Sistemas de Informação em Saúde Uma Visão …...Sistemas de Informação em Saúde Uma Visão...
Transcript of Sistemas de Informação em Saúde Uma Visão …...Sistemas de Informação em Saúde Uma Visão...
Sistemas de Informação em Saúde Uma Visão Estratégica
Parte 1 06 de março de 2012
Lincoln de Assis Moura Jr, MSc, DIC, PhD Assis Moura eHealth 11 8426-6276, [email protected]
Lincoln de Assis Moura Jr.
Formação Acadêmica: – PhD, DIC, Biomedical Systems Group, Imperial College, Londres - 1988
– MSc, Programa de Engenharia Biomédica, COPPE/UFRJ - 1979
– Engenheiro Eletrônico, EESC/USP - 1976
Experiência Profissional: – Consultor Independente – Assis Moura eHealth
– Presidente da Zilics Sistemas de Informação em Saúde, desde 2007.
– Líder de Negócios de Saúde – Atech Tecnologias Críticas – 2002 a 2006
– Consultor da ANVISA e do Datasus/MS – 2001 e 2002
– Diretor da Vertical Saúde da Oracle do Brasil - 1999 e 2000
– Diretor de Informática do HC de São Paulo - 1995 a 1999
– Diretor de P&D do Serviço de Informática Médica do InCor - 1979 a 1995
– Professor da Poli / USP, São Camilo / Abramge, IBMEC-RJ e IESPP-PR
Sociedades Científicas: – Presidente-Eleito e Tesoureiro da IMIA - International Medical Informatics Association
– Presidente da SBIS - Sociedade Brasileira de Informática em Saúde - 2000 a 2004
– Membro da Comissão de Padronização em Informática em Saúde – ABNT – desde 2007
Outros: – Consultor - Finep, FAPESP, CNPq, CAPES, Ministério da Saúde, OPAS, BID, e OMS
07/03/2012 2
As 4 Estações do Ano
Uma pesquisa mostrou que cerca de 95% dos graduados por Harvard creem que as 4 estações do ano existam porque a distância entre a Terra e o Sol varia ao longo do ano, sendo menor no verão.
National Science Foundation
07/03/2012 3
As 4 Estações do Ano
Sul
Norte
verão no
hemisfério sul Sul
Norte
07/03/2012 4
Observação Inicial
Pensar “dá trabalho”
É mais fácil Acreditar do que Conhecer
É confortável “terceirizar” o Saber
É “melhor” não correr o risco de errar (“em boca fechada não entra mosquito”)
Espírito Crítico e Bom Senso são Escassos
A área da Saúde está repleta de meias verdades que consumimos sem questionar.
07/03/2012 5
Objetivo de Hoje
07/03/2012
Repensar criticamente os processos atuais e
explorar mecanismos, conceitos e práticas que
possibilitem que os Sistemas de Informação em
Saúde sejam úteis, sustentáveis e capazes de
melhorar a gestão, a operação e a qualidade do
atendimento das redes de serviços de saúde
públicos e privados.
6
Programação (Manhã)
09:00 A Complexidade da Saúde e da Informação em Saúde
10:00 Para que serve o Sistema de Informação em Saúde? • O Sistema de Informação como Motor da Organização de Saúde
• Metodologias para o Desenvolvimento de Sistemas Complexos de Informação
11:30 Coffee Break
11:45 O PEP e o Registro Eletrônico de Saúde • Modelos para a representação da Informação Clínica:
Usando arquétipos para construir o RES
• Certificação SBIS/CFM de Sistemas de Registro Clínico
13:00 Almoço
07/03/2012 7
Programação (Tarde)
14:00 Arquiteturas para a Interoperabilidade em eHealth • A necessidade de modelos e padrões para Interoperabilidade
15:00 Políticas para a TI em Saúde • O País como a “Enterprise de Saúde”
• O Brasil tem uma Política para a Informática em Saúde?
