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    INSTITUTO POLITCNICO DE SANTARM

    ESCOLA SUPERIOR DE SADE DE SANTARM

    30 CURSO DE ENFERMAGEM

    Professor Marco Branco

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    1

    ndiceMECNICA DO MOVIMENTO ........................................................................................................ 2

    Movimento ................................................................................................................................ 2

    Gravidade .................................................................................................................................. 4

    Fora, Energia e Trabalho .......................................................................................................... 6

    HIDRODINMICA E HIDROSTTICA ............................................................................................. 11

    Presso .................................................................................................................................... 11

    ELETROMAGNETISMO ................................................................................................................. 16

    Eletricidade.............................................................................................................................. 16

    Eletricidade no corpo humano ................................................................................................ 17

    Magnetismo ............................................................................................................................ 19

    Eletromagnetismo ................................................................................................................... 20

    FSICA NUCLEAR .......................................................................................................................... 21

    Observao de fotes ............................................................................................................. 22

    Espectroscopia ........................................................................................................................ 22

    Raios X ..................................................................................................................................... 23

    Radioproteo em sade ........................................................................................................ 25

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    MECNICA DO MOVIMENTO

    Movimento

    O movimento definido como um ato de mudana de posio de um objeto com o

    tempo, relativamente a uma posio fixa, que considerado o ponto de referncia.

    Existem dois tipos de estudo do movimento:

    Cinemtica estudo do movimento sem ter em considerao a causa desse

    movimento.

    Cintica estudo do movimento considerando a causa da mudana do seu

    estado inicial.

    O movimento classificado em trs categorias:

    Translao movimento realizado de forma linear ou curvilnea. Quando todos

    os pontos de um corpo se movem em igual velocidade ou distncia.

    Rotao movimento realizado em torno de um eixo. Quando parte de um

    corpo se move a diferente velocidade ou distncia de outras partes do mesmo

    corpo.

    Oscilao movimento realizado de forma peridica em torno de um ponto ou

    eixo.

    Existem 6 graus de liberdade:

    3 Translaes

    -anterior/posterior

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    -medial/lateral

    -vertical

    3 Rotaes

    -flexo/extenso

    -aduo/abduo

    -rotao interna/ externa

    Tipos de quantidades na descrio do movimento:

    Escalar quantidade fsica que tem magnitude mas no tem direo. Exemplos:

    massa, temperatura, trabalho, tempo, densidade, etc.

    Vetorial quantidade fsica quem tem magnitude e direo. Exemplos:

    deslocamento, velocidade, acelerao, fora, peso, etc.

    Distncia vs. Deslocamento

    Rapidez distncia percorrida por um objeto num determinado intervalo de tempo.

    Velocidade rapidez de um objeto numa direo definida.

    Caminho

    percorrido

    (metros)

    Linha reta entre o

    incio e o fim do

    percurso (metros)

    Rapidez =

    (m/s)

    Velocidade =

    (m/s)

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    Acelerao taxa de aumento da velocidade.

    Gravidade

    Gravidade Tendncia de acelerao dos corpos em direo ao centro da terra ou de

    outros corpos de grande massa. A gravitao a fora com que todos os corpos no

    universo se atraem mutuamente.

    F fora gravitacionalM e m massas

    d distncia entre as duas massas

    G constante gravitacional (6.7x1011)

    Centro de gravidade considerado o ponto no qual todas as foras externas esto

    aplicadas. o ponto onde se considera estar centrada toda a massa.

    Cada corpo tem o seu centro de gravidade. O estudo do centro de gravidade permite

    que pessoas com incapacidades possam realizar tarefas comuns. (Ex. prteses)

    Mtodos de determinao do centro de gravidade:

    1. Mtodo de Borelli/equilbrio

    2.

    Plataforma de reao

    Acelerao =

    (m/s)

    F =G.

    (m/s)

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    3. Mtodo das coordenadas

    Efeitos da gravidade na Enfermagem:

    Sem gravidade, no existiria presso nos lquidos. Assim seria impossvel dar

    injees intravenosas ou transfuses sanguneas na ausncia de gravidade;

    A circulao sangunea depende sobretudo da gravidade. Mudanas na posio

    do corpo altera a presso do sangue em diferentes partes. Se uma pessoa

    desmaiar, a cabea deve ser colocada mais baixa para que o sangue volte

    cabea mais depressa;

    A cirurgia ao crebro frequentemente realizada com o paciente sentado ou

    semi sentado para diminuir o risco de hemorragia.

