SISTEMA DE PRODUÇÃO FEIJÃO IRRIGADO -...
Transcript of SISTEMA DE PRODUÇÃO FEIJÃO IRRIGADO -...
BOLETIM N9 235 SERIE SISTEMAS DE P R O D U Ç ~ AGOST0/1980
SISTEMA DE PRODUÇÃO PARA FEIJÃO IRRIGADO
BARREIRAS- BAHIA
EMATERBA NTONIO ~ E I J A I ~ A
Empresa de Arrirtencia TBcnicri e Extensão Rural da Bahia hfAGfi/fAES Empresa de Pesquisa Agropecdaria 7 d a Bahia
I . 1 VINCULADAS A SECRETARIA D A AGRICULTURA DO ESTADO D A B A H I A
SISTEMA DE PRODUÇÃO PARA
FEIJÃO IRRIGADO
BARREIRAS - BAHIA
AGOSTO/~O
série: Sistema de produção. B ~ l e t i m 2 1 5 .
Empresa Brasileira d e ~ssistêna.ia I'écnica
e ~ x t e n s ã o Rural/Empresa Brasileira de
Pesquisa ~ ~ r o p e c u á r i a .
Sistema de produção para ~ e i j ã o I r r i g ~
do.~arreiras-Ba., EMTI.KBA, 1980.
70 p. (Série: Sistema de Prt~dtiqà~.. Bo -
lrlic. ' 3 5 ) .
I h 3 5 . 6 5 2
PARTICIPANTES
EMBRATER
Empresa Brasileira de Assistência ~ é c n i c a e Extensão Rural
EMBRAPA
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
EMATERBA
Empresa de ~ssistência ~ é c n i c a e Extensão Rural da Bahia
EPABA
Empresa de Pesquisa Agropecuária da Bahia
S U M Á R I O
. ...................................... APREÇENTAÇAO
i . CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTOR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 . OPERAÇÕES QUE COMPÕEM O SISTEMA .............. 7 . RECOMENDAÇ~ES TÉCNICAS .......................
3 . 1 . E s c o l h a d a Á r e a ......................... 3 . 2 . P r e p a r o d o S o l o .........................
- 3 .3 . P l a n t i o e A d u b a ç a o ......................
........................ 3 . 4 . T r a t o s C u l t u r a i s . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 . 5 . T r a t o s F i r o s s a n i L a r i u s
1 . 6 . C o l h e i t a e Hrnef i c i a m e n t o ............... ......... 1 . 7 . Armazenament i , e C o m e r ~ i a l i z a ~ a o
i I'+
1 0
11
11
11
I:!
11
14
15
1 6
I'ART1CIPANTt.S I ENCONTRO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
A necessidade de se recomendar tecnologias capa - zes de influir no aumento dos índices de produFão e produ -
-. tividade nas explorações agropecuárias, tem conduzido a
realização de reuniões para a ~labora~ão e ~evisão de Sis - temas de produção, voltadas para a definição e análise de
práticas de cultivo, indicação de insumos, meios de comer - cial ização, etc, necessárias ao alcance deste objetivo.
O presente documento consolida as recomendações
técnicas consideradas adequadas para a cultura do feijão
irrigado, para produtores que exploram o produto em áreas
de 4 a 5 hectares, no Projeto de lrrigaGão de são Desidé -
rio e Barreiras Sul da Compannia de 1)esenvolvimento do Va - le do são Francisco - CODEVASF.
A reunião para a Elaboraçio desse Sistema de Pro - dução, realizou-se no miirii,.ípio de Barreiras, na sede da
Unidade de Execução de i'a.~qiiisa do são Francisco,da EPABA,
no período de 05 a 08 dt, '*gosto, contando com a participa - de pesquisadores, r k t rnsionistab r produtores rurais.
1. CARACTER I ZAÇÃO DO PRODUTOR
Este sistema de produção destina-sea produtores
de sementes que cultivam o feijão irrigado na área do i'rz jeto de irrigação são ~esidério e Barreiras Sul de proprie dade da CODEVASF. (Companhia de Desenv«lvimento do Vale
são Francisco).
