SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das...

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ISSN 2238-0086 SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS SAEGO 2018 REVISTA CONTEXTUAL

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I S S N 2 2 3 8 - 0 0 8 6

S I S T E M A D E A V A L I A Ç Ã O E D U C A C I O N A L D O E S T A D O D E G O I Á S

S A E G O 2 0 1 8

R E V I S T A C O N T E X T U A L

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Revista Contextual

S A E G O 2 0 1 8Sistema de Avaliação Educacional

do Estado de Goiás

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FICHA CATALOGRÁFICA

GOIÁS. Secretaria de Estado da Educação.

SAEGO – 2018 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd.

V. 4 (2018), Juiz de Fora – Anual.

Conteúdo: Revista Contextual

CDU 373.3+373.5:371.26(05)

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Apresentação .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6

Características dos Alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

Características dos Professores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Características dos Diretores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .25

Índice Socioeconômico e Desempenho dos Alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

Percepções dos alunos ........................................................................................................................ 33

Expectativas e Desempenho dos Alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37

Percepções dos alunos ........................................................................................................................39

Clima Escolar e Desempenho dos Alunos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

Percepções dos alunos, professores e diretores .............................................................45

Atitudes e Práticas Pedagógicas e Desempenho dos Alunos . . . . . . . . . . . 49

Percepções dos alunos e professores ......................................................................................50

Considerações Finais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54

S U M Á R I O

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Sumário Gráf icos

Gráfico 1: Sexo – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual ...................................................................................................... 10

Gráfico 2: Sexo – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas ....................................................................................... 10

Gráfico 3: Cor/Raça autodeclarada – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual ................................................................11

Gráfico 4: Cor/Raça autodeclarada – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas ..................................................11

Gráfico 5: Escolaridade mãe/pai ou responsáveis – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual ................................ 12

Gráfico 6: Escolaridade mãe/pai ou responsáveis – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas .................. 13

Gráfico 7: Ingresso na escola – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual ......................................................................... 14

Gráfico 8: Ingresso na escola – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas ........................................................... 15

Gráfico 9: Tipo de escola – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual ................................................................................ 15

Gráfico 10: Tipo de escola – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas ................................................................. 16

Gráfico 11: Reprovação – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual ....................................................................................... 16

Gráfico 12: Reprovação – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas .........................................................................17

Gráfico 13: Sexo – Professores – Rede estadual ................................................................................................................................................. 19

Gráfico 14: Cor/Raça – Professores – Rede estadual ......................................................................................................................................... 19

Gráfico 15: Sexo – Professores – Escolas conveniadas ...................................................................................................................................20

Gráfico 16: Cor/Raça – Professores – Escolas conveniadas ..........................................................................................................................20

Gráfico 17: Nível de escolaridade – Professores – Rede estadual ............................................................................................................... 21

Gráfico 18: Nível de escolaridade – Professores – Escolas conveniadas ................................................................................................22

Gráfico 19: Tempo de docência – Professores – Rede estadual ..................................................................................................................23

Gráfico 20: Tempo de docência na escola – Professores – Rede estadual ..........................................................................................23

Gráfico 21: Tempo de docência – Professores – Escolas conveniadas ....................................................................................................24

Gráfico 22: Tempo de docência na escola – Professores – Escolas conveniadas..............................................................................24

Gráfico 23: Sexo – Diretores – Rede estadual ....................................................................................................................................................26

Gráfico 24: Cor/Raça – Diretores – Rede estadual ............................................................................................................................................26

Gráfico 25: Sexo – Diretores – Escolas conveniadas ....................................................................................................................................... 27

Gráfico 26: Cor/Raça – Diretores – Escolas conveniadas .............................................................................................................................. 27

Gráfico 27: Nível de escolaridade – Diretores – Rede estadual ..................................................................................................................28

Gráfico 28: Nível de escolaridade – Diretores – Escolas conveniadas ....................................................................................................29

Gráfico 29: Tempo de gestão – Diretores – Rede estadual ..........................................................................................................................30

Gráfico 30: Tempo de gestão na escola – Diretores – Rede estadual .....................................................................................................30

Gráfico 31: Tempo de gestão – Diretores – Escolas conveniadas ................................................................................................................ 31

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Gráfico 32: Tempo de gestão na escola – Diretores – Escolas conveniadas ......................................................................................... 31

Gráfico 33: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadual ............................................. 34

Gráfico 34: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadas ............................... 34

Gráfico 35: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadual .............................................35

Gráfico 36: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Escolas conveniadas ...............................35

Gráfico 37: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadual ............................................36

Gráfico 38: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadas ..............................36

Gráfico 39: Expectativas e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadual ........................................................................................40

Gráfico 40: Expectativas e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadas ...........................................................................40

Gráfico 41: Expectativas e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadual ........................................................................................... 41

Gráfico 42: Expectativas e Desempenho dos Alunos (9EF) – Escolas conveniadas ............................................................................ 41

Gráfico 43: Expectativas e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadual ........................................................................................42

Gráfico 44: Expectativas e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadas ..........................................................................42

Gráfico 45: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadual ......................................................................................45

Gráfico 46: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadas .........................................................................46

Gráfico 47: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadual .......................................................................................46

Gráfico 48: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (9EF) - Escolas conveniadas .......................................................................... 47

Gráfico 49: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadual ..................................................................................... 47

Gráfico 50: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadas........................................................................ 48

Gráfico 51: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadual ............................. 51

Gráfico 52: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadas .............. 51

Gráfico 53: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadual ...........................52

Gráfico 54: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Escolas conveniadas ..............52

Gráfico 55: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadual ..........................53

Gráfico 56: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadas ............53

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Sabe-se que as escolas, isoladamente, não são capazes de modi-

ficar as características sociais de seus alunos. No entanto, escolas

se mostram capazes de superar essas desigualdades agregando

novos conhecimentos e ações em seu processo de ensino e apren-

dizagem. Essa ideia está associada ao conceito de eficácia escolar,

que propõe a influência positiva de fatores como expectativas sobre

si e expectativas comunicadas por outrem, atitudes e práticas pe-

dagógicas, clima escolar e características da gestão escolar sobre

a trajetória educacional dos alunos. Estudos a respeito da eficácia

escolar surgiram com a intenção de demonstrar que a escola faz

diferença e contestar as proposições apresentadas no Relatório Co-

leman (1966).

Na década de 1960 observou-se, nos Estados Unidos, um forta-

lecimento dos estudos sobre eficácia escolar, com a proposta do

Relatório Coleman, pesquisa encomendada pelo governo norte-a-

mericano, que pretendeu conhecer mais sobre fatores que estariam

relacionados às desigualdades entre os alunos por razão de raça,

cor, religião ou naturalidade, em todos os níveis do ensino público,

e a desigualdade de oportunidades. Realizada com mais de qui-

nhentos mil alunos e em 4.000 escolas norte-americanas, a pes-

quisa descreveu aspectos relacionados ao desempenho estudantil,

aferido por meio de testes padronizados de leitura e matemática.

Entre os aspectos, a pesquisa destacou a associação entre condi-

ção socioeconômica dos alunos, infraestrutura das escolas e algu-

mas características dos professores.

Os resultados da pesquisa causaram estranheza, pois demonstra-

ram que o fator socioeconômico era o que melhor se associava ao

desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das

escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional. Ainda

que não afirmasse que as escolas não faziam diferença na vida dos

seus alunos, o Relatório Coleman concluiu que as escolas funcio-

navam como reprodutoras das desigualdades sociais e culturais,

reforçando, portanto, a estratificação social.

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Diante de conclusões tão surpreendentes, a comunidade científica

passou a refutar os resultados da pesquisa, o que culminou em inúme-

ros estudos acerca do efeito escola, ou seja, da influência de aspectos

internos ao ambiente escolar, com relação a seus atores e suas práti-

cas. Identificar esses aspectos e também a medida da sua influência

são desafios da gestão escolar e das redes de ensino. Na intenção de

elencar mais dados acerca da influência dos fatores intraescolares e

apoiar a superação dos desafios, bem como subsidiar a implementa-

ção de políticas públicas, a Revista Contextual do SAEGO 2018 registra

as informações obtidas a partir das respostas aos questionários aplica-

dos aos alunos da rede estadual de ensino e das escolas conveniadas

de Goiás. Mensurar dimensões latentes como os fatores intraescolares

exige a tarefa de definir os instrumentos de medida: os questionários

do SAEGO 2018 apresentaram várias assertivas, para que os respon-

dentes pudessem indicar se concordavam com elas ou se discorda-

vam delas (em diferentes graus de intensidade).

