Sociologia mudancas sociais
-
Upload
paulo-otavio-cardoso-borges -
Category
Education
-
view
392 -
download
2
Transcript of Sociologia mudancas sociais
COLÉGIO ESTADUAL DE GOIATUBA
PAULO OTÁVIO CARDOSO BORGES
RAFAELA CRISTINA TEODORO DA SILVA
MUDANÇAS SOCIAIS NO SÉCULO XX
Goiatuba, Goiás Novembro de 2015
PAULO OTÁVIO CARDOSO BORGES
RAFAELA CRISTINA TEODORO DA SILVA
MUDANÇAS SOCIAIS NO SÉCULO XX
Pesquisa, apresentada ao Colégio
Estadual de Goiatuba, como parte
das exigências para a obtenção de
conhecimento e avaliação referente
ao 4º bimestre.
Professora: Luci Rodrigues Oliveira
Goiatuba, 16 de Novembro de 2015.
Sumário
INTRODUÇÃO............................................................................................................................ 4
REVOLUÇÕES SOCIAIS ...................................................................................................... 5
REVOLUÇÕES SOCIAIS NO SÉCULO XX ........................................................................ 5
REVOLUÇÃO MEXICANA ................................................................................................ 5
Revolução comunista na Rússia: outubro vermelho .................................................................. 7
Todo poder aos sovietes................................................................................................ 7
Pesadelo totalitário ........................................................................................................... 8
A foice e o martelo ............................................................................................................ 9
Um tiro pela culatra .......................................................................................................... 9
REVOLUÇÃO COMUNISTA NA CHINA ............................................................................ 10
REVOLUÇÃO CUBANA ...................................................................................................... 11
MUDANÇAS SOCIAIS NO BRASIL ........................................................................... 14
MUDANÇAS SOCIAIS NO BRASIL NO SÉCULO XX ...................................................................... 15
Revolução de 1930 .......................................................................................................... 15
O que foi a "Revolução de 64"? ...................................................................................... 17
Modernização no Brasil ....................................................................................................... 17
CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 20
Referências ............................................................................................................................. 21
INTRODUÇÃO
A burguesia não pode existir sem revolucionar incessantemente os
instrumentos de produção, por conseguinte, as relações de produção e, com
isso, todas as relações sociais. [...] Essa subversão contínua da produção,
esse abalo constante de todo o sistema social, essa agitação permanente e
essa falta de segurança distinguem a época burguesa de todas as
precedentes. [...] Tudo o que era sólido e estável se desmancha no ar [...].
Impelida pela necessidade de mercados sempre novos, a burguesia invade
todo o globo terrestre. Necessita estabelecer-se em toda parte, explorar em
toda parte, criar vínculos em toda parte.
Pela exploração do mercado mundial, a burguesia imprime um caráter
cosmopolita à produção e ao consumo em todos os países. Para desespero
dos reacionários, ela roubou da indústria sua base nacional. As velhas
indústrias nacionais foram destruídas e continuaram a ser destruídas
diariamente. São suplantadas novas indústrias, cuja introdução se torna
uma questão vital para todas as nações civilizadas – indústrias que já não
empregam matérias-primas nacionais, mas sim matérias-primas vindas das
regiões mais distantes, e cujos produtos se consomem não somente no
próprio país mas em todas as partes do mundo. [...] No lugar do antigo
isolamento de regiões e desenvolvem-se um intercâmbio universal e uma
universal independência das nações. E isto se refere tanto à produção
material quanto à produção intelectual. As criações intelectuais de uma
nação tornam-se patrimônio comum. A estreiteza e unilateralidade
nacionais tornam-se cada vez mais impossíveis; das numerosas literaturas
nacionais e locais nasce uma literatura universal.
MARX, KARL. ENGELS, FRIEDRICH. MANIFESTO COMUNISTA. SÃO PAULO: BOITEMPO,
1998. P.43.
Um dos principais acontecimentos do mundo no século XX é: o domínio da burguesia sobre a
sociedade, Karl Marx e Friedrich Engels já falavam sobre isto na obra intitulada “Manifesto
Comunista”, além de outros fatores sobre o século XX, que sua obra trata de uma forma a
realmente ser bem recente, estes e outros assuntos serão comentados ao longo deste
trabalho.
REVOLUÇÕES SOCIAIS
Por revolução entende-se uma ruptura violenta com a ordem social e política que
estava em vigor até à sua manifestação. A revolução inicia-se por um processo
político, mas só adquire verdadeira dimensão quando e se é capaz de produzir
alterações substanciais na ordem social, quer em termos globais, quer de forma
restrita. É, por isso, natural que o conceito seja polissémico e se utilize em referência a
grandes mudanças sociais, como as que se reportam à Revolução Industrial, à
Revolução Americana ou à Revolução Francesa; ou se utilize em referência a
determinados grupos sociais, a determinadas áreas de atuação, como as que se
reportam à revolução científica ou à revolução tecnológica.
REVOLUÇÕES SOCIAIS NO SÉCULO XX
No século XX ocorreram muitas experiências revolucionárias. Entretanto, foram poucas
as que envolveram os mais explorados e, portanto, a maioria da sociedade.