Tais produtores têm acesso ao crédito rural e
se mostram favoráveis à adoção de novas tecnologias.~ão c 2
lonos utilizando as terras do Projeto, através de cartas
di ~niiência concedidas pela CODEVASF. Cultivam áreas com o -
prttcliiti~ em torno dr h a 5 ha utilizand*) traçao mecânica pa - ra . I preparo do sol,) com o u \ u dr drddo r grade.
Efetuam o plantio e adubação manualmente com
plantadeiras adubadeira- tipo "matra<.al' nos meses de maio
e junho, ut i 1 izando seilit.iites expurgadas e fornrcidas pela
Cooperativa do Projetib. Realizam as capinas com o auxílio
de enxadas, bem como, \~~mhatem pragas e dornças com o uso
de pulverizadores e polui lliadeiras k.i>stais manuais. Efetu - am o beneficiamento do produto como o uso de trilhadeiras
através da utilizasão de tratores alugados. F
A armazenagem 6 rtetuada pela Cooperativa do
Projeto que por sua vez comrrcializa o produto.
Com a adoção do s is tema proposto espera-se a t i n - g i r a produtividade de 1.200 Kg de f e i j ã o por hectare:
2 . OPERAÇÕES QUE COMPÕEM U SISTEMA
2.1. Escolha da á rea - Com base na t ex tu ra , topograf ia
e p l a n t i o s a n t e r i o r e s .
2 .2 . Preparo do so lo - Gradagem pesada e gradagm leve ,
seguida de sulcamento a t r ação motomecanizada ou
a t r ação animal. A s p r á t i c a s conservac ionis tas do
s o l o devem s e r observadas.
2 .3 . P l a n t i o e adubação - Realizado com o uso de p l an ta - d e i r a adubadeira manual ou a t ração animal, u t i l i - zando-se sementes bás i cas .
2.4. Tra tos c u l t u r a i s - Capinas manuais a enxada ou com
cu l t ivador a t r ação animal para con t ro l e de ervas
daninhas.
2.5. Tratamentos f i t o s s a n i t á r i o s - Realizado a t r a v é s de
ou polvilhamentos em epocas opor t z
nas segundo recomendações técnicas d e s t e sistema
de produção.
2 .6 . irrigação - Realizada observando-se o turno de r e - ga d e 5 a 7 d i a s , b m como, a dec l iv idade , tex tu - r a e vazão no su lco .
2.7. Colheita e beneficiamento - Colheita efetuada ma - nualmente; observando-se a umidade dos grãos. Bene - - ficiamento realizado através de trilhadeiras meca - nicas, seguido da classificação do produto.
2.8. Armazenamento e c~mercializa~ão - Produto armazena - do, tratado e comercializado pela Cooperativa do
Projeto.
3.1. Escolha da Area
Dar preferência às áreas com pouca declividade,evi - tando áreas sujeitas a encharcamento, mito argilo - sas e onde tenham ocorrido problemas de doenças e
nmatoídes em plantios anteriores.
3.2. Preparo do solo
Deve ser feita uma irriga'ção, utilizando-se os sul. - tos do plantio anterior e assim que possível uma
gradagem pesada com grade de arrasto, 20 a 30 dias
antes do plantio. Posteriormente, deve ser efetua - da uma gradagem leve com grade acoplada ao trator
5 a 6 dias antes do plantio, realizando-se em se - guida o sulcamento com o espaçamento de 50 cm para
fileira simples e 80 cm para fileira dupla. Obser - var o comprimento dos sulcos de irrigação e sua
construção no sen t ido do menor d e c l i v e .
3 . 3 . P l a n t i o e adubação
3.3.1. Variedades - IPA 7 4 1 9 , Carioca
3 .3 .2 . Sementes - U t i l i z a r sementes bás icas . forne - c idas pelos Órgãos de Pesquisa.
3 . 3 . 3 . Quantidade de sementes - Para o p r e s e n t e
S i s t w a d e produção são requeridos 70Kg de
sementes por hec ta re . .
