinam e condicionam os diferentes tipos de ações e comportamentos violentos, infelizmente tão “corriqueiros” em nossa sociedade, têm raízes na desigualdade social e na organização econômica que a configura e a sustenta.

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: MATÉRIA E SUA NATUREZA – 2ª SÉRIE

CONTEÚDO BÁSICO

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• Reações químicas • Soluções • Colóides • Concentração • Força intermolecular • Temperatura e pressão • Densidade • Dispersão e suspensão • Variação de entalpia • Oxirredução • Calorimetria • Acertos de coeficientes • Balanceamento de equações • Grandezas químicas

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: BIOGEOQUÍMICA – 2ª SÉRIE CONTEÚDO BÁSICO

• Massa atômica • Massa molecular • Isótopos e massa • Massa molar • Mol-Quantidade de matéria • Funções inorgânicas • Ácidos e bases • Indicadores • Neutralização • Sais • Óxidos

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: QUÍMICA SINTÉTICA - 2ª SÉRIE

CONTEÚDO BÁSICO

• Equilíbrio químico • Cinética química • Termoquímica • Eletroquímica • Pilhas • Polímeros

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: QUÍMICA SINTÉTICA – 3ª SÉRIE

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CONTEÚDO BÁSICO

• Introdução à química orgânica • Átomo de carbono • Classificação de cadeias carbônicas • Compostos orgânicos • Nomenclatura • Funções orgânicas • Hidrocarbonetos (Petróleo) • Funções oxigenadas • Demais funções nitrogenadas • Isomeria (geométrica e óptica)

CONTEÚDO ESTRUTURANTE: BIOGEOQUÍMICA - 3ª SÉRIE

CONTEÚDO BÁSICO

• Polímeros • Diferenciação de compostos orgânicos • Propriedades físicas • Fontes naturais de compostos orgânicos • Compostos orgânicos biológicos • Compostos orgânicos industriais

Os conteúdos presentes no estudo da Química Orgânica permitem inserir os seguintes desafios educacionais:

• Cidadania e Direitos Humanos, Educação Fiscal – ao estudar os hidrocarbonetos, encontra-se inserido o Petróleo, o qual se trata de um tema que envolve transformações sociais, políticas, econômicas e culturais. Nesse sentido, a Educação Fiscal pode contribuir como uma prática educacional, a qual fornece o desenvolvimento de valores e atitudes necessárias ao exercício de direitos e deveres na relação existente entre o cidadão e o Estado, fundamentando-se desta forma na conscientização da sociedade sobre: a estrutura e o funcionamento da Administração Pública; a função socioeconômica dos tributos; a aplicação dos recursos públicos; as estratégias e os meios para o exercício democrático.

• Prevenção ao uso indevido de drogas – ao abordar as funções nitrogenadas, estuda-se esta função presente em muitas estruturas de substâncias, das quais estão aquelas que afetam o sistema nervoso central e as que compõem as drogas ilícitas. Ressaltando também os perigos da automedicação.

• Educação ambiental – ao abordar o conteúdo sobre os polímeros , podemos levantar varias questões ambientais, dentre as quais os impactos ambientais causados no descarte de plásticos, etc..., valorizando a atitude de reaproveitar,

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reciclar. Destacar as alterações ambientais causadas pela combustão, principalmente de derivados do petróleo

METODOLOGIA DE ENSINO

Os conteúdos de Química serão abordados de forma objetiva e direta, relacionando-os com as aplicações cotidianas dessa Ciência que está ligada intimamente a todo o desenvolvimento da humanidade, mostrando que o conhecimento é construído de forma gradativa. Espera-se formar estudantes que a partir do conhecimento químico, adquiram melhor compreensão do meio, assimilem os conteúdos de maneira satisfatória, desenvolvam sua capacidade de análise e assumam uma postura crítica frente as suas decisões e conseqüências, enquanto integrantes da sociedade.

Torna-se necessário de acordo com o currículo de Química e sempre que possível contribuir na afirmação da identidade destes alunos, como também buscando construir concepções de mundo e de escola, valorizando o conhecimento que o aluno traz e a partir deste buscar a formação do conhecimento científico, transformando esse saber de maneira organizada e sistematizada, a fim de assegurar seus direitos e inseri-los no contexto social, por meio de estudo de temas geradores de conhecimentos, os quais exigem observação, experimentação, reflexão, análise, sistematização e estudos para aprofundamento teórico, não só do aluno, mas principalmente do professor, para que este possa desenvolver um bom trabalho (BRASIL, 2006 a).

Nesta visão sobre o ensino-aprendizagem, é importante colocar a importância da experimentação, no entanto, é necessário perceber que o experimento faz parte do contexto normal de sala de aula e precisa ser realizado, porém sem ter que dicotomizar teoria e prática. Assim, torna-se visível a necessidade dos alunos em se relacionarem com os fenômenos sobre os quais se referem os conceitos a serem formados e significados no processo de ensino-aprendizagem, devendo a disciplina ser tratada de modo que possibilite ao aluno o entendimento do mundo e a sua interação com ele. Para isso, cabe ao professor criar situações de aprendizagens de modo que o aluno pense mais criticamente sobre o mundo, reflita sobre as razões dos problemas e procure as possíveis soluções.

Portanto, é diante desta necessidade que se pretende abordar os conteúdos de Química utilizando recursos didáticos de modo a auxiliar o desenvolvimento do ensino e aprendizagem, tais como: aulas e vídeos na tevê pen-drive, uso do quadro de giz, filmes, pesquisa bibliográfica em livros e/ou usando o laboratório de informática, simulação de reações (site diaadia.pr.gov.br) interpretação de textos pertinentes a assuntos que abordem conceitos de Química, jogos envolvendo conceitos químicos; experimentos de simples realização que possam ser realizados em sala de aula, debates sobre temas sociais como por exemplo o meio ambiente, uso do livro didático público do estado do Paraná e do MEC, livros do Eureka de Química (versão Pré-vestibular e ENEM). Esses recursos serão utilizados sempre respeitando e observando o tempo e as necessidades

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específicas de cada conteúdo, como também a metodologia que melhor auxilia em sua abordagem e desenvolvimento.

