SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos...

32
Sistemas de Saúde: Factos e Tendências Afectar hoje as decisões das empresas

Transcript of SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos...

Page 1: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Sistemas de Saúde: Factos e TendênciasAfectar hoje as decisões das empresas

Page 2: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Factos &IntroduçãoO mundo e a população mundial estão a mudar.O ritmo de mudança está a acelerar. À medida que aspopulações dos países desenvolvidos envelhecem evivem mais do que as gerações anteriores, os cidadãosnecessitam e procuram mais cuidados de saúde. Em2000, existiam cerca de 6 milhões de pessoas acimados 60 anos. Em menos de 50 anos existirão 2 milmilhões.1 Mas com a fertilidade a decrescer e a taxa denatalidade normalmente abaixo dos níveis dereposição, existem menos trabalhadores activos quesuportem os não trabalhadores nos sistemas de

saúde de pagamento imediato. Estes contamcom cada geração de reformados recebendobenefícios daqueles que ainda trabalham.

Estas tendências terão grandes ecrescentes impactes nas empresas: naempregabilidade, idade dostrabalhadores, produtividade, planosde benefícios e custos, mercados,produtos e impostos. O sistemanacional de saúde francêsenfrentará dívidas massivas numfuturo não muito distante,quando os benefícios esperadosultrapassarem as verbasdisponíveis. Quem pagará adiferença? Que nível deinstabilidade social acompanhará aredução dos benefícios? Em 2040,nos EUA, uma em quatro pessoasterá mais de 65 anos. O queacontecerá aos trabalhadores? Na Itália

e no Japão, perto de metade dapopulação estará acima dos 65 anos em

2040. Que novos mercados isto criará? 2

Uma criança nascida em 2000 pode ter mais 30anos de vida do que uma criança nascida em 1900, oque consiste num indicador claro do sucesso epercussão dos serviços de saúde. Mas isto nãotransmite nada sobre a eficácia e equidade na qualestes serviços são disponibilizados, nem da nossacontínua capacidade de as realizar.

A ciência médica e a tecnologia continuam a dargrandes passos na investigação, conhecimento etratamentos.

A genética moderna e a biologia molecular prometemcuidados médicos e farmacologicamente adaptados,criados e disponibilizados com a química de cadaindivíduo na mente. Hoje, quase 5000 medicamentospara o tratamento do cancro estão em várias fases deinvestigação e desenvolvimento. Mas muitos destesmodernos “medicamentos maravilha” deverão custaranualmente entre 40 000 a 80 000 dólares. Como éque a sociedade vai pagar por estes tratamentos ecomo é que os destinatários serão seleccionados?3

A par dos avanços científicos, um bom sistema desaúde depende igualmente de sistemas bemestruturados que fornecem produtos e serviçosquando e onde necessários, controlam custos edesempenhos e depois identificam áreas a melhorar.Hoje, quase todas as pessoas concordam que ossistemas de saúde estão a falhar: têm falta de recursosfinanceiros, não fornecem a qualidade do serviço queas pessoas exigem e têm acesso limitado. Existegrande ênfase no controle de custos (apenas comsucesso modesto), mas pouca contabilização dosbenefícios para a saúde. Existe pouca consciência daresponsabilidade partilhada entre os doentes e ossistemas de saúde. No Reino Unido, a obesidadecresceu cerca de 400% nos últimos 25 anos. Quasenão são disponibilizadas verbas para a prevenção dedoenças, apesar dos seus impactes positivos navitalidade pessoal e na totalidade da economia dasaúde.

O acesso aos serviços de saúde é irregular, dentro eentre os países. Nas economias em desenvolvimento,as doenças infecciosas comuns (todas as que forameliminadas no mundo desenvolvido), podem causarestragos em vidas e em estruturas sociais. Podem asempresas operar com sucesso em sociedades em riscode falharem? O VIH/SIDA, a malária e as doençasdiarreicas são responsáveis por milhões de mortes porano. A maioria é prevenível através de campanhas desensibilização de baixo custo. Até a disponibilidadeilimitada dos melhores tratamentos, contudo, nãoconsegue ultrapassar a falta de infra-estruturas sociais egovernamentais para proporcionar e garantir a suautilização eficaz e apropriada. Em alguns paísesdesenvolvidos, o acesso livre depende do pagamentode serviços privados ou de seguradoras. Mais de 45milhões de residentes dos EUA, não têm seguros

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

EUA 16,3%

16,6%30,1%

17,0%33,3%

20 ,8%33,9%

20 ,6%35,0%

18,5%35,5%

22,2%36,1%

23,5%37,4%

22,8%37,5%

23,9%44,7%

22,0%45,5%

24,4%46,2%

2000 2040

Idosos (acima dos 60) por percentagem de população

26,0%

AustráliaCanadá

Reino UnidoFrança

HolandaBélgica

AlemanhaSuéciaJapão

EspanhaItália Custo anual estimado (em dólares)

Anode

aprovação

2004

0 20 000 40 000 60 000 80 000

20062004200720042003

ErbituxPanitumumabAvast inTelcyta

(previsto)

TarcevaIressa

(previsto)

Figura 1: Idade populacional

Figura 2: Custos de novos tratamentos de cancro

Page 3: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

TendênciasDoenças

Ambiente e Saúde

Profissionais Médicos e Doentes

Papel dos Medicamentos

Prevenção e Responsabilidade Pessoal

Sistemas de Saúde

Saúde gerida pelos Consumidores

Custos, Benefícios e Qualidade

Tecnologias de Informação

Questões Legais

médicos e geralmente recebem cuidados inadequados,em estados adiantados de doença, em condições deemergência dispendiosas. Qual é o papel apropriadodas empresas quando lidam com o acesso aos serviçosde saúde?A saúde e os cuidados de saúde estão cheios depromessas e problemas: a promessa de uma maiorlongevidade, melhor qualidade de vida e fortecrescimento económico, rodeado por problemas emcomo fornecer, gerir e pagar por estes benefícios. Estapublicação expõe uma série de promessas e problemasá volta de 10 tópicos chave. Tenta identificar osimpactes prováveis na forma de pensar e na actividadedas empresas de hoje, olhando para o futuro. Ostópicos abordados incluem:

• Doenças;• Ambiente e saúde;• Prevenção e responsabilidade pessoal;• Profissionais médicos e doentes;• Papel dos medicamentos;• Sistemas de saúde;• Custos, benefícios e qualidade;• Saúde gerida pelos consumidores;• Tecnologias de informação;• Questões legais.

Com certeza, um tratamento exaustivo de qualquerum destes tópicos poderia facilmente preencher váriaspublicações. De facto, já preencheram. O tratamentoaqui dado pretende ser ilustrativo: trazer ao de cimaquestões e preocupações, disponibilizar umentendimento da sua complexidade e maisimportante, estimular o pensamento. Cada tópico éilustrado num sumário de duas páginas que inclui umasérie de factos, tendências e implicações para asempresas. O mundo desenvolvido e o mundo emdesenvolvimento estão a convergir de encontro a umconjunto de preocupações de saúde similares. Noentanto, restam ainda claras diferenças em termos dosserviços de saúde, da existência de doençasinfecciosas, educação e acesso à água potável.Salientamos algumas questões específicas do mundoem desenvolvimento numa caixa de texto específicaem cada página. Mais uma vez, os exemplos sãoilustrativos e completos. Uma publicaçãocomplementar, “The Business of Health, The Health ofBusiness”, fornece uma série de casos de estudo queilustram como várias empresas estão a lidar com asquestões de saúde nas suas equipas de trabalho e/ounas comunidades onde estas estão inseridas.Esperamos que este trabalho estimule mais discussõesnecessárias entre as muitas partes interessadas que têmde ser envolvidas na melhoria de todos os nossossistemas de saúde.

2

4

6

8

10

12

16

14

18

20

Passos seguintes

Glossário e Referências

22

23

Page 4: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Doenças diferentes afectampessoas diferentes

• As doenças de nascença e infantis – baixo peso ànascença, sarampo e tétano – são praticamenteinexistentes no mundo desenvolvido graças aoacesso a vacinas e cuidados pré-natais.Contudo, nos países emdesenvolvimento, estas constituema maior causa de morte.

• Alguns segmentos da populaçãosão muito mais vulneráveis acertas doenças do queoutros. Quase 90% dasmortes causadas pordoenças diarreicasocorrem entre os 0-4anos de idade.

• Apesar destasdiferenças, os paísesem desenvolvimentoestão a contrairrapidamente muitasdas doenças da “moda”que dominam asquestões de saúde naseconomias desenvolvidas.

Existem claras diferenças entre os impactes dasdoenças nos países desenvolvidos e emdesenvolvimento. As doenças cardiovasculares(DCV) e o cancro são a causa mais comum demorte nos países desenvolvidos. As doençasinfecciosas (Tuberculose, VIH/SIDA e Malária)constituem uma grande ameaça às economiasem desenvolvimento. Contudo, as tendênciasestão a mudar: em 2010 (a menos de cinco anosde distância) as DCV serão a principal causa demorte nos países em desenvolvimento.

1Desenvolvimento EconómicoNas economias que são atingidas pelas doenças odesenvolvimento económico real é quase impossível. Asempresas que operam nestas economias, terão quetrabalhar em conjunto com os governos, ONG’s, lídereslocais e outros para ir de encontro às necessidadesbásicas.

2Interrupção do Planeamento das EmpresasNas empresas multinacionais com múltiplos locais defabrico dispersos e componentes de entrega a pronto, osurgimento das doenças súbitas podem ter um impacteimediato na produtividade empresarial. A interrupçãodo planeamento das empresas tem, cada vez mais, deter em conta a rápida dispersão de novas doenças.

Doenças

Doenças Crónicas / Não Contagiosas

Estas incluem doenças tais como AVC, cancro, diabetes tipo 2e a depressão. Enquanto crescem rapidamente nos países emdesenvolvimento, algumas estão agora a decrescer naseconomias desenvolvidas.3

2 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Cardiovascular diseases

Cancers

Diabetes mellitus

Respiratory-related illness

HIV/AIDS

Diarrhoeal diseases

Tuberculosis

Birth- and childhood-related diseases

Malaria

Unintentional injuries

Other

60 million deaths

Países DesenvolvidosDoenças cardiovasculares

Cró

nica

s

Cancro

Diabetes

Doenças respiratórias

VIH/SIDA

Doenças Diarreicas

Tuberculose

Doenças infantis ou de nascença

Malária

Lesões não intencionais

Outras

Infe

ccio

sas

15m

45m

Figura 1: Principais causas de morte em 2002, em milhões1

Factores que afectam a dispersão dasdoenças:• Acesso a água potável;• Importância da higiene pessoal;• Sensibilização e educação;• Desenvolvimento económico;• Infra-estruturas modernas de transporte;• Acesso a serviços de saúde de qualidade;

LondresManchester

Copenhaga

EstocolmoHelsínquia

S. Petersburgo

MoscovoVarsóvia

Istambul

Macau

CuongzhouHong Kong

ShenzenXiamen

Shanghai

Shenyang

Tianjin

NanjingChengdu

Chongqing

BeijingHandan

Kunming

AmsterdãoBerlim

VienaBudapeste

BucaresteBelgrado

ParisBruxelas

LisboaMadrid

ZuriqueMilão

RomaAtenas

ContínuasLigações entre cidades

Frequência semanal

Mercados ActuaisFuturos Mercados

200326

406

2023114

1,674

A crescente migração entre as redes internacionais detransporte acelera a dispersão das doenças. As pessoase as doenças cruzam agora os oceanos em 1/20 dotempo do que levavam há 50 anos atrás.

Três grandes categorias dedoenças: crónicas,infecciosas e genéticas

A “Viagem” das DoençasFigura 2: Tráfego Aéreo entre a Ásia e a Europa2

Implicações para as empresas

Doe

Países em Desenvolvimento

Page 5: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

DiseasesLOCALIZAÇÃO, IDADE, MODO DE VIDA, RIQUEZA

• Em 2020, espera-se que asdoenças crónicas contabilizemquase 75% de todas asmortes, com grandepercentagem destas aocorrerem nos países emdesenvolvimento.7

• Hoje, existem mais casos de doençascardiovasculares na Índia e na China do que emtodos os países economicamente desenvolvidos.9

• Em todo o mundo, o cancro causa 6 milhões demortes todos os anos – cerca de 700 por hora.10

Doenças infecciosas/contagiosasEstas ocorrem por contacto directo com agentesinfecciosos, indirectamente através da água, ar,alimentos, insectos, contacto sexual ou de mãepara filho, tal como o VIH/SIDA. Outras doençasinfecciosas incluem a tuberculose (TB), a maláriae a hepatite.

• O número de diabetes está a aumentar para taxasalarmantes. O custo dos diabetes nos EUA éequivalente a 1 000 dólares per capita por ano, quase20% do orçamento disponível para a saúde nos EUA.4,5

Figura 3: Número de pessoas com diabetes6

4

6

10

Tendências RelacionadasAmbiente e saúde

Prevenção e responsabilidade pessoal

Papel dos medicamentos

3Infra-estruturas modernas de transporteAs novas doenças dispersam-se mais rapidamente epodem ter impactes significativos. A SARS (SíndromeRespiratória Aguda Grave, aviária e outras), a gripe ea TB são três exemplos recentes que causaraminterrupção substancial nos mercados e nas viagens.Cada caso de SARS resulta em quase 2,5 milhões dedólares de perda de actividade económica – 20 milmilhões em seis meses.15

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 3

Questões do mundo emdesenvolvimento

Hoje, aproximadamente 40% da populaçãomundial está em risco de contrair a malária –vivendo a maioria nos países mais pobres domundo.13

Um terço da população mundial está actualmenteinfectada com o bacilo da tuberculose e em cada15 segundos morre alguém com esta doença.14

Mediterrâneo LestePacifico OcidentalEuropaAméricaSudoeste da ÁsiaÁfrica

02200098969492Ano

Núm

ero

dead

ulto

sin

fect

ados

(em

milh

ões)

90888684821980

0

10

20

30

40

0

20

40

60

Núm

ero

depe

ssoa

sco

mdi

abet

es(m

ilhõe

s)

80

100

120

2000 2030

Sudesteasiático

Américas

MediterrâneoLeste

África

Europa

China

Núm

ero

dem

orte

s(e

mm

ilhõe

s)

1990 2002

DiabeDoenOutraCancDoen

0

10

20

30

40

50

+1.4%

+2.3%

2020Projecção

Figura 4: Doenças crónicas8

Figura 5: Número estimado de adultos infectados com VIH11

Diabetes MellitusDoenças crónicas pulmonares obstrutivas e AsmaOutras doenças não contagiosasCancroDoenças cardiovasculares

• A praga matou quase um terço da populaçãoeuropeia - 20 milhões de pessoas - em 1300. OVIH já superou estes totais. Muitos dos que estãoagora infectados não estão conscientes que têm adoença.

