Sinais de áudio

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Geber Ramalho & Osman Gioia - UFPE 1 Sinais de áudio Sinais de áudio Conversão entre som e sinal analógico Conversão entre sinal analógico e digital

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Sinais de áudio. Sinais de áudio Conversão entre som e sinal analógico Conversão entre sinal analógico e digital. Sinais de áudio. Existem várias “representações” para o som. fenômeno. Onda sonora (mecânica). Onda elétrica analógica. Onda elétrica digital. - PowerPoint PPT Presentation

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Sinais de áudio

Sinais de áudio

Conversão entre som e sinal analógico

Conversão entre sinal analógico e digital

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Sinais de áudio

Existem várias “representações” para o som

fenômeno

Onda sonora

(mecânica)

Onda elétrica

analógica

Onda elétricadigital

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Onda Sonora x Sinal de Áudio

Problema• é muito difícil manipular o som enquanto forma

mecânica de energia

Solução: • deve-se transformá-lo em uma outra forma de energia

mais conveniente por meio de transdutores• A forma de energia mais adequada é a elétrica, ou seja,

em um sinal de áudio

Vantagens• mais fácil de controlar, modificar e armazenar• cria inúmeras e novas possibilidades de manipulação• permite “ida e volta” através de transdutores como o

microfone e o alto-falante

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Caminho do Sinal de Áudio Analógico

Conceitos importantes• Captação (microfones)• Processamento (mixagem, reverberação, equalização...)• Armazenamento (gravação)• Reprodução (alto-falantes)

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Microfones: som => sinal

Definição • dispositivo que converte sinais acústicos (ondas

sonoras) em sinais elétricos. Transdutor acústico-elétrico

Funcionamento: Duas operações• onda sonora pressiona o diafragma, superfície capaz

de sofrer pequenos deslocamentos para frente e para traz reproduzindo o movimento das partículas do ar

• o movimento do diafragma causa uma variação correspondente em uma propriedade de um circuito elétrico

– eletrodinâmica, eletrostática, piezoelétrica, resistência, etc.

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Ex. Microfone Dinâmico: Bobina móvel

• A pressão do ar desloca o diafragma, • que movimenta a bobina• que faz variar o campo magnético dentro dela• que induz uma corrente elétrica variável na bobina

SN imã

Bobina

Diafragma

corrente

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Alto-falantes: sinal => som

Definição• Transdutor eletro-mecânico: converte sinais elétrico

analógicos em ondas sonoras

Funcionamento• idêntico ao do microfone ao bobina móvel, só que ao

contrário• corrente excita a bobina (colada ao diafragma) criando

um campo magnético• que interage com o imã permanente• que provoca a movimentação do diafragma• que produz perturbação nas moléculas do ar (som!)

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Processamento de sinais de áudio

Uma vez transformado em sinal elétrico... várias manipulações são possíveis

Mudança de dinâmica• Amplificação/atenuação, Compressão/expansão,

limitação, redução de ruído, modificação de envoltórias...

Mudança de espectro• Filtragem e equalização

Outros• Adição (mixagem)• Gravação (em fita, disco, etc.)• adicionamento de ambiência e efeitos (chorus, flanging,

etc.)

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Áudio Digital

memória

Computador ou dispositivo eletrônico

ConversãoA/D

Pré-amplificador

ConversãoD/A

Amplificador

Placa de som

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sinal analógico amostrado

Conversão A/D: Amostragem & Codificação PCM-linear

sinal analógico

amostra período de amostragem (T)

sinal digital (PCM) 001, 010, 011, 100, 100, 100, 011, ...

Freqüência ou taxa de amostragem Fa = número de amostras por segundo (Fa = 1/T)

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Conversão D/A

Conversão• A/D: transforma tensões elétricas em cadeias de números• D/A: transforma cadeias de números em níveis de tensões

elétricas

sinal analógico

“suavizando a curva”

sinal digital (PCM) 001, 010, 011, 100, 100, 100, 011, ...