AVALIAÇÃO A avaliação de Química será formativa e processual, considerando a participação

ativa dos alunos em sala de aula e em atividades extraclasse como pesquisas, seminários, atividades realizadas em sala de aula como a entrega de relatórios sobre a parte experimental, debates, redação de análise, comparação e opinião sobre temas pertinentes abordados na mídia, resolução de exercícios em grupos e apresentação de trabalhos expondo aquilo que assimilou com maior facilidade aos seus colegas de classe, sendo também aplicada a avaliação individual, a qual abordará questões na forma subjetiva e objetiva de acordo com o conteúdo.

O desenvolvimento das atividades em grupo é uma avaliação importante, pois permite o professor mediar à socialização dos alunos frente a diversas situações e opiniões, além de valorizar a importância de defender suas ideias e respeitar as ideias que divergem das suas, aproveitando sempre estes momentos para valorizar a comunicação entre a classe.

Na concepção de avaliação diagnóstica Luckesi (2002, p. 81), aponta que:

[...] para que a avaliação sirva à democratização do ensino, é [preciso] modificar a sua utilização de classificatória para diagnóstica. Ou seja, a avaliação deverá ser assumida como um instrumento de compreensão do estágio de aprendizagem em que se encontra o aluno, tendo em vista tomar decisões suficientes e satisfatórias para que possa avançar no seu processo de aprendizagem.

Acreditamos que independente da metodologia avaliativa adotada pelo educador, a avaliação deve ser um instrumento a ser utilizado para verificar o que realmente o aluno aprendeu, possibilitando assim, que o professor possa ter de acordo com os sistemas de avaliação apresentados nesta Proposta Curricular uma analise efetiva sobre a necessidade de revisar o conteúdo e assim recuperar a aprendizagem dos educandos ou então prosseguir o cronograma de abordagem desses conteúdos de Química sempre visando seguir e ampliar o conhecimento através de simulações no laboratório virtual, jogos envolvendo conceitos químicos.

Será oportunizado em cada bimestre, momentos de atividades de recuperação concomitante, através da correção comentada das atividades e avaliações, inclusive valorizando os alunos com maior facilidade de compreensão para participarem como alunos monitores em seus grupos.

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A média aritmética simples será utilizada para cálculo da média bimestral, esta será composta de no mínimo quatro notas sendo descartado sempre o menor resultado, após atividades de recuperação concomitante e análise de notas.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Fazenda; Ministério da Educação. Programa Nacional de Educação Fiscal. Educação Fiscal no Contexto Social . Série Educação Fiscal, Caderno 1, Título II, Brasília 2009.

BRASIL, Ministério da Educação; Secretaria de Educação do Estado do Paraná. Diretrizes Curriculares para o Ensino de Química . Curitiba, 2008.

BRASIL, Secretaria De Estado Da Educação, Superintendência da Educação. Química Ensino. Médio. Ensino de Química. Livro Didático Público, 2006.

BRASIL, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos. Enfrentamento à Violência na Escola. Série Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos, v. 4, Curitiba, 2008 a.

BRASIL, Secretaria de Estado da Educação, Superintendência da Educação. Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Desafios Educacionais Contemporâneos Educação Ambiental. Série Cadernos Temáticos dos Desafios Educacionais Contemporâneos, v. 3, Curitiba, 2008.

BRASIL, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Eureka (Biologia - Química) Pré-vestibular. Livro Didático Público.

BRASIL, Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Educação Básica. Eureka (ENEM). Livro Didático Público.

COVRE,G.J. Química Total . Volume Único, São Paulo: FTD, 2001.

FELTRE,R.QUÍMICA.Volumes 1,2 e 3 _6ª edição.São Paulo:Moderna,2004.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 14ª edição São Paulo: Cortez, 2002.

MORTIMER,E.F.Química. Volume único.São Paulo:Scipione,2005.

PERUZZO,M.F. Química na abordagem do cotidiano. Volume 1,2 e 3. São Paulo: Moderna,2003.

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189

USBERCO, J. Química Essencial – 1ª Edição- São Paulo, 2001.

UTIMURA,T. Y. Química - São Paulo, 1998.

VANIN, J.A. Alquimistas e Químicos: o Passado, o Presente e o F uturo . São Paulo : Moderna, 2005.

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APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O processo de ensino/aprendizagem no Brasil sofre constantes mudanças

cotidianamente para atender as expectativas e necessidades da sociedade. Já no início

da colonização houve a preocupação do Estado português em promover a educação para

facilitar a dominação e expandir o catolicismo. Assim coube aos jesuítas a função de

ensinar o latim aos gentios. Com a chegada da família real ao Brasil, passou a ser

valorizado o ensino de línguas. Surgindo então os primeiros professores de Inglês e

Francês com o objetivo de melhorar a instrução pública e atender às necessidades do

comércio. Esse ensino era voltado para a Abordagem Tradicional privilegiando a escrita e

o estudo da gramática. A partir do século XIX, Saussure estabelece a oposição entre

“langue” e “parole”, surgindo então elementos possíveis para a análise da língua.

Fundamentando assim o estruturalismo. Devido a várias questões sociais, econômicas e

políticas, muitos imigrantes vieram para o Brasil em busca de melhores condições de

vida. Essas colônias que se formaram no Brasil, tentavam preservar suas culturas,

organizando-se muitas vezes até para manter as escolas de seus filhos, uma vez que o

Estado brasileiro não ofertava atendimento escolar a todos. Devido a isso, o currículo era

centrado no ensino de língua e da cultura dos ascendentes das crianças.

No Paraná, as colônias que prevaleciam eram de italianos, alemães, ucranianos,

russos e japoneses, muitas vezes, o ensino da Língua Portuguesa era tido como língua

estrangeira. Em 1917, com a concepção nacionalista, a educação passou a ser

solidificada valorizando o espírito nacional, assim as escolas estrangeiras ou de

imigrantes foram fechadas e então foram criadas primárias sob a responsabilidade dos

estados. Neste contexto, em 1931, foi iniciada a reforma do sistema de ensino para

encaminhar o país ao crescimento econômico, surgindo assim o Método Direto, vindo de

encontro aos novos anseios sociais, impulsionando as habilidades orais. Perdendo aqui a

língua materna seu papel de mediadora, e todo o processo passou a ser voltado para o

acesso direto da língua, sem intervenção da tradução.

