Semmais 676

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www.semmaisjornal.com semanário - edição n.º676 5.ª série - 0,50 € região de setúbal Sábado | 6.Agosto.2011 Distribuído com o Pub. Pub. Director: Raul Tavares VENDA INTERDITA Pub. Vamos a banhos! EDIçãO ESPECIAL DE VERãO Voltamos no dia 20 de Agosto com a próxima edição do Semmais

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Semmais jornal Agosto 676

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www.semmaisjornal.comsemanário - edição n.º676 • 5.ª série - 0,50 € • região de setúbalSábado | 6.Agosto.2011

Distribuído com o

Pub.

Pub.

Director: Raul Tavares

VENDA INTERDITA

Pub.

Vamos a banhos!

Edição EspEcial dE VErão

Voltamos

no dia 20 de

Agosto com a

próxima edição

do Semmais

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ficha técnicaDirector: Raul Tavares; Editor-Chefe: Joaquim Guerra; Redacção: Anabela Ventura, Cristina Martins, Marta David, Rita Perdigão, Roberto Dores, Fotografia: Joaquim Torres; Dep. Comercial: Cristina Almeida (coordenação), Lídia Faísca. Cartoonista: Ricardo Campos e José Sarmento. Projecto Gráfico: Edgar Melitão/”The Kitchen Media” – Nova Zelândia. Departamento Gráfico: Marisa Batista e Rita Martins. Serviços Administrativos e Financeiros: Mila Oliveira. Webmaster iMais: Susete Amaral. Web Manager/SEO: José Luís Andrade. Distribuição: José Ricardo e Carlos Lóio. Propriedade e Editor: Mediasado, Lda; NIPC 506806537 Concessão Produto: Mediasado, Lda NIPC 506806537. Redacção: Largo José Joaquim Cabecinha nº 8 D, (traseiras da Av. Bento Jesus Caraça) 2910-564 Setúbal. Tel.: 265 538 810 (geral); Fax.: 265 538 819. Email: [email protected]; [email protected]. Administração e Comercial: Tel.: 265 538 810; Fax.: 265 538 813. Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Moralena 2715-029 – Pêro Pinheiro. Tiragem: 45.000 (média semanal). Distribuição: VASP e Mediasado, Lda. Reg. ICS: 123090. Depósito Legal; 123227/98

editorial

Mesmo sem grandes ânimos, pela crise e pela instabilidade

das condições atmosféricas, o verdadeiro mês do Verão aí está, contagiando as moles humanas que rumam à praia e desafiando as piores depres-sões destes tempos caóticos e desesperantes.É pois altura de gozarmos as merecidas férias e procurar repor as energias, com boas investidas nos nossos exce-lentes areais, em praias para-disíacas, em banhos de águas límpidas, ou num recanto virgem do nosso Alentejo Litoral.Para os mais activos e mais jovens, há também muito por onde escolher, numa diversi-dade de desportos - uns mais radicais que outros – ou activi-dades de puro lazer e usufruto das nossas belezas naturais.É porque não revisitar os ícones do nosso património edificado, nem sempre reconhecido pelos naturais e residentes na região. Ou partir à grande descoberta das iguarias e sabores gastro-nómicos que fazem as delícias do cardápio de oferta da nossa melhor restauração.É sobre estas viagens maiores, que dão bem conta das poten-cialidades da nossa região, que se dedica esta edição especial. Um documento para digerir aos poucos, à medida que avança o caminho das mere-cidas férias e que enaltece uma região singular no panorama nacional.Boas férias.

UmA região singUlAr no pAnorAmA nAcionAl

pelas margens do mar de Dentro

Em verdade vos digo que o modo como o ser humano reage e adquire “qualidades”

e “defeitos” tem muito mais a ver com o meio em que vive e o modo como se adapta a ele do que com qualidades intrínsecas. A adaptação é tão eficaz e, aos olhos de todos, tão natural que esquecemos como muda ao longo do tempo com o meio que lhe dá forma.

Vem isto a propósito de dois aspectos muito importantes da nossa região: a geografia e a comida que nos moldam de uma maneira frequentemente esquecida. Anti-gamente Setúbal, virada natural-mente a Sul, constituía um polo de atracção de todo o litoral alen-tejano que a considerava uma espécie de centro natural. Essa atracção era aliás mútua porque ninguém poderia ficar indiferente ao rio e ao que, de belo, se espraia no outro lado.

Com a mobilidade actual o norte da península e Lisboa começou a substituir o Sul e o crescimento demográfico acentuou esse deslo-camento. Foi preciso os lisboetas começarem a descobrir a Comporta e as outras praias da zona para que a atenção ao sul se comece de novo a desenhar. Nascido em Setúbal com família do outro lado, chegando mesmo a viver na Comporta, nada disso é novo para mim que ainda relembro com doçura o barco do Bacalhau que fazia a ligação e tinha que esperar á entrada do esteiro para que a maré subisse e pudesse chegar ao seu destino.

O rio Sado, vindo do sul para o norte, e as correntes atlânticas construíram uma península de Tróia e um largo estuário. Aliás o que era perto no mapa era muito muito longe. Junto à costa tudo fluía para Setúbal perto do oceano enquanto que, mais no interior, a aproximação era bem para Este. Da Comporta a Alcácer, que hoje parecem coladas pela capacidade dos nossos carros, a distância era muito maior por um caminho difícil que levava que as gentes do litoral chegassem muito poucas vezes á sede de município.

A comida do litoral e de Setúbal é marcada pelo Atlântico e pela curiosa mestiçagem das ervas e da caça que lhe dão um toque telúrico e tão original. A chamada cozinha regional é um fenómeno novo onde se transforma coisas que só se comiam aos domingos e nas festas em comida de todos os dias. Ir à procura da essência não é a busca da “tasca” onde, num novo snobismo,

se tenta encontrar um genuíno que há muito o deixou de ser e onde o estereótipo do “verdadeiro” passa pelas mesas cobertas com papel e do “vinho da casa”. Aí acertamos raramente, mas amiúde erramos.

O genuíno é a recriação das origens de uma forma criativa que mantenha a essência mas que perceba que a comida de hoje já não precisa de carradas de sal e pimenta e de lumes agressivos porque existem frigoríficos e o peixe

é fresco pelo que não precisamos de lhe tirar o sabor a ranço que está na origem da comida antiga.

Tal como quando visita amigos nas suas cidades e países e eles lhe dizem, no fim, que a sua visita lhes permitiu saber coisas sobre os seus sítios que não conheciam assim lhe proponho um passeio à desco-berta daquilo que é seu.

Comece por subir ao castelo de Palmela e/ou ao Forte de Setúbal e olhar em volta. Pense que a serra da Arrábida era uma ilha separada de terra e que até onde a sua vista alcança

os terrenos chegaram pela acção dos rios Tejo e Sado (com uma ajudinha do Atlântico). Olhe para o estuário do sado e como ele é largo o que levou a que seja uma espécie de mar inte-rior (não pelo tamanho mas pela sali-nidade e movimentação das águas) obrigando às movimentações da população que lhe descrevi acima. Desça para Setúbal pela velha estrada da baixa de Palmela e deleite-se com os pinheiros mansos lindíssimos que se estendem nas colinas.

Se lhe dê a fome vá até ao restaurante o Miguel, mesmo em frente á doca dos pescadores em Setúbal e perceba o que é o amor pelo peixe, o carinho nas pequenas grandes diferenças, o tratar a matéria-prima como se tratasse do mais fino brocado tecido pelo oceano tão misterioso nas suas dádivas como uma seda vinda de um país distante.

Atravesse o rio e percorra a península de Tróia, pare frequen-temente e olhe para o estuário, procure a avifauna, as diferentes espécies que há muito transfor-maram o rio na sua casa e que o olham com a indiferença adequada.

Percorra a Comporta e a Carras-queira. Ai perceba que as gentes tinham que ser auto-suficientes de uma maneira dura mas rica porque nos tempos áureos ser reco-lector de peixe desde estuário e agricultor nos aluviões era do melhor que o mundo de antanho poderia fornecer.

O seu apetite está a crescer e faça-se de novo à estrada no caminho de Alcácer e pense que ela não existia e que está a atravessar aquilo que era uma autentica fronteira onde

os antepassados dos que vê tinham que fazer muitas vezes a pé sob um sol ou um frio arrasadores. Mas tenha cuidado por vai passar por o Monte Alvo. Uma duna paleolítica ainda coberta de líquenes e vegetação dunar da mais alta qualidade e que é exemplar único pela sua impo-nência e conservação. Em frente está o empreendimento da Herdade de Montalvo em cujo restaurante reina o espírito da dona Aida. Começa aqui a aventura da fusão. O cuidado em fazer o tradicional realçando os sabores de cada coisa, os tempos de cozedura adequados … a melhor cataplana que comi onde o peixe e os legumes se entrelaçam como uma renda de bilros onde cada cor é inde-pendente e não é nada sem a presença das outras.

Durma em Alcácer. E acorde numa vila formada pelo rio, onde os seus delicados meandros ladeando a colina, tão expressão verdadeira ao adjectivo “dulcíssimo” tão pouco usado e tão expressivo. Percorra com vagar as suas ruas e acabe na Desco-berta (Hortelã da Ribeira) restau-rante aberto ao rio onde a Dona Helena põe em prática o seu insaci-ável desejo de ir mais longe e casa o mar com o terra, os cheiros com os sabores deixando-os respirar como se orquestrasse um poema sinfónico onde cada instrumento fosse uma personagem à procura do seu lugar no mundo. Que dizer da sopa de espi-nafres com amêijoas ….

Compreender a terra que forma as pessoas, construir uma cozinha que respeite os ingredientes, esta é melhor metáfora para um mundo que se quer melhor e mais, porque não dize-lo, democrático e solidário.

José mAnUel pAlmA

Como quando visita um amigo nas suas cidades ou países, proponho um passeio à descoberta do que é seu”

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‘DONO’ de centenas de quilómetros de costa, o distrito de Setúbal é um dos mais profícuos em extensos areais com praias ribeirinhas e oceânicas, a maioria delas com oferta excelente quer na restauração quer na vertente cultural e lúdica.

À beleza natural, junta-se a oferta turística

de excelência, na sua maioria tendo por mais-valia a distinção da Bandeira Azul da Europa que atesta, sem margem para dúvidas, parâme-tros como a qualidade do areal e da água das zonas balneares.

Desde os concelhos da margem-sul, encimada pela l o n g a

extensão de praias da Costa de Caparica, passando pelas belezas naturais das praias da Serra da Arrábida e de Sesimbra, até aos mais de 45 km de areal oferecido por Grândola, os concelhos do distrito setubalense constituem um dos pontos obrigatórios para os milhões de turistas que todos os anos nos visitam.

as nossas Praias

UMAS oficiais e outras nem por isso, o certo é que um pouco por todo o extenso areal da região proliferam praias utili-zadas por veraneantes que preferem o contacto directo entre a pele e os elementos da Natureza.

Em Sesimbra situa-se aquela que é considerada a ‘Meca’ do naturismo português. Trata-se da Praia do Meco, oficial-mente dedicada ao nu e conhecida pelo mundo fora. É protegida por uma falésia de argila, com nascentes de água própria para beber ou tirar o sal do corpo. Sítio excelente para tratamentos com argila verde, abundante e pura. Muito frequentada por famílias, é uma praia tranquila com extenso areal e água muito limpa.

Mais a sul, outra refe-rência no roteiro naturista:

a Praia do Salto, em Porto Covo, concelho de Sines, entre o Cerro da Águia e a Cerca Nova.

Mais a norte, em plena Arrábida, os pequenos recantos da serra junto ao mar são os preferidos, mas

não oficiais, para o nudismo, sendo que o mesmo acontece em muitas das pequenas praias ao longo da Costa de Caparica protegidas por um alto e extenso cordão dunar.

Um paraíso chamado Tróia Naturismo em alta

SITUADA no concelho de Grândola, a península de Tróia é uma das áreas mais ricas em beleza natural aliada ao turismo de qualidade, cuja oferta inclui o complexo turístico do Tróiaresort, apartamentos, casino, discotecas, bares e muita animação ao longo de dezenas de quilómetros de areal.

Zona privilegiada em qualidade e quantidade de oferta, Tróia é, também, um exemplo a nível mundial pois integra-se num concelho cuja extensão de praia (45 km) é a terceira maior do mundo.