Para esta publicação, as dimensões investigadas nos instrumentos fo-

ram caracterizadas em três níveis de percepção – baixo, médio e alto

–, a partir das respostas dos questionários aplicados aos alunos do 5º

e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, as-

sim como a professores e diretores. Como as respostas estão em uma

escala de concordância, foram atribuídos valores a cada uma das al-

ternativas e esses valores foram somados, obtendo, assim, os escores

das escolas para a classificação global das percepções. Em seguida,

os escores foram dispostos em tercis, que reuniram escolas com esco-

res análogos nos agrupamentos pré-definidos. Por fim, o cruzamento

com o desempenho de seus alunos, aferidos nos testes padronizados,

identificou a proficiência média dos alunos das escolas de cada grupo.

A análise serve para demonstrar a influência de fatores intraescola-

res, investigados no questionário, no desempenho escolar. O Índice

Socioeconômico dos alunos (ISE) foi calculado por meio da Teoria de

Resposta ao Item (TRI) e se apresenta, nesta análise, agregado por

escola para sintetizar as condições econômicas e sociais do público

que frequenta cada uma das unidades.

Boa leitura!

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Nesta seção, são analisados aspectos descritivos relacionados aos alunos do 5º e 9º anos do ensino

fundamental e da 3ª série do ensino médio da rede estadual de Goiás e das escolas conveniadas, partici-

pantes do SAEGO 2018 – características individuais, como sexo e cor/raça autodeclarada, e aspectos da

trajetória escolar, como a primeira vez que o aluno frequentou a escola, tipo de escola em que estudou,

se já foi reprovado e se já abandonou os estudos. De um total de 146.141 questionários, 110.552 foram res-

pondidos pelos alunos, o que corresponde a, aproximadamente, 75% do total de respondentes previsto.

Gráfico 1: Sexo – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadualGráfico 1 : Sexo – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual

52,1%

50,1%

45,8%

47,9%

49,9%

54,2%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

ESTADUAL

ESTADUAL

ESTADUAL

5EF

9EF

3EM

Masculino. Feminino.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 2: Sexo – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadasGráfico 2: Sexo – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas

49,3%

50,1%

45,6%

50,7%

49,9%

54,4%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

ESCOLAS CONVENIADAS

ESCOLAS CONVENIADAS

ESCOLAS CONVENIADAS

5EF

9EF

3EM

Masculino. Feminino.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

De acordo com os gráficos 1 e 2, é possível observar que a rede estadual e as escolas conveniadas

apresentam perfis similares quanto à distribuição do sexo de seus alunos.

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Gráfico 3: Cor/Raça autodeclarada – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadualGráfico 3: Cor/Raça autodeclarada – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual

27,3%

53,4%

9,6%

5,2%

4,5%

22,4%

54,2%

13,8%

6,7%

2,9%

22,6%

56,1%

13,7%

6,0%

1,6%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Branco(a).

Pardo(a).

Preto(a).

Amarelo(a).

Indígena.

5EF ESTADUAL 9EF ESTADUAL 3EM ESTADUAL

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 4: Cor/Raça autodeclarada – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadasGráfico 4: Cor/Raça autodeclarada – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas

33,6%

47,7%

8,9%

5,6%

4,3%

32,2%

49,1%

9,3%

7,2%

2,3%

36,1%

48,0%

8,8%

5,8%

1,4%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Branco(a).

Pardo(a).

Preto(a).

Amarelo(a).

Indígena.

5EF ESCOLAS CONVENIADAS 9EF ESCOLAS CONVENIADAS 3EM ESCOLAS CONVENIADAS

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

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Nos gráficos 3 e 4, percebe-se que a maior parte dos estudantes se autodeclara parda (53,4% no 5EF,

53,4% no 9EF e 56,1% na 3EM, na rede estadual; e 47,7%, no 5EF, 49,1% no 9EF e 48%, na 3EM, nas escolas

conveniadas). Já o percentual daqueles que responderam ser indígenas ou amarelos não atinge 5%, em

nenhuma etapa, tanto da rede estadual quanto das escolas conveniadas.

Gráfico 5: Escolaridade mãe/pai ou responsáveis – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadualGráfico 5: Escolarid ade mãe /pai ou responsáveis – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual

5,9%

13,4%

10,9%

16,5%

12,9%

40,3%

6,4%

11,8%

9,4%

12,0%

10,3%

50,1%

5,9%

16,4%

16,1%

29,0%

12,4%

20,2%

8,1%

15,9%

13,0%

20,6%

7,9%

34,5%

9,0%

20,5%

16,7%

32,4%

12,5%

8,8%

12,3%

21,2%

15,0%

24,2%

7,3%

20,0%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%

Nunca estudou.

Completou a 4ª série/5° ano.

Ensino Fundamental Completo.

Ensino Médio Completo.

Ensino Superior.

Não sei.

Nunca estudou.

Completou a 4ª série/5° ano.

Ensino Fundamental Completo.

Ensino Médio Completo.

Ensino Superior

Não sei.

Mãe

ou

a re

spon

sáve

l.Pa

i ou

o re

spon

sáve

l.

5EF 9EF 3EM

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

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Gráfico 6: Escolaridade mãe/pai ou responsáveis – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadasGráfico 6: Escolarid ade mãe /pai ou responsáveis – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas

4,7%

9,0%

7,4%

19,4%

20,4%

39,2%

5,6%

10,2%

7,5%

15,3%

14,9%

46,5%

1,4%

7,1%

12,4%

37,3%

26,3%

15,6%

3,3%

9,8%

11,6%

29,9%

17,3%

28,0%

2,5%

9,9%

12,5%

46,9%

23,1%

5,1%

4,1%

14,2%

16,3%

38,5%

13,9%

13,0%

0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% 80,0% 90,0% 100,0%

Nunca estudou.

Completou a 4ª série/5° ano.

Ensino Fundamental Completo.

Ensino Médio Completo.

Ensino Superior.

Não sei.

Nunca estudou.

Completou a 4ª série/5° ano.

Ensino Fundamental Completo.

Ensino Médio Completo.

Ensino Superior

Não sei.

Mãe

ou

a re

spon

sáve

lPa

i ou

o re

spon

sáve

l

5EF 9EF 3EM

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

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A informação sobre a escolaridade dos pais/responsáveis, apresentada nos gráficos 5 e 6, pode revelar,

indiretamente, as características socioeconômicas dos alunos. Nesse sentido, em todos os anos ava-

liados na rede estadual, observou-se o desconhecimento dessa informação pelos alunos, variando de

aproximadamente 20% a 50%, os percentuais daqueles que não sabem a escolaridade do pai/respon-

sável, e de cerca de 8% a 40%, os percentuais dos que não sabem a escolaridade da mãe/responsável.

Nas escolas conveniadas, a variação foi de aproximadamente 13% a 46% entre os que desconhecem o

grau de escolaridade do pai/responsável e de mais ou menos de 5% a 39%, no caso da mãe/responsável.

Segundo os alunos que conhecem a escolaridade dos pais/responsáveis, são as mães (ou as respon-

sáveis) que apresentam mais anos de estudo, tanto na rede estadual quanto nas escolas conveniadas.

Gráfico 7: Ingresso na escola – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadualGráfico 7: Ingresso na escola – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual

41,6%

36,4%

18,0%

4,0%

32,0%

47,1%

19,2%

1,7%

25,2%

50,9%

22,7%

1,2%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Na creche (0 a 3 anos).

Na pré-escola (4 a 5 anos).

No 1º ano (ou 1ª série) do ensino fundamental (6 a 7 anos).

Depois do 1º ano do ensino fundamental (8 anos ou mais).

5EF ESTADUAL 9EF ESTADUAL 3EM ESTADUAL

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

1 4

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 17: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 8: Ingresso na escola – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadasGráfico 8: Ingresso na escola – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas

38,4%

41,9%

15,7%

4,0%

31,8%

52,1%

14,8%

1,4%

25,6%

59,3%

14,6%

0,5%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Na creche (0 a 3 anos).

Na pré-escola (4 a 5 anos).

No 1º ano (ou 1ª série) do ensino fundamental (6 a 7 anos).

Depois do 1º ano do ensino fundamental (8 anos ou mais).