Desta forma, o MEC passou a privilegiar, nos currículos oficiais, conteúdos que

fortaleciam e valorizavam a identidade nacional. Resultando assim na aversão ao

estrangeirismo, onde muitas escolas foram fechadas ou perderam sua autonomia. Com a

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Reforma Capanema de 1942, o currículo oficial solidifica ideais nacionalistas. Com a

divisão do curso secundário em ginasial e colegial, o prestígio das línguas estrangeiras foi

mantido apenas no ginásio. Sendo que o MEC era responsável por indicar aos

estabelecimentos de ensino o idioma a ser ensinado nas escolas.

Após a Segunda Guerra Mundial, intensificou-se a necessidade de se aprender

inglês, quando o ensino ganhou, cada vez mais, espaço no currículo, em detrimento do

francês. Nos anos 50, com o desenvolvimento da linguística, surgiram mudanças

significativas quanto aos métodos de ensino. Quando os linguistas Bloomfield, Fries,

Lado, dentre outros, baseados nos estudos da escola Behaviorista, trabalhavam a língua

a partir da forma para se chegar ao significado. Surgindo assim os métodos audiovisual e

áudio-oral, com o intuito de formar rapidamente falantes de uma segunda língua.

A partir da década de 60, com base na psicologia cognitiva, a validade da teoria

Behaviorista passou a ser questionada. Então, sob as idéias de Chomsky (1965), surge a

Gramática Gerativa Transformacional que reestruturou a visão da língua e de sua

aquisição. Nos anos 70, Piaget desenvolveu a abordagem cognitiva construtivista, na qual

a aquisição da língua resulta na interação entre o organismo e o ambiente, através do

desenvolvimento da inteligência. Desde a década de 50, o sistema educacional brasileiro

era voltado ao mercado de trabalho (ensino técnico), com o intuito de formar profissionais

capazes de trazer mudanças ao país. Acarretando assim a diminuição da carga horária

das línguas estrangeiras. A LDB – 4.024 de 1961 – determinou a retirada da

obrigatoriedade do ensino de LE. Mesmo assim, a língua inglesa não perdeu a sua

valorização devido às demandas do mercado de trabalho. Com a reforma da LDB –

através da Lei 5692/71 – houve a desobrigação da inclusão de línguas estrangeiras no

currículo de 1º e 2º Graus. Tornando-se, desta forma, o ensino de LE um privilégio das

classes abastadas.

Em 1976, o ensino da LE volta a ser valorizado desde que em condições favoráveis

na escola. Isso fez com que muitas escolas suprimissem a língua estrangeira ou

reduzissem seu ensino para uma hora semanal. Ofertando apenas um único idioma.

No Paraná, iniciou-se um movimento de professores de LE pelo retorno da

pluralidade da oferta de línguas estrangeiras nas escolas públicas. Surgindo assim, a

partir de 1986, os Centros de Línguas Estrangeiras Modernas (CELEMS).

Com as constantes necessidades de mudanças metodológicas, surgiram novas

abordagens, baseadas no conceito de competência comunicativa, englobando as quatro

habilidades: leitura, escrita, fala e audição. A partir das idéias de Paulo Freire de 1990, a

abordagem comunicativa passou a ser criticada, dando vazão ao campo da pedagogia

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crítica, com a análise do discurso, onde o foco até então, centrado na gramática, passou

para o texto.

Em 1996, a LDB – Lei de nº 9.394/96 – determinou a oferta obrigatória de pelo

menos uma língua estrangeira moderna, no ensino Fundamental partir da 5.ª série, onde

a escolha do idioma fica a cargo da comunidade escolar. Já no Ensino Médio, a lei

determina a inclusão de uma língua estrangeira moderna, como disciplina obrigatória,

também escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda, em caráter optativo, dentro

das disponibilidades da instituição.

Observando todo o processo histórico do ensino da língua estrangeira, em nosso

país, desde a implantação até os dias de hoje, deparamo-nos frente a novos enfoques

teóricos, que se interessam pela análise do discurso a partir da perspectiva de interação

social. Como afirma Paulo Freire: - “não há cultura nem história imóveis”.

Dessa forma, o ensino de LE voltar-se-á para o desenvolvimento dos conteúdos

estruturantes, como prática social, favorecendo, desta forma, o uso da língua nessa

perspectiva interativa. Esses conhecimentos de maior amplitude, do ponto de vista do

processo dialógico, dialogam e relacionam-se continuamente uns com os outros, o que

vai possibilitar uma abordagem do discurso na sua totalidade, garantindo assim a

compreensão e expressão do aluno, através das seguintes práticas: leitura, escrita e

oralidade. Recaindo, desta forma, o foco do trabalho dirigido para a necessidade dos

sujeitos interagirem ativamente dentro de diferentes formas discursivas.

OBJETIVOS GERAIS DA DISCIPLINA

O inglês é um idioma de fundamental importância no mundo globalizado de hoje.

Cada vez mais pessoas estudam e falam inglês em todo o mundo.

Já há algum tempo, o inglês tornou-se um dos principais veículos de comunicação

nos meios diplomáticos, no comércio mundial, nas competições esportivas, no turismo,

nos encontros de líderes políticos mundiais, nos congressos sobre ciência, tecnologia,

arte, etc. Por isso é de suma importância o aluno conhecer a Língua Inglesa para não se

sentir isolado, fazendo-o integrar-se no mundo atual, caracterizado pelo avanço

tecnológico e pelo grande intercâmbio entre os povos.

As aulas de L.E. M (Língua Estrangeira Moderna) configuram-se como espaços

nas quais identidades são construídas pela forma como as interações entre professores e

alunos são organizadas pelas representações e visões de mundo, que vão sendo

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194

reveladas no dia a dia. Objetiva-se que os alunos possam analisar de tudo, e

desenvolvam sua consciência crítica a respeito do papel das L.E.M na sociedade

contemporânea. Por esse motivo e de grande relevância| que o aluno esteja inteirado com

a L.E. M, sendo função do professor desenvolver a autoconfiança dos mesmos para que

acreditem na capacidade de aprender, vindo a demonstrar, através de práticas diversas, o

domínio da língua oral, da escrita e da leitura. Para que ocorram estes domínios torna-se

fundamental a mediação do professor em todo esse percurso de aprendizagem, que

abrange ainda o desenvolvimento de atitudes que refletirão na vida social do aluno.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES/BÁSICOS DA DISCIPLINA

Os conteúdos específicos serão desdobrados a partir do conteúdo estruturante

com referência de diferentes textos discursivos, contemplando uma análise dialógica dos

elementos do texto, sendo observada e respeitada a diversidade textual, bem como o

princípio da continuidade. Nesta seleção de textos não serão levados em conta os

objetivos linguísticos, mas sim, com fins educativos, contemplando as necessidades e os

interesses dos alunos. Possibilitando, desta forma, relações coletivas e individuais na

construção do conhecimento.