E este ano, há motivos acrescidos para fidelizar os milhões de visitantes que todos os anos cá chegam. É que, este Verão Grândola voltou a ser o concelho do Alen-tejo com mais distinções de qualidade, num total de oito praias e uma Marina com Bandeira Azul. Comporta, Aberta Nova, Carvalhal, Pego, Atlântica, Bico das Lulas, Tróia-Galé e Tróia-Mar mantêm a Bandeira Azul, que continua também hasteada na Marina de Tróia.

Mais destaques em www.turismolisboavaledotejo.pt

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Areias do desa(sossgo)As praias de areal extenso

inseridas na Reserva Natural da Lagoa de Santo André e da Sancha, no Alentejo litoral são das mais selva-gens do país.

Classificadas como praias douradas, são habitualmente zonas virgens de presença humana, viradas para os habitats selvagens e prote-gidas pela legislação euro-peia como redutos da flora e fauna autóctone.

A própria Lagoa, com uma praia adjacente, é um impor-tante refúgio de vida selvagem no concelho de Santiago do Cacém.

Mas a sul, na freguesia de Porto Covo, em Sines estão algumas das mais belas e virgens praias do distrito, o mesmo a c o n t e -

cendo com a enorme extensão de areal selvagem que se estende a partir da Galé, já no concelho de Grândola.

PROTEGIDA por uma falésia de argila, a praia do Meco é uma das mais marcantes

da Costa Azul. As águas que a banham são bastante fortes a merecer cuidados.

ENTRE as praias Douradas existentes na região, a Praia do Pego, em Grândola, é

um oásis envolvido por um extenso areal de cor clara e fina e dunas de grande valor.

Azulinhasna região

Almada• Mata• Santo António• S. João da Caparica• Sereia

Sines• Grande Porto Covo• Ilha do Pessegueiro• Morgavel• S. Torpes• Vasco da Gama • Vieirinha • Porto de Recreio

Grândola• Aberta Nova• Atlântica• Carvalhal• Comporta• Pego• Tróia-Bico da Lulas• Tróia-Galé • Tróia-Mar• Marina de Tróia

Santiago do Cacém• Costa de St. André• Fonte do Cortiço

Sesimbra• Ouro • Moinho de Baixo

Setúbal• Figueirinha

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Toalha, raquetes, bola, colchão, protector solar e... boa disposição! haverá muitos mais, certamente, mas eis alguns dos requi-sitos que o senso comum manda levar a praia em nome de um dia bem passado. Porém, para ir mantendo o estô-mago aconchegado, o que devemos levar? Duas hipóteses: Qual-quer género de comida ou bebida servem? ou será que devemos ser selectivos, dado o desgaste a que vamos sujeitar o organismo, a par da inevitável exposição ao sol?

Se optou pela segunda questão acertou em cheio. E não faltam razões para subli-nhar uma escolha quase minuciosa dos alimentos que devem compor um «farnel bem armado» quando se vai passar uma jornada à beira mar.

alexandra Bento, presidente da asso-ciação Portuguesa de Nutricio-nistas, explica que, desde logo,

o calor deve ser tido em conta à hora de se preparar o farnel, já que as temperaturas altas representam uma séria

ameaça para alguns alimentos, transfor-mando-os em potenciais causadores de intoxicações alimentares.

a mesma profissional reco-menda fruta, muita fruta,

nem que seja em sumo, como sendo essencial na lancheira. Convém

optar por frutas que possam ser comidas

com casca - maçãs, ameixas ou peras, por exemplo – ou então uvas e cerejas, porque têm a vantagem de funcionar quase como petisco, que dá para ir ingerido ao longo do dia de forma simples.

Comer fruta alimentae hidrata

a fruta não s ó alimenta, c o m o t a m b é m hidrata, face ao elevado teor de água que possui.

aliás, tudo o que hidrate o organismo é bem-vindo ao interior da lancheira. «as pessoas devem beber muita água, mesmo que não tenho sem sede, até porque só a fruta não é

sufi-c i e n t e ,

sobretudo nas horas de

mais calor», alerta, resumindo que os

refrigerantes e as bebidas deverão ficar em casa. o

mesmo conselho se aplica às saladas com maionese, sandes de

queijo e fiambre ou até aos iogurtes.Mesmo para quem opta por carregar

geleiras. “É melhor jogar pelo seguro”, insiste a nutricionista, relembrando que todos os alimentos com ovos e molhos

estão a mais nas zonas balneares.Contudo, para quem não abdica de levar

sandes, o melhor e mais seguro é colocar os alimentos numa bolsa térmica, dotada de placas de gelo que ajudem o fiambre e o queixo, o atum ou o frango a manterem-

se frescos durante várias horas. ainda assim, se optar pela carne assada

está a correr menos riscos, devendo temperar os alimentos à base de

azeite e ervas aromáticas em detri-mento dos molhos.

Um último conselho. opte por comer primeiro os alimentos mais susceptíveis de se alterarem com o calor e guarde para a tarde os mais resistentes. ah! E não se esqueça de se conter no sal, porque ele favorece a retenção de líquidos, acelerando uma eventual desidratação. Divirta-se!

Como levar um farnel «bem armado»

Ofertas de praia

Bares e restauração o QUE não falta nas centenas de quilómetros de areal da região de Setúbal é a oferta de cafés, restaurantes e bares para uma passagem alegre da noite para o dia. Tendo a maioria alguma facilidade de acesso e boas áreas de estacionamento, são comuns as enchentes nas noites de Verão, de áreas de diversão como os complexos turísticos da Costa de Capa-rica, os bares na linha de praia sesimbrense, e as discotecas instaladas nos concelhos do litoral alentejano.

Acesso a cidadãos com deficiênciaa Praia do ouro, em Sesimbra, é um dos exemplos do cuidado que nos últimos anos os concessionários e as autarquias têm vindo a demonstrar com a acessibilidade de cidadãos com mobilidade redu- zida. Equipada com um sistema que permite o acesso a veraneantes em cadeira de rodas, esta praia junta-se a muitas outras, no

distrito, como é o caso da Figueirinha, em Setúbal, do CDS, em almada; e Vasco da Gama, em Sines.

Bibliotecasde praiaUMa prática que já se generalizou à maioria das zonas balneares do distrito de Setúbal, sob a batuta da associação de Municípios. as bibliotecas de praia mais conhecidas são as da Moita, de Sesimbra, do Montijo, de Santiago do Cacém, e de Melides, em Grândola; que, até o final do estio oferecem a possibi-lidade de leitura de livros, jornais e revistas.

Animação diáriaDoS passatempos aos workshops de artesa-nato, passando pelas construções da areia e pelos festivais de papa-gaios, são diversas as formas de captar o inte-resse dos visitantes para as praias do distrito. Se passar por alcochete, pode assistir à largada de papagaios de papel, na Moita participe em oficinas de artesanato, em Setúbal nas famosas construções na areia, e em Santo andré o destaque vai para as pinturas faciais.

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Um grandeobservatóriode aves

Reservas naturais únicas na Europa

AS SEIS grandes áreas naturais protegidas fazem do distrito um dos únicos, no mundo, com tanto e tão rico património natural.

A norte de Alcochete, situa-se a Reserva Natural do Estuário do Tejo, ocupando 14.560 hectares. Considerada uma das reservas mais importantes da Europa, é a zona húmida mais extensa do país com grande biodiver-sidade e variedade de habitats e uma das

maiores extensões contínuas de sapal. Quase ao lado, surge a Paisagem Protegida

da Arriba Fóssil da Costa de Caparica, com 1570 hectares, na faixa litoral entre Almada e Sesimbra. Mais a sul, a Reserva Natural do Estuário do Sado estende-se por 23.160 hectares, dos quais 13.500 são área estuarina rica em sapais, zona de crescimento para inúmeras espécies.

O Parque Natural da Arrábida, por seu

lado, abraça mais de dez mil hectares, no litoral desde Setúbal a Sesimbra. A consti-tuição calcária e a sua formação milenar fazem da Serra um exemplar único da vege-tação mediterrânica primitiva.

No extremo sul, em pleno litoral alente-jano, situa-se o Parque Natural do Sudoeste e Costa Vicentina, para preservar a grande diversidade de habitats costeiros.

OS MAIS de 23 hectares que representam a Reserva Natural do Estuário do Sado são um espaço privilegiado para a nidi-ficação de inúmeras espécies de aves, nomeadamente, cego-nhas - brancas, flamingos - rosa, garças, perna - longas, patos e algumas aves de rapina.

Os amantes da observação de pássaros encontram, num passeio pela Reserva, com para-gens no Moinho de Maré da Mourisca, ou na zona da Comporta, vários motivos de interesse. Mesmo sem recurso a equipamentos de observação é possível ver cegonhas a fazer os seus ninhos em postes de electricidade a caminho de Alcácer do Sal ou no alto das chaminés de algumas casas.

Para além das aves, na Reserva Natural do Estuário do Sado foram contabilizadas mais de 260 espécies de fauna resul-tado da riqueza do estuário em termos de alimentação.

ZOnas prOtegidas

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Criado em 1998, e com 52 km2, o Parque Marinho Luiz Saldanha faz parte integrante do Parque Natural da arrá-bida e abrange a área marinha entre a Serra da arrábida, na zona da praia da Figueirinha, e o Cabo Espichel, junto à praia da Foz.

Para ajudar a preservar e a recuperar a biodiversidade foi criado o projecto Biomares que, numa estreita colabo-ração entre o instituto de Conservação da Natureza, Universidades e a Secil, desencadeou um conjunto de projectos que incluem

a caracterização, mape-amento e recuperação dos habitats dos fundos mari-nhos do parque e zona envolvente. Em resultado

deste esforço, desde 2007, os cientistas do Biomares já registaram 1320 espé-cies, tendo, inclusiva-mente, nos últimos dois anos, descoberto e iden-tificado mais 220 novas espécies da fauna e flora do parque marinho.

o acréscimo inclui 37 espécies de peixes, 21 de crustáceos, o mesmo número de bivalves, 76 espécies de poliquetas e quatro de equinodermes.

Esta zona costeira, integrada no Parque Natural da arrábida, está hoje sob diversas medidas de protecção devido à sua riqueza ecológica.

Os especialistas já registaram 1320 espécies e descobertas 220 novas espécies de fauna e flora

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Biodiversidade única ‘dispara’ para dar ainda mais vida ao Parque Marinho Luiz Saldanha

Golfinhos do Sado são ‘chamariz’ turístico

o EStUário sadino acolhe uma colónia de cerca de 30 roazes corvineiros, que ainda no mês passado viu aumentada a prole com o nascimento de um macho.

Selvagens, mas de natureza afável, estes golfinhos podem ser avis-

tados no estuário ou da costa da arrábida, o que levou ao surgimento de diversas empresas de observação destes mamí-feros aquáticos.

Já o tejo, de onde os golfinhos desapareceram devido à poluição, começa

a recebê-los depois dos esforços para o trata-mento das águas residuais. No mês passado, foram avistados vinte golfinhos comuns junto à margem de Lisboa, um sinal de melhoria da biodiversi-dade estuarina.

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Na QuiNta do almaraz, em almada, Cacilhas, encontra-se um dos mais aliciantes locais arque-ológicos da região. trata-se de um povoado indígena da idade do Bronze (Século Viii a.C.) ocupado, mais tarde, como entreposto comer-cial fenício, com um povoado da idade do Ferro (Século Vii a. C.).

abul, situada em alcácer do Sal, junto à Herdade do Monte Novo, corresponde a uma feitoria fenícia fundada em meados do Século Vii e abandonada no início do Século Vi a. C.. É um dos poucos exemplares deste tipo de cons-trução na Península ibérica. Poste-riormente, aí funcionou uma olaria, entre os Séculos i a iii d. C., produ-zindo ânforas para o transporte dos preparados de peixe.

a sua congénere mais conhe-cida é a Herdade do Pinheiro, onde se encontra um interessante conjunto de fornos romanos, que

produziram, de igual modo ânforas destinadas ao envasilhamento do garum ou liquamen (o mais famoso molho de peixe de então aqui produzido).

Estes molhos feitos a partir da maceração do mesmo com sal, eram produzidos em tróia, o mais importante centro industrial das margens do estuário do Sado, o maior de todo o império romano e apareceu no Século i d. C., tendo tido dois períodos áureos, um entre os Séculos i e ii e outro, entre os Séculos iii e iV d. C.. teve a sua sorte ligada aos destinos de Roma, pois com a sua q u e d a ,

tróia caiu também, mercê da quebra das rotas comercias regu-lares mediterrânicas.