• Apresentação e Discussão da Portaria 2073 do MS Padrões de Interoperabilidade e Informação em Saúde
• Recursos Humanos para a Informática em Saúde: O proTICS
16:00 Coffee Break
16:20 Estudo de Caso • O Sistema de Informação da Cidade de São Paulo: o SIGA Saúde
17:30 Encerramento
07/03/2012 8
Programação (Manhã)
09:00 A Complexidade da Saúde e da Informação em Saúde
10:00 Para que serve o Sistema de Informação em Saúde? • O Sistema de Informação como Motor da Organização de Saúde
• Metodologias para o Desenvolvimento de Sistemas Complexos de Informação
11:30 Coffee Break
11:45 O PEP e o Registro Eletrônico de Saúde • Modelos para a representação da Informação Clínica:
• Usando arquétipos para construir o RES
• Certificação SBIS/CFM de Sistemas de Registro Clínico
13:00 Almoço
07/03/2012 9
Exemplo de Sistema de Informação de $uce$$o
Sistemas Bancários:
• Terminais operados pelo cliente
• Disponibilidade a nível nacional
• Descentralizado com controle central
• Transferência Eletrônica de fundos
• Rápidos. Baixo custo por operação
• Extremamente confiáveis
• Crescente número de serviços
• Indispensáveis
07/03/2012 10
Exemplo de Sistema de Informação de $uce$$o
Sistemas “Simples”:
• Informação muito bem estruturada
• Poucas classes de transações
• Utilização simples
• São cômodos para o cliente
• Programação simples
• Implantação em alta escala
• Baixo custo por operação
07/03/2012 11
A Saúde é Especial!!!
Informação extremamente variada • >100.000 itens no vocabulário médico do dia a dia • dificuldade de se estabelecer padrões: vocabulário • cuidados com a semântica: “obesidade” • SNOMED: 60.000.000 possibilidades diagnósticas
Informação muito pouco estruturada • prescrição médica, laudo médico, prontuário médico • dificuldades de se estabelecer padrões: estrutura • quase linguagem natural
Serviços de Saúde são empresas muito complexas • 5.000 clientes e 5.000 tipos de procedimentos com atendimento
absolutamente personalizado! • A Saúde é Federada • O Atendimento é Distribuído • Não existe muita noção de “Cadeia de Valor” • É um Mercado de Insatisfeitos!
07/03/2012 12
A Fragmentação do Mercado
Mercado Extremamente Fragmentado: R$ 220 Bi / ano
SUS é a grande fonte pagadora: ~ 66% em volume e 50% em $
Cerca de 7.500 hospitais e 1.400 OPS no País
Mais de 50% dos Hospitais têm menos de 50 leitos
Menos de 10% dos Hospitais têm algum Sistema de Informação
Mais de 70% das OPS têm menos de 20.000 vidas
Não há grandes redes de hospitais, clínicas ou centros de diagnóstico
O mercado vem se consolidando, mas a um ritmo lento
Não há padrões nacionais universalmente aceitos para a informação
As perdas por retrabalho e fraude são imensas.
• Nos EUA estima-se a fraude na ordem de USD$ 100 bi/ano!
07/03/2012 13
Na Saúde Suplementar…
07/03/2012 14
Outros Fatores de Complexidade?
Ausência de Estratégia e Tática para o Setor
• Necessidade de Arquitetura!
SUS é muito melhor organizado que o Setor Privado!
São vidas que estão em jogo;
O médico é o “Dono da Caneta”;
O médico não morre com seus erros;
A Saúde é uma das poucas áreas da atividade humana em que os processos dependem da equipe de plantão;
……
07/03/2012 15
Convicção
Métodos artesanais são incompatíveis com a entrega de serviços de massa. Para entregar serviços de Saúde de qualidade a milhares e centenas de milhares de pessoas é necessário utilizar métodos industriais;
Bons Sistemas de Informação são
• essenciais para a organizar, gerenciar e operar o Sistema de Saúde;
• capazes de produzir melhoria da qualidade, aumento da produtividade e redução de custos em Saúde.
O Sistema de Informação deve ser o “motor” da Organização de Saúde.
07/03/2012 16
A Necessidade de Arquitetura(s)
A Arquitetura é a estrutura essencial de uma organização, e está incorporada:
• Em seus componentes;
• Na inter-relação entre eles e com o ambiente externo;
• Na inter-relação com os princípios que governam a sua existência e a evolução da organização.
“Enterprise Architecture” ou ~Arquitetura Organizacional”
Nota: O termo “Organização” é usado como tradução de “Enterprise”, por ser mais abrangente do que “Corporação” ou “Empresa”.
