Saúde do Trabalhador - SUS
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MINISTRIO DA SADE
Braslia DF2002
SADETRABALHADOR
DO
SUS
MDULOINSTRUCIONAL
DE CAPACITAODA REDE BSICA
DE SADE DO
EM SADE DO
TRABALHADOR
SUS
MDULOINSTRUCIONAL
DE CAPACITAODA REDE BSICA
DE SADE DO
EM SADE DO
TRABALHADOR
SUS
MDULOINSTRUCIONAL
DE CAPACITAODA REDE BSICA
DE SADE DO
EM SADE DO
TRABALHADOR
Instrutor
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MINISTRIO DA SADESecretaria de Poltica de Sade
rea Tcnica de Sade do Trabalhador
Braslia DF
2002
Srie F. Comunicao e Educao em Sade
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2002. Ministrio da Sade. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte.
Srie F. Comunicao e Educao em SadeTiragem: 1. edio 1. reimpresso 1.000 exemplares
Barjas NegriMinistro de Estado da Sade
Silvandira Paiva FernandesChefe de Gabinete
Cludio Duarte da FonsecaSecretrio de Polticas de Sade
Heloza Machado de SouzaDiretora do Departamento de Ateno Bsica
Jacinta de Ftima Senna da SilvaCoordenadora da rea Tcnica de Sade do Trabalhador
Elaborao, distribuio e informaes:MINISTRIO DA SADE
Secretaria de Polticas de Saderea Tcnica de Sade do TrabalhadorEsplanada dos Ministrios, bloco G, 6. andar, sala 647CEP: 70058-900, Braslia DFTel.: (61) 315 2610Fax: (61) 226 6406E-mail: [email protected]
Equipe responsvel pela elaborao:Paulo Roberto Gutierrez CoordenadorElisabete de Ftima Plo de Almeida NunesGlucia Maria de Luna IenoLuiz Carlos Fadel de Vasconcellos
Colaboradores:Antnio Alves de Souza
Ftima Cristina C. M. SilvaJacinta de Ftima Senna da SilvaJos Luiz Riani da CostaMaria Anglica Cria Cerveira
Projeto grfico: Daniel Carvalho
Impresso no Brasil / Printed in Brazil
Ficha Catalogrfica
Brasil. Ministrio da Sade. Secretaria de Polticas de Sade. rea Tcnica de Sade do Trabalhador.Sade do Trabalhador: mdulo instrucional de capacitao da rede bsica de sade do SUS em sade do trabalhador: instrutor / Ministrio
da Sade, Secretaria de Polticas de Sade, rea Tcnica de Sade do Trabalhador. 1. ed., 1. reimpresso. Braslia: Ministrio da Sade,2002.
32 p. (Srie F. Comunicao e Educao em Sade)
ISBN 85-334 0527-8
1. Capacitao em servio. I. Brasil. Ministrio da Sade. II. Brasil. Secretaria de Polticas de Sade. rea Tcnica de Sade do Trabalhador.III. Ttulo. IV. Srie.
NLM HF 5549.5.T7
Catalogao na fonte Editora MSEDITORA MSDocumentao e InformaoSIA, Trecho 4, Lotes 540/610
CEP: 71200-040, Braslia DFFones: (61) 233 1774/2020 Fax: (61) 233 9558E-mail: [email protected]
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SUMRIOSUMRIO
APRESENTAO ......................................................................................................................... 5
INTRODUO............................................................................................................................. 7
PROGRAMA.................................................................................................................................. 9
UNIDADE PEDAGGICA .......................................................................................................... 11
PRIMEIRA UNIDADE ................................................................................................................. 14
SEGUNDA UNIDADE ................................................................................................................. 18
TERCEIR A UNIDADE................................................................................................................. 22
QUARTA UNIDADE .................................................................................................................... 26
QUINTA UNIDADE .................................................................................................................... 29
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APRESENTA OAPRESENTAO
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A presente publicao tem por objeto capacitar profissionais de sade que atuam na ateno bsica,
especialmente as equipes de sade da famlia. Nesse sentido, pretende-se que seja incorporado prtica desses
profissionais a rea de Sade do Trabalhador, qualificando-os para considerar a relao entre o trabalho e o
processo sade-doena no desenvolvimento de suas aes, de acordo com os princpios de regionalizao e
descentralizao.
Para tanto, considera-se que a compreenso clnica e epidemiolgica dos agravos sade dos usurios dos
servios de sade da rede ambulatorial fundamental, especialmente na perspectiva de promover a sadee controlar os riscos da populao adstrita s Unidades Bsicas, tanto no mbito domiciliar quanto ao dos
locais de trabalho.
