Sinusal | Prévia edição maio (19/05)

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Sinusal | Maio de 2009

Olá amigos,

Apresentamos a segunda edição deste ano do Sinusal, já no clima do Congresso Paranaense de Cardiologia. Esse será um grande evento: além de reunir nossos colegas do estado, teremos a participação de cardiologistas catarinenses, gaúchos e paulistas, sem contar os participantes internacionais. A grandiosidade do evento fica comprovada pela união dos Congressos Paranaense, Sul-Brasileiro e pela criação do 1º Fórum Internacional de Morte Súbita da SPC.

Gostaria de agradecer em nome da diretoria da SPC aos cardiologistas que participaram das eleições para o Conselho Fiscal da Unimed Curitiba. Nossa união culminou com a reeleição do colega Otávio Kormann, que continuará o trabalho que jpa faz na cooperativa, sempre focado nos interesses da nossa especialidade. Você lê mais detalhes sobre a eleição na página ao lado, junto das atividades promovidas pela SPC no Dia Nacional de Combate à Hipertensão e à

solicitação de procedimentos para a CBHPM.

A parte científica está dividida em duas frentes. Na primeira, você acompanha os principais pontos discutidos no Simpósio Paranaense de Arritmia, de uma maneira direta, com perguntas e respostas; já na segunda, cardiologistas paranaenses destacam alguns dos estudos mais relevantes discutidos na edição deste ano do congresso do American College of Cardiology.

Abraços e boa leitura,Francisco Maia da Silva - [email protected]

EXPEDIENTE: Presidente: José Carlos Moura Jorge, Vice-presidente: Álvaro Vieira Moura, Científico: Alexandre Alessi, Administrativo: Olimpio Ribeiro França

Neto, Financeira: Célia Regina Caldartt, Qualidade Profissional: Carlos Alberto Gasperin, Publicação: Francisco Maia da Silva, Representante do Funcor:

Antonio Augusto Cavalieri, Presidente Futuro: Manoel Fernandes Canesin. JORNAL SINUSAL: Jornalismo e Editoração Eletrônica: Coletiva Comunicação -

Tiragem 800 exemplares - Impressão - Gráfica Lastro | Jornalista Responsável: Rodolfo Colnaghi - MTB 7647 | Contato: [email protected] | (41) 3205-3008

Francisco Maia da SilvaDiretor de publicação

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O cardiologista Otávio Kormann foi reeleito membro do conselho fiscal da cooperativa de saúde Unimed Curitiba. Kormann foi o segundo nome mais votado, com 255 votos, em uma eleição que registrou aumento da participação dos cardiologistas curitibanos: 67 dos 217 cardiologistas credenciados votaram. Na última eleição, 44 haviam participado.

O cardiologista espera destacar a representatividade da Sociedade Paranaense de Cardiologia e da classe de profissionais na Unimed Curitiba. “Temos a filosofia de que a SPC deve participar dos processos que determinem os rumos que as entidades médicas devem trilhar para que se resguardem seus interesses, sempre justos e honestos”, destacou. Ele também explica a situação de pressão na qual – segundo ele - atuam os cardiologistas. “Os custos com nossa especialidade são considerados elevados pelos gerenciadores das empresas de Medicina de Grupo e afins. Sendo assim, somos alvo de decisões que nos dificultam o melhor trabalho quer seja para liberação de exames e procedimentos e ou mesmo pelos honorários correspondentes”, defende.

A Sociedade Paranaense de Cardiologia (SPC) realizou evento alusivo ao Dia Nacional de Combate à Hipertensão. Alunos da Liga de Cardiologia da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e

cardiologistas membros da SPC mediram a pressão arterial dos curitibanos que passaram pelo Passeio Público no dia 26 de abril. Um grupo de nutricionistas também orientou sobre a alimentação correta para minimizar riscos cardiológicos.