Adapted from “Manhattan II Architecture Overview, Geneva, Switzerland, 22 June 2007” 17 07/03/2012
O que é uma “Enterprise”?
É uma Organização formada por grupo de entidades que compartilham um mesmo conjunto de objetivos:
• Agência governamental ou um Ministério
• Uma organização empresarial, uma ONG
• Parte de uma organização
• Uma região e seus recursos
• Uma unidade de saúde, um hospital um centro médico
• Uma operadora de planos de saúde
Adapted from “Manhattan II Architecture Overview, Geneva, Switzerland, 22 June 2007” 18 07/03/2012
Então, o que é “Arquitetura Organizacional”?
É a descrição dinâmica da estrutura atual ou desejada dos processos, dos sistemas de informação, do capital humano e das subunidades da organização, de tal forma que
esses componentes se alinhem com os objetivos centrais da organização e com as suas diretrizes estratégicas.
Para se chegar à definição da “Arquitetura Organizacional” é necessário usar um conjunto de métodos abrangente e rigoroso.
Ainda que o termo “Enterprise Architecture” esteja frequentemente associado à TI, ele se refere, em essência, à otimização dos processos da organização, já que se relaciona diretamente com a arquitetura de negócio, a gestão de desempenho e a arquitetura de processos.
Adapted from “Manhattan II Architecture Overview, Geneva, Switzerland, 22 June 2007” 19 07/03/2012
The Open Group Architecture Framework
http://www.opengroup.org/architecture/togaf9-doc/arch/ 07/03/2012 20
“Enterprise Architectures” Publicadas
NIH – National Institutes of Health (EUA)
Modelos de Referência do Governo Australiano v1.0 lançados pelo governo australiano em 2007;
Arquitetura Organizacional para Gestão e Orçamento do Governo dos Estados Unidos, inclui modelos XML para troca de dados. Atualizado anualmente, desde 2006.
Arquitetura Organizacional do Ministério do Interior dos Estados Unidos, incluindo o mapeamento com outros modelos de referência.
Arquitetura de Negócios (Atividades) do Ministério da Defesa dos Estados Unidos, publicada em setembro de 2006, com dicionário e diagramas acessíveis pela Internet.
Source “Manhattan II Architecture Overview, Geneva, Switzerland, 22 June 2007” 07/03/2012 21
Conclusão
Ainda que o conceito de “Arquitetura Organizacional” seja muito importante, ele se encontra muito distante da realidade das nossas Organizações de Saúde típicas;
Quem, no Brasil, poderia desenvolver o seu projeto de Arquitetura Organizacional?
O que se pode e se deve fazer, então?
07/03/2012
Adotar e praticar uma visão simplificada de “Arquitetura Organizacional” que contenha os
blocos e os conceitos essenciais da EA.
22
Os Pilares do Sistema de Informação
Recursos Tecnológicos: • Infraestrutura: rede de comunicação, sistemas gerenciadores de bancos
de dados, computadores e equipamentos de automação; Arquitetura (Métodos e Padrões):
• Especificação, desenvolvimento, e documentação de sistemas; • Padrões de conteúdo, representação e transmissão da informação; • Os Sistemas em si • Gestão de Projetos de TI e a Gestão de Projetos em si.
Recursos Humanos: • Equipe de Informática em si; • Corpo de profissionais que utiliza a TI para exercer sua atividade.
Recursos Organizacionais: • Estrutura da organização, seu negócio e seus macroprocessos ; • Requisitos de negócio a serem atendidos; • Organização da área de TI, relacionamento interno e externo; • Diversas faces do SIS: clínica, administrativa, operacional, financeira; • A quem “pertence” o SI.
07/03/2012 23
Construção do Sistema de Informação em Saúde
O processo é necessariamente incremental e iterativo.
07/03/2012 24
Programação (Manhã)
09:00 A Complexidade da Saúde e da Informação em Saúde
10:00 Para que serve o Sistema de Informação em Saúde?
• O Sistema de Informação como Motor da Organização de Saúde
• Metodologias para o Desenvolvimento de Sistemas Complexos de Informação
11:30 Coffee Break
11:45 O PEP e o Registro Eletrônico de Saúde
• Modelos para a representação da Informação Clínica:
• Usando arquétipos para construir o RES
• Certificação SBIS/CFM de Sistemas de Registro Clínico
13:00 Almoço
07/03/2012 25
O que é o Sistema de Informação?
