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gazetamagazine >>>49 L forte chuva que caiu no Maracanã durante as duas horas do primeiro show da turnê brasileira de Madonna não foi capaz de desanimar as 70 mil pessoas que lo- taram o estádio. Quem é alucinado por Madonna (e no Maracanã era o que mais havia), saiu da primeira apresentação da nova turnê da cantora, realiza- da no Rio de Janeiro, com a sensação de que assistiu ao show de sua vida. Mas quem apenas gosta de Madonna (ou foi ao show por curiosidade) saiu do estádio se perguntando porque Madonna é capaz de causar tanta comoção. Ma- donna é uma das maiores estrelas da música pop de todos os tempos. Na verdade, é a "rainha" do pop (não à toa, começa o show sentada em um trono), e nem a chuva é capaz de apagar isso. O mais impressionante em um show de Madonna é a quantidade de coisas que acontecem ao mesmo tempo. Apenas dois olhos não são suficientes para dar conta de tudo. A cantora se mexe o tempo todo, a sua trupe de dançarinos ocupa todos os pontos do palco, os telões não param de mandar informações, as luzes são alucinantes... Ufa... Bem-vindos a um show de Madonna O espetáculo que divulga o álbum "Candy Shop" divide-se em quatro partes. Na primeira, intitulada "Pimp/Domi- natrix", com o telão jorrando imagens de doces, as primeiras batidas de "Hard Candy" já começam a soar nos alto falantes até surgir Madonna com uma lingerie preta e uma espécie de bengala, no melhor estilo Willy Wonka, da "Fantástica Fábrica de Chocolates". Outra do novo álbum, "Beat Goes On", dá continuidade aos trabalhos, com a cantora em um carro conversível branco, bem parecido com o do filme "Who's That Girl?". "Human Nature" (do álbum "Bedtime Stories") é o momento acústico da apresentação, e Madonna aproveita para arranhar uma guitarra, com a participação especial virtual de Britney Spears. Se a chuva castigava a platéia carioca, um solícito segurança segurava um guar- da-chuva para que Madonna não molhasse os seus cabelos. Assim como já vem acontecendo em suas turnês, "Vogue", um dos principais sucessos de Madonna, animou a platéia em uma versão funkeada. O "tic tac" de um relógio que apareceu no telão, e o remix de "Die Another Day", canção-tema do filme de James Bond, sinalizaram o início da segunda parte do show ("Old School", que representa o começo de sua carreira em Nova York), que começou com o a cantora vestida com um micro- short vermelho (tipo uma boxeadora), deslizando em um pau-de-sebo, e pulando corda ao som do mega-hit "Into The Groove", em total clima "back to the 80's". Se a cantora cortou o clímax com a boa (mas nova e pouco conhecida) "Heartbeat", o nocaute veio logo com o sucesso "Borderline", em uma versão mais roqueira do que a original de seu primeiro disco, e que enlouqueceu o público. O clímax é cortado novamente com a canção "She's Not Me" (que contou com imagens no telão mostrando Madonna em diversas fases de sua carreira. A coreografia nessa canção, é interessante, quando várias bailarinas aparecem "fantasiadas de Madonna" em diversas fases de sua carreira. Em seguida, o arrasa-quarterão "Music" levantou o público. Mais um longo vídeo no telão é a deixa para o início da terceira parte do show, o tal bloco latino que Madonna tanto insiste - a "Girlie Show" que passou pelo Maracanã em 1993 também tinha um. Esse bloco (intitulada "Cigana") é o mais bem acabado, em termos de luzes e imagens. As novas "Devil Wouldn't Recognize You" (com Madonna na passarela, bem perto do público, em cima de um piano), "Spanish Lesson" e "Miles Away" esfriaram a platéia, que logo voltou a pular com "La Isla Bonita", apesar da versão totalmente diferente da original. A acústica "You Must Love Me" foi a deixa para os telões começarem a mostrar imagens de personalidades como Nelson Mandela, Bob Geldof, John Lennon, John Kennedy, Martin Luther King Jr., Mahatma Ghandi e, claro, Barack Obama, momento em que o público foi ao delírio. O quarto bloco (disparado, o mais animado de todos), começou com o dueto virtual de Madonna e Justin Timberlake, no sucesso "4 Minutes". Dois dos principais hits da cantora norte-americana, que vestia uma calça preta e uma blusa brilhante, "Like a Prayer" e "Ray Of Light", se seguiram, e, a essa altura, mesmo quem ainda duvidava do poder de fogo de Madonna, pulou no Maracanã, que foi transformado em uma imensa rave (que, aliás, é o nome do bloco). Em seguida, apenas com a sua guitarra, e como vem acontecendo em todos os shows da turnê, Madonna atendeu a um pedido do público. Quem esteve presente ao Maracanã teve sorte ao poder ouvir "Express Yourself", sucesso do álbum "Like a Prayer", e que não faz parte do roteiro fixo da turnê. Uma versão super-roqueira de "Hung Up" (maior sucesso do álbum anterior de Madonna, "Confessions On a Dance Floor") e a nova e irresistível "Give It 2 Me" encerraram a apresentação que mostrou porque Madonna está no topo do olimpo pop mundial. Ao final da apresentação, os telões anunciaram: "Game Over", anunciando o término do delirante show no Rio. Além dos dois shows que Madonna fez na cidade maravilhosa, a diva pop realizou também mais três em São Paulo nos dias 18, 20 e 21 encerrando a turnê no Brasil. Turnê “Sticky & Sweet”: A turnê, que serve para promover o lançamento de “Hard Candy”, mais recente disco de Madonna, lançado em 28 de abril, e o último de sua carreira pela Warner Music, começou no dia 23 de agosto, na cidade de Cardiff (País de Gales). O disco já alcançou o primeiro lugar em vendas em 33 países, incluindo o Brasil. Antes de chegar ao Brasil, Madonna passou por Buenos Aires, na Argentina, e também por Santiago, no Chile. Na capital portenha, os shows acon- teceram nos dias 4, 6 e 7 de dezembro, no estádio River Plate. Já em Santiago, os fãs puderam conferir a performance da cantora nos dias 10 e 11, no estádio nacional. A

