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SÃO LUIZ TEATRO MUNICIPAL Entre outros, Amazónia tem referência aos espetáculos Hunting Scene de Cláudia Gaiolas e Daniel Worm, Moral is High (Since We Gave Up Hope) dos Powder Keg, Wild Bore de Zoe Coombs Marr, Ursula Martinez e Adrienne Truscott, e O Nome da Rosa de Pedro Penim. E também os filmes A Desaparecida de John Ford (1956), Último tango em Paris de Bernardo Bertolucci (1972), Apocalypse Now de Francis Ford Coppola (1979), Fitzcarraldo de Werner Herzog (1982), Groundhog day de Harold Ramis (1993), Smoke Signals de Chris Eyre (1998) e O Martírio de Vicent Carelli (2017), bem como os livros: Bruce ALBERT e Davi KOPENAWA, A queda do céu: palavras de um xamã yanomami, Companhia das Letras, 2010; Samuel BENCHIMOL, Romanceiro da Batalha da Borracha, Impr. Oficial, Governo do Estado do Amazonas, 1992; Jorge CALDEIRA, Mauá: Empresário do Império, Companhia das Letras, 1995; Adolfo Bioy CASSARES, A invenção de Morel, Antígona, 1984; Euclides da CUNHA, Amazónia: Um Paraíso Perdido, Ufa, 2003; Phillip K. DICK, O Homem Duplo, Relógio de Água, 2017; Hernani DONATO, Selva Trágica, Letra Selvagem, 2011; Stuart FRANKLIN, The documentary impulse, Phaidon, 2016; Mckenzie FUNK, Caiu do Céu: o promissor negócio do aquecimento global, Três Estrelas, 2016; Luís Lino GERALDO, Máfia Verde 2: Ambientalismo, Novo Colonialismo, Capax Dei, 2017; Greg GRANDIN, Fordlândia: Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva, Rocco, 2010; Esther HAMBURGUER, O Brasil Antenado: a sociedade da novela, Jorge Zahar Editor, 2005; Yuval Noah HARARI, Sapiens: História Breve da Humanidade, Elsinor, 2017; Claude LEVI-STRAUSS, Tristes Trópicos, Companhia das Letras, 1996; Mario Vargas LLOSA, A tia Júlia e o Escrevedor, D. Quixote, 2011; Koert Van MENSVOORT, Next Nature, Actar, 2012; Timothy MORTON, Dark Ecology: for a logic of future coexistence, Columbia University Press, 2016; Patrícia Melo SAMPAIO, O fim do silêncio: presença negra na amazónia, Sueny Diana O. De Souzame, 2011; Márcio SOUZA, Amazónia Indígena, Record, 2015; Alan WEISMAN, O Mundo Sem Nós, Estrela Polar, 2007; Peter WOHLLEBEN, A vida secreta das árvores, Pergaminho, 2016; Andrea WULF, A invenção da Natureza: As aventuras de Alexander Von Humboldt, Temas e Debates, 2016. Na música, reciclam-se as bandas sonoras dos espetáculos da mala voadora memorabilia, dead end, Wilde, Hamlet e Moçambique. mala voadora . Amazónia Sobre Amazónia, gostaríamos de dizer que: (1) Constitui a segunda parte de um díptico iniciado com o espetáculo Moçambique. (2) Tem três planos narrativos: a história de um grupo de artistas de vanguarda que vai para a Amazónia fazer uma telenovela ecológica, o enredo da própria novela, e a História que este enredo ecoa. (3) Como se trata de um espetáculo ecológico, a matéria prima é reciclada: as várias cenas, o cenário, a luz, a música e os figurinos vêm de outros espetáculos, alguns da mala voadora, outros não. (4) Mais uma vez, interessou-nos mais especular em torno da multiplicidade de derivações da ideia de “realismo”, do que inscrevermo-nos nas convenções realistas, ou nas convenções antirrealistas do passado recente. (5) É a primeira vez que a mala voadora usa uma máquina de fumo. (6) “Even if it’s true that we really are screwed, let’s not spend the rest of our lives on this planet telling ourselves how screwed we are.” é uma frase que combina bem com “We are all in the gutter but some of us are looking at the stars.” (7) A melhor maneira de conhecer o fim de uma história é chegar ao fim dessa história.

