[Sermão] Jesus e a mulher samaritana: Lições de um evangelismo eficaz
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Sermão baseado no Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 5, p. 1036-1037
M.Sc. Hugo Hoffmann | 17 de Janeiro de 2014 www.exegesebiblia.blogspot.com.br Página 1
SERMÃO: JESUS E A MULHER SAMARITANA: LIÇÕES DE UM EVANGELISMO EFICAZ
Texto: João 4:1-42
Tema: Evangelismo
Objetivo: Aprender com Jesus a aproximar pessoas a Deus
Proposição: Como Jesus conseguiu alcançar milhões de pessoas?
INTRODUÇÃO
Contexto: “Quando, pois, o Senhor veio a saber que os fariseus tinham ouvido
dizer que ele, Jesus, fazia e batizava mais discípulos que João (se bem
que Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos), deixou a
Judéia, retirando-se outra vez para a Galiléia. E era-lhe necessário
atravessar a província de Samaria. Chegou, pois, a uma cidade
samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho
José [Gn 33:19; 48:22; Js 24:32]. Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da
viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.” (João
4:1-6).
1. Os fariseus tiraram vantagem dos ciúmes dos discípulos de João
devido à crescente popularidade de Jesus, na esperança de criar
dissensão entre João e Jesus e, dessa forma, prejudicar os esforços de
ambos.
2. Não se diz por que Jesus mesmo não batizava; talvez fosse para evitar
a ideia de alguém desejar autoridade superior na igreja por ter sido
batizado pessoalmente por Cristo.”
3. Jesus deixou a Judeia e foi para a Galileia por volta de janeiro de 29
d. C. (~1985 anos atrás) para evitar conflitos com os fariseus e com
os discípulos de João. A decisão de deixar a Judeia foi motivada, não
por medo, mas por prudência.
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4. Nenhum sitio arqueológico ligado à vida de Jesus é identificado com
mais certeza do que este poço, que ainda fornece água para o jardim
de um mosteiro que fica no pé do monte Gerizim.
5. Jesus e os discípulos deviam estar viajando desde o romper do dia, e
talvez já tivessem andado 30 Km. Jesus sentou-se sobre a borda do
poço próximo as 12h.
“Judeus e samaritanos eram obstinados inimigos, evitando tanto quanto possível
todo trato uns com os outros. Negociar com os samaritanos, em caso de
necessidade, era na verdade reputado lícito pelos rabis; qualquer contato social
com eles, porém, era condenado. Um judeu não tomava emprestado nem recebia
obséquios de um samaritano, nem mesmo um pedaço de pão ou um copo de água.
Comprando comida, os discípulos estavam agindo em harmonia com o costume da
nação. Além disso não iam, entretanto. Pedir um favor de um samaritano, ou buscar
por qualquer maneira beneficiá-lo, não entrava nas cogitações nem mesmo dos
discípulos de Cristo.” (O Desejado de Todas as Nações, p. 120.2).
O processo pelo qual a mulher samaritana foi ganha merece o cuidadoso estudo
por parte dos interessados em ganhar pessoas para Cristo. Houve quatro estágios
principais:
ARGUMENTAÇÃO
I. Despertamento de um desejo por algo melhor (v. 7-15)
A) “Dá-me de beber” (v. 8): Jesus chamou a atenção da mulher e teve que fazer algo
contrário ao comportamento esperado pela sociedade de sua época.
B) “Disse-lhe a mulher samaritana” (v. 9): Ao saírmos da mornidão dos costumes frios,
movidos pelo Espírito Santo, haverá uma abertura ao diálogo, uma oportunidade de
plantar a semente do Evangelho.
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C) “O dom de Deus [...] te daria água viva” (v. 10): Dom, do grego “dorea” (G1431): um
presente. De onde temos a ideia de “graça”. O presente de Deus para salvar a humanidade
tem um presente para nós. Quem aceitar este presente “nunca terá sede” (v. 14).
D) Assim como o poço de Jacó continua a oferecer água ao sedento até hoje, mesmo depois
de 3.500 anos, aquele que receber “da água que Eu lhe der [disse Cristo], se fará nele
uma fonte de água a jorrar para a vida eterna” (v. 14). Quem recusaria um presente
assim? A mulher disse: “Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede” (v.
15).
II. Despertamento de uma convicção da própria necessidade (v. 16-20)
A) “Vai, chama o teu marido” (v. 16): Sem condenar, nem muito menos acusar, as palavras
de Jesus levaram a mulher a refletir sobre sua atual situação.