No entorno de tróia temos as ruínas da cidade romana de Setúbal, bem como, na arrábida, os vestígios bem visíveis das villae romanas (grandes herdades de exploração da agricultura e pesca) da Comenda e do Creiro, bem como da actual Sesimbra, igualmente albergando pequenas fábricas de preparados de peixe.

a Sul de tróia temos a cidade romana de Miróbriga, em Santiago do Cacém, importantíssimo inter-posto entre o litoral e o interland, que centralizava o despacho do

produto da exploração mineira do cobre do alentejo. trata-se de um povoado do Bronze final, reocupado na idade do Ferro e reorganizado pelo poder romano. O seu período de maior fulgor correspondeu ao Século i d.C., tendo decaído a partir do Século iV. Era Miróbriga quem controlava a área de Sines e da ilha do Pessegueiro, villae produtoras do famoso garum, à imagem das suas congéneres da arrábida.

Por fim, capital de todo este território, temos Salacia urbs imperatória, a actual alcácer do Sal, cujos vestígios romanos podem ser visitados dentro da própria vila.

Ruínas de encher o olho

Achados arqueológicos

O SÉCulO XVi é o século de ouro de Setúbal. a adaptação da vila à navegação de longo curso foi fundamental para poder vingar onde outros portos claudicaram. ao retirar as marinhas de sal para o interior do estuário, transformou-se num dos maiores produtores de sal do mundo Ocidental. Essa capacidade fez com que fosse reco-nhecida pelo monarca, que encerrou a alfândega de Sesimbra. Os mercadores flamengos radi-cados em Setúbal, são então proi-bidos de se deslocarem até aos navios da sua terra-natal, bem como são “fechados” os outros portos, como por exemplo, alpor-tuche (Portinho da arrábida). a Setúbal confluem as rotas do sal do Norte da Europa, do pão do alentejo e do império, numa mistura cosmopolita de produtos exóticos e gentes. Nasce a confraria de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, seguida por outra congé-nere em Palmela, demonstrativo do número significativo de afri-canos que aqui aportaram. Sesimbra e Setúbal encontram-se em plena expansão demográ-fica e económica.

O ponto alto dessa afirmação regional é a organização da armada de socorro a arzila, de 1516, na qual

a arrábida p r o v i -dência os víveres, as madeiras e, para além do mais, dali partem os profissio-nais, calafates e carpinteiros de barcos, o que mostra uma região organizada, técnica e economica-mente pujante.

a navegação no estuário é intensa, sendo que há descri-ções de combates navais e pira-taria, como é o caso da de Fernão Mendes Pinto que, na Peregri-nação, nos descreve um combate e pirataria, dos quais foi vítima, sendo levado como escravo para o Norte de África. também existem narrativas de naufrá-gios, caso da nau Nuestra Señora del Rosario, que pereceu a 7 de Dezembro de 1589, defronte de Setúbal. Outro exemplo, dá-se a Sul de Melides, onde, a 23 de Janeiro de 1626, se perdeu o navio "Schoonhoven", perten-cente à câmara de amesterdão da Verenigde Oost-indische Compagnie (VOC).

Porém, nem toda a riqueza subaquática da região vem desta época, pois os achados mais antigos correspondem a cepos de ânforas romanas encontrados nos fundos marinhos do Cabo Espichel.

a REFORMulaçãO do sistema defensivo da região

tem início na construção da fortaleza de S. Filipe (1582), em Setúbal, a primeira estrutura no estilo abaluartado, que já estava a preparada para um novo tipo de guerra, a da artilharia. Porém, é com a Restauração da inde-pendência, em 1640, que se dá início a uma verdadeira revo-lução neste sistema, visando três objectivos: a defesa face aos espanhóis, a defesa face à pira-taria e, em simultâneo, inibir o contrabando. Esta rede de fortes e fortins era ainda complemen-tada por uma armada. Só Setúbal é novamente amuralhada, com a denominada “Fortificação Grande”, ainda que irregular.

a defesa terrestre é também ela reequacionada, com as modifica-ções introduzidas no castelo de Palmela, bem como com a cons-trução do reduto do Moinho de Pau (nascente de Setúbal) e a construção do Forte de S. luís Gonzaga, no Viso, que protegia a estrada de azeitão. Porém, é na arrábida que se vai assistir às mais impressivas transformações, com a remode-lação da fortaleza do Outão e cons-trução da atalaia de S. teotónio, bem como com as construções do

Forte de Santiago de Sesimbra, em 1642, com a construção da forta-leza de albarquel no ano seguinte, a reestruturação da fortaleza de S. Filipe, à qual se anexa uma “bateria baixa”, entre 1649 e 1655. O início da construção do Forte de São teodósio, ou do Cavalo, de Sesimbra, data de 1652, ao passo que a construção do Forte de Santa Maria da arrábida (actual Museu Oceanográfico luís Saldanha, no Portinho da arrábida, foi feita entre 1670 e 1676. Dessa década datam os fortes de São Domingos da Baralha e de São Pedro da Foz, bem como em 1672 se dá início à edifi-cação do Fortim do Espichel.

No Século XViii assistimos a uma dramatização assinalável do espectáculo litúrgico. É um período de excessos e tal reflecte-se também na arrábida, que retorna a ser palco do agudizar de algumas manifestações sagradas.

É também o período em que a zona ocidental da arrábida terá uma paroquial própria, indepen-dente da cidade de Setúbal, a de Nossa Senhora da ajuda. Esta reocupação humana cada vez mais intensa vai levar aos mais diversos conflitos com os direitos adquiridos pelos monarcas face à coutada de caça exclusiva.

Património edificado

SAntuáRio do CRiSto ReiÉ um dos ex-libris da Grande lisboa. Situado em almada, e abra-çando as duas margens do tejo, o monumento começou a ser cons-truído em 1934. Dispõe de um santu-ário e recebe anualmente a visita de centenas de milhares de turistas.

SAntuáRio do CAbo eSPiChelConjunto arquitectónico implan-tado no extremo do Cabo Espichel, é sem dúvida um dos mais belos locais dirigidos ao oceano ladeado por escarpas e um promontório de meter respeito. O Santuário dispõe de um igreja de rara beleza.

CASteloS de SeSimbRA e PAlmelAO da vila ‘piscosa’ é uma primitiva fortificação da época dos muçul-manos. O de Palmela tem também origem árabe e foi edificado por volta do século iX. actualmente estão recu-perados e a sua imponência não pode deixar de merecer uma visita.

CASteloS de SineS, AlCáCeR do SAl e de SAntiAgo do CACémtrês monumentos para dar uma saltada. O de Sines foi construído em 1424, no reinado de D. João i. O de alcácer, remonta aos tempos dos fenícios, romanos e árabes. E o de Santiago do Cacém entrou para a posse portuguesa em 1217, pela mão de D. afonso ii.

FoRteS e FoRtAlezASa região conta, entre outros, com a Fortaleza de S. Filipe, em Setúbal, construído durante a ocupação espanhola. Sesimbra oferece o Forte de Santiago, implantado à beira-mar e há ainda a Fortaleza do Outão, hoje tornado hospital com história.

ConventoS Com igRejASa igreja do antigo Convento de Jesus, em Setúbal é um dos grandes tesouros arquitectónicos do distrito. almada oferece o romântico Convento dos Capuchos e o Convento da Nossa Senhora da arrá-bida, com 25 hectares, é imperdível.

monumentos

Ruínas de Miróbriga, em Santiago do Cacém, Dali se controlava a área de Sines e da Ilha do Pessegueiro

joSé luíS neto

património

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RoteiRo das iguaRiasALCÁCER DO SAL

Quem passa por esta cidade alen-tejana não deve deixar de provar o fresco camarão do rio comerciali-zado por simpáticas vendedoras junto aos restaurantes. Na doçaria imperam as famosas pinhoadas e os rebuçados de ovo que fazem as delícias de miúdos e graúdos.

ALCOCHETE

A gastronomia de Alcochete é rica em pratos de peixe. As Ameijôas Alco-chetanas e a Massa de Choco esperam por si num restaurante da vila. O Arroz Doce Branco, de fazer crescer água na boca, é o rei nos doces alcochetanos.

ALMADA

As famosas e suculentas Caldei-radas da Costa de Caparica dispensam apresentações. Em Cacilhas, qualquer restaurante serve o delicioso prato de Ameijôas à Bulhão Pato. Como sobre-mesa, prove o Claudino, um bolo à base de folhado com doce de ovo.

BARREIRO

Com o Rio Tejo por perto, é impossível não comer pratos à base de peixe neste concelho. Prove as Cata-planas de Safio e as Massadas de Peixe do Rio. Os Mata-teus, um bolo confeccionado à base de cacau, são uma delícia.

GRÂNDOLA

A aromática Açorda de Poejos dispensa apresentações neste concelho, mas, se preferir peça um Ensopado de Borrego. Nos doces é imperdoável não derreter na boca os conhecidos Rebuçados de Pinhão.

MOITA

A Caldeirada à Fragateiro faz as honras do concelho ou o Tejo não estivesse ali por perto. Depois de se deliciar com este rico prato é fundamental provar a Massinha da Caldei-rada, que deve ser servida bem quente. Uma ferradura da Moita completa a refeição.

MONTIJO

No Montijo o porco é rei. E que tal uma Chispalhada à Montijo num bom restaurante do concelho? E como sobremesa, as Queijadinhas à Montijo e os Aldeanos, com amêndoa e gila, estão mais apetitosos do que nunca. Prove-os na pastelaria “Searinha”.

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SANTIAGO DO CACÉM

Enguias Fritas e um Gaspacho Alen-tejano são alguns pratos típicos bem sabo-rosos deste concelho muito apreciados por todos. As Alcomonias, à base de farinha de trigo torrada amassada com açúcar ou mel e pinhões, são o doce a destacar.

SEIXAL

Quem passar pelo Seixal tem de provar uma rica Feijoada de Choco ou um Arroz de Marisco. O Garibaldi, um doce com sabor a chocolate, ou um Claudino, com massa folhada e ovos moles, são bastante apreciados pelos turistas e população local.

SESIMBRA

As estrelas gastronómicas de Sesimbra são, sem dúvida, os diversos pratos confeccionados com Peixe-Espada-Preto e Espadarte. Na doçaria, os Zimbros e a Farinha Torrada ganham predilecção na boca dos turistas.

SINES

Quem não conhece as apeti-tosas Feijoadas de Búzios muito solicitadas nos espaços gastronó-micos de Sines e Porto Côvo? Como sobremesa, brilham as Areias de Sines e os Vasquinhos, pequenos bolos à base de amêndoa em home-nagem a Vasco da Gama nascido em Sines.

PALMELA

O Frango na Púcara à Moda de Palmela, que é servido na Pousada local, é a escolha acertada. O doce típico de Palmela são as tenrinhas Fogaças. Mas os Santiagos, polvilhados com Açúcar Branco, são paixões de muita gente.

SETÚBAL

Ir a Setúbal e não provar as deliciosas Sardinhas Assadas é como ir a Roma e não ver o Papa. O mesmo se poderá dizer do tão afamado Queijo de Azeitão. E, já agora, não deixa de provar as saborosas tortas de Azeitão, acompanhadas do pres-tigiado Moscatel de Setúbal.

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mesa de excelência

A gastronomia que a região de Setúbal oferece é preciosa e faz parte da seu cartaz turístico de excelência. Dos restaurantes mais faus-tosos aos mais simples, a oferta é variada e convida à boa mesa. Os peixes são uma espécie de essência, tendo em conta a qualidade das lotas de Sesimbra, Setúbal e Sines. Mas há também os mariscos, as carnes tradi-cionais bem condimentadas e a caça. Quanto aos doces é de ir aos céus, pois há cozinha moderna e os tão apreciados conventuais, heranças de uma cultura que também se faz no convívio dos deuses. Fica aqui um guia de ‘casas’ a visitar.

ALCÁCER DO SAL. Dona Bia . A Escola. O Barco

BARREIRO. Casa do Hugo. Empório do Paladar. O Fondue

ALCOCHETE. Alfoz. O Arrastão. Dom Peixe

MONTIJO. Maré Cheia. Taverna D’el Rei. Entre Vinhos

ALMADA. Museu dos Sabores. Atira-te ao Rio. Boina Verde

GRÂNDOLA. Praia do Peixe. A Coutada. Azimute

MOITA. O Marítimo. Mar da Palha. Baia Tejo

SANTIAGO. Peregrino. Badoca Safari Park. Cerro da Inês

SINES. Arte e Sal. O Migas. O Castelo

SETÚBAL. Ribeirinha do Sado. Baia do Sado. Novo 10

PALMELA. D. Isilda. Chico’s. Retiro do Gama

SEIXAL. Taberna do Sousa. A Tábua. Pontão

SESIMBRA. Ribamar. O Velho e o Mar. Lobo do Mar

Um guia para a degustação

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alcácer

Visitar Obra-prima da arquitectura popular, o cais palafítico da Carrasqueira, único da Europa, é cons-truído em estacas de madeira irregulares, aparentemente frágeis, das décadas de 1950 e 1960, que servem de embar-cadouro aos barcos de pesca que ali acostam.

