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Separação Cromatografica
Docente: João Salvador FernandesLab. de Tecnologia Electroquímica
Pavilhão de Minas, 2º AndarExt. 1964
2João Salvador – IST 2006
Separação Cromatográfica
envolve interacções entre um soluto numa fase móvel (eluente) e um leito fixo, constituído por uma matriz com ligandos que apresentam especial afinidade pelo soluto
a separação dos diversos componentes é feita com base nas diferentes afinidades dos solutos com o leito fixo
é também muito importante a razão entre as afinidades do eluente e dos solutos pelo leito fixo
quanto maior a afinidade de um dado soluto, maior será o seu tempo de retenção
neste caso utiliza-se uma resina (Q-Sepharose), constituída por agarose com ligandos de amina quaternária (com um N+) e temos apenas um soluto, o vermelho de fenol que, em meio alcalino (NaOH 1M = eluente) se apresenta vermelho e com duas cargas negativas.
3João Salvador – IST 2006
Bases Teóricas
Teoria do Movimento do SolutoPermite relacionar a velocidade média do soluto uu com a velocidade superficial vvss (vvss = = QQvv/A /A )
( ) ( )( ) CqKvu
spedpee
s
∆∆−−+−+=
.11..1 ρεεεεεem que εεee é a porosidade interparticular média (fracção de vazios entre partículas), εεpp é a porosidade intraparticular média (fracção de vazios dentro das partículas), KKdd é a fracção de poros acessível a um dado soluto, ∆∆qq é a quantidade de soluto adsorvido e ∆∆CC é a variação de concentração (ρρss é usada como correcção dimensional às unidades de ∆q e ∆C)
Por seu lado, uu está relacionada com o tempo de residência tempo de residência ttrr e com o comprimento da coluna L:
uLtr =
Pode, assim, calcularPode, assim, calcular--se o tempo de retense o tempo de retençção de um soluto com isotão de um soluto com isotéérmica rmica conhecidaconhecida
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Bases Teóricas
Equação de Van DeemterA altura equivalente a um prato teórico (HETP) é dada como a soma da contribuição dos três mecanismos responsáveis pelos efeitos de dispersão:
ii
vCvBAHETP ++=
A – Termo de difusão turbulenta (diferentes caminhos de escoamento)B – Termo de difusão longitudinal (“para a frente” ou “para trás”)C – Termo de transferência de massa (atraso devido à interacção com a fase estacionária)
Deve existir uma velocidade Deve existir uma velocidade óóptima que minimiza os efeitos ptima que minimiza os efeitos dos 3 mecanismos de dispersãodos 3 mecanismos de dispersão
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Bases Teóricas
Dispersão AxialDa análise dos efeitos da dispersão axial, obtém-se a seguinte equação para a concentração em soluto à saída da coluna:
( )⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡ −−= 2
2'0
2exp
2 r
r
tttN
NCCπ
em que o primeiro factor multiplicativo corresponde à concentração máxima verificada, NN é o número de pratos teóricos da coluna e ttrr o tempo de retenção do soluto
ÉÉ notnotóória a semelhanria a semelhançça com a equaa com a equaçção de uma ão de uma gaussianagaussiana::
( ) ( )⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡ −−= 2
2
max 2exp
σµxfxf
onde µµ é o valor médio e σσ o desvio padrão da distribuição
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Trabalho Laboratorial
Montagem a utilizar
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Trabalho Laboratorial
ProcedimentoTrabalhando a um dado caudal de eluente, injecta-se uma amostra de soluto e recolhem-se, durante um dado intervalo de tempo, amostras à saída da coluna;
fazem-se medidas para vários caudais de eluente
para cada caudal, mede-se o perfil de concentração do vermelho de fenol, que deverá apresentar-se como uma normal
a concentração é obtida por medidas de absorvância
para normalizar os perfis, representa-se A/Amax ( e não apenas A)
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Tratamento dos Resultados
0
1
t
A/Am
ax
Obtêm-se cromatogramas com andamento gaussiano (correspondente ao modelo de dispersão axial):
o tempo de retenção (tr) será dado como o tempo necessário para se atingir o máximo da curva
uma vez obtidos os 4 cromatogramas(para 4 diferentes caudais de eluente e, assim, 4 diferentes velocidades), pode fazer-se uma representação de tr em função de L/vs (c/ vs=Q/A) que deveráser linear, concluindo-se que para maiores velocidades se têm tempos de retenção menores (verificação da teoriado movimento do soluto)
tr
L/v
9João Salvador – IST 2006
Tratamento dos Resultados
um dos objectivos do trabalho é obter o nºde pratos teóricos da coluna, através de uma das expressões que relacionam N com tr e com a largura (W ou W1/2) do cromatograma
atendendo a que numa gaussiana se tem:
( ) ( )⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡ −−= 2
2
max 2exp
σµxfxf
e que, neste caso, representando A/Amax:( )
⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡ −−= 2
2
max 2exp/
r
r
tttNAA
então:
( )2σσ
µ
rr
r
tNNt
t
=⇒=
=
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Tratamento dos Resultados
a medida de σ é difícil de obter; uma forma é considerar a largura da banda, mas esta, em teoria, seria infinita
sabe-se, no entanto, que na gama de valores [µ-2σ,µ+2σ] se encontram 95.2% das probabilidades, o que corresponde a uma largura W=4σ.
( )
2
2
2
164
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛==Wt
WtN rr
neste caso tem-se:
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Tratamento dos Resultados
Mesmo assim, obtenção de W continua a ser difícil. Uma forma mais simples resulta do conceito de largura a meia altura (W1/2) que, através de cálculos de probabilidades, se verifica estar relacionada da forma:
2
21
54.5 ⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛=
WtN r
que resulta de:
( ) ( )
2
21
2
21
2
21
2
221
max
54.5355.2
355.21774.121774.1
5.0ln215.0)( 2
2
⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛=⎟
⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛=⎟
⎠⎞
⎜⎝⎛=
=×=⇒±=
=−
−⇒==−
−
Wt
WttN
Wx
xefxf
rrr
x
σ
σσσµσµσ
µ
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Tratamento dos Resultados
Finalmente, o HETP obtém-se como L/NL/N (emque L é o comprimento do leito cromatográfico)
terá uma representação linear em função davelocidade (maiores velocidades ⇒ maioresHETP ⇒ colunas menos eficientes), de acordocom a eq. de Van Deemter.
vi
HETP