Sob pressão, prefeito reduz pela metade verba para ... · e pediu uma reunião de lideranças para...

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Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste | Sintram | Avenida Getúlio Vargas, 21, Centro Divinópolis/MG - CEP 35500-024 | (37) 3216-8484 | www.sintramdiv.org | facebook.com/SintramCentroOeste 1 Filiado à Divinópolis/MG, 24 de maio de 2017 Sob pressão, prefeito reduz pela metade verba para Divinaexpô Ministério Público questionou o Executivo sobre o gasto O prefeito Galileu Teixeira Machado (PMDB) decidiu reduzir de R$ 220 mil para R$ 110 mil a verba destinada esse ano para ban- car show no dia 1° de Junho na Divinaexpô. A decisão foi tomada sob pressão, depois que os vereadores e o Sintram denuncia- ram o abuso que o prefeito pretendia co- meter com o dinhei- ro público. Depois de estender o decreto de calamidade financei- ra, diminuir despe- sas piorando as con- dições de trabalho, reduzir o horário de funcionamento da prefeitura tornando ain- da mais caótico o atendimento ao público, o prefeito teve o desplante de tentar emplacar uma verba de R$ 220 mil para torrar em uma festa particular do Sindicato Rural. A redução no valor do repasse para o Sin- dicato Rural foi comunicada na sessão desta terça-feira (23) da Câmara Municipal, pelo vereador Cleitinho Azevedo (PPS). Além da pressão feita pelo parlamentar e também pela população, as séries de reportagens serviram de embasamento para o Ministé- rio Público, por meio do promotor Gilberto Osório questionar o município o gasto com a festa. Um dos principais pontos levantados é o decreto de calamidade financeira. O valor será para liberar a bilheteria do show de Humberto e Ronaldo como “presen- te” à população pelo aniversário da cidade, comemorado no dia 1º de Junho. Cleitinho disse que, mesmo com a redução, o montante ainda está alto dian- te das dificuldades econômicas. Che- gou a afirmar que o cachê da dupla não chega a R$ 80 mil, como foi informado pelo empresário dela. “O Ministério Públi- co está em cima. Ele quer que reduz ainda mais”, afirmou o vereador. No dia 25 de abril, a assessoria confirmou o repasse de R$ 220 mil dizendo que o valor é inferior aos anos anteriores. Nesta terça (23), ela emitiu nova nota afirmando que “o valor pedido pelo Sindicato Rural para iniciar uma negociação para os portões abertos da DivinaExpo foi de R$220 mil. No entanto, o valor foi fixado em R$110 mil após uma ne- gociação”. Com informações do Portal Centro-Oeste

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Filiado à

Divinópolis/MG, 24 de maio de 2017

Sob pressão, prefeito reduz pela metade verba para DivinaexpôMinistério Público questionou o Executivo sobre o gasto

O prefeito Galileu Teixeira Machado (PMDB) decidiu reduzir de R$ 220 mil para R$ 110 mil a verba destinada esse ano para ban-car show no dia 1° de Junho na Divinaexpô. A decisão foi tomada sob pressão, depois que os vereadores e o Sintram denuncia-ram o abuso que o prefeito pretendia co-meter com o dinhei-ro público. Depois de estender o decreto de calamidade financei-ra, diminuir despe-sas piorando as con-dições de trabalho, reduzir o horário de funcionamento da prefeitura tornando ain-da mais caótico o atendimento ao público, o prefeito teve o desplante de tentar emplacar uma verba de R$ 220 mil para torrar em uma festa particular do Sindicato Rural. A redução no valor do repasse para o Sin-dicato Rural foi comunicada na sessão desta terça-feira (23) da Câmara Municipal, pelo vereador Cleitinho Azevedo (PPS). Além da pressão feita pelo parlamentar e também pela população, as séries de reportagens serviram de embasamento para o Ministé-rio Público, por meio do promotor Gilberto Osório questionar o município o gasto com a festa. Um dos principais pontos levantados é o decreto de calamidade financeira.

O valor será para liberar a bilheteria do show de Humberto e Ronaldo como “presen-te” à população pelo aniversário da cidade, comemorado no dia 1º de Junho.

Cleitinho disse que, mesmo com a redução, o montante ainda está alto dian-te das dificuldades econômicas. Che-gou a afirmar que o cachê da dupla não chega a R$ 80 mil, como foi informado pelo empresário dela. “O Ministério Públi-co está em cima. Ele quer que reduz ainda

mais”, afirmou o vereador. No dia 25 de abril, a assessoria confirmou o repasse de R$ 220 mil dizendo que o valor é inferior aos anos anteriores. Nesta terça (23), ela emitiu nova nota afirmando que “o valor pedido pelo Sindicato Rural para iniciar uma negociação para os portões abertos da DivinaExpo foi de R$220 mil. No entanto, o valor foi fixado em R$110 mil após uma ne-gociação”.Com informações do Portal Centro-Oeste

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Após briga, relatório da reforma trabalhista é dado como lido na CAE do Senado Após intenso bate-boca e muito nervosismo, o presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Tasso Jereissati (PSDB-CE), desistiu de retomar a reunião em que estava pre-vista a leitura do relatório sobre o projeto de lei da reforma trabalhista. Jereissati deu como lido o re-latório e marcou a votação da reforma na comissão para a próxima terça-feira (30).

Antes, contudo, Jereissati tentou reabrir a reu-nião da comissão para a leitura do relatório após 50 minutos de interrupção, mas foi impedido pelos senadores de oposição. Exaltados, os senadores que se posicionavam contra a reforma puxaram os microfones do presidente – um dos aparelhos che-gou a ficar avariado – e colocaram as mãos sobre a mesa, impedindo a continuidade dos trabalhos. Depois de muito bate-boca, Jereissati desistiu de reabrir a reunião, e os governistas seguiram para o plenário, onde discursaram queixando-se do im-pedimento ao presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE). Mais cedo, a CAE realizou audiência públi-ca para debater a reforma. Depois da audiência, quando o relatório começaria a ser lido, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou ques-tão de ordem pedindo o adiamento da leitura. O requerimento foi posto em votação e vencido por 13 votos a 11. Em seguida, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentou nova questão de ordem solicitando que a matéria retornasse à Mesa do

Senado para ser apensada a outras de assunto se-melhante. A questão foi rejeitada pela presidência da comissão, e os oposicionistas levantaram-se e ficaram de pé, em frente à mesa diretora, inciando o bate-boca e anunciando que a reunião não teria continuidade. “O governo não tem condição de colocar a re-forma trabalhista nesta Casa. Eu faço um apelo

ao senador Ricardo Ferraço. Isto é uma manobra, estão usando a CAE para di-zer que o Temer tem força”, disse Lin-dbergh Farias (PT-RJ). Ferraço (PSDB-ES) é o relator da reforma trabalhista na comissão. Com a continuidade do tumulto, Je-reissati suspendeu a reunião, mas a ten-são prosseguiu no ambiente. Senadores da base aliada e de oposição gritavam e erguiam os dedos uns contra os ou-tros. Manifestantes que acompanhavam a reunião gritavam palavras de ordem dentro do plenário da CAE, e a segu-rança começou a esvaziar a audiência, inclusive com a retirada da imprensa.

QUEIXA DE AGRESSÕES Após a desistência de retomada dos trabalhos, os senadores da base aliada se queixaram de que houve tentativa de agressão por parte dos oposi-cionistas, que não aceitaram a derrota pelo voto. “Não podendo ganhar no voto, senadores e sena-doras quiseram ganhar no braço, no grito”, disse o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). “Aqui só existe uma arma: a palavra. O que se viu foi a tentativa de impedir o funcionamento físico, por agressões físicas, por agressões verbais.” Também no plenário, Tasso Jereissati fez ao presidente Eunício Oliveira um relato do que houve e disse que se sentiu fisicamente ameaçado e in-juriado tanto por senadores quanto pelos manifes-tantes que estavam dentro da comissão. “Não lamento por mim, lamento por esta Casa. E chamo Vossa Excelência [Eunício Oliveira] à responsabilidade, porque isso não pode acontecer, porque acaba-se não só o que eles querem aca-bar, que é o governo – o que é outra questão –, mas acaba-se o Senado; acaba-se o Parlamen-to; acaba-se o contraditório; acabam-se as dis-cussões; acabam-se, inclusive, as votações, e os

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‘Falta-lhe, Aécio, qualidade moral e intelectual’, diz pai do primo pre-so do senador Desembargador aposentado Lau-ro Pacheco de Medeiros Filho, pai de Frederico Pacheco de Medeiros, capturado na Operação Patmos, postou em uma rede social que ‘para o bem do Brasil’ carreira do tucano ‘está encerrada’ O desembargador aposentado Lauro Pacheco de Medeiros Filho, pai de Frederico Pacheco de Medei-ros, o Fred, primo do senador Aécio Neves (PSDB-MG), diz que ao tu-cano ‘falta qualidade moral e inte-lectual’. Fred foi preso na Operação Patmos na quinta-feira, 18, após ser filmado buscando uma mala com R$ 500 mil em propina da JBS, supos-tamente a pedido de Aécio. Também foi presa a irmã do senador, Andrea Neves. O desembargador escreveu mensagem em uma rede social. Lauro Medeiros confirmou à Agência Estado que é de sua autoria o post. “AÉCIO: Meu filho Frederico Pacheco de Medei-ros está preso por causa de sua lealdade a você, seu primo. Ele tem um ótimo caráter, ao contrário de você, que acaba de demonstrar, não ter, usan-do uma expressão de seu avô Tancredo Neves, ‘um mínimo de cerimônia com os escrúpulos’.” Lauro Medeiros escreveu, ainda. “Falta-lhe, Aé-cio, qualidade moral e intelectual para o exercício do cargo que disputou de Presidente da República. Para o bem do Brasil, sua carreira política está encerrada.” A mãe de Fred é prima da mãe de Aécio. Um

parente próximo a Fred disse ao Estado que ‘a fa-mília está muito aborrecida’ com o caso. Segundo a Patmos, a propina acertada entre o empresário Joesley Batista, da JBS, e Aécio era de R$ 2 milhões. A investigação aponta que, em pelo menos duas ocasiões, Fred foi pessoalmente à sede da JBS para buscar parte da propina acer-tada para o primo. Lauro Pacheco de Medeiros Filho seguiu. “Vejo agora, Aécio, que você não faz jus à memória de seu saudoso pai o deputado Aécio Cunha.”Fonte: Estadão

vencidos não aceitam o resultado”, afirmou. Em resposta, o senador Humberto Costa (PT-PE) alegou que houve agressões de parte a parte e pediu uma reunião de lideranças para superar os problemas ocorridos na CAE. “Esta aqui é uma Casa, por excelência, política, e acho que tudo que aconteceu hoje, e posso falar aqui com autoridade, porque eu era um dos que estavam tentando se-renar os ânimos, apesar de ter levado um empur-rão de um senador da base do governo, que ficou apoplético lá. Então, houve agressões, de parte a parte, acho que este não é um bom caminho. Te-mos que superar este episódio”, afirmou.Também em discurso, a senadora Gleise Hofff-

mann (PT-RS) disse que a oposição não vai acei-tar a decisão de dar o relatório como lido. “Nós vamos resistir, para não ler o relatório, até porque o senador que está apresentando o relatório [Ri-cardo Ferraço] tinha dito no seu Facebook que não apresentaria o relatório, porque estávamos vivendo tempos anormais, de crise, com o que aconteceu com o presidente da República [Michel Temer] e também com um senador [Aécio Neves (PSDB-MG), que foi afastado] desta Casa. Aí, depois muda de ideia, e vão para cima na força, para fazer a leitura de um relatório”, alegou.Fonte: Agência Brasil

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CCJ adia análise de PEC sobre eleições diretas A Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania (CCJ) da Câmara dos Deputados adiou a análise da admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição das Eleições Diretas (PEC 227/16). O parecer pela aprovação da proposta estava na pauta desta terça-feira (23) da CCJ, mas a comis-são teve de encerrar os trabalhos após o início da Ordem do Dia do Plenário. O presidente do colegiado, deputado Rodrigo

Pacheco (PMDB-MG), avalia convocar uma reunião específica para votar a matéria, que é polêmica e já enfrenta obstrução de partidos que consideram o momento inoportuno do ponto de vista político. “O que eu não posso permitir é que a Comissão de Constituição e Justiça pare na discussão de outras tantas matérias em razão dessa PEC”, disse Pacheco. De autoria do deputado Miro Teixeira (Rede-RJ), a PEC estabelece eleições diretas no caso de vacância da Presidência e da Vice-Presidência da República a qualquer tempo do mandato, ex-ceto nos seis últimos meses. Hoje, a Constituição determina que a eleição seja indireta caso o País fique sem presidente menos de dois anos antes do

término do mandato. A oposição considera a PEC das Diretas primor-dial e prometeu obstruir todas as outras votações caso a proposta não seja votada. “O governo per-deu duas vezes hoje aqui na CCJ: primeiro, nós conseguimos garantir quórum, o governo trabalhou para que os deputados não viessem; segundo, na primeira votação de um requerimento do governo, o governo perdeu. Então, estávamos com chance sim de vencer, porque a pressão nas ruas é gran-de”, disse a deputada Maria do Rosário (PT-RS). “O interesse que tem que prevalecer aqui dentro não é o do Temer, não é o do deputado, nós te-mos que pensar como é que a gente salva o Brasil dessa crise, e só com voto”, afirmou a deputada. Em Plenário, deputados da oposição reclamaram do início da Ordem do Dia, o que impediu a análise da PEC das Diretas na CCJ. O deputado Rubens Pereira Júnior (PCdoB-MA) apresentou questão de ordem ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reclamando do início da Ordem do Dia antes de alcançado quórum em Plenário. Maia respondeu que o Regimento foi cumprido.

Discursos contra Temer Lideranças da oposição reafirmaram, em Plená-rio, a obstrução às votações e voltaram a defender o afastamento do presidente Michel Temer. “O País é uma nau desgovernada. O País está à deriva e o povo perplexo, assustado, sem a mínima condição de fazer valer a sua voz. E a voz do povo que está sendo gritada nas ruas, de norte a sul do País, é: fora Temer, é eleições diretas já”, disse a deputada Luiza Erundina (Psol-SP). Se passar pela CCJ, a PEC que propõe eleições diretas em caso de vacância da presidência será encaminhada para uma comissão especial. Pos-teriormente, o texto precisa ser votado em dois turnos no Plenário.Fonte: Agência Câmara