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DÁ A PARTIDA NA TURNÊ ‘STICKY AND SWEET’ NO BRASIL

forte chuva que caiu no Maracanã durante as duas horas do primeiro show da turnê brasileira de Madonna não foi capaz de desanimar as 70 mil pessoas que lo-taram o estádio. Quem é alucinado por Madonna (e no Maracanã era o que mais havia), saiu da primeira apresentação da nova turnê da cantora, realiza-da no Rio de Janeiro, com a sensação de que assistiu ao show de sua vida. Mas quem apenas gosta de Madonna (ou foi ao show por curiosidade) saiu do estádio se perguntando porque Madonna é capaz de causar tanta comoção. Ma-

donna é uma das maiores estrelas da música pop de todos os tempos. Na verdade, é a "rainha" do pop (não à toa, começa o show sentada em um trono), e nem a chuva é capaz de apagar isso. O mais impressionante em um show de Madonna é a quantidade de coisas que acontecem ao mesmo tempo. Apenas dois olhos não são sufi cientes para dar conta de tudo. A cantora se mexe o tempo todo, a sua trupe de dançarinos ocupa todos os pontos do palco, os telões não param de mandar informações, as luzes são alucinantes... Ufa... Bem-vindos a um show de Madonna O espetáculo que divulga o álbum "Candy Shop" divide-se em quatro partes. Na primeira, intitulada "Pimp/Domi-natrix", com o telão jorrando imagens de doces, as primeiras batidas de "Hard Candy" já começam a soar nos alto falantes até surgir Madonna com uma lingerie preta e uma espécie de bengala, no melhor estilo Willy Wonka, da "Fantástica Fábrica de Chocolates". Outra do novo álbum, "Beat Goes On", dá continuidade aos trabalhos, com a cantora em um carro conversível branco, bem parecido com o do fi lme "Who's That Girl?". "Human Nature" (do álbum "Bedtime Stories") é o momento acústico da apresentação, e Madonna aproveita para arranhar uma guitarra, com a participação especial virtual de Britney Spears. Se a chuva castigava a platéia carioca, um solícito segurança segurava um guar-da-chuva para que Madonna não molhasse os seus cabelos. Assim como já vem acontecendo em suas turnês, "Vogue", um dos principais sucessos de Madonna, animou a platéia em uma versão funkeada.O "tic tac" de um relógio que apareceu no telão, e o remix de "Die Another Day", canção-tema do fi lme de James Bond, sinalizaram o início da segunda parte do show ("Old School", que representa o começo de sua carreira em Nova York), que começou com o a cantora vestida com um micro-short vermelho (tipo uma boxeadora), deslizando em um pau-de-sebo, e pulando corda ao som do mega-hit "Into The Groove", em total clima "back to the 80's". Se a cantora cortou o clímax com a boa (mas nova e pouco conhecida) "Heartbeat", o nocaute veio logo com o sucesso "Borderline", em uma versão mais roqueira do que a original de seu primeiro disco, e que enlouqueceu o público. O clímax é cortado novamente com a canção "She's Not Me" (que contou com imagens no telão mostrando Madonna em diversas fases de sua carreira. A coreografi a nessa canção, é interessante, quando várias bailarinas aparecem "fantasiadas de Madonna" em diversas fases de sua carreira. Em seguida, o arrasa-quarterão "Music" levantou o público. Mais um longo vídeo no telão é a deixa para o início da terceira parte do show, o tal bloco latino que Madonna tanto insiste - a "Girlie Show" que passou pelo Maracanã em 1993 também tinha um. Esse bloco (intitulada "Cigana") é o mais bem acabado, em termos de luzes e imagens. As novas "Devil Wouldn't Recognize You" (com