Ao editar este mdulo, o Ministrio da Sade reafirma seu compromisso de continuar reforando medidas
e aes necessrias para qualificao de profissionais de sade, elemento ativo nas transformaes necessrias
no Setor Sade, rumo a melhores condies de vida do trabalhador e da populao em geral.
Cludio Duarte da Fonseca
Secretrio de Polticas de Sade
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INTRODU OINTRODUO
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O mdulo de Capacitao em Sade do Trabalha-
dor para a Rede Bsica de Sade do SUS foi organi-
zado para ser utilizado como um dos instrumentos
para a qualificao dos trabalhadores da sade que
atuam no sentido da (re)organizao dos servios
de sade.
O mdulo foi organizado para profissionais denvel superior, no nvel local. Aps a devida adapta-
o, poder ser aplicado aos membros da equipe de
sade da famlia de nvel mdio.
O pressuposto para a realizao do curso baseia-se
no processo de mudana das prticas sanitrias vol-
tadas para a efetivao do Sistema nico de Sade
e coerente com o processo de criao e desenvolvi-
mento de distritos sanitrios, cuja estruturao tem
hoje como estratgia o Programa Sade da Famlia,constituindo-se, portanto, em clientela preferencial
os profissionais que atuam nesse Programa.
Nesse sentido, pretende-se que seja incorpora-
do prtica desses profissionais a rea de Sade do
Trabalhador, qualificando-os para considerar a rela-
o entre o trabalho e o processo sade-doena no
desenvolvimento de suas aes, de acordo com os
princpios de regionalizao e descentralizao, sem
perder a viso da totalidade do sistema.Para tanto, considera-se que a compreenso clnica
e epidemiolgica dos agravos sade dos usurios
dos servios de sade da rede ambulatorial funda-
mental, especialmente na perspectiva de promover
a sade e controlar os riscos da populao adstrita s
Unidades Bsicas, tanto ao nvel domiciliar quanto
ao dos locais de trabalho.
Nos momentos de disperso previstas no curso
imprescindvel o envolvimento dos auxiliares de
enfermagem e dos agentes comunitrios de sade
que, embora no participem dos momentos de
concentrao, tm competncias na rea de Sade do
Trabalhador e conhecimentos sobre os trabalhadores e
ambientes de trabalho no seu territrio. A integrao
de todos os membros da equipe imprescindvel
para o desenvolvimento de prticas sanitrias desade do trabalhador coerentes com os princpios
e diretrizes do SUS.
Caso os cursos introdutrios j tenham con-
templado algum dos contedos das Unidades, a
critrio dos coordenadores do nvel local (Plos de
Capacitao e reas Tcnicas de Sade do Traba-
lhador), a(s) mesma(s) poder(o) ser adaptada(s),
com reduo da carga horria, desde que no haja
prejuzo na compreenso da abordagem de sadedo trabalhador como campo de conhecimento em
construo no SUS.
A concepo pedaggica deste mdulo baseia-se
em experincias anteriores, aplicadas em diversos
processos educativos de formao de profissionais,
a exemplo do Projeto Gerhus, Projeto Larga Escala,
Curso de Atualizao em Desenvolvimento de Re-
cursos Humanos (CADRHU).
O material bibliogrfico, que embasou esta pro-posta pedaggica, tem como princpios: indivisibi-
lidade do mtodo-contedo, coerncia do mtodo
com a natureza do objeto e apropriao da estrutura
do conhecimento pelo ator da aprendizagem. Dessa
forma, buscou-se na construo das Unidades desse
curso desenvolver estratgias de problematizao da
realidade, visando interao entre sujeito (aluno)
e objeto (contedo), considerando as formas de
aprender do sujeito e recortes do objeto que per-
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mitam, a partir do seu referencial de percepo da
realidade, reconstruir os seus conhecimentos sobre
esta mesma realidade, tornando-o elemento ativo
nas transformaes necessrias ao Setor Sade, ru-mo a melhores condies de vida do trabalhador e
da populao em geral.
Nas seqncias de atividades didticas, o aluno
realiza operaes de desenvolvimento intelectual,
desde a descrio e definio de dados da realidade,
a comparao, a discriminao e a relao entre fatos
na tentativa de explic-los e avanar na compreenso
de suas determinaes mais amplas, at o exerccio de
planejamento de aes concretas que inclui a definiode objetivos, a seleo de mtodos e tcnicas e as formas
de controle e avaliao dos resultados. Em resumo, as
atividades esto seqenciadas de modo a permitir a
interao gradual com o objeto e o desenvolvimento
de capacidade de generalizao e abstrao.
A organizao das unidades didticas e das se-
qencias de atividades obedece a princpios pedag-
gicos que articulam contedos, mtodos e tcnicas
de ensino-aprendizagem. A opo da estruturaode mdulo instrucional visa facilitao da disse-
minao do curso.