Ora estão enterradas no lodo, ora na água, segundo as marés.

Integrada na reserva natural do Estuário do Sado, a aldeia ribeirinha conserva uma impressio-

nante rede de estacaria que se estende centenas de metros pelos esteiros lama-centos do rio Sado.

Ponto de atracção turís-tica, é um dos locais mais visitados no concelho; o cais continua, no entanto, a cumprir a missão para que foi construído: permitir o acesso dos pescadores aos barcos, mesmo durante a baixa-mar. Ao longo dos diversos cais erguem-se pequenas casas construídas em madeira, que servem de arrecadações.

actiVidades A Feira de Agosto, no Torrão, está de regresso nos dias 5, 6 e 7, e promete bons espectáculos, animação, tauromaquia e exposição institucional e empresarial, para animar esta vila alentejana.

Ainda este sábado, poderá participar na quarta prova do Alcácer Gravity Race, na estrada de Santa Luzia. Os veículos que parti-cipam nesta competição são construídos pelos partici-pantes e são movidos apenas

pela força da gravidade, apresentando uma grande sofisticação a nível da sua aerodinâmica.

Na freguesia de Santiago, participe até domingo no Festival de Camarão do Rio, numa um dos produtos mais emblemá-ticos de Alcácer do Sal.

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a descoberta constantede um distrito singular

São treze os concelhos que compõem o distrito de Setúbal, todos eles riquíssimos em tradi-

ções e património e beleza natural. Quem visita a região tem

apenas dificuldade em encontrar um critério que permita reservar tempo para determinada activi-dade, pois a oferta é tal que a vontade é experimentar todas as portas que se abrem no turismo distrital.

Desde Almada, na ponta norte da região, ao extremo sul repre-sentado por Sines, a atenção do

visitante vira-se para o riquís-simo património edificado, para os espantosos sítios arqueoló-

gicos, numa visita que se sugere demorada também no património das duas reservas naturais (Tejo e Sado), na apetitosa gastronomia e doçaria popular e conventual; as praias quentes de água límpida e as noites repousantes nas acti-vidades de centenas de bares e discotecas. As dezenas de festi-vidades populares e religiosas, ao longo de todo o Verão, que mostram as raízes culturais da região, são outro espectáculo a não perder por quem passa férias no distrito.

A região conta neste período de veraneio com dezenas de festividades populares e religiosas

Ícones A gastronomia de Alcácer do Sal prima pela sua riqueza. Baseada na trio-logia mediterrânica que combina pão, azeite e vinho, os habitantes locais adicio-naram-lhe ervas aromáticas e outros produtos da terra, com destaque para a carne de borrego, porco e caça. Destaque ainda para o papel do arroz, do pinhão e de outras especialidades que sazonalmente nascem de forma espontânea pelos campos do concelho, caso dos espargos selvagens, das túbaras ou das carrasquinhas.São reconhecidos como pratos típicos da região:

ensopado de enguias, migas de pão ou de batata, borrego assado no forno, coelho frito à S. Cristóvão, batatas de rebolão com entrecosto, ensopado de borrego, sopa de beldroegas, sopa de peixe, achigã grelhado, massa de peixe, feijão adubado, açorda (prato bastante diversifi-cado, que se pode comer com: azeitonas, bacalhau, uvas, figos, peixe frito, pescada, sardinhas assadas ou amêijoa). Destacam-se ainda os produtos de confecção tradicional, como os enchidos e queijos de ovelha, que são bastante apreciados.

Susana Jordão

Toy Joana Barradas

Rui David Anabela Fernando Luís

A actriz/cantora adora a Arrábida e as praias «lin -díssimas», em es - pecial a do Por -tinho da Arrá-bida. Para tomar um cafezinho, escolhe o Castelo de S. Filipe, de onde vislumbra u ma «bonita» pai sa gem.

A zona ribeirinha e a Arrábida são os seus locais favoritos. Para relaxar escolhe sempre locais com o mar por perto. Não perde uma boa sar -dinha assada, num restaurante de Setúbal, du -ran te o Verão.

A ex-Moranguita aprecia locais replectos de ver de para relaxar, co mo o parque de Albarquel, o jardim da Algo-deia, ou o par que do Bon fim. Acordar ce do e fazer exercício são uma constante das suas férias.

O vocalista e músico dos Han ds On Ap -proach, por ser amante de foto-grafia, es colhe como locais de eleição a Arrá-bida, a Mourisca, Carrasqueira e Tróia. Além de fotografia, no

Ve rão gosta de ci n ema e

música.

A cantora não perde uma ida às praias de Tróia, sobretudo à da Comporta, ao Por tinho da Arrá-bida e à Cos ta de Caparica, que fica perto de sua casa. «São luga res privilegiados, com um mar extraor-dinário e lindas praias», sublinha.

O actor reconhece que a Arrábida é um dos lugares mais belos que con heceu. Além de ser um local que o envolve é tam bém zona i n s p i r a d o r a . Apesar de traba-lhar no Verão, quando tem o por- tunidade, gosta de viajar.

Figuras O nOssO refúgiO de eleiçãO

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alcochete almada barreiro

ActividAdes A devoção a Nossa Senhora mantém viva em Alcochete uma tradição com mais de cinco séculos. Alicerçada nas raízes marítimas deste povo que durante anos encon-trou no Tejo a sua forma de sustento, esta festa tem sido mantida pelos marí-timos ou barqueiros, que através de tradição oral, a mantiveram viva até aos nossos dias. Por estes dias, o Verão traz

novamente ao concelho toda a tradição religiosa e pagã, com as Festas do Barrete Verde e das Salinas, uma actividade que serve de pretexto para diversas acções relacionadas com as festividades religiosas, mas sempre com a compo-nente tauromáquica susten-tada por campinos e sali-neiros, duas das profissões em extinção, embora das mais emblemáticas desta zona à beira Tejo.

Ícones A Alcatejo é uma das mais belas embarca-ções que navega no Tejo, e que ao longo do ano, mas particularmente no Verão, proporciona aos visitantes inesquecíveis passeios ao longo de toda a zona ribei-rinha de Alcochete.Propriedade do Município desde 1987, a Alcatejo – embarcação típica do rio Tejo – foi construída em Aveiro, por volta de 1940, com o nome de Cândido Abílio.Após um período de inter-regno de cerca de 2 anos, durante o qual a embar-

cação foi alvo de uma considerável intervenção, que se traduziu na insta-lação de um novo mastro em aço inoxidável, pintado a vermelho e amarelo – as cores do município – a Alcatejo voltou a navegar nas águas livres do rio em Agosto de 2006.A zona ribeirinha de Alco-chete tem outro sabor quando é observada a partir da Alcatejo, quer seja em direcção à Reserva Natural do Estuário do Tejo quer em direcção à Ponte Vasco da Gama.

visitAr A sede da Mise-ricórdia, localizada no edifício do antigo hospital de Almada, no mesmo local onde se crê ter existido em tempos a albergaria e hospital medieval de Santa Maria de Almada, é um dos mais belos edifícios da região. A igreja, de linhas muito simples, com caracterís-ticas entre o maneirismo e o barroco, é constituída por uma nave central única e capela-mor.Mandada construir em 1564, pelo provedor Nuno Furtado

de Mendonça, que deu a empreitada da obra ao mestre Pedro Gomes, foi concluída em 1566. Em 1755 foi quase totalmente destruída com o terramoto de 1 de Novembro. A recons-trução iniciou-se em Dezembro daquele ano, tendo sido concluída em 1758. O interior é decorado com um silhar de azulejos do séc. XVII, de padrão tapete em três tons, diversas peças de arte sacra e um retábulo maneirista de grande valor histórico e artístico para o Concelho de Almada.

visitAr Os moinhos de vento são um dos maiores atractivos da região Edifi-cados em 1852, três Moinhos de Vento de Alburrica sobreviveram até aos dias de hoje: o Gigante, o central e o Nascente.Os moinhos Nascente e Poente de tipologia comum, possuem torre cilíndrica de dois pisos, cobertura móvel e duas mós. Foram desactivados em 1950 e adquiridos pela Câmara em 1973. De referir que a orla ribei-rinha do concelho do

Barreiro foi desde a Idade Média privilegiada, pela edificação de engenhos moageiros, numa primeira fase hidráulicos – o moinho de maré mais antigo data do séc. XV, e posterior-mente eólicos, desde o séc. XIX. Desde finais do século XV que a presença de moinhos de maré está assi-nalada ao longo de todo o concelho. Há conheci-mento de terem existido 12 moinhos desde o Lavradio a Coina. Os moinhos de vento são mais tardios, entre os séculos XVIII e XIX.

Ícones Edificado entre 1908-1932, o Bairro Operário da CUF insere-se na política desenvolvida pelo industrial Alfredo da Silva, cujo objec-tivo era a fixação da mão-de-obra junto ao local de trabalho. Localizado em pleno coração fabril, compunha-se inicial-mente por 312 moradias de único piso, formando conjuntos de ruas cuja topo-nímia remete para o fabrico

de produtos químicos da CUF. O centro antigo da cidade é outro ícone do concelho, divi-dindo-se em duas duas áreas distintas - Tardo-Medieval e Pombalina. O traçado e a morfologia irregulares do velho casco urbano que deixa adivinhar raízes Medievais, implantou-se numa pequena elevação sobranceira ao rio que permite um olhar único sobre o Tejo e Lisboa.

ActividAdes Visitar o Barreiro sem conhecer a Mata Nacional da Machada e o Sapal do Rio Coina é como “ir a Roma sem ver o Papa”. Trata-se de uma zona florestal protegida, em que se insere o Centro de Educação que desen-volve, com particular inci-dência, actividades durante os períodos de férias. Considerado uma refe-rência ao nível da educação ambiental, tem por missão implementar aacções de educação e sensibilização ambiental, promovendo uma consciência ambiental crítica e a adopção de comportamentos ecoló-gicos. O Centro dispõe de

várias actividades progra-madas, tais como acções de formação e sensibili-zação ambiental; activi-dades ao ar livre e ateliers pedagógicos.

icones Depois de 21 anos em fase de projecto, o Monumento ao Cristo Rei foi Inaugurado a 17 de Maio de 1959. O Monumento a Cristo Rei é um dos mais importantes legados patri-moniais do país. Foi criado para agradecer o dom da paz e demonstrar ao mundo a fé da nação portuguesa.

visitAr O concelho de Alcochete, banhado pelo estuário do Tejo, apresenta uma das zonas húmidas mais extensas do país clas-sificada como Reserva

Natural. Em alturas de migração, a Reserva Natural é local de abrigo para mais de 120.000 aves, com destaque para a comunidade de flamingos.

ActividAdes Durante os meses de Verão, os visi-tantes podem participar nas várias iniciativas do Programa Ciência Viva para conhecer melhor o património do concelho de Almada. Neste tempo de férias pode participar nos projectos de geologia, em visitas à Arriba Fóssil da Costa de Caparica, em viagens histó-ricas pela maravilha arqui-tectónica da ponte 25 de Abril, descobrir a fauna e a flora da Mata Nacional dos Medos, identificar animais plantas e rochas

do Parque da Paz, sentir a vida entre marés na praia do Portinho da Costa, acompanhar o trabalho do Núcleo de Controlo e Infor-mação de Tráfego da EP, apanhar conchas na praia, identificar fósseis e mine-rais, e fazer uma viagem pelo tempo através do monumento ao Cristo-Rei.As actividades são gratuitas, sempre na companhia de especialistas e com a colaboração de instituições científicas, museus, Centros Ciência Viva, associações, autar-quias e empresas.

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GrândolaGrandola moita montijo

Noite Com uma oferta variada de áreas de diversão, a começar por Tróia, com discoteca e casino, o concelho oferece uma enorme variedade de vida nocturna, com especial destaque para a música em bares e animação em restau-rantes. Um dos exemplos é o Acústico Bar, instalado no Carvalhal, um espaço

frequentemente animado com música ao vivo e karaoke. Na restauração, outro exemplo vem do restaurante-bar Quinta da Guarita, que recebe os visi-tantes com uma pipa de vinho à porta. Inaugurado em Junho de 2009, está inse-rido numa quinta de quatro hectares e privilegia a comida tradicional alentejana.