Leonardo Hoffmann, de 59 anos, aproveitou para receber as orientações no local. Diagnosticado anteriormente com hipertensão, ele havia parado o tratamento há cerca de dois meses. Aproveitou o incentivo do evento e prometeu a retomada: “Acho que devo voltar ao tratamento. Já tive pressão bem mais alta, mas é necessário cuidar sempre”. Segundo dados do IBGE datados de 2004, 17 milhões de pessoas sofrem de hipertensão no Brasil. Levantamento da Sociedade Brasileira de Hipertensão é ainda mais alarmante, e aponta que 30 milhões de brasileiros tem a doença.

A Sociedade Paranaense de Cardiologia está levantando quais procedimentos devem ser sugeridos para inclusão na próxima tabela da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM) da Agência Nacional de Saúde (ANS). Os cardiologistas interessados podem enviar sugestões de novos procedimentos indicando o nome, indicação e bibliografia que comprove a relevância do procedimento para o email [email protected] ou pelo telefone 41 3232-8691.

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A principal causa de morte na população adulta dos paises industrializados é morte súbita. A incidência é de 300.000/ano. Nas bases etiológicas a doença coronariana concorre com 80%. Para prevenção da MS há necessidade de estratificar o risco dos pacientes pós infarto. Os marcadores mais importantes são a classe funcional e a fração de ejeção.

Em relação a prevenção primária, do ponto de vista farmacológico, as drogas que devem obrigatoriamente ser prescritas são betabloqueadores, inibidores da ECA ou BRA e as estatinas, considerando-se os níveis lipídicos. Quanto as drogas antiarrítmicas, segundo o Guidelines 2008 – ACC/AHA, amiodarona, frequentemente em combinação com betabloqueador, pode ser útil nos pacientes sintomáticos não responsivos a betabloqueador. Nos pacientes assintomáticos portadores de arritmia ventricular complexa (TVNS) o uso de droga antiarrítmica profilática não é indicado para reduzir mortalidade.

Segundo as diretrizes da SBC 2007, é indicação classe I para implante de desfibrilador na prevenção primária, os pacientes sobreviventes de IAM há pelo menos 40 dias ou com cardiopatia isquêmica crônica, sob tratamento farmacológico ótimo, sem isquemia miocárdica passível de tratamento por revascularização cirúrgica ou percutânea e expectativa de vida de pelo menos 1 ano com: 1. FEVE � 35% e CF II-III, ou FEVE � 30% e CF I, II ou III; 2. FEVE � 40%, TVNS espontânea e TVS indutível ao EEF. Em relação a prevenção secundária são recomendações classe I da Diretriz SBC 2007 para Implante de desfibrilador: 1. Parada cardíaca por TV/FV de causa não-reversível, com FE � 35%; 2. TVS espontânea com comprometimento hemodinâmico ou síncope, de causa não reversível com FE � 35%. Em ambos os casos com expectativa de vida de pelo menos 1 ano. Em relação a população geral, até que se tenha marcadores de maior acurácia, o meio mais eficaz de reduzir o elevado número de

Confira o que foi discutido no Simpósio Paranaense de Arritmia

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Para automatizar o Scribus, uma das primeiras providências é permitir ao Python do Scribus a manipulação de imagens. Para isso, usei PIL (Python Image Library).

No Linux, o Scribus usa o Python normal do sistema. Instale as bibliotecas PIL da forma usual de seu sabor de Linux. No Windows, o instalador do Python Image Library precisa de certas chaves no registro do Windows para saber em que lugar está instalado o sistema Python. Eu defini estas chaves para a pasta do Scribus, que é onde roda o interpretador Python no Windows. Ao baixar o PIL, cuide as versões: no Scribus versão 1.3.3 estável, o Python é versão 2.4. No Scribus 1.3.4 Beta, o Python é versão 2.5.Para automatizar o Scribus, uma das primeiras providências é permitir ao Python do Scribus a manipulação de imagens. Para isso, usei PIL (Python Image Library).No Linux, o Scribus usa o Python normal do sistema. Instale as bibliotecas PIL da forma usual de seu sabor de Linux. No Windows, o instalador do Python Image Library precisa de certas chaves no registro do Windows para saber em que lugar está instalado o sistema Python. Eu defini estas chaves para a pasta do Scribus, que é onde roda o interpretador Python no Windows. Ao baixar o PIL, cuide as versões: no Scribus versão 1.3.3 estável, o Python é versão 2.4. No Scribus 1.3.4 Beta, o Python é versão 2.5.Para automatizar o Scribus, uma das primeiras providências é permitir ao Python