REVOLUÇÃO MEXICANA
No ano de 1910, o México se encontrava sob a liderança política de Porfírio Díaz, que havia implantado a ditadura no México no ano de 1876 a 1880 e de 1884 a 1911, permanecendo mais de trinta anos no poder. Durante a ditadura porfirista, prevaleceram as grandes propriedades de terra e a ausência de liberdades democráticas. Porfírio Díaz conduziu a classe latifundiária a
assumir as ideias da burguesia norte-americana e europeia, negando todas as tradições indígenas mexicanas. A política de José Porfírio visou valorizar a entrada de capital estrangeiro para explorar os recursos minerais e vegetais e para fabricar produtos de exportação. A Revolução Mexicana teve como luta emblemática a busca pela revalorização da
cultura indígena e a reforma agrária, ou seja, a distribuição de terras entre os camponeses. Essa necessidade de terras gerou o início da revolução que tinha como lema “Tierra y Libertad”.
A desapropriação das terras camponesas se iniciou no período colonial (pelos colonos espanhóis) e continuou no século XIX (com os latifundiários). A situação se agravou na ditadura de Porfírio, culminando no ódio dos camponeses que viviam explorados. As pressões da população, da igreja e de uma elite que fazia oposição aumentaram. Não tendo mais saída, Porfírio Díaz renunciou. Após a renúncia de Porfírio, Francisco Madero, que era integrante de uma elite que fazia oposição ao governo anterior, assumiu o poder no México. Madero conquistou a população mexicana com promessas de reformas sociais que iriam diminuir a exclusão social – cerca de aproximadamente 70% da população mexicana era analfabeta. Com o passar do tempo, o novo governo não cumpriu com suas promessas, o que foi gerando insatisfação entre os camponeses que reivindicavam a posse da terra por meio da reforma agrária. Dois camponeses se destacaram na oposição ao governo de Madero: Emiliano Zapata e Francisco ‘Pancho Villa’ (líderes revolucionários
camponeses). Emiliano Zapata se opôs a vários governos sucessivos no México: primeiro, o governo de Madero; depois, o governo de Victoriano Huerta; e, por último, o governo de Venustiano Carranza. Zapata acusou Carranza de não cumprimento da reforma agrária, tão reivindicada pelos camponeses. No ano de 1911, lançou o Plano de Ayala, que reivindicava a reforma agrária mexicana. O documento se tornou um referencial para a luta pela terra na América Latina.
Villa e principalmente Zapata, além da reforma agrária, tinham como meta o retorno às origens (uma revalorização da identidade indígena mexicana). Eles contestavam a transformação dos latifúndios em fazendas modernas (agroindústrias) e queriam a volta do antigo sistema indígena de comunidades coletivas (ejidos).
No ano de 1913, Francisco Madero foi assassinado a mando de Victoriano Huerta, que instalou novamente a ditadura no México. O retorno à ditadura levou Villa ao norte, e Zapata ao sul, visando a organização de novos movimentos revolucionários contra as tropas federais. Com o aumento das pressões populares, Huerta renunciou em 1914, assumindo o poder em seu lugar, por indicação, Venustiano Carranza, apoiado pelos Estados Unidos. Uma nova Constituição foi promulgada no México no ano de 1917, o que levou Carranza às eleições presidenciais, sendo eleito presidente. Esse fato desagradou bastante as camadas populares e os camponeses, que continuaram os conflitos contra o governo central. Entretanto, depois da morte de Zapata, em 1919, e de Villa, em 1923, o movimento revolucionário perdeu força, abrindo as portas para a entrada do liberalismo com o apoio da elite proprietária de terras.
FIGURA 1.0 REVOLUÇÃO MEXICANA DE 1910: EMILIANO ZAPATA E OS CAMPONESES
Revolução comunista na Rússia: outubro vermelho
Figura 2.0 Revolução Comunista na Rússia. Há 90 nos, estourava na Rússia a primeira revolução comunista vitoriosa da história. Operários, camponesese soldados pegavam em armas para aniquilar a burguesia. E viravam protagonistas do acontecimento mais importante do século 20 Era 24 de outubro de 1917. Quase desmaiando de cansaço, dois homens relaxavam um pouco, deitados no chão de uma sala escura em um edifício de Petrogrado, atual São Petersburgo. O mais novo, um judeu ucraniano de 38 anos, cultivava uma farta cabeleira desgrenhada e usava óculos redondos. Seu companheiro, então com 47 anos, quase já não tinha cabelos, apesar da pouca idade. E chamava a atenção por seus olhos amendoados, uma herança da família de origem tártara. Do lado de fora daquele prédio, no outono frio e nublado da Rússia, ressoavam marchas e palavras de ordem. Olhando para o teto, o mais velho traçou com a ponta do dedo indicador um círculo sobre a cabeça e disse: “Tudo gira”. O jovem senhor de olhos estreitos era Vladimir Ilitch Ulianov, mais conhecido como Lenin, apelido adotado no submundo revolucionário. Quem estava a seu lado era o camarada Lev Bronstein, que também havia cunhado um codinome famoso: Trotski. Os dois tinham boas razões para estar exaustos. Nos dez dias anteriores, eles haviam organizado, articulado e desencadeado um dos eventos mais importantes da história mundial. Enquanto descansavam naquele quartinho do Instituto Smólni – antiga escola para moças da nobreza, agora sede do Partido Comunista –, seus correligionários e aliados tomavam o poder nas ruas de Petrogrado e em outras cidades-chave do país. Era o “Outubro Vermelho”. A Revolução Russa, que havia começado alguns meses antes, chegava ao clímax. Estava nascendo o primeiro Estado socialista do mundo.