O texto, desta forma, será uma unidade de comunicação verbal que pode ser

escrita, oral ou visual; como ponto de partida da aula de língua estrangeira. Tendo em

vista a concepção discursiva da língua, não segmentada em habilidades, consideram-se

que tais práticas não se separam em situações concretas de comunicação e, logicamente,

naquelas efetivadas em sala de aula.

Os conceitos propostos poderão ser trabalhados em todas as séries, devendo-se

apenas observar o nível/maturidade, bem como, os conhecimentos de mundo dos alunos

e a necessidade de aprofundamento em determinados temas/assuntos.

• Prática de leitura, escrita e oralidade.

• Identificação de diferentes gêneros textuais, informativos, narrativos, descritivos,

poesias, tiras humorísticas, correspondência, receitas, bula de remédios, manuais,

folders, outdoors, placas de sinalização, etc.

• Identificação de elementos coesivos e marcadores do discurso como responsáveis

pela progressão textual, encadeamento das idéias e coerência do texto.

• Reconhecimento de variedades linguísticas,: diferentes registros e graus de

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formalidade.

• Identificação da idéia principal dos textos (skimming).

• Identificação de idéias específicas em textos (scanning).

• Identificação de informações expressas em diferentes formas de linguagem (verbal

e não-verbal).

• Interferência de significados a partir de um contexto.

• Trabalho com cognatos / falsos cognatos, afixos, grupos nominais.

• Textos (escritos, orais, visuais, dentre outros).

• Os conhecimentos linguísticos poderão estar presentes em qualquer momento do

processo de aprendizagem independente de série, desde que seja respeitado o critério de

continuidade, necessidade e aprofundamento dialógico.

• Reconhecer a diversidade cultural: interna e externa, ou seja, entre comunidades

de língua estrangeira e/ou as de língua materna e, ainda, dentro de uma mesma

comunidade.

Ensino Fundamental 5ª Série: Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem Teórico/ metodológica

Avaliação

Discurso como prática social

Leitura • Identificação do tema,

do argumento principal.

1. Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.

19. Linguagem não verbal.

- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.

- Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos.

- Análise dos textos levando em consideração a complexidade dos mesmos.

- Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o

• texto.

- Leitura de outros

textos para a observação das

- Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção.

- Localizar informações explícitas no texto.

- Emitir opiniões a respeito do que leu.

- Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais.

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relações dialógicas.

Oralidade - Variedades lingüísticas.

- Intencionalidade do

texto.

- Exemplos de pronúncias e do uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.

- Apresentação de pequenos textos produzidos pelos alunos.

- Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos, reportagem.

- Análise dos recursos próprios da oralidade.

- Dramatização de

pequenos diálogos.

- Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção.(formal e informal)

- Apresentar clareza nas ideias.

Escrita - Adequação ao gênero:

elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas.

- Clareza de ideias.

- Discussão sobre o tema a ser produzido.

- Leitura de textos sobre o tema.

- Produção textual.

- Revisão textual.

- Reestrutura e reescrita textual.

- Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.

- Diferenciar a

linguagem formal da informal.

Análise Lingüística � Coesão e coerência.

v) Função dos pronomes,

artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, substantivos, preposições,verbos, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto.

w) Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

- Vocabulário.

- Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados para leitura ou escrita. - de textos produzidos pelos alunos - - das dificuldades apresentadas pela turma.

� Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da

- Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, o uso do artigo, dos pronomes,etc.

- Conhecer e ampliar o vocabulário.

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197

língua.

Sugestões de gêneros discursivos para a 5ª série: história em quadrinho, piada, poemas, exposição oral ( diálogos), comercial de TV, diário, quadrinhas, bilhetes, fotos, horóscopo, carta, textos midiáticos, e-mail, cartaz, lista de compras, avisos, música, etc. 6ª série Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica

Avaliação

Discurso como prática social

Leitura • Identificação do tema,

do argumento principal.

2. Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.

20. Linguagem não verbal.

- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.

- Inferências de informações implícitas.

- Utilização de materiais diversos ( fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos.

- Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos mesmos.

- Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

- Leitura de outros textos para a observação das relações dialógicas.

- Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção.

- Localizar informações explícitas no texto.

- Emitir opiniões a respeito do que leu.

- Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais.

- Refletir e

transformar o seu conhecimento, relacionando as novas informações aos saberes já adquiridos.

Oralidade

- Variedades lingüísticas.

- Intencionalidade do texto.

- Exemplos de pronúncias e de uso de vocábulos da língua estudada em diferentes países.

- Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

- Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos, reportagem.

- Análise dos recursos próprios da oralidade.

- Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção. (formal e informal).

- Apresentar clareza nas idéias.

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198

- Dramatização .

Escrita - Adequação ao

gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas.

- Clareza de idéias.

- Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão.

- Discussão sobre o tema a ser produzido.

- Leitura de textos sobre o tema.

- Produção textual.

- Revisão textual.

- Reestrutura e reescrita textual.

- Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.

- Diferenciar a

linguagem formal da informal.

Testes objetivos e subjetivos referentes aos textos ou sobre noções gramaticais e vocabulários .

Análise Lingüística x) Coesão e coerência.

y) Função dos

pronomes, artigos, numerais, adjetivos, palavras interrogativas, advérbios, preposições, verbos, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, concordância verbal e nominal e outras categorias como elementos do texto.

� Vocabulário.

z) Pontuação e seus

efeitos de sentido no texto.

- Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados para leitura ou escrita. - de textos produzidos pelos alunos. - das dificuldades apresentadas pela turma.

� Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.

- Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.

- Ampliar o vocabulário.

� Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.