    Equilbrio habilidade de manter a estabilidade.

    Estabilidade - capacidade mecnica de resistir a aceleraes, tanto lineares como

    angulares.

    Fatores que influenciam o equilbrio e a estabilidade:

    Massa corporal

    Atrito entre o corpo e a superfcie

    Tamanho da base de apoio

    Posio horizontal do centro de gravidade

    Posio vertical do centro de gravidade

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    Disfunes articulares

    Inibies musculares

    Leses articulares

    Alteraes propriocetivas

    Fora, Energia e Trabalho

    Principais conceitos da cintica:

    Inrcia tendncia de um corpo para resistir a mudanas do seu estado de movimento.

    Resistncia ao ou mudana.

    Massa quantidade de matria que compe um corpo.

    Fora produto da massa pela acelerao.

    Peso fora gravitacional que a Terra exerce num corpo.

    Presso fora distribuda por uma determinada rea.

    Volume quantidade de espao ocupado por um corpo.

    Densidade quantidade de massa por volume.

    Torque efeito de rotao de um corpo.

    Impulso aplicao de uma fora durante um determinado tempo.

    Quantidade Smbolo Frmula Unidade SI

    Massa m kg

    Fora F F=m.a N

    Peso P P=m.g N

    Presso P P=

    Pa

    Volume V m3 ou L

    Densidade

    kg/m3

    Alteraes ao equilbrio

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    Torque T T=F.d N-m

    Impulso J J= F.t N.s

    Leis de Newton

    1 Lei de Newton (Lei da Inrcia)

    Um corpo permanecer no seu estado atual de movimento a menos que seja

    influenciado por uma fora externa.

    2 Lei de Newton (Lei da Acelerao)

    Uma fora externa far com que o corpo acelere numa proporo direta com a

    magnitude e direo dessa fora.

    3 Lei de Newton (Lei da Ao-Reao)

    Para toda a ao, existe sempre uma reao oposta e igual.

    StressMecnico distribuio do esforo dentro de um corpo.

    Efeitos da carga mecnica:

    Stress =

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    - Acelerao uma forma que atua num corpo tem tendncia a efetuar a acelerao

    desse corpo.

    - Deformao a deformao de um corpo aps a atuao de uma fora depende da

    elasticidade e rigidez desse corpo.

    A probabilidade de ocorrer uma leso depende da magnitude, direo e rea onde a

    fora aplicada. Devem ser consideradas as propriedades mecnicas dos tecidos onde

    a fora aplicada.

    Propriedades mecnicas dos tecidos:

    Compressivas

    Tensivas

    De corte

    Viscoelsticas

    Plsticas

    Contrcteis

    Deformao vs. Leso

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    Uma das formas de produo de fora interna deve-se contrao muscular.

    Os msculos esquelticos tm a funo de puxar. A fora com que puxam

    depende do nmero e comprimento das fibras musculares.

    O msculo consegue gerar uma fora mxima de 7x10

    6

    dyn/cm

    2

    de rea deseco transversal.

    A fora exercida entre msculos e ossos, ou entre segmentos corporais, feito

    atravs do sistema de alavancas.

    Alavancas

    O tipo de alavancas depende da localizao do eixo e dos braos da resistncia e da

    fora.

    As alavancas so utilizadas para elevar cargas de uma forma vantajosa e para transferir

    o movimento a partir de um ponto para outro.

    Magnitude eRepetibilidade da carga

    vs. Leso

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    Vantagem mecnica (MA)

    MA=

    ou MA=

    Fm=.

    Fm fora

    W peso da carga resistente

    Br dimenso do brao da resistncia

    Bf dimenso do brao da fora

    Mf= Fm x distncia

    1 Classe

    2 Classe

    3 Classe

    Fora necessria para

    mover o cor o de eso W

    Momento de fora

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    W= F x d

    W= Mf x

    Ec=

    .m.v2

    Ec=

    .I.v2

    Ep= P.h

    HIDRODINMICA E HIDROSTTICA

    Presso

    A presso influencia cavidades e rgos, tanto na sade como na doena:

    - na respirao.