Todo poder aos sovietes
Lenin sabia usar as palavras como ninguém. E tinha a exata noção do que dizia ao afirmar que, naquele momento, tudo estava girando. “Revolução” vem do latim
“revolvere”, ou “girar”, um termo que, na Antiguidade, designava o movimento dos planetas no espaço sideral. Em 1688, ganhou sentido político pela primeira vez, quando os ingleses batizaram de Revolução Gloriosa seu levante contra a monarquia absolutista. No século seguinte, ocorreriam mais dois grandes e violentos “giros” – as Revoluções Americana e Francesa, que criaram novos sistemas de governo e colocaram o mundo na órbita da modernidade. Quando a Revolução Russa começou, em fevereiro de 1917, ela se parecia bastante com as anteriores. Em princípio, a maioria dos revolucionários queria apenas derrubar a dinastia Romanov, que governava o Império Russo com mão de ferro desde o século 17. Numa época em que as nações européias se modernizavam a todo vapor, a Rússia czarista era uma relíquia monstruosa da Idade Média: um gigante com cerca de 140 milhões de habitantes, sem parlamentos, sem partidos de oposição, sem liberdade de imprensa. Camponeses e trabalhadores urbanos viviam à míngua. Quem reclamava costumava amargar um longo e penoso exílio nas planícies geladas da Sibéria. O resultado dessa trágica equação social e política não poderia ser outro: o regime caiu de maduro, em meio aos tumultos da Primeira Guerra Mundial. Após a queda do czar Nicolau II, a primeira opção dos russos foi por um esboço de democracia. Um governo provisório, formado por liberais e socialistas moderados, tentou colocar ordem na casa convocando eleições. Àquela altura, no entanto, os marxistas bolcheviques liderados por Lenin já haviam conquistado enorme influência perante os chamados sovietes, conselhos populares formados por operários, camponeses e soldados. Legítimos representantes das classes sociais mais oprimidas, nos sovietes residia o poder de fato. Eles derrubariam o recém-instaurado governo liberal no segundo round da revolução, em outubro de 1917. O povo, guiado por uma vanguarda revolucionária, assumiria o controle do Estado. “Todo poder aos sovietes”, conclamava Lenin. Para muitos historiadores, o triunfo comunista no episódio que agora completa 90 anos foi o acontecimento mais importante do século 20.
Pesadelo totalitário
Naqueles vertiginosos dias de outubro, a Revolução Russa seguiu um caminho inédito e extraordinário. Lenin, Trotski e seus adeptos sonhavam com algo muito mais grandioso do que qualquer outra revolução já realizara. Queriam inverter a pirâmide social, abolir a propriedade privada e colocar todo o poder nas mãos dos trabalhadores. “Eles almejavam um processo de transformação completa, não só de toda ordem política e socioeconômica preestabelecida, mas da própria existência humana”, afirma o historiador americano Richard Pipes em História Concisa da Revolução Russa. “Em outras palavras, queriam virar o mundo”. Eram ambições épicas, que refletiam uma confiança quase religiosa na razão e no progresso da humanidade. Como escreveu Edmund Wilson no clássico Rumo à Estação Finlândia: os revolucionários acreditavam que o evangelho marxista podia ordenar o presente e determinar a “história do futuro”. Mas o século 20, que para os bolcheviques marcaria o início de uma idade dourada, acabou sendo o mais violento de todos os tempos. E a utopia socialista, alguns anos depois da Revolução Russa, iria se converter em pesadelo totalitário, tragicamente semelhante à monarquia absoluta que ela havia derrubado. Dos czares, o regime soviético acabou herdando a ânsia imperialista. Que o digam os habitantes muçulmanos da atual Chechênia, vítimas de uma tripla ironia histórica: conquistados pelos exércitos dos czares, foram oprimidos e deportados pelas falanges soviéticas e até hoje sofrem o jugo da Rússia de Vladimir Putin. Para Osvaldo Coggiolo, especialista em História Contemporânea da Universidade de São Paulo (USP), o “fracasso” da Revolução Russa não deve obscurecer a pureza de
suas intenções. “O objetivo dos revolucionários era levar os operários ao poder, mas as circunstâncias históricas não permitiram”, diz o historiador. “Sempre à beira da destruição, o Estado socialista fez o que pôde para sobreviver a conflitos internos e a duas guerras mundiais. E, apesar de todos os obstáculos, a URSS transformou-se em uma potência capaz de competir com os EUA durante a Guerra Fria.” Outros estudiosos, no entanto, acreditam que o levante comunista de 1917 estava condenado desde seu início. Calcada na ditadura de partido único, essa busca pela utopia só poderia conduzir a seu oposto. “A maioria dos que empreenderam a revolução tinha mesmo ideais nobres, mas irrealizáveis”, escreve o historiador britânico Orlando Figes em A Tragédia de um Povo. Seja como for, em uma coisa os herdeiros e discípulos de Lenin tiveram sucesso: como você descobrirá nas próximas páginas, eles realmente fizeram o mundo girar.