• São ainda esperados mais impactes do VIH/SIDA naÁfrica sub-sariana, mas também em cinco paísescom grande densidade populacional: Nigéria,Etiópia, Rússia, Índia e China. Nestes cinco países,o número de pessoas infectadas crescerá dos 14-23milhões actuais para um valor estimado de 50-75milhões em 2010.12

Doenças genéticasEstas surgem a partir de alterações genéticas (ADN) deum indivíduo e hoje não podem ser prevenidas.Muitas mantêm-se sem cura.

• Novas técnicas de mapeamento genéticopermitem uma melhor detecção e análise destasdoenças. Numa escala global, o número de mortescausado por doenças genéticas é muito menor doque o causado por doenças crónicas e infecciosas.

nças

Page 6: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

AmbienteAs influências externas no desenvolvimento efuncionamento de um organismo (comparado com osfactores genéticos) são denominados “factoresambientais”, tais como o ar, a qualidade da água, aexposição nos locais de trabalho, predominância dedoenças transmitidas por vectores e acidentes. Estestêm impactes claros na saúde e em muitos países emdesenvolvimento desempenham um papel importanteno ciclo das doenças. As crianças mais jovens sãonormalmente as principais vítimas destes factores.

A Organização Mundial de Saúde considera que osprincipais factores ambientais incluem:

• Qualidade de água das habitações• Higiene e saneamento• Poluição do ar• Tabagismo• Doenças transmitidas por

vectores• Perigos químicos• Condições propícias as

acidentes e ferimentos

1Maior impacte para as economias emdesenvolvimentoOs impactes dos factores ambientais são difusos naseconomias emergentes e em desenvolvimento. Asempresas internacionais podem ter grandes impactespositivos na medida em que proporcionam melhorespráticas de saúde nos mercados em desenvolvimento.

2Os cuidados de saúde estão a incitar o protesto dosconsumidoresOs produtos são cada vez mais verificados, modificadosou retirados do mercado, com base nos seus impactesna saúde e no ambiente. É cada vez mais importanteter em consideração os impactes no ciclo de vida e assuas componentes de toxicidade na concepção doproduto, formulação e gestão de fim de vida.

AmbienteeSaúde

Implicações para as empresas

No local de trabalho

• Os acidentes com veículos são a maior causa demorte nas empresas com distribuição de produtosem estrada, tal como os produtos petrolíferos e ocimento.

• Doenças nos pulmões, causadas principalmente porexposição a longo prazo a agentes nocivos, taiscomo pó, fumos e sprays, são a causa número umdas doenças relacionadas com o trabalho nos EUA.2

• Quedas e choques eléctricos devido a equipamentosmal isolados ou com isolamento deficiente são asegunda e terceira maior causa de acidentesindustriais.

• Na Europa, é estimado que são perdidos cerca de500 milhões de dias de trabalho todos os anosdevido às questões ligadas à saúde no trabalho.3

• O stress e a depressão são grandes factores(largamente discutidos) que afectam o desempenhono trabalho. A OMS estima que 5,8% dos homens e9,5% das mulheres têm um episódio depressivo porano.

4 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Em casa

• A poluição do ar interior afecta mais de 2 milmilhões de pessoas em todo o mundodevido à dependência da utilização decombustíveis sólidos paraaquecimento e confecção dealimentos.

É a quarta maior ameaça para asaúde de mulheres e crianças (nospaíses mais pobres do mundo) depoisdas doenças transmitidas pelaágua, má nutrição e VIH/SIDA.4

• No Bangladesh, entre 28 a 35milhões de pessoasconsomem água comteores elevados dearsénico, um conhecidoproduto cancerígeno.5

• Mais de um milhão depessoas, incluindomuitas crianças,morrem todos os anoscomo resultado damalária, transportadapor mosquitosfrequentementeencontrados nosambientes tropicais demuitos países emdesenvolvimento. Existempelo menos 300 milhões decasos graves de malária por ano.6

No terreno• Os químicos agrícolas melhoraram

significativamente a produtividade ereduziram os problemas associados à má nutrição.Mas ainda existem problemas relacionados com asua utilização e deposição.

• Em 2001, o Ministério da Saúde Brasileiro estimouque existiam cerca de 300 000 envenenamentos e5 000 mortes por ano pela utilização imprópria depesticidas agrícolas. O custo para a economia foiestimado ser de 40 milhões de dólares.7

• Em África, existem pelo menos cerca de 50 000toneladas de pesticidas obsoletos em stock quepõem em risco as pessoas e os aquíferos.8

Page 7: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Environment & HealthRISCO, EXPOSIÇÃO, ACIDENTES, CONTROLO

e Saúde

2

6

20

3São necessários novos produtosProdutos e serviços relativamente simples, que sedestinam a necessidades básicas de ar, água, saúdee educação, distribuídos através de novos canais(frequentemente em parceria com organizaçõeslocais), podem fornecer oportunidadesempresariais de sucesso e melhorias substanciais nasaúde.

Outros locais

• Os níveis de poluição do ar nas principaiscidades do sudoeste Asiático e da Chinaestão no top das piores do mundo econtribuem para a morte de cerca de 500 000pessoas por ano.12

• Anualmente nos EUA13 o tabagismo e o fumopassivo causam cerca de 3 000 mortes por cancrodo pulmão e cerca de 35 000 mortes por doençascardiovasculares em não fumadores, com um custoanual de 10 mil milhões de dólares14

• Ocorreram em 2002, 3,6 milhões de acidentes eferimentos não intencionais em todo o mundo, dosquais 80% em países em desenvolvimento.

Tendências relacionadasDoenças

Prevenção e responsabilidade pessoal

Questões legais

No hospital

• Nos EUA, as infecções adquiridas nos hospitaisaumentaram 20% entre 2000 e 2003, registando-se mais de 9 500 mortes e quase 30% de custosadicionais em incidentes com a segurança dospacientes.

Na estrada

• Aproximadamente ummilhão de pessoas morre porano como resultado deacidentes de viação. Muitas

mais ficam feridas.

• A nível mundial é estimado que osacidentes na estrada sejam a terceira

causa de doenças e de feridos em 2020.11

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 5

Questões do mundo emdesenvolvimento

A poluição do ar interior pela utilização decombustíveis sólidos para aquecimento e confecçãode alimentos mata mais de 1,6 milhões de pessoaspor ano – uma pessoa em cada 20 segundos – eestão em risco cerca de dois mil milhões.15

Morrem por dia 3 900 crianças (quase 1,5 milhõespor ano) pelo consumo de água contaminada ousaneamento pobre.16

Nas Filipinas, a concentração de mercúrio echumbo nos peixes excedeu os níveis normalizados4 a 30 vezes mais; contudo estes peixes continuama ser vendidos para consumo humano.17

País

Número demortos em

acidentes deviação por milhãode pessoas, 2002

Número total demortos, 2002

Hungria 141 1,432

França 121 7,200

Finlândia 80 416

Japão 75 9,558

• Preocupações com a saúde e com os impactesambientais de produtos levaram à reformulação demuitos produtos. Alguns exemplos incluem:• Retardadores em PVC e bromo na electrónica;• CFC’s utilizados em sprays aerossóis;• Benzeno utilizado como solvente em alguns

adesivos;• Agro-químicos que contém poluentes orgânicos

persistentes (POP’s) banidos ou restringidossobre a Convenção de Estocolmo.

Tabela 1: Número de mortes em acidentes de viação 10

Page 8: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Prevenção e Respo

Tabaco

• Os anúncios “nãofumar” colocadospelos governosem locaispúblicos sãomuito comuns. AItália, a Irlanda e aNoruega decretaram jáa sua colocação.

• Apenas 4% dos fumadores enão-fumadores na Chinasabem que o tabaco provocadoenças do coração.5

Actividade Física

• Todos os anos, mais de 2milhões de pessoas morremdevido à falta de exercíciofísico em todo o mundo.6

• Nos EUA, a participação diáriaem aulas de educação física noensino secundário decresceu de 42% em1991 para 29% em 1999.7

Colesterol

Tabagismo e colesterol

Todos os factores de risco

Pressão sanguínea

Tabagismo

1970

1975

1980

1985

1990

1995

2000

2005

2010

100

0

200

300

Taxa

dem

orta

lidad

epo

r10

000

0

Muitas doenças e mortes prematuras resultantesdestas são preveníveis. Investimentosrelativamente modestos para a manutenção dasaúde de boa qualidade – a nível pessoal bemcomo a nível das políticas públicas – produzemgrandes benefícios na qualidade de vida,longevidade e produtividade económica.

1 Criar o sentido de responsabilidade noscolaboradoresMuitos países desenvolvidos criaram uma cultura decuidados de saúde com base em intervençõesmédicas de forma a prevenir muitas doenças. Asempresas têm uma oportunidade única parainfluenciar o comportamento dos colaboradoresatravés da criação de programas, segurança,políticas de tabagismo, ginásios e cantinas.

2Influenciar políticas públicasNa sociedade, as empresas podem desempenharum papel muito importante na influência depolíticas públicas, advogando acções em níveisapropriados de acesso e contabilização; programascentrados nos benefícios para a saúde; relatóriosnacionais para gestão da qualidade.

PrevençãoeResponsabilidadePessoal

Cada pessoa pode reduzir o seupróprio risco de doenças crónicas

• Mais de 80% dos casos de doenças coronárias, 90%de diabetes tipo 2 e 1/3 das doenças de cancropodem ser evitadas pela alteração de hábitosalimentares, actividade física e tabaco.1

Hábitos alimentares

• Mais de mil milhões de adultos têm actualmenteexcesso de peso e mais de 300 milhões são obesos.2

Existem ligações claras entre a obesidade, as doençascardíacas e a diabetes.

• Actualmente mais de 50% da população chinesaentre os 35-59 anos tem excesso de peso.3

• As pressões públicas e a ligação directa entre oshábitos alimentares, a obesidade e a saúde estão amotivar os fornecedores a rever, melhorar ou criarnovos produtos.

Implicações para as empresas

6 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Figura 1: Decréscimo dos factores de risco de mortalidade devido adoenças coronárias em homens adultos australianos.4

Page 9: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Prevention & Personal ResponsCONSCIÊNCIA, INFORMAÇÃO, ACÇÃO

nsabilidade Pessoal

Seguir o conselhodos médicos

• Surpreendentemente, mesmoencarando uma doença grave como a

diabetes e dadas as técnicas e medicamentos parareduzir ou evitar futuras complicações, nem todosos doentes seguem as indicações dos médicos. Umestudo efectuado revelou que menos de 25% daspessoas diagnosticadas com diabetes medem osníveis de açúcar no sangue com regularidade.9

Consequências económicas daprevenção de doenças crónicas• Em cada 7 minutos, morre um canadiano com

doenças cardíacas ou ataque de coração. Asdoenças cardiovasculares custam à economiacanadiana cerca de 15 mil milhões de dólares porano.10

4

10

12

3Redução de custosPara as empresas que operam em mercados desaúde, as pressões sobre custos vão continuar aaumentar. Podem ser criadas estratégias de sucessoem produtos que ajudem a reduzir o aumento decustos de sistemas de saúde deficientes através daprevenção e gestão de cuidados eficazes.

Tendências relacionadasAmbiente e Saúde

Papel dos Medicamentos

Sistemas de Saúde

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 7

Questões do mundo emdesenvolvimento

A má nutrição, incluindo carências em vitaminas eminerais, provoca doenças evitáveis que têm umgrande impacte. Um valor estimado de 250 000 a500 000 crianças com falta de vitamina A ficamcegas por ano, metade destas morrem 12 mesesapós a perda da visão.14

Se dois terços do dinheiro gasto em tabaco noBangladesh fossem gastos em alimentos poderiasalvar de má nutrição mais de 10 milhões depessoas.15

Em alguns países, onde a Malária tem grandeincidência, a doença pode contar com cerca de 40%dos gastos em saúde pública e em mais de 50% dasconsultas médicas. As redes contra insectos são umatáctica de custo eficaz.16

• Em todo o mundo estima-se que a pressão arterialalta cause mais de 7 milhões de mortes, cerca de13 % do total de mortes.11

Consequências económicas daprevenção de doenças infecciosas

• Medidas bem conhecidas, de custo eficaz taiscomo vacinas, redes contra insectos, água potávele nutrição adequada podem possivelmenteeliminar 50% das mortes causadas por doençasinfecciosas.

• Em 2020, se não houver intervenções de sucesso,30% da mão de obra da África do Sul será perdidadevido ao VIH/SIDA.12 A doença é facilmenteprevenível através do contacto sexual seguro e asmortes têm vindo a diminuir substancialmente pelautilização de tratamentos anti-rectro virais (TAR’s).