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SÃO LU I Z T E AT R O M U N I CI PA L

Entre outros, Amazónia tem referência aos espetáculos Hunting Scene de Cláudia Gaiolas e Daniel Worm, Moral is High (Since We Gave Up Hope) dos Powder Keg, Wild Bore de Zoe Coombs Marr, Ursula Martinez e Adrienne Truscott, e O Nome da Rosa de Pedro Penim. E também os fi lmes A Desaparecida de John Ford (1956), Último tango em Paris de Bernardo Bertolucci (1972), Apocalypse Now de Francis Ford Coppola (1979), Fitzcarraldo de Werner Herzog (1982), Groundhog day de Harold Ramis (1993), Smoke Signals de Chris Eyre (1998) e O Martírio de Vicent Carelli (2017), bem como os livros: Bruce ALBERT e Davi KOPENAWA, A queda do céu: palavras de um xamã yanomami, Companhia das Letras, 2010; Samuel BENCHIMOL, Romanceiro da Batalha da Borracha, Impr. Ofi cial, Governo do Estado do Amazonas, 1992; Jorge CALDEIRA, Mauá: Empresário do Império, Companhia das Letras, 1995; Adolfo Bioy CASSARES, A invenção de Morel, Antígona, 1984; Euclides da CUNHA, Amazónia: Um Paraíso Perdido, Ufa, 2003; Phillip K. DICK, O Homem Duplo, Relógio de Água, 2017; Hernani DONATO, Selva Trágica, Letra Selvagem, 2011; Stuart FRANKLIN, The documentary impulse, Phaidon, 2016; Mckenzie FUNK, Caiu do Céu: o promissor negócio do aquecimento global, Três Estrelas, 2016; Luís Lino GERALDO, Máfia Verde 2: Ambientalismo, Novo Colonialismo, Capax Dei, 2017; Greg GRANDIN, Fordlândia: Ascensão e queda da cidade esquecida de Henry Ford na selva, Rocco, 2010; Esther HAMBURGUER, O Brasil Antenado: a sociedade da novela, Jorge Zahar Editor, 2005; Yuval Noah HARARI, Sapiens: História Breve da Humanidade, Elsinor, 2017; Claude LEVI-STRAUSS, Tristes Trópicos, Companhia das Letras, 1996; Mario Vargas LLOSA, A tia Júlia e o Escrevedor, D. Quixote, 2011; Koert Van MENSVOORT, Next Nature, Actar, 2012; Timothy MORTON, Dark Ecology: for a logic of future coexistence, Columbia University Press, 2016; Patrícia Melo SAMPAIO, O fi m do silêncio: presença negra na amazónia, Sueny Diana O. De Souzame, 2011; Márcio SOUZA, Amazónia Indígena, Record, 2015; Alan WEISMAN, O Mundo Sem Nós, Estrela Polar, 2007; Peter WOHLLEBEN, A vida secreta das árvores, Pergaminho, 2016; Andrea WULF, A invenção da Natureza: As aventuras de Alexander Von Humboldt, Temas e Debates, 2016. Na música, reciclam-se as bandas sonoras dos espetáculos da mala voadora memorabilia, dead end, Wilde, Hamlet e Moçambique.

mala voadora . Amazónia Sobre Amazónia, gostaríamos de dizer que:

(1) Constitui a segunda parte de um díptico iniciado com o espetáculo Moçambique.

(2) Tem três planos narrativos: a história de um grupo de artistas de vanguarda que vai para a Amazónia fazer uma telenovela ecológica, o enredo da própria novela, e a História que este enredo ecoa.

(3) Como se trata de um espetáculo ecológico, a matéria prima é reciclada: as várias cenas, o cenário, a luz, a música e os fi gurinos vêm de outros espetáculos, alguns da mala voadora, outros não.

(4) Mais uma vez, interessou-nos mais especular em torno da multiplicidade de derivações da ideia de “realismo”, do que inscrevermo-nos nas convenções realistas, ou nas convenções antirrealistas do passado recente.