A foice e o martelo
A luta proletária e camponesa contra a burguesia não foi travada apenas com baionetas, mas também com imagens. Assim que o czar Nicolau II foi deposto, a insígnia do czarismo – uma águia de duas cabeças – rapidamente desapareceu de repartições públicas e documentos oficiais. Em seu lugar apareceram, inicialmente, um martelo e um arado, que já eram usados nos uniformes das tropas bolcheviques e representavam a união de operários e camponeses em sua marcha revolucionária. Em 1922, com a revolução já consolidada, o Partido Comunista decidiu trocar o arado por um símbolo mais agressivo – uma foice. Assim nasceu a bandeira do primeiro Estado socialista do mundo: foice e martelo sobrepostos em um campo vermelho, cor tradicional da luta operária desde o século 19. O brasão soviético, usado em selos e ministérios, foi ainda mais eloqüente quanto às pretensões globais da revolução: mostrava a foice e o martelo flutuando sobre o globo terrestre. Embaixo, o lema cunhado por Karl Marx e Friedrich Engels, pais do comunismo, nas 17 línguas faladas na ex-URSS: “Trabalhadores do mundo, uni-vos!”.
Um tiro pela culatra
Certa vez, em meados do século 19, um grupo de discípulos perguntou a Karl Marx o que ele achava de uma possível revolução socialista na Rússia. “Duvido muito”, respondeu o autor de O Capital. Marx acreditava que a classe operária, surgida com a Revolução Industrial, iria se levantar em todo o mundo para destruir o capitalismo. E que esse movimento começaria pelos países mais industrializados da época, como Inglaterra e Alemanha. Os comunistas ingleses e franceses jamais tiraram a revolução do papel. Na Alemanha, contudo, a história foi diferente. Em novembro de 1918, um ano depois do “Outubro Vermelho”, soldados e operários alemães rebelaram-se contra o governo do imperador Guilherme II. Como na Rússia, o estopim da revolta foi a catástrofe da Primeira Guerra Mundial. Greves e motins incendiaram o país. Resultado: o kaiser foi obrigado a renunciar, e a Alemanha saiu oficialmente da guerra. O Partido Comunista, percebendo o momento de fragilidade do regime, tentou tomar o poder em janeiro de 1919. Mas uma aliança entre a classe média, o Exército e os remanescentes da monarquia sufocou o movimento. A revolução frustrada acabou no assassinato brutal da judia polonesa Rosa Luxemburgo, líder dos comunistas alemães. E o medo de outro levante socialista começou a empurrar o país para a extrema direita. Resultado: em 1920, surgiu na Alemanha o partido nazista – que 13 anos mais tarde conduziria Adolf Hitler ao poder.
REVOLUÇÃO COMUNISTA NA CHINA
Figura 3.0 Revolução Comunista na China
No século XIX, a China foi dominada e explorada por várias potências capitalistas. O
século XX iniciou com a tentativa de derrubar os valores da dominação internacional.
A revolta dos boxers (1898-1901) foi um conflito gerado pelos nacionalistas chineses
contrários a dominação estrangeira na China. A China até ao final do Século XIX era
dominada pelas potências ocidentais.
A China foi a maior referência cultural e tecnológica da Ásia e hoje é uma das
economias que mais cresce no mundo. Em 1900, o médico Sun Yat-sen fundou o
Kuomintang (partido nacionalista) e em 1911 foi proclamada a república na China sob
sua liderança. Após a Revolução Russa de 1917, foi criado o Partido Comunista
Chinês (PCCh), entre seus fundadores estava Mao-Tsé-tung, futuro governante da
República Popular da China.
A partir de 1925, assumiu o governo do Kuomintang Chiang Kai-shek que iniciou uma
política de perseguição ao Partido Comunista. Em 1931, Mao proclamou a República
Soviética da China, em Kiangsi, no mesmo ano as pretensões imperialistas do Japão,
anexam à região da Manchúria. Em 1934, os nacionalistas organizaram uma grande
campanha para esmagar os comunistas. Fugindo das tropas do Kuomintang, cem mil
homens de Mao percorreram 10 mil quilômetros a pé - a Longa Marcha (1934-1935),
restando ao fim de um ano apenas nove mil homens.
O exército do PCCh saiu vitorioso em 1949 e em 10 de outubro foi proclamada a
República Popular da China. Chiang Kai-shek refugiou-se na ilha de Formosa
(Taiwan), recebendo apoio dos Estados Unidos. No ano seguinte a China se
aproximou da União Soviética assinando um tratado com Stálin – o Tratado de
Amizade, Aliança e Ajuda. O novo governo realizou reforma agrária e nacionalizou
indústrias. Em 1956, o partido chinês lançou a Campanha das Cem Flores, no intuito
de estimular as críticas d população às autoridades e diminuir a burocracia. As criticas
passaram dos limites e muitos intelectuais foram perseguidos e presos.