5EF ESCOLAS CONVENIADAS 9EF ESCOLAS CONVENIADAS 3EM ESCOLAS CONVENIADAS

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Ao serem perguntados sobre quando começaram a frequentar a escola, de acordo com os gráficos 7 e 8,

a grande maioria dos alunos de todas as etapas avaliadas na rede estadual e nas escolas conveniadas

informou ter ingressado na creche ou na pré-escola. Esse resultado é importante, uma vez que a educa-

ção infantil é considerada fundamental para a formação dos indivíduos, constituindo-se como espaço de

experimentação do mundo exterior à família, de desenvolvimento social, afetivo e cognitivo.

Gráfico 9: Tipo de escola – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadualGráfico 9: Tipo de escola – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadual

68,7%

11,2%

20,2%

73,5%

7,3%

19,2%

77,2%

5,9%

16,9%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Somente em escola pública.

Somente em escola particular.

Em escola pública e em escola particular.

5EF ESTADUAL 9EF ESTADUAL 3EM ESTADUAL

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

1 5

S A E G o - 2 0 1 8

Page 18: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 10: Tipo de escola – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadasGráfico 10 : Tipo de escola – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas

35,0%

32,0%

33,0%

26,3%

29,5%

44,2%

24,8%

29,2%

46,0%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Somente em escola pública.

Somente em escola particular.

Em escola pública e em escola particular.

5EF ESCOLAS CONVENIADAS 9EF ESCOLAS CONVENIADAS 3EM ESCOLAS CONVENIADAS

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Nos gráficos 9 e 10, são expostos os dados sobre o tipo de escola frequentada pelos alunos da rede

estadual e das escolas conveniadas em todas as etapas avaliadas. Observou-se que mais da metade

dos alunos, da rede estadual, respondeu ter estudado somente em escolas públicas. Já nas escolas

conveniadas, as respostas ficaram divididas entre aqueles que relataram estudar somente em escolas

públicas, os que apontaram somente as escolas particulares e os que estudaram em escolas públicas e

escolas particulares.

Gráfico 11: Reprovação – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estadualGráfico 11 : Reprovação – Alunos por etapa de escolaridade – Rede estad ual

85,3%

9,8%

4,9%

76,0%

16,9%

7,1%

73,5%

19,4%

7,1%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Não.

Sim, uma vez.

Sim, duas vezes ou mais.

5EF ESTADUAL 9EF ESTADUAL 3EM ESTADUAL

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

1 6

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 19: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 12: Reprovação – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadasGráfico 12 : Reprovação – Alunos por etapa de escolaridade – Escolas conveniadas

87,5%

8,8%

3,6%

87,2%

10,0%

2,8%

83,8%

14,0%

2,2%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Não.

Sim, uma vez.

Sim, duas vezes ou mais.

5EF ESCOLAS CONVENIADAS 9EF ESCOLAS CONVENIADAS 3EM ESCOLAS CONVENIADAS

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Mais de 70% dos alunos avaliados na rede estadual e de 80% dos avaliados nas escolas conveniadas

afirmaram nunca terem sido reprovados, conforme apresentado nos gráficos 11 e 12. Entre aqueles que

dizem que foram reprovados na rede estadual, os do 9º ano do ensino fundamental e da 3ª série do

ensino médio atingem entre 16,9 % e 19,4% (única reprovação) e 7,1% (duas ou mais), o que aponta maior

dificuldade dos alunos dessas etapas em serem promovidos às etapas seguintes. Nas escolas convenia-

das, os percentuais de reprovação são menores: 10% e 14%, para o 9º ano e a 3ª série, respectivamente,

no caso de uma vez, e 2,8% e 2,2%, para duas ou mais reprovações, respectivamente.

1 7

S A E G o - 2 0 1 8

Page 20: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

A t i t u d e s e Pr á t i c a s P e d a g ó g i c a s e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

Co n s i d e r a ç õ e s F i n a i s

C a r a c te r í s t i c a s d o s A l u n o s

C a r a c te r í s t i c a s d o s Pr o f e s s o r e s

E x p e c t a t i v a s e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

C a r a c te r í s t i c a s d o s D i r e to r e s

Í n d i c e S o c i o e c o n ô m i c o e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

C l i m a E s c o l a r e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

A p r e s e n t a ç ã o

1 8

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 21: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Nesta seção, são analisados aspectos descritivos relacionados aos professores do 5º e 9º anos do

ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, da rede estadual e das escolas conveniadas: carac-

terísticas individuais, como sexo e cor/raça autodeclarada; e experiências profissionais, como nível de

escolaridade e tempo de docência geral e na escola. De um total de 4.365 questionários, 3.489 foram

respondidos pelos professores, o que corresponde a cerca de 80%.

Gráfico 13: Sexo – Professores – Rede estadualGráfico 13 : Sexo – Professores – Rede estadual

26,6%

73,4%

Masculino. Feminino.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 14: Cor/Raça – Professores – Rede estadualGráfico 14 : Cor/Raça – Professores – Rede estadual

35,5%

53,0%

8,2%3,1%

0,2%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Branco(a). Pardo(a). Preto(a). Amarelo(a). Indígena.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Os professores da rede estadual respondentes, de acordo com os gráficos 13 e 14, afirmaram ser, em sua

maioria, do sexo feminino (73,4%) e se autodeclararam pardos (53%). Os autodeclarados brancos somam

35,5%, enquanto os que se autodeclararam amarelos e indígenas não chegam a 4%.

1 9

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Page 22: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 15: Sexo – Professores – Escolas conveniadasGráfico 15 : Sexo – Professores – Escolas conveniadas

16,3%

83,8%

Masculino. Feminino.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 16: Cor/Raça – Professores – Escolas conveniadasGráfico 16 : Cor/Raça – Professores – Escolas conveniadas

46,3% 43,8%

8,1%1,9% 0,0%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Branco(a). Pardo(a). Preto(a). Amarelo(a). Indígena.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Já os professores das escolas conveniadas, como exposto no gráfico 15, também afirmaram ser, em sua

maioria, do sexo feminino (83,8%). Porém, quando se trata de cor/raça (gráfico 16), a maioria está dividida

entre os que se autodeclaram brancos (46,3%) e pardos (43,8%).

2 0

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Page 23: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 17: Nível de escolaridade – Professores – Rede estadualGráfico 17 : Nível de escolaridade – Professores – Rede estadual

0,0%

3,5%

0,4%

6,8%

1,1%

14,3%

15,1%

3,3%

3,8%

2,7%

10,8%

9,2%

21,4%

2,5%

5,1%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Ensino Fundamental.

Ensino Médio.

Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia.

Ensino Superior – Normal Superior.

Ensino Superior – Letras.

Ensino Superior – Matemática.

Ensino Superior – Licenciatura em outras áreas.

Ensino Superior – Outros.

Especialização – alfabetização (mínimo 360h).

Especialização – linguística ou letramento (mínimo 360h).

Especialização – educação matemática (mínimo 360h).

Especialização – outros temas em educação (mínimo 360h).

Especialização em outras áreas que não a educação(mínimo 360h).

Mestrado, doutorado ou posterior.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

2 1

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Page 24: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 18: Nível de escolaridade – Professores – Escolas conveniadasGráfico 18 : Nível de escolaridade – Professores – Escolas conveniadas

0,0%

0,6%

0,6%

21,9%

0,6%

7,5%

9,4%

5,0%

1,3%

3,8%

11,9%

8,1%

23,8%

0,0%

5,6%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Ensino Fundamental.

Ensino Médio.

Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia.

Ensino Superior – Normal Superior.

Ensino Superior – Letras.

Ensino Superior – Matemática.

Ensino Superior – Licenciatura em outras áreas.

Ensino Superior – Outros.

Especialização – alfabetização (mínimo 360h).

Especialização – linguística ou letramento (mínimo 360h).

Especialização – educação matemática (mínimo 360h).

Especialização – outros temas em educação (mínimo 360h).

Especialização em outras áreas que não a educação(mínimo 360h).

Mestrado, doutorado ou posterior.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

A maior parte dos professores respondentes da rede estadual e das escolas conveniadas declarou pos-

suir ensino superior e especialização em áreas ligadas a educação, conforme se observa nos gráficos 17

e 18. Aqueles que possuem mestrado/doutorado são em torno de 5%, tanto para a rede estadual quanto

para as escolas conveniadas.

2 2

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Page 25: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 19: Tempo de docência – Professores – Rede estadualGráfico 19 : Tempo de docência – Professores – Rede estadual

1,9%

6,8%

14,4%

16,6%

13,6%

21,0%

25,8%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Há menos de 1 ano.