(5) É a primeira vez que a mala voadora usa uma máquina de fumo.

(6) “Even if it’s true that we really are screwed, let’s not spend the rest of our lives on this planet telling ourselves how screwed we are.” é uma frase que combina bem com “We are all in the gutter but some of us are looking at the stars.”

(7) A melhor maneira de conhecer o fi m de uma história é chegar ao fi m dessa história.

da multiplicidade de derivações da ideia de “realismo”,

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www.teatrosaoluiz.pt

são luiz teatro Municipal Direção artística Aida Tavares; Direção executiva Joaquim René; Programação Mais Novos Susana Duarte; Adjunta direção executiva Margarida Pacheco; Secretária de direção Olga Santos; Direção de produção Tiza Gonçalves (Diretora), Susana Duarte (Adjunta), Andreia Luís, Margarida Sousa Dias; Direção técnica Hernâni Saúde (Diretor), João Nunes (Adjunto); Iluminação Carlos Tiago, Ricardo Campos, Sara Garrinhas, Sérgio Joaquim; Maquinistas António Palma, Cláudio Ramos, Paulo Mira, Vasco Ferreira; Som João Caldeira, Gonçalo Sousa, Nuno Saias, Ricardo Fernandes, Rui Lopes; Responsável de manutenção e segurança Ricardo Joaquim; Secretariado técnico Sónia Rosa; Direção de cena Marta Pedroso (Coordenadora), José Calixto, Maria Tavora, Ana Cristina Lucas (Assistente); Direção de comunicação Ana Pereira (Diretora), Elsa Barão, Nuno Santos; Relação com públicos Mais Novos Inês Almeida; Design gráfico Silvadesigners; Bilheteira Ana Ferreira, Cristina Santos, Soraia Amarelinho; Frente de casa Fix Chiq; Segurança Securitas; Limpeza Astrolimpa

o Bilhete suspenso nunca esgota. saiba mais em [email protected]/ 213 257 650

texto e direção Jorge Andrade . assistência de encenação Maria Jorge . com Bruno Huca, Isabél Zuaa, Jani Zhao / Maria Jorge, Jorge Andrade, Marco Mendonça, Tânia Alves e Welket Bungué . cenografia e figurinos José Capela . banda sonora Rui Lima e Sérgio Martins . luz Rui Monteiro . robots Behind . fotografias de cena José Carlos Duarte e Marta Simões . imagem de divulgação Marta Ramos . vídeo de divulgação Jorge Jácome e Marta Simões . direção de produção Joana Costa Santos . apoio à produção e comunicação Jonathan da Costa . gestão cultural Vânia Rodrigues . residência O Espaço do Tempo . coprodução Teatro Municipal São Luiz, Teatro Municipal do Porto Rivoli/Campo Alegre e Theatro Circo

Agradecimentos Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Experimental de Cascais

A mala voadora é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes e associada d’O Espaço do Tempo e da Associação Zé dos Bois.

9—19 nov 2017 sala luis Miguel Cintra Quarta a sábado, 21h

Domingo, 17h30€12-€15 (com

descontos €5-€10,50)Duração (aprox.): 1h15;

m/14

19 nov, domingo, 17h30

sessão com interpretação em

língua Gestual portuguesa

sessão com audiodescrição

conversa com a equipa artística após o

espetáculo, moderada por Guilherme Blanc

(Câmara Municipal do porto / Fórum do Futuro)

Amazónia é um espetáculo em torno da ecologia, que passou por uma residência na Amazónia, por uma colaboração com o Fórum do Futuro – Terra Elétrica que incluiu o convite dirigido aos oradores Les U. Knight (ativista do Movimento para a Extinção Humana Voluntária) e Koert van Mensvoort (artista, filósofo e tecnólogo do projeto Next Nature), e que incluiu também a terceira edição do programa Happy Together para o qual se juntaram à mala voadora Guilherme Blanc, Marcelo Evelin e Daniel Fraga para eleger três das propostas que responderam a uma convocatória – obras de Guilherme Sousa e Pedro Azevedo, de Sónia Baptista, e de Tiago Cadete –, mas nem por isso Amazónia é um espetáculo que ilustre um panfleto ecológico.