Conjunto de conceitos, técnicas, tecnologias, conteúdos,
padrões, conhecimento, normas,
cultura e práticas organizacionais, utilizados para
representação, registro, armazenamento, processamento,
avaliação, troca e utilização da informação.
O Sistema de Informação reúne todos os
processos, independentemente de serem
Manuais ou Automatizados
07/03/2012 26
Para que serve o Sistema de Informação?
Automação: • padronização de processos, rapidez, redução de erros
Operação dos Serviços de Saúde: • self-service, terceirização, automação de processos
Documentação: • registro clínico, auditoria, responsabilização, divulgação,
comunicação
Avaliação: • análise da qualidade de produtos e serviços
Apoio à Tomada de Decisão: • para a gestão e para o atendimento • geração e disponibilização de conhecimento
Implementação de Políticas: • o SI como um instrumento de implantação de políticas
Descentralização e Transparência: • acesso do paciente, parceiros e profissionais
07/03/2012 27
O Conceito de Sistema
Transformação Entrada Saída
07/03/2012 28
O Conceito de Sistema
Entrada Saída Transformação
Transformação
Transformação
Transformação
07/03/2012 29
O Sistema de Informação
Captura do dado: • Manual • Automática • Semiautomática • De outro sistema • …
Processamento Organização Comparação Armazenamento Alertas Classificação Padronização …
Relatórios Gráficos Alertas eMails Bloqueios Ações Outros Sistemas …
Transformação Entrada Saída
07/03/2012 30
Níveis de Utilização da Informação do SI
Operacional • atividades de rotina • exigem pouca capacidade de decisão • podem ser automatizadas com facilidade
Gerencial (ou Tática) • atividades típicas de supervisão • requerem capacidade de decisão local • exigem informação gerencial
Estratégico • grandes decisões • requerem capacidade de decisão Global • exigem informação estratégica
O Cliente (Público Externo) • Relacionamento “1 on 1” • avaliação, comparação, escolha
ainda é
novo!
C o m p
l e x i d a d e
07/03/2012 31
Níveis de Utilização da Informação
Operacional
• atividades de rotina
• exigem pouca capacidade de decisão
• podem ser automatizadas com facilidade
Objetivos da Informatização neste nível:
• automação: padronização, velocidade, redução de erros
• auxiliar o profissional operacional, incorporando ajuda
• evitar erros, impedindo operações inadequadas
• como isto se aplica à Saúde?
Sistemas de Gestão Empresarial (ERP)
07/03/2012 32
Níveis de Utilização da Informação
Gerencial (ou Tática)
• atividades tipicas de supervisão
• requerem capacidade de decisão local
• exigem informação gerencial
Objetivos da Informatização neste nível:
• relatórios gerenciais de rotina
• apoio à tomada de decisão gerencial: alertas
• exploração da base de dados: data warehousing
• como isto se aplica à Saúde?
Business Intelligence Tools + ERP
07/03/2012 33
Níveis de Utilização da Informação
Estratégico
• grandes decisões
• requerem capacidade de decisão Global
• exigem informação estratégica
Objetivos da Informatização neste nível:
• tomada de decisão estratégica
• extração automática de conhecimento
• simulação e exploração dos dados
• como isto se aplica à Saúde?
BIT + Ferramentas de Gestão Estratégica
07/03/2012 34
O Mundo Externo (Customer Relationship Management + Serviços)
Os Níveis do Sistema de Informação
Operacional Tático Estratégico
Ferramentas de Inteligência de Negócios (BIT)
Sistemas de Gestão Empresarial (ERP)
Sistemas de Gestão Estratégica (SEM)
07/03/2012 35
Sala de Situação - Painel de Bordo
07/03/2012 36
E então, para que Servem os SIS?
O Registro Eletrônico de Saúde
• Acompanhamento do tratamento
• Suporte à decisão para o profissional de saúde
• Alertas para terceiros (notificação compulsória)
Organização do Sistema de Saúde
• Implementa o modelo de referência e contra-referência
• Gerencia o fluxo de pacientes
Saúde Conectada
• Integra as pessoas e a comunidade/enterprise
Gestão das Unidades de Saúde
• Gestão Hospitalar, de Laboratórios, Clínicas e Consultórios
Gestão e Operação dos Serviços de Saúde
• Motor da Organização de Saúde
07/03/2012 37
SI
SI
Onde está o Sistema de Informação?