    - na efetividade dos tratamentos.

    - nas diversas funes do corpo humano.

    Importncia da presso no corpo humano:

    A respirao normal depende parcialmente das diferenas de presso

    intrapleural e intrapulmonar. Mudanas dessa presso podem causar

    dificuldades respiratrias.

    Trabalho

    Energia

    Cintica

    Energia Potencial

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    A eficcia de tratamentos como o enema e outros depende da presso.

    Muitas funes corporais dependem da presso dos fludos. O corao bombeia

    sangue atravs das artrias onde a presso muito alta (100-140 mm Hg). Oretorno do sangue para o corao ocorre pelas veias que tem uma presso muito

    inferior e precisa de ajuda para ir das pernas para o corao (3-7 mm Hg).

    Presso Hidrosttica princpio de Pascal

    Qualquer alterao da presso aplicada em qualquer ponto num fluido fechado emrepouso transmitida inalterada e uniformemente a todas as partes desse fluido.

    P=h.d.g

    P pressoh alturad densidade

    g acelerao da gravidadeUm fluido desloca-se das altas para as baixas presses.

    Lei de Boyle

    O volume de um gs varia inversamente presso, com temperatura constante.

    Presso

    Volume

    Temperatura

    Lei de Charles

    A presso diretamente proporcional temperatura, com volume constante.

    Temperatura

    Presso

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    = Volume

    Lei de Dalton

    A presso de um gs especfico mantido mesmo quando existem outros gases

    misturados no mesmo local.

    Presso Osmtica

    Osmose o processo que leva um solvente de uma regio de menor concentrao de

    solutos para uma regio de maior concentrao de solutos, atravs de uma membrana

    semi permevel.

    A gua movimenta-se sempre de um meio hipotnico para um meio hipertnico com o

    objetivo de se atingir a mesma concentrao em ambos os meios atravs de uma

    membrana semi permevel ou seja, uma membrana cujos poros permitem a passagem

    de molculas de gua, mas impedem a passagem de outras molculas.

    Equao de Bernoulli

    P+gh+

    v2=constante

    P presso do fluido

    - densidadeh altura

    v velocidade

    Viscosidade e Lei de Poiseuille

    A frico viscosa proporcional velocidade do fluido e ao coeficiente de viscosidade

    do fluido.

    Afirma que:em qualquer ponto

    de um canal com fluido em

    movimento, existe a mesma

    fluidez (desprezando a frico)

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    Fluidez laminar A velocidade do fluido, na

    seco transversal do canal, maior no centro e

    menor nas paredes do canal. Nas paredes do

    canal o fluido estacionrio.

    Fluidez turbulenta Quando existe alterao da

    velocidade em pontos crticos, a fluidez laminar

    suave do fluido interrompida, ficando nesse

    ponto uma fluidez turbulenta. Este movimento

    aumenta a dificuldade do fluido se deslocar

    pelo canal.

    Presso Sangunea

    A energia inicial do sistema circulatrio advm da ao bombeadora do corao. Essa

    energia dissipada ao longo de todo o sistema por dois mecanismos:

    Ao elstica das paredes arteriais (expanso/contrao)

    Frico viscosa do sangue

    medida que o sangue se afasta do corao vai perdendo a sua energia.

    A presso arterial tem origem de 3 formas:

    - Hemodinmica

    - Hidrosttica

    - Energia cintica

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    Presso hemodinmica energia transmitida para o sangue pela contrao do

    ventrculo esquerdo. Este tipo de presso preservada pelas propriedades elsticas do

    sistema arterial.

    Presso hidrosttica proporcional altura da coluna de sangue entre o corao e a

    vasculatura perifrica. A presso mais alta na parte inferior da coluna.

    Energia cintica associada velocidade do sangue, o qual influenciado pela fluidez.

    Efeitos que alteram a presso sangunea:

    Altura

    Calibre dos canais

    Viscosidade do sangue

    Tipo de fluidez

    Movimento

    Presso arterial:representa a fora exercida pelo sangue por unidade de rea na parede

    arterial e representa a soma de hemodinmica, hidrosttica e cintica.

