Seminario Tecnologia Farmacêutica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE- UFCG CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAUDE- CES UNIDADE ACADEMICA DE SAÚDE- UAS DISCIPLINA: TECNOLOGIA FARMACÊUTICA DOCENTE: Prof.º Dr.Toshiyuki Nagashima Seminário de Tecnologia Farmacêutica Júlia Cristina Nunes Vanessa Domingos Ysabel Arianne Lopes Cuité- PB

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE- UFCG

CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAUDE- CES

UNIDADE ACADEMICA DE SAÚDE- UAS

DISCIPLINA: TECNOLOGIA FARMACÊUTICA

DOCENTE: Prof.º Dr.Toshiyuki Nagashima

Seminário de Tecnologia Farmacêutica

Júlia Cristina NunesVanessa DomingosYsabel Arianne Lopes

Cuité-PB

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INTRODUÇÃO

Desenvolvimento de formas de administração sofisticadas:

 Lipossomas, Nanopartículas, Dispositivos auto-regulados Sistemas vetorizados

Sem custo-benefício viável para indústria.

Restritos a um número reduzido de fármacos de elevado valor agregado.

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INTRODUÇÃO

Veiculação de fármacos através das formas de dosagem tradicionais.

80% de todas as formas farmacêuticas são concebidas na forma de comprimidos:

Precisão na dosagem, Boa aceitação pelo paciente,EstabilidadeFacilidade e baixo custo de produção

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INTRODUÇÃO

O processo de compressão teve início em 1843, e desde então sofre as mesmas influências:

Propriedades físicas e mecânicas do material a ser compactado.

Características apropriadas de fluxo, compressibilidade, compactabilidade e capacidade de diluição.

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INTRODUÇÃO

Os comprimidos podem ser elaborados por diferentes métodos de produção:

Compressão prévia granulação úmida

Compressão prévia granulação seca

Compressão prévia granulação por

extrusão

Compressão Direta

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Dominavam amplamente a produção desta forma farmacêutica.

A granulação por via úmida apesar de ser mais laboriosa, atribuía às partículas da formulação as condições mais idôneas para sua compressão.

TÉCNICAS DE GRANULAÇÃO POR VIA SECA E GRANULAÇÃO POR VIA ÚMIDA

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Compressão prévia granulação úmida

Mistura de p.a. e adjuvantes

Preparação da solução de umectação

Malaxagem

Granulação

Secagem

Calibração

Mistura com a adjuvantes

Compressão

Compressão prévia granulação seca

Mistura de p.a. e adjuvantes

Granulação

Mistura com a adjuvantes

Compactação dos bríquetes

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PROCESSO DE EXTRUSÃO POR FUSÃOAlternativa promissora. Atribui aos materiais ótimas características reológicas.Favorece a interação fármaco-excipiente (comprimidos

de liberação controlada). Fase experimental

Apresenta inconvenientes relacionados:

À estabilidade da preparação, devido a elevadas temperaturas de fusão dos polímeros utilizados.

Às dificuldades de transposição à escala industrial.

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Compressão prévia granulação por extrusão

Mistura de p.a. e adjuvantes

Extrusão por fusão

Corte

Mistura com adjuvantes

Compressão

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COMPRESSÃO DIRETA

Mais simples e rápido.Extremamente dependente das características

do pó para compressão. Rendimentos de produção: 100.000 a 200.000

comprimidos/h.As máquinas compressoras de alta

performance exigem materiais com excelentes propriedades reológicas e de compactação.

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Compressão Direta

Mistura de p.a. e adjuvantes

Compressão

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O GRANDE INTERESSE DA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA:

Descoberta de novos materiais que permitam superar certas dificuldades do processo de compressão

Possuam viabilidade econômica.

Assim os excipientes passam a assumir múltiplas funções nas formulações, decisivas para a eficácia, a segurança e a estabilidade das formas farmacêuticas.

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OBJETIVO

Discutir o panorama atual dos materiais para compressão direta enfocando o atual estágio de desenvolvimento dos excipientes co-processados e sua importância para a produção industrial de medicamentos.

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COMPRESSÃO DIRETA

Caracteriza-se pela compactação de uma mistura de pós de princípios ativos e excipientes apropriados, sem passar por um tratamento prévio.

É o procedimento de escolha pela indústria farmacêutica para a produção de comprimidos.

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CARACTERÍSTICAS DA COMPRESSÃO DIRETA

Utiliza menos maquinaria;

Gasta menos energia e tempo;

Utiliza menos espaço;

Requer menos mão de obra que os métodos tradicionais

de granulação;

Reduz custos de fabricação;

Oferece uma maior preservação da máquina

compressora e seus acessórios, já que exige menores

forças de compressão;

O número reduzido de etapas do processo torna a

produção mais fácil.