ícoNes Na Moita, já em 1837, os festeiros da Festa em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem realizavam duas corridas de touros. Passadas três décadas, o desenvolvi-mento da aficion local permi-tiria perspectivar a exploração económica do espectáculo com touros, edificando-se, para o efeito, a Praça de Touros Nª. Sr.ª da Boa Viagem, em 1872, também designada, por vezes, como Praça da Caldeira.

Ao longo destes anos, a

Moita tem consolidado uma posição no panorama tauro-máquico, detendo actual-mente aquela que é conhe-cida como a mais importante feira taurina de Portugal, que se realiza em Setembro.

De salientar, ainda, na forma de festejo popular, as tradicionais largadas de touros, na Avenida Dr. Teófilo Braga, Moita; as largadas na Praia do Rosário, no Gaio-Rosário; em Sarilhos Pequenos; em Alhos Vedros e na Barra Cheia.

ActividAdes Marcada para de 24 a 29 de Agosto, o Parque de Exposições de Grândola vai acolher a tradicional feira franca que todos os anos galvaniza milhares de visitantes.

Com um carácter promocional das áreas da economia e do ambiente, a Feira de Agosto vai contar, nos seis dias de edição, com dois pavilhões de expositores, a aona do artesanato, o jardim das associações e produtos regionais, a zona das tasquinhas e o grande recinto da Feira Franca.

Os espectáculos são um

dos momentos mais aguar-dados do certame, prevendo-se, para este ano um cartaz de luxo com nomes como os Homens da Luta, Expensive Soul, Zeca Sempre (tributo a José Afonso), The Gift, Festival de Folclore e Tony Carreira.

A Feira de Agosto, a Feira do Turismo e Ambiente do Alentejo Litoral, é organizada pela Câmara de Grândola, Crédito Agrícola, Escola Profissional de Desenvol-vimento Rural de Grân-dola e Associação dos Empresários do Alentejo Litoral.

visitAr O Centro de Ciência Viva do Lousal é um dos mais representa-tivos e completos do país, nesta área, dispondo também de um Museu Mineiro que faz justiça à história e ao contributo que as minas grandolenses deram para o progresso do país. Se no museu pode fazer uma viagem virtual pelas galerias da mina e conhecer todos os apetrechos e

modos de vida de um mineiro; já no Centro de Ciência Viva poderá visitar uma exposição sobre a vida e obra de Charles Darwin, o pai da moderna teoria da Evolução das Espécies.Trata-se de uma exposição itinerante, produzida pelo British Council, que, no CCV Lousal, está enqua-drada por um conjunto de peças que remetem para a época dos Naturalistas, em que Darwin viveu.

ActividAdes As Festas em Honra de Nossa Sr.ª do Rosário, no Gaio-Rosário, que decorrem nesta primeira quinzena de Agosto, trazem ao concelho muita animação e milhares de turistas. Do seu programa, destacam-se as várias largadas de toiros na praia, que atraem sempre muitos visitantes, e o “Huga-Huga”, uma dança popular que convida a população a percorrer as

ruas da freguesia, com o tradicional acompanha-mento da Charanga do Rosário.

visitAr O Santuário de Atalaia, documentado desde 1409, é constituído por três cruzeiros, pela Fonte Santa, pela Igreja e pela escadaria delimitada pelo casario que a ladeia.

O templo que hoje vemos é, no essencial, o resultado das grandes intervenções realizadas durante o século XVIII, quer em termos arquitec-tónicos, quer decorativos.

Durante a Festa Grande da Senhora da Atalaia, que se realiza em Agosto, entre o último sábado e a segunda-

feira seguinte, acorrem os Círios de localidades distintas, assim como milhares de peregrinos.

ícoNes Os vestígios mais antigos da permanência humana no território do Concelho foram encon-trados próximo de Montijo, no território da Base Aérea N.º 6 e nas margens da Ribeira de Canha.Nesta região foram refe-renciados monumentos Megalíticos do tipo cista do período Neolítico.Antiga via canalizadora do tráfego, aqui terá existido uma vila romana, pois existem abundantes restos de cerâmica e fragmentos de um mosaico romano, hoje colocado à entrada de uma das casas do Monte do Escatelar.Mais tarde, foi o impor-tante curso de água que separava dois territórios, um sob o domínio cristão e o outro, o país árabe-muçulmano.Durante toda a Idade

Média, até ao século XVIII, desaguava no rio Tejo. Hoje, bastante assoreada, lá pros-segue o seu curso até ao rio Sorraia.Vem dos lados de Montemor-o-Novo, tendo aí o nome de Almansor.

ActividAdes No Afon-soeiro, as Festas em Honra de S. José Operário e Nossa Senhora da Conceição, este mês, são marcadas pela tradicional procissão, ruas decoradas com flores colo-ridas, bailes de rua e grande noite de folclore, sem esquecer as largadas de touros e a famosa sardi-nhada, acompanhadas de muita música. Na Atalaia, e durante o

mesmo período, realizam-se as Festas de Nossa Senhora da Atalaia, com uma grande componente reli-giosa, pois é conhecida pelos vários círios. Esta romaria teve início aquando de uma promessa feita em 1507, devido à peste que grassou na capital. Os pioneiros desta peregrinação foram os empregados da Alfândega de Lisboa, chegando mesmo a ter trinta círios.

visitAr Entre Sarilhos Pequenos e Alhos Vedros, vários são locais onde são ainda visíveis os restos de antigas salinas, junto aos sapais e outras zonas natu-ralizadas. Destacamos, pela sua acessibilidade, a zona da antiga Quinta do Esteiro Furado, para ver da estrada municipal entre Sarilhos e Rosário (trata-se de propriedade particular) e as antigas salinas junto à estrada entre o Gaio e a

Moita, à chegada a esta vila. Entre as várias espécies de aves aquáticas que aqui se podem observar, contam-se os flamingos, visíveis durante quase todo o ano na baixa-mar (com mais facilidade, na Caldeira da Moita), sobretudo a partir do fim do Verão até ao Inverno, época em que o Tejo chega a albergar vários milhares de indivíduos dispersos por todo o estu-ário.

Noite In Live Caffé, O Manuel, Freira Bar e a discoteca Splash são alguns dos mais famosos nomes de locais de diversão nocturna que o concelho moitense oferece aos visi-tantes. No In Live Caffé há concertos, com bandas de covers e de originais. Nas noites de segunda há

karaoke; nos restaurantes típicos como O Manuel, Trilhos e O Marítimo, a animação é constante e a gastronomia tradicional. No Freira Bar, na Estrada do Rosário, animação, música e jogos fazem a noite que pode terminar na disco-teca Splash, com três salas autónomas, muita música e animação todas as noite.

Noite A intensa vida nocturna do Montijo vive-se, maioritariamente na marginal, entre o Cais dos Vapores e o Cais das Faluas, com o Tejo como cenário privilegiado. Esplanadas,

música ao ar livre e forte animação dentro de portas, caracterizam as noites de Verão, com nomes de peso como a discoteca InLoco e o bar Caxaça a fazerem as delícias dos visitantes.

ícoNes Um dos maiores cartões de visita da Vila Morena são os mais de 45 quilómetros de praias que fazem deste o concelho mais rico do país, em paisagens naturais.

Bem preservadas, as praias são de excelente

qualidade, tendo, inclu-sive, as do Carvalhal, Aberta Nova, Melides, Comporta, Galé, Atlân-tica, Pego, Tróia – Bico das Lulas e Tróia-Mar rece-bido a qualificação de praias de Qualidade de Ouro por parte da Quercus.

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palmela santiago seixal

Ícones O Centro Histó-rico de Palmela apresenta características particulares que lhe conferem uma identidade muito própria. Trata-se de uma vila não muralhada encimada pelo Castelo, que se desenvolveu ao longo encosta voltada para Norte, ajustando-se ao seu relevo acidentado. O núcleo pré-urbano terá surgido inicialmente na cerca onde se implantou a alcáçova e talvez a

Medina. Verifica-se uma ocupação muçulmana ininterrupta da alcáçova do castelo desde meados do séc. 8 e 9 até à recon-quista, no séc. 12. A partir deste século, a população desloca-se para o Arrabalde com uma ocupação cujo traçado urbano se adapta às condições topográficas e defensivas, através de ruas estreitas, travessas, becos, labirintos e escadas.

Visitar Como estrutura de carácter militar, o Castelo de Palmela exerceu o seu papel de posto de vigia, de comunicação, de base de apoio em situações de guerra, de controlo do espaço que mediava entre Lisboa e o Sul, entre os rios Tejo e Sado. No período islâmico e na fase da ofensiva cristã nos sécs. XII e XIII, esta posição conciliava-se com outros sítios fortificados - Coina, Sesimbra e orla do Sado.

No interior da muralha, as ruínas da Igreja de Santa Maria do Castelo, recebem o visitante: primeira paroquial de Palmela, provavelmente do século XII. Na Casa do Prior-Mor da Ordem ou do comandante militar da fortaleza - após a extinção das ordens (em 1834) -, nasceu a 4 de Fevereiro de 1841, o explorador de terras de África, Herme-negildo Capelo, filho do governador da fortaleza.

noite Riquíssimo em animação nocturna, o concelho do Seixal dispõe de muitas dezenas de bares e discotecas que garantem animação por toda a noite, especialmente no Verão.De música ao vivo até ao karaoke, pode contar com noites felizes em pratica-mente todas as localidades do concelho. Exemplo disso

são casas como o Pequeno Lord e o Banjo, na Amora; o Kaos Sonoro, na sede de concelho: o First Bar, em Corroios; o Chalaça’s na Amora; Sabores, nas Paivas; e Ritmos, em Corroios.1834) -, nasceu a 4 de Feve-reiro de 1841, o explorador de terras de África, Herme-negildo Capelo, filho do governador da fortaleza.

actiVidades Desde sempre a cultura da vinha é bastante relevante no território, não só porque as grandes herdades, como Rio Frio e Algeruz, instalam extensos vin -hedos, mas porque

tam bém os casais, para complemento da economia doméstico, plantam pe -quenas vinhas.Esta História é, ainda hoje, contada pela paisagem, onde o verde das videiras se impõe e as adegas se multiplicam com uma prosperidade que lhe confere, em cada uma das estações do ano, vida e desenvolvimento. Ao longo de todo o ano, os turistas têm oportuni-dade de visitar as famosas adegas de onde saem alguns dos melhores vinhos do mundo, como é o caso da casa Ermelinda Freitas e o moscatel José Maria da Fonseca.

Ícones O concelho de Santiago do Cacém carac-teriza-se por uma zona aplanada e baixa, na parte noroeste do concelho, dando mesmo lugar à formação de lagoas, devido à existência de um cordão de dunas e areias de praia. A estrutura fundiária é constituída principalmente por pequenas explorações com menos de 10 hectares. Chegados ao litoral surgem-nos como estru-turas naturais da zona costeira a lagoa de Santo André. A planície é sepa-

rada do oceano Atlântico por um cordão dunar de largura variável a sul, nomeadamente na praia da Fonte do Cortiço veri-fica-se a existência de arribas de altura variável.A frente de mar no concelho de Santiago do Cacém tem 9 km, correspondendo a igual extensão de praias de areia dourada, a saber: praia fluvial da lagoa de Santo André, Monte Velho, Areias Brancas e Fonte do Cortiço. Na lagoa de Santo André pratica-se a pesca artesanal em pequenos barcos tradicionais.

Visitar Classificado como imóvel de interesse público desde 1940, o sítio arque-ológico de Miróbriga situa-se nas proximidades da cidade.Investigadores perfilham a opinião de que Miróbriga seria habitada, pelo menos, desde a Idade do Ferro, tendo as características comuns às cidades provin-ciais romanas. Dotada de um Fórum com um templo dedicado ao culto imperial, situado no centro da praça e um outro templo, possi-velmente dedicado a Vénus, o aglomerado urbano possuía ainda uma zona comercial - “tabernae”, que

se desenvolve a sul do Fórum, e uma hospedaria. As termas, compostas por dois edifícios de cronolo-gias diferentes, apresentam os compartimentos usuais destas construções: zona de entrada, zona de banhos frios - “frigidarium” e zona aquecida - “caldarium e tepidarium”. A cerca de um quilómetro do sítio arqueológico de Miróbriga encontram-se as ruínas do único hipó-dromo até hoje identifi-cado em Portugal. Desti-nado a corridas de carros puxados por dois ou quatro cavalos, o hipódromo media 370x75 metros.

actiVidades De visita ao concelho seixalense, é acon-selhável deslocar-se à Amora, onde arrancam, no dia 15, as Festas Populares da freguesia. Conhecidas em toda a margem-sul do Tejo, são sempre garantia de muita

animação e grandes nomes no cartaz musical. Uma semana mais tarde, avançam as festas de Corroios, que para além da componente cultural, fazem questão de dar a conhecer o potencial económico da freguesia.