Entre 1 e 2 anos.

Entre 3 e 5 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Há mais de 21 anos.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 20: Tempo de docência na escola – Professores – Rede estadual Gráfico 20: Tempo de docência na escola – Professores – Rede estadual

13,8%

20,2%

21,3%

13,1%

10,3%

12,7%

8,7%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Há menos de 1 ano.

Entre 1 e 2 anos.

Entre 3 e 5 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Há mais de 21 anos.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

2 3

S A E G o - 2 0 1 8

Page 26: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 21: Tempo de docência – Professores – Escolas conveniadasGráfico 21 : Tempo de docência – Professores – Escolas conveniadas

0,6%

2,5%

9,4%

15,6%

17,5%

25,0%

29,4%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Há menos de 1 ano.

Entre 1 e 2 anos.

Entre 3 e 5 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Há mais de 21 anos.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 22: Tempo de docência na escola – Professores – Escolas conveniadasGráfico 22: Tempo de docência na escola – Professores – Escolas conveniadas

10,6%

16,3%

28,1%

18,8%

10,0%

8,8%

7,5%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Há menos de 1 ano.

Entre 1 e 2 anos.

Entre 3 e 5 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Há mais de 21 anos.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Em relação ao tempo de atuação dos professores da rede estadual e das escolas conveniadas, como

mostram os gráficos 19 e 21, mais de um quarto deles respondeu possuir mais de 21 anos de experiência

em sala de aula no total. Já em relação à atuação na escola em que responderam ao questionário, cerca

de 55%, de acordo com os gráficos 20 e 22, estão há menos de 5 anos trabalhando na mesma escola.

2 4

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Page 27: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

A t i t u d e s e Pr á t i c a s P e d a g ó g i c a s e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

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E x p e c t a t i v a s e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

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Í n d i c e S o c i o e c o n ô m i c o e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

C l i m a E s c o l a r e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

A p r e s e n t a ç ã o

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Page 28: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Nesta seção, são analisados aspectos descritivos – características individuais, como sexo e cor/raça

autodeclarada; e experiências profissionais, como nível de escolaridade e tempo de gestão geral e na

escola – relacionados aos diretores da rede estadual de Goiás e das escolas conveniadas. De um total

de 1.035 questionários, 912 foram respondidos pelos diretores, o que corresponde a aproximadamente

88% do universo previsto, um alto índice de participação.

Gráfico 23: Sexo – Diretores – Rede estadualGráfico 23: Sexo – Diretores – Rede estadual

28,4%

71,6%

Masculino. Feminino.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 24: Cor/Raça – Diretores – Rede estadualGráfico 24: Cor/Raça – Diretores – Rede estadual

38,0%

55,2%

5,2%1,4% 0,2%

0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Branco(a). Pardo(a). Preto(a). Amarelo(a). Indígena.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

2 6

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Page 29: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 25: Sexo – Diretores – Escolas conveniadasGráfico 25: Sexo – Diretores – Escolas conveniadas

14,0%

86,0%

Masculino. Feminino.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 26: Cor/Raça – Diretores – Escolas conveniadasGráfico 26: Cor/Raça – Diretores – Escolas conveniadas

51,2% 48,8%

0,0% 0,0% 0,0%0%

10%

20%

30%

40%

50%

60%

70%

80%

90%

100%

Branco(a). Pardo(a). Preto(a). Amarelo(a). Indígena.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Os diretores respondentes da rede estadual e das escolas conveniadas, de acordo com o apresentado

nos gráficos 23 e 25, afirmaram ser, em sua maioria, do sexo feminino. Já quanto à cor/raça, a maioria dos

diretores da rede estadual se autodeclara parda (55,2%), conforme gráfico 24, enquanto, nas escolas

conveniadas, 51,2% se autodeclaram brancos e 48,8%, pardos, como pode ser verificado no gráfico 26.

2 7

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Page 30: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 27: Nível de escolaridade – Diretores – Rede estadualGráfico 27 : Nível de escolaridade – Diretores – Rede estadual

0,0%

0,1%

0,1%

5,1%

0,7%

4,1%

3,7%

6,8%

3,7%

2,4%

6,8%

4,7%

49,4%

7,4%

5,0%

0% 20% 40% 60% 80% 100%

Ensino Fundamental.

Ensino Médio.

Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia.

Ensino Superior – Normal Superior.

Ensino Superior – Letras.

Ensino Superior – Matemática.

Ensino Superior – Licenciatura em outras áreas.

Ensino Superior – Outros.

Especialização – alfabetização (mínimo 360h).

Especialização – linguística ou letramento (mínimo 360h).

Especialização – educação matemática (mínimo 360h).

Especialização – outros temas em educação (mínimo 360h).

Especialização em outras áreas que não a educação(mínimo 360h).

Mestrado, doutorado ou posterior.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

2 8

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 31: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 28: Nível de escolaridade – Diretores – Escolas conveniadasGráfico 28: Nível de escolaridade – Diretores – Escolas conveniadas

0,0%

0,0%

2,3%

14,0%

0,0%

2,3%

0,0%

2,3%

0,0%

7,0%

7,0%

2,3%

48,8%

9,3%

4,7%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Ensino Fundamental.

Ensino Médio.

Ensino Médio – Magistério.

Ensino Superior – Pedagogia.

Ensino Superior – Normal Superior.

Ensino Superior – Letras.

Ensino Superior – Matemática.

Ensino Superior – Licenciatura em outras áreas.

Ensino Superior – Outros.

Especialização – alfabetização (mínimo 360h).

Especialização – linguística ou letramento (mínimo 360h).

–Especialização educação matemática (mínimo 360h).

Especialização – outros temas em educação (mínimo 360h).

Especialização em outras áreas que não a educação(mínimo 360h).

Mestrado, doutorado ou posterior.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

De acordo com os gráficos 27 e 28, a maior parte dos diretores da rede estadual e das escolas conve-

niadas declarou possuir especialização em áreas ligadas à educação, mas apenas cerca de 5% têm

mestrado/doutorado.

2 9

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Page 32: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 29: Tempo de gestão – Diretores – Rede estadualGráfico 29: Tempo de gestão – Diretores – Rede estadual

18,9%

5,8%

29,7%

28,7%

7,7%

5,2%

4,0%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Há menos de 1 ano.

Entre 1 e 2 anos.

Entre 3 e 5 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Há mais de 21 anos.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 30: Tempo de gestão na escola – Diretores – Rede estadualGráfico 30: Tempo de gestão na escola – Diretores – Rede estadual

26,8%

8,3%

35,9%

23,6%

4,1%

0,6%

0,6%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Há menos de 1 ano.

Entre 1 e 2 anos.

Entre 3 e 5 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Há mais de 21 anos.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

3 0

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 33: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 31: Tempo de gestão – Diretores – Escolas conveniadasGráfico 31 : Tempo de gestão – Diretores – Escolas conveniadas

7,0%

11,6%

20,9%

23,3%

4,7%

20,9%

11,6%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Há menos de 1 ano.

Entre 1 e 2 anos.

Entre 3 e 5 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Há mais de 21 anos.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 32: Tempo de gestão na escola – Diretores – Escolas conveniadasGráfico 32: Tempo de gestão na escola – Diretores – Escolas conveniadas

9,3%

16,3%

37,2%

11,6%

0,0%

16,3%

9,3%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Há menos de 1 ano.

Entre 1 e 2 anos.

Entre 3 e 5 anos.

Entre 6 e 10 anos.

Entre 11 e 15 anos.

Entre 16 e 20 anos.

Há mais de 21 anos.

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Em relação ao tempo total de atuação como gestores, apresentado nos gráficos 29 e 31, a maioria dos

diretores da rede estadual e das escolas conveniadas tem entre 3 e 10 anos. O mesmo acontece, na rede

estadual, em relação à atuação do diretor na escola em que responderam ao questionário (gráficos 30),

já em relação às escolas conveniadas a maioria dos diretores respondeu que está na escola entre 1 e 5

anos (gráfico 31).

3 1

S A E G o - 2 0 1 8

Page 34: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

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A p r e s e n t a ç ã o

3 2

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 35: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

O nível socioeconômico é considerado um dos fatores extraescolares mais importantes devido à influên-

cia associada ao desempenho. Ainda que não haja consenso acerca das variáveis que devem compor

tal índice, é comum que os indivíduos sejam classificados tomando sua condição socioeconômica por

base. Por isso, o questionário aplicado aos alunos buscou investigar o acesso a bens e serviços, os itens

presentes no domicílio e a escolaridade dos pais, o que permitiu qualificar os recursos econômicos e

culturais dos alunos (e de suas famílias).