Em 1958, Mao lançou a campanha do Grande Salto para a Frente – um projeto que
pretendia transformar a China num país desenvolvido em tempo recorde. O salto foi
um tremendo desastre, que levou a desorganização da economia e provocou a morte
de milhares de camponeses por causa da fome.
A Revolução Cultural (1966-1976) – movimento de expurgo aos opositores políticos
dentro do governo que envolveu toda a população chinesa. O movimento cresceu,
multiplicando as organizações revolucionárias inspiradas no livro Pensamento de Mao
Tse-tung, que ficou conhecido como livro Vermelho. Nele firmavam-se as idéias de
reeducação socialista. Mais de 20 milhões de estudantes formaram as Guardas
Vermelhas, que realizaram perseguições em grande escala.
Após a morte de Mao, em 1976, Deng Xiaoping, da ala reformista do PCCh tornou-se
o líder do país e lançou as Quatro Grandes Modernizações (agricultura, indústria,
ciência e tecnologia). Nos anos 80 foram expressivas as pressões da população pela
liberalização da política. Em abril de 1989 estudantes ocuparam a Praça da Paz
Celestial no centro de Pequim. Entretanto, o governo adotou uma linha dura e reprimiu
o movimento.
REVOLUÇÃO CUBANA
Sendo uma das últimas nações a se tornarem independentes no continente
americano, Cuba proclamou a formação de seu Estado independente sob o comando
do intelectual José Marti e auxílio direto das tropas norte-americanas. A inserção dos
norte-americanos nesse processo marcou a criação de um laço político que pretendia
garantir os interesses dos EUA na ilha centro-americana. Uma prova dessa
intervenção foi a criação da Emenda Platt, que assegurava o direito de intervenção
dos Estados Unidos no país.
Dessa maneira, Cuba pouco a pouco se transformou no famoso “quintal” de grandes
empresas estadunidenses. Essa situação contribuiu para a instalação de um Estado
fragilizado e subserviente. De fato, ao longo de sua história depois da independência,
Cuba sofreu várias ocupações militares norte-americanas, até que, na década de
1950, o general Fulgêncio Batista empreendeu um regime ditatorial explicitamente
apoiado pelos EUA.
Nesse tempo, a população sofria com graves problemas sociais que contrastavam
com o luxo e a riqueza existente nos night clubs e cassinos destinados a uma minoria
privilegiada. Ao mesmo tempo, o governo de Fulgêncio ficava cada vez mais
conhecido por sua negligência com as necessidades básicas da população e a
brutalidade com a qual reprimia seus inimigos políticos. Foi nesse tenso cenário que
um grupo de guerrilheiros se formou com o propósito de tomar o governo pela força
das armas.
Sob a liderança de Fidel Castro, Camilo Cienfuegos e Ernesto “Che” Guevara, um
pequeno grupo de aproximadamente 80 homens se espalhou em diversos focos de
luta contra as forças do governo. Entre 1956 e 1959, o grupo conseguiu vencer e
conquistar várias cidades do território cubano. No último ano de luta, conseguiram
finalmente acabar com o governo de Fulgêncio Batista e estabelecer um novo regime
pautado na melhoria das condições de vida dos menos favorecidos.
Entre outras propostas, o novo governo defendia a realização de uma ampla reforma
agrária e o controle governamental sob as indústrias do país. Obviamente, tais
proposições contrariavam diretamente os interesses dos EUA, que respondeu aos
projetos cubanos com a suspensão das importações do açúcar cubano. Dessa forma,
o governo de Fidel acabou se aproximando do bloco soviético para que pudesse dar
sustentação ao novo poder instalado.
A aproximação com o bloco socialista rendeu novas retaliações dos EUA que, sob o
governo de John Kennedy, rompeu as ligações diplomáticas com o país. A ação
tomada no início de 1961 foi logo seguida por uma tentativa de contra-golpe, no qual
um grupo reacionário treinado pelos EUA tentou instalar - sem sucesso - uma guerra
civil que marcou a chamada invasão da Baía dos Porcos. Após o incidente, o governo
Fidel Castro reafirmou os laços com a URSS ao definir Cuba como uma nação
socialista.
Para que a nova configuração política cubana não servisse de exemplo para outras
nações latino-americanas, os EUA criaram um pacote de ajuda econômica conhecido
como “Aliança para o Progresso”. Em 1962, a União Soviética tentou transformar a ilha
em um importante ponto estratégico com uma suposta instalação de mísseis
apontados para o território estadunidense. A chamada “crise dos mísseis” marcou
mais um ponto da Guerra Fria e, ao mesmo tempo, provocou o isolamento do bloco
capitalista contra a ilha socialista.