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VANTAGENS:

Os comprimidos são mais estáveis do ponto de vista físico-químico e microbiológico, uma vez que se reduz consideravelmente o número de etapas de fabricação.

Evita expor os princípios ativos à umidade ou a estresse luminoso, térmico e mecânico, inerentes aos métodos de granulação.

Rápida desintegração dos comprimidos, permitindo um início mais rápido da dissolução.

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COMPRESSÃO DIRETA

Menos de 20% dos materiais farmacêuticos podem ser submetidos à compressão direta.

Devido a propriedades de fluxo, coesão ou lubrificação insatisfatórias.

A utilização de adjuvantes pode modificar as características físicas e mecânicas dos materiais tornando-os aptos à compressão direta.

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DESENVOLVIMENTO DE EXCIPIENTES PARA COMPRESSÃO DIRETA:

Importância dos excipientes em formulações farmacêuticas;

• Conceito moderno foi revisto:

ingredientes baratossuportes inertes para os

fármacos

O requerimento de eficácia terapêutica dos fármacos passa a ser acompanhado da necessidade de funcionalidade dos excipientes que agora atuam nos aspectos biofarmacêuticos e tecnológicos das formulações.

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DESENVOLVIMENTO DE EXCIPIENTES PARA COMPRESSÃO DIRETA

Busca:

Melhorar a funcionalidade dos materiais;

Compatibilidade com os outros componentes da formulação e seus materiais de envase;

Estabilidade frente a condições adversas;

Baixo custo.

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ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVERADJUVANTES DE COMPRESSÃO DIRETA:

Síntese química de novos materiais:

Anos de pesquisa – custos (ensaios de segurança e toxicicidade);

Ex: obtenção dos derivados celulósicos (metilcelulose, hidroxipropilmetilcelulose) e as ciclodextrinas.

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ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVERADJUVANTES DE COMPRESSÃO DIRETA:

Modificações de materiais pré-existentes - estratégia mais utilizada;

Processos de aglomeração, cristalização, granulação, atomização são técnicas utilizadas para modificar a forma, o tamanho, a porosidade e a superfície específica das partículas;

Melhorando sua fluidez e atribuindo maior capacidade de coesão, viabilizando a compactação dos materiais.

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ESTRATÉGIAS PARA DESENVOLVERADJUVANTES DE COMPRESSÃO DIRETA:

Este novo estágio físico de excipientes e materiais já existentes, obtidos pela manipulação das propriedades mecânicas e físicas dos sólidos, é o que se considera, do ponto de vista da tecnologia farmacêutica, como engenharia das partículas (obtenção de diferentes variedades de lactose).

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EXCIPIENTES CO-PROCESSADOS

Combinação de dois ou mais excipientes misturados em proporções adequadas, que após um processamento farmacotécnico geram um novo produto com melhores propriedades para compressão direta que sua simples mistura física.

introduz importantes melhoras na conduta de compressão

contorna suas principais limitações e ampliar seus aspectos

positivos

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EXCIPIENTES CO-PROCESSADOS

• Desenvolvimento dos excipientes co-processados:

1. Seleção dos excipientes que serem combinados;

2. Seleção do método de processamento mais adequado

para a obtenção dos parâmetros físico-químicos

desejados;

3. Transposição apropriada à escala industrial;

4. Encontrar uma boa relação entre funcionalidade e

preço.

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EXCIPIENTES CO-PROCESSADOS DE MAIOR INTERESSE INDUSTRIAL:

Cellactose®Disponível desde 1990 - Produzido pela Meggle;

Hidrossolubilidade e fluxo da lactose com as excelentes propriedades de desintegração da celulose, mantendo a boa conduta de compressão de ambos os materiais;

α-lactose monohidratada

Celulose

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Cellactose®

• Reduzida sensibilidade a lubrificantes - não perde aderência ou coesividade;

• Características superiores deste excipiente quanto à compressibilidade e à compactabilidade, quando comparado com suas misturas físicas ou mesmo com outros excipientes co-processados, o que faz desta marca comercial uma das mais utilizadas no mundo.

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MicroceLac®Produzido pela Meggle;

Capacidade de compactação superior a de seus componentes isolados e atribui elevada dureza aos comprimidos, permitindo uma redução significativa da força de compressão;

Estudo comparativo do microceLac® frente a misturas físicas de celulosa microcristalina com diferentes tipos de lactose, se conclui que a obtenção deste excipiente co-processado por atomização atribui propriedades de fluxo muito superiores a suas misturas físicas.

lactose monohidratada

celulose microcristalina

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Ludipress® Um dos primeiros;

1988 - BASF com sede na Alemanha;

Partículas esféricas de lactose revestidas com o aglutinante polinilpirrolidona e o desintegrante crospovidona;

Sua desintegração é mais lenta que a de comprimidos preparados com Cellactose®, Tablettose®, e Avicel PH101.