do Scribus a manipulação de imagens. Para isso, usei PIL (Python Image Library).No Linux, o Scribus usa o Python normal do sistema. Instale as bibliotecas PIL da forma usual de seu sabor de Linux. No Windows, o instalador do Python Image Library precisa de certas chaves no registro do Windows para saber em que lugar está instalado o sistema Python. Eu defini estas chaves para a pasta do Scribus, que é onde roda o interpretador Python no Windows. Ao baixar o PIL, cuide as versões: no Scribus versão 1.3.3 estável, o Python é versão 2.4. No Scribus 1.3.4 Beta, o Python é versão 2.5.Para automatizar o Scribus, uma das primeiras providências é permitir ao Python do Scribus a manipulação de imagens. Para isso, usei PIL (Python Image Library).No Linux, o Scribus usa o Python normal do sistema. Instale as bibliotecas PIL da forma usual de seu sabor de Linux. No Windows, o instalador do Python Image Library precisa de certas chaves no registro do Windows para saber em que lugar está instalado o sistema Python. Eu defini estas chaves para a pasta do Scribus, que é onde roda o interpretador Python no Windows. Ao baixar o PIL, cuide as versões: no Scribus versão 1.3.3 estável, o Python é versão 2.4. No Scribus 1.3.4 Beta, o Python é versão 2.5.Para automatizar o Scribus, uma das primeiras providências é permitir ao Python do Scribus a manipulação de imagens. Para isso, usei PIL (Python Image Library).No Linux, o Scribus usa o Python normal do

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Cardiologistas paranaenses estiveram presentes no evento anual do American College of Cardiology, realizado em março em Orlando, nos Estados Unidos. Dentre os temas discutidos, se desacaram subestudos do estudo Júpiter e os estudos EARLY-ACS e STICH. Confira a análise de alguns estudos.

Alexandre Alessi

Um novo estudo de prova de conceito, em pacientes com hipertensão resistente, sugere que um breve procedimento com base em cateter (sistema com base em cateter que usa ablação por radiofrequência para romper os nervos simpáticos sem afetar outras inervações abdominais, pélvicas, ou das extremidades inferiores) pode fazer com segurança a ablação de nervos simpáticos e proporcionar redução persistente da pressão arterial.Neste estudo aberto, primeiro em seres humanos, a denervação renal provocou redução da

pressão arterial “substancial e sustentada” sem eventos adversos sérios, especificamente aneurisma ou estenose de artéria renal, ou qualquer modificação na função renal.Foi observada uma redução imediata e sustentada da pressão arterial, que até o término do estudo, seis a 12 meses, em cerca de 25 mmHg na pressão sistólica.

Os resultados foram publicados online em 30 de março de 2009 no Lancet, para coincidir com a apresentação no American College of Cardiology 2009.Foram incluídos 50 pacientes de cinco centros na Austrália e Europa. Todos tinham hipertensão resistente, definida como pressão arterial sistólica � 160 mmHg com uso de três ou mais medicações anti-hipertensivas, incluindo um diurético. Cinco pacientes foram depois excluídos por razões anatômicas, principalmente pela presença de dois sistemas de artérias renal. Entre os pacientes tratados, a pressão arterial média basal medida no consultório foi de 177/101 mmHg (desvio padrão 20/15 mmHg) durante o uso de em média quatro a sete medicações anti-hipertensivas. A taxa

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de filtração glomerular estimada foi de 81 ml/min/1,73m2, e a redução média no excedente de noradrenalina renal foi de 47% (IC 95% 28%-65%).