Ícones O complexo indus-trial da Mundet, edificado no início do século XX, ocupa grande parte da zona ribei-rinha com edifícios monu-mentais. Depois da falência da corticeira mundialmente

famosa, o património edifi-cado passou para as mãos da câmara seixalense, que reabilitou os espaços e aí instalou vários núcleos museológicos que contam as origens do concelho.

Visitar O Seixal conta com um Serviço de Mari-nheiro que permite trans-portar no barco “O Seixo” os nautas entre terra e a sua embarcação. Conheça os cais de acostagem do Núcleo de Náutica de Recreio do Seixal, bem como os horários de aten-dimento.Em 2011, os Circuitos Turísticos do concelho apresentam uma oferta diversificada para todos os que queiram desco-brir o património desta terra ligada ao Tejo. Outra sugestão de visita é o Espaço Memória - Tipografia Popular do Seixal, a nova extensão museológica do Eco -museu Municipal e que

dá a conhecer no local antigas técnicas e saberes de uma oficina tipográ-fica tradicional.

actiVidades Por estes dias, pode visitar Ermidas-Sado e assistir à procissão em honra de Santa Maria, altura em que a população ornamenta o largo e algumas ruas com festões de papel coloridos. Além da missa e procissão, há fogaças e quermesse; o largo é palco de espectáculos musicais e bailes.

Em Vila Nova de Santo André decorre a procissão em honra de S. Luís, e ao

mesmo tempo, em São Domingos, decorre a Festa em honra de S. Domingos.

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Ícones Com mais de trezentos pontos de indis-cutível interesse turístico, a cidade do rio azul mostra-se através de monumentos como o Convento de Jesus (no centro), a Igreja de São Julião (na baixa), e o ines-quecível Convento da Arrá-bida, em plena serra.

Datado de do século XVI, o edifício é composto

por 40 pequenas celas, refeitório, cozinha, biblio-teca e igreja. Mais ao longe, na zona do Portinho, situa-se o Museu Oceanográfico, com centenas de registos sobre a flora e fauna marinha da zona protegida do Sado que conflui com o Oceano Atlântico, deno-minada Parque Marinho Luís Saldanha.

sesimbra setúbal sinesÍcones Imperdível é o conhecimento do património edificado único que é o Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel. A partir do culto de Nossa Senhora do Cabo e da quatrocentista Ermida da Memória, no século XVIII por ordem de D. Pedro II e de D. José, foi edificado um santuário que veio a perdurar ao culto.O santuário congrega a Igreja edificada entre 1701-

1707 em estilo chão, duas alas de hospedarias cons-truídas após 1715 e ampliadas entre 1745-1760, a casa da água datada de 1770 e abastecida por um aqueduto e a casa da ópera, de finais de oitocentos.Foi classificado como Imóvel de Interesse Público em Janeiro de 1950 e Zona Especial de Protecção pela portaria de 29 de Novembro de 1963.

Visitar Se estiver de visita ao centro da vila, reco-menda-se uma passagem demorada pelo último dos castelos portugueses sobre o mar a manter a traça medieval. Apresenta planta irregular, ocupando todo o topo da encosta. O lado nascente é composto pela alcáçova com a torre de menagem e os torreões, enquanto que o restante perímetro

comporta a cerca vilã, prote-gida nas portas por torreões e no seu extremo poente por uma torre. Até ao século XVI acolheu a vila de Sesimbra, entrando depois em ruína, só travada pelo restauro realizado entre 1936 e 1941.Foi classificado como Mo - nu mento Nacional em 1910.

actiVidades A pequena mas riquíssima costa sesimbrense oferece, não só iniciativas relacionadas com a pesca para turista ‘ver’, como também dispõe de extensos areais limpos e águas apetecí-

veis para os banhistas. Por isso, é passagem obri-gatória, neste tempo de estio, pelas praias do Ouro, da Califórnia, do Moinho de Baixo, das Bicas e, claro, a famosa Lagoa de Albufeira.

actiVidades As poten-cialidades da região de Setúbal são dadas a conhecer no circuito “Bus Tour Arrábida”, iniciativa que se realiza aos sábados até 17 de Setembro, propor-cionando momentos únicos de descobertas.

Das belezas naturais e paisagísticas à actividade vitivinícola e ao fabrico artesanal de azulejo, são vários os pontos de inte-resse que podem ser obser-vados na terceira edição deste percurso turístico, promovido pela Câmara

em parceria com as empresas “Mil Andanças” e TST.

O autocarro com vista panorâmica, percorre a zona ribeirinha da cidade rumo a Azeitão, com passagem pela Serra da Arrábida, abrangendo as praias, os pinhais, as vinhas e as aldeias históricas. O “Bus Tour Arrábida” passa por locais como a Doca dos Pescadores, as estradas da Figueirinha e da Serra, o Miradouro do Convento, as Caves José Maria da Fonseca e a São Simão Arte.

Visitar Sines é um concelho privilegiado do ponto de vista natural, nomeadamente no seu recorte de costa. Apesar de o complexo industrial ter tido impacto paisagístico no terço central do concelho, existem áreas com uma assinalável preservação.

É o caso da faixa litoral entre São Torpes e os Aivados, integrada no Parque Natural do Sudo-este Alentejano e Costa Vicentina, onde estão situ-adas a Ilha do Pessegueiro e algumas das mais belas e virgens praias do país.

A norte do concelho, a zona húmida da Lagoa da Sancha (integrada na

Reserva Natural da Lagoa de Santo André e da Sancha) é um elemento de grande valor natural.

Os importantes complexos de dunas, a Albufeira de Morgavel e as ribeiras são outros valores a assinalar.

Ícones Tendo como pontos de paragem os monumentos ligados à vida do navegador Vasco da Gama, natural de Sines,

parta à descoberta da zona antiga da cidade.

O navegador Vasco da Gama, descobridor do Caminho Marítimo para a Índia, é ‘filho’ de Sines, pelo que o roteiro da cidade está indelevelmente ligado à personalidade. Esse roteiro começa no Castelo (onde passou a infância e poderá ter nascido), passa pela Igreja Matriz (onde foi ordenado), pára na Estátua de Vasco Gama (testemunho do amor de Sines pelo seu filho mais célebre) e termina na Igreja de Nossa Senhora das Salas (que mandou reconstruir, e por cuja santa tinha uma espe-cial devoção).

Visitar Na faixa costeira da região de Setúbal podemos frequentemente observar exemplares do roaz-corvineiro (Tursiops truncatus), considerado um dos ex-libris faunísticos da região.

Grupos destes sociáveis animais, chamados “roazes”, supostamente, a partir do costume de roerem as malhas que os pescadores deitam ao mar, procuram

diariamente a maré favo-rável para se deslocarem até à área estuarina, dirigindo-se às zonas de esteiros e de sapais, na procura de alimento, principalmente de chocos, robalos e tainhas, num consumo que pode atingir até dez quilos por dia.

No Sado operam várias empresas turísticas que proporcionam um dia de passeio pelo rio na compa-nhia dos golfinhos do Sado.

actiVidades Até ao dia 15 de Agosto, passe pela Avenida Vasco da Gama, para participar em mais uma edição das Tasquinhas, iniciativa que conjuga pai -sagem, animação e sabores locais numa das principais zonas de interesse turístico da cidade: a baía de Sines.

São 13 as tasquinhas presentes no certame que

organiza novamente o Concurso de Melhor Prato de Sardinha de Sines, como forma de divul-gação e valorização do produto regional de maior relevo do concelho.

As Tasquinhas estão abertas ao público entre as 12h00 e as 2h00, com animação musical, todos os dias, às 22h00.

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férias com desporto

Embora seja um dos maiores pólos de atracção turística da região, o golfe, com a chegada do Verão, sofre uma quebra consi-derável na procura.

o mês de agosto é o segundo pior mês do ano para o mercado golfista, só suplan-tado pelo chuvoso e frio Janeiro.

os campos da região têm uma ocupação a rondar os 30 por cento, essencialmente com jogadores nacionais e nem mesmo as promoções parecem atrair mais golfistas. as temperaturas normalmente altas, acima dos 33 graus, afastam não só os estrangeiros como os portugueses que, por esta altura,

preferem os campos do algarve devido à oferta de praia e mais animação.

Eusébio Lima, da associação de campos de golfe da região da Costa azul, explica ao Semmais que, nesta altura do ano, «as direc-ções dos clubes optam por fazer manutenção nos campos que não se consegue fazer quando há mais praticantes. Fecham-se alguns buracos e oxigenam-se os greens, e apro-veita-se também para dar férias ao pessoal».

a partir de 15 de Setembro a tendência é para que comece a aumentar o número de jogadores. «o início do ano lectivo liberta também pais e avós para a prática do golfe,

mas mesmo assim ainda se trabalha na base do Value for money, ou seja, não cobramos aquilo que entendemos como o preço justo, mas sim aquilo que o cliente pode pagar.

Serve essencialmente para levar pessoas aos campos e depois tentamos vender alguns serviços paralelos não incluídos nos pacotes».

o início do outono, em Portugal, marca também o regresso dos estrangeiros aos campos da região. «a Escandinávia continua a ser a principal origem dos golfistas que nos escolhem. E apesar de estar a chover em agosto, na Suécia, por exemplo, os joga-dores preferem utilizar os seus campos uma vez que pagaram a anuidade. Só quando as temperaturas começam a ser mais desa-gradáveis é que Portugal se apresenta como a melhor solução».

Com o calor também os golfistas vão a banhos

Arrábida radicalConhECida pela vegetação única na Europa, a serra da arrá-bida é, desde sempre, local de eleição para caminhadas, esca-lada ou desportos radicais.

o parapente e o voo em asa delta há muito que ocuparam as escarpas da arrábida onde existem algumas pistas para lançamento de voos, mais ou menos improvisadas. não é raro por isso que algumas escolas escolham a serra para os baptismos de voo em parapente.

Embora muitos desportos estejam condicionados pelas áreas de protecção total do Plano de ordenamento do Parque natural da arrábida (PoPna) o certo é que a Serra que inspirou Sebastião da Gama continua a ser procurada para a prática de escalada e desportos mais ou menos radicais como o rappel.

Ondas da Costa animam surfo FaCto de ficar a poucos quilómetros de Lisboa, com um extenso areal com cerca de 30 quilómetros, faz da Costa de Caparica, um dos destinos turísticos mais comuns, não apenas no Verão, mas ao longo de praticamente todo o ano, especialmente para quem gosta

de aproveitar a variedade de desportos náuticos que oferece. o surf, o windsurf, o bodyboard e o kitesurf são os desportos

mais praticados. as diferentes praias, com areais mais ou menos extensos e com mar mais ou menos inconstante são pontos de inte-resse para quem não dispensa a adrenalina de desportos de mar.

Pesca desportiva no Litoral Alentejano aS aLbuFEiraS, águas calmas e lagoas do litoral alentejano oferecem pontos de interesse para os amantes da prática de desportos náuticos ao longo de todo o ano. Quer para a cano-agem ou para a pesca desportiva, as albufeiras do Litoral alentejano propor-cionam excelentes condi-ções para praticar desportos náuticos. a barragem de Vale de Gaio é um dos locais ideias para a prática da vela, do windsurf e da pesca desportiva enquanto a barragem de Pego do altar permite a prática de cano-agem, remo, natação e pesca, entre outros desportos.

Arrábida radicalintEGrada desde 1987 na reserva Ecológica nacional, a Lagoa de albufeira, considerada a mais funda em Portugal, é conhecida essencialmente pelas excelentes condições para a prática de desportos aquáticos.

Se por um lado, a zona virada ao mar, com maior ondulação é normalmente escolhida para os praticantes de vela, bodyboard, windsurf e surf, o interior da lagoa, com águas mais calmas é um dos locais, no país, onde a prática do kytesurf encontra mais adeptos.

o concelho de Sesimbra, com uma grande linha de costa, é aliás, nesta altura do ano e não só, bastante procu-rado para a prática de desportos náuticos. as praias do meco e das bicas, com forte ondulação, são pontos de atracção para os amantes do bodybord e do surf. Com um fundo de mar bastante rico em espécies, a prática de mergulho, junto ao Cabo Espichel e em vários pontos da linha de costa, é um desporto a ganhar cada vez mais adeptos e os cursos para novos praticantes são uma constante.

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Festarolas

A região de Setúbal é rica em festas e romarias, algumas das quais com forte tradição, cariz religioso e muito ricas em concertos musicais. No Verão, apesar da crise, ninguém fica em casa e salta para a rua para esquecer tristezas.