3.3.4. Espaçamento e densidade - Para o ('as0 do
p l a n t i o em f i l e i r a simples, usar o espaça - mento de 0 , 5 0 1 ~ x 0,20111 com 3 p lan ta s por co -
va para o p l a n t i o manual, e 15 p l a n t a s por
metro l i n e a r para o p l a n t i o a t r a < ã o ani - m a l . Para o caso do p l a n t i o em f i l e i r a dii - p l a , usar o espaçamento de 0 , 4 h x 0.25 m
com 3 p lan ta s por cova para o p l a n t i o manu .-
a l , e 15 p l a n t a s por metro l i n e a r para o
p l a n t i o a t r ação animal.
3 . 3 . 5 . Epoca de p l an t io - Real izar o p l a n t i o no pe - r íodo que compreende o mês de a b r i l a t é a
primeira quinzena de maio.
3 . 3 . 6 . ~ d u b a ç ã o - A adubasão deve s e r efetuada con - forme a a n á l i s e de so lo . Para e f e i t o de d~
finição de coeficientes técnicos do sistema
de produção, considerou-se a seguinte m i s t ~
ra:
16 - 40 - O
Em fundação - 1 de N + '2 '5 3
Em cobertura - de N. 3
A aplicação "em fundação" deve ser feita ao
mesmo tempo do plantio, utilizando - se a
plantadeira adubadeira manual ou a tração
animal. A aplicação "em cobertura" deve ser
feita entre 10 a 15 dias após a germinação
e após a primeira capina.
3.4. Tratos culturais
Devem ser realizadas duas capinas sendo que a ;Iti - ma deve ser feita sempre antes da fl~ração,~odendo
ser utilizada a enxada ou o cultivador a tração - a nimal.
3.4.1. "Roguing" - Deve ser realizada a eliminação de plantas atípicas, plantas fora do padrão
e plantas com problemas de doenças. A elimi - nação de plantas atípicas deve ser realiza - da na floração ao passo que a eliminação de
plantas doentes (com virose) deve ser feita
ao longo do ciclo da cultura.
3.4.2. irrigação - Nos lotes com declividade acima de 0,5%, utilizar as regadeiras c o m terra - ÇOS de proteção a erosão; neste caso o afas - tamento horizontal entre regadeiras deve
ser em 'função da textura do solo, declivida - de, pluviosidade e uso do solo. Devem ser
usados sulcos com comprimento de 40 a 50 m,
visando a conservação do solo e a eficiên - tia de irrigação.
Nos lotes com declividade menor que 0.5% as
regadeiras devem ser espaçadas em função do
comprimento dos sulcos que devem variar de
80 a 120 metros em ambos os projetos.
O turno de rega deve ser de 5 a 7 dias
3.5. Tratos Fitossanitários
Efetuar o conliulc d e pragas e doenças em caráter
profilático através de duas aplicações, sendo que
a primeira deve ser feita 20 dias após a germina - ção e a segunda antes da floração, de acordo com
as recomenda$Ões deste sistema de produFão.
PRAGA FORMA DE
PRODUTO APL ICAÇÃO DOSAGEM
Lagarta Elasmo Carbaril 85% PM ~ulverização 0,6 Kglha
Lagarta Rosca Carbaril 85% PM 0,6 Kg/ha
Lagarta da Fo - lha. Carbaril 85% PM ,r 0,6 Kglha
Patriota Carbaril 85% PM 1 , 0.6 Kg/ha
Cigarr inha
Verde. Folidol 60% CE , v 0 , s l/ha
Ãcaros Folidol 60% CE 0,s llha
Metasystox ,v 0,s llha
FORMA DE PRODLTO
, API. ICAÇÃO DOSAGEM
Ferrugem Liit!~ane M 45 ~ u l v e r i 7 ~ ~ ã o 1,s Kg/ha
Oidio Mor.., tan 0,6 Kglha
podridão d o Colo , Morrstan 0 . 6 Kg/ha
1.6. Colheita e beneficiamento
Realizar a colheita quando as plantas estiverem s; - tas e as stmentes com ,inidade em turno de 16%. O
beneficiamento deve sei :cito com trilhadeiras me - cânicas.
