Staphylococcus Profa. Cláudia de Mendonça Souza Depto. Patologia Faculdade de Medicina.
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Staphylococcus
Profa. Cláudia de Mendonça Souza
Depto. Patologia
Faculdade de Medicina
Staphylococcus • Rosenbach (1884)
• Cocos Gram positivos
• Nome do gênero derivado do termo grego “staphylé”: “cachos de uva”
• Imóveis• Anaeróbios facultativos• Crescem em uma temperatura que varia entre 18-40ºC
1970s
• O gênero compreende cerca de 36 espécies.
• Exemplos de espécies associadas a doenças em humanos: Staphylococcus aureus
S. epidermidis (dispositivos plásticos) S. saprophyticus (infecção urinária)
Coagulase Negativos
Coagulase Positivos
Staphylococcus
S. haemolyticus S. lugdunensisS. warneri S. scheleiferi S. hominis
Staphylococcus aureus
• S. aureus é espécie mais importante do gênero.
• O nome “aureus” significa “dourado” (latim). O pigmento amarelo é evidenciado quando a cultura é incubada em temperatura ambiente por 72h.
• Narinas anteriores: S. aureus em 20-40% de adultos, da população em geral.
• Importante detectar portadores no ambiente hospitalar e entre manipuladores de alimentos.
• Esses microorganismos podem permanecer viáveis em superfícies secas por longos períodos de tempo.
S. aureus
S. aureus - Manifestações Clínicas
Mediadas por
Toxinas
Diagnóstico Laboratorial - Microscopia
• Os estafilococos são Cocos Gram Positivos e apresentam-se como células isoladas ou agrupadas.
Diagnóstico Laboratorial - Cultura
• Os estafilococos podem crescer em meios contendo concentração elevada de NaCl (7,5%): Meio Manitol Salgado
Staphylococcus*Micrococcus (pele – colonização)
Planococcus (mar)Rothia (Stomatococcus; orofaringe –
colonização)Macrococcus (animais: cavalos, baleias, etc)
Kocuria (orofaringe pele – colonização)
StreptococcusEnterococcus
AerococcusPediococcusVagococcus
Leuconostoc...
H2O2 a 3%+
Colônia teste
*S. aureus subespécie aureus: raras cepas catalase negativas S. aureus subespécie anaerobius: catalase negativos – patógeno veterinário
Diagnóstico Laboratorial - Prova da catalase
S. aureus – Diagnóstico Laboratorial
Prova da Coagulase• LIGADA: a superfície externa da maioria das cepas de S. aureus
apresenta a ptn coagulase ligada (teste de aglutinação em lâmina),
• Essa enzima converte o fibrinogênio presente no plasma (de coelho, com EDTA) em fibrina insolúvel, levando os estafilococos a se agregarem.
+ -
Fator “cluping”
S. aureus – Diagnóstico Laboratorial
Prova da Coagulase
• LIVRE: S. aureus produzem também uma coagulase extra-celular: a coagulase livre (teste em tubo).
S. aureus – Diagnóstico Laboratorial
Protéina A: Presente apenas na superfície de cepas de S. aureus
Aglutinação com látex:• Esferas de látex revestidas de plasma de coelho
(fibrinogênio) e de anticorpos anti-proteína A.• Teste detecta tanto a presença da ptn A, quanto da
coagulase ligada ( especificidade e sensibilidade)
Diagnóstico LaboratorialEspécie Cogulase
LigadaCoagulase
LivreS. aureus subesp. anaerobius
- +
S. aureus subesp. aureus + +
S. lugdunensis + -
S. scheleiferi subesp. coagulans
+ -
S. scheleiferi subesp.scheleiferi
+ -
S. hycus - V
S. intermedius V +
Diagnóstico Laboratorial
Espécie PYR Manitol
S. aureus neg pos
S. epidermidis neg neg
S. lugdunensis pos neg
S. haemolyticus pos neg
S. schleiferi pos neg
S. intermedius pos variável
Staphylococcus saprophyticus
Importantes agentes de infecções urinárias em mulheres
S. saprophyticus e “não saprophyticus”: baseado na susceptibilidade à novobiocina (outras espécies tb são resistentes: S. cohnii, etc).
NOV
NOVS. saprophyticus:
Intrinsicamente
RESISTENTE
• A penicilina era a principal opção terapêutica para infecções estafilocócicas até os anos 60.
• Atualmente: 90% das cepas resistentes!
• Esta resistência é mediada pela produção de enzimas (penicilinases).
Diagnóstico Laboratorial
Resistência aos antimicrobianos – S. aureus
• Penicilinas semi-sintéticas, resistentes à hidrólise pelas penicilinases (meticilina, oxacilina, etc).
• Atualmente: 30-50% das cepas de S. aureus “MRSA” (S. aureus Resistente a Metilicina resistência cruzada a TODOS os -lactâmicos (exceto ceftarolina)
• Mecanismo: aquisição do gene mecA que codifica uma proteína ligadora de penicilina alterada (PBP-2a), com baixa afinidade pelos -lactâmicos.
Diagnóstico Laboratorial
Resistência aos antimicrobianos – S. aureus
• Utiliza-se discos de cefoxitina (ao invés de oxacilina; mais confiável).
Diagnóstico Laboratorial
Detecção da Resistência a Meticilina Difusão em agar
Microdiluição em caldo: cefoxitina ou oxacilina.
PCR para detecção do gene mecA
Diagnóstico Laboratorial
Interpretação - Disco de Cefoxitina (CLSI, 2015) S. aureus e S. lugdunensis: S = > 22; R < 21mm Outros SCN: S = > 25; R < 24mm Sem ponto de corte para Oxacilina!
Importância da identificação da espécie S. lugdunensis entre os SCN!!!
Detecção da Resistência a Meticilina Difusão em agar
Diagnóstico Laboratorial
Interpretação – CEFOXITINA S. aureus e S. lugdunensis: S < 4g/mL; R > 8g/mL Outros SCN: sem ponto de corte! Interpretação – OXACILINA S. aureus e S. lugdunensis: S < 2g/mL; R > 4 g/mL
Outros SCN: S < 0,25 g/mL; R > 0,5g/mL
Detecção da Resistência a Meticilina Microdiluição em caldo (CLSI, 2015)