Com isso, o governo cubano acabou aprofundando sua dependência com as nações
socialistas e, durante muito tempo, sustentou sua economia por meio dos auxílios e
vantajosos acordos firmados com a União Soviética. Nesse período, bem-sucedidos
projetos na educação e na saúde estabeleceram uma sensível melhoria na qualidade
de vida da população. Entretanto, a partir da década de 1990, a queda do bloco
socialista exigiu a reformulação da política econômica do país.
Em 2008, com a saída do presidente Fidel Castro do governo e a eleição do
presidente Barack Obama, vários analistas políticos passaram a enxergar uma
possível aproximação entre Cuba e Estados Unidos da América. Em meio a tantas
especulações, podemos afirmar que vários indícios levam a crer na escrita de uma
nova página na história da ilha que, durante décadas, representou o ideal socialista no
continente americano.
FIGURA 4.0 FIDEL E CHE: DUAS DAS PRINCIPAIS LIDERANÇAS QUE CONDUZIRAM A
REVOLUÇÃO CUBANA, EM 1959.
MUDANÇAS SOCIAIS NO BRASIL
Quando se fala sobre mudança social no Brasil, um termo comumente empregado é
modernização. Esse uso é antigo, porque se considerava que nossa sociedade era de tal forma
tradicional que precisava se modernizar para chegar a algum lugar. A pergunta que esteve
sempre presente nos escritos de muitos pensadores é: por que o Brasil não muda, ou melhor,
por que existe tanta resistência às mudanças no Brasil?
Algumas explicações podem ser encontradas no início da constituição do Brasil como um
país independente. Na véspera da independência, o liberal Hipólito da Costa, exilado em
Londres, afirmou: "Ninguém deseja mais do que nós as reformas úteis, mas ninguém aborrece
mais do que nós que essas reformas sejam feitas pelo povo".
Logo após a independência, outro liberal, Evaristo da Veiga, ao defender a primeira
constituição brasileira, disse: "Modifique-se o pacto social, mas conserve-se a essência do
sistema adotado. Faça-se tudo quanto é preciso, mas evite-se a revolução".
Fica claro assim por que a independência do Brasil não significou uma revolução: apesar de
o país se tornar independente politicamente, continuou na mesma situação. Enquanto em
toda a América Latina aconteceram transformações com o processo da independência dos
países - que se tornaram repúblicas e extinguiram a escravidão -, o Brasil continuou sendo um
Império e manteve a escravidão.
Além disso, quando analisamos a instalação da República no Brasil, percebemos que houve
somente uma mudança nas estruturas políticas e na organização do poder, mas os que
dominavam no Império continuaram dominando na República. Não é à toa que o lema da Re-
pública expresso até hoje na Bandeira Nacional é "Ordem e Progresso", isto é, o progresso é
bem-vindo desde que ocorra de acordo com a ordem estabelecida.
Talvez a expressão que melhor sintetize essa visão seja a de Antonio Carlos, que foi
governador de Minas Gerais e presidente do Partido Republicano Mineiro (PRM), um pouco
antes do movimento de 1930: "Façamos a revolução ames que o povo a faça". Esse tipo de
conduta e pensamento parece ser o dominante desde a independência. Quem domina o país
faz de tudo para continuar no controle, mesmo havendo mudança. Assim, os termos
modernização ou reforma seriam mais apropriados para caracterizar o tipo de mudança que
tem ocorrido no Brasil, embora muitos eventos políticos sejam chamados de "revolução".
MUDANÇAS SOCIAIS NO BRASIL NO SÉCULO XX
Revolução de 1930
Figura 5.0 Getúlio Vargas durante passagem por Itararé, em São Paulo, após vitória na Revolução
de 1930.
A Revolução de 1930 foi um movimento armado, liderado pelos estados do Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraíba, insatisfeitos com o resultado das eleições presidenciais e que resultou em um golpe de Estado, o Golpe de 1930. O Golpe
derrubou o então presidente da república Washington Luís em 24 de outubro de 1930, impediu a posse do presidente eleito Júlio Prestes e colocou fim à República Velha.
Histórico
Em 1929, as lideranças de São Paulo deram fim a aliança com os mineiros, conhecida como “política do café-com-leite”, e recomendaram o paulista Júlio Prestes como candidato à presidência da República. Em contrapartida, o Presidente de Minas Gerais, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada apoiou a candidatura oposicionista do gaúcho Getúlio Vargas. Em março de 1930, foram realizadas as eleições para presidente da República, eleição esta, que deu a vitória ao candidato governista, o então presidente do estado de São Paulo Júlio Prestes. No entanto, Prestes não tomou posse, em razão do golpe de estado desencadeado a 3 de outubro de 1930, e foi exilado. Getúlio Vargas então, assume a chefia do "Governo Provisório" em 3 de novembro de 1930, data que marca o fim da República Velha e da início as primeiras formas de legislação social e de estímulo ao desenvolvimento industrial.
Constituição Polaca - 1937
Figura 6.0A Constituição Brasileira de 1937.