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Vantagens do áudio digital

Melhor relação sinal-ruído (SNR) pois não depende do meio (ou canal)• mais fácil separar ruído de sinal devido as formas de

onda!!!• elimina chiado (hiss), distorção não-linear e wow e

flutter (variação de velocidade) das fitas

Mais fácil de implementar algoritmos de processamento versáteis • efeitos de ambiência• síntese• todas manipulações via software, ...

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Amostragem

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Cor

tesi

a LC

MM

-UnB

Amostragem

• Com tal taxa de amostragem (Fa) as conversões A/D e D/A deste sinal seriam perfeitas...

• Porém isto custa caro para armazenar• Até onde é possível diminuir Fa?

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Aliasing (ou Foldover) Aliasing

• surgimento de freqüências espúrias (diferentes da original) quando o sinal não está corretamente amostrado

• Fa muito pequena em relação à freqüência mais alta do sinal

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Aliasing: exemplo 1/3

Fa = 1000Hz (fixa)8 amostras/ciclo

f resultante = 125 Hz

f original = 125 Hz

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Aliasing: exemplo 2/3

Fa = 1000Hz (fixa)2 amostras/ciclo

f resultante = 500 Hz

f original = 500 Hz

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Aliasing: exemplo 3/3

Fa = 1000Hz (fixa)10/11 amostras/ciclo

f resultante = 100 Hz

f original = 1100 Hz

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Teorema da amostragem

Critério de Nyquist• Para que um sinal seja corretamente amostrado, para

ser reconstruído, a sua maior freqüência deverá ser menor do que a metade da taxa de amostragem.

Fa > 2 * Fmax• chama-se também Fmax de Nyquist frequence

Trade-off• Quanto maior a taxa, mais precisa é a amostragem, no

entanto maior é a quantidade de informação a ser armazenada

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Taxa de amostragem ideal

Idéia• a taxa de amostragem (Fa) deve ficar um pouco acima

do critério de Nyquist (2 * maior freqüência)• Fa para CD e música em geral = 44,1 KHz ou 48 KHz

Razões• matemática engenharia• sons acima de 20KHz têm efeitos fisiológicos e

psicológicos nos ouvintes e não deveriam ser cortados

Mas basta garantir uma boa Fa?• É preciso também restringir a máxima freqüência do

sinal a ser amostrado

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Filtro de anti-aliasing

Características• Passa-baixas usado antes da conversão A/D para que

nenhuma freqüência acima de Fa/2 esteja presente no sinal, provocando aliasing

Filtro passa-baixas

freq.

ampl.

1

0

freqüência de corte (fc)

passa atenua

Inclinação (dB/oitava)fc

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Quantificação

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Quantificação

Quantificação• discretização dos valores das amostras• depende da resolução, de quão fina é régua (número de

bits)

Sinais analógicos e digitais: 2 diferenças básicas• amostragem em intervalos de tempo discretos

– limita freqüência máxima• quantificação em valores discretos (inteiros)

– limita o máxima faixa dinâmica (intensidades)

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Erro de quantificação

Erro ou ruído de quantificação• A quantificação sempre introduz erros pois arredonda

(ou trunca) os valores contínuos do sinal analógico• a diferença é chamada de erro ou ruído de

quantificação

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Erro de quantificação: exemplo

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21 = 222 = 423 = 16...28 = 256...216 = 65536

Erro de quantificação

Depende de dois fatores• Sinal em si

– ex. silêncio => erro zero– ex. senoidal => ruído de granulação– música => ruído branco

• Precisão da quantificação (quantization level)– Normalmente (PCM Linear ) = nº de bits

Relação Sinal-Ruído (para PCMLinear)• SNR (db) = 6.02* número de bits + 1.76• ex. 8 bits => 49,8 dB, 16 bits => 98,08 dB

Trade-off: • Quanto maior mais preciso, porém mais dispendioso

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Codificação e Numeração

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Codificações

Codificar• É preciso codificar o sinal para poder melhor armazená-lo

e transmití-lo

Sinais de áudio• analógicos: sinal contínuo, análogo ao fenômeno• digitais: cadeia de números, sinal discreto

Sinais analógicos: modulação de onda• Modulação em Amplitude (AM)• Modulação em Freqüência (FM)

Sinais Digitais: modulação por pulso• PCM (Pulse-Code Modulation) linear e variantes !!!• PAM, PWM, PPM, PNM, etc.