Durante o tempo do estudo as medicações permaneceram estáveis, mas três pacientes precisaram de redução das medicações após normalização da pressão arterial devido a hipotensão sintomática, observou. Nove pacientes tiveram aumento de suas medicações, sendo que cinco foram responsivos pelo critério de 100 mmHg, e quatro foram não responsivos.

O próximo passo será um estudo randomizado, embora não esteja claro no momento se o comparador seria um procedimento falso ou simplesmente randomização desses pacientes para tratamento usual.

Alexandre Alessi

Um pequeno estudo de viabilidade com o sistema Rheos para hipertensão (CVRx, Minneapolis, MN), um novo dispositivo implantável que ativa os barorreceptores do seio carotídeo, demonstra que produz reduções significantes na pressão arterial em pacientes com hipertensão refratária.O Dr. Marcos Rothstein (Washington University School of Medicine, St Louis, MO)

apresentou os achados do estudo fase 2 em seções de estudos clínicos hoje realizadas durante o American College of Cardiology 2009. O dispositivo, em média, diminuiu a pressão arterial em 20 mmHg, o que ocorre é nada menos do que revolucionário no tratamento da hipertensão. Uma abordagem totalmente nova para hipertensão persistente.

O novo dispositivo, que não é diferente de um marca-passo, consiste de um gerador de pulsos implantado próximo à clavícula e eletrodos nos seios carotídeos. Ele atua estimulando eletricamente o seio carotídeo, ativando reflexos pressóricos que diminuem a freqüência cardíaca, dilatam os vasos sanguíneos, e provocam natriurese e diurese. Embora não seja causa da hipertensão, os receptores pressóricos no seio carotídeo de pacientes hipertensos frequentemente não detectam a pressão intravascular arterial e, assim, a resposta autônoma é inadequada.

No estudo, 61 pacientes com hipertensão estágio 2 (160 mmHg de pressão sistólica ou mais) resistentes a três ou mais anti-

Alterações da pressão arterial em pacientes com hipertensão resistente com e sem desnervação renal

Momento Mês Desnervação renal (n=45) Pacientes não tratados (n=5)

1 -14/-10 +3/-23 -21/-10 +2/+36 -22/-11 +14/+99 -24/-11 +26/+1712 -27/-17 -

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hipertensivos, incluindo um diurético, foram incluídos na Europa e nos EUA. O dispositivo Rheos foi implantado cirurgicamente, e então ativado um mês mais tarde, e foi avaliada a eficácia após três meses, um ano e dois anos. Neste estudo, 38 pacientes concluíram dois anos de tratamento crônico com o dispositivo, e 22 concluiram três anos. Em média, a pressão arterial sistólica caiu em 25 mmHg após um ano, 22 mmHg após dois anos, e 31 mmHg após três anos. Os dados equivalentes para pressão arterial diastólica foram de 15 mmHg, 15 mmHg e 21 mmHg, e a freqüência cardíaca também diminuiu. Foi também observada uma melhora significante na massa ventricular (-25g/m2; p<0.001). Não ocorreram eventos adversos sérios.

Em resumo, pacientes com hipertensão arterial grave, persistente, que não cede ao tratamento medicamentoso usual têm o maior risco possível de morte precoce, AVCs e doença renal.

Olímpio Ribeiro

No estudo ARMYDA-RECAPTURE (Atorvastatin for Reduction of Myocardial Damage During Angioplasty-Acute Coronary Syndromes), 352 pacientes com angina estável e síndromes coronarianas agudas sem supradesnível do segmento ST foram randomizados para uma recarga de

atorvastatina ("reload") ou para placebo. Todos os pacientes já estavam recebendo estatina previamente, mas os pacientes do grupo de recarga receberam 80 mg of atorvastatina 12 horas antes da angioplastia, seguida de mais 40mg antes do procedimento. Todos foram tratados com atorvastatina 40 mg após o procedimento.