Outorgada pelo presidente Getúlio Vargas em 10 de Novembro de 1937, mesmo dia em que foi implanta a ditadura do Estado Novo, é a quarta Constituição do Brasil e a terceira da república. Ficou conhecida como Polaca, por ter sido baseada na Constituição dominadora da Polônia. Foi redigida por Francisco Campos, então ministro da Justiça do novo regime. A característica principal dessa constituição era a grande concentração de poderes nas mãos do chefe do Executivo. Seu conteúdo era fortemente centralizador, ficando a cargo do presidente da República a nomeação das autoridades estaduais, os interventores e a esses, por sua vez, cabia nomear as autoridades municipais. Após a queda de Vargas e o fim do Estado Novo em outubro de 1945, foram realizadas eleições para a Assembléia Nacional Constituinte, paralelamente à eleição presidencial. Eleita a Constituinte, seus membros se reuniram para elaborar uma nova constituição, que entrou em vigor a partir de setembro de 1946, substituindo a de 1937. A Constituição de 1937 deu origem a vários acontecimentos na História política do Brasil que têm consequências até hoje. E, principalmente, formou o grupo de oposição a Getúlio que culminou no golpe militar de 1964. Este, por sua vez, deu origem à Constituição de 1967, a outra constituição republicana autoritária — a segunda e, até os dias de hoje, a última.
Da Constituição de 1937 pode-se destacar que:
Concentra os poderes executivo e legislativo nas mãos do Presidente da República;
Estabelece eleições indiretas para presidente, que terá mandato de seis anos; Acaba com o liberalismo; Admite a pena de morte; Retira dos trabalhadores o direito de greve; Permitia ao governo expurgar funcionários que se opusessem ao regime;
Previu a realização de um plebiscito para referendá-la, o que nunca ocorreu.
O que foi a "Revolução de 64"?
Esse movimento, que completa 50 anos agora em março, foi um golpe de Estado
ocorrido no Brasil. Na madrugada de 31 de março para 1º de abril de 1964, líderes
civis e militares conservadores derrubaram o presidente João Goulart. Diversos fatores
levaram ao golpe, alguns circunstanciais e outros que se arrastavam havia décadas,
como mostra a página ao lado. Mas, resumidamente, dá para dizer que o movimento
surgiu para afastar do poder um grupo político, liderado por João Goulart, que, na
visão dos conspiradores, levava o Brasil para o "caminho do comunismo". Para
entender melhor o golpe, é preciso lembrar o clima de radicalismo político que o país
vivia. Até as Forças Armadas estavam rachadas, dividas em duas chapas que se
enfrentavam nas eleições do Clube Militar desde os anos 50. "De um lado, estavam
oficiais nacionalistas; do outro, um grupo que pregava maior aliança com os Estados
Unidos, na verdade um recurso para enfrentar a “ameaça comunista", diz o historiador
João Roberto Martins Filho, da Universidade Federal de São Carlos (SP). Em 1964, a
temperatura política no país havia subido tanto que, meses antes de ser deposto, João
Goulart tentou declarar "estado de sítio", medida que ampliaria seus poderes. Muitos
militares e líderes conservadores passaram a acreditar que o presidente daria um
golpe para instalar uma ditadura de esquerda. Nesse ambiente de conspirações, teve
início a rebelião de 31 de março. "Considerando que o Brasil estava numa
encruzilhada, o golpe definiu uma solução ditatorial para a crise e colocou o país numa
trajetória autoritária de mais de 20 anos", diz João Roberto.
Modernização no Brasil
A idéia de mudança social no Brasil sempre esteve presente nas análises da nossa
sociedade, desde o tempo do Império. Além disso, houve múltiplas revoltas contra o
poder dominante, mas sempre foram aniquiladas.
Os pensadores Oliveira Vianna, Sérgio Buarque de Holanda, Azevedo Amaral e
Nestor Duarte foram os primeiros a analisar a questão da "modernização" no Brasil, no
período de 1920 a 1940. Pode-se dizer que para todos eles, de uma forma ou de
outra, havia uma ligação entre o passado colonial e a situação daquele momento. O
passado colonial deveria ser eliminado para que o Brasil saísse do atraso, pois
aparecia como um morto que se fazia presente sempre. Apesar disso, as
preocupações giravam em torno do futuro do Brasil e as possibilidades de mudança
social.
Sérgio Buarque de Holanda, em seu livro Raízes do Brasil (1936), fez uma crítica
às elites anacrônicas brasileiras e procurou discutir a possibilidade da promoção da
modernização no contexto de uma organização social nova e numa efetiva
democracia.
Em vários escritos, mas principalmente em seu livro Instituições políticas brasileiras
(1949), Oliveira Vianna atribuiu à estrutura do poder e da sociedade na Primeira
República - que estava baseada no latifúndio e no poder local dos coronéis - a razão
de nosso atraso. Para a superação dessa situação de atraso, Vianna propunha uma
série de reformas e um poder central forte, que faria oposição às oligarquias locais e
regionais, além de garantir a unidade e o desenvolvimento nacionais.
Azevedo Amaral, em seu livro O Estado autoritário e a realidade nacional (1938),
defendeu enfaticamente uma industrialização brasileira que só poderia ser realizada
com a presença de um Estado forte e autoritário.