Cada dólar gasto emvacinas para:

Poupa aos sistemasde saúde

Difteria, tétano, tosse convulsa 30 dólares

Sarampo, varicela, rubéola 21 dólares

Poliomielite 6 dólares

Tabela 1: Algumas tácticas recomendadasde prevenção de alta prioridade

Tabela 2: Benefícios económicos das vacinas13

Utilização da aspirina para prevençãoprimária de doenças cardiovasculares ü üAconselhamento para prevenir o tabaco eas doenças causadas por este ü ü ü

Examesmédicos derotina para

Bactérias assintomáticas üCancro cervical üCancro colorectal ü üInfecção vírus hepatite B üTensão arterial alta ü ü üDesordem de lípidos ü üInfecção Sífilis ü ü ü

Hom

em

Mulher

Mulher

grávida

Page 10: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Ucrânia

Tailândia

África do Sul

Bangladesh

FrançaEUAGréciaItalia

MalawiBrasil

Número de médicosno activo por 100 000pessoas em 2004

Número de enfermeirosno activo por 100 000pessoas em 2004

800

600

400

200

Até à muito pouco tempo, os profissionais desaúde e os doentes esperavam fornecer e recebercuidados perto dos seus locais de residência. Sealguém estivesse doente um médico local ouhospital fornecia os recursos para o doente. Masas recentes tendências de tecnologia,demografia, custos de gestão e a formação estãoa mudar estas expectativas. Os sistemas de saúdeactuais são caracterizados pela mobilidade: otrabalho está a progredir para países de baixocusto, os profissionais de saúde estão a mudar-separa países com salários mais elevados e osdoentes estão a deslocar-se para encontrartratamento em locais mais competentes e debaixo custo. Estas mudanças têm diferençasexacerbadas na distribuição de serviços de saúdeentre os países ricos e pobres.

1A distribuição mantém-se irregularAs economias em desenvolvimento vão continuar aperder profissionais de saúde agravando ascondições já deficitárias. Ao mesmo tempo, aspopulações envelhecidas do mundo desenvolvidovão aumentar a procura por mais produtos eserviços de saúde.

2Simplificar dispositivos e serviçosA maior parte dos países em desenvolvimento vaicontinuar a necessitar de intervenções simples eeficazes num ambiente hostil, sem profissionaisqualificados ou doentes sem capacidade decompreender a sua utilização.

ProfissionaisMédicos

eDoentes

DistribuiçãoA distribuição dos profissionais de saúde nos paísesdesenvolvidos e em vias de desenvolvimento variagrandemente.

• Em 2004, o Malawi tinha um médico para 100 000 pessoas,enquanto que a Itália tinha um para cada seiscentos.1

Mobilidade dos empregos

Para baixar os custos, as instituições médicas estão aenviar cada vez mais dados médicos e trabalho paraalguns países em desenvolvimento.2

Implicações para as empresas

• Os salários têm grande influência na distribuição ere-distribuição dos profissionais de saúde.5

• O Hospital Central de Massachusets em Boston, EUA,envia raios x e ressonâncias magnéticas via e-mailpara a Índia para serem lidos por um radiologista queganha cerca de 50 000 dólares por ano, 1/9 do custodo seu correspondente na América.3

• As empresas farmacêuticas estão a transferir ainvestigação e ensaios clínicos dosmedicamentos para as economias emdesenvolvimento.Os ensaios clínicos na Índia custam60% menos do que nos EUA

Mobilidade dosprofissionais

Os profissionais de saúde,levados pela perspectiva desalários mais altos, estão adeixar os seus paísesde origem naseconomias emdesenvolvimento,para zonas comsalários mais altosa ocidente.

País Enfermeiros MédicosEUA 3,060 10,550Reino Unido 2,580 7,680França 2,130 5,120África do Sul 1,490 2,840Sri Lanka 410 1,330Uganda 40 70

8 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Figura 1: Número de médicos e enfermeiros no activo

Tabela 1: Salário mensal de enfermeiros e médicos em dólares, 2004

JobsJoin the team and make a difference

Welcome backNHS Jobs has 3706 new vacancies fromNational Health Service employers acrossEngland. Perform a job search, find jobs that matchyour skills, and apply for NHS jobs online.S gn up to Jobs by Email to receive newv ncies to suit your job search every day.

Profissionais Mé

Page 11: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

14

16

20

Professionals & PatientsPESSOA CERTAS, LOCAIS CERTOS, ESPECIALISTAS CERTOS, PREÇO CERTO

3A tecnologia pode ajudarA escassez de médicos pode ser substituída atécerto ponto com tecnologia: tele-medicina,aparelhos de monitorização remota, auto-administração de medicamentos e terapias, bemcomo utilização caseira de equipamentoespecializado. A formulação futura de produtos eserviços tem de se focar no acesso limitado edispendioso de supervisão médica profissional.

Mobilidade dos doentes

Alguns doentes estão também à procura de melhorestratamentos e a baixo custo ao longo de uma zonageográfica mais vasta. O custo de tratamento emlocais distantes, tais como a Índia e a Tailândia, é umquarto ou menos do valor de muitos paísesdesenvolvidos.

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

ReinoUnido

França EUA Índia

Cus

tos

emdó

lare

s Bypass de coração

Prótese anca

Operação ás cataratas

• O Hospital de Bumrungrad na Tailândia, é um exemplo dedestaque da nova indústria de “turismo médico”. Em 2004, ohospital tratou 350 000 pacientes estrangeiros e espera tratarmais 400 000 em 2005 – um aumento de 14% em um ano.10

Entretanto, o tratamento a estrangeiros nos EUA decresceu2,5%.11

Tendências relacionadasCustos, benefícios e qualidade

Saúde gerida pelos consumidores

Questões legais

• Na Polónia, os médicos experientes ganham cercade 15 000 dólares por ano; as agências britânicasde recrutamento anunciam salários anuais de 90000 dólares. 6

• O fluxo de enfermeiros das Filipinas contribui emcerca de 30 000 lugares vagos naquele país. 7

• A Inglaterra atraiu cerca de 60% de todas asenfermeiras que se formaram no Zimbabué

em 2001.8

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 9

Questões do mundo emdesenvolvimentoEm 2000, mais de 500 enfermeiras deixaram o Ganapara trabalhar noutros países industrializados – odobro do número de enfermeiros que se formaramnesse ano.12

Encontram-se vagos 50% dos lugares paraenfermeiros no Malawi.13 Está a ocorrer uma reacçãocontra esta profissão em esgotamento.

Não só a mobilidade cria escassez. Dos 1 200médicos formados no Zimbabué durante os anos 90,em 2001 apenas restavam 360 – em parte devido àsmortes provocadas pelo SIDA.14

Hospital de Bumrungrad, website tailandês

Figura 2: Que custos de tratamento, 20059

dicos e Doentes

Page 12: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Papel dos MBenefícios dos fármacosOs produtos farmacêuticos contribuem para a redução damortalidade e para uma melhor qualidade de vida para aspessoas dos países desenvolvidos e em desenvolvimento

• As vacinas quase eliminaram doenças tais como a difteria,a coqueluche, o sarampo e a poliomielite em muitaspartes do mundo.

• Desde o lançamento do primeirofármaco inibidor de proteasee de introduzida a terapiacombinada, a taxa demortalidade nos EUApelo SIDA decresceucerca de 80%.2

Desafios –Promoção epreço dosfármacosAs tácticas de marketingtais como a publicidadedirecta aos consumidorespode encorajar umautilização inapropriada eacrescentar custos. Existemtambém grandes diferenças depreço inexplicáveis entre países,para o mesmo produto.

• Entre 2000 e 2002, o gasto emmedicamentos em França aumentoucerca de 13%, 3,5 vezes mais do que a taxa deinflação no mesmo período.4

1995 96 97 98 99 2000 01 02 03 04

InternetJornaisDirecto ao consumidorCongressos de médicos/EventosPrática de enfermagemMédicos

Por

mil

milh

ões

dedó

lare

s

Fonte: Verispan

0

4

8

12

16

20

JapãoChina e ÍndiaEuropaAmérica do Norte

América Latina

Outras

De acordo com a Declaração dos Direitos Humanosdas Nações Unidas, os governos são os responsáveisprimários pela disponibilização de cuidados desaúde aos seus cidadãos. Mas muitos outrosdesempenham também papéis importantes. Algunsvão disputar o valor da prescrição de medicamentospara o tratamento de infecções, doençascardiovasculares, colesterol elevado, diabetes, asma,cancro e a depressão. Adicionalmente, as vacinastêm salvo muitas vidas. O acesso limitado aosmedicamentos a um preço acessível põe, contudo,a indústria farmacêutica no centro de fortesconflitos éticos e emocionais.

1Os empregadores e pagadores vão responder aoaumento dos custos dos fármacosO custo dos fármacos nos EUA subiu 83% durante osúltimos cinco anos. Haverá crescentes limitações nosprodutos de marca, maiores contribuições por parte dosconsumidores, negociações mais difíceis de preços15 eprogramas de benefício.16

2A filantropia por si só não é sustentávelUma variedade de ferramentas é utilizada para lidar com a difícilquestão do acesso amedicamentos nas economias emdesenvolvimento, que incluem donativos, fundos, preçosdiversos e subsídios governamentais. Ainda são necessáriosoutros modelos de negócio. A filantropia por si só não é ummodelo sustentável a longo prazo para as empresas ou para ossistemas de saúde locais.

Papeldos

Medicam

entos

A indústria farmacêuticaA indústria farmacêutica é de grande dimensão e muitorentável. Mas hoje depara-se rodeada de pressõescompetitivas e procura de: fármacos mais específicoscom menos efeitos secundários possíveis;procedimentos de registo mais longos e maisdispendiosos; competição de produtos genéricos; maiortransparência nos testes dos fármacos e melhoresresultados de investigação e desenvolvimento.

Implicações para as empresas

10 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Figura 1: Mercado mundial de fármacos por região, % dototal, 2004

48%

29%

11%

5%

4%

3%

• As maiores empresas farmacêuticas têm margensoperacionais de 25% ou mais para produtospatenteados, contra os 5-15% para outrasindustrias.1

Totais de vendas ~ 550 mil milhões de dólaresem 2004, previsto aumentarem para ~ 700 milmilhões de dólares em 2008

Figura 2: Gastos promocionais nos EUA por mil milhões de dólares3

Page 13: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Role of MedicationsCOMPRIMIDOS, PATENTES, PREÇOS, LUCROS

edicamentos

2

14

16

3Importância na segurança e prova de valorO sucesso das empresas farmacêuticas está aexpandir da gestão de produtos e patentes àgestão dos custos, eficácia e expectativas daspartes interessadas.

Inovação, investigação edesenvolvimentoA inovação é a peça fundamental da indústriafarmacêutica do futuro, requerendo grandesinvestimentos em investigação e desenvolvimento. Emmédia, a indústria gasta mais de 15% das receitas dasvendas em investigação e descobre 90% dos novosmedicamentos (10% são descobertos através deinvestigações levadas a cabo pelos governos). 9

• O custo de desenvolvimento de um novo fármacoaumentou de 54 milhões de dólares para 800 a1 500 milhões de dólares nos últimos 30 anos.O tempo necessário desde descoberta até à suaaprovação também aumentou significativamente.11

• O primeiro teste de ADN com capacidade deprever a resposta de um indivíduo a uma vastagama de fármacos foi lançado em 2005.12

• Em 1995 existiam menos de 10 medicamentos emteste para o tratamento do cancro. Hoje, existemmais de 400 e mais de 5 000 estão eminvestigação.

Tendências relacionadasDoenças

Custos, benefícios e qualidade

Saúde gerida pelos consumidores

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 11

Questões do mundo emdesenvolvimentoMesmo que os fármacos estejam disponíveis, ossistemas em funcionamento não são muitas vezesadequados para a sua distribuição onde e quandosão necessários.

Os países em desenvolvimento estão cada vez mais aameaçar os acordos de protecção de patentes parafornecimento de fármacos aos seus cidadãos a umpreço acessível.13

As empresas farmacêuticas doam medicamentos aospaíses em desenvolvimento. Por exemplo, desde1987, a Merck doou mais de mil milhões de doses deum fármaco que combate a cegueira dos rios,chegando a mais de 40 milhões de pessoas por anoem todo o mundo.14

Biotecnologia 22Hardware IT 16Farmacêuticas 15Software e serviços informáticos 13Aeroespaço e defesa 8Automóveis e acessórios 5Serviços de telecomunicação 1

• Apenas os EUA e a Nova Zelândia permitem ao mercadofarmacêutico promover todos os seus produtosdirectamente ao público.

Contudo, neste momento o Reino Unido está a permitirpublicidade directa ao consumidor (e a Alemanha está a

considerar fazê-lo) para doenças onde existepopulação sem tratamento ou com grandeincidência.

• O Canadá é um de muitos países queregula o preço dos medicamentos,mantendo mediamentos de marca30% a 80% mais baratos do quenos EUA.5 Como resultado, umvalor estimado de 700 milhõesde dólares de medicamentosviajaram desde o Canadá paraos EUA em2003.6

• Os produtos genéricosdesempenham um papelsignificante no mercado dosfármacos. Porque são maisbaratos que os produtospatenteados, as vendas sãomaiores em volume do que emdinheiro.7

Suiça

Itália

Suéc

ia

Eslov

áquia

Repu

blica

Checa

Hungr

ia

Aleman

ha

Reino

Unido

Franç

a

0.501.001.502.00

2.503.003.504.00

emdó

lare

s

EUA

Canad

á

Figura 3: Preço do Prozac em diferentes países em dólares8

Figura 3: Taxa de ID/vendas por sector, em %, 200310

0%

5%

10%

15%

20%

25%

30%

Europa África, Ásia,Australásia

Américado Norte

AméricaLatina

% de genéricos em volume(em unidades normalizadas)% de genéricosna moeda local

Figura 2: Medicamentos farmacêuticos genéricos vendidoscomo percentagem das vendas totais de fármacos

Page 14: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Sistemas

Um sistema de saúde é a forma em como umasociedade se organiza para o fornecimento,distribuição, gestão, financiamento e regulaçãoda saúde para com os seus cidadãos. Incluiprogramas governamentais, bem como,processos e hábitos menos formais, fornecidospelas sociedades médicas, associações demercado, grupos de doentes, empresas e outrosintervenientes na cadeia de abastecimento. Nãoexiste um único sistema correcto. Mas qualquersistema de sucesso tem de gerir o equilíbrio entretrês grupos: consumidores, fornecedores edoadores.