As respostas aos questionários aplicados aos alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª sé-

rie do ensino médio caracterizaram os agrupamentos do índice socioeconômico em baixo, médio ou alto.

Ao responder esse questionário, os alunos indicaram a presença ou ausência de calçamento e coleta de

lixo na rua onde moram; o recebimento de benefício Bolsa Família por algum familiar; o acesso à internet

na própria casa; e a existência de um quarto ocupado apenas pelo próprio aluno no espaço doméstico.

Além disso, o índice socioeconômico considerou a quantidade de banheiros, quartos de dormir, geladei-

ras, micro-ondas, TVs, automóveis, smartphones, computadores e videogames na sua composição.

Os bens culturais foram associados à quantidade de livros, revistas e dicionários. Já os valores de profi-

ciência média, em língua portuguesa e matemática, foram calculados a partir da média de desempenho

dos alunos das escolas alocadas em cada agrupamento, tendo em vista que o índice socioeconômico

estudantil é gerado por escola.

P e r c e p ç õ e s d o s a l u n o s

Os tercis da dimensão socioeconômica, associados ao desempenho alcançado pelos alunos da escola

em língua portuguesa e matemática, podem ser classificados como baixo, médio e alto .

Os gráficos apresentados revelam que os alunos das escolas com baixo índice socioeconômico tendem

a possuir proficiência menor do que os alunos das escolas com índice socioeconômico mais elevado, em

ambos os componentes curriculares avaliados1.

1 Cabe a ressalva, para esta e demais correlações, de que os valores de proficiência média de língua portuguesa e matemática não são comparáveis

e que os padrões de desempenho têm características distintas para cada um desses componentes. Para saber mais acerca dos intervalos caracterís-

ticos de padrões de desempenho (e também níveis), consulte a Revista do Professor do SAEGO 2018.

3 3

S A E G o - 2 0 1 8

Page 36: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 33: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadualGráfico 33: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadual

213,8222,0

235,6224,1 228,8

241,5

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 34: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadasGráfico 34: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadas

216,9 209,9

236,1220,3

208,9

239,2

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

O cruzamento de dados provenientes dos testes e questionários aplicados aos alunos do 5º ano do

ensino fundamental indica sutil influência do nível socioeconômico nos resultados de língua portuguesa

e matemática, tanto para aqueles das escolas estaduais quanto para os das conveniadas, como se ob-

serva nos gráficos 33 e 34. Conforme o nível é qualificado como médio ou alto, as proficiências médias

alcançadas oscilam ou aumentam. É possível perceber, no caso da matemática, que os alunos do 5º ano,

em ambas as redes, ainda que se encontrem no padrão de desempenho Proficiente, embora em níveis

de desempenho diferentes, apresentam mais de 15 pontos (224,1 e 241,5), na rede estadual, e 8 pontos

(220,3 e 239,2), nas escolas conveniadas, de diferença, quando se compara o grupo de escolas no tercil

de baixo índice socioeconômico e os de escolas no tercil de alto índice.

3 4

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 37: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 35: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadualGráfico 35: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadual

247,4 253,6265,6

241,3 247,1261,6

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 36: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Escolas conveniadasGráfico 36: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Escolas conveniadas

251,2 243,6

275,2258,9

232,2

274,9

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Nos gráficos 35 e 36, verifica-se que os alunos do 9º ano das escolas estaduais e conveniadas com nível

socioeconômico mais elevado também apresentam média de proficiência mais alta, quando comparada

à média de proficiência alcançada pelos alunos das escolas com baixo índice socioeconômico. Especial-

mente em matemática, os alunos da rede estadual, com alto índice socioeconômico, obtiveram cerca de

20 pontos a mais na proficiência média do que os alunos das escolas com baixo índice socioeconômico

(de 241,3 no agrupamento baixo para 261,6 no agrupamento alto).

3 5

S A E G o - 2 0 1 8

Page 38: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 37: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadualGráfico 37 : Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadual

257,4 262,5276,9

257,3 263,1279,6

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 38: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadasGráfico 38: Índice Socioeconômico da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadas

259,2

286,2270,7

295,2

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

O efeito persistente do índice socioeconômico sobre a trajetória educacional também pode ser observa-

do na 3º série do ensino médio das escolas estaduais e conveniadas. Como exposto nos gráficos 37 e

38, as escolas que possuem nível socioeconômico mais elevado apresentam média de proficiência mais

alta, quando comparada à média de proficiência alcançada pelos alunos das escolas com baixo índice

socioeconômico. As evidências apontam uma diferença entre 22 e 24 pontos a mais a depender do tipo

de escola – estadual ou conveniada – na proficiência média em matemática, dos alunos com alto índice

socioeconômico, em relação aos alunos das escolas com baixo índice socioeconômico (de 257,3 e 270,7,

no agrupamento baixo; e 279,6 e 295,2, no agrupamento alto). De acordo com a pesquisa, não houve

escolas conveniadas qualificadas com índice socioeconômico médio.

3 6

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 39: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

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A p r e s e n t a ç ã o

3 7

S A E G o - 2 0 1 8

Page 40: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Uma forma da escola participar de maneira ativa na promoção de igualdade de oportunidades é focar

no aprendizado do aluno. Sabe-se que as aspirações pessoais são importantes para alterar a própria

condição socioeconômica dos sujeitos, mas algumas dessas aspirações podem ser intensificadas se

relacionadas ao potencial da instrução escolar na preparação dos alunos para o mercado de trabalho.

Dessa maneira, oportunidades são viabilizadas pela habilitação profissional adquirida com a escolariza-

ção, ou mesmo por meio da oferta de novas experiências.

Impactos decorrentes de expectativas sobre si ou de expectativas enunciadas a respeito de si por outra

pessoa colocam em destaque a capacidade de a escola mudar o que é esperado para a sua própria

qualidade. Em contraposição ao identificado pelo Relatório Coleman – baixa influência dos fatores in-

traescolares em comparação a causada pelos fatores extraescolares, especialmente do nível socioeco-

nômico –, é possível destacar a importância da educação escolar e, em especial, de elevadas expectati-

vas para a vida dos alunos e seus resultados escolares. Nesse sentido, reforçamos que professores com

expectativas positivas em relação aos seus alunos podem estimulá-los a melhores resultados, enquanto,

de maneira diversa, professores com uma expectativa negativa tendem a comprometer o desempenho

dos alunos e, consequentemente, os seus resultados. Cabe ressaltar, ainda, que as expectativas dos

alunos comportam interferências de caráter interno e externo à escola.

Alguns estudos realizados comprovaram que, quanto maiores são as expectativas que se tem em rela-

ção a um aluno, melhor é o seu desempenho. A influência das expectativas sobre o desempenho, deno-

minada Efeito Pigmaleão, foi caracterizada pelos dados de uma pesquisa norte-americana com alunos

que haviam realizado testes de QI, no início e no final do período letivo escolar (Rosenthal e Jacobson,

1968). Posteriormente à aplicação do primeiro teste, os professores foram informados de que uma parte

dos seus alunos tinha alcançado desempenho muito acima da média, o que era falso. O segundo teste

foi aplicado e, de fato, esses alunos identificados com maior desenvolvimento intelectual obtiveram um

melhor desempenho. As expectativas construídas pelos professores informados produziram efeito no

segundo teste realizado, e, de fato, os alunos sinalizados sobressaíram aos demais.

Os questionários do SAEGO 2018, aplicados aos alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª

série do ensino médio, investigaram as expectativas dos respondentes sobre suas realizações na esco-

la, seu futuro e suas aspirações. Os resultados aqui apresentados buscam situar a possível influência

de tal dimensão no desempenho estudantil a partir das percepções dos alunos e de seus professores.

Perguntados sobre como atuaram no teste de proficiência, se conseguiriam ser aprovados no referido

ano letivo e concluir os estudos sem dificuldades, se entrariam na faculdade, se conquistariam um bom

primeiro emprego e, ainda, se obteriam sucesso na carreira escolhida, os alunos puderam não concor-

dar, concordar pouco, concordar ou concordar muito.