Em empresas modernas, o Sistema de Informação é o Motor da Organização!
07/03/2012 38
“O Sistema de Informação, assim como o cachorro, tem ‘a cara’ do dono”.
Para pensar…
07/03/2012 39
07/03/2012 40
Adoção de Tecnologia A
des
ão d
e U
suár
ios
Vis
ion
ário
s Liga
do
s em
TI
Mai
ori
a (T
I Mad
ura
)
Dis
traí
do
s
Atr
asad
inh
os
t
07/03/2012 41
Adoção de Tecnologia
t
Uti
lidad
e d
a Te
cno
logi
a
Tecnologia “A”
Tecnologia “B”
Quando Trocar de Tecnologia?
07/03/2012 42
Necessidades da Organização
Projetos Convencionais
t=0 t
Bons Projetos
Aderência do SIS ao Longo do Tempo
07/03/2012 43
Desenvolvimento Convencional de Sistemas
07/03/2012 44
Problemas Simples:
Soluções Simples!
Casa de Cachorro: Pode ser construída por
uma única pessoa:
Modelagem mínima,
Processo simples,
Ferramentas simples
Pouca consequência
Pouco impacto
Pode ser desfeito
Há métodos…
07/03/2012 45
… e Métodos!
Necessita uma Equipe
• Necessidade de Modelagem
• Processos bem definidos
• Ferramentas robustas
• Interfere no meio-ambiente
• Obedece às normas, à regulação
• Não pode ser desfeita com facilidade Adaptado de
Uma Casa
46 07/03/2012
SIS são Sistemas Complexos
Residências interagem com o meio-ambiente:
• água, esgoto, telefone, eletricidade e outros serviços padronizados entram e saem pela residência.
Bons Sistemas de Informação em Saúde interagem com o meio-ambiente:
• Identificação Unívoca de Pacientes, Profissionais e EASs;
• Interoperabilidade com outros Sistemas;
• Segurança;
• Incorporação e Manutenção de Conhecimento.
Necessidade de Métodos Robustos para todo o ciclo de desenvolvimento de software
• Processo Unificado, por exemplo;
• Frameworks de desenvolvimento.
07/03/2012 47
Engenharia de Software: O Processo Unificado
Artefatos (Produtos)
• Análise e Especificação: regras de negócio,
requisitos de software,
casos de uso,
casos de teste.
• Arquitetura em Saúde: padrões vocabulários,
conteúdo,
comunicação,
visão de integração entre módulos.
• Desenvolvimento: codificação.
07/03/2012 48
Gestão da Produção
07/03/2012 49
Construção do Sistema de Informação em Saúde
A Organização e o Sistema estarão em permanente mudança! O processo é necessariamente incremental e iterativo.
07/03/2012 50
Programação (Manhã)
09:00 A Complexidade da Saúde e da Informação em Saúde
10:00 Para que serve o Sistema de Informação em Saúde?
• O Sistema de Informação como Motor da Organização de Saúde
• Metodologias para o Desenvolvimento de Sistemas Complexos de Informação
11:30 Coffee Break
11:45 O PEP e o Registro Eletrônico de Saúde
• Modelos para a representação da Informação Clínica:
• Usando arquétipos para construir o RES
• Certificação SBIS/CFM de Sistemas de Registro Clínico
13:00 Almoço
07/03/2012 51
Programação (Manhã)
09:00 A Complexidade da Saúde e da Informação em Saúde
10:00 Para que serve o Sistema de Informação em Saúde?
• O Sistema de Informação como Motor da Organização de Saúde
• Metodologias para o Desenvolvimento de Sistemas Complexos de Informação
11:30 Coffee Break
11:45 O PEP e o Registro Eletrônico de Saúde
• Modelos para a representação da Informação Clínica:
• Certificação SBIS/CFM de Sistemas de Registro Clínico
• Usando arquétipos para construir o RES
13:00 Almoço
07/03/2012 52
1935
Fonte: Ed Hammond, 2002
Hoje
O Edifício
07/03/2012 53
1935
Fonte: Ed Hammond, 2002
Hoje
A Enfermaria
07/03/2012 54
1935
Fonte: Ed Hammond, 2002 Hoje
O Centro Cirúrgico
07/03/2012 55
1935
Fonte: Ed Hammond, 2002
Hoje
O Arquivo Médico
07/03/2012 56
O Prontuário Eletrônico
Admissão
Alta Diagnóstico
Diagnóstico
t Base de Dados
padrões!