Faz-se necessária aglutinante e desintegrante;

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Ludipress®

Propriedades de fluxo, medidas baseadas em ângulo de repouso estático e dinâmico atribuem ao Ludipress® os melhores valores de fluidez quando comparados com o Avicel PH 101®, com a Cellactose® e com a lactose anidra;

Efetividade como diluente depende fortemente do principio ativo utilizado;

Ex.: A aspirina conseguem incorporar valores superiores a 70% de p.a., enquanto que ao ser formulado com o paracetamol possui um potencial de diluição inferior ao Avicel®, a Elcema G250® e a Elcema P050®.

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Ludipress®

Utilizado como componente de matrizes de liberação prolongada;

Pode ser interpretado pelo bloqueio dos poros de matrizes poliméricas provocados por este excipiente, favorecendo uma liberação retardada do fármaco.

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Ludipress LCE®

Nova variedade, diferente da forma convencional, ausência de desintegrante;

Boas propriedades de fluxo e compressão;

Uma menor segregação em misturas (compressão direta de fármacos de baixa dosagem);

Componentes totalmente solúveis em água (produção de comprimidos mastigáveis e efervescentes).

LACTOSE MONOHIDRATADA (DILUENTE)

POLIVINILPIRROLIDONA (AGLUTINANTE)

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StarLac®

Empresa Alemã Meggle;

Boas propriedades reológicas (forma esférica das partículas);

Distribuição de tamanho de partícula fechada, com 90% das partículas de tamanho inferior a 250 μm.

LACTOSE AMIDO DE MILHO ATOMIZAÇÃO

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StarLac®

Combinação de seus componentes, atribui aos comprimidos excelente dureza devido à lactose aliada a uma rápida desintegração, atribuída ao amido;

Incrementar o índice de Carr e a dureza de comprimidos reduzindo ao mesmo tempo sua friabilidade;

A formação de partículas compostas entre o amido amorfo e os cristais de lactose aumenta a compressibilidade;

Capacidade de compactação dos componentes.

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Prosolv®

Multinacional JRS PHARMA;

Elevada capacidade de fluxo e compressibilidade, comparado com seus componentes originais, ou mesmo a sua mistura física.

Consegue aumentar a estabilidade de preparações farmacêuticas através da redução da capacidade de absorção de umidade dos p.a.;

CELULOSE MICROCRISTALINA

DIÓXIDODE SILICONE

COLOIDAL

ELEVADO GRAU DE DISPERSÃO

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Prosolv® Demonstram uma diminuição da degradação por oxidação em

comparação com excipientes convencionais;

Melhoram significativamente a uniformidade de conteúdo de comprimidos devido à capacidade de dispersar uniformemente fármacos, mesmo em doses baixas;

Elevada superfície específica aliada a uma maior rugosidade superficial quando comparado à celulose microscristalina;

Melhoram a capacidade de dispersão e diluição dos p.a. conferindo um caráter multifuncional a este adjuvante.

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Outros excipientes co-processados

Avicel CE15 ®: Variedade de celulose microcristalina adicionada de goma guar, obtida por Atomização;

Americana FMC;

Compressão direta de comprimidos mastigáveis;

Características de sabor e textura superiores a outros diluentes comerciais;

Tamanho de partícula médio de 75 μm.

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Ludiflash®: Multinacional BASF;

Maiores apostas excipientes para compressão direta de comprimidos de desintegração rápida (flash);

Constituído por uma mistura tecno-processada de manitol, crospovidona, polivinilacetato e povidona;

Concebido para desintegrar-se imediatamente na língua com elevada palatabilidade.

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Lycatab® Mineral Co-processado para compressão direta;

Empresa francesa Roquette;

Reúne o carbonato de cálcio na forma cristalina e amido de milho na forma granulada obtendo um produto com tamanho de partícula médio de 200 μm;

Elevada capacidade de compactação, rápida desintegração e elevada densidade.

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F-MELT ® Desenvolvido pela japonesa Fuji Chemical;

Elaborado por atomização dos carboidratos manitol e xilitol, adicionado de componentes inorgânicos e de agentes desintegrantes;

Compressão direta;

Partículas esféricas de elevada densidade e compressibilidade capazes de originar comprimidos porosos que se desintegram facilmente em água, com tempo de desintegração inferior a 30s.

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CONCLUSÃO

Atualmente existe disponíveis no mercado um número razoável de excipientes co-processados amplamente difundidos na rotina industrial farmacêutica, o que tem possibilitado a aplicação do processo de compressão direta a elevado número de princípios ativos, incluindo aqueles de deficientes propriedades mecânicas, melhorando consideravelmente sua compressibilidade e compactabilidade.

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CONCLUSÃO

Abrindo assim excelentes perspectivas para a compressão direta de fármacos que até então não atendiam aos estreitos requisitos deste processo.

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OBRIGADA!