O mdulo possui a estruturao clssica dos cur-
sos que se utilizam dessa metodologia, ressalvando-
se que em sua organizao esto sugeridas algumas
atividades que podero ser utilizadas ou no pelos
monitores. No deve ser entendido, portanto, o
mdulo como uma camisa de fora, quando de sua
aplicao, o que, certamente, o transformaria emum kit instrucional.
Por outro lado, as alteraes das atividades no
devero ser feitas aleatoriamente, devendo ser man-
tida a coerncia em ordem temporal e de contedo,
respeitados seus respectivos objetivos. Portanto, asubstituio de uma atividade s deve ser conside-
rada e realizada por outra de natureza equivalente,
para o mesmo contedo ou para sua atualizao ou
quando for necessrio mudar a tcnica utilizada. Por
exemplo, pode-se substituir um texto por outro que
atualize as informaes, com abordagem equivalente
sobre o tema estudado naquele momento do curso;
pode-se tambm substituir uma leitura por uma
palestra sobre o mesmo tema ou vice-versa, e assimpor diante.
necessrio preparar instrutores que atuem co-
mo multiplicadores para que adquiram domnio da
proposta tcnico-pedaggica, possibilitando o de-
senvolvimento dos processos de ensino-aprendiza-
gem que assegurem tanto a integridade do mdulo
como sua adaptao s diferentes situaes em que
ela seja implementada.
A estratgia desenhada para a operacionalizao dacapacitao desdobra-se em dois momentos que so
necessariamente distintos: preparao de instrutores e
realizao de cursos para profissionais da Rede Bsica
de Servios de Sade, de nvel superior, preferencial-
mente s equipes de sade da famlia.
Aps a realizao do curso, de todo desejvel que se
faa uma avaliao geral do processo, visando a analisar
o processo ensino-aprendizagem e sistematizar conclu-
ses que aperfeioem os prximos mdulos.
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PROGRAMAPROGRAMA
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O programa est organizado em cinco unidades
didticas bsicas, distribudas da seguinte forma:
UNIDADE PEDAGGICA
Apresenta a proposta pedaggica que d supor-te ao Mdulo Instrucional para a Capacitao da
Rede Bsica do SUS em Sade do Trabalhador e
so trabalhados os conceitos bsicos do processo
ensino-aprendizagem, relao aluno-professor e
trabalho em equipe.
PRIMEIRA UNIDADE
Que trabalhador este?
So trabalhados conceitos de trabalho, trabalha-
dor, processo de produo, processo de trabalho e
seus elementos, diviso da produo social e tcnica
do trabalho.
SEGUNDA UNIDADE
Como investigar a relao entre o trabalho e o
processo sade-doena?
So trabalhados conceitos de risco, carga e des-
gaste do trabalhador. Alm disso, so discutidos os
processos de investigao que contribuem para o
entendimento do processo sade-doena no cole-
tivizar do adoecer.
TERCEIRA UNIDADE
Agravos relacionados ao trabalho.
A partir dos agravos mais freqentes, identificados
na rea de abrangncia dos alunos, sero discutidos
os conceitos de acidente de trabalho, doena ocupa-
cional, doena do trabalho e doena relacionada aotrabalho. Discute-se quais as aes (prticas) a serem
desenvolvidas pela equipe local para o enfrentamen-
to desses agravos.
QUARTA UNIDADE
A vigilncia da sade e o controle social em sade
do trabalhador na perspectiva do SUS.Sero discutidas as aes de acordo com os n-
veis de ateno e a importncia da participao
dos trabalhadores nos mecanismos institucionais
propostos pelo SUS para o exerccio do controle
social em sade.
QUINTA UNIDADE
Tecendo a mudana.
Busca instrumentalizar os profissionais de sade na
formulao de propostas de interveno na realidade
atravs da aplicao do planejamento estratgico e a
necessidade do desenvolvimento de aes interseto-
riais no enfrentamento dos problemas relacionados
ao campo do trabalho.
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NIDADE PEDAGGICAUNIDADE PEDAGGICA
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Conceitos-chave
Processo ensino-aprendizagem, relao aluno-
professor, trabalho em equipe.
Objetivos
Apresentar a proposta pedaggica que d suporte
ao "Mdulo Instrucional para Capacitao da Rede
Bsica do SUS em Sade do Trabalhador".
Competncias
Desenvolve as funes de facilitador no processode capacitao proposto pelo mdulo, apresentando
situaes de ensino-aprendizagem que viabilizem a
participao do grupo, partindo de problemas con-
cretos e objetivos, estimulando a criatividade, a crti-
ca, a tomada de deciso e a responsabilidade baseada
na participao.
Anotaes!
Anotaes!
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6. Alguns aspectos tericos sobre o processo
ensino-aprendizagem.