Lab
Rx
Cirurgia
Consulta
487
J11 CID10:
CID9:
CID9: 487 = CID10: J10, J11 = Gripe Comum 07/03/2012 57
PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente
Solução unificada que integra o registro longitudinal de saúde de uma pessoa;
• Conjunto de dados relevantes de atendimento;
• Dentro de uma mesma organização de saúde;
• Recuperação pelo Conteúdo de Informação
Exemplo de Relevância
• O dado a ser capturado no ambulatório geral é diferente do dado a ser colhido no ambulatório de especialidades.
Deve atender aos príncipios básicos de: autenticação, disponibilidade, integridade dos dados e auditabilidade - Resolução CFM (Brasil - ISO).
07/03/2012 58
O Atendimento é Distribuído
Plataforma A
Plataforma B
Plataforma C
07/03/2012 59
RES – Registro Eletrônico de Saúde
Dados clínicos relevantes de TODOS os locais da assistência
• RES compartilhado
• Dados específicos em locais específicos
Princípio de identificação unívoca
• Indivíduos: pacientes e profissionais de saúde
• Estabelecimentos e organizações de Saúde
Dados identificados apenas para equipe assistencial
Dados específicos apenas no local de assistência
Dados seguem as pessoas
07/03/2012 60
O Santo Graal
Apoio à Atenção em
Saúde
Gestão Operacional
Gestão Clínica
Gestão da Qualidade
Informação no Ponto
de Atenção
Agregação de dados
não-identificados (datawarehousing)
Faturamento Registro Eletrônico de Saúde
Protocolos Evidências
Gestão Estratégica
Conhecimento
Best Practice Automação
Suporte à Operação
Conhecimento Apoio à Decisão
Gestão
Alertas
07/03/2012 61
PEP e RES
PEP - Prontuário Eletrônico do Paciente
• registro eletrônico de um atendimento em saúde, ou de diversos atendimentos em um mesmo provedor.
RES - Registro Eletrônico de Saúde
• registro longitudinal de todos os eventos relevantes de saúde de uma pessoa, do nascimento até a morte;
• é necessariamente multiprestador e multiprofissional;
• o RES não é uma “aplicação”. Ele é, acima de tudo, um “modelo de integração”;
• Como o atendimento é distribuído surge a necessidade de “Interoperabilidade”!
07/03/2012 62
Interoperabilidade
É a capacidade que bons sistemas de informação apresentam de operarem entre si com grande sinergia, mesmo tendo sido construídos por diferentes empresas, usando diferentes tecnologias!
07/03/2012 63
O PEP e o RES no Mundo Real
Rede
Própria
Rede
Credenciada
e Terceirizada
Repositório de Dados
Interoperabilidade de Sistemas
XML
HL7
LOINC
07/03/2012 64
Usos do PEP
Assistência
Prevenção de erros médicos
Qualidade da assistência
Troca de informação
Vigilância sanitária e epidemiológica
Gestão
Pesquisa
Ensino
Pagamento
07/03/2012 65
Categorias de PEP e RES
Hospitalar
Ambulatorial
Atenção básica
Especializado (Cardio, Gineco, Oftalmo...)
UTI
Emergência
Enfermagem
Home care
Pagamento
Pesquisa
Registro Eletrônico de Saúde Compartilhado
07/03/2012 66
Aspectos Legais
Privacidade
Integridade
Auditabilidade
Autenticação do usuário
Assinatura eletrônica
Guarda dos documentos
07/03/2012 67
68
Certificação SBIS-CFM
• Objetivos
– Melhorar a qualidade dos sistemas de PEP/RES
– Aumentar a segurança da informação
– Eliminação do prontuário em papel
– Auxílio ao médico na escolha de um PEP?RES
• Definição dos requisitos de Segurança, Estrutura, Conteúdo e Funcionalidades do RES
• Auditoria dos sistemas de RES:
– Opinião técnica qualificada imparcial
68
69
Fases da Certificação
Fase I
Auto-declaração
Fase II
Auditoria e Testes
Fase III
Acreditação para Hospitais
2002 - 2006
2007 - 2012
2013
69
26/10/09 70 70
71
Referencial Teórico (Nacional)
• Resoluções do CFM
• ICP Brasil
• Cadastros nacionais em Saúde
• Padrão TISS da ANS
• HL7 Brasil
• Comissão Especial de Informática em Saúde da ABNT
71
72
Referencial Teórico (Internacional)
• Comitê ISO/TC 215 Health Informatics:
• ISO/TS 18.308:2004;
• ISO/TR 20.514:2005;
• ISO/DIS 27.799.