3 8

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Page 41: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

As expectativas dos alunos não justificam a obtenção de resultados satisfatórios ou insatisfatórios de

acordo com a análise de desempenho, mas podem elucidar aspectos como desmotivação e falta de

engajamento, quando desestimulados a acreditar no próprio potencial. Professores que não confiam

na capacidade de seus alunos, por sua vez, podem se esforçar menos para que eles aprendam ou

adotar atitudes e práticas pedagógicas improdutivas. Além disso, compreender melhor as pretensões

dos alunos e correlacioná-las ao seu percurso escolar, encorajando-os a acreditar que podem se tornar

realidade ou não de acordo com suas possibilidades, não significa sub ou superestimá-los, mas conduzir

as orientações formativas de maneira apropriada. Uma vez que, no SAEGO 2018, são considerados os

apontamentos dos alunos, não é possível determinar se as elevadas expectativas sobre si decorrem

somente de estímulos docentes.

P e r c e p ç õ e s d o s a l u n o s

Para entender as evidências aqui observadas, é necessário identificar a divisão de respostas em tercis

assim caracterizados: baixo (baixo índice de expectativas); médio (médio índice de expectativas); e alto

(alto índice de expectativas).

Ao cruzar os resultados dos testes cognitivos com os questionários respondidos pelos alunos do 5º e 9º

anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio, é possível realizar a seguinte associação:

quanto maiores as expectativas dos alunos sobre si mesmos, melhor o desempenho por eles apresen-

tado. Nesse sentido, a pesquisa revela que os alunos com baixo índice de expectativas – construído a

partir da percepção dos alunos que não concordam ou concordam pouco que têm sucesso nas provas

que fazem, que conseguirão passar de ano sem dificuldade, que conseguirão concluir seus estudos sem

dificuldades, que irão conseguir entrar na faculdade, que conseguirão um bom primeiro emprego ou que

conseguirão ter sucesso na carreira que escolherem – tendem a demonstrar proficiência menor que a

dos alunos com altas expectativas sobre si mesmos.

Quando são analisadas as expectativas dos alunos, é importante notar que os valores de proficiência

média permitem distinguir o desempenho por etapas de maneira que o 5º ano apresenta proficiência até

175 pontos em língua portuguesa e até 200 pontos em matemática, o desempenho médio está alocado

no padrão Básico; acima disso, o padrão já muda para Proficiente. Vale lembrar, ainda, que os padrões

de desempenho caracterizam alunos com desempenho semelhante, compondo agrupamentos com de-

senvolvimento similar de habilidades e competências. Esses agrupamentos possibilitam a realização do

redirecionamento de intervenções escolares, quando necessário, cabendo esforços brandos ou inten-

sos, a depender do diagnóstico do desenvolvimento e aprendizado.

3 9

S A E G o - 2 0 1 8

Page 42: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 39: Expectativas e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadualGráfico 39: Expectativas e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadual

212,5 218,7229,0

221,0 225,1236,6

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 40: Expectativas e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadasGráfico 40: Expectativas e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadas

219,4 225,4233,9

226,9 227,5236,5

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

A análise dos resultados de desempenho e as expectativas qualificadas nos agrupamentos apontam

que as proficiências médias dos alunos do 5º ano do ensino fundamental das escolas estaduais e con-

veniadas, em língua portuguesa, alteram-se o suficiente para alocar os alunos no padrão Avançado,

no tercil alto de expectativas sobre si e seu futuro, enquanto os alunos no tercil baixo estão no padrão

Proficiente, como pode ser observado nos gráficos 39 e 40. Em matemática, tanto os alunos das escolas

estaduais quanto os das escolas conveniadas encontram-se no padrão de desempenho Proficiente em

matemática para todos os agrupamentos, sendo possível observar a diferença 15,6 pontos (221,0 e 236,6

na rede estadual), quando se compara o grupo daqueles que possuem baixas expectativas com o dos

que demonstram altas expectativas sobre si.

4 0

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 43: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 41: Expectativas e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadualGráfico 41 : Expectativas e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadual

248,1257,3

267,9

241,7251,1

264,8

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 42: Expectativas e Desempenho dos Alunos (9EF) – Escolas conveniadasGráfico 42: Expectativas e Desempenho dos Alunos (9EF) – Escolas conveniadas

242,2

268,4276,3

245,8

267,4276,0

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Em relação aos resultados do 9º ano do ensino fundamental, apresentados nos gráficos 41 e 42, nota-se

a influência positiva de elevadas expectativas no desempenho escolar: em língua portuguesa, há cresci-

mento dos valores de proficiência conforme se altera o agrupamento. Mais evidente é o crescimento cor-

respondente aos alunos das escolas conveniadas – a diferença chega a 34,1 pontos, contra 19,8, na rede

estadual. Ainda que as proficiências médias, em matemática, dos alunos do 9º ano da escolas estaduais

se encontrem no padrão de desempenho Básico (em todos os níveis de agrupamento de expectativas),

é possível observar a diferença 23,1 pontos (241,7 e 264,8), quando comparamos o grupo daqueles que

possuem baixas expectativas com o dos que demonstram altas expectativas sobre si.

4 1

S A E G o - 2 0 1 8

Page 44: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 43: Expectativas e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadualGráfico 43: Expectativas e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadual

257,9266,5

279,5

257,0267,4

284,2

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 44: Expectativas e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadasGráfico 44: Expectativas e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadas

271,5 272,5291,3

263,8275,4

303,2

150

175

200

225

250

275

300

325

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Situação semelhante à do 9º ano é identificada na 3ª série do ensino médio na rede estadual, como se

observa no gráfico 43. Quando se efetua o cruzamento entre os resultados cognitivos e as expectativas

dos alunos, especialmente, em matemática, a diferença de 27,2 pontos de proficiência entre o grupo das

baixas e das altas expectativas (257,9 e 284,2, respectivamente) aponta, mais uma vez, que, quando

os alunos têm elevadas expectativas sobre si e seu futuro, eles alcançam melhores resultados de de-

sempenho. Nesse caso, ocorre mudança entre os níveis de desempenho, do nível 9 para o nível 10, em

matemática, o que viabiliza a interpretação pedagógica de habilidades específicas desenvolvidas pelos

alunos. O mesmo quadro pode ser observado, em matemática, nas escolas conveniadas.

4 2

R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 45: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

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4 3

S A E G o - 2 0 1 8

Page 46: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Discussões realizadas no campo da avaliação educacional admitem o clima escolar como um recurso

importante para melhoria do desempenho, já que um clima favorável pode estimular o interesse dos

alunos pela aprendizagem. Sua definição, quando relacionada apenas à percepção da comunidade

escolar sobre as experiências e relações vivenciadas no âmbito da escola, mostra-se muito simplificada,

tendo em conta seu caráter polissêmico.

Dessa forma, deixa de lado contextos importantes a ele relacionados, como aqueles sistematizados por

Marjoribanks1, nos anos 80, a saber: (a) contexto inter-relacional, com referência a percepções de atores

acerca da qualidade das relações constituídas; (b)contexto normativo, associado a orientações de atores

acerca da clareza de normas, regras da escola, e seu respeito e validade; (c) contexto instrucional, cone-

xo a percepções de atores quanto às instruções para desenvolvimento e aquisição de habilidades espe-

cíficas para atingir os objetivos educacionais; e (d) contexto imaginativo de clima escolar, com referência

a percepções de atores acerca do ambiente escolar como incentivador da criatividade, da imaginação

e da autonomia discente.

O clima escolar pôde ser avaliado por meio do questionário aplicado a alunos, professores e diretores.

As questões abordaram características do ambiente de formação e relações entre os atores. Para alu-

nos, professores e diretores, apresentaram-se assertivas com a finalidade de coletar a concordância

ou discordância em graus diversificados. O clima escolar, de acordo com o instrumento e segundo os

alunos, pôde ser medido a partir das seguintes indicações: sensação de segurança dentro da escola;

existência de várias atividades interessantes ao longo do ano letivo (gincanas, apresentações, esportes

etc.); clareza, por parte dos profissionais, do motivo pelo qual os alunos estão na escola – desenvolvi-

mento e aprendizado; relações positivas entre si e entre professores e diretores; interferência de adultos

quando ocorrem brigas; obediência quando chamados à atenção; e permanência fora de sala, com

manifestação barulhenta.