1As empresas têm de exigir maior competiçãoAs empresas devem encorajar a competição paramelhores resultados dos fornecedores de sistemasde saúde e não apenas para baixos custos. Sãoempregados mais saudáveis? Estão eles ausentesmenos frequentemente? Recuperam eles maisrapidamente das operações?

2Os sistemas de saúde são socialmente idealizadosEles são alvo do mesmo tipo de pressões políticas esociais do que os sistemas legais e de comércio. Asempresas têm oportunidades para promover einfluenciar as escolhas políticas.

Sistem

asdeSaúde

A história dos sistemas de saúde

• Em 1828, o primeiro hospital gratuito foi criado emLondres, onde o tratamento era gratuito paraqualquer indigente ou pessoa doente quenecessitasse de cuidados. Em 1920, foi obrigado apedir aos doentes que pagassem o que pudessempelo seu tratamento – à semelhança do queacontecia em todos os hospitais voluntários do país.1

• Os seguros de saúde foram iniciados na Alemanhapor Otto Von Bismarck em 1883.2

• Nos EUA, o Dr. Sidney Garfield criou o primeiroseguro de saúde pré-pago nos anos 20. Com aposterior ajuda de Henry Kaiser, um industrial dosEUA, este pequeno programa foi expandido parafornecer cuidados de saúde para os funcionários daKaiser, tendo início nos anos 30.

Sistemas de saúde diferentes

Nos dias de hoje, são utilizados três tipos de sistemas desaúde diferentes que podem ser combinados de muitasformas.

Implicações para as empresas

1) O Modelo de mercado livre domina o cenário deda saúde nos EUA. O fornecimento e o pagamentodos cuidados de saúde são privados. Cada pessoa éobrigada a a) ter seguro de saúde, cujo custo ésuportado pela pessoa (e/ou pelo seuempregador), ou b) pagar por todos os serviçosdirectamente do seu bolso. Os trabalhadores porconta própria e as pessoas mais pobres sãopenalizadas por este sistema quer pelos custoselevados, piores serviços ou ambos.

2) O sistema nacional de saúdecom base nos impostos é omodelo dominante naEuropa (p.e. no ReinoUnido, paísesescandinavos, Espanha,Itália, Grécia e Portugal) efornece acesso universal aum custo que vai demoderado a baixo. Osfornecedores são pagospelo estado.

3) O sistema da segurançasocial é um misto desistemapúblico/profissional (p.e.França, Alemanha) ondeos doentes e osempregadores pagam asdespesas via contribuiçõesà segurança social. Oscustos tendem a serelevados; os doentes podemconsumir tantos cuidadosmédicos quanto desejarem.

• Os sistemas mistos são hojeencontrados em muitos paísesdesenvolvidos que têm um mix desistemas de saúde público/privados. NosEUA, quase 40% de todos os cuidados de saúdesão comparticipados através do programaMedicare.3 Na Austrália, o sistema nacional desaúde fornece um nível de abrangência básico atodas as pessoas. Contudo, os serviços podem serampliados na despesa do consumidor.

12 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Tipo Quem paga? Acesso Limitação de serviços Administração Example

Com base nomercado(privado)

Empregado /empregador

Inadequado para pessoassem seguro,desempregados e pobres

Capacidade para pagar Empresas privadasde seguros EUA

Nacional desaúde Estado via impostos Universal para

população elegível

Listas de espera; procedimentos de longaaprovação; pouca liberdade de escolha dofornecedor, tipo ou local do serviço

Estado Reino Unido

SegurançaSocial

Empregador, empregado,Estado via impostos

Empregados e suasfamílias O excesso de utilização é comum Fundos de doença França

Tabela 1: Perspectivas dos diferentes sistemas de saúde

Page 15: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Roménia

Tailândia

China

Índia

África do Sul

França

ReinoUnido

EspanhaEUA

Suécia

Angola

Privado

Público

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Health SystemsCONSUMIDORES, FORNECEDORES, FUNDOS

de Saúde

14

16

3Grupos de empresas estão a unir-seNo Minnesota, os 40 maiores empregadoresprivados formaram o Buyers Health Care ActionGroup, que desenvolve estratégias de compra eferramentas de informação aos consumidores.11

Como comparar os sistemas?• Abrangência: Maioria dos países da OCDE, com a

excepção dos EUA, já conseguiram uma abrangênciaglobal da sua população em pelo menos um conjunto deserviços de saúde.

• Administração: É estimado que cerca de 38% dos custosdos sistemas de saúde nos EUA seja atribuído a

actividades administrativas (sistema multi-pagador),4 muito mais do que na Europa e

Taiwan (sistema uni-pagador).

• Tempos de espera: As listas deespera para tratamentos são comunsem muitos sistemas,particularmente em sistemasnacionais com base emimpostos. Estes têmnormalmente défice emprofissionais médicos.

• Disputas: Existem conflitosinevitáveis entre os serviçosdesejados ou necessários eaqueles que podem sercompletamente cobertosfinanceiramente. O sistemamulti-pagador, multi-administrado dos EUA, dedicatempo e energia excepcional pararesolver estas questões. O Sindicato

dos Consumidores editourecentemente um documento de mais

de 30 páginas intitulado “Gerir a disputacom o seu empregador ou Plano Privado

de Saúde”.5

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 13

Questões do mundo emdesenvolvimentoNa China, as despesas com a saúde está a aumentar.Nos passados 20 anos, o compromisso financeiro dosgovernos para com os serviços de saúde têm vindo adiminuir. Os hospitais urbanos, apesar de aindapertencerem ao estado, recebem agora apenas cercade 10% dos seus fundos operacionais através deste.10

As clínicas de alta qualidade em alguns países, taiscomo, a Índia, Malásia e a Tailândia estão a atrairdoentes e governos, visto que os serviços são muitomais baratos nestes locais.

Scannersressonânciamagnética pormilhão de pessoas

Despesa nacional de saúde (%PIB)max: 15

max:16

max: 6.6

max: 4.1

max: 673

max: 5635 Despesas de saúdeper capita (dólares)

Despesas commedicamentosper capita (dólares)

Médicos por 1 000 pessoas

Camas dehospital por1 000 pessoas

México

EUA

ItáliaAlemanha

Emergem novos modelos de sistemas

• Algumas empresas criaram clínicas próprias com a função deassistir os seus colaboradores (e alguns reformados).8

• Cerca de 40% das empresas dos EUA têm incentivos paracomportamentos saudáveis entre os seus colaboradores.9

• Camiões móveis de saúde têm-se tornado mais comuns,levando os exames e diagnósticos a um maior númerode pessoas.

• Os Emirados Árabes Unidos estão a construirunidades médicas a nível mundial para servir comocentro regional de excelência em cuidados médicos.

• As unidades de bem-estar (spa’s, termas e clubes,etc.) estão a tornar-se cada vez mais comuns.

• Os suíços utilizam um sistema de despacho àsrespostas de emergência em casa para evitar as esperasdos doentes nos hospitais.

Para onde vai o dinheiro?

Os gastos totais são um indicador pobre dos resultados. Asdespesas de saúde em diferentes países são distribuídas de formasdistintas, como ilustra o gráfico.

Figura 1: Despesa de saúde per capita, OMS, 20026

Custos, benefícios e qualidade

Saúde gerida pelos consumidores

Tendências relacionadas

Figura 2: Mix de input’s dos sistemas de saúde, OCDE7

Dólares

Page 16: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Último casona América

0

25

50

75

100

125

1988

núm

ero

depa

íses

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

2002

2003

Último casono Bangladesh,

Congo,Etiópia eAngola

Último casona China

Último casona Somália

1.6 - 2.82.9 - 3.83.9 - 4.64.7 - 5.45.5 - 6.2

Legenda6.3 - 7.27.3 - 8.48.5 - 9.89.9 - 13.9Sem dados

Custos, BenefíciosQual é a relação entre custos, benefícios equalidade dos serviços de saúde? Os doentes, osgovernos e as empresas obtêm aquilo quepagam? Os sistemas de saúde têm fornecidobenefícios a muitas pessoas e aumentaram aexpectativa da média de vida em todo o mundonos últimos 50 anos. Todas as pessoas queremserviços médicos de alta qualidade. Mas sem ummétodo normalizado para aceder aos benefíciosde qualidade da saúde (quer sejam preventivos,farmacêuticos ou cirúrgicos), não haverá maneirade identificar e recompensar os serviços de altaqualidade, identificar as falhas na qualidade econduzir a melhorias.

1Os custos interessam, mas os resultados tambémAs empresas pagam pelos serviços médicos dos seuscolaboradores – directa ou indirectamente.Necessitam de entender o que estão a pagar, o queé recebido e como é que os custos podem ser bemgeridos. Recentes acções para reduzir os benefíciosde saúde na General Motors podem indicar umanova tendência dos benefícios empresariais

2As empresas necessitam de exigir medidas ereporting cada vez mais frequentesOs empregadores necessitam ser cada vez maisactivos dentro das políticas locais e nacionais paraexigirem medidas e contabilização para a qualidadee custo dos serviços de saúde fornecidos.

Custos,BenefícioseQualidade

Custos

O mundo gasta muito em serviços médicos. Mas ébem gasto?

• Nos EUA, os gastos em saúde aumentaram para1,7 triliões de dólares em 2003, aproximadamenteo equivalente ao PIB total da França ou ReinoUnido. Em 2014, estima-se que constitua 18,7%do PIB dos EUA, 15,3% acima do que em 2003.3

• É estimado que pelo menos 38% deste sejadesperdiçado em processos administrativoscomplexos e pagamentos que não contribuempara a melhoria dos sistemas de saúde. Mais égasto em fraca qualidade.3

Implicações para as empresas

• Se a tendência actual se mantiver, a Françacaminha para um deficit de 70 mil milhões deeuros (85 mil milhões de dólares) nos serviços desaúde até ao final de 2020.4

• Em média, os países da OCDE gastam menos de3% dos seus fundos de saúde em programas deprevenção.5

• Os lucros provenientes dos sistemas de saúdenem sempre são gastos. A esperançamédia de vida é mais baixa nos EUA(77 anos) do que na Itália (80anos), que gasta cerca de metadedo que os EUA.6

14 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Benefícios

• Algumas grandes doenças (como apoliomielite, por exemplo) foram quaseeliminadas.

75

76

77

78

79

80

81

82

83

0

2

4

6

8

10

12

14

16

EUA

Aleman

ha

Holand

aSu

iça

Canad

á

Suéc

iaItá

liaJap

ão

Esperançade

vida,população

total G

astosem

saúde(%PIB)

Figura 1: Gastos com a saúde em todo o mundo, por % dePIB, 20011

Figura 2: Gastos vs esperança de vida.

Figura 3: Número de países com poliomielite endémica, 1988 - 20037

à

ß

Page 17: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Costs, Benefi ts & QualityRESULTADOS PROPORCIONAIS ABSORVENDO OS GASTOS

6

8

12

Efectivo – evitando a sub-utilização e sobre-utilização dosserviços• Apesar da causa principal das infecções respiratórias

(constipação comum, gripe, irritação e dores de garganta)ser um vírus, grandes taxas (30-70%) de prescriçõesinapropriadas de antibióticos são dados para preencher aprocura dos doentes por tratamento.13

Centrado nos doentes – fornecendo serviços que respondamàs preferências dos doentes, necessidades e valores• Apenas 54% dos doentes dos EUA recebem cuidados

recomendados para a sua condição médica.14

Oportuno – reduzindo ou eliminando tempos de espera.• Os tempos de espera no Reino Unido decresceram, mas

existem ainda 845 000 pessoas nas listas.15 Actualmente,uma operação para colocação de uma prótese tem umperíodo de espera de 7 meses.

Eficiente – evitando o desperdício• A utilização comum de TAC em casos de suspeita de

apendicite pode prevenir operações desnecessárias –poupando um valor estimado de 450 dólares pordoente.16 Mas o sobre-investimento emaparelhos de TAC significa que osequipamentos são frequentementesubaproveitados.

Equitativo – fornecendo cuidados básicos atodos• O sistema de saúde chinês passou de ser um

dos mais igualitários para um dos maispequenos nos últimos 25 anos, na medida em queestes foram grandemente desmantelados e apenasparcialmente substituídos por sistemas de saúde privados. Aopção do privado é insuportável financeiramente paramuitos.17

e Qualidade

3Mais saúde e bem-estarAs empresas podem investir mais na saúde e bem-estar dos colaboradores, com benefíciosquantificáveis a curto prazo no desempenholaboral, reduzindo o absentismo nos beneficiários,no stress, no tempo de convalescença, norestabelecimento e retenção.

Prevenção e responsabilidade pessoal

Profissionais médicos e doentes

Sistemas de saúde

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 15

Questões do mundo emdesenvolvimentoA qualidade dos sistemas de saúde em muitos paísesem desenvolvimento é baixo, principalmente devido àausência destes ou a um baixo nível de financiamentoque lhes são atribuídos.

A esperança média de vida no Zimbabué decresceu emcerca de 20 anos desde 1950.18

Todavia, a mortalidade abaixo dos cinco anos decresceuem todas as regiões em desenvolvimento desde 1990 –Na África setentrional, o número de mortes de criançasabaixo dos 5 anos, decresceu mais de metade entre1990 a 2003.