• Normas do ISO/IEC JTC1/SC27
• HL7 Functional Model
• Certificação de Software da CCHIT
72
73
Resolução CFM 1821/2007
• Aprova as normas técnicas concernentes à
digitalização e uso dos sistemas informatizados para a
guarda e manuseio dos documentos dos prontuários
dos pacientes, autorizando a eliminação do papel e a
troca de informação identificada em saúde.
73
74
O que mudou com a Resolução?
• Aprovou o novo Manual de Requisitos, legitima o
processo de Certificação SBIS-CFM
• Autorizou a digitalização dos prontuários dos
pacientes, com eliminação do papel
• Autorizou o uso de sistemas de informação, com
eliminação do papel
• CRM Digital (padrão ICP Brasil)
74
75
Fase II da Certificação Opinião Técnica Qualificada e Imparcial
75
76
77
Selo de Qualidade
77
78
79
Impacto da Certificação
• Aumento da qualidade dos sistemas
• Maior segurança, privacidade e confidencialidade
• Adesão aos padrões nacionais e internacionais, o que
viabiliza maior integração e interoperabilidade
• Eliminação do prontuário em papel
79
80
Status atual
• Sete sistemas já auditados e certificados
• Três desenvolvedores já inscritos para auditoria
• Versão 2011 em estudo
• Cooperação internacional – ISO TC 215
• Parcerias com outros conselhos (CFO, COFEN...)
• Mais de 200 profissionais já treinados
• Formação de novos auditores
80
Arquétipos para a Informação Clinica
Objetivos do Modelo
• Representar a informação clínica de forma adequada;
• Incorporar o modelo de relevância dos dados em cada situação;
• Permitir que se utilizem fichas desenhadas sob medida para cada especialidade médica;
• Garantir interoperabilidade semântica;
• Permitir a confecção de fichas clínicas sem necessidade de programação;
• Reutilizar conhecimento;
• Interoperar com outros sistemas.
07/03/2012 81
A Fundação OpenEHR
www.openehr.org
07/03/2012 82
Exemplo de Arquétipo: Pressão Arterial
Conceito Identificação do Arquétipo Estrutura
Registra a pressão arterial sistêmica de um
indivíduo. A medida registra as pressões
sistólica e diastólica através de algum
recurso adequado em que o resultado possa
ser considerado representativo da medida
da pressão sanguínea sistêmica e geral.
Conceito Descrição Tipo Cardinalidade Valores
QSistólica
SNOMED CT 163030003
É a pressão máxima registrada ao
longo do ciclo cardíaco.Quantidade Opcional, 0…1
Propriedade: PRESSURE
Unidades: mmHG, 0 < 1000,
0 casas decimais
QDiastólica
SNOMED CT 163030004
É a pressão mínima registrada ao longo
do ciclo cardíaco.Quantidade Opcional, 0…1
Propriedade: PRESSURE
Unidades: mmHG, 0 < 1000,
0 casas decimais
Q Pressão Arterial Média
É a pressão arterial média ao longo do
cilco cardíaco e é calculada como
sendo (2xPS + PD)/3.
Quantidade Opcional, 0…1
Propriedade: PRESSURE
Unidades: mmHG, 0 < 750,
0 casas decimais
Q Pressão de Pulso
É a diferença máxima de pressão
dentro do ciclo cardíaco, calculada
como PS - PD.