3.7. Armazenamento e comercial ização
O produto deve ser armazenado em sacos de papel
com capacidade para 30 Kg, com teor de umidade de
13% e tratado previamente com produtos a base de
THIRAN 50% (Pomarsol, Rhodiauran) ou QUINTOZENF
(PCNB, Brassicol, Kobutol, Terraclor) e a base de
MALATHION 24 (Malagran, Shellgran). Os sacos devem
ser empilhados em estrados de madeira, em lotes de
no máximo 20 toneladas, dos quais serão retiradas
amostras para análise de sementes.
A ~omercializa~ão deve ser feita através da Cuupe - rativa do Projeto.
- Sementes - F e r t i l i z a n t e s
Uré ia S u p e r f o s f a t o s i m p l e s
- Defens ivos
Carbar i 1 Fol ido1 Di thane Morestan Th i ran Malathion
- Agua
I . PREPARO DO SOLO
- Gradagem pesada - Gradagem l e v e - Sulcamento
- Manual - Tração an imal
4 . TRATOS CULTURAIS E FITOSSA - NITÁRIOS
- Apl i<.ação d e d e f e n s i c < % + 1 5 ,
- Tratamento d e -emente. - Capi iras ( 2 )
Haliil~ I T r ~ , . i < ) animal
- A d i ~ h ~ ~ ~ ã o c o b r r t u r a
UNIDADE QUANTIDADE
c o n t . . .
ESPECIFICAÇÃO UNIDADE QUANTIDADE
- Manejo d e i r r i g a & D/H 10
5. COLHEITA D / H 12
6. BENEFICIAMENTO
- Trilha
- ~ l a s s i f i c a ~ ã o
- Sacaria
PARTICIPANTES
J o s é d o s P r a z e r e s A l c a n t a r a
~ s m á r i o O l i v e i r a S i l v a
David Soares P i n t o
João Oldan d e A l c a n t a r a
J O S ~ Cesino Menezes Lopes
Luiz d e Gonzaga L i r a
Phebus Al tamirando P. A r a r i p e
Marcos d e Souza Luz
Antonio Campos d a S i l v a
A l m i r P e r e i r a d e Queiroz
Odi lon Alves d a S i l v a
Antonio Bezer ra Neto
Nivaldo Duar te Costa
I r i s d a l v a F e r r e i r a Mota
Cla r i smar d e O l i v e i r a Campos
Antonio ~ r á z d e Souza
H e l i Barbosa Nunes
Luiz A l b e r t o F a r i a
Arnaldo G a b r i e l Neto
Oscar ino F e r r e i r a d o s Anjos
O s i r e s J o s é d e Souza
L u i z C a r l o s d e Araújo
J o r g e Luiz de B . Viana
A l o i s i o Bezer ra L e i t e
A l b e r t o Luiz Sampaio
Pesqu i sador
Pesqu i sador
Pesqu i sador
CODEVASF
CODEVASF
Agente Assist. Técnica
Agente Assist. ~ é c n i c a
Agente Assist. Técn ica
CODEVASF
Produ to r '
Produ tor
P rodu to r
Pesqu i sador
Pesqu i sador
Pesqu i sador
Agente Assist. Técnica
Agente Assist. Técn ica
Agente Assist. Técnica
Produto<
Produ to r
P rodu to r
EMDER-Planejamento
Vale RiolAgro. Ind.
Agente Assist . ~ é c n i c a
Agente Assist . ~ é c n i c a
c o n t . . .
c o n t
Luiz A l b e r t o Borges d e Alencar
~ o s é Joaquim San tana e S i l v a
J O S ~ Maria Meira Lessa
V a l f r e d o V i l e l a Dourado
Ened ias Gonçalves Xav ie r
David Pacheco d e Souza
S e r v u l o d a Cos ta A t a i d e
carnelino F e l i z b e r t o d e Novais
J a i r o Rodr igues d o Nascimento
Miguel Borges d o s San tos
Edvaldo C a r l o s dos San tos
E l i e z e r Borges d e Souza
J o s é Rocha d e Almeida
Pesqu i sador
Pesqu i sador
Pesqu i sador
Pesqu i sador
P r o d u t o r
P rodu to r
P rodu to r
P rodu to r
P rodu to r
P r o d u t o r
P r o d u t o r
P rodu to r
P rodu to r