Serviços de banho

As melhores praias do distrito estão apetrechadas de serviço de banhos para que os verane-antes se sintam cómodos nas férias. Desde a Costa de Capa-rica, passando por Sesimbra e até Sines, não deixa de usufruir desta oferta.

Actividades náuticas

Na região existem várias empresas que promovem animação turística. A Aqua-rama, de Sesimbra, tem um submarino flutuante, e a Miragem e a Seemarsines, em Sines, organizam actividades de desporto náutico, pesca desportiva e mergulho.

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Fugas e lazer

Passeios de barco

Os passeios de barco, promovidos pela Ver tigem Azul, é uma exce-lente oportunidade para apreciar os golfinhos no Sado. Na Moita são promovidos passeios a bordo dos barcos típicos do Tejo para ver os flamingos e as garças.

Férias jovens

São várias as autarquias do nosso distrito que promovem férias jovens para os filhos dos munícipes. É sinal de que os municípios não se preo-cupam apenas com a qualidade de vida dos territórios mas também com o bem estar dos mais jovens.

Luís ALeLuiAactor

HAbiTuAlMeNTe, os Verões do actor luís Aleluia, são passados em trabalho, a divertir os portugueses por tudo quanto é festa e romaria de Norte a Sul do País, com os seus espectá-culos bem animados, como é a revista à portuguesa “Ó Zé bate o pé!”, que bastante sucesso tem alcançado, mesmo quando apre-sentado em recintos ao ar livre para milhares de pessoas.

No entanto, e sempre que pode, o actor não dispensa uns «bons mergulhos» nas belís-simas praias de Galapos e Portinho da Arrábida ou de Tróia,

local de «afectos, desde criança e que nem de inverno dispenso», frisa o actor setubalense.

A Feira de Sant’ iago, em Setúbal, a Feira de Grândola e a Festa das Vindimas, em Palmela, são locais de passagem «obri-gatórios» não só para momentos de descontracção e divertimento com toda a família, como também locais de encontro para rever amigos. luís Aleluia apro-veita também algumas «belís-simas» noites de música e outros momentos de convívio promo-vidos pelas autarquias onde se reencontra com colegas.

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Cuidar do corpo

Os ginásios são considerados um verdadeiro negócio de Verão. Um pouco por todo o distrito existem excelentes espaços para tratar do corpo.

Passeios e aventura

A Mil Andanças, a Passeios e Companhia, a Vertente Na tural, a Arrábida Aventuras e a SAL são empresas liga das às activi-dades de desporto aventura. BTT, canoagem e circuitos em jeep são algumas das ofertas Mas outras empresas dispõem de circuitos da canoagem, passeios pedestes e actividades radicais.

Arrendar casas

Alugar casas para férias a parti-culares fica mais em conta. Aproveite a oferta de aluguer de casas, vivendas e até do turismo rural à disposição.

Hotéis para animais

Para que não abandone o seu bicha-roco em tempo de férias aproveite para deixar o seu animal de esti-mação ao cuidado de um dos hotéis/canis localizados no Barreiro, Montijo, Palmela, Pinhal Novo e Setúbal.

Touradas

As Festas do Barrete Verde e das Salinas estão a aproximar-se. Há quatro corridas de touros agendadas, com cartéis de peso, e diversas largadas. Alcochete volta a ser rainha na tradição taurina entre 6 e 12 do corrente mês.

AnA Sobrinho produtora de moda

Dulce PonteS Cantora

A CANTOrA do Mundo, Dulce Pontes, que nasceu no Montijo, escolhe como locais de eleição a Serra da Arrábida, pela contemplação que propor-ciona. Dulce Pontes destaca ainda as excelentes praias da Arrábida, onde costuma dar umas banhocas e descansar.

Dulce Pontes, que habita entre o verde da Serra da Arrá-bida, com a família, costuma dar concertos no Verão e, também, desfrutar dos momentos em família que o bom tempo proporciona nesta altura do ano.

A ex-MiSS Portugal, Ana Sobrinho, considera-se uma sortuda por ter nascido e habitar em Setúbal, uma cidade que lhe proporciona «grande diversidade» de prazeres. Todavia, as praias da Figueirinha e Galapinhos são os seus locais de eleição na região. «A envolvência da Serra da Arrábida e a sua água translúcida encantam-me e relaxam-me», vinca.

No Verão, Ana Sobrinho costuma ir à praia, fazer programas de família e estar com os amigos. Sempre que pode, aproveita para ir a concertos, ao teatro e a festas na praia, pôr a leitura em dia, cozinhar, namorar e viajar.

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Região com festivais de referência

O Super Bock Super rock, no Meco, em Sesimbra, e o Festival Músicas do Mundo, em Sines, são, sem sombra de dúvidas os festi-vais mais mediáticos e de referência na região que atraem, anualmente milhares de apreciadores deste género de iniciativas.

Ambos os eventos, que acontecem em Julho, contam com nomes sonantes do panorama nacional e inter-

nacional nos palcos montados na Herdade do Cabeço da Flauta e no Castelo de Sines. Além de proporcionarem momentos de divertimento e descon-tracção entre o público, visam também promover aquilo de bom que existe nos respectivos concelhos, como as excelentes praias, a deli-ciosa gastronomia e o rico património histórico, cultural e natural.

A regiãO é rica e cria-tiva em festejos carnavalescos, sobretudo nos concelhos de Sesimbra, Almada e Setúbal, cidade que este ano, pela primeira vez viveu o seu Carnaval de Verão, com muito colorido, foliões e escolas de samba de Sesimbra.

As endiabradas escolas de samba sesimbrenses, que se empenham todos os anos nos temas, nas músicas e nos fatos, atraem milhares de forasteiros à vila, quer faça Sol ou chuva.

As crianças das escolas fazem a festa em Almada e no Seixal, com o desfile a evidenciar a criatividade de docentes e alunos, com muita magia, cor e alegria à mistura.

No pinhal Novo, merece destaque o Carnaval caramelo organizado pela Associação Amigos de Baco. e em Alhos Vedros o corso de carros alegóricos, organizado pelo movimento associativo, também sai à rua para animar a população.

Uma aventura no Badoca Safari Park

Se teNCiONA passar um dia diferente no meio da natureza, num lugar mágico e único, então não deixe de visitar o Badoca Safari park, no concelho de Santiago do Cacém. Vai ter a oportuni-dade de ver várias espécies de animais selvagem, a passear pelo recinto, através de um safari incluído no preço do bilhete.

Vai divertir-se e conviver de perto com zebras, girafas, orixes, gnus e muitas outras espécies que em plena liber-dade o transportam para o continente africano. pode ainda assistir a uma magní-fica apresentação de aves de rapina onde águias e falcões realizam voos livres e mostram formas de caçar as suas presas

No restaurante do

Badoca, harmoniosamente integrado na paisagem e com uma vista deslumbrante sobre a savana, pode provar uma deliciosa refeição.

Se preferir faça um pic-nic no parque de merendas, um espaço de mil metros quadrados inserido no meio do pinhal.

Conheça o jardim das aves exóticas e deixe-se invadir pela alegria das cores das variadas espécies que aí habitam – tucanos, araras, papagaios, catatuas, entre muitas outras.

Aproveite o ar puro e faça um passeio pedestre ines-quecível, atravessando uma magnífica ponte de madeira com 80 metros quadrados construída por entre as árvores e sobre o riacho.

ao ritmo do verão Carnavais ‘agitam’ a região

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DESAMPARADA com a morte precoce do pai, ainda este não havia cumprido 60 anos de vida, a jovem assistente social Leonor Freitas, com rasos conhecimentos do meio vitivinícola, viu-se ‘empurrada’ para o leme dos ainda insípidos negócios da família.

Já havia sido mãe. Casada e com dois filhos ainda pequenos, Leonor Freitas agarrou sem perdas de tempo a grande viragem da sua vida e abriu caminho a uma viagem que não mais parou. «Após a morte do meu pai, a minha família e a minha mãe não tinham condições de levar por diante os negócios. Não tive coragem de deixar morrer esta continuidade de apego à terra. Por isso costumo dizer que estou no vinho por amor», afirma, cate-górica, com brilhozinho nos olhos.

É essa «paixão» que a família da empresária nutria pelas suas terras na localidade de Fernando Pó, concelho de Palmela, que corre nas veias de Leonor Freitas. Uma questão genética que lhe deu a força neces-sária para empreender uma marca hoje considerada a nível mundial. «Assisti de perto ao esforço dos meus pais e vivi os sacrifícios que fizeram para poder estudar. Vim assustada para manter o negócio mas sempre tive o apoio do meu marido», conta.

Antes de assumir o comando do seu ‘império’ vitivinícola, havia sido

a primeira da família a deixa a pequena localidade rural e chegar a terras de Setúbal com outros desafios na cabeça. Chegou mesmo a tirar a licenciatura em Serviço Social e mais tarde a pós-graduação em Sociologia. Ainda como estagiária, andou por bairros degra-dados da capital de distrito a ‘medir’ os impactos da imensa mole humana dos chamados «retornados» das ex-colónias. «Um trabalho igualmente enrique-cedor, que me deu muita aprendi-zagem e matu-ridade», explica, hoje, à distância.

Mas o seu destino estava traçado, porque à frente dos negócios da família, p e r c e b e u rapidamente que o seu lugar era na linha da frente de uma empresa que havia de ter sucesso para orgulho dos seus antecessores, singrando num meio que até ali estava fadado para o homens.

A quarta geração dos Freitas

Leonor representa a quarta geração de gente dedicada à terra, sempre ligada à vinha, com mulheres da melhor têmpera, desde a bisavó Deotilde, corria o ano de 1921, passando pela avó Germana e a mãe Ermelinda, que dá nome à marca. Outros tempos, em que a numerosa ‘família Freitas’ já detinha bastas zonas de produção de uva para produção de vinho, mas ainda muito longe de vislumbrar-se o que seria conquistado quando Leonor pegou no comando da ‘Casa’.

Mas foi Leonor a primeira timo-neira a dar corpo maior aos vinhos

de Fernando Pó. Os primeiros engar-rafamentos e a comercialização com marca própria, em 1997, deve-se à sua visão empreendedora. «Por isso digo que somos uma casa velha, mas uma jovem casa engarrafadora», explica. Daí para cá, já conta com cinco adegas e consegue dar trabalho e rendibilidade a muitos outros produ-

tores de vinha da zona.Decidida, foi adqui-rindo terrenos aos

primos e a outros agricultores da

região. «A primeira

compra que fiz

também foi por amor a u m a prima-i r m ã ,

p o r q u e foi criada m u i t o

próximo de mim. Por afecto fiz todos

o s esforços para comprar», lembra.

Depois seguiu-se a emprei-tada de transformar a adega tradi-cional deixada pelos pais num unidade moderna e sofisticada com capacidade para 1500 barricas. Sem perder tempo, introduziu no universo dos seus vinhos novas castas, quando à época só havia o Castelão, nos tintos, e Fernão Pires, nos brancos.

Não deixou de ser uma «home-nagem» ao seu pai, Manuel João Freitas, que havia deixado como herança o sonho de o seu neto (filho de Leonor) «avançar, investir e fazer progredir o negócio». Com a fatali-dade da sua morte, não teve tempo de assistir à revolução que a filha Leonor logrou levar de vencida, sempre com o marido e os dois filhos, Joana e João, ao seu lado, prepa-rando já a quinta geração. «Como já se começava a movimentar muito dinheiro a minha mãe mostrava

algum receio. Sentia-se só e achava que não ia conseguir dar esse salto», lembra Leonor Freitas.

Uma mulher «rural moderna»

Com a introdução das novas castas e a vontade de exportar, a empresária olhou sempre em frente. «Gosto de ser uma rural moderna. Passo a vida a dizer que quero manter-me rural, mas de forma moderna e acho que isso é possível», afirma.

A contratação do então jovem enólogo Jaime Quendera mostrou-se certeira e muito promissora a nível internacional, com a presença em concursos no estrangeiro, conquistando inúmeros prémios em vinhos de maior qualidade e diversidade. «Já fazíamos bons vinhos com as castas tradicionais e acho até que tenho castelões espec-taculares em vinhas antigas plan-tadas pelo meu pai. Costumo dizer que gosto de ser a senhora do Castelão de Palmela, mas foi com a introdução de novas castas que conquistámos 32 medalhas de ouro, mais de 40 de prata e muitas outras de bronze», argumenta a empre-sária. O seu ‘Syrah’ foi mesmo consi-derado como o melhor vinho do mundo há três anos, prova de que a marca está no topo das referên-cias mundiais no sector.