    Presso sistlica representa a presso que o sangue faz nas paredes das

    artrias durante a sstole. 120 mm Hg

    Presso diastlica representa a presso que o sangue faz nas paredes das

    artrias durante a distole. 80 mm Hg

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    ELETROMAGNETISMO

    Eletricidade

    Os termos positivos e negativos das cargas eltricas foram introduzidos por Benjamin

    Franklin. Para descrever matematicamente os fenmenos eltricos, foram associados os

    sinais + e - aos dois tipos de eletricidade.

    Os corpos eletricamente neutros so conhecidos por conter quantidades muito grandes,

    mas com igualdade de cargas eltricas positivas e negativas, permitindo descrev-los

    como tendo carga total de zero.

    Existem dois tipos de eletricidade:

    Eletricidade esttica caracterizada pela acumulao de cargas eltricas na

    superfcie dos corpos.

    Eletrodinmica caracterizada pelo fluxo de eletres atravs de um condutor.

    Cargas opostas atraem-se e cargas iguais repelem-se.

    Lei de Colombo

    A intensidade da fora (Fe) entre 2 pontos de cargas (corpos carregados que so

    pequenos em comparao com a distncia entre eles) proporcional ao produto das

    suas cargas (Q1e Q2), e inversamente proporcional ao quadrado da distncia (n) entre

    eles.

    Fe=Ke..

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    Eletricidade no corpo humano

    O centro funcional do corpo humano i sistema nervoso central que, por sua vez, tem comoenergia fundamental a eletricidade.

    Constituio do Sistema Nervoso:

    Neurnios sensoriais Neurnios motores Interneurnios

    A eletricidade no sistema nervoso causada por impulsos eltricos de diversas origens

    (qumica, mecnica, etc.)

    O impulso nervoso produzido apenas se for exercido determinado limite. Se isso

    acontecer, criado um potencial de ao.

    POTENCIAL DE AO

    Inicia-se assim que a membrana axonal fica altamente permevel aos ies de sdio

    carga positiva. Os portes de sdio fecham e os ies de potssio abandonam o axnio carga negativa.

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    Corrente a razo entre a quantidade de eletres que passam numa seco de espao,

    por unidade de tempo. A unidade SI o ampere.

    I=

    Resistncia eltrica o atrito ou oposio passagem da corrente eltrica (Ohms).

    A origem da corrente eltrica pode ser variada. Para manter o movimento dos eletres

    necessria energia do tipo: luz; trmica; mecnica; qumica ou magntica.

    A eletricidade (esttica e no s) a causa de muitos acidentes:

    As fascas geradas pelo movimento dos eletres de um corpo para outro, quando

    presentes em atmosferas inflamveis, podem gerar exploses;

    Atmosferas inflamveis em meio hospitalar no so difceis de acontecer;

    A presena de grandes quantidades de oxignio, ter e outros, promovem o

    desenvolvimento de atmosferas combustveis;

    A utilizao de alguns tipos de tecido como a seda, nylon, l e polisteres so

    proibidos em hospitais, devido sua capacidade em gerar eletricidade esttica;

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    Solas dos calados em borracha no so recomendados porque no existe

    capacidade do corpo descarregar a eletricidade esttica para o solo e, por isso, a

    acumulao de eletricidade esttica maior;

    Para preveno de acumulao de eletricidade esttica, necessrio tocar em

    terra ou ter os equipamentos (como as marquesas) ligados a terra.

    Efeitos da eletricidade no corpo humano:

    A eletricidade um dos fatores que promove o funcionamento e controlo dos

    diversos sistemas. No entanto, a quantidade de corrente baixa;

    A passagem de corrente eltrica elevada pode ser suficiente para provocar

    leses ou morte;

    Em situaes em que temos contacto com a terra e com uma fonte de

    eletricidade, a passagem de corrente eltrica alta, o que provoca uma

    excitao de todos os tecidos;

    Em situaes em que no existe contacto com a terra e estamos em contacto

    com eletricidade, a passagem de corrente eltrica baixa, no entanto esta pode

    gerar a libertao de energia, por exemplo trmica, provocando queimaduras.

    Magnetismo

    Um campo magntico est sempre interligado a um campo eltrico.

    Nos tomos existe uma grande atividade eltrica entre as suas partculas, o que origina

    campos magnticos elementares.