Sugestões de gêneros para a 6ª série: entrevista, notícia, música, tiras,textos midiáticos, propaganda, charges, provérbios, diário, cartoon, narrativa, música, etc. 7ª série

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico/ metodológica

Avaliação

Discurso como prática social

Leitura • Identificação do tema,

do argumento principal e dos secundários.

o Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do

� Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.

� Inferências de informações implícitas.

� Utilização de

� Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção.

� Localizar informações explícitas e

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199

texto.

� Linguagem não-verbal.

materiais diversos ( fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos.

� Análise dos textos visando reflexão e transformação.

� Questões que levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

� Leitura de outros textos para a observação das relações dialógicas.

implícitas no texto.

� Emitir opiniões a respeito do que leu.

� Ampliar,no indivíduo, o seu horizonte de expectativas.

- Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais.

- Refletir e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas informações aos saberes já adquiridos.

Oralidade

o Variedades lingüísticas.

o Intencionalidade do texto.

o Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em diferentes países.

� Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

� Seleção de discursos de outros, como: entrevista, cenas de desenhos, recortes de filmes, reportagem.

� Análise dos recursos próprios da oralidade.

� Dramatização.

� Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção(formal, informal).

� Apresentar clareza nas idéias.

� Desenvolver a oralidade através da sua prática.

Escrita o Adequação ao gênero:

elementos composicionais, elementos formais e

� Discussão sobre o tema a ser produzido.

� Leitura de textos

� Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.

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200

marcas lingüísticas.

o Clareza de idéias.

o Adequar o conhecimento adquirido à norma padrão. Coerência com o tipo de

situação. Unidade temática.

sobre o tema.

� Produção textual.

� Revisão textual.

� Reestrutura e reescrita textual.

� Diferenciar a

linguagem formal da informal.

Testes baseados

nos conteúdos estruturantes de cada unidade.

Análise Lingüística − Coesão e coerência.

− Função dos pronomes,

artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas,substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como elementos do texto.

− Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

− Vocabulário.

� Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

-de gêneros selecionados para leitura ou escrita. - de textos produzidos pelos alunos. - das dificuldades apresentadas pela turma.

� Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.

� Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.

� Ampliar o léxico através de exercícios propostos.

� Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo. Distinguir os

graus do adjetivo, bem como seu uso.

Identificar

gêneros textuais. Identificar verbos

irregulares no passado e futuro.

Sugestões de Gêneros discursivos para a 7ª série: reportagem, slogan,sinopse de filme, textos midiáticos, anúncio publicitário, outdoor, blog, etc. 8ª Série: Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico / metodológica

Avaliação

Discurso como prática social

Leitura • Identificação do tema,

do argumento principal e dos secundários.

� Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.

� Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.

� Inferências de informações implícitas.

� Utilização de materiais diversos

� Realizar leitura compreensiva do texto, levando em consideração a sua condição de produção.

� Localizar informações explícitas e

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� Linguagem não-verbal.

� Realização de leitura não linear dos diversos textos.

( fotos, gráficos, quadrinhos...)para interpretação de textos.

� Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos mesmos.

� Questões que

levam o aluno a interpretar e compreender o texto.

� Leitura de outros textos, através de pesquisas, para a observação das relações dialógicas.

implícitas no texto.

� Emitir opiniões a respeito do que leu.

� Ampliar, no individuo, o seu horizonte de expectativas.

- Conhecer e utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais.

Oralidade � Variedades lingüísticas.

� Intencionalidade do

texto.

� Exemplos de pronúncias e de vocábulos da língua estudada em países diversos.

� Finalidade do texto oral.

� Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos.

� Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

� Seleção de discursos de outros, como: entrevista, cenas de desenhos,

recortes de filmes, documentários, reportagem,etc.

� Análise dos

recursos próprios da oralidade.

� Dramatização de textos.

- Reconhecer as variantes lexicais.

� Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal, informal).

� Apresentar clareza nas idéias.

� Desenvolver a

oralidade através de sua prática.

Escrita � Adequação ao gênero:

elementos composicionais, elementos formais e marcas lingüísticas.

� Paragrafação.

� Clareza de idéias.

� Discussão sobre o tema a ser produzido.

� Leitura de textos sobre o tema.

� Produção textual.

� Revisão textual.

� Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.

� Diferenciar a linguagem formal da informal.

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202

o Adequar o

conhecimento adquirido à norma padrão.

� Reestrutura e reescrita textual.

� Estabelecer relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições.

Análise Lingüística − Coesão e coerência.

− Função dos pronomes,

artigos, numerais, adjetivos, verbos, preposições, advérbios, locuções adverbiais, palavras interrogativas,substantivos, su-bstantivos contáveis e incontáveis, question tags, falsos cognatos, conjunções, e outras categorias como elementos do texto.

− Pontuação e seus efeitos de sentido no texto.

− Vocabulário.

� Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados para leitura ou escrita. - de textos produzidos pelos alunos. - das dificuldades apresentadas pela turma.

� Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.

� Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.

� Ampliar o vocabulário.

� Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.

Sugestões de gêneros discursivos para a 8ª série: reportagem oral e escrita, textos midiáticos, histórias de humor, músicas, charges, entrevistas, depoimentos, narrativa, imagens,etc.

Ensino Médio

Conteúdo Estruturante

Conteúdos Básicos Abordagem teórico / metodológica

Avaliação

Discurso como prática social

Leitura • Identificação do tema,

do argumento principal e dos secundários.

� Interpretação observando: conteúdo veiculado, fonte, intencionalidade e intertextualidade do texto.

� Linguagem não-verbal.

� As particularidades do texto em registro formal e informal.

� Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros.

� Relevância dos conhecimentos prévio dos alunos.

� Inferências de informações implícitas.

� Utilização de materiais diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...)para interpretação de textos.

� Realizar leitura compreensiva do texto, considerando a construção de significados possíveis e a sua condição de produção.

� Perceber informações explícitas e implícitas no texto.

� Argumentar a respeito do que leu.

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� Finalidades do texto.

� Estética do texto literário.

� Realização de leitura não linear dos diversos textos.

� Análise dos textos, levando em consideração o grau de complexidade dos mesmos.

� Questões que levam o aluno a interpretar , compreender e refletir sobre o texto.

� Leitura de outros textos, através de pesquisa, para a observação das relações dialógicas.

� Ampliar, no

indivíduo, o seu horizonte de expectativas.

� Estabelecer relações dialógicas entre os diferentes textos.

� Conhecer e

utilizar a língua estudada como instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais.

Oralidade

� Variedades linguísticas.

� Intencionalidade do texto.

� Particularidade de pronúncias da língua estudada em diferentes países.

� Finalidade do texto oral.

� Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos.

� Apresentação de textos produzidos pelos alunos.

� Seleção de discursos de outros como: entrevista, cenas de desenhos, reportagens, recortes de filmes, documentários, etc.

� Análise dos recursos próprios da oralidade.

� Dramatização de textos.

- Reconhecer as variantes lexicais.

� Utilizar seu discurso de acordo com a situação de produção (formal , informal).

� Apresentar clareza nas idéias.

� Desenvolver a oralidade através da sua prática.

Escrita

� Adequação ao gênero: elementos composicionais, elementos formais e marcas linguísticas.

� Paragrafação.

� Clareza de ideias.

� Discussão sobre o tema a ser produzido.

� Leitura de textos sobre o tema.

� Produção textual.

� Revisão textual.

� Reestrutura e

� Produzir e demonstrar na produção textual, a construção de significados.

� Produzir textos atendendo as circunstâncias de produção proposta.

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o Adequar o

conhecimento adquirido à norma padrão.

reescrita textual.

� Diferenciar a

linguagem formal da informal.

� Estabelecer relações entre partes do texto, identificando repetições ou substituições.

Análise Lingüística

Coesão e coerência.

Função dos pronomes, artigos,adjetivos, numerais preposições, advérbios,

locuções adverbiais, conjunções, verbos, palavras interrogativas, substantivos, substantivos contáveis e incontáveis, falsos cognatos, discurso direto e indireto, vozes verbais, verbos modais, concordância verbal e nominal, orações condicionais, phrasal verbs e outras categorias como elementos do texto.

- Vocabulário.

� Estudo dos conhecimentos lingüísticos a partir:

- de gêneros selecionados para leitura ou escrita. - de textos produzidos pelos alunos. - das dificuldades apresentadas pela turma.

� Leitura de textos diversos que permitam ampliar o domínio da língua.

� Utilizar, adequadamente recursos lingüísticos, como o uso da pontuação, do artigo, dos pronomes, etc.

� Ampliar o vocabulário.

� Utilizar as flexões verbais para indicar diferenças de tempo e modo.

Sugestões de gêneros discursivos para o Ensino Médi o: crônica, lendas, contos,poemas,fábulas, biografias, classificados, notícias, reportagem, entrevistas, cartas, artigos de opinião, resumo, textos midiáticos, palestra, piadas, debates, folhetos, horóscopo, provérbios, charges, tiras,etc. A diversidade de gêneros discursivos deve estar contemplada em todas as séries

do Ensino Fundamental e do Médio.

Ressalta-se que a diferença significativa entre as séries está no grau de

complexidade dos textos e de sua abordagem.

A partir do texto escolhido para desenvolver as práticas discursivas, definem-se os

conteúdos específicos a serem estudados, norteados pelo gênero do texto.

A cultura Afro-brasileira e Africana e a Cultura Indígena devem ser contempladas

em diversos momentos.

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METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O Ensino de língua estrangeira, na escola, tem um papel importante à medida que

permite aos alunos entrarem em contato com outras culturas, assim promovendo o

interesse deles pelo idioma. Portanto, é fundamental que o professor desenvolva com os

alunos um trabalho que lhes possibilite confiar na própria capacidade de aprender, dentro

de uma atmosfera de interação, motivação e afetividade. Os temas abordados devem

auxiliar os alunos a desenvolver suas habilidades, ou seja, leitura, escrita e oralidade.

O professor deve utilizar todos os materiais disponíveis, tais como: livros, figuras,

áudios, vídeos, revistas, a fim de desenvolver processos que venham contribuir para um

contexto interativo, visando atividades em grupo ou atividades individuais que

desenvolvam o processo dialógico do conhecimento.

A gramática, assim, deve ser reconhecida como um elemento de ligação entre

fenômenos que se interpenetram, dando conta da interação que ocorre entre os discursos

e também entre os fatores psicológicos e sociais, levando o aluno a refletir sobre o

processo, devendo o conhecimento do mundo interagir com provável falta de competência

lexical, compensando este. Pois, segundo Benites (11) – “Todo discurso se constrói pela

relação com os outros, que dessa forma, se estabelecem com seu exterior constitutivo”,

sem levar-se em conta análises desconectadas de elementos gramaticais, extrapolando o

domínio linguístico que o aluno possa vir a ter através da diversidade cultural

apresentada.

Ao interagir com textos provenientes de vários gêneros, o aluno perceberá que as

formas linguísticas não são sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado,

mas são flexíveis e variam, dependendo do contexto e da situação em que a prática social

do uso da linguagem ocorre. Esse processo de aprendizagem e interação envolve, deste

modo, um tipo e negociação constante, observando:

1. O conhecimento de mundo dos envolvidos.

2. Sua interação com os elementos do processo.

3. Fatores que envolvem o processo em si.

Pode-se concluir que há uma constante busca pela relação entre a LE e a

pedagogia crítica, num contexto global educativo, em que a sala de aula passa a ser um

espaço de produção de discurso marcado de significação que levem a reflexões e que

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observem que os seus discursos cruzam-se e se fundem com muitos outros. Tal processo

variará, observando o nível em que o aluno está inserido, ressaltando assim a importância

da complexidade e aprofundamento de conteúdo.

Assim, o professor deve buscar constante atualização, para ser capaz de provocar

mudanças necessárias no processo e adequá-las a sua realidade; proporcionando

subsídios, para que os alunos sejam capazes de inferir e colaborar com o processo, para

partilhar com estratégias de aprendizagem.

AVALIAÇÃO

A avaliação está profundamente relacionada com o processo de ensino e, portanto,

deve ser entendida como mais um momento em que o aluno aprende. A relevância e

adequação de um conteúdo estão atrelados a diversos fatores, entre eles as

características psicossociais dos alunos, seu grau de desenvolvimento intelectual, a

aplicabilidade dos objetos de conhecimentos ensinados, a capacidade de o aluno

estabelecer relações entre os conteúdos, as necessidades de seu dia-a-dia e o contexto

cultural dos alunos.

Para que um processo de aprendizagem seja efetivo, ele deve contemplar a

avaliação diagnóstica, contínua, formativa e reflexiva. O registro e observação do

desempenho do aluno devem ser feitos de forma contínua e reflexiva, tendo em vista as

aprendizagens previstas.

Ressalta-se a necessidade de um envolvimento por parte de toda a comunidade

escolar, sendo que o professor avaliará o desempenho do aluno – seu progresso – e

verificará se a sua metodologia está sendo adequada. Enquanto isso, o aluno, necessita

saber como está progredindo – como está sua evolução cultural – e sua aquisição de

conhecimentos. Os pais também devem estar envolvidos no processo, já que se trata da

educação de seus filhos. E devem acompanhar os degraus avançados e as dificuldades

apresentadas por eles na escola. E, finalmente, a sociedade, esta a quem a educação

deve comprovar a sua eficiência no papel de sujeito crítico e participativo no meio que o

cerca.

A língua, avaliada oralmente ou por escrito, permite-nos observar as limitações e os

avanços dos aprendizes, bem como o reflexo do ambiente sócio-cultural, no qual estão

envolvidos. As práticas: escrita, leitura e oralidade – realizam a abordagem do discurso

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em sua totalidade, enquanto interagem entre si, constituindo uma prática sócio-cultural.

Os critérios, utilizados na avaliação, deverão ser flexíveis, levando em conta a

progressão de desempenho de cada aluno, as características particulares da classe em

que o aluno se encontra e as condições em que o processo de ensino e aprendizagem se

concretize. A nota é um registro formal, sendo importante o professor considerar todo o

processo avaliativo, desde o desenvolvimento do trabalho até o esforço para sua

efetivação, observando os critérios pré-estabelecidos pelo próprio docente. Tais critérios

podem abranger desde a participação do aluno em sala de aula, sua atenção e motivação

em aprender, bem como, seu desempenho avaliado em provas e trabalhos.

Na avaliação, observar-se-á se o aluno consegue realizar leitura compreensiva do

texto, levando em consideração a sua condição de produção, localizar informações

explícitas no texto, emitir opiniões a respeito de que leu, conhecer e utilizar a língua como

instrumento de acesso a informações de outras culturas e de outros grupos sociais, refletir

e transformar o seu conhecimento, relacionando as novas informações aos saberes já

adquiridos.

Portanto, o professor deve adaptar o uso de materiais disponíveis como figuras,

áudio, vídeo, trabalhar de forma que possam ser usadas as seguintes atividades:

- Atividades em grupo: que contribuem significativamente para que os alunos

compreendam e respeitem atitudes e opiniões;

- Atividades Orais: São usadas como forma de ampliar a consciência dos alunos sobre os

sons da L.E. M, por meio do uso de exercícios de dicção, leitura expressiva;

- Produção Escrita: com a finalidade de desenvolver sua proficiência linguística;

- Atividades Auditivas: para fazer generalizações e aprimorar as possibilidades de

comunicação, utilizando-se de todos os áudios e recursos possíveis;

- Leitura: Uso de livros, artigos de revistas e jornais, textos argumentativos, informativos e

literários, outdoors, vestuários, alimentação;

- Dentro dos conteúdos serão trabalhados jogos, filmes, teatros, músicas e outras

atividades que venham a desenvolver a língua em sala de aula, todos os temas

gramaticais serão trabalhados inseridos dentro de um contexto que leve a uma reflexão e

assimilação dos mesmos.

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Podemos concluir que a finalidade da avaliação é verificar não somente a

deficiência de aprendizagem, mas uma forma do professor verificar se está havendo

progresso e se os seus métodos estão sendo válidos. É uma atividade do processo

ensino-aprendizagem, pois nos dá informações a todo instante de como está o

desenvolvimento do aluno, o que é preciso ser melhorado para que o mesmo adquira o

sucesso esperado. A avaliação do rendimento do trabalho escolar do aluno poderá ser

feita através de:

- Análise da resolução dos exercícios;

- Observação do aluno do desenvolvimento do curso;

- Testes baseados nos conteúdos estruturantes de cada unidade;

- Traduções, versões objetivando o uso do vocabulário aprendido;

-Testes objetivos e subjetivos referentes aos textos, ou sobre noções gramaticais e

vocabulário;

Testes orais tais como:

- Análise de músicas;

- Diálogo e conversação;

- Cantos;

-Apresentações de Teatro;

REFERÊNCIAS

FREIRE, P. Pedagogia da Indignação. São Paulo: Editora Unesp, 2000.

LEFFA, V. (org.) A interação na aprendizagem das línguas. Pelotas – R.S. EDUCAT

_Editora da Universidade Católica de Pelotas, 2006.

PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares da Educação Básica:

Língua Estrangeira, Curitiba, 2008

PPP – Projeto Político-Pedagógico de cada escola ou colégio.

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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O espanhol é a língua nativa de mais de 350 milhões de pessoas, distribuídas por

todos os continentes, mas seu maior contingente encontra-se no continente americano.

É a língua oficial de 20 países, além de ser a língua de cerca de 30 milhões de

falantes nos Estados Unidos e de comunidades minoritárias em outros países.

Mas pela sua importância no mercado: o espanhol é a segunda língua mais falada

comercialmente no mundo e as previsões indicam que para 2050 serão 550 milhões de

falantes de espanhol no mundo.

A crescente globalização da economia mundial tem exigido um elo de comunicação

entre os diferentes mercados. Uma vez que os especialistas apontam o mercado latino-

americano como um dos que mais impactos fará na economia deste século, esse elo de

comunicação passa a ser o idioma espanhol.

Os tratados comerciais provam que a língua espanhola já se tornou fundamental

para a sobrevivência na nova ordem mundial. Exemplo disso é o fato de os EUA já terem

adotado o espanhol como segundo idioma. 80% dos alunos norte-americanos escolhem o

espanhol como segunda língua, sem contar com os mais de 35 milhões de hispano-

falantes que moram nos Estados Unidos.

Recente pesquisa realizada nos EUA revelou que 44% dos empresários norte-

americanos concordam que a língua estrangeira mais importante para os negócios, nos

próximos 20 anos, será o espanhol.

Já no Brasil com o passar dos anos o conhecimento em língua estrangeira passou

a ser considerado um direito um requisito para o exercício de uma cidadania plena, não

apenas para os alunos em fase escolar mas para a maioria da população.

Com a LDB 9394/96 determinava-se a obrigatoriedade de uma Língua Estrangeira

a ser definida pela comunidade escolar no Ensino Fundamental, diferenciando-se do

Ensino Médio, ficando estabelecido que a oferta é de obrigatoriedade de uma língua e

optativa para outra, conforme as possibilidades da escola, pautada numa concepção de

língua como prática social, fundamentada na abordagem comunicativa.

Assim surgiu um processo que buscava destacar o Brasil no Mercosul, em 5 de

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agosto de 2005 foi criada a Lei n. 11.161, que tornou obrigatória a oferta de língua

espanhola nos estabelecimentos de Ensino Médio.

Com isso, também se buscou atender os interesses político-econômicos para

melhorar as relações comerciais do Brasil com países de Língua Espanhola.

Segundo o MEC a disciplina de Língua Estrangeira deve contribuir para a formação

do aprendiz, quanto ao conhecimento e à reflexão sobre as civilizações estrangeiras e

tradições de outros povos.

CONTEUDOS ESTRUTURANTES BASICOS

A língua espanhola tem como objetivo, ensinar o aluno para que o mesmo seja

capaz de interagir com a sociedade, onde a língua seja uma ponte que permita acessar

as diferentes culturas de mundo, permitindo a interação do homem e suas transformações

na sociedade e no meio ambiente.

Os objetivos e conteúdos estão organizados com diferentes temas cada qual

elaborado para desenvolver distintas competências de comunicação e investigação

abrangendo habilidades lingüísticas especificas da língua devendo:

- Desenvolver no aluno a consciência crítica e transformadora no que diz respeito as

diferentes línguas presentes na sociedade;

- Proporcionar aos alunos contato com habilidades (leitura, escrita, audição, oralidade)

para fins de desenvolvimento da capacidade de comunicação

- Proporcionar relações individuais e coletivas para reconhecer-se como um ser ativo no

mundo em constante transformação;

- Compreender que a língua não é objeto estanque e evolui constantemente conforme a

evolução histórica da sociedade;

- Oportunizar ao aluno a percepção e utilização da língua como prática social e cultural

contextualizada e heterogênea

O objetivo geral da língua é de um espanhol sem fronteiras com variantes e

variedades especificas de alguns países através de utilização de vários gêneros textuais

onde o aluno possa observar as variedades existentes na maneira de se falar e de se

escrever a língua espanhola.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

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O planejamento será voltado para as necessidades e a realidades dos alunos,

assim serão constantemente avaliados conforme a pratica pedagógica, passamos a

desenvolver as habilidades de leitura e escrita aprofundando a língua espanhola.

Utilização material de apoio: cartazes, jogos com material reciclado, TV , filmes, uso

do pendrive com programações, entrevistas variadas uso do som com músicas de

gêneros variados da língua espanhola e dinâmicas em grupos usando bola, jornal,

corda, giz, tintas, tesouras, lápis colorido e figuras e objetos diversos.

Trabalhando a leitura e a escrita da língua espanhola utilizando diferentes gêneros

textuais, como revistas, jornais fotos, gráficos, quadrinhos,desenhos, placas, manuais de

eletrodomésticos, rótulos etc.;

Para o desenvolvimento comunicativo e cultural serão utilizados os seguintes

recursos: textos de vários gêneros: publicitários, jornalísticos, literários, informativos e de

opinião; imagens para interpretação textual; atividades em grupo com o uso de

dicionários; livros didáticos e paradidáticos; recursos audiovisuais e tecnológicos; textos

produzidos pelos alunos para apresentação oral; atividades lúdicas para fixação de

conteúdos, permitindo ao aluno perceber que o conhecimento de outra cultura colabora

para a elaboração da consciência da própria identidade, pois o educando consegue notar-

se também como sujeito histórico e socialmente constituído.

Analisando e interpretando a sua forma e estrutura da língua falada e escrita, o

professor oferecendo situações que considere capazes de potencializar ao máximo a

aprendizagem do aluno onde a motivação do mesmo seja esta crucial para que a

aprendizagem aconteça de uma forma alegre e prazerosa.

AVALIAÇÃO

A avaliação será um processo de observação do aluno e como ele irá se

desenvolver frente aos objetivos propostos e de forma progressiva em cada atividade

desenvolvida em sala de aula.

Serão feitos trabalhos individuais e em grupos em sala de aula, atividades

extraclasse e também trabalhos orais de atenção e percepção que envolva o espaço da

escola desenvolvendo as habilidades de ler, escrever e ouvir utilizando a nova língua

como instrumento de acesso a novas informações e a de outras culturas.

Levando em consideração, também, a avaliação diagnostica e formativa, sendo

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respeitadas as diferenças individuais e escolares de cada aluno bem como a sua

comunidade escolar e a sociedade, esta a quem a educação deve comprovar a sua

eficiência no papel de sujeito critico e participativo no meio que o cerca.

O espanhol está em expansão no mundo e o próximo milênio parece ter-lhe

reservado um importante papel na sociedade.

REFERENCIAS

BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quart o ciclos do ensino fundamental: língua estrangeira . Brasília: MEC/XXX, 1998. BRIONES, A.L; et AL. Español. ahora . São Paulo: Atica, 2004. Lei de diretrizes e bases da Educação Nacional. Lei n. 99394/96, de 20 de dezembro de 1996. SEED. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino fun damental . Parecer nº. CEB 04/98, de 29 de janeiro de 1998. ______.Diretrizes curriculares de língua estrangeira .2008 FREIRE, P. Pedagogia da Indignação . São Paulo: Unesp, 2000. LUCKESI, C. Avaliação da aprendizagem escolar . São Paulo: Cortez Editora, 1998. PARANÁ (estado). Secretaria de Estado da Educação e da Cultura. Currículo Básico da Escola Publica do Paraná . Curitiba,1990. MELLO, A; ALVES, M. N.A Mucho. Español para brasileños . São Paulo:Moderna Editora,2000.