A taxa de eventos cardiovasculares maiores aos 30 dias (composto de morte de origem cardíaca, infarto do miocárdio e revascularização do vaso alvo) foi significativamente menor entre os pacientes que receberam recarga de atorvastatina antes da angioplastia (3,4% VS 9,1% p 0,045). Este benefício foi atribuído principalmente à redução na incidência de infartos periprocedimentos (3,4% VS 8,6%). O Dr. Germano Di Sciascio(Campus Bio-Medico University, Rome, Italy), investigador principal, acredita que isto se deva a mecanismos independentes da redução do LDL colesterol. Ele afirmou que os maiores beneficiados foram os pacientes com síndromes coronarianas agudas, enquanto aqueles com angina estável apresentaram apenas uma tendência à redução de eventos.

No estudo NAPLES II, os pesquisadores estudaram se uma dose alta de atorvastatina nas 24 horas antes da intervenção levaria a redução de infartos

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periprocedimento. No total, 668 pacientes que não estavam recebendo estatina e que tinham agendamento de angioplastia foram randomizados para atorvastatina 80 mg ou placebo. Aos 30 dias, o tratamento com atorvastatina reduziu significativamente o risco de infartos periprocedimentos definidos por elevações de creatinoquinase MB (CK-MB) (9,5 vs 15,8%; p: 0,014) e troponina I (26,6 vs. 39,1%; p<0,001).

Independente de como a droga funciona, se estes achados forem confimados em estudos maiores, existe o potencial de mudança da prática clínica. Quando há uma intervenção coronária, ocorre a ativação de uma cascata inflamatória que tem o potencial de acarretar eventos subseqüentes. Apesar de haver uma relação entre necrose miocárdica e mortalidade de longo prazo, existe a necessidade de confirmação destes achados em estudos maiores.

Olímpio Ribeiro

Por outro lado, o estudo AURORA Study to Evaluate the Use of Rosuvastatin in Subjects on Regular Hemodialysis: An Assessment of Survival and Cardiovascular Events mostrou que a estatina não previne eventos cardiovasculares e morte em portadores de doença renal crônica em estágio avançado, que se encontram em hemodiálise. O Estudo já foi publicado na versão online do New

England Journal of Medicine em 31/3/09. O AURORA avaliou 2776 pacientes em hemodiálise, por pelo menos três meses antes de entrar no estudo, para receber rosuvastatina 10 mg dia (n=1391) ou placebo (n=1385). Apesar de uma redução de 43% no LDL-colesterol e de 11% na PCR nos pacientes do grupo estatina, não houve benefício do tratamento no desfecho cardiovascular composto (morte de origem cardiovascular, IAM não fatal e AVC não fatal). O Dr. Fellström (Uppsala University Hospital, Suécia) especulou que a doença vascular no paciente dialítico provavelmente é deferente daquela do paciente com doença renal menos avançada e mesmo sem doença renal.

Dalton Précoma

Effects of Addition of Clopidogrel to Aspirin in Patients with Atrial Fibrillation who are Unsuitable for Vitamin K Antagonists - Este estudo fez parte de um programa que estudou os antagonistas da vitamina K (varfarina), AAS e clopidogrel, na prevenção de acidente vascular cerebra em pacientes com fibrilação atrial não valvar. Tiveram dois principais braços: o Estudo ACTIVE W (comparação de warfarina x AAS + clopidogrel) e o ACTIVE A ( AAS isolado X AAS + clopidogrel)