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    Qualquer campo magntico possui polos. Na maioria dos materiais, os polos desses

    campos elementares no esto alinhados.

    No man natural, os campos esto alinhados e somam-se, trazendo propriedades

    magnticas relativamente intensas ao material. A intensidade magntica depende da

    quantidade de matria empregada para a sua constituio.

    A Lei de Colombo pode tambm ser aplicada fora magntica:

    Fm=Km.(.).(.)

    Campo eltrico Fe=Q1.E

    O vetor do campo eltrico, E, definido pela fora que atua sobre uma partcula

    carregada. Este vetor igual fora de um pequeno corpo carregado num ponto no

    espao, dividido pela carga desse corpo.

    O domnio do espao, onde existe uma fora sobre um corpo carregado chamado de

    campo eltrico.

    Eletromagnetismo

    Campo magntico Fm=Qv.B

    Numa corrente, a fora o resultado do movimento das foras individuais das partculas

    portadoras de carga.

    O vetor B conhecido como o vetor de induo magntica ou o vetor de densidade de

    fluxo magntico. Se numa regio de espao existir uma fora gerada pelo movimento de

    cargas, podemos dizer que naquela regio existe um campo magntico.

    James Clerk Maxwell mostrou atravs de diversas equaes que os campos eltrico e

    magntico esto interrelacionados, no podendo um existir sem o outro.

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    No entanto conseguem deslocar-se no espao no estando ligados fonte desse campo,

    denominando-se por ondas eletromagnticas.

    SINAIS

    Os sinais so usados para detetar os potenciais de ao nos tecidos. Esses potenciais de

    ao demonstram a funcionalidade desses tecidos. Para serem visveis, esses sinais so

    amplificados algumas vezes (cerca de 10 milhes de vezes). O sinal avaliado de acordo

    com o ritmo e/ou variao de potencial.

    FSICA NUCLEAR

    Modelo de Bohr orbitas eletrnicas

    Modelo de Heisenberg nuvem eletrnica

    Estado de um tomo

    Um tomo, com os eletres na sua rbita normal e portanto com a sua energia

    mnima, chamado de tomo num estado fundamental.

    Quando um tomo passa para um estado de energia elevado, chamado de

    tomo num estado excitado.

    Fenmeno a

    ser observado

    Traduo para

    sinais eltricosAmplificador

    Mostrador

    Processamento

    do sinal

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    Mtodos mais comuns de excitar um tomo

    Impacto de eletres normalmente provocado pela descarga eltrica num gs.

    Absoro de radiao eletromagntica

    Observao de fotes

    possvel observar o foto se soubermos a frequncia de radiao do mesmo:

    f=

    ou f=

    A frequncia do foto depende dos nveis de energia em que h transio de eletres.

    Quanto mais perto do nvel de energia fundamental, mais energia necessria para

    provocar a excitao dos eletres.

    O intervalo de frequncia, quando h libertao de energia eletromagntica pelo

    retorno de um eletro ao nvel fundamental, chamado de Raio X.

    MATRIA

    Quando uma rbita no est completamente preenchida, os eletres de um tomo

    podem ocupar parcialmente a rbita de um outro tomo. A alterao de eletres para

    a rbita de outros tomos e a repulso que os ncleos dos tomos tm entre si, criam

    as ligaes e estruturas fortes das molculas.

    O mesmo princpio depois aplicado para a unio entre molculas e, por fim, de toda a

    matria.

    Espectroscopia

    A absoro e emisso do espetro de cada tomo ou molcula nica.

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    Foi utilizado em primeiro lugar para detetar tomos e molculas, mas hoje em dia

    tambm utilizado para detetar diferentes compostos ou partculas.

    Os princpios da espectroscopia so medidos pelos espectrmetros e baseia-se:

    Na excitao por corrente eltrica ou calor, existe a emisso de luzem

    determinado espetro e, por conseguinte, essa emisso de luz classificada e

    identificada espectroscopia de emisso

    Quando a amostra exposta a luz branca e a luz transmitida revela o

    comprimento de onda que absorvido permitindo identificar as componentes

    espectroscopia de absoro

    Raios X

    Os materiais como o vidro quando so atingidos por eletres de alta energia, emitem

    radiao que penetra objetos opacos luz radiao por raios x.