Para além do sucesso, que reparte com as suas gentes e com a comu-nidade, Leonor Freitas não renega nem esquece as origens. Os seus 40 trabalhadores em permanência «fazem parte da família». E na altura das campanhas da poda e das vindimas, chega a ter a trabalhar para si mais de cem colaboradores. «Só hoje percebo o amor que a família tinha por isto», reitera. E não é raro vê-la por entre as vinhas a comandar as operações, a decidir quando e onde vindimar. «Plantar a vinha, vê-la crescer, e acompanhar aquele cachinho que depois se vai dar um grande vinho, é quase como acom-panhar o nascimento de um filho», diz, orgulhosa.

240 hectares de terra e 7 milhões de litros

Os vinhos Ermelinda Freitas contam com adega modernizada, lagares e cubas em inox e ainda preserva a tradição de pisar as uvas. Os 60 hectares de terras que deram início à aventura da empresária são agora 240. A colheita de 2010 para 2011 foram produzidos sete milhões de litros de vinho, cerca de 40 por cento dos quais destinados ao mercado internacional. Em homenagem ao pai, Leonor mantém a venda em formato ‘bag in box’.

Com a morte precoce do pai, Leonor Freitas assume os negócios da família e empreende uma metamorfose que a levou ao sucesso. Hoje gere um ‘império’ dos vinhos em Fernando Pó e tem reconhecimento público. É a história da ‘senhora do Castelão de Palmela»

No reino vitivinícola de D. Leonor

Distinguida por Cavaco e top das empresárias

Leonor Freitas destaca-se no panorama das mulheres empre-sárias da região e do país. O seu notável trabalho à frente da marca que criou e a forma como encara a relação da empresa com a comunidade mostram a sua forma de estar. Já foi distin-guida pelo Presidente da República e conta com outros galar-dões e considerada como uma das mais destacadas mulheres empresárias de Portugal.

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Rosé da Sivipa para refrescar um Verão em cheio

O vinho rosé “Terras do Sado”, produzido pela Sivipa, é o néctar ideal

para a época estival que atra-vessamos. Segundo o gerente e enólogo Filipe Cardoso, trata-se de um vinho de «alta qualidade» ideal para saborear «bem fresquinho», com uma boa companhia, numa esplanada algures no nosso distrito. Mas também se pode optar pelo branco da mesma marca. «São duas opções muito saborosas para provar neste Verão», vinca Filipe Cardoso.

Sobre a actividade da empresa de Palmela, Filipe Cardoso garante que as coisas estão a «evoluir e a crescer», relembrando, também, que o mercado de exportação, tem «corrido muito bem» e que o mesmo tem contribuído para a divul-gação da empresa além fron-teiras. «As exportações que estamos a desenvolver dão para compensar as quebras que temos tido a nível nacional. Nós não temos

medo de vender os nossos vinhos no estrangeiro porque produzimos vinhos tão bons que lá fora fazem muito sucesso», frisa, orgulhoso. A Sivipa exporta, actual-mente, para França, Bélgica, Polónia, Holanda, Suíça,

Alemanha e, mais recente-mente, para o Brasil.

Para Filipe Cardoso, a região de Palmela e Setúbal reúne «todas as potenciali-dades» para se tornar cada vez mais uma das regiões do País com «maior margem de

crescimento» em termos de produção de vinhos de alta qualidade. «Produzimos quali-dade e é essa a nossa prin-cipal preocupação», sublinha.

A Sivipa, que dá emprego a 16 pessoas, já conquistou este ano 36 medalhas e

orgulha-se de, recentemente, ter brilhado no concurso anual ACIC, em Coimbra, tendo sido distinguida este ano com 8 medalhas. Mas também conquistou diversas medalhas em concursos internacionais, nomeada-

mente em Paris, Bordéus, Londres e Montpellier, onde o moscatel da Sivipa foi distinguido com uma medalha de Prata e o da Venâncio da Costa Lima, de Quinta do Anjo, foi conside-rado o “Melhor do Mundo”. «São medalhas como estas que contribuem para o cres-cimento do moscatel de Setúbal e para que o consu-midor internacional olhe para este vinho como um produto de excelente nível e com capacidade de alcançar boas vendas em qualquer parte do mundo», sublinha.

Em termos de investi-mentos, no ano passado, foi construída, na Quinta do Piloto - parceira da Sivipa - uma adega nova de «inoxes», com lagares computorizados e temperatura controlada, que custou cerca de 700 mil euros. No que se refere à Sivipa, estão previstos inves-timentos ao nível da recu-peração do edifício-sede, bem como pintura interior e exterior.

O enólogo Filipe Cardoso certifica que a actividade da empresa tem vindo a consolidar, a evoluir e a crescer

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Venâncio da Costa Lima celebra tempo quente com moscatel e vinho branco

O vinho branco “Vale Pereiro Branco” e um Moscatel de

Setúbal da adega Venâncio da Costa Lima (VCL), são as apostas desta empresa de Quinta do Anjo, onde se produz o melhor moscatel do Mundo, para refrescar a época estival.

O Moscatel Reserva 2006 da adega venceu o 11.º Concurso Muscats du Monde, que decorreu em Montpellier, em França, o qual contou com a envol-vência de 23 países que apresentaram um total de 210 vinhos em dois dias de provas e, logo ganhou o estatuto de “Melhor Moscatel do Mundo”, facto que já levou o município a aprovar por unanimidade um voto de congratulação por este feito conquistado em França. Além da conquista do prémio de Melhor Vinho do Concurso, a empresa posicionou, também, o seu Moscatel de Setúbal DOC na 6.ª posição do Top 10.

Joana Vida, enóloga da empresa, realça que apesar dos tempos difíceis, vê «esta crise também como um período de selecção, onde as empresas competitivas poderão afirmar-se neste sector e, até, eventualmente crescer».

A enóloga acrescenta que a firma tem apostado no lema “Qualidade com Tradição”, que passa por produzir vinhos «modernos, ao gosto do consumidor actual, mas sempre com a autentici-dade dos vinhos da região».

De futuro, a adega tenciona reforçar o Moscatel de Setúbal como «porta-estan-darte da região».

A VCL dá emprego a 40 pessoas e, para contornar a crise económica e finan-ceira mundial tem apos-tado numa «óptima relação preço/qualidade» dos seus vinhos, a qual tem sido reconhecida pelo consu-midor.

Daqui a um ano já estará a funcionar a nova adega, a qual permite uma evolução em termos de condições de trabalho da empresa, sobretudo no campo das novas maqui-narias. «Só assim conse-guimos produzir vinhos modernos e ter uma maior capacidade de produção»,

sublinha a empresária Joana Vida.

Em funcionamento na aldeia de Quinta do Anjo, em plena Serra da Arrábida, desde 1914, a Venâncio da Costa Lima integra a Rota de Vinhos da Península de Setúbal/ Costa Azul e, ao longo dos tempos, tem vindo a apostar na moder-nização tecnológica e numa equipa jovem e dinâmica para continuar a qualificar os seus vinhos.

Na VCL também são produzidos o vinho de mesa “Serrinha”; o Palmela D.O.C.; o “Palmela Escolha”, o tinto/branco “Serra do Louro” Regional Terras do Sado e o D.O.C. Moscatel de Setúbal e o Moscatel de Setúbal Superior.

Horácio Simões aposta em vinhos de forte aroma para o Verão

A Casa Agrícola Horácio Simões, de Quinta do Anjo, tem no seu

portfólio um excelente néctar para a época de veraneio. Trata-se do D.O.C branco “Vinha Val dos Alhos”, um vinho inspirado em «tendên-cias do novo Mundo», refere o gerente Pedro Simões, que lhe aponta uma capacidade aromática «bastante elevada» e um teor alcoólico «um pouco mais baixo», que normal, ou seja, 11,8 graus.

O vinho foi lançado há cerca de um mês, em 1 500 garrafas, e foi produzido com elevados cuidados tecnoló-gicos. A sua aceitação no mercado tem sido a melhor. Os apreciadores podem adquirir este e outros produtos na Loja Afinidades, da própria adega, e nas garra-feiras da especialidade e em alguns supermercados. Segundo a mesma fonte, o vinho é ideal para acompa-nhar com uma refeição «leve». Além disso, destaca também o Moscatel de Setúbal 2007 ou 2008, um óptimo vinho

«aromático» que está «sempre na moda» e que pode ser servido num «simples cocktail ou apenas como refrescante».

A Casa Agrícola Horácio Simões já arrecadou diversas medalhas em concursos nacionais e internacionais. Do concurso da Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal, a empresa trouxe algumas medalhas de Ouro, graças aos seus moscatéis de grande qualidade, o que deixa a empresa «bastante orgu-lhosa» porque isso é uma forma de «reconhecimento» do trabalho da adega.

No International Wine Challenger, em Londres, a adega conquistou uma medalha de Ouro, com o Moscatel de Setúbal 10 Anos Superior, e a revista Vini Portugal, através de um pres-tigiado jornalista inglês, reco-nheceu que o mesmo néctar está entre os 50 melhores vinhos portugueses para importar para o Reino Unido. «Já estamos a vender vinhos no Reino Unido, mas

queremos reforçar as vendas porque os ingleses são grandes apreciadores dos nossos vinhos», vinca.

Com os moscatéis a ocupar uma «fatia bastante grande» da casa, a empresa tem vindo a efectuar inves-timentos «ponderados» no seu espaço. «Temos planeado a construção de uma adega apenas para vinificação, numa propriedade aqui perto, e o actual espaço ficaria apenas para o estágio dos vinhos. Mas não me vou preocupar com isso tão cedo, enquanto o panorama do mercado não evoluir», frisa.

No que concerne à Vindima deste ano, Pedro Simões teme que as uvas não tenham a qualidade desejada. «Tivemos um nascimento de uvas bastante bom, mas depois apareceram alguns males que deixaram as uvas e as vinhas muito em baixo», esclarece, garantindo «quebra na quantidade e qualidade duvidosa da uva».

Joana Vida, enóloga da adega Venâncio da Costa Lima

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Um museu onde o arroz faz a história

É um espaço museológico que homenageia a Comporta e as gentes da terra que ao

longo dos tempos trabalharam nos arrozais mais célebres do país. O museu ergue-se na antiga fábrica de descasque, para ajudar a dinamizar a oferta turística de um dos locais mais procu-rados da região. VIP´s e menos VIP´s. As portas estão abertas a todos. Chama-se «Museu do Arroz» e encontra-se à entrada da freguesia, para quem viaja a partir e Tróia.

De acordo com Jorge Casaleiro, coordenador do novo museu, desde 1998 que este projecto estava na forja, mas foram as obras reali-zadas no edifício que abriram o caminho para a construção deste núcleo museológico, que conta a história e homenageia a população local, que durante décadas traba-lhou na produção de arroz. Foi este cereal, recorde-se, o «ganha-pão» de maior relevo nesta região de Alcácer do Sal.

«É preciso perceber que há uns anos o arroz era funda-mental, porque toda a região girava à volta deste cereal. É por isso que quem visitar o museu vai poder navegar por toda essa história», nota Jorge Casaleiro, alertando para a presença de fotos dos anos 30 e 40 do século passado, quando o arroz era planta do e colhido à mão.

Com a inauguração, em 1952, da fábrica de descasque, onde funciona agora o museu, a vida mudou para a comunidade. A Comporta passou a ter condi-ções de empacotar e encami-nhar o produto a partir da freguesia, como relata o museu, que exibe ainda antigas

máquinas e utensílios, que foram minuciosamente recuperados. À moda dos tempos que lá vão, mas onde este novo núcleo museológico permite regressar com pompa e circunstância.

«Estamos a falar de um cereal muito importante para esta terra, porque há algumas décadas atrás não havia estas vias de comu-nicação que há hoje. A Herdade da Comporta era uma herdade completamente isolada, em que a comunidade que aqui vivia estava afastada dos grandes centros urbanos. Subsistia por si só, trabalhando nesse arroz», explica o mesmo responsável, que convida os turistas a visi-tarem o espaço.

Toda a região gira à volta deste cereal

Horário e preçoO espaço abre de terça-feira a domingo, das 10 às 13 horas e das 14.30 às 19.30,sendo que a entrada tem um custo de dois euros por visitante, embora as crianças não paguem qualquer ingresso. A inauguração do espaço museológico culmina assim a ambição da Herdade da Comporta de criar um espaço que perpetuasse a tradição antiga da região. Simultaneamente, o museu oferece um espaço que espelha a identidade da população local e a preservação do património social e cultural da região.

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