Já Nestor Duarte, em seu livro A ordem privada e a organização política nacional
(1939), destacou a visão privatista como um dos traços culturais do país. Para ele, o
Estado era fraco, apesar de o governo ser forte. O que havia era o domínio privado do
Estado, que sempre ficou nas mãos das grandes oligarquias.
Esses quatro autores ressaltaram que, de uma forma ou de outra, nossos
problemas estavam num passado colonial, mas principalmente na visão de que
sempre havia um empecilho para o desenvolvimento e que era necessário um Estado
forte (para Vianna e Amara!) ou uma sociedade democrática (para Holanda e Duarte)
que pudesse promover a modernização do país.
Nas décadas posteriores, vários autores estavam preocupados com a questão das
mudanças sociais no Brasil. A maioria deles também procurava demonstrar que havia
uma vinculação entre o passado colonial brasileiro, principalmente a escravidão, e a
situação social que se vivia. Apesar de todas as mudanças, ocorridas, esse passado
estava presente na estruturação das classes sociais e de um Estado sempre a serviço
dos que detinham o poder econômico: além dos grandes proprietários de terras, os
industriais nacionais e estrangeiros e o setor financeiro.
Entre esses autores destacamos Florestan Fernandes, um dos maiores sociólogos
brasileiros. Ele foi um dos que mantiveram constante preocupação com a mudança
social no Brasil. Tal preocupação foi expressa nos livros Mudanças sociais no Brasil
(1974) e A revolução burguesa no Brasil (1975), entre outros.
O golpe militar de 1964 levou Florestan Fernandes a procurar uma explicação
sociológica para a sociedade brasileira que fosse além da visão tradicional e
conciliadora, cultivada pelos intelectuais vinculados às classes dominantes. Para ele, a
sociedade de classes constituída no Brasil pelo capitalismo é incompatível com o que
se tem como universal em termos dos direitos humanos, pois resulta numa
democracia restrita, no contexto de um Estado autoritário burguês, no qual as
mudanças só ocorrem em atenção aos interesses de uma minoria privilegiada nacional
articulada com os interesses estrangeiros. E isso porque o passado escravista está
presente nas relações sociais, principalmente nas de trabalho, nas quais o preconceito
ainda é muito forte e as pessoas são excluídas por serem pobres, negras ou mulheres.
Para Florestan não haveria a possibilidade de uma revolução no Brasil se esse
passado, que envolvia o escravismo e suas conseqüências, não fosse abolido e a
visão da política como relação de favor e arte de se manter no poder não fosse
substituída por práticas políticas e relações pelo menos democráticas. Para ele, era
necessária a adoção de uma democracia de base ampliada que fosse além do voto e
permitisse a participação efetiva do povo nos destinos do país.
Já no fim da ditadura militar, perto de 1980, quando as greves e manifestações
sociais voltavam à cena, Florestan Fernandes escreveu, em seu livro Brasil: em
compasso de espera: "O protesto operário está nos tirando do pântano colonial em
que o despotismo burguês nos deixou atolados, mesmo nove décadas após a
proclamação da República. A história volta a ter, de novo, uma face de esperança,
embora tudo ainda seja muito frágil, incerto e obscuro". O sociólogo estava atento ao
que acontecia, mas não era um entusiasta, pois sabia que a capacidade dos
conservadores era muito grande e a possibilidade de uma democracia no Brasil era
frágil e incerta. Mesmo assim, Florestan Fernandes sempre procurou criticar as
iniqüidades da sociedade brasileira.
CONCLUSÃO
Quando falamos de transformações e mudanças sociais no Brasil e no mundo de uma maneira
em geral podemos citar certa modernização, pois foi preciso que ela fosse modernizada para
ser transformada.
As revoluções que aconteceram ao longo do século XX, contribuíram de uma maneira ampla
para estas mudanças sociais, para esta “modernização” enfrentada pelo nosso país e pelo
mundo, de uma maneira em geral.
Referências
(s.d.). Fonte: Viva a História, a Filosofia, a Sociologia e as Ciências Humanas e Sociais.:
http://rodrigosalvador.blogspot.com/2009/08/revolucao-chinesa.html
Botelho, J. F. (01 de Outubro de 2007). Abril . Fonte: Guia do Estudante:
http://guiadoestudante.abril.com.br/aventuras-historia/revolucao-comunista-russia-
outubro-vermelho-435618.shtml
Carvalho, L. (15 de Novembro de 2015). R7 Educação. Fonte: Mundo Educação:
http://www.mundoeducacao.com/historia-america/revolucao-mexicana-1910.htm
Education Reform. (s.d.). Fonte: http://www.didier-bertin.org/pages/wwii/education-reform-
wwii-history2-2.html
Historiazine. (s.d.). Fonte: http://www.historiazine.com/2012/01/a-revolucao-chinesa.html
Sousa, R. (s.d.). R7 Educação. Fonte: Brasil Escola:
http://www.brasilescola.com/historiag/revolucao-cubana.htm
Super Interessante. (s.d.). Fonte: Mundo Estranho:
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/o-que-foi-a-revolucao-de-64
Tomazi, N. D. (s.d.). Sociologia Para o Ensino Médio. Saraiva.