    Os raios x so radiaes eletromagntica de comprimento de onda curto, emitida por

    tomos altamente excitados. Alm de poder mostrar os ossos (por serem opacos a esta

    radiao) possvel administrar fludos que tenham a mesma caracterstica,

    possibilitando utilizar os raios x para visualizar outros rgos que so normalmente

    transparentes a esta radiao.

    TOMOGRAFIA AXIAL COMPUTORIZADA (TAC)

    Um raio x convencional pode revela a presena de um tumor, no entanto no possvel

    indicar-nos a profundidade ou localizao exata. A TAC foi desenvolvida de modo a

    mostrar-nos vrias imagens a vrias profundidades (seces) e com isso permite

    determinar com exatido a localizao de tumores.

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    RADIAO

    A emisso de energia de ncleos radioativos enquadram-se em 3 categorias:

    1.

    Partculas Alfa (

    ) Tm ncleos de alta velocidade, mas por terem grandemassa existe grande capacidade de parar essas partculas.

    2. Partculas Beta () Tm eletres de alta velocidade, massa menor e por isso

    menor capacidade de colidir.

    3. Raios Gama () Tm fotes energticos. No tm massa e deslocam-se

    velocidade da luz, por isso so virtualmente impossveis de parar.

    Os istopos de longa durao decompem-se naturalmente.

    Para a decomposio de istopos de curta durao so utilizados os aceleradores

    atmicos, os quais so utilizados para bombardear os ncleos de elementos estveis

    com partculas de alta energia.

    Utilizao de istopos na sade

    24Na A utilizao de radioistopos de sdio podem ser utilizados para observar a

    corrente sangunea e, deste modo, analisar constries nos vasos.

    131I A observao de radioistopos de iodo podem ser teis na deteo de problemas

    na tiroide por ser emissora de radio-iodina, onde a baixa ou elevada emisso deste

    istopo serve para diagnosticar diversas patologias, tais como tumores malignos,

    hipertiroidismo ou hipotiroidismo.

    32P O radio-fsforo utilizado para detetar tumores na mama e utilizado no

    tratamento da leucemia.

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    198Au O radio-ouro tem sido reportado como benfico no tratamento de tumores nos

    tecidos moles e carcinomas que tenham sido metastizados para as cavidades pleurais e

    peritoneais.

    IMAGEM POR RESSONNCIA MAGNTICA (MRI)

    A MRI mostra-nos a informao detalhada sobre os rgos e tecidos moles, atravs da

    tcnica de ressonncia magntica nuclear NMR. A utilizao de istopos o princpio

    adjacente NMR.

    Os protes e os neutres possuem propriedades mecnicas qunticas de rotao, as

    quais so a magnitude e direo. Devido a essa rotao os ncleos podem ser

    considerados como mans, nos quais os protes e neutres alinham-se de modo a

    neutralizar os campos magnticos. No entanto, se os neutres forem nmero mpar,

    essa neutralizao no completa e o ncleo tem um momento magntico, cujo valor

    pode ser convertido em informao.

    Como o ncleo de hidrognio constitudo por apenas um proto, tem um momento

    magntico angular.

    O corpo humano constitudo principalmente por gua e outros constituintes de

    hidrognio, logo a MRI consegue ser eficiente na reproduo dos campos magnticos

    do ncleo de hidrognio.

    Radioproteo em sade

    A tecnologia envolta no estudo do tomo tem vertentes que desempenham um papel

    determinante na capacidade de recuperar e manter a sade. Se no existir proteo,

    grande parte dessas radiaes so perigosas para o corpo humano e para a sade.

    importante ter em conta fatores de radioproteo na sade.

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    Radioproteo em sade conjunto de medidas que visam proteger o Homem, os seus

    descendentes e o meio ambiente contra possveis efeitos nocivos, causados por

    radiao proveniente de fontes produzidas pelo Homem e por fontes naturais

    modificadas tecnologicamente.

    Objetivos:

    Minimizar os riscos de efeitos biolgicos no ser humano.

    Limitar dose em atividades profissionais.

    Diminuir a probabilidade de efeitos de longo prazo (cancro; efeitos genticos;

    etc.)

    Parmetros fsicos da radioproteo em sade:

    Tempo

    Distncia

    Blindagem