Qualidade

A procura por cuidados de saúde de grande qualidadecontinua, mas ainda não existe concordância no quefaz a “qualidade” e como medi-la. As característicaschave deveriam incluir:10

Segurança – evitando danos aos pacientes• Desde 1985, a morte de doentes devido a

anestesias decresceu para uma morte por 250 000casos de uma em cada 5 000 casos nos EUA.11

Contudo, um número estimado de 90 000americanos morre por ano devido a infecçõescontraídas no hospital.12

• Desde 1950, a esperança média de vida à nascençaaumentou aproximadamente 15 anos no ReinoUnido e 28 anos na Bolívia.8

• Os bloqueadores beta, utilizados no tratamento dedoentes do coração, geram benefícios para a saúdede 38 dólares, por cada dólar gasto.9

Tendências relacionadas

Page 18: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Saúde gerida pel

30%

35%

40%

45%

50%

55%

60%

2001

Maior confiança darede social Pedem para

serem transferidospara um hospitalde preferência

% de pessoas que:

Vão para o hospitalrecomendado peloseu médico

Menos confiança noaconselhamento profissional

2002 2003

Enquanto os profissionais de saúde sãoespecialistas em doenças, os pacientes sãoespecialistas nas suas próprias vidas. Conduzidospela pressão dos custos, aos consumidores édada cada vez mais responsabilidade paratomarem conta da sua saúde, sistemas e custos.Mas a responsabilidade sem as devidasferramentas produz frustração. Hoje, é mais fácildescobrir a performance e o preço de um carro,telemóvel ou televisão do que encontrar dadossobre o custo, qualidade e desempenho de ummedicamento, tratamento, médico local ouhospital. O que podem fazer os consumidores?Informarem-se e unirem-se para terem maisinfluência.

1Pressão sobre os doentes informadosA agregação dos interesses comuns dos doentes só agoracomeçou. As redes ligadas electronicamente são de baixocusto e facilmente expansíveis. Grupos eficazes vão cadavez mais aplicar pressões políticas e económicas nosfornecedores de produtos e serviços, de acordo com assuas necessidades criando problemas e oportunidadespara as empresas.

2As associações de doentes são uma oportunidadelargamente inexploradaEstas são oportunidades para a) investigadores de saúdeanalisarem falhas entre a medicina com base nasevidências e o comportamento e expectativas dosconsumidores e b)empresas identificarem necessidadesnão encontradas.

Saúdegeridapelos

consumidores

Implicações para as empresas

Procurar mais: Informação eaconselhamento

Enquanto são solicitados a tomaremdecisões por eles próprios, osconsumidores de todo o mundotêm acesso relativamentelimitado a informação fiável ecompreensível.

• A maioria dos europeus confianos profissionais de saúde parainformação. Contudo, cadavez mais consumidoresestão a utilizar os seuspróprios meios, taiscomo a Internet.3

• Por dia, mais de 12,5mil milhões depesquisas relacionadascom saúde foramefectuadas em todo omundo no ano de2003.4

• A falta de exactidão emsites sobre cancro éestimado ser 5%, quecomparado com os sites dedietas e nutrição, onde 45-90% têm informação imprecisa.

16 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Figura 1: Quem escolhe que hospital utilizar6

Conseguir aquilo se quer e que seprecisaAlguns tratamentos médicos não satisfazem anecessidade dos consumidores. Pensem em doentes cominsuficiência de visão que não conseguem ler asinstruções, recomendações e contra-indicações na suacaixa de gotas para os olhos.

• Falta informação aos consumidores em termos depotenciais riscos dos produtos ou tratamentos médicos.Mais de 80 milhões de doentes tomaram Vioxx antesdo medicamento ter sido removido do mercado devidoao risco de ataques de coração e enfartes.1

• Em 2002, 10% do volume do mercado farmacêuticoem França foi a auto medicação e esta percentagem éesperada que aumente.2

Page 19: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Consumer-D riven HealthCONHECIMENTO, INFORMAÇÃO, TRANSPARÊNCIA, PRESSÃO DE CUSTOS

os consumidores

4

6

18

3Participação nas investigaçõesPessoas mais bem informadas estão mais dispostas aparticipar nos avanços da ciência. Por isso, garantirque a informação é fiável e prontamente disponívelpode aumentar a boa vontade de um número devoluntários que desejem fazer parte de testesclínicos.

Tendências relacionadasAmbiente e Saúde

Prevenção e Responsabilidade pessoal

Tecnologias de informação

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 17

Links de interesse

www.kff.org - A Fundação Kaiser em muitos tópicosrelacionados com a saúde, tais como, políticas decustos, doenças e medicamentos nos EUA.

Contas e preços:www.consumersunion.org – União dos consumidores,EUA, para tópicos em como escolher um plano desaúde e em como descodificar contas médicas.

www.crbestbuydrugs.org – Consumer Reports Best BuyDrugs, para formas de poupar dinheiro emmedicamentos para algumas doenças.

Doenças, medicamentos e grupos de doentes:Medlineplus.gov – MedlinePlus, para informaçõessobre doenças, bem como natureza dosmedicamentos, efeitos secundários, interacçõesmedicamentosas e preços.

www. Patient.co.uk – links para muitas diferentesassociações, bem como informações, contactos ebrochuras de uma lista extensa de problemasmédicos.

Preços acessíveisCada vez mais consumidores, estão a ser solicitadospara pagar por alguns, ou mesmo todos os seussistemas médicos. Mesmo que o tratamento estejadisponível, frequentemente, os custos são muito altos.

• Em 2004, os americanos afirmaram que o factor maisimportante na determinação da qualidade dos

cuidados é o poder de compra (14%) e emsegundo lugar as qualificações médicas e

experiência (13%). 7

• Os mais recentes tratamentos decancro podem custar entre 40 000 -– 80 000 dólares por ano.8

• Apenas cerca de 40% dasmulheres sem seguro, nos EUAafirmam não terempreenchido uma receitadevido aos custos em2005.9

• Apenas recentemente éque uma companhia deseguros concordou ematribuir preços a serviçosmédicos para os seusmembros na área deCincinnati, Ohio.10

Os poderosos(e cada vez melhor

organizados)consumidores

Criando grupos com interesses comuns, os doentespodem influenciar grandemente os cuidados de saúde.Mesmo começando com metas modestas, algunsafectam o modo como são conduzidas asinvestigações científicas e os testes clínicos e no modocomo os médicos praticam a medicina.

• O Síndrome de Rett, por exemplo, é uma doençaneurológica rara que afecta apenas 3 500 pessoasem todo o mundo. Iniciado pelos pais de umacriança doente, o seu grupo reuniu mais de ummilhão de dólares para investigação e pressionou ocongresso americano para receitas de quase 25milhões de dólares.11

• Em Fevereiro de 2006, grupos do Yahoo! listarammais de 96 000 grupos de suporte electrónico nasecção de Saúde & Bem-estar. Apesar da maioriados grupos de apoio não terem acompanhamento,alguns são facilitados por profissionais treinados.12

• Tal como em Março de 2003, o site www.acor.orgalojou 235 registos de cancro, com cerca de115 000 mensagens transaccionadas por dia.13

• A Associação Americana para os Diabetes tem umarede de mais de um milhão de voluntários,incluindo um total de 390 000 associados doentesde diabetes e suas famílias e uma sociedadeprofissional de mais de 20 000 investigadores efornecedores de cuidados de saúde.14

Page 20: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Tecnologias d

Os sistemas de saúde e os médicos têm umlongo historial de sub investimento emtecnologias de informação (TI). As receitasescritas à mão ainda são comuns e os registosmédicos dos pacientes são difundidos entre asdiferentes práticas médicas. Mas a marécomeçou a mudar. As ferramentas de TI são bemreconhecidas pela gestão de bases de dados,identificação de informação incompatível e amanutenção do histórico a longo prazo. A faltade profissionais de saúde, o aumento rápido doscustos, a falta de profissionalismo e a necessidadede melhorar a qualidade dos cuidados, estão alevar os médicos, hospitais e governos aoscomputadores.

1A TI pode facilitarMaior eficiência e colaboração entre fornecedores épossível, mas apenas se os sistemas TI forem inter-operacionalizados.

2Normalizar, normalizar, normalizarAs empresas podem trabalhar com os gestores dossistemas de saúde para promover dados normalizadosde doentes, dados normalizados de tratamento, dadosnormalizados de receitas e dados normalizados decompras. Então, os proveitos podem ser analisadospara encontrar as aproximações mais eficazes.

TecnologiasdeInform

ação

Fornecedores

Tornando as receitas legíveis ou alertando os médicospara interacções potenciais dos medicamentosperigosos são alguns caminhos de TI que podemprevenir muitos erros médicos.

Receitas

• Em 2003 foram postasem causa 3,3 milmilhões de receitas(9 milhões por dia)nos EUA,1 e 650milhões foramdispensadas emInglaterra.2

• Receitas mal aplicadascausam 80% de todos os erros médicos. Maioriados erros é causada por letra ilegível ou nãoutilizadas num formato normalizado. 3, 4

• Em diferentes países, a mesma receita pode serutilizada para medicamentos diferentes. Umproblema facilmente detectável com uma boa basede dados. Por exemplo, o medicamento chamadoNorpramin® trata a depressão nos EUA, mas ummedicamento diferente com o mesmo nome éutilizado para o tratamento de úlceras péptidas emEspanha.5

Implicações para as empresas

Registos médicos

• Uma área comum segura da web significa que osmédicos em linha podem aceder e analisar registosmédicos completos em resposta aos telefonemas dedoentes, visitas de emergência outratamento em outros países.6

• Nos EUA, 30% dos examesmédicos são novamenteprescritos devido a resultados quenão são encontrados.7

• A Europa tem gastosrelativamente baixos em TI:A União Europeia (de 15membros) tem umamédia de 1,8% do totalde receitas doshospitais,8 comparadocom 4 – 5% nos EUA.9

ConsumidoresApesar da enormequantidade deinformaçãodisponível, osconsumidores podemainda não ter acesso ainformações de saúdecredíveis.10 A tele-medicina – outroca de serviços consultivos,diagnósticos e tratamento viacomunicações electrónicas – está atornar-se uma ferramenta muito útil eeficaz para a gestão destas doenças taiscomo, falhas crónicas de coração, asma,diabetes e hipertensão.

• Os sistemas podem monitorizar vários dadosfisiológicos, relembrar os doentes para tomarem os seusmedicamentos e registar o tempo automaticamente.11

• Em 2005, 117 milhões de americanos adultosprocuravam informações de saúde online, quase odobro dos números do ano 2000.12 A precisão destainformação é altamente viável. Os médicos estão agoraa começar a questionar a “informação das prescrições”– aconselhamento em websites acerca da sua condição,medicamentos, etc. – para os seus doentes.

18 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Page 21: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Information TechnologyBIOLOGIA, BYTES, BANDA LARGA

12

16

e Informação

3Pensar a longo prazoA criação de sistemas TI de saúde realmente úteis éum processo a longo prazo. Muitas aproximaçõesprematuras de curto prazo desperdiçaram recursose atingiram benefícios limitados. As principaisdificuldades recaem na área comum entreconsumidor, prestador de serviços, pagador efornecedor.

Tendências relacionadasSistemas de saúde

Saúde gerida pelos consumidores

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 19

Questões do mundo emdesenvolvimentoA partilha de informação transfronteiriça: oprojecto “RAFT” permite a colaboração remota,discussão de casos e partilha de dados a redes entreos Hospitais da Universidade de Genebra, na Suiçae Bamako, no Mali. Esta colaboração está a seralargada a outros países de língua francesa da Áfricaocidental (www.hug-ge.ch).20

Apesar da situação estar a melhorar, o acesso agrandes sistemas de TI é limitado em muitos paísesem desenvolvimento. Mais soluções práticas, taiscomo, os sistemas de tele-medicina podem agoraser criados por pouco mais de 1000 dólares.21

• Nos EUA, o intercâmbio de informação médicaatravés de uma rede tinha, em 2003, um potencialde poupança de aproximadamente 5% dos gastosem sistemas de saúde.14

• O Reino Unido empreendeu um plano de 10 anose comprometeu 6,2 mil milhões de libras (11 milmilhões de dólares) para criar um registoelectrónico completamente integrado.15

• A UE tem disponível uma iniciativa de saúde onlinepara recolha de dados dos doentes ecomprometeu-se colocar essa informação até aofinal de 200516

• Os sistemas médicos de Taiwan utilizamferramentas modernas de TI; mas os registosmédicos completos do paciente ainda não estãonum formato digital para os indivíduos.

Preocupações e limitesApesar dos inúmeros benefícios das tecnologias deinformação, ainda permanecem algumas questões deimplementação.

• Preocupações com a privacidade de direitos sobreinformações, podem limitar a distribuição de registosmédicos, 17 e a informação pode ser enviadainadvertidamente a endereços errados.

• É necessário mais algum tempo para os médicos aprenderema utilizar tais sistemas com eficácia, nas suas tarefas diárias.18

• Tal como o fax, os últimos a criarem registos médicoselectrónicos beneficiarão de outros investimentos anteriores eo primeiro a criar suporta mais custos.19 Existem poucasrecompensas imediatas para a actualização dossistemas.

Sistemas

Os sistemas de saúde podem beneficiar da TI em termosda redução de riscos, aumento de eficiência e reduçãode custos. Neste sentido, o sistema requer dados deprocedimentos, resultados e os próprios erros têm de serreportados, analisados e disseminados os resultados.

• Na Care Group, uma empresa de saúde de Boston,cerca de 95% dos negócios e transacções médicasocorrem de forma electrónica. O sistema reduziuerros médicos em 50% e os custos totais foramreduzidos em 72 milhões de dólares anuais desde2003.13

Page 22: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

QuestõesO relacionamento entre indivíduos e grupos nasociedade têm-se tornado mais complexos(alguns mais combativos) e as intervenções legaissão mais frequentemente utilizadas paraestabelecer disputas, atribuir responsabilidades eestragos. Isto é certamente verdadeiro no campoda saúde onde a dor e mesmo a morte sãopotenciais resultados. Três questões vêm depressaà mente quando se misturam leis e medicina:negligência médica, direitos e privacidade dosdoentes.