Madonna na passarela, bem perto do público, em cima de um piano), "Spanish Lesson" e "Miles Away" esfriaram a platéia, que logo voltou a pular com "La Isla Bonita", apesar da versão totalmente diferente da original. A acústica "You Must Love Me" foi a deixa para os telões começarem a mostrar imagens de personalidades como Nelson Mandela, Bob Geldof, John Lennon, John Kennedy, Martin Luther King Jr., Mahatma Ghandi e, claro, Barack Obama, momento em que o público foi ao delírio.O quarto bloco (disparado, o mais animado de todos), começou com o dueto virtual de Madonna e Justin Timberlake, no sucesso "4 Minutes". Dois dos principais hits da cantora norte-americana, que vestia uma calça preta e uma blusa brilhante, "Like a Prayer" e "Ray Of Light", se seguiram, e, a essa altura, mesmo quem ainda duvidava do poder de fogo de Madonna, pulou no Maracanã, que foi transformado em uma imensa rave (que, aliás, é o nome do bloco). Em seguida, apenas com a sua guitarra, e como vem acontecendo em todos os shows da turnê, Madonna atendeu a um pedido do público. Quem esteve presente ao Maracanã teve sorte ao poder ouvir "Express Yourself", sucesso do álbum "Like a Prayer", e que não faz parte do roteiro fi xo da turnê. Uma versão super-roqueira de "Hung Up" (maior sucesso do álbum anterior de Madonna, "Confessions On a Dance Floor") e a nova e irresistível "Give It 2 Me" encerraram a apresentação que mostrou porque Madonna está no topo do olimpo pop mundial. Ao fi nal da apresentação, os telões anunciaram: "Game Over", anunciando o término do delirante show no Rio. Além dos dois shows que Madonna fez na cidade maravilhosa, a diva pop realizou também mais três em São Paulo nos dias 18, 20 e 21 encerrando a turnê no Brasil. Turnê “Sticky & Sweet”: A turnê, que serve para promover o lançamento de “Hard Candy”, mais recente disco de Madonna, lançado em 28 de abril, e o último de sua carreira pela Warner Music, começou no dia 23 de agosto, na cidade de Cardiff (País de Gales). O disco já alcançou o primeiro lugar em vendas em 33 países, incluindo o Brasil. Antes de chegar ao Brasil, Madonna passou por Buenos Aires, na Argentina, e também por Santiago, no Chile. Na capital portenha, os shows acon-teceram nos dias 4, 6 e 7 de dezembro, no estádio River Plate. Já em Santiago, os fãs puderam conferir a performance da cantora nos dias 10 e 11, no estádio nacional.

forte chuva que caiu no Maracanã durante as duas horas do primeiro show da turnê brasileira de Madonna não foi capaz de desanimar as 70 mil pessoas que lo-taram o estádio. Quem é alucinado por Madonna (e no Maracanã era o que mais havia), saiu da primeira apresentação da nova turnê da cantora, realiza-da no Rio de Janeiro, com a sensação de que assistiu ao show de sua vida. Mas quem apenas gosta de Madonna (ou foi ao show por curiosidade) saiu do estádio se perguntando porque Madonna é capaz de causar tanta comoção. Ma-

forte chuva que caiu no Maracanã durante as duas horas do primeiro show da turnê brasileira de Madonna não foi capaz de desanimar as 70 mil pessoas que lo-taram o estádio. Quem é alucinado por Madonna (e no Maracanã era o que mais havia), saiu da primeira apresentação da nova turnê da cantora, realiza-da no Rio de Janeiro, com a sensação de que assistiu ao show de sua vida. Mas quem apenas gosta de Madonna (ou foi ao show por curiosidade) saiu do estádio se perguntando porque Madonna é capaz de causar tanta comoção. Ma-

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