1 Sabendo que o clima escolar só pode ser medido pela forma como professores, alunos, diretores e demais profissionais o percebem, a maneira

como ele é definido pode se tornar simplificada se relacionada apenas às experiências e relações vivenciadas no âmbito da escola. Por isso, utiliza-

-se aqui uma concepção de clima escolar mais ampla, perpassada por uma série de características sociais, psicológicas e culturais e constituída por

fatores estruturais, pessoais e funcionais que interagem entre si, conferindo à escola uma espécie de marca própria que irá influenciar a forma como

apresenta seus processos educativos. Tal concepção se baseia na perspectiva de Marjoribanks, que afirma que o clima escolar pode ser dividido em

quatro categorias de contextos, que são:

*Contexto imaginativo: envolve a percepção, especificamente por parte dos alunos, do ambiente escolar como incentivador da criatividade e da

imaginação, no qual eles se sentem estimulados a compreender e experimentar o mundo a partir de suas próprias percepções e concepções, ou se,

ao contrário, ele se constitui como um ambiente rígido, tradicional e sem inovações.

*Contexto instrucional: envolve as percepções dos alunos acerca da orientação acadêmica no contexto da instrução do ensino, ou seja, acerca de

como os alunos percebem o interesse (ou o desinteresse) dos professores pela aprendizagem e, também, se o ambiente é propício para atingir os

objetivos educativos e adquirir habilidades.

*Contexto inter-relacional: envolve a percepção da qualidade e da frequência com que as relações são estabelecidas no ambiente escolar, assim

como a percepção acerca da preocupação, no nível do aluno, que os professores e diretores têm, diante de seus problemas e dificuldades, ou seja,

diz respeito ao contexto de qualidade interpessoal de confiança e bem-estar entre os agentes.

*Contexto normativo (regulatório): envolve as percepções sobre a severidade com que se desenvolvem as relações de autoridade no interior da

escola, assim como as percepções acerca do nível de participação dos agentes no estabelecimento das regras que coordenarão suas ações, além

do grau de respeito pelo cumprimento de tais regras.

4 4

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Page 47: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Os questionários de professores e diretores trouxeram mais assertivas, além das anteriores, buscando

investigar a percepção também sobre: disponibilidade de aulas extras; condução de aluno à biblioteca

para leitura; tratamento respeitoso de aluno; regras e normas escolares construídas com a consulta

discente. Por fim, ambos os profissionais puderam indicar, pontualmente, se a própria escola tinha clima

escolar positivo.

P e r c e p ç õ e s d o s a l u n o s , p r o f e s s o r e s

e d i r e t o r e s

Os tercis para a percepção do clima pelos alunos caracterizam a sua qualidade nos níveis baixo, médio

e alto. Nesse caso, considerar o clima escolar como alto se associa à concordância máxima com as as-

sertivas direcionadas a declarações positivas – “Na minha escola, o(a) diretor(a) e os(as) professores(as)

deixam claro que estamos na escola para aprender” associada a “Concordo muito”. Já a discordância

máxima está relacionada às assertivas dirigidas a declarações negativas – “Na minha escola, muitos

alunos ficam do lado de fora da sala de aula fazendo barulho” associada a “Não concordo”. –, de acor-

do com as alternativas de resposta da escala de concordância do questionário. Os dados apresentados

são provenientes de questionários aplicados aos alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª

série do ensino médio.

O desempenho médio dos alunos de todas as etapas, tanto em língua portuguesa quanto em matemá-

tica, é impactado pela percepção acerca do clima escolar, especialmente, quando são comparados os

agrupamentos baixo e alto. Isso significa que a proficiência média, em ambos os componentes curricula-

res, aumenta conforme o grupo qualifica o clima como mais positivo.

Gráfico 45: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadualGráfico 45: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadual

221,7 221,8 226,5229,3 228,4 234,4

150175200225250275300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

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Page 48: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 46: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadasGráfico 46: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadas

232,3 226,2237,4245,0

226,6239,0

150175200225250275300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

O impacto do clima escolar qualificado como melhor, evidenciado pelo cruzamento de dados, no desem-

penho dos alunos do 5º ano, é discreto. Destaca-se a diferença entre a proficiência média igual a cinco

pontos quando observados os resultados dos alunos do 5º ano das escolas estaduais, em matemática,

apresentados no gráfico 45, e os resultados dos alunos das escolas conveniadas, em língua portugue-

sa, nos grupos extremos, conforme gráfico 46. Especialmente, a oscilação da média de proficiência dos

alunos indica a possibilidade ou de os instrumentos não terem diferenciado as características dos tercis

ou de os respondentes terem assumido elevado grau de criticidade nas atribuições (em particular, os das

escolas conveniadas). Dessa forma, compete aos gestores escolares e de rede mais esclarecimentos

acerca da pesquisa por meio de questionários e seus objetivos, para que não haja enviesamento decor-

rente da desejabilidade social ou do rigor de julgamento.

Gráfico 47: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadualGráfico 47 : Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadual

252,0 257,3 264,0245,2 251,9

260,8

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

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Page 49: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 48: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (9EF) - Escolas conveniadasGráfico 48: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (9EF) - Escolas conveniad as

275,9 271,3 275,7273,3 272,5 275,9

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

O destaque da correlação entre clima escolar e desempenho dos alunos, para o 9º ano do ensino fun-

damental, é a diferença entre a proficiência média dos alunos das escolas estaduais de acordo com os

grupos ser igual a 12 pontos, comparando o nível baixo com o alto, em língua portuguesa, como mostra

o gráfico 47. Essa evidência comprova que o clima escolar pode ser um fator que tende a fazer diferença

nas escolas, favorecendo a melhoria do desempenho dos alunos.

Gráfico 49: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadualGráfico 49: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadual

261,0 267,1277,6

261,5 267,8281,3

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

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S A E G o - 2 0 1 8

Page 50: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 50: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadasGráfico 50: Clima Escolar e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadas

282,1 279,5299,8

289,4 286,4

314,5

150

175

200

225

250

275

300

325

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Na 3º série do ensino médio, por exemplo, a diferença entre os valores é suficiente para distinguir os gru-

pos em termos do seu desempenho em língua portuguesa (escolas estaduais) e em matemática (escolas

estaduais e conveniadas). A proficiência média dos alunos com percepção mais positiva do clima escolar

está alocada em um nível acima daqueles que consideram o clima escolar mais negativo – do nível 9

para o nível 10, em língua portuguesa e matemática, para as escolas estaduais (gráfico 49); e do nível 10

para o nível 11, em matemática, para as escolas conveniadas (gráfico 50).

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R E v i S t A C o n t E x t u A l

Page 51: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

A t i t u d e s e Pr á t i c a s Pe d a g ó g i c a s e

D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

Co n s i d e r a ç õ e s F i n a i s

C a r a c te r í s t i c a s d o s A l u n o s

C a r a c te r í s t i c a s d o s Pr o f e s s o r e s

E x p e c t a t i v a s e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

C a r a c te r í s t i c a s d o s D i r e to r e s

Í n d i c e S o c i o e c o n ô m i c o e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

C l i m a E s c o l a r e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

A p r e s e n t a ç ã o

4 9

S A E G o - 2 0 1 8

Page 52: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

A relevância do professor para a aprendizagem dos alunos pode ser percebida não somente pelo seu

protagonismo em sala de aula, mas também por seu envolvimento com a formação global dos alunos. A

capacidade técnica desse profissional e o envolvimento com a proposta pedagógica da escola são de

extrema importância para que os alunos desenvolvam habilidades e competências.

O amplo entendimento dos objetivos de aprendizagem contribui para a qualidade do trabalho docente,

o que também colabora para que o monitoramento do progresso do aluno possa se efetivar de forma

adequada e, de fato, regular os processos avaliativos e de ensino-aprendizagem. Entretanto, a ação

didático-pedagógica só irá interferir, positivamente, nos resultados escolares se, para além da formação

acadêmica, que serve como credencial ao exercício do magistério, e da experiência docente, forem con-

sideradas as atitudes e práticas pedagógicas que concorrem para o melhor desempenho.

Nos questionários aplicados aos alunos, do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino

médio, e aos professores, foram feitas perguntas sobre os professores e as suas aulas. Os resultados

buscaram descrever as atitudes e práticas pedagógicas sob o olhar dos dois atores. As questões apresen-

tadas aos alunos aferiram se os professores utilizavam diferentes recursos para abordagem do conteúdo

(vídeo, música, computador etc.), respondiam às dúvidas apontadas durante as aulas, utilizavam o livro

didático, tratavam sobre a importância de estudar, revisavam o conteúdo para as provas, faltavam muito às

aulas, corrigiam atividades passadas em aula, ajudavam alunos com dificuldades, estimulavam os alunos

a se sentirem confiantes para a realização de provas e tarefas e, por fim, se colocavam os alunos em sala

com facilidade. Os alunos podiam responder: não concordo, concordo pouco, concordo ou concordo muito.

Além desses itens, o instrumento elaborado para os professores buscou compreender se os docentes

corrigiam tarefas, se gastavam pouco tempo fazendo a chamada e se tinham interesse pela aprendiza-

gem dos seus alunos.

P e r c e p ç õ e s d o s a l u n o s e p r o f e s s o r e s

Os tercis para a percepção de práticas pedagógicas e desempenho dos alunos foram divididos em

níveis: baixo, médio e alto. Nesse caso, considerar a percepção dos alunos e professores no nível alto

se relaciona à concordância máxima com as assertivas direcionadas a declarações positivas – “Meus

professores fazem eu me sentir confiante para realizar as provas” associada a “Concordo muito”. Já a

discordância máxima está relacionada a assertivas dirigidas a declarações negativas – “Meus professo-

res faltam muito às aulas” associada a “Não concordo” – de acordo com as alternativas de resposta da

escala de concordância do questionário.

Sobre essa dimensão, à medida que a qualidade da percepção de atitudes e práticas pedagógicas

melhora, a proficiência média dos alunos que compõem cada um dos agrupamentos tende a aumentar.

Ou seja, quanto mais positiva for a percepção dos alunos em relação às atitudes e práticas pedagógicas

adotadas por seus professores, mais confiança eles terão no que lhes é ensinado e, consequentemente,

maior será a proficiência média deles.

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Page 53: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 51: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadualGráfico 51 : Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Rede estadual

214,6 222,8 226,9220,4 228,7 235,5

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 52: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadasGráfico 52: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (5EF) – Escolas conveniadas

219,4230,0 235,8

226,9 232,7 238,2

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Em relação à análise dessa dimensão, a diferença de desempenho médio destaca-se na rede estadual,

apresentada no gráfico 51, passando de 10 pontos em língua portuguesa, no 5º ano do ensino fundamen-

tal, e de 15 pontos em matemática, entre os que avaliam negativamente as atitudes e práticas pedagógi-

cas dos professores (nível baixo) e aqueles que consideram positivas essas atitudes e práticas (nível alto).

5 1

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Page 54: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 53: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadualGráfico 53: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Rede estadual

252,0258,4 263,9

244,7253,7

261,0

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 54: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Escolas conveniadasGráfico 54: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (9EF) – Escolas conveniad as

275,3 270,3 276,0274,2 269,5 276,2

150

175

200

225

250

275

300

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Quanto ao 9º ano do ensino fundamental, a diferença de desempenho médio também é alta na rede

estadual, de acordo com o gráfico 53, passando de 11 pontos em língua portuguesa e de 16 pontos em

matemática, entre os que avaliam negativamente as atitudes e práticas pedagógicas dos professores (ní-

vel baixo) e aqueles que consideram positivas essas atitudes e práticas (nível alto). Assim, cabe realce da

associação benéfica de atitudes e práticas pedagógicas qualificadas como boas em relação às demais,

características dos níveis baixo e médio

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Page 55: SISTEMA DE AVALIAÇÃO EDUCACIONAL DO ESTADO DE GOIÁS · desempenho dos alunos, em detrimento das condições físicas das escolas e das práticas de ensino ou qualificação profissional.

Gráfico 55: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadualGráfico 55: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Rede estadual

261,1 269,8 277,5260,5

272,5 281,0

150

175

200

225

250

275

300

325

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Gráfico 56: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadasGráfico 56: Atitudes e Práticas Pedagógicas da Escola e Desempenho dos Alunos (3EM) – Escolas conveniadas

282,4273,4

294,9294,8

274,8

306,5

150

175

200

225

250

275

300

325

Baixo Médio Alto

Língua Portuguesa Matemática

Fonte: SAEGO 2018, CAEd/UFJF.

Na 3º série do ensino médio, como exposto nos gráficos 55 e 56, a diferença entre os valores é suficiente

para distinguir os grupos extremos em termos do seu desempenho em matemática. A proficiência mé-

dia dos alunos com percepção mais positiva das atitudes e práticas pedagógicas dos professores está

alocada em um nível de desempenho acima daqueles que consideram mais negativo – do nível 9 para

o nível 10. Quando comparada à percepção sobre atitudes e práticas pedagógicas e os resultados de

desempenho dos alunos dos anos finais do ensino fundamental, é possível notar a influência benéfica do

que está sendo reconhecido como atitudes e práticas pedagógicas positivas, tanto em língua portugue-

sa quanto em matemática, o que encontra amplo reforço na literatura especializada, tendo em vista os

estudos acerca da importância do trabalho docente para o desenvolvimento e aprendizado dos alunos.

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A t i t u d e s e Pr á t i c a s P e d a g ó g i c a s e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

Co n s i d e r a ç õ e s F i n a i s

C a r a c te r í s t i c a s d o s A l u n o s

C a r a c te r í s t i c a s d o s Pr o f e s s o r e s

E x p e c t a t i v a s e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

C a r a c te r í s t i c a s d o s D i r e to r e s

Í n d i c e S o c i o e c o n ô m i c o e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

C l i m a E s c o l a r e D e s e m p e n h o d o s A l u n o s

A p r e s e n t a ç ã o

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A Revista Contextual do SAEGO 2018 reuniu as percepções de alu-

nos, professores e diretores, relacionando-as ao desempenho es-

colar. As análises decorreram dos resultados dos testes cognitivos

e dos questionários aplicados aos alunos da rede estadual de ensi-

no e das escolas conveniadas de Goiás.

A apresentação detalhada da influência de aspectos intraescolares

investigados – expectativas sobre si e seu futuro, atitudes e práti-

cas pedagógicas e clima escolar – indicou impacto significativo dos

fatores associados ao desempenho nos resultados de alunos com

percepções positivas, o que pode servir de apoio a políticas públi-

cas baseadas em evidências.

Além de possibilitar mudanças, é importante notar de que maneira

fatores que são internos à escola interferem no aprendizado dos

alunos e no ambiente escolar. As modificações empreendidas pela

ação dos atores educacionais no contexto escolar, com base nos

indicadores avaliados pelos questionários, possibilitam a criação

de estratégias voltadas para alteração dos rumos da educação

ofertada, no nível micro, sempre com vistas ao desenvolvimento e

ao aprendizado com qualidade e equidade. O empenho em ressig-

nificar o papel da escola não possibilita a alteração das caracterís-

ticas sociais dos alunos, elemento que permanece fora do alcance

da escola, mas permite garantir o direito de aprender, visando opor-

tunizar o crescimento pessoal e a mobilidade social.

O uso dos dados da avaliação externa é responsabilidade de todos

aqueles comprometidos com a formação humana e integral, pois a

eles compete a apropriação desses dados, com o objetivo de nor-

tear decisões que busquem atingir novos patamares administrativos

e pedagógicos, movimento que pode beneficiar os alunos na sua

trajetória escolar. Divulgar, de maneira acessível e criteriosa, as infor-

mações obtidas pelo SAEGO 2018 é passo crucial no caminho para

a melhoria da qualidade da educação ofertada no estado de Goiás.

5 5

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ESTADO DE GOIÁS

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO - SEDUC

Governador do Estado de Goiás

Ronaldo Ramos Caiado

Secretária de Estado da Educação

Aparecida de Fátima Gavioli Soares Pereira

Gerente de Avaliação da Rede Escolar

Márcia Maria de Carvalho Pereira

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Reitor da Universidade Federal de Juiz de Fora

Marcus Vinicius David

Coordenação Geral do CAEd

Lina Kátia Mesquita de Oliveira

Manuel Palácios da Cunha e Melo

Eleuza Maria Rodrigues Barboza

Coordenação da Pesquisa de Avaliação 2016-2019

Manuel Palácios da Cunha e Melo

Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Design e Tecnologias da Comunicação

Edna Rezende Silveira de Alcântara

Coordenação da Pesquisa Aplicada ao Desenvolvimento de Instrumentos de Avaliação

Hilda Aparecida Linhares da Silva Micarello

Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Gestão e Avaliação da Educação Pública

Eliane Medeiros Borges

Supervisão de Construção de Instrumentos e Produção de Dados

Rafael de Oliveira

Supervisão de Entregas de Resultados e Desenvolvimento Profi ssional

Wagner Silveira Rezende

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