O Estudo ACTIVE W (Lancet 2006; 367: 1903–12), foi um estudo randomizado, duplo

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cego, com 3371 pacientes no grupo de varfarina (RNI Alvo de 2,0 a 3,0) e 3335 pacientes no grupo de AAS + Clopidogrel. Os desfechos primários eram Acidente Vascular Cerebral (AVC) , embolia sistêmica não para SNC, infarto do miocárdio e morte cardiovascular. Este estudo foi interrompido precocemente em 2005, com 1,5 ano de seguimento devido a superioridade da varfarina . O risco anual com a varfarina foi de 3,93% contra 5,60% com AAS + Clopidogrel. O risco relativo foi de 1,44 (1,18-1,76; p=0,0003). Vale ressaltar que no Brasil a taxa de controle adequado do RNI foi de 47%, sendo um dos piores índices de todos os países participantes. Neste estudo a meta mínima de controle de RNI era de 65% de controle nos últimos meses, sendo que nos pacientes que atingiram taxas menores do que esta, a associação clopidogrel + AAS foi quase semelhante à prevenção da varfarina.

O Estudo ACTIVE A , recentemente apresentado no American College of Cardiology em Orlando no dia 30 de março de 2009, foi publicado no New England of Medicine no mesmo dia (N Engl J Med 2009;360), estudou pacientes com fibrilação atrial não valvar, inelegíveis para o uso de varfarina, por várias razões tais como a intolerância prévia, situaçao geográfica, não aderência, e outras. Os critérios de inclusão também englobavam pacientes com um ou mais fatores de risco para embolia e ausência de critérios maiores para sangramento. O estudo foi conduzido em 33 países, 580 centros em 7554 pacientes (entre 2003 a maio de 2006, com final do

acompanhamento em novembro de 2008. A média de seguimento foi de 3,6 anos e completaram o estudo 99,4 % dos pacientes. As principais característica dos pacientes eram: Fibrilação atrial permanente: 64%; uso prévio de varfarina: 8,5%; uso prévio de aspirina: 83%; infarto do miocárdio prévio: 14%, acidente isquêmico transitório ou AVC prévio: 13%; e a média do Escore de CHADS2 era 2,0 + 1,1.

Os resultados demonstraram uma ocorrência de eventos vasculares maiores de 6,8% por ano no grupo AAS + clopidogrel e de 7,6% por ano no grupo AAS (p=0,01). O principal resultado foi a redução da taxa de AVC (2,4 % por ano com clopidogrel + AAS e em 3,3% por ano no grupo do AAS (risco relativo de 0,72; IC 0.62 – 0.83; p<0,001). Outro grande achado deste estudo, foi que apesar da redução de 28% de AVC, houve maior sangramento no grupo do clopidogrel + AAS (2,0% por ano) e em 1,3 % por ano no outro grupo (risco relativo de 1.57; IC, 1.29-1.92; p<0,001)

Em conclusão, os dois estudos ACTIVE demonstraram que na prática diária, temos a evidência de que os varfarínicos são superiores a AAS isolada e AAS + clopidogrel para a prevenção de eventos embólicos em pacientes com fibrilação atrial não valvar. E que, se o paciente não for elegível para o uso de varfarina, a associação AAS + Clopidogrel é superior ao AAS isolado nesta prevenção, apesar de maior risco de sangramento.

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A Cendicardio, ao longo de seus 23 anos de existência, vem investindo

constantemente em capacitação técnica e em recursos tecnológicos, a fim de

proporcionar a classe médica em geral, e aos cardiologistas em particular,

diagnósticos não invasivos, ágeis seguros e sobretudo, confiáveis. Dentro deste

propósito apresentamos o rol de exames disponíveis: eletrocardiografia, teste

ergométrico em esteira e em bicicleta, holter ECG de 24 horas, monitor de

eventos (looping), eletrocardiograma de alta resolução (ECGAR), MAPA, MRPA,

Teste de inclinação (TILT-TEST), ecocardiografia cardiológica e vascular.

Especificamente na área de ecocardiografia gostaríamos de apresentar dados

atuais e relevantes sobre a Cendicardio. A empresa procurou investir em

equipamentos de última geração e tem profissionais qualificados e atualizados.

Além disso, oferece técnicas de auxilio diagnóstico ecocardiográfico em

situações específicas na prática cardiológica diária.