1Confiança e não discriminaçãoOs empregadores necessitam de ganhar a confiança doscolaboradores para proteger a informação médica. Se aempresa estiver a tentar encorajar os colaboradores aassumir mais responsabilidade pela sua própria saúde(por exemplo, testes para o VIH/ SIDA), terá que termedidas estritas de confidencialidade implementadas.

2Registos médicos e de privacidadeSem salvaguardas bem publicitadas (e em bomfuncionamento), as preocupações com a privacidade vãoabrandar ou travar a utilização eficaz de TI, na gestão deregistos médicos e no acompanhamento de benefíciosde custo e gestão de cuidados.

QuestõesLegais

Negligência médicaHá cinquenta anos atrás a maioria dos doentes emédicos pareciam ter o entendimento de que amedicina era arte e ciência ao mesmo tempo – quenem tudo era entendido acerca das complexidades dasdoenças humanas e dos seus tratamentos. Nos dias dehoje existe muito menos tolerância para resultadospobres e aumenta a procura por atribuição de culpas epenalizações.

• O pagamento de negligências médicas representa 1-2% do total de gastos nos sistemas de saúde dosEUA (excluindo os custos legais na defesa de queixasde negligência médica), mas mesmo assim foi gastouma quantia de quase 26 mil milhões de dólares em2003.1 Os custos cresceram perto de 11 % ao ano,proporcional ao crescimento geral dos gastos nossistemas de saúde.

• Mais de 75% dos médicos americanos estãopreocupados com o litígio de más práticas afectarema sua capacidade de dar cuidados de qualidade aosdoentes.2

• A constante ameaça dos processos sobre as máspráticas, levou a que muitos médicos praticassemmedicina defensiva, utilizando por exemplo examesextras para os defender a eles próprios se uma acçãolegal for imposta no futuro. Alguns estimam osatrasos resultantes e os custos contabilizados extraem 9% da conta americana de saúde.3

Implicações para as empresas

Direitos de propriedadeAs patentes foram criadas para ajudar e encorajar osinvestigadores garantindo propriedade e o direito a ganharrendimentos sem competição directa durante um período detempo fixo. Sob o acordo de TRIP’s os direitos exclusivosaplicam-se por 20 anos (mesmo contando que maioria dosmedicamentos tenham uma duração de 8-10 anos nomercado depois da fase de desenvolvimento).5 Após esta fasea descoberta cai geralmente no domínio público, ondepode ser utilizado sem licenças.6 Muitas empresas,que incluem a indústria farmacêutica,investem quantias significativas eminvestigação para o desenvolvimento depropriedade intelectual patenteada(protegida).

• Mais de 95% de todas asmarcas patenteadas domundo são provenientesde países membros daOCDE.7

• Da lista de 319medicamentos que aOrganização Mundialde Saúde consideraessenciais à medicina,17 estão sobreprotecção de patentes.8

• Nos EUA, num prazo deseis meses da patente terexpirado para ummedicamento, osgenéricos vão tomar cercade 50% do mercado, 9

oferecendo um preço maisbaixo, mesmo que o produtororiginal continue a fabricar omedicamento.

Os direitos de propriedade são igualmentepreocupação dos países em desenvolvimento, onde aspessoas se opõem à exploração desequilibrada do materialgenético e informações dos recursos florestais e animais.

• A Convenção das Nações Unidas para a DiversidadeBiológica propôs que fossem tomadas medidas paragarantir a partilha justa e equitativa dos resultados dainvestigação e desenvolvimento dos recursos genéticoscom os países a contribuírem com o acesso a taisrecursos.10

20 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

0

50 00 0

2001 2002

100 000

US$ 55 500US$ 71 200

emdó

lare

s

Figura 1: Remuneração média anual dos neurocirurgiõesamericanos para seguros de responsabilidade profissionalmédica.4

Page 23: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Legal IssuesNEGLIGÊNCIA, PROPRIEDADE E PRIVACIDADE

Legais

3Acordos que permitem a investigação edesenvolvimentoA investigação e desenvolvimento médico, pode porvezes necessitar de material genético ou biológico de umapopulação particular de genes, região ou país. Podem sernecessários acordos não muito comuns para garantir umapartilha razoável dos riscos e benefícios destainvestigação, incluindo estas características comopotenciadoras de treino técnico, pagamento de direitos,unidades laboratoriais e fundos para os manter.

Profissionais médicos e doentes

Papel dos medicamentos

Tecnologias de informação

• Entre os utilizadores da Internet que procuraminformação médica, a privacidade pessoal foiconsiderada de maior importância.12

• Para proteger a privacidade, os consumidoresadmitem evitar a discussão das questões médicassensíveis com os médicos, utilizando umpseudónimo quando visitam os sites.

• Além disso os consumidores parecem estardispostos a partilhar uma grande quantidade deinformação pessoal se for utilizada para aumentar aqualidade da sua experiência on line e se não forassunto de partilha ou de abuso.13

PrivacidadeEstá a sua informação médica protegida? Aprivacidade médica é essencial de forma a evitar afraude e discriminação (para empregos, seguros, etc).Contudo, a legislação e regulação da privacidade é tãocomplexa, que a maioria das pessoas não sabe se asua informação médica está protegida ou não.

• A Health Insurance Portability and Accountability Actde 1996 (HIPPA) nos EUA, cobre políticas deprivacidade médica e a utilização de IT paratransferência de registos médicos. Contém 1 500páginas.11

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 21

Questões do mundo emdesenvolvimento

No sector da saúde, ocorrem grandes confrontaçõespelo acesso a produtos farmacêuticos patenteadosnos países em desenvolvimento, em particularaqueles que combatem o VIH/SIDA, onde oacesso a algumas terapias literalmente significamvida ou morte.

Na Índia, não tem havido patentes nosmedicamentos anti-rectrovirais. Dez empresasfarmacêuticas indianas produzem estesmedicamentos, no entanto menos de 1% dos quenecessitam destes recebem diariamente tratamentoanti-rectroviral.14

Durante a epidemia da meningite na Nigéria em1995, mais de 50 000 pessoas foram inoculadas comvacinas falsas, resultando em 2 000 mortes15

Existe entre a Costa Rica e a Merck, um acordo quefornece acesso directo a diferentes bio-recursos. Emtroca das 10 000 amostras de parques naturais daCosta Rica, a Merck concordou pagar ao país umapercentagem não revelada dos direitos, se osmedicamentos desenvolvidos correspondentes foremlucrativos.16

8

10

18

Tendências relacionadas

Page 24: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Easeguir?

E a seguir?A saúde é um bem precioso, produzido numambiente altamente fragmentado, cheio deum mix complexo de assuntos eintervenientes. Não fizemos ou não pudemos,abranger tudo isto neste pequeno relatório.Esperamos termos sido portadores de umabreve descrição dos problemas que rodeiamvários assuntos chave e os desafios para osresolver. Quais são as lições desta publicação?

Maioria dos membros da comunidadeempresarial acredita que os actuais sistemas desaúde não são sustentáveis:

Primeiro eles centram-se exclusivamente na falta desaúde e doenças, em vez da saúde. 97% dos gastosem saúde na OCDE vão para os serviços médicos, eapenas 3% é gasto para manter as pessoas saudáveis –para os impedir de adquirir doenças.

Em segundo lugar, a maioria dos actuais serviçosmédicos não são financeiramente viáveis.Fundamentado no conceito de “pay as you go”(pagamento a pronto), as maiores tendênciasdemográficas indicam claramente que a populaçãolaboral actual não pode suportar o nível de benefíciosprometidos à mais velha geração dos dias de hoje –uma geração que está a viver mais e a procurar maisprodutos e serviços médicos.

Terceiro, muitos sistemas não fornecem viabilidadefinanceira para cuidados apropriados e serviços paraos maiores segmentos da população. Desigualdadesentre aqueles que têm acesso e aqueles que não o têmsão grandes e em crescimento, dentro e entre países.

Quatro, muito poucos sistemas médicos focam-seem resultados e raramente em inputs e processos.Consequentemente, a qualidade é difícil de avaliar,gerir e de aperfeiçoar. Maiores investimentos por si sónão garantem resultados de maior qualidade.

Finalmente, muito poucos sistemas médicosdedicam-se inteiramente aos indivíduos na tomadade responsabilidade pela saúde pessoal – em dietasalimentares, exercício físico, tabagismo e álcool deforma a promover em vez de degradar a saúde.

Sem sistemas de saúde adequados, as sociedades nãoconseguem funcionar e as empresas não podemfuncionar em sociedades que falham. Sistemas médicosdisfuncionais desperdiçam recursos e causamsofrimento desnecessário. É do interesse de todos apreocupação por estes problemas e o desenvolvimentode soluções mais sustentáveis.

As empresas podem trazer um conjunto único decompetências técnicas para ajudar a solucionar asquestões aqui levantadas. Estas competências inclueminovação tecnológica, desenvolvimento de produtos eserviços, produção de capacidades, utilização rotineirade sistemas de qualidade, gestão financeira e logística.Acreditamos que as empresas podem fazer a diferençana saúde, começando inicialmente pelos seus próprioscolaboradores. A criação de programas de beneficência(incluindo programas de bem estar), sistemas de

segurança no local de trabalho, serviços de alimentaçãoe programas de formação podem ser utilizadosfavoravelmente para influenciar a saúde doscolaboradores, melhorando a produtividade e asatisfação do local de trabalho. Para além local detrabalho directo, muitas empresas têm a oportunidadede influenciar o comportamento dos seus clientes eafectar as comunidades nas quais eles operam.

As empresas têm a oportunidade de influenciar aspolíticas públicas de saúde e sistemas médicos.A maioria dos empresários estão familiarizados com oprovérbio “o que é medido é gerido”. Nenhumempresário sensível tentaria hoje gerir a empresa semuma métrica chave de desempenho através da cadeiade valor e abastecimento, reporte regular de resultadose mecanismos de monitorização e dar seguimento paragarantir melhorias nos serviços e controlo de custos.Além disso, hoje, a maioria dos sistemas médicos égerida sem qualquer um destes elementos. Acomunidade empresarial tem a oportunidade de falaracerca das questões políticas que afectam a distribuiçãoe gestão da saúde; para influenciar gastos (prevençãoversus tratamento, por exemplo) e exigir maiorresponsabilidade pelos resultados.

Apesar de tudo isto poder ser útil e criar benefíciosempresariais reais, não se dirige directamente àsalterações fundamentais que são necessárias para adisponibilização de sistemas médicos sustentáveis parao mundo em desenvolvimento, populações laborais eem envelhecimento. A comunidade empresarial não sepode dedicar a estas questões sozinha. As empresas sãoapenas um actor na produção da saúde. O elencocompleto é muito maior e inclui profissionais médicos,governos, comunidades de ONG’s, grupos depacientes, organizações internacionais, fundações,investigações científicas, entre outros. As empresas nãopodem estabelecer regras de acesso aos sistemasmédicos, nem podem substituir os governos emestados falhados ou em declínio, onde a distribuiçãodos mais básicos serviços são limitados. As empresasnão podem fazer toda a investigação fundamental aque estão sujeitas muitas das tecnologias modernas,nem podem substituir a responsabilidade individualpela sua própria saúde.

Verdadeiros sistemas médicos devem direccionar-se a:

• Melhor acesso• Maior poder de compra• Contabilização dos resultados• Intervenções apropriadas, conjugado com• Gestão de qualidade, e• Responsabilidade partilhada

Para estas alterações, é necessário iniciar um diálogomais bem estruturado e focado entre todos osintervenientes chave. Esperamos que esta publicaçãopossa servir como um ponto de partida para estasdiscussões. Esperamos também, que possam serestabelecidas condições de trabalho apropriadas paradesencadear forças positivas e capacitar a comunidadeempresarial de que pode criar soluções sustentáveis

22 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Page 25: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

n CFC’sFluorcarbonos clorados. Químicos bastanteutilizados nos refrigerantes e nos sprays deaerossóis, até que alguns foram banidos sob oProtocolo de Montreal das Nações Unidascomo substancias que danificam a camada deozono da atmosfera.

n CHDCoronary Heart Disease (Doenças coronárias).A forma mais comum de doença do coração.Este tipo de doença cardiovascular é causadopor um estreitamento das artérias coronáriasque alimentam o coração.

n Co-pagamentoUm acordo de partilha de custos em que umaorganização inscrita paga uma dada quantiapara um serviço específico (tal como 10dólares para uma visita ao escritório e de 5dólares por cada receita). A quantia paga temde ser nominal para evitar tornar-se numabarreira para os cuidados. Não varia com ocusto do serviço é frequentemente umaquantia de 10 dólares por cada prescrição ouvisita médica.

n Contrafacção de medicamentosUm medicamento que é deliberada efraudulentamente ilegal no que respeita àidentidade, composição e/ou fonte.

n Cuidados com doentesinternadosCuidados num hospital

n Cuidados primáriosPráticas médicas com base no contactodirecto com o paciente sem recomendaçãode outros médicos.

n DCVDoenças Cardiovasculares. Perturbações nocoração e no sistema circulatório.

n Despesas já feitas/custosCustos suportados por um indivíduo que nãoestão cobertos por um plano de saúde.Quantidade de serviços médicos ou custos desaúde que têm de ser pagos pelos membrosdo plano de saúde, que incluem quantiasdedutíveis, co-pagamentos e seguros. Naépoca da administração de cuidados, asdespesas já efectuadas podem tambémreferir-se ao pagamento de serviços nãocobertos ou aprovados por reembolso peloplano de saúde.

n Doentes externos(ou cuidados ambulatórios)Serviços médicos fornecidos a doentesexternos, por exemplo num escritório,quando não é necessário o internamentonuma unidade hospitalar.

n GenéricoMedicamento que perdeu a sua protecção depatente e que é actualmente vendida porprodutores que não os proprietários dapatente originais.

n HMO (Health MaintenanceOrganization)Organização licenciada pelo estado quedistribui médicos e serviços hospitalaresdirectamente aos membros ou através decontratos com fornecedores filiados.

n Licença compulsóriaO proprietário de uma patente é forçado apermitir a uma terceira parte que produza oseu medicamento. O Brasil é o único país emque a licença compulsória ocorreu.

n Licença voluntáriaO proprietário de uma patentedecide/concorda que outro organismoproduza o seu medicamento. Até agora, nãotêm havido casos de licenciamentocompulsório

n Pagamento no actoO sistema ou prática de pagamento dedividas no momento em que estas sãocontraídas. Num esquema social típico, umageração de trabalhadores faz contribuiçõesque pagam pelo bem-estar dos reformados.

n PatenteTítulo atribuído pelas autoridades públicasque conferem o monopólio temporário para aexploração de uma investigação sobre umapessoa que o revele, forneça uma descriçãosuficientemente clara e completa deste e quereivindique o seu monopólio.

n POP’sPoluentes Orgânicos Persistentes. Um grupode químicos orgânicos (normalmentecontendo cloro) cuja utilização é restrita (emalguns casos extinta) sob a Convenção deEstocolmo das Nações Unidas porqueacumulam no ambiente e não são facilmentedegradados.

n PVCPolivinilcloratos. Plástico utilizado emcanalizações e outras aplicações constituídopor vinil clorato que é um carcinogéneo

n Sistemas médicos em casaUma grande quantidade de serviçosfornecidos directamente nas casas,normalmente sob a supervisão de médicos ouenfermeiros.

n TARTerapia Anti-Rectroviral, um cocktailmedicamentoso utilizado para o tratamentodo VIH/SIDA.

n TRIP’s (Trade Related aspects ofIntellectual Property)Termo utilizado no contexto do GeneralAgreement on Tariffs and Trade (GATT) e aWorld Trade Organizations (WTO)normalmente para tentativas de harmonizaras leis das patentes de diferentes nações efazer valer os direitos da patenteinternacionalmente.