Quantidade Opcional, 0…1
Propriedade: PRESSURE
Unidades: mmHG, 0 < 750,
0 casas decimais
T Comentário Comentário sobre a medida de
pressão arterial.Texto Opcional, 0…1 Texto livre ou codificado
Pressão Arterial: Observation
Data: List
07/03/2012 83
Arquétipo para a Medida de Pressão Arterial
Conceito Descrição Tipo Cardinalidade Valores
T PosiçãoPosição do Paciente durante a
mediçãoTexto Opcional, 0…1
Em pé
Sentado
Reclinado (45°)
Decúbito dorsal
Q Nível de Esforço Nível de exercício durante a medição Quantidade Opcional, 0…1Propriedade: WORK
Unidade: J/min, 0….1000
T Exercício Classificação do nível de exercicio Texto Opcional, 0…1
Em repouso
Pós-exercício
Durante o exercício
Q "Tilt"A inclinação da superfície sobre a
qual o paciente está deitadoQuantidade Opcional, 0…1
Propr: ANGLE, PLANE
Unidade: -90, +90,
0 casas decimais
Evento Descrição Valores
Qualquer eventoOutros eventos na história da
medida
Leitura basal Medida de base
Medida em 5 minutosMedida realizada depois de 5
minutos de repousoOffset =
Medida em 10 minutosMedida realizada depois de 10
minutos de repousoOffset =
Mudança PosturalMudança após mudança de postura,
de sentado e em decúbito dorsal
Event math function =
change
Medida ParadoxalVariação da pressão com a
respiração
Event math function =
variation
Restrições
PointInTime, 0..*
PointInTime, 0..1
PointInTime, 0..1
PointInTime, 0..1
Interval, 0..*
Interval, 0..*
Estado: List
Eventos: History
07/03/2012 84
Arquétipo para a Medida de Pressão Arterial
Conceito Descrição Tipo Cardinalidade Valores
TTamanho do Manguito
SNOMED CT 246153002
Tamanho do manguito utilizado para
realizar a mediçãoTexto Opcional, 0…1
Adulto
Largo (Obeso)
Pediátrico
de Coxa
Neonatal
TInstrumento
SNOMED CT 57234006
Instrumento utilizado para realizar a
mediçãoTexto Opcional, 0…1 Texto livre ou codificado
T Local de Medição Local da medição de pressão arterial Texto Opcional, 0…1
Braço direito
Braço esquerdo
Coxa direita
Coxa esquerda
Intra-arterial
T Sons de KorotkoffRegistrar o Som de Korotkoff usado
para a mediçãoQuantidade Opcional, 0…1
4ª bulha
5ª bulha
Protocolos: List
ADL
Archetype Description Language
07/03/2012 85
da Linguagem Formal à Tela
Arquétipo de PA
Seleciona
os Itens de
Interesse
Cria automaticamente
a tela de captura de dados,
e a estrutura para armazenar os dados
Máquina de Processar Arquétipos
07/03/2012 86
Criação das Fichas de Entradas de Dados
de vários Arquétipos...
...criam-se as Fichas de Registro de Atendimento.
Visão dos Arquétipos
07/03/2012 87
07/03/2012 88
Vantagens dos Arquétipos
Fichas podem ser criadas dinamicamente • Pelo gestor, pelo departamento, pelo profissional • Fichas de especialidades criadas sem necessidade de programação
Conteúdo semântico dos dados é mantido • A PA coletada na ortopedia, na cardio, ou no PS tem mesmo significado
Arquétipos representam um padrão ISO e permitem • Extração de indicadores • Benchmarking local, regional, mundial • Vinculação direta com protocolos, alertas e melhores práticas • Vinculação direta com quaisquer vocabulários (CBHPM, SUS…) • Integração com outros sistemas, via padrões (HL7, por exemplo)
Busca de dados através dos Arquétipos • Tanto para um mesmo paciente quanto para a população • Ex.: encontre o diagnóstico principal dos pacientes para os quais a PAS >
130 mmHg, quando em pé.
07/03/2012 89
Programação (Manhã)
09:00 A Complexidade da Saúde e da Informação em Saúde
10:00 Para que serve o Sistema de Informação em Saúde?
• O Sistema de Informação como Motor da Organização de Saúde
• Metodologias para o Desenvolvimento de Sistemas Complexos de Informação
11:30 Coffee Break
11:45 O PEP e o Registro Eletrônico de Saúde
• Modelos para a representação da Informação Clínica:
• Usando arquétipos para construir o RES
• Certificação SBIS/CFM de Sistemas de Registro Clínico
13:00 Almoço
07/03/2012 90