Leitura do texto (Bordenave ou aula expo-
sitiva-dialogada).Destacar o conceito das concepes peda-
ggicas:
- Tradicional: valorizao do contedo, educao
bancria ou da transmisso. A relao do
educador autoritria e paternalista. Aos
alunos, cabe receber e repetir sem aprender.
So passivos, acrticos, obedientes s normas,
pouco criativos.
- Conduo: valorizao do efeito ou resulta-do. Sua nfase recai nos resultados concre-
tos de mudanas de habilidades e atitudes.
Educador o programador e sua relao com
os alunos autoritria e persuasiva. Alunos
tornam-se muito ativos e competitivamente
individualistas.
- Participativa: a nfase no processo, na trans-
formao das pessoas, grupos e comunidade,
chamada por Paulo Freire de problematizado-ra, libertadora. O papel do educador de ser
um facilitador, propondo situaes de ensino
e aprendizagem que viabilizem a participao
real e o dilogo, estimulando a criatividade, a
crtica e a tomada de deciso de todos os envol-
vidos. Parte-se do problema concreto e objetivo.
Conhecimento socializado e desmitificado.
7. Apresentao da estrutura do mdulo.- Carga horria, unidades, objetivos, atividades
de concentrao e disperso, clientela.
6. Realizar leitura e/ou participar em aula
expositiva-dialogada sobre alguns aspectos
tericos do processo ensino-aprendizagem,
esclarecendo dvidas.
7. Participar da apresentao, esclarecendo asdvidas.
Nota: este mdulo s ser aplicado na capacitao dos instrutores/multiplicadores. Ele servir de subsdio para a reflexo do processo ensino-apren-dizagem nas atividades que se desenvolvero na aplicao do mdulo junto aos profissionais da Rede de Ateno Bsica de Sade.
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PRIMEIRA UNIDADEPRIMEIRA UNIDADE
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Que trabalhador este?
Conceitos-chave
Trabalho, trabalhador, processo de produo,processo de trabalho e seus elementos, diviso da
produo social e tcnica do trabalho.
Carga horria prevista
Concentrao: 8 horas
Disperso: 8 horas
Objetivos
1. Conceituar trabalho e trabalhador.
2. Conceituar processo de produo.
3. Conceituar processo de trabalho.
4. Identificar os elementos do processo de trabalho
(fora de trabalho; meios de produo; matria-
prima ou bruta; objetos).5. Descrever e identificar os diferentes tipos de
diviso do trabalho, diviso da produo social,
diviso tcnica do trabalho e diviso social do
trabalho.
6. Identificar os diferentes ramos de produo
(diviso da produo social) e de servios exis-
tentes em sua rea de abrangncia.
Competncia
- Conhece a populao economicamente ativa e
grupos ocupacionais, por sexo e faixa etria,
de sua rea de abrangncia e influncia.
- Conhece as atividades produtivas existentesna rea; reconhece a importncia das infor-
maes sobre trabalho, contidas nos cadas-
tros por famlia (desempregados, ativos no
mercado formal ou informal, precarizados
no domiclio, trabalho infantil, rural ou
urbano, sexo e faixa etria).
Anotaes!
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Aluno
1. Em subgrupos discutir as seguintes questes:
a) O que se entende por trabalho e por trabalha-dor?
b) A importncia do trabalho para o homem.
c) Qual a diferena entre a construo de uma
casa pelo homem e pelo pssaro joo-de-bar-
ro, colmia pelas abelhas, cupinzeiro pelo
cupim, etc.?
d) Qual a diferena entre o trabalho de um ar-
teso (ou trabalhador autnomo) e de um
trabalhador fabril?
2. Assistir ao filme Ilha das Flores (ou simi-
lar). Em subgrupos, responder s seguintes
questes:
a) Quais os tipos de trabalho identificados no
filme e as respectivas atividades desempenha-
das pelos trabalhadores?b) Quais os recursos necessrios para a realizao
destes tipos de trabalho?
3. Representar:
a) Quem o trabalhador da sua rea de abran-
gncia, por sexo e faixa etria?
b) Onde e como ele trabalha?
4. Em subgrupos, preparar atividade que aborde
as seguintes questes: trabalho/trabalhador;
elementos do processo de trabalho; Popu-
lao Economicamente Ativa (PEA).
Instrutor
1. Apoiar a discusso, estimulando a reflexo
sobre o trabalho como meio utilizado pelohomem para a transformao da natureza
para a produo de bens de consumo, e na
qual se estabelece relaes de poder e de sa-
ber diferenciada nos diversos tipos de pro-
cessos produtivos. O trabalho animal de
natureza instintiva que se repete de gerao
a gerao, enquanto para o homem, o tra-
balho tem como caracterstica fundamental
a criao ou a concepo do produto finalantes de sua execuo. No trabalho fabril,
o homