SU5ÌENTAVEL Comunicação e sustentabitidade...Feb 14, 2014  · carja conhecido como...

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SU5ÌENTAVEL Comunicação e sustentabitidad Da filantropia à inserção doconceíto no core business, comunicação e a publicidade das empresas evoluíram Por Andrea Vialli aÍa entender as tÍansfoímaçôes queo conceito de sustentabifida- de vem sofrendo ao longodasút- tjmas duas décadas, um bom pontode partidaé otharo modocomo as empre- sasvêÍìrabordando as chamãdas ques- tõessocioambjentais emsua pubticjdade e coÍnunjcação corpoÍatjva. Especjat- Ínente nosúLtìmos dezanos, a formade comunicaÍ esses teÍnas mudouÌadícat- ÍÌrente entÍe as oígani2ações e abrjuca- Íìrinho pâÍa que o próprjo ÍneÍcado pu- btjcjtárjose âutorÍegulasse também quândo o assunto é propaganda verde ou socioambjentat. Aumentou a vigjtân- cia da sociedade, ao mesÍno tempo en que o discuÌso ê as ações daseÍnpÌesãs foÍaÍn cÍescendo em sofjsticação. Hoje, nãodá majs para apregoaÍ boas práticas seÍn que haja um trabalho consistênte de Íetaguarda às peças dê comurjcação. É possívet deLjmitar ãtgumâs fases desse processo detÍansformação dodjs- cufso e das prátjcas desustentabjtìdade. Até a década de 1990,as empÌesas não falavam sobrequestões sociais ou aÍn- bientais emsua comunjcaçã0, mujtome- nosnas campanhas pubúcitáÌiâs. Cabja às oÍgânizações não governamentais (0NGs) utjlìzarem a comunicaçãoea pu- bLicjdâde paÌa defender suascausãs, e rnesÍìro assim o movimento aÌnda erain_ cipiente. tjcou célebre, eÍn1987, a cam- panha dã Fundação S0SÌ'lãtâAttâÍtica quemostrava a handejÍa do Brasilsem a mêtade de suaporção verde. ReforçaÍdo a jmpressão de quea bandeka estava ti- teÍãtmente sendo desmatada, o stogan: "Estão tìíando o veÍde de nossa terrã': Assinada votuntarjamente petaâgência de pubtjcidãde DPz, â peça viÌou uma espécìe de símboto da Luta anbientaLis- ta que coÍneçava a sefortaleceÍ no BÍa' sit.'Até hoje somos tembÍados poÍ essa campãnha", conta MaIcìãHiÌota, dìre- tora êxecutr'va da Fundação Sos Mata Attântica.0nze anos depois,eÍì 1998, outra camparha de impacto,destavez estudo mostra como a nos úLtimos 20anos a cargoda agênciã Young&Rubicam, mostrava duasárvoÍes em posjção que sjmutava os putmões hunìanos e a fra- se: "Quercontjnuar a respiÍaÍ? [omecê EMPRESAS BOAZINHAS, MAS CALADAS Mas separa uma 0NG a mensagem precj- savã serlíquida e certapara sensibitizar, conscientjzar e ÍnobiLjzaÌ a poputação parã a causa do combate ao desmata mento e da pÍeseÍvação do meio am- biente, no mundo coíporãtivo a cojsa era bem difeÌente. A oÍdeÍn era nãofalaÍso- bÍe aseventuajs ações sociais e ambiên- tais que ãs empÍesas desempenlravam. Estamos no ìnício dosanos 1990, e as empÍesas coÍneçavam a fjcar Ínajs à von- tade comas boas ações que pratjcavãm - de doações a entjdades assistencìâtjs_ tas às prìÍneiras fundações empÍesaliais cÍìadas para sìsteÍÌìatizaÍ osinvestjmen- tos de curho sociat, que na maioÍ paÍ- te dasvezes eÍam reatizados seÍnquat- quer ljgação com o core óu5ire55. A era da fiLantropìa empresãÌiaL, ou cjdada- nia corporatjva, davâ os pÍjmeiÍos con' toÍnos ao moviÍnento que mais tardefi- carja conhecido como responsabìlìdade social empresarjal (R5E). 14as a comu- njcação dessas ações eÌa muito restrj- ta, geratmente ÍêseÍvadã aosmuíâjs da empresa, jamãìsultrapassardo as fron- teirasdoscanais de comunjcação como público inteÍno. nofinatda década de 1990, o mo- vìmento dâs coíporações adeptâs das âções de fitãntropia e RSE começou ã se oÌganìzar. Em 1998, funda-se, em São Pauto, o Institüto Ethos de Empresas e Responsabitidâdê Social, queacãbou se tornando um dos marcos dessa tendência nossa terra. 54 ldea Susteniável D?EMBnô,oE

Transcript of SU5ÌENTAVEL Comunicação e sustentabitidade...Feb 14, 2014  · carja conhecido como...

  • S U 5 Ì E N T A V E L

    Comunicação e sustentabitidadeDa filantropia à inserção do conceíto no core business,

    comunicação e a publicidade das empresas evoluíramPor Andrea Viall i

    aÍa entender as t Íansfoímaçôesque o conceito de sustentabifida-de vem sofrendo ao longo das út-

    t jmas duas décadas, um bom ponto departida é othar o modo como as empre-sas vêÍìr abordando as chamãdas ques-

    tões socioambjentais em sua pubticjdade

    e coÍnunjcação corpoÍat jva. Especjat-Ínente nos úLtìmos dez anos, a forma decomunicaÍ esses teÍnas mudou Ìadícat-ÍÌrente entÍe as oígani2ações e abrju ca-Íìrinho pâÍa que o próprjo ÍneÍcado pu-

    bt jc j tár jo se âutor Íegulasse tambémquândo o assunto é propaganda verdeou socioambjentat . Aumentou a v ig j tân-cia da sociedade, ao mesÍno tempo enque o discuÌso ê as ações das eÍnpÌesãsfoÍaÍn cÍescendo em sofjsticação. Hoje,não dá majs para apregoaÍ boas práticas

    seÍn que haja um trabalho consistêntede Íetaguarda às peças dê comurjcação.

    É possívet deLjmitar ãtgumâs fases

    desse processo det Íansformação do djs-cufso e das prátjcas de sustentabjtìdade.

    Até a década de 1990, as empÌesas nãofalavam sobre questões sociais ou aÍn-bientais em sua comunjcaçã0, mujto me-nos nas campanhas pubúci táÌ iâs. Cabjaàs oÍgânizações não governamentais(0NGs) ut j l ìzarem a comunicaçãoea pu-

    bLicjdâde paÌa defender suas causãs, ernesÍìro assim o movimento aÌnda era in_cipiente. tjcou célebre, eÍn 1987, a cam-panha dã Fundação S0S Ì'lãtâ AttâÍticaque mostrava a handejÍa do Brasilsem amêtade de sua porção verde. ReforçaÍdoa jmpressão de que a bandeka estava ti-teÍãtmente sendo desmatada, o stogan:"Estão tìíando o veÍde de nossa terrã':Assinada votuntarjamente peta âgênciade pubt jc idãde DPz, â peça v i Ìou umaespécìe de símboto da Luta anbientaLis-ta que coÍneçava a se fortaleceÍ no BÍa'sit.'Até hoje somos tembÍados poÍ essacampãnha", conta MaIcìã HiÌota, dìre-tora êxecutr'va da Fundação Sos MataAttântica. 0nze anos depois, eÍì 1998,outra camparha de impacto, desta vez

    estudo mostra como anos úLtimos 20 anos

    a cargo da agênciã Young&Rubicam,mostrava duas árvoÍes em posjção quesjmutava os putmões hunìanos e a f ra-se: "Quer contjnuar a respiÍaÍ? [omecê

    EMPRESAS BOAZINHAS,MAS CALADASMas se para uma 0NG a mensagem precj-

    savã serlíquida e certa para sensibitizar,conscientjzar e ÍnobiLjzaÌ a poputaçãoparã a causa do combate ao desmatamento e da pÍeseÍvação do meio am-biente, no mundo coíporãtivo a cojsa erabem difeÌente. A oÍdeÍn era não falaÍso-bÍe as eventuajs ações sociais e ambiên-ta is que ãs empÍesas desempenlravam.Estamos no ìníc io dos anos 1990, e asempÍesas coÍneçavam a fjcar Ínajs à von-tade com as boas ações que pratjcavãm- de doações a entjdades assistencìâtjs_tas às prìÍneiras fundações empÍesaliaiscÍìadas para sìsteÍÌìatizaÍ os investjmen-tos de curho sociat, que na maioÍ paÍ-te das vezes eÍam reatizados seÍn quat-quer ljgação com o core óu5ire55. A erada fiLantropìa empresãÌiaL, ou cjdada-nia corporatjva, davâ os pÍjmeiÍos con'toÍnos ao moviÍnento que mais tarde fi-car ja conhecido como responsabì l ìdadesocia l empresar ja l (R5E). 14as a comu-njcação dessas ações eÌa muito restrj-ta, geratmente ÍêseÍvadã aos muíâjs daempresa, jamãìs ultrapassardo as fron-teiras dos canais de comunjcação com opúblico inteÍno.

    Já nof inatda década de 1990, o mo-vìmento dâs coíporações adeptâs dasâções de fitãntropia e RSE começou ã seoÌganìzar. Em 1998, funda-se, em SãoPauto, o Institüto Ethos de Empresas eResponsabitidâdê Social, que acãbou setornando um dos marcos dessa tendêncianossa terra.

    54 ldea Susteniável D?EMBnô,oE

  • no país. A mjssão da organìzação, queperdura até hojê, é de "nìobilizar, sensi-b jUzar e a judaÍ as eÍnpresas a ger j r seusnegócjos de foÌmã sociat Ínente respon-sável, tornãndo-as paÍcejras na constru-

    ção de uÍna socjedade justa e sustentá-ve|: Na prátjca, o Instituto Ethos tinhão objet ivo não só de est j Í ìuLar ações so-cìãìs das empÍesas vja fjtartropia, Ínasincent ivá-Las a adotar um conìporta_Íìento étjco ros negócjos e nas Íetaçõescom os seus púbücos de ìnteÍesse oschamados stakehotders, que ìnctueÍ ì osfuncjonár jos da empÍesã, seus foínece-dores, o goveíno, out ÌasempÍesas, a co-munjdade, ê impÍensa, o Í ìe jo ambiente.

    A VTZ DO SOCIAL14ENÍERESPONSAVEL405 poucos, as empÍesas t0Í Ì lavam conscìêncjã de que não bastala pÌaticar filant Ìopìa para serem bem-vìstas aosothos da socìedadê, e coÍ ìeça um esfoÊ

    ço para jncoÍporaÍ jndicadoÍes de atua-

    ção íesponsáveL aos seus s istemas degestão. No Brãsjl, surgem os rnodêlos debãlanço socjat , os indjcadoÍes de gestãoEthos e não taídam a chegar até aquj asd€nìandas por sjstemas de certjfjcaçãoda quaLjdade (séÌies Iso e0o1), nreio am-hìente ( Is0 14001), saúde e segurançaocupacionat (0NSAS 18001), especia l -Í ìente na ì rdústr ja. PoÍ f jm, um passo

    important Íss inìo fo j dado na comunìca-

    ção da responsabi t idade socìaI das em-pÍêsasr a tendêncìa da pubt ìcação dosreLatóÍ ios de Íesponsabi Ì jdade sociât ,que começou ef i ì 1997, com ã cÍ ìação daGlobat Reporting Inìtiative (GRI) oÊgânização hotandesa sem fins [ucratjvosque f ixou padrões para que as organjza-

    ções re latassem seus impactos ê suâsin ic iat ivas socioambientais do mesmonìodo que íe latam seus batanços f jnan'ceiros. Na década de 2000, uÍna empÌesâântenada com o movìmento da RSE deve-rja ser afjtjada ao Instìtuto Ethos e pu-bt icaÍ Ìeta ióÍ ìos socja js ros padÍões dacRL l4as ajnda havia uÍ ìa gÍande con-fusão entre os conceìtos de fitantÍopiae RsE, e isso se Íef tet ia no posjc jona_ÍÌ rento ìnst i tuc jonai dâs empresâs e emsua comunjcação.

    Atentos a essa demãnda, os profissìonaìs de comunicação Pêícivat Caíopíe-50, Renatâ Cook e GLên l,lartins (hojeem atuãção soLo na tmpowerbrand)fundam, em 2005, a SetoÍ 21/2, u'r,a daspioneiÍas no tema, cujo foco é trahalhaÌo pensaÍnento estratégjco de coÍ ìunjca-

    ção coÍpoÍat iva, branding e negócios,const Ìuìndo o ponto ìdêãt de fusão ent Ìe eÍ Ì rpresas, causas socioãmbientajs eent idades. A Sêtor 2% nasce da percep-

    ção de quê aqueLe era um ÍÌroÍÌrento emque as empÍesas e oÍqânjzações come-

    çavam a se daÍ conta da necessìdãde decomunrcaÍ bem 0s seus vaLoÍes, cÍen-

    ças e ações - mas não sabiam exata '

    ljÍn dos aa5e5 que jtustÌam esse moÍnento é o da fabricante defibÌa de celulose Aracruz - que dêpois virìa a se uriÍà Votoíantim Celutose e Pâpet, dandooíigem à Fibria. A AracÍuz foj um dosprimêiÌos ctjentes da Setor 2V, ê deci-d iu, eÍ ì 2006, assumir pubLicamente seuposjc jonaÍ Ì rento como êmpresa responsáveI ras questòe5 socìais e aÍ ìb jer taìs.CoÍì mais de 80% das v€ndas ao e)( te-rjor, a êíÌìpresa vju aumentar os fatoÌesdê pÍessão dos ct ientes i r teínacìonaÈ,que quest ioravaÍ Ì ì ã companhja em relação a ceÍtìficações ambientais, n]ane-jo das fLor€stas, condições socjaü dost ÍabaLhadoÌes e das comunidades quevìvjãm pÍóximas às fábricas e áÌeas depÍodução de eucat jpto da êmpÌesa. Apósexanìinar o contexto a fündo, peÍcebeuse que a Aracruz já havia jncorporado

    píát icas de gestão socìoambjentat e já

    era inclusive recorhecida e cert i f icãdapor isso. "À4as esse conjunto de pÍát icasnão seguia uma Linha estratégjca. Eramações táticas, avuLsas, sem sinergia or-gânìca com o negócio", ÍelembÍa PeÌcjvatCaropÌeso, sócio-fundadoÍ da Setor 2V,.

    A proposta paÍa a AracÍuz foì que

    a empÍesa assuÍììss€ sua atìvjdade d,êcaráteÍ agroìndustrjat: ou sêjã, só co-[h ia o eucat ipto que pLantãva. A oÍ jentação eía quê a €mpÌesa oÌganrzas-se suas ações socia js e ambìentâis edesse a eLas um sent ido de negócìo,aLém dê af inar o dìscurso, antes caÊreqado de uÍna v jsão de f j tantropia,

    Sobre o estudoEste ror5ré Yerde integra uÍn conjun-to de conteúdos que vêm sendo pu-b[cados peta revistâ desde sua edj-

    ção de setembro (IS33), como partedas comemoÍâções peLos 20 afos deldeia Sustentávek Estratégiâ e In-tet igência em 5ustentabi t idadê.Desde 1993, quando fo i fundadâ, aconsultoria tem acompânhado a evo-lução do conceito, sobretudo no meioempresar ia l , e produzìdo conheci-mento em sustentabibdade. TÍajetó-Íia pâíâteta à que veÍn trilhando a Sê-tor 2y2, assessoria de coÍnunìcâçãocorporativa e de negócíos especjâ-[ìzada enì responsabitidade socioaÍì-b ientat e sustentabi t idade. Emboranascida ofìcìaLÍìente em 2005, infor-matmentê a empÍesa já exìstia des-de 1995, quândo seus fundadores -

    os publjcìtárjos PeÍcivaL Caropreso,Renata [ook e Glen Í"lartins (hoje àfÌente da EmpowêÍbÍand) - detec-tãfãm a necessidãde de encontÍar umponto de ìnterseção ent Ìe o segundoe o tercejÍo setor, potencìãLjzando aação de ambos no campo da susten-tabilìdade, especìalÍnente por meioda comunjcaçã0.

    ïânto quanto Ideia Sustentá 'vet, a Setor 2v, é pioneira e prota-gonjsta da hjstória da comunjcaçãoda e par€ a sustentabitidade, ten-do paÍticipado do desenvolvimentodas majs importântes caÍnpanhas deempresas e organìzações nesse teÍna.Fâto que ajustjfjca como fonte pre-feíencjat para a produção do con-teúdo deste estudo. Aüás, a própÌjaevotução conceituat desta revista esuas logomaÍcas, bem como do mo-viÍnento PtatâfoÍÌná LidêÍança Sus-Íeítâ\t.I (vejã mais na pá9. 4a), sut-gíaÍn da parcerja entre ã Setor 2',,Empowerband e Ideia Sustentável

    \veja nais no CaÍto oo Leìtat).

    DaÍ rsÂór [ i .n sus ien táve l 55

  • i n c o Í p o r a n d o o à e s t r a i é g i a c o r p orat jvâ. Dai surgiu, em 2007, o posi. ionarnento em Íesponsabj t jdade sociodmbientat da AÌacuz: o Ben de RrÌ t .A Setor 2% cr iou !m brun. l hìstary, erpécje d€ at fabeio com fonte dêsêivolv ida especiatmente para a emplesa, e

    um t€Í i i ió Í io v isuat pard a expressão danìarca, nrajs orqanico r- 'âtegre, Lt jUzado em pr incip io fa comuf icação jnteÌ-

    na. Corcebe!, a i fda, Lr ín pfogÍâna deefdomarkei ing, conì hìstór jds re.È cof-tadas por f !ncìofáÍ ios, fornêcedores ec[ jentes, q!e Íef tet idnì a preocupação

    da AracÍLrz corn ô aÍrb i€ntÊ e as pes

    Rd;, dêntro do poçic ioìramef io proposto. Dois aros depois, quafdo o BeÍì deRaiz já sÊ consot idava internanì€nie ndAracruz, a asência W/BrasiL (hoj€ ryt4cCànn) cr jo! a comunicação exterrabaseada fo concei to. As peças pubt ic ì -tádas feforçavam o compÍomjsso da empresa com as pes5oa5 e o mêro amDìente ios út i inos 40 anos. Após a Aracruzser dbsorvjda peto CÌupo VotoÍâf i im esÊ transformar enì Fìbr ia, a comunicaçãoda empresa sof Íe! mudanças, nìas cont ì iuou ressat iando as ideias or jg jnat

    N I \FÉLC DE GISiLE,, l r t r in. tAs i0 xì l \GuUm j fst rumento de com!nicâção que

    Fassou â seÍ bastante ut ì t ìz i rdo r05 dros2000, petas empÌesas que b!çcavan consot idar !ma inìdgem de socjatmentê fes-ponsávÊis, fo j o market jng retdcìofado a

    ITTE|T;

    IffiEqEqE&.oE

  • ca!sas (MRc) def in jdo como !rma paF

    ceÍ ia conìerc iat enire enìpresas ê organìzações da sociedade cìv j l . Uma associação que capi taÌ iza o pod€Í das m.Ícase o podeÌ das causas paÍâ qeraÍ beief i -c ios Í ìút !os. Na pÌát ica, t rata se dê uma

    ferranìer ta que at inha as estratégias demarkei ing de uma €mpresa com as demandas dd soci€dade, agÌegaido vatortanto pafa 0s fegocr0s q!anto paÍa a

    0Nc o! causa em questâo. E o q!ê dì_

    zer de uma aç;o d€ l '4RC que ênvotve

    uma ernpresa com tradìção n0 meÌcadode calçdd05, uma causa socioambief taLfor te e uma c€lebr idade como a top í ro_

    detGisetê Bi lndcher? 0 resut tèdo, ctaÍo,

    tm 2006, a Grendene pÌoc!roLr a Setor 21l , com uÍ ìâ incumbêfcia. A empresade catçados i inha uma parcer ia comêrciatcon Bündchen, q!e assìnava uma cote

    ção de sandát jas ê era sucesso de vendas.No tançamento da coteção d€ verão, na-quete ano, a top gaúcha havia decid jdorevêrteÍ paÍ te d05 rerursos obt idos coma exposjção de rua i Ínagem pêta vefd.das sandát ias para uma t Í jbo jndjgena,

    e havia pedido à GÍendeìre que è apojasse nisso. Coube ertão à Setor 2V, buscaf uma Lógica paÍa a èssocjação er t Ìe aeÍrprêsa, a top modete os í rd ios.

    Após um aÍrpto t rabatho dê pesquisa,

    a consul tor ia detectou qLre a cau5è daproteção das ág!as eÍr fÊrras rndìgenasseÍ ia o caminho a ser t Í i lhado. Éntre tan

    tê5 organizaÇões e progrdmas t jqados ãq!estão das áquas. idert i f ico!-se o pro-

    çIana Y Ikatu Xingu. A expressão, ra tin-gua KamajuÍá GÍì r dos povos que v ivemno entorno do Rio Xingu) sìgni f ica "Agua

    boa, Aqua t impa do Xi fgu" e o progÌaÌna

    eigâjavâ majs de 35 m!nicíp ios na pro

    teção dos af luef tes do r jo, que v inhamsoffendo os efêi tos do desÍ ì ratamento .ceterêdo, inìpactardo di re iamen-te o Í rodo de v ida dos povos i rdÍqenasdo seu entorno. Eìr t re os naú engala_dos nessa Ìuta estavam os Kisêdjês. C0íro apoìo Ê ar i ic ! tação do Inst i tuto So-

    cioambientat ( Ìsa) , fo i real jzado umtÍabatho com os índios da et f ia. Fm of ìc inas com dêsigners, os própr ios i rd igenas desenharam estanìpas da coteção e

    protagoniraram verdadeiramente ès f i l

    mègers da camparna.0 envolv imento dÊ c isete Búndchen

    foi jquâlnìef te conìpleto: a top Í rodetvest jL a caÍr isã do projeto e a dìvutgo! m!ndo afora, t raTêndo nìdìs apoioà causaj eÌa própr ia escreveu spots paÍa

    a campanha Ê sÊ encarregou da divutga

    ção em váÍ ios canais de ÌV aberta e fe-

    chada. Â in ic iat iva fo i Lrm sLrcesso. E a

    caüça e os KÈêdjês Íeceberam Írars doque doações: forâm devjdaÍ ì rente renìuneÌados peto seu t Íabètho ao longo da

    concepção da campanha of jc i fas qÍá-

    l jcas com os dêsigrers, locação da atdeìd e ete ico para f i tmdgens e fotos, l igur i fos e adêfeÇos, e dìre i toç âutorajsda Í ìúsica composta e pÍodLrzida para aação. 'A Grerdeie e a Gisete coisequiram auter t ic idade no s€u maÍkei jng.E os Kisêdjês foraÍ ì Ìespei tados, vatoí izados e rem!neÌados iusiameitê, semesnìotas; aí ì rma Caropreso, sobÍe 0s befef jc jos coÌ ipart i lhados da ação. Toda acaÍrpanha pubt ic i táÌ ia fo i desef votvìdap€ta agêrcid W/BÌâsÌ t .

  • . . .E A ONU FICOU POPOutro caso emblemát ico de como uÍnacampanha bem-feì ta de comunjcaçãopode ajudaÌ a poputarìzar uma causa éã dos Objêtivos de Desenvotvimentodo l l i tênio, da 0NU, ãssinada, em 2004,peta então íì4ccann íìckson (da quat Ca-ropreso, à época, eÍa vìce-presidênte inteÍnacionate dìretor de cÍ iação da Amé-r ìca Lat jna).0s 0bjet ìvos do l4 i têniosão um conjunto de ojto metas, pactua-das por 190 chefes de Estado no ano de2000, com o compÌomisso dê centÌaÍ ês-foÍços no combate à pobÌeza, à moÍta_Lìdade jnfantjt, djrejtos humanos e pÍe-

    servação aÍnbientaL. I i las já haviam sepassado quatro anos e os 0DÌ"1 pouco

    avançãvam nos países s jgnatáÍ ìos, i r -ctusive no Brasjt. Até que o goveÍno

    brasiLeiro, o Instituto Ethos e o PNUD(Programa das Naçôes Unìdas paÍâ o De-senvotviÍÌrento) decjdjÍam dar maìor vi-s ib i l idãde à in ic iat iva. Com ã adesão dai4ccann-ftickson e de mithaÍes de voLun-táÍjos em divêÍsos estados, foi Lançado o

    a2t l

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    18 JÉITOSDE MUDAR 'O MUITDO

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    34

    p.ft.' I

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    núH[T.o"s,'BE M

    l\ovinento Nacìonal pela Cídadanía e So-Lídaiedade, de nahilização do país parao cuÍnpÍ imento dos 0Dlv l . Antes, poIém,seÍia preciso extÍai-Los dos t€xtos her-métìcos da oNU e t Íaduzì Los paía que

    fossem coÍnpreendjdos pela população,íonìpendo, assim, ã inéÍc ia.

    Etaborou-se, poÍ tanto, um plano decomunjcação conì o note Oìto jeitas denudat a nundo: ntjs podemos, Íto qual

    Ouando a eomunicação aiuda a Íormularpolíticas públicas

    faze com Que um prceto roua cresÇa e qaI nlre-.qcâlaê eleváncla atè seÍ âdotado uoínopo ílca púbica é o sonho de ínu tas instliuiQoesdo tercer0 selor 0 que poucas oNGs sabem eque uma lroa estÍâtélia d€ comun cação podesgnfcar o toque de Midas paía dar v is b i lda-de aos seus pÍojelos. Á Flndação MaÍia Cecí_liâSouioVidlqal if$tuição cujâ aboídagenì é apronìoção do desenvov mento lntegrâlda criânqa em€noeu sso.

    0 Joco do tÍallâ ho da Fundação é a chanìadâ píme ra nfânc arda gestâção do bebê ate osse s anos de ldade Após anos de estldoscLentiÍcos nc usive de neuroc ênc a a ìnsltu Çào desenvoveu uÍn mod€ o de aluaÇão v0 tado espe-cÍicamenie paraaÍâxa de 0 a 3 anos mom€nto clìave da \lda em que o céfelrTo e esÍulura'do para o desenvolvimento das capac dades nt€ ectuâ s, emocionals e de re ac onâÍÌrento. PaíacolocaÍern prát câ o pfoofaÍìa, a FundaÇão artcrlâ paÍcefãs com as secretaÍâs mun cipars de

    58 deì.r sustêntável DEzEMmorE

    Saúde Educação e Assistênc a soca capac ta os pÍol ss ona s e blsca envover a soc edâde nc pÍoleto, quecomeçouc0m0p 0t0 eÍnses rn!nicip os !auistas.

    r-r- rf-

    . ?^ f,.\Ìr,primeidnimo inÍôncio

    Mas pronìover a anoll ização soc a enì lor-no do tenìa sernpre Ío omasdÍíci mesanocom uffa câusa ncbfe como aprrneira nÍánciâ, Ía tava ape o ao projeto Ín 2011 â Setar2J4 deserìvover um plâno de comuncação,cula pí rne ra ação Ío de xar evdente seu câÍáter especiÍco:o Íoco nâs cíanças de 0 a

    3 anos. 0 insrght estfaléq co Ío criar um n0v0ìone Pineiissina lníânciâ, pâfa de iín ìar quese tratava de umaíâse especa e ún ca da vda

    Depos crou-se urn icone para o projelo umdado, Íernelendo â0 unverso údco NIas É umdado dÍerente no quaitodâs âs faces tên sesponìos s mllo izaììdo os seisanos da prme râ inÍânc a Só que três de es são cocridos, represeÌtando os prim€ ros ânos da v da do bebê1 contaPerc \]a Carcpmso sóc o Íundadoída S€lof 2lr.

    0 passo seguinte ÍoiÍabalfìaro conceìÌo eflra guns anun cipos onde o programalá estava emÍunclonarrento. 0Í cÌnas lnteÍal vas ÍoTarÍ rea i-zadas com os aloTes ocais para tÍâba]ìaÍ a c0muncaiìão ern cadâ cidâde, conÍome suas ca-racteÍisi cas 0 programaavançou:nes1e ano 0loverno do Estado de São Paulo Írmou convènio com a Fundação Mara Cecíiâ Soüo V d 0apara estendê o â outÍos 4l nìuniclpios. 0 Pr-meíiss ma InÍància adqu Íu, enÍlm, stalus depo íl ca púb ica

  • foram cÍiados ícones para cada um dos0D1"1, seÍnethantes aos pictograÍnas desinaLjzação das placas à bêía das es-tradas. A Ljnguagem foj sìmpLifìcada, demodo que qualquer um pudesse entên_deÍ quajs eram os objetivos em ques-

    tão: 1) AcabaÍ com a fome e a Íniséria;2) Educação básica de quatjdade para to-dos; 3) Iguatdade entÍe os sexos e va-toÍização da mutheÍ; 4) Reduzjr a moÍ-taLjdade infãntil; 5) l'4ethoÍar a saúdedas gestantes;6) CoÍnbater a Ajds, amaláriâ e outras doenças; 7) Quatidade de vjda € Íespejto ao mêjo ambien-te;8) Íodo mundo t Íabalhando Peto

    Foram eLaboíadas peças de coÍ Ì ru-nicação ÍnuLtjcotoridas e alegÍes, que-

    brãndo o ar sisudo das oDl'l e levandoas pessoas a entendet gostaÍ e se €nxergaÍ ros 0bjetjvos. l4aìs de dois Íìri-Lhões de cDs foíam pÌoduzidos conì essemater iaI de divutgaçã0, d ist r ibuídos em0Ncs, escolas, igÍe jas, s indicatos, em-presas, assocjaçôes de baíro, além dãspeças de divulgação veicutadas na gran_

    de mídia. Após quatro anos de campa-nha, o Movi Ínento Nacional peLa Cidâ-danja e Sot idaÍ iedâde est imou que opúbt jco sensjb i t ìzado havja at jngido12 mjthóes de pessoas em todo o BÍa-

    sit, coÍn outro efeito ìnteÌessante: asmetas foram munjcjpaLjzadas. Hoje, oBÍasil €stá próxìmo de alcançar os oitoobjetivos (que "expiÍãÍn" em 2015) ea estÍatêgìa de comunjcâção se Ìev€'Iou um sucesso internacionat : os ico-nes e a Ljnguagem acessível da cãmpa-nha passaÌaÍn a seÌ adotadas poÍ majsde 25 paises.

    SUSTENTABILIDADEEÌ.{ÍRA E14 CENAEmbora a adesão das empÍesas ao movÈÍnento da responsabiüdade socìatnão se-guìsse uma oÍdem cronotógica Uneat ascoìnpanhìas maìs comprometidas com otema começaram a LevântaÌ a bândejrada sustentabiLjdâde, um estágio à fÌen-te da RsE, no qual as vaíjáveis sociâise aÍibientais passam a estaÌ ìntrínse_cas aos negócios, incotporadas ao coreársireis. Surgìam, ertã0, as primeÍâs

    mani festações do mercado f inancei io:botsas devaLoÍes, como a de Nova loÍque€ Londres (e posterioíÍnente a hÍasilej-ía BM&FB0VESPA) crjaÍam as pÍimeÍas

    caÌtejÍas de açôes só coÍn eÍnpÍêsas que

    demonstravaÍn engajaÍnênto eÍn ques-

    tões socìaìs, ambìentajs e de governan-

    ça, Em 2002, gíandes bancos con atua-

    ção globat assinaram o acordo que ficouconhecido como Princípías da Equodol

    lleìo noìs na ìepattogen da póq. 18) epassaÍaÍn a ìnctui r cr i téÍ jos socioam-bìentais na avatiação de Íisco de fjnan-cìamento dos grandes projetos de jn-

    fÍaestÍrltura. Entre essas ìnstjtuíções,estava o hotandês ABM Amro, que, em1998, passou a cont ÍoLaÍ o brasj te j ro

    Banco Reat (depojs jncorpoÍado petoespanhol Santander, em 2008).

    0 Reat foi um dos pÍimejros bancosbrasjleìÍos a incorpoÍar à sua caÍteiraprodutos e seÍvjços fjnanceiros com umviés de sustentabilidade, em un posjcìo-

    namento interno batlzado de Bonco deyalor. Exemplos djsso foram o fundo deÍenda varjávet Efrt 0l, Lançado em 2001,o primeiÍo no país a adotar o concejtode fundo sociatmente responsáveL, sen-do composto por açôes de empresas que

    apÍesentavam boa conduta na5 questões

    socia is, aÍnbientajs e de goveÍ Íança.A carteía de crédìto do banco tambémfoj jnftuenciada por essas dêmandãs, etinhas destjÍadas a pequenas, médìas e

    f ìco_selho Nacrona deAulor Íeg-a- 0Anôcl p( Ìdo-r tu aoo eì o l0 p i cro icc

    \Jrenlacáo Pub ic i tá ' ia , .0!Àq) 'o i 1, Concíetuo" o. opnel t ros ro. od-1btê- ta ('1. Ld0oT lq/U .01 o | 's400Ê,Tpo àrJ. . dcoc o. espo 0".a0 o ptà, i ras edis edi q-e.p bicdad"ê qd_o"c0-db.qrà !o- .êtds ôr a loo (ôdpêoo\dqo,egê ô. i (os.cause conslTanoÍnenÌo a0 c0rìsunì100T 0ua enìprcsas. co;grega anuncanles âgên 2 Veracidâde âs nÍomìaçÕes anuncâdas seÉo

    cas;e0rooaoanda veicu os de comun ca, veídad€iÍas e passiveis de veÍ ficação,

    çã0, as;oc ações proÍssiofais de mark€l ng 3, Exatidão e Caíezar as nlormações anune coÍn un cação esco âs e rc presenlaJìles da ciadas serão exatas precisas, em nguagemsocedâde civil. coínpreensível.

    D€sdeasua lundâçào oArt iqo36-Se , "^-^,^:-;È;r!;':ü!,:::ii!_:- -,,ïlïl:i"iïi,ï.ifl1'!';: j"",,i,,1,"i".i- . d(do cLô ôsrvô(coarêaaco_eÍrF_ rp,r ,n. .otüen ppàs r . ï , ndçdp.

    {es 0 eocuoacò€s de loda a hunìandadeconì os probeÍnas relaconâdoscom quai 5 Perlifência: Qs beneÍicios socoambenÌais

    dade de v da e a lrotecão rlo me o âmll en aruncadosterãoumarelação Ó0cacomaáreat€' 0loco era aoenâs aÍÌrbientale o títu o deatuaçãodaempresaanuncânte 0nìerocum'

    d€ssasei:ãol0em Po uição e Ecclogia l pr rnenlo da eq slâção não seÉ ape o vál do.

    Aolongo de35anos, oC0NABveoa!re_ 6. Relevância os b€neflcios soc oambienta sgandonovosAnexosespecl ÍcosâoCódgc. anuncados seÍão s i ln l Í jcal ivos dante do m-0 l t i ì c t o e r 0 l A n ê ' o d A o e l o s d p p " . o g o b à l q u . à . r p $ " . " u o o p d t à à s o . e -SusÌenlabi dàde o st . rdo a ì ,10 os oaoe e o meio amoFn eÍnãos e nspÍado na legsaÇão e mel l ìües . ^L^^, , , r ,nraÌ i aspm0 erenrcs ods€) e ín€ o00S / aDsolulo rào seíáo 'oru [odà( o oÍ Ípssa'' -òÃnr*o

    I nJt,ri ó o"o, .tur.t * lu ou vantalens absolutâs, sl.lpeÍordade nìbati

    .otu, . ' . io , ,o t I | ' ' i , i , o " rç:ã0"

    v ' l : 'esp"0i dddo sor oàÌb"nro ão reÍ ;

    , ; ; , ; . ; ; , . J , i : ; ; , . . " ; ; . ; coìL raoà.0Í0. \ dF . dcesusrenrdbrdad' .

    v€s, soldáros or enlar, desenvolv€r e es- 8. Maík€ting He acionado a Causasl seÍão explt nìü ar a soc edade objetvando uÍÍ lutu ctadas a causa e a enlidade do teíce ro s€lor naro susÌentáve paTceTaconì a empTesa

    Paaco-he-pÍa nlegÍa do Codgode ÊÌica e doAìeYo U do coNAF acesse wwwconatorg bÍ

    DrzrMBRo,orr deia surtentávèl 59

    e vá eÍn 'Cód go/Ânexos'.

  • a - a

    L['-- ].r Lr-l

    grandes empresas paÍa investjmento eÍìinovaçõ€s na áÍea de sustentabi t idadepassaÌam a sêr oferecidas.

    Não taÍdou que a pubt jc jdade do

    banco Ìevetasse esse novo universo.EÍ ì 2006, em um posjc jonaÍnento arro_jado, o Eanco Real levou ao aí a cam-panha yrri desenvotvjda pela agênciaTatent. Considerada pìon€ìÍa enì Íefor

    çar a sustentãbìüdade como um atr i -buto da Í ìarca Banco Reat, mostravacoÍro um banco poder ia jnteí fer i r posi

    t ìvamente ra v idã das pessoas, na for_ma do crédi to conscjente, paÌa Íeat izaÍsonhos; del tacava os f inanciamentasconcedìdos a enìpÍesas coÍì boas pÍáti

    cas ambjentais e, porf ìm, conìo aquetes

    compoÍtamentos, jnteÊÍetacionados,

    poder iam inpactãÌ , no futuÍo, a v idade uÍÌr menino Íecénì-nascìdo o Yurique dá nome à ação de Í ìaÍket ing. FÍa_ses corno' tetações duÍadouÌas são fe i -tas de conf iança"; "quando cresceÍ , et€vaì precjsaÍde uma socjedade maìsjus-ta" , e "no futuÌo, Yuí i vai pÌecisar que

    recuÍsos naturais, como a água, a indaestejam djsponívejs" peÍmeiam os fìÌ-mes. Na época do lançam€nto da caÍn_panha, José Eustachjo, sócio-di Íetoídã Tatent, declaÍou que a grande dìficutdade da peça fo i t raduzir o concei toda sustentabitidade, ainda €téíeo para

    a mãioÌ ja, eÍ Í atgo que as pessoas compÌeendessem e Íeconhecessem o vatoÍ .

    l\ Íesmo a nda Ìendo uÍr onqo (aÍn nlìo alV lpercorrer para nLorpo areleÌvdmenle asustentablldade ern süa alenda estrateg ca 0nnegócos de una Íorma ãrìpla e ÌÍansversaa 0ülrnica Ampâro do lnÌerior de São Paulo lern cohdo Írutos n€ssa seara. Peo séu

    F/orestas ypé 0 proqíama já reâ izou o plantiode mah de 450 Ìri mudâs nalvasern feqõesond€ a rnala c jar Í0idegradada, desde 2002lma das p€ças pLrlr citá as da mama na ÍVmostÍa ufnal oreslâsendo p anlada e crescendo na írerle de uì grupo de cÍ afrìâs boqu a

    rmpeza, Ì qura en

    das pelo ccnsumi-

    sr nì0 e preseTveqão ambenla, na

    aÍ lintl. En 2413e Ypê Joi a vencedora na cate!oria Iop Âr'eir /mblenle, corì 70n das me ìÇoesdos consum doÍ€s deixardo para lras pesospesados da catelorla cctro a NâtuTa querecebeu 5% das mençÕes.

    A empíesa aposla numa comunìcaQão deÍnassa, que Íâlâ corÌì lodos p0rmeio de uma Inguaq€m s Írples e d reÌâ, delxando c aÍa a ílen'sa0em sem â pompa e a ciÍcLinslância da susientabi dad€ Sla prnc pal!3Ça de comm ca_qào no entanto, é utn caso tip co d€ rnaÍk€l ngrelaclonado à causa (l\4FCl e desÌaca o Pf0jeto de panÌo de árvorcs manÌ80 erÌ parc€-Íia coÍn a Fundação S0S l\4ata Ailâniica, 0

    ber las. CompreYpé a gente p antâ

    feÍorÇa a naÍação.

    0utro dela he que

    adÍer€nçâeopro.

    árvoíes natvas rnâ s conhec das do Bras i ,reíorÇando anda mas o aÍ llulo da preserva

    ção amlr enla para o consuÍntdor.Aìnda que 59% das pessoas ouvdas pea

    pesqu sa Folrâ lop ,f M/nd não se lembremde nenlìurna maÍca assoc adaà câtegof a [/]eloAmb ente, o úáse Ypê levanla a d scLssâO s0_breo papeldâs eanpr€sas de consumo de Ínassa, clios pÍod!1os. qLe chegam alodos os ares podem se 1oínaa nslruÍÍenlo 0e educa

    çao e constíuÇão de condutas socia s sãol

    Çôes pâra todos |eÍ etirmos sobÍe comLnicaçãoesusÌeniabldade

    ó0 !r: r 5usienÌável o;zÍsFo:orr

  • No decoÍreÍ da década dÊ 2000, ou-t ra empÌesa que t rouxe a suster tabj Ida_de coÍìo um forte atributo de marca foi a

    fabr icantê de cosmét icos Naturà.0 pogic ionamento com esse v iés conìeçou af jcaÍ mais evidente con o tançarnento

    de sua [ i rha dê pÌodutos Êkor, em 2001Produzidd com matêr ias-pÍ ì Ínas t ìp jca-nìente bÍasi te i las (andi Íoba, caçtanhado-Brasì1, maracujá, açaÍ , p i tanga, cu

    puaçu, entÍe oLrtÍât e ern srstemas que

    benef ic iaÍn as populações t Íãdic jonais, a

    t inha Ekos t rouxe em seu p0srcronanìen

    to j is t j tuc ional o objet ivo de "buscaÌ

    uÍ ì novo Ínode[o de cr iar e pÌoduzÍ den

    Ío da indúsÍ ja cosmét jca ' . Segurdo aNatura, t Ìata-sê de um modeto "que teÍ ìa consciêncìa de que a ratuÌeza é in5pi-Íação para oç re lacrofaÍ ìentos e que sepropõe, dÊsde o ìn jc io, a te)descobÌ i r ,ressat iar , valor izâÍ , preseÌvar e d i furdj r

    o patr i Í ìônio ía i ! Íat , cuLturat e socjat doBrasi l , despÊrtardo eÍ ì cada i rd ivíduo a

    conscjência. poÍ nìe io de seus pÌodutos,

    de quê honìem e ía iureza são um só", d iz

    o mani festo da marca.A pdrt i Í de 2005, a Natura i r ic ia uÍ ì

    processo de j r terracional jzação, com a

    abertuía de umê to ja na França, e Passa a reforçêr a inda mêjç os atr ibutosde susÌentabiÜdade de sua i i iha Ekos.

    ALéÍì da conrur icação pÍopr jaÍnerte

    di ta, a empÌesa testa váÍ ias inovdçÕeçfabÍ is com o objet ivo de Íeduzi Í a pe'

    gada aÍ ìb iental dos produtos.0s sâbo

    netes, p0Í exenìpto, pãssam a ser pÍo

    duzidos 100% coÍ ì ó leos veqêtars i aseÍnbatagers começam a seÍ fe i tas coÍnptást ico PEÌ recic lado; os Ìótutoç, a t ra_

    zer ìnfoímações ambjentajs; e jnaugura

    se Lrma fábr jca no PaÍá paÌa qeÍaÌ majorvâlor à comunidade ïocal .

    O G R E E N W A S H I N G EÀ RrAçÁO Do r ì4rRCADoÌanio o Banco Real como a Natura ante-c ip.r .m um movjnìer to na comunicação. p!bt ic idade qLe hoje êstá mai5 exp!-

    r l io : o de reforçar os atr jbutos de sus-

    :enrabi t id.de dos produtos e encorajar! ìa nLrda.ça de hábi tos do consumi_cor. i l .s , ào mesmo tempo enì que con-

    i r ibLìu para tornêr o iema mais famit jar

    às pessoas, esse comportanìer to de co_municação abr ju pÍêcedertes paÍa umaprátìca pouco nobre: o grcenitashing ar

    maquìagem veÍde - quando a coÍnur icação ut j t iza esi ratégias paÍa vendeÍ aideìa de que deterr Í jnãdo produto ouempÍesa é sustentável , mas senr [âst Ío

    nas at i tudes ÌeaÈ da companhia. A paF

    tn de 2008, aprêgoar sustentabì l ìdadevìrou moda e nìuj tas €mpresas ab!saÍamd€sse apeto, o que tevou a uÍna í raìororganização do setor de pub[ jc idade epropaganda paÍa t Íatar do tenìa.

    En 20A8, o IV Cangressa BrusìIeia dePróltriddde discutju o papet e a respon-sabi t iddde socioaf ìb ientat da indústr ia

    da propaganda. ApÍovada poÍ unar imidade, a tese f jndl ÍecoÍ ìendou que asagências de coí ìunicação ddotassern omodeto de gestào sustentáveI em suasop€rações, que envoLvessenr sua cadeìaprodut iva no tenìa, in5pirassenì se!sct jentes para cornunicar suas ações 9us-tentávêis de formã efet iva e veÌdadeìfae, pr incipatmente, que fomentassem oconsumo consciente, a cut tuÍa de paz ede respei to ao meio ãmbjênt€ e aos di 're i tos humãnos universãis. Em segujda,a ABAP (Associação Brasi te i ra de Agên-cias de Pubt ic idade) e a ESPII (Escola

    Super ior d€ PÍopaganda e 14aÍket jng)ì r ic jaram a construção de um conjunto

    Com a l inha El

  • I

    de indicadoíes de sustentabitidade daconìunìcação. Etes compreendem qua-

    tro djmênsões: Valorcs da Agência, que

    oÍ ieÍ tam sua atuação pot í t ìca e diáto-go com a sociedade; Canunicaúo Res'ponsável, que zela p€La integrìdadê dajnfoÍmâção e das formâs de persuasão;

    6€ifõo Susfertdvel, que é o compÍomiÍso corÌì os pÍìrcípìos do Pacto Gtobal daoNtJi e Investínenta Sacioanbìentol, que

    compreende as in ic jat jvas de c idadaniacorporatjva, apoio a movimentos da so-ciedade ê voLuntariado.

    Í,'tas um divisoÌ de águas no sentidode separar a propaganda verde engan0sada pubtjcidade sérja da sustentabjLidadetem sido o chamadoAnexo U do C0NAR(consetho Nacìonal de AutoÌ ÌeguLamen-tâção PubticitáÍia). Formulado em 2011,

    trata-se de uÍì anexo ao Códiqo de Etj_ca que rege a comunìcação pubLicitáíìa,

    especifico sobÌe apeLos de sustentabiLi-dade. E Íesuttado da contÍibuição de Íe_presentantes de associações pÍofissio-

    najs, agênciad de pubt jc jdade, empÍesasanurciantes, veícutos de comunìcação,

    ó2 deia sustêntável o€z€MBRoro,r

    setoÍes da socìedade e organizaçõesnãa gaveínaÍl,entais (vejã box na pógìna

    59), coordenados poÍ PercivaI Câíopreso,dã Setor 2%.

    Com maior d jsc jpüna das agências,das empresas e o otho Íìaìs atento doprópÍjo consuÍnidor, quajs seÌão os pró-

    ximos passos da coÍnunjcação da susten_tabitidade? 5eÌá que daqui paÍa a frenteos atr ìbutos da sustentabì t ìdade se-rão sufjcjêntes paÍa djfeÍencjaÍ as maÍ_cas? Certamente, estaÍnos num momen-to eÍn que a comunìcação das empresasdeve edLrcaí para uma cultura conscjen-te e ÌesponsáveL e mostÌar às pessoâsque seus atos de consumo e c idadaniapodem, s im, Ínudar o mundo.

    A mais recente campanha do I tâú-Unibanco, #Issomudaanurdo, caminhanessa diÍeção: crjada peta agêncìa ÂfÍi-

    ca, evidencìa o podeÍ transforÍnadoÍ deatos simples, como [er paÍa uma cÌiança,utitizar a bicicleta como meio de trans-porte, ao nìesmo tempo em que chamaã atenção para as ações socioaÍ ìb ien-tajs adotadas pelo banco. "0 Itaú está

    €ngajado na ãtuação como agente trans-formadoL AcÍeditanos que compartitharas cÍenças ê atitudes da ÍìaÌca mateÌia-lìzadas em djversas ìnicjatjvas ajuda aest ìmutar as pessoas a seguÍen caminhos no mesÍìro sentido", diz FeÍnandoChacon, djÍetoÍ êxecutjvo de MaÍketìngdo l taú l jnìbanco.0 uso da hashtagtàf i 'bém ÍefoÍça arìntonja da instítuição cor'Ììo podeÍ mobìtizador das redes socjaìs naatuat idade - que podem tanto etevaíquantotrincâÍa reputãção de uÍna ÍÌralca.

    Porfim, as ernpÍesas começam a per-

    ceber que o methoÍ negócio é adotaÌ asustentabi t idade como uÍna pLatafor-

    ma reaL de gestão dos negócios, para sódepois comunicá-ta coÍno paí te dessaÍeaLjdade. NuÍn univeÍso eÍÌr que o comportãmento sustentávet é esperado dasenìpÌesâs corôo uma obr igação teqate denercado, etas teÍão de sê empenhaÌ emconstruìr mecanì5m05 paÌa plomoveÍ asustentabiüdade, eÍn vez de apenas vei-cutar a coÍ Ì runjcação de seus própr ios

    compoÍtamentos. ÍeÍ Ì rpos ainda maisinteÍessantes virã0.

  • Pof PeÍc va Caropreso

    A comunicação pós-sustentabi[idadeodos teÍnos Íazões para acreditarque chegamos ao Í i Í t de maìs uncìcLo. Daquí em diante, o paPet da

    comunicação seÍá o de educâr, moti_

    vaÍ e êngajar pâía a sustentâbitidade,foÌjando uma mêntatidade tíansfoÍma-doÍã, consciente, consequente e inova_

    doÍa nas pêssoas, negócìos e governos.

    Comunicâção paÍa ã sustentabitidade,dertÍo e fora das enìPresas.

    A coÍ ìunìcação vem evotuindo à me

    dida que empÍesãs e teÌcejro setor ama-

    durecem suas vtões e pÍáticas quanto à

    Í€sponsabjtidade perante a vidâ e o pa-

    pel da socjedade cjvjl nisso tudo.Até a décadã de 1990, eÍ ìPÍesas

    apojavam causas poÍ convìcção ou en-

    votv imento pessoat de seus Ljderes

    CÍença, valores de vìda, paixão. A comu-nicaçã0, quando havja, eIa discíeta, qua_

    se envergonhada - portanto, não muLtj-pticadoÍa pela exemptaridade.

    A crescente adesão dê empresas ã

    causas socìais levou à ìnctusão dessascãusas aos negócjos de forma mãjs es_

    tÍuturada. 0 que era cãrjdade e depoú

    fìtantropia virou Ìesponsâbjtjdade socìat

    empÍesarjât, passou a absorver Ínajs or-

    çamentos e exigir um nexo dessas açÕes

    com os negócìos. Recursos apücados eÍn

    causas socia is, e agoÍã também ambjen-

    tajs, tinham de daÍ retorno, ainda que

    um retoÍno de ìmageÍn, Íeputacionat, já

    no ì r íc io dos anos 2000.A responsabiLjdade socìaI em PÍe-

    saÍial passou â fazeÍ parte da imagemprojetada pelas €mpresas e marcas.O aprendjzado da comunìcação eÍn Lidar

    coÍÍ o tema foi lento, no Íitmo do en_gãjamento comproÍnetido dâs empÍesasem práticas Íesponsáveis dã sua ges'

    tão do negôcì0. Esse processo dêu ÌÌaÊgeÍn ã confugôes, €quívocos, autoetogjos

    ÍìaioÍes que a Íeatìdâde, greênw.shing

    ou êíêito Hutk (vìÍa veÍde, depojs pas-

    sa), mas também deu mãÌgeÍì a Promìssores aceÍtos, Foi um pÍocesso impoÊ

    tante de construção até chegarmos à

    sustentabitídade.0 market ing e a pÍopagânda seÍn-

    pÌe part i ram de concei tos ÍeLevantesà socìedade para cÌ iar posjc joramen

    tos de marcas e empresas. De uns anospara cá, apelos de sustentabi t idadepassaÍam a jnspirar posjc ionamentos e

    Vamos fugir domodelito formal dec0rnunrcar 0 quanÏOsomos sustentáveis,

    que la cans0u,

    valorìzaí marcas. lÍâis uma vez, repe-

    t j ram-se os equívocos na coÍnunìcação.PoÍém, o apÌendjzado anterior e as ini-

    cjatjvas corporatjvas no setoÌ càda vez

    mais vêm reduzindo esses desvios As

    socjaçõ€s pÌofjssjonais de ÍìaÍketing e

    comunjcação, ãgêncìas e escotas tança-ram seLrs pr ìmeìros documentos, códi-gos ê autorregutamentações (Cona4 so_

    bre a coÍnunicação da sustentabi t idade.se entendeÍmos sustentabi l idade

    como cuídar hoiê das condiçôes de

    base paÍa um fÍtüÍo durãdouto, sus-tentabìtìdade s€mpre foi o eixo-centrãLdos negócjos. UÍn dia já foj suficìente

    pâra as empÍesas Sustentarem 0 seu su-

    cesso valendo-se de ãpelos emocìonajspaÍa constíuí retações de confiança coÍn

    Hojê, atÍibutos emocjonaú, dê qua-

    tjdâde, Íespeito ao consuÍnjdor e tecno-Logìa não são mais um djfererciaL coÍn-petitivo. Ìornaram-se cannotlítìes e

    condjção essencial para quatquer eÍìpre_sa ou marca daÌ certo na v ida.

    Quatempresa enche a boca e o orça-mento paÍa djzeÍ: "f1r ierho quãLìdode e

    respeÍio vocá"? Da mesma forma, seÍ sus

    tentávettambémjá vi íou .omltodity. Co-municâí sustentabiLjdade está pegando

    mat, af inaLsustentabiL idãde ê uma obÍ ì -gaçã0, uÍ ìa condjção necessár ia para

    atuaÍ no mercado e venceÌ ne€tlláât3 roít: VaÍnos fugir do modeti-

    to format de comunjcar o quânto somossustentávejs, que já cansou. 0 que está

    ,exr é propor novos pâradigÍnas de pen_

    sar e agjt e promover transÍormaçôescoLetjvas de conduta, todo mundojunto.

    As eÍnpresas têm esse poder, até PoÍjnteresse inteügente de negócio. A co'

    municação será cada vez ôaìs pedagó-gica, de jnspì Íãçã0, formação de umanova mentaLidade, As maÍcas, seus cã-najs de dist buìção e sua foÍça de meÍ-

    cado ìrão educar e ofeÍecer caminhos de

    ação parâ o consuÍnjdorser mais susten-

    tável na sua vida. Ele fâÍá suas escothas

    de consuÍ Ì0 p0Ì empresas e marcas que

    ete íêspejte, coÍn as quais se ìdentjfiquee possa cÍescerjunto.

    "Vou falor nenos de nin e naís doque eu Jaço pot todos nós - e querc vocêjunto coniga.'

    PêÍdvãl (aÍopl.5o é publidtáÍio

    oEzEMBRozori deiàsustentávêl 63