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AM e FM

sinal portadora (freq. do dial)

AM

FM

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Mo

du

laçõ

es p

or

Pu

lso

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PCM-Linear

PCM-linear (ou simplesmente PCM)• Mais usado: Padrão para CDs e música em geral!!• intervalos temporais de quantificação uniforme• passos (resolução) da quantificação uniforme 1 • amostra => 1 cadeia de caracteres• Alec Reeves (1937)

sinal analógico amostrado

sinal digital: 001, 010, 011, 100, 100, 100, 011, ...

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PCM: prós e contras

Desvantagem: exige mais largura de banda (ocupa mais espaço) • para mandar uma única amplitude precisa de vários

pulsos

Vantagem: mais robusto• basta a presença/ausência de pulsos para ler o sinal• qualidade depende somente da amostragem e

quantização, e não da qualidade do canal (ou meio de armazenagem)

Vantagem: multiplexação• se presta à multiplexação (mais de uma info enviada ao

mesmo tempo no mesmo canal de maneira “ entrelaçada”)

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Variantes da Quantização PCM

Problema do PCM-linear• largura de banda alta (ocupa muito espaço)

Porque?• quantificação demasiadamente uniforme • não levando em conta o comportamento estatístico do sinal

– ex. a voz tem mais sinais de baixa potência

Variantes• PCM não-linear (-law)• PCM diferencial• etc.

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PCM não-linear

PCM não linear: -law• Comprime antes e expande depois (compander)• como se usasse passos menores para baixa potência• padrão sun (arquivo .au)

)1log(

)1log(

x

y Onde, y é a saída, x a entrada e o parâmetro de compressão [1,255]

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PCM diferencial

Modulação Delta (DPCM ou 1-bit modulation) • em vez de codificar a amplitude, codifica a diferença• usa 1 bit: indica, a cada amostra, se o valor subiu ou

desceu em relação à amostra anterior• provoca distorção nos transitórios mas é muito

econômico

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PCM diferencial

Adaptative DPCM• conta só a diferença, como o Delta, mas usa passos

irregulares• quando transitórios aparecem ajusta o tamanho do

passo

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Numeração

Numeração• as amostras devem ser representadas segundo algum

esquema de numeração

Tipos de numeração• sinal + Binário• Complemento de dois• Código grey• etc.

Codificação extra para correção de erro• 1-bit de paridade• checksum• Cyclic Redundant Check Code (CRCC)• etc.

Dec. Comp. 2

7 0111

6 0110

5 0101

4 0100

3 0011

2 0010

1 0001

0 0000

-0 0000

-1 1111

-2 1110

-3 1101

... ...

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Resumindo...

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Resumindo ADC

quantificação

numeração

001, 001, 010, 010, 011,...

Entrada de áudio (E) Entrada de áudio (D)

Geradorde Dither

Anti-aliasingfilter

Sampleand Hold

ADC

multiplexador

ADC

Processador (correção de erro)

Modulador de gravação

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Resumindo DAC

Entrada de áudioanalógico (E)

Sinal de áudio analógico (D)

smoothingfilter

output sampleand hold

DAC

demultiplexador

DAC

Processador (correção de erro)

Demodulador de reprodução

Smoothing/Anti-imaging Filter• “Amacia” a forma de onda

(“liga” as amostras), eliminando as altas freqüência

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Referências

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Referências

• Curtis Roads, The Computer Music Tutorial (Livro-texto), MIT Press. 1996. Cap 1

• Bruce Bartlett, Introduction to Professional Recording Techniques. Howard W. Sams & Co. 1987

• Ken C. Pohlman, Principles of Digital Audio, McGraw Hill, 1995 (cap 1, 2 e 3)