Glossário

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 23

Page 26: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Referências

Doenças1 Organização Mundial de Saúde, Base de dados da OMS, 2002.

2 Global Business Coalition on HIV/AIDS (GBC) Personalcommunications, 2005.

3 Yach, Derek; Corinna Hawkes, C. Linn Gould, Karen J. Hofman,“The global burden of chronic disease”, Journal of the AmericanMedical Association, vol. 291, N° 21, 2 Junho 2004.

4 Center for Disease Control, 2004.http://www.cdc.gov/diabetes/statistics/prev/national/tablepersons.htm (as of 7 Fevereiro 2006)

5 Bunn III, W.B., Ehni, Tom, Weddle, Dawn, “Under control: worksitediabetes education targets at-risk employees”, Health &Productivity Management, vol. 3, N° 4, Outubro 2004.

6 Organização Mundial de Saúde, “Diabetes program – Facts andFigures”. www.OMS.int/diabetes/facts/en (as of 7 Fevereiro 2006)

7 Organização Mundial de Saúde, “Diet, nutrition and theprevention of chronic diseases”, 2003.

9 ver nota 7.

10 ver nota 1.

11 Organização Mundial de Saúde, “World Health Report”, 2004.

12 National Intelligence Council, “The next wave of HIV/AIDS:Nigeria, Ethiopia, Russia, India, and China”, Setembro 2002.http://www.cia.gov/nic/special_nextwaveHIV.html (7 Fevereiro2006)

13 DFID, “Tuberculosis factsheet”.http://www.dfid.gov.uk/mdg/tuberculosisfactsheet.asp (7 Fevereiro2006)

14 Organização Mundial de Saúde, “Tuberculosis factsheet”, Abril2005. www.who.int/mediacentre/factsheets/fs104/en (as of 7Fevereiro 2006)

15 Robertson, J., Parliament of Australia, “The economic costs ofinfectious diseases”, May 2003.http://www.aph.gov.au/library/pubs/rn/200203/03rn36.htm(7 Fevereiro 2006)

1 Wattenberg, B.J., “Fewer – how the demography of depopulationwill shape our future”, 2004.

2 “The 2003 aging vulnerability index: An assessment of the capacityof twelve developed countries to meet the aging challenges”,CSISand Watson Wyatt Worldwide, Março 2003.

www.csis.org/media/csis/pubs/aging_index.pdf (7 Dezembro2005)

3 “Treating cancer”, Technology Review, MIT, Setembro 2005.

Ambiente e Saúde1 Organização Mundial de Saúde, “Shape the future of life report

–healthy environments for children”, 2003.

2 American Lung Association, “Lung disease data in culturally diversecommunities”, 2005.

3 Byrne, D., European Commissioner for Health and ConsumerProtection, “Enabling good health for all: A reflection process for anew EU Health Strategy”, 15 Julho 2004.http://europa.eu.int/comm/health/ph_overview/Documents/byrne_reflection_en.pdf (7 Fevereiro 2006)

4 Organização Mundial de Saúde, “Water, sanitation and hygienelinks to health, facts and figures”, 2004, e “Health in theMillennium Development Goals”, Agosto 2005. www.who.int

5 UNESCO, “Did you know? Facts about water and health: UNESCOwater portal weekly update”, no. 76, 14 Janeiro 2005.

6 Organização Mundial de Saúde, “Global Fund to Fight AIDS,Tuberculosis and Malaria”, Maio 2002.

7 Beard, Matthew, “Banned pesticides poisoning millions”, TheIndependent, Fevereiro2003.http://www.globalpolicy.org/socecon/develop/2003/0227ban.html (7 Fevereiro 2006)

8 FAO, “FAO warns of pesticide waste time bomb in poor countries”,Setembro 2004.

9 “Pesticides create new killing fields”, Bangkok Post, 2 Fevereiro2003.

10 OECD Country statistical profiles, OECD, 2005. www.oecd.org

11 Organização Mundial de Saúde, “World report on road trafficinjury prevention”, 2004.

12 “World Health Organization says dirty air a regular killer in Asia”,Environmental News Network (ENN), 22 Agosto 2005.

13 ver nota 2.

14 “Second-hand smoke price tag: $10B”, CNN, 18 Agosto 2005.http://money.cnn.com

15 Organização Mundial de Saúde, “Indoor air pollution”.www.who.int/indoorair/en (7 Fevereiro 2006)

16 Organização Mundial de Saúde, “Water, sanitation and hygienelinks to health, facts and figures”, 2004. www.who.int

17 Carpenter, et.al., “Environmental threats to the health of children:the Asian perspective”, Children's Health: Meeting ReportEnvironmental Health Perspectives, vol. 108, N° 10, Outubro2000.

Introdução

24 Health Systems: Facts and trends

Page 27: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Prevenção e Responsabilidade Pessoal1 Organização Mundial de Saúde, “Chronic disease information

sheets”.http://www.who.int/dietphysicalactivity/publications/facts/en/ (7Fevereiro 2006)

2 “World Heart Federation Fact-sheet”, World Heart Federation,2002. www.worldheart.org

3 ibid.

4 “Returns on Investment in public health” CommonwealthDepartment of Health and Ageing, Australia, Março 2003.www.health.gov.au

5 Organização Mundial de Saúde, “Cardiovascular diseases”.www.who.int/ncd/cvd (as of 30 Sep 2005)

6 ver nota 2.

7 CDC, “Physical activity and good nutrition: at a Glance”, 2002.

8 “The guide to clinical preventive services” HHS department, AHRQe USPSTF, USA, 2005.

9 “The first national report card on quality of health care”, RAND,2004. www.rand.org/publications/

10 “2004 Quick-Facts”, Heart and Stroke Foundation of CanadaWebSite, 2004. www.heartandstroke.ca

11 Organização Mundial de Saúde, World Health Report, 2002.

12 “Projected labor force losses due to AIDS”, ILO AIDS Factsheets &statistics, 2002.

13 “The value of medicines”, PhRMA, 2001.

14 OMS. www.who.int

15 ver nota 14.

16 Organização Mundial de Saúde, “Roll back Malaria fact sheets”.

Profissionais e Doentes1 Organização Mundial de Saúde, Outubro 2004.

http://globalatlas.who.int/GlobalAtlas/DataQuery/ (7 Fevereiro2006)

2 “Outsourcing of ICT and related services in the EU” EuropeanFoundation for the Improvement of Living and WorkingConditions, 2004.http://www.eurofound.eu.int/publications/files/EF04137EN.pdf (7Fevereiro 2006)

3 “Effect of outsourcing technology jobs” A-1 Technology, Inc.,Junho 2005.http://www.a1technology.com/blog/Outsourcing/2005_06_01_outsourcing.htm (as of 7 Fevereiro 2006)

4 Study by Rabobank, cited in “India’s clinical trials and tribulations”,Asia Times on-line, 23 Julho 2004. www.atimes.com

5 Vujicic, M. et al., citação da Organização Mundial de Saúde, em“Human resources for health – the role of wages in the migrationof healthcare professionals from developing countries”, 2004.

6 “Long-haul house calls”, BusinessWeek, 18 Julho 2005.

7 Bach, S., “International migration of health workers: Labour andsocial issues”, ILO, Julho 2003.

8 Mallaby, S., “How Africa subsidizes US health care”,Washingtonpost.com, 29 Novembro 2004.

9 Ramesh, R., “This UK patient avoided the NHS list and flew toIndia for a heart bypass. Is health tourism the future?”, TheGuardian, 1 Fev 2005.

10 Cumming-Bruce, Nick, “Thais tap demand for outsourced medicalcare”, International Herald Tribune, 28 Julho 2005.

11 The, I. and Chu, C., “Supplementing growth with medicaltourism”, APBN, vol. 9, N° 8, 2005.

12 Buchan, J. & Sochalski, J., “The migration of nurses: trends andpolicies”, Bulletin of the WHO, 82 (8), 587-594, Agosto 2004.

13 Dovlo, D.Y., “Report on issues affecting the mobility and retentionof health workers in Commonwealth African states”,Commonwealth Secretariat (unpublished report), 1999, cited in“International nurse mobility – trends and policy implications”,OMS, 2003.

14 “African health ministers, doctors, nurses, AIDS and developmentgroups call on G8 leaders to address Africa’s health worker crisis”,Health Action AIDS, 29 Junho 2005.http://www.phrusa.org/campaigns/aids/news_2005-06-29.html (7Fevereiro 2006)

Papel dos medicamentos1 “Prescription of change” The Economist, 18 Junho 2005.

2 “The value of medicines” PhRMA, 2001.

3 “Evolution de la consommation pharmaceutique des ménages”,Les Entreprises du Médicament. www.leem.org (as of 30 Setembro2005)

4 “Prescription for change”, The Economist, 18 Junho 2005.

5 Fortune, 8 Março 2004.

6 “An overdose of bad news”, The Economist, 17 Março 2005.

7 “IMS Health unbranded analysis”, IMS Health, MIDAS, 2005.

8 Austrian Health Institute (ÖBIG), cited in “EU splinters whenbuying drugs”, International Herald Tribune, 15 Novembro 205,and based on www.pharmacychecker.com (15 Novembro 2005).

9 www.unitedpharmacies.com andwww.prescriptionbuyersgroup.com average (30 Setembro 2005).

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 25

Page 28: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Custos, Benefícios e Qualidade1 Organização Mundial de Saúde, Global Programme on Evidence

for Health Policy, 2004.

2 Heffner, S. et al. “US health spending projections for 2005-2014”,Health Affairs, Web Exclusive, 25 Fevereiro 2005.

3 “Promoting innovation and competitiveness: transforminghealthcare: the President’s health information technology plan”,US Government, Abril2004.www.whitehouse.gov/infocus/technology/economic_policy200404 /chap3.html (7 Fevereiro 2006)

4 “French health service on verge of collapse”, The Guardian, 24Janeiro 2004.

5 “Health spending in most OECD countries rises, with the USA faroutstripping all others”, OECD, 3 Junho 2004. www.oecd.org

6 OECD database, OECD, 2004, www.oecd.org.

7 “Protecting health for life - the state of the CDC”, CDC, 2004.www.cdc.gov/cdc.pdf (7 Fevereiro 2006)

8 WHO and University of Oxford databases,http://oxlad.qeh.ox.ac.uk/sources.php (as of 11 October 2005).

9 “The value of investment in healthcare”, PhRMA, Janeiro 2004.

10 “Crossing the quality chasm – a new health system for the 21stcentury”, Institute of Medicine, 2001.

11 “Once seen as risky, one group of doctors changes its ways”, TheWall Street Journal, 21 Junho 2005.

12 Medstat, Junho 2004.http://www.medstat.com/healthcare/jun04.pdf (7 Fevereiro 2006)

13 “The state of healthcare quality: how good is care?” in Improvingquality in a changing healthcare industry, President’s AdvisoryCommission on Consumer Protection and Quality in theHealthcare Industry, Julho 1998.www.hcqualitycommission.gov/final/chap01.html (as of 11Outubro 2005)

14 “The first national report card on quality of healthcare in America”,RAND Corporation, 2005. www.rand.org.

15 “Getting it right”, The Economist, 23 Abril 2005.

16 P. M. Rao, et al., “Effect of computed tomography of the appendixon treatment of patients and use of hospital resources", The NewEngland Journal of Medicine, vol. 338, 15 Janeiro 1998.

17 “Where are the patients? China’s healthcare”, The Economist, 19Agosto 2004.

18 ver nota 7.

Sistemas de saúde1 “Short NHS history” http://www.nhshistory.net/short_history.htm

(as of 15 Novembro 2005).

2 “The Columbia Electronic Encyclopedia”, Sixth Edition, ColumbiaUniversity Press, 2003.

3 “The percentage of employees covered by employer funded planshas dropped from 80% in 1989 to 66% in 2005”, The Wall StreetJournal, 24 Outubro 2005.

4 “Clinical information exchange – roadmap and methodology formaximizing the benefits of interoperability”, IBM presentation,IBM, 27 Abril 2005.

5 Consumers Union, “A Consumer Guide to Handling Disputes withyour Employer or Private Health Plan,” 2005 Update, Agosto 2005,jointly published by Kaiser Family Foundation and ConsumersUnion.

