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INTRODUÇÃO A ECONOMIA

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Aula 03: Mercantilismo

Diego Carneiro

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AULA 03: Mercantilismo

Textos base:

A Transição para o Capitalismo e a Elaboração do Pensamento Mercantilista. (HUNT & SHERMAN, 1996)

Objetivo:

Expor como se deu a transição do sistema feudal para o mercantilismo e as bases do sistema capitalista.

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A Transição para o Capitalismo e o Pensamento Mercantilista

Apesar da sociedade medieval ser predominantemente agrária, o aumento na produtividade no campo culminou com sua dissolução;

Mudanças Tecnológicas

Substituição do sistema de dois campos para três campos levou a um aumento de 50% na quantidade produzida;

O aumento da produção de grãos possibilitou o uso de cavalos ao invés de bois como fonte energia nos trabalhos agrícolas;

Os cavalos contribuíram também para a maior mobilidade de bens;

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Mudanças Tecnológicas

As melhores condições produtiva possibilitaram um crescimento populacional (a população dobrou na Inglaterra entre 1000 e 1300);

O aumento da população e os melhores meios de transporte levaram a uma maior aglomeração de pessoas nos centros urbanos;

Houve assim uma especialização maior entre campo e cidade, com o desenvolvimento da produção manufatureira nesta ultima;

O aumento da produtividade do trabalho, por sua vez, colaborou para o desenvolvimento do comércio de longa distância;

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O Desenvolvimento do Comércio de Longa Distância

O crescimento da produtividade agrícola proporcionou um excedente de alimentos e mão de obra para os mercados locais e internacionais;

A utilização mais racional da energia e dos transportes tornou possível a concentração da indústria nas cidades e a venda de produtos em mercados mais amplos e distantes;

A expansão do comércio potencializou o crescimento dos centros urbanos, agora dominada por uma nova classe;

As Cruzadas possibilitaram a expansão das fronteiras comerciais;

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O Desenvolvimento do Comércio de Longa Distância

O embrião de um sistema financeiro foi gestado nas casas de câmbio e liquidações de dívidas e crédito das cidades comerciais medievais;

A legislação favorável a atividade econômica desenvolveu-se nessas cidades controladas por grandes comerciantes;

A indústria artesanal feudal deu lugar a uma sistema mais organizado, onde uma rede de intermediários faziam os produtos alcançarem novos mercados;

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O Sistema Manufatureiro Doméstico

Para regularizar o abastecimento de bens manufaturados, os mercadores-capitalistas assumem o controle do processo produtivo;

O artesão individual é substituído pelo sistema manufatureiro doméstico voltado para a exportação;

O capitalista fornecia a matéria prima para que os artesões o transformassem em produto acabado;

Posteriormente este fornecia também as ferramentas e o local de trabalho pagando apenas pela força de trabalho;

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O Declínio do Sistema Senhorial

O aumento da população sustentado pela melhoria tecnológica, bem como sua acumulação da cidade possibilitou o comércio do excedente produzido no campo;

Servos e senhores passaram depender das cidades para a aquisição de bens manufaturados;

Os servos utilizaram os recursos obtido da venda de seus excedentes para flexibilizar suas obrigações para com o senhor, e passaram atuar como pequenos produtores independentes;

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O Declínio do Sistema Senhorial

Com o tempo os senhores passaram a arrendar suas terras aos servos tornando-se landlords vivendo geralmente na cidade;

A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) e a Peste Negra (1348-1349) levaram a um declínio da população e a uma valorização da mão-de-obra elevando os salários;

Numa tentativa por parte dos senhores de recuperar os privilégios eclodiram as Revoltas Camponesas nos séculos XIV e XVI;

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Outras forças na Transição para o Capitalismo

A população europeia, que passou mais de um século estagnada, alcançou, em 1600, 70 milhões de habitantes;

Ao mesmo tempo iniciou-se um processo de cercamento dos campos para a criação de ovelhas visando abastecer a indústria têxtil;

Houve uma migração em massa para as cidades, proporcionando novos contingentes de trabalhadores para a indústria;

O aprimoramento das técnicas de navegação inauguraram uma nova era no comercio ultramarino e na expansão colonial;

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Outras forças na Transição para o Capitalismo

Outra consequência da expansão do comércio foi a escassez aguda de dinheiro, mitigada com as descobertas de ouro e prata nas colônias;

No século XVI, o preço das manufaturas subiu entre 150 e 400%, muito mais que a renda do trabalho e da terra;

Esse processo inflacionário possibilitou aos capitalistas um acúmulo fabuloso de recursos que seriam reinvestidos possibilitando um acúmulo ainda maior de capital;

Assim, a burguesia substitui a nobreza como classe dominante;

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Outras forças na Transição para o Capitalismo

O apoio da burguesia foi fundamental para a constituição dos estados nacionais, e desse se beneficiavam pelo fim dos privilégios feudais;

O estado propiciava a consolidação de mercados e a segurança dos empreendimentos e por sua vez era financiado pela burguesia;

Assim, coalizões formadas por monarcas e burguesia arrancaram o poder da nobreza feudal, essa fase inicial do sistema capitalista é denominada mercantilismo;

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Paternalismo Feudal nos Primórdios do Capitalismo

Em uma primeira fase, o bulionismo, os estados tentaram a todo custo atrair e manter no país o máximo de ouro e prata;

No entanto a necessidade de meios de pagamento levou a superação de tais políticas e ao conceito de balança comercial favorável;

Assim os governos esforçaram-se em privilegiar as exportações em detrimento das importações;

Diversos monopólios e privilégios comerciais foram concedidos nesse período, e o estado passou a regulamentar a atividade econômica;