1. Insuficiência Cardíaca – Identificação de candidatos para terapia de

ressincronização ventricular. Cerca de 70-80% dos pacientes com

insuficiência cardíaca têm melhora da classe funcional e débito

cardíaco após o implante de eletrodos biventriculares. Para isso, o

emprego das técnicas de eco derivadas do Doppler tecidual têm papel

fundamental na seleção e otimização da técnica de ressincronização.

2. Doença Arterial Coronariana e Valvopatias- Disponibilizamos

ecocardiograma de estresse farmacológico e estresse físico que

proporcionam sensibilidade e especificificidade significativas para

detecção de doença arterial coronariana. Para realização de estresse

físico, recentemente foi adquirido um cicloergômetro de última geração

com programação digital. O ecocardiograma de estresse físico também

pode ser realizado para diferenciar dispnéia em pacientes com doença

valvar mitral e/ou aórtica, bem como hipertensão pulmonar, que não são

significativas em repouso mas tornam-se relevantes com o esforço físico.

3. Hipertensão pulmonar- O ecocardiograma avançou no diagnóstico,

prognóstico e tratamento da hipertensão pulmonar. Atualmente utilizamos

o protocolo que analisa o desempenho do ventrículo direito antes e após

o uso Sildenafil nos pacientes candidatos ao uso contínuo desta droga.

Ecocardiografistas: Dra. Andrea Maria Borges; Dra. Liz Andréia Baroncini; Dr.

Leonardo Gonçalves; Dr. Nelson Chiminácio. Dr. Sanderson Cauduro.

Para mais detalhes: www.cendicardio.com.br

informe publicitário

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Sinusal | Maio de 2009

A morte súbita – causa de morte de 250 mil brasileiros por ano – será o tema central do Congresso Paranaense de Cardiologia de 2009. O evento acontece paralelamente ao XII Congresso Sul-Brasileiro de Cardiologia e ao 1º Fórum Internacional de Prevenção da Morte Súbita da Sociedade Paranaense de Cardiologia entre os dias 28 e 30 de maio, no Estação Embratel Convention Center, em Curitiba.

Quatro palestrantes internacionais confirmaram presença. O destaque é o professor norte-americano David Maron, um dos autores do estudo COURAGE – que questiona a necessidade de angioplastia e colocação de stents em pacientes com artéria parcialmente obstruída e angina estável. Além dele, participam dos eventos os médicos especialistas em medicina nuclear Dominique Delbeke (EUA) e Fernando Mut

(Uruguai; Áustria) e o co-diretor em Imagem Cardiovascular do Duke Heart Center-EUA, Salvador Borges-Neto. Cardiologistas de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Paraná também estão confirmados.

“Esse é um congresso internacional, tanto pelos convidados quanto pelo nível do programa científico de palestrantes paranaenses e brasileiros”, afirma o presidente do congresso, João Vítola.

A organização do Congresso já definiu a programação científica preliminar do evento. Na abertura do Congresso, o cardiologista gaúcho Jorge Ilha Guimarães, presidente eleito da Sociedade Brasileira da Cardiologia, discute a atuação da entidade na redução da mortalidade cardiovascular. Na sequência, o americano David Maron apresente a palestra “Da experiência do COURAGE à perspectiva do WISDOM” - inédito estudo que analisará os benefícios da revascularização em diferentes populações. A programação ainda abrange temas como doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca, aterosclerose, hipertensão arterial, entre outros, sempre relacionando os temas à morte súbita.

Evento científico

agendaAs datas dos eventos científicos da SPC em 2009 foram alteradas. Confira a nova programação

Simp. PR de Cardiologia Pediátrica - 27/05 - CuritibaSimp. PR de Insufic. Cardíaca - 26-27/06 - MaringáSimp. PR de Card. Preventiva - 7-8/08 - Sem local definidoSimp. PR de Hipertensão Arterial - 9-10/10 - Londrina