6 Organização Mundial de Saúde, “WHO Country health indicators”,2002. International dollars are derived by dividing local currencyunits by an estimate of their purchasing power parity (PPP)compared to US dollars, i.e., a rate or measure that minimizes theconsequences of differences in price levels existing betweencountries (utilizado pela OMS).

7 “OECD Health Data 2004 1st edition”, OECD, 2004.

8 “Companies step up to wellness”, USA Today online, 31 Julho2005.

9 ver nota 8.

10 “China’s healthcare. Where are the patients?”, The Economist, 19Agosto 2004.

11 www.bhcag.com (8 Dezembro 2005).

10 “The search for cures, how Pfizer medicines get from thelaboratory to you”, Pfizer, 2003.

11 “The pharmaceutical industry in figures, key data, 2005 update”,European Federation of Pharmaceutical Industries and Associations,2005, http://www.efpia.org/6_publ/infigures2005.pdf (7Fevereiro 2006) e Technology Review, MIT, Setembro 2005.

12 “Annual report 2003”, the Patented Medicines Prices ReviewBoard, 2003, www.pmprb-cepmb.gc.ca (7 Fevereiro 2006) and“Health care in focus” C&EN, 6 Dezembro 2004.

13 “Brazil issues AIDS-Drug ultimatum”, The Wall Street Journal, 27Junho 2005. In June 2005, Brazil threatened to authorize a state-run laboratory to produce a version of an AIDS drug for about60% of the price charged by Abbott Laboratories. The case waslater settled when Abbott offered a significant price reduction.

14 “Global Partnerships”, IFPMA, Novembro 2004.

15 “Drug co-pays hit $100”, The Wall Street Journal, 28 Junho 2005and “Employers join to push drug managers for full disclosure”,The Wall Street Journal, 10 Agosto 2005.

16 “GM, Walgreen battle over cost of drug plan”, The Wall StreetJournal, 14 Fevereiro 2005.

26 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Page 29: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Saúde gerida pelos consumidores1 “Failing the public health - rofecoxib, Merck, and the FDA”, New

England Journal of Medicine, 21 Outubro 2004.

2 IMS Health, cited in “The economic and public health value ofselfmedication”, AESGP, Abril 2004.

3 “European Union citizens and sources of information abouthealth”, The European Opinion Research Group, Março 2003.http://europa.eu.int/comm/public_opinion/archives/ebs/ebs_179_en.pdf (7 Fevereiro 2006) and US Census Bureau, Janeiro 2005,cited in “More Americans go online for health-care information”,The Wall Street Journal, 15 Julho 2005.

4 “The impact of the internet on cancer outcomes”, CA A CancerJournal for Clinicians, vol. 53, N° 6, Novembro-Dezembro 2003.

5 ibid.

6 “National trends in healthcare consumerism: the quality-consciousconsumer”, Solucient, Setembro 2004.

7 “National survey on consumers’ experiences with patient safetyand quality information”, The Kaiser Family Foundation, Agencyfor Healthcare Research and Quality, Harvard School of PublicHealth, Novembro 2004.

8 “Treating cancer”, Technology Review, MIT, Setembro 2005.

9 “More than one in four non-elderly women delay or forgo medicalcare due to costs”, Kaiser family foundation, 7 Julho 2005.

10 “Aetna posts physician fees online for health plan members,” TheWall Street Journal, 18 Agosto 2005.

11 “The citizen scientists”, Wired, Issue 9.09, Setembro 2001.

12 Yahoo! Health Group, http://health.dir.groups.yahoo.com (7Fevereiro 2006)

13 ver nota 4.

14 ver nota 4.

Tecnologias de Informação1 NDC Health, cited by “The employers dilemma of rising health

care costs” presentation, Cardinal Health, Março 2004.

2 “Prescriptions dispensed in the community statistics for 1993 to2003: England”, Department of Health, bulletin 2004/12, 30Junho 2004. www.dh.gov.uk

3 Ridley, S.A., et. al., “Prescription errors in UK critical care units”,Anaesthesia, vol. 59, N°12, Dezembro 2004.

4 “Cisco: paging Dr. Info Tech”, BusinessWeek, 11 Julho 2005.

5 Institute for Safe Medication Practices, cited in “Buying the wrongmedicine overseas”, Wall Street Journal online, 16 Agosto 2005.

6 James, B., “E-health: steps on the road to interoperability”, HealthAffairs Web Exclusive W5, 19 Janeiro 2005.

7 “Clinical information exchange – roadmap and methodology formaximizing the benefits of interoperability”, IBM presentation, 27Abril 2005.

8 “Taking the pulse of Europe's e-health market”, Medical NewsToday, Março 2005. www.medicalnewstoday.com

9 “Health information technology leadership panel, final report”, TheLewin Group, Março 2005.http://www.os.dhhs.gov/healthit/HITFinalReport.pdf (7 Fevereiro2006)

10 Transforming Health Care: The President’s Health InformationTechnology Plan”, Promoting innovation and competitiveness, USGovernment, Abril 2004.www.whitehouse.gov/infocus/technology/economic_policy200404/chap3.html (7 Fevereiro 2006)

11 Celler, B. G., et. al., “Using information technology to improve themanagement of chronic disease”, MJA, vol. 179 N° 5, 2003.www.mja.com.au/public/issues/179_05_010903/cel10001_fm.html (7 Fevereiro 2006)

12 Harris poll from Julho 2005, cited by “Poll shows patients headingonline for health info” Healthcare IT News, 29 Aug 2005.

13 “Physicians, heal thyselves”, Oracle.http://www.oracle.com/oramag/profit/03-feb/p13physician.html(5 Outubro. 2005)

14 Walker, J., et al., “The value of health care information exchangeand interoperability”, Health Affairs, Web Exclusive W5, 19 Janeiro2005.

15 “Healthcare computer systems – global approaches”, The Lancet,Vol. 365, 1 Janeiro 2005. www.thelancet.com

16 “The digital hospital, special report” BusinessWeek, 28 Março2005.

17 Baker, L.C., “Benefits of interoperability: a closer look at theestimates”, Health Affairs, Web Exclusive W5, 19 Janeiro 2005.

18 Miller, R. H. & Sim, I., ”Physicians’ use of electronic medicalrecords: barriers and solutions”, Health Affairs, vol. 23, N° 2,Março/Abril 2004.

19 Brailer, D., “Interoperability: the key to the future health caresystem”, Health Affairs, Web Exclusive, W5, 19 Janeiro 2005.

20 Fraser, H., “Information technology and telemedicine in sub-Saharan Africa”, BMJ, vol. 321, 19 Agosto 2000.

21 “MRI and CT Canters offer doctors way to profit on scans”, TheWall Street Journal, 2 Maio 2005.

Sistemas de Saúde: Factos e Tendências 27

Page 30: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Questões Legais1 “US tort costs, 2004 update” Towers Perrin, 2005.

www.towersperrin.com/tillinghast/publications/reports/Tort_2004/Tort.pdf (9 Novembro 2005)

2 “Most doctors report fear of malpractice liability has harmed theirability to provide quality care: caused them to order unnecessary tests,provide unnecessary treatment and make unnecessary referrals”, HarrisInteractive, 8 Maio 2002. www.harrisinteractive.com

3 “Health spending in the United States and the rest of theindustrialized world”, Health Affairs, Julho/Agosto 2005, vol. 24, N° 4.

4 “New study finds medical liability crisis for neurosurgeons worsening –patients are losing access to neurosurgical care”, AANS, 3 Abril2003.www.aans.org

5 Bale, H., “Access to pharmaceuticals in developing countries”, IFPMA,Presentation at WTI, 18 Novembro 2005.

6 Pharmaceutical price controls in OECD countries, US Department ofCommerce, International Trade Administration, Dezembro 2004.www.ita.doc.gov/td/chemicals/drugpricingstudy.pdf (9Novembro 2005)

7 “Industrial property statistics, publication A”, WIPO, 2001.

8 “How do Patents and Economic Policies Affect Access to EssentialMedicines in Developing Countries?”, Health Affairs, vol. 23, No. 3,p.155-166, 2004.

9 Burns, L. R., “The health care value chain: Producers, Purchasers andProviders”, p. 229, Jossey-Bass, 2002.

10 Specific legislation on this has been introduced in some countries,including Australia, Colombia, Cameroon and Malaysia. “TheUNConvenção sobre diversidade biológica: A constructive response to

a global problem”, Backgrounder, Earth Summit +5, Special Session ofthe General Assembly to Review and Appraise the Implementation ofAgenda 21, New York, 23-27 Junho 1997.www.un.org/ecosocdev/geninfo/sustdev/es&5biod.htm (as of 9Novembro 2005). Other countries that have specific legislation onaccess to genetic resources and benefit-sharing are: Philippines, Bolivia,Ecuador, Peru, Venezuela, Brazil, Fiji, Guatemala and India.

11 “Frequently asked questions”, Patient Privacy Rights.http://www.patientprivacyrights.org/site/PageServer?pagename=FAQs(9 Novembro 2005)

12 “Virtually Exposed: Privacy and e-health”, Health Affairs, vol. 19, No. 6,Dezembro 2000.

13 “Ethics survey of consumer attitudes about health web sites”,California Healthcare Foundation. www.chcf.org (as of 9 Novembro2005)

14 Rosenberg, D., “Access to medicines: The background to the DohaDebate”, presentations at the Fordham Intellectual Property, Mediaand Entertainment Law Journal Symposium, Abril 2002.

15 World Health Organization, “Substandard and counterfeit medicines”,Novembro 2003. www.who.int/mediacentre/factsheets/fs275/en (24Novembro 2005)

16 “The UN Convention on Biological Diversity: A constructive responseto a global problem”, Backgrounder, Earth Summit +5, Special Sessionof the General Assembly to Review and Appraise the Implementationof Agenda 21, New York, 23-27 Junho 1997.www.un.org/ecosocdev/geninfo/sustdev/es&5biod.htm (9Novembro 2005)

28 Sistemas de Saúde: Factos e Tendências

Page 31: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

Acerca do WBCSDOWorld Business Council for Sustainable Development(WBCSD) é uma coligação de 180 empresasinternacionais, unidas pelo compromisso partilhadopara com o desenvolvimento sustentável através detrês pilares: crescimento económico, equilíbrioecológico e progresso social. Os nossos membros sãooriundos de mais de 30 países e 20 grandes sectoresindustriais. Também beneficiamos de uma Rede Globalde mais de 50 conselhos empresariais nacionais eregionais e organizações de parceiros.

A nossa missão é garantir a liderança empresarialcomo catalisador para a mudança rumo aodesenvolvimento sustentável. É também apoiar alicença empresarial para operar, inovar e crescer nummundo cada vez mais moldado pelas questões dodesenvolvimento sustentável.

Os nossos objectivos incluem:Liderança empresarial – ser líder na promoçãoempresarial do desenvolvimento sustentável;

Política de desenvolvimento – participar na políticade desenvolvimento para criar as condições estruturaisideais para negócios para fazer uma contribuiçãoefectiva ao desenvolvimento sustentável;

O Business Case – desenvolver e promover o businesscase para o desenvolvimento sustentável;

Melhores práticas – mostrar a contribuiçãoempresarial para o desenvolvimento sustentável epartilhar as melhores práticas entre os membros;

Alcance global – contribuir para um futurosustentável nas nações em desenvolvimento e aquelasque se encontram em transição.

Director de projecto Howard Klee, WBCSDInvestigação Eva HadenDesign Michael MartinCréditos fotográficos Air Products and Chemicals (page 2),

Novartis (page 10, 11, 18, 21),NovoNordisk (page 2),Roche (page 11),Banco Mundial (page 3, 4),WHO (page 2, 21).

Encomenda de publicações

Versão Original (Inglês)WBCSD, c/o Earthprint LimitedTel: (44 1438) 748111 Fax: (44 1438) [email protected] publicações estão disponíveis em: www.wbcsd.orgwww.earthprint.com

Versão PortuguesaBCSD PortugalAv. de Berna nº 11, 8º andar1050-036 LisboaTel: (+351) 217819001Fax: (+351) 217819126www.bcsdportugal.org

Acerca do BCSD PortugalO BCSD Portugal – Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável é uma associação sem finslucrativos, criada em Outubro de 2001 pela iniciativa das empresas Sonae, Cimpor e Soporcel, associadas aoWBCSD – World Business Council for Sustainable Development, em conjunto com mais 33 empresas de primeiralinha da economia nacional. Actualmente a organização conta com 102 membros, representando cerca de 20áreas de negócio.

A missãoA missão principal do BCSD Portugal é fazer com que a liderança empresarial seja catalisadora de uma mudançarumo ao desenvolvimento sustentável e promover nas empresas a Ecoeficiência, a inovação e a responsabilidadesocial.

Os objectivos• Divulgação e promoção do desenvolvimento sustentável• Disponibilização de serviços e ferramentas de implementação aos membros• Acompanhamento das políticas públicas• Promoção da divulgação das boas práticas das empresas membro

Aviso legal

Este relatório é publicado em nome do WBCSD. Tal como outras publicações do WBCSD, é resultado de umesforço colectivo do secretariado e executivos de várias empresas membro. Um grande número de membros reviua publicação, garantindo assim que o documento representa grande maioria das opiniões dos membros doWBCSD. Não significa, contudo, que todas as empresas membro partilhem das ideias aqui expostas.

Page 32: SistemasdeSaúde: FactoseTendências · persistentes(POP’s)banidosourestringidos sobreaConvençãodeEstocolmo. Tabela1: ... Colesterol Tabagismoecolesterol Todososfactoresderisco

BCSD PortugalAv. de Berna nº 11, 8º1050-036 Lisboa

Uma publicação da série Factos e tendências do WBCSD

Edição portuguesa com o patrocínio

Tel: (+351) 217819001Fax: (+351) 217819126

E-mail: [email protected]: www.bcsdportugal.org