B) “Vejo que és profeta” (v. 19): O cristão que obedecer ao mandamento de Cristo de
amar o próximo como a ele mesmo (Mateus 22:39) facilmente será reconhecido como um
servo de Deus.
C) “Vós dizeis que é em Jerusalém” (v. 20): O nosso interesse pelo bem-estar e pela
salvação das pessoas desperta nelas o interesse por aquilo que cremos.
III. Chamado a uma decisão para reconhecer Jesus como Salvador (v. 21-26)
A) “A salvação vem dos judeus” (v. 22):
“Cristo, manifesto aos patriarcas, simbolizado no serviço sacrifical, retratado na
lei, e revelado pelos profetas, é o tesouro do Antigo Testamento.” (O Desejado
de Todas as Nações, p. 62.1).
“Ninguém pode apresentar corretamente a lei de Deus sem o evangelho, ou o
evangelho sem a lei. A lei é o evangelho consolidado, e o evangelho é a lei
desdobrada. A lei é a raiz, e o evangelho é a fragrante flor e frutos que produz.”
(O Desejado de Todas as Nações, p. 63.2).
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B) “A hora vem, e agora é” (v. 23): Há um risco não estimado pelo pecador quando se
adia a decisão mais importante de sua vida: aceitar Jesus como salvador. Verdadeiros
adoradores são aqueles que morreram para o velho eu e nasceram em Cristo.
“[...] Eis, agora, o tempo sobremodo oportuno, eis,
agora, o dia da salvação” (2 Coríntios 6:2)
C) “Eu sei que o Messias [...] vem” (v. 25): Nenhuma pessoa pode tomar uma sólida decisão
ao lado de Cristo sem antes conhecer o que sobre Ele está escrito na Palavra de Deus.
“Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a
vida eterna, e são elas mesmas que testificam de
Mim.” (João 5:39)
D) “Jesus disse-lhe: Sou eu, eu que falo contigo” (v. 26): Este é o momento certo da
decisão para uma vida toda. O momento que Jesus fala ao nosso coração mediante a ação
poderosa do Espírito Santo depois de conhecê-Lo nas Escrituras. Qual será a sua decisão?
IV. Estímulo a uma ação em harmonia com a decisão anterior (v. 28-30, 39-42)
A) “Deixou [...] a mulher o seu cântaro” (v. 28): Não deve existir distância entre aquilo que
cremos e aquilo que fazemos. Se forem verdadeiramente produzidas pelo Espírito Santo,
nossas decisões ao lado de Cristo produzirão em nós interesse na salvação das pessoas. A
mulher até esqueceu de dar a água que Jesus havia pedido inicialmente (v. 7).
B) “Vinde e vede um Homem” (v. 29): Nós produzimos membros, a igreja produz
membros, a religião produz membros, mas Jesus constrói discípulos e só discípulo gera
discípulo: “Saíram [...] da cidade e foram ter com Ele” (v. 30).
“Muitos samaritanos daquela cidade creram nele, em
virtude do testemunho da mulher, que anunciara: Ele
me disse tudo quanto tenho feito. Vindo, pois, os
samaritanos ter com Jesus, pediam-lhe que
permanecesse com eles; e ficou ali dois dias. Muitos
outros creram nele, por causa da sua palavra, e
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diziam à mulher: Já agora não é pelo que disseste que
nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e
sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do
mundo.” (João 4:39-42).
CONCLUSÃO
1. Jesus conquistou a atenção da mulher pedindo um simples copo d’água.
O que temos usado para despertar a atenção das pessoas?
Temos usado com sabedoria nosso dinheiro, internet, tempo e
conhecimento?
2. Havendo conquistado sua atenção, Jesus despertou nela o interesse por algo melhor
do que ela tinha.
“Pedro, porém, lhe disse: Não possuo nem prata nem ouro, mas o
que tenho, isso te dou: em nome de Jesus Cristo, o Nazareno,
anda!” (Atos 3:6). Pedro ofereceu tudo o que ele tinha. Quanto você
tem de Cristo em você para oferecer a quem tem menos ou não tem
nada?
3. Da atenção e do interesse, Jesus a levou ao desejo pela “água viva”, declarando que
aquele que dela beber nunca mais terá sede (v. 14). Sua resposta foi: “Senhor, dá-me
dessa água” (v. 15).
Nossos cultos, nossos lares e nosso caráter desperta em alguém a
vontade de saber onde encontramos esta água viva que torna tudo isso
um manancial a jorrar para vida eterna?