Slides Aula 04 - Mercantilismo - Parte 02

2
18/3/2015 1 INTRODUÇÃO A ECONOMIA s Aula 04: Mercantilismo (Parte 02) Diego Carneiro [email protected] | facebook.com/diego.carneio AULA 04: Mercantilismo Textos base: O Conflito Latente no Pensamento Mercantilista. (HUNT & SHERMAN, 1996) Objetivo: Expor como se deu a transição do sistema feudal para o mercantilismo e as bases do sistema capitalista. AULA 04: Mercantilismo O Conflito Latente no Pensamento Mercantilista A ética cristã contrastava com os interesses comerciais em um período de crescente importância do comércio de mercadorias; No início, o mercantilismo inglês permaneceu fiel as prescrições bíblicas para a promoção do bem estar; O estado começa a tomar o papel da igreja de zelar pela ética cristã, exigindo que a atividade comercial seja realizada no interesses do bem-estar de toda a comunidade. AULA 04: Mercantilismo Origens medievais das políticas mercantilistas Eduardo I (1272-1307) decreta a expulsão de empresas estrangeiras da Inglaterra e tentou regulamentar o comércio; Para conter um processo inflacionário Eduardo III (1333-1360) fixa preços e salários favorecendo os trabalhadores; mercantilismo fundamenta-se na ideia de responsabilidade mútua, de caráter ; Ricardo II (1377-1399) promulga os Atos de Navegação para favorecer os comerciantes ingleses e atrais ouro e prata para o país; AULA 04: Mercantilismo Origens medievais das políticas mercantilistas Na concepção da época o acúmulo de metais preciosos era fundamental para um reino próspero e para mitigar os conflitos; Henrique II (1485-1509) financiou diversas expedições marítimas estabelecendo uma legislação favorável aos comerciantes ingleses; Pode-se dizer que Henrique II tentou equalizar os interesses feudais com os interesses capitalistas; AULA 04: Mercantilismo Secularização das Funções da Igreja Henrique VIII rompe com o catolicismo romano e o estado assume as funções antes desempenhadas pela igreja; O regime de cercamento dos campos e o declínio das exportações dos produtos de lã na segunda metade do século XVI geraram uma onda de desemprego; A destruição do poder da igreja levou ao desmantelamento de sua rede de assistência social agravando os efeitos da crise; O Estado então assume o papel deixado pela igreja (Lei dos Pobres);

description

mercantilismo

Transcript of Slides Aula 04 - Mercantilismo - Parte 02

Page 1: Slides Aula 04 - Mercantilismo - Parte 02

18/3/2015

1

INTRODUÇÃO A ECONOMIA

s

Aula 04: Mercantilismo (Parte 02)

Diego Carneiro

[email protected] | facebook.com/diego.carneio

AULA 04: Mercantilismo

Textos base:

O Conflito Latente no Pensamento Mercantilista. (HUNT & SHERMAN, 1996)

Objetivo:

Expor como se deu a transição do sistema feudal para o mercantilismo e as bases do sistema capitalista.

AULA 04: Mercantilismo

O Conflito Latente no Pensamento Mercantilista

A ética cristã contrastava com os interesses comerciais em um período de crescente importância do comércio de mercadorias;

No início, o mercantilismo inglês permaneceu fiel as prescrições bíblicas para a promoção do bem estar;

O estado começa a tomar o papel da igreja de zelar pela ética cristã, exigindo que a atividade comercial seja realizada no interesses do bem-estar de toda a comunidade.

AULA 04: Mercantilismo

Origens medievais das políticas mercantilistas

Eduardo I (1272-1307) decreta a expulsão de empresas estrangeiras da Inglaterra e tentou regulamentar o comércio;

Para conter um processo inflacionário Eduardo III (1333-1360) fixa preços e salários favorecendo os trabalhadores;

mercantilismo fundamenta-se na ideia de responsabilidade mútua, de caráter ;

Ricardo II (1377-1399) promulga os Atos de Navegação para favorecer os comerciantes ingleses e atrais ouro e prata para o país;

AULA 04: Mercantilismo

Origens medievais das políticas mercantilistas

Na concepção da época o acúmulo de metais preciosos era fundamental para um reino próspero e para mitigar os conflitos;

Henrique II (1485-1509) financiou diversas expedições marítimas estabelecendo uma legislação favorável aos comerciantes ingleses;

Pode-se dizer que Henrique II tentou equalizar os interesses feudais com os interesses capitalistas;

AULA 04: Mercantilismo

Secularização das Funções da Igreja

Henrique VIII rompe com o catolicismo romano e o estado assume as funções antes desempenhadas pela igreja;

O regime de cercamento dos campos e o declínio das exportações dos produtos de lã na segunda metade do século XVI geraram uma onda de desemprego;

A destruição do poder da igreja levou ao desmantelamento de sua rede de assistência social agravando os efeitos da crise;

O Estado então assume o papel deixado pela igreja (Lei dos Pobres);

Page 2: Slides Aula 04 - Mercantilismo - Parte 02

18/3/2015

2

AULA 04: Mercantilismo

O Surgimento do Individualismo

Após a Revolução Gloriosa de 1688, o governo inglês foi submetido a pequena nobreza e a classe média dos capitalistas;

O Individualismo passa a substituir a Ética Paternalista Cristã medieval, pois refletia as necessidades da nova ordem capitalista;

Essa nova concepção sobre o comportamento humano pregava que motivações egoístas e interesseiras constituíam a razão de ser básica, senão única, das ações realizadas pelos homens;

A burguesia abraça então essa nova forma de enxergar o mundo;

AULA 04: Mercantilismo

O Protestantismo e a Ética Individualista

O protestantismo livrou os capitalistas da oposição moral imposta pela Igreja Católica a suas atividades comerciais;

O princípio básico do protestantismo era a doutrina de que os homens se justificam não mais pelas obras, mas pela fé;

A confiança que esta doutrina individualista depositava na consciência individual despertou interessa da nova classe média;

A valorização religiosa do trabalho como forma de assegurar a salvação foi assim decisiva para a expansão econômica;

AULA 04: Mercantilismo

As Políticas Econômicas de Caráter Individualista

As concepções individualistas inspiraram protestos contra a subordinação das questões econômicas às decisões do Estado;

As restrições impostas ao comércio no âmbito de uma nação são nocivas ao interesse da coletividade, deve-se suprimir os privilégios;

Aquilo que a moral medieval considerava como vícios constituíam as forças motrizes do novo sistema capitalista;

O princípio do lucro só seria viável em uma sociedade que protegesse os direitos de propriedade e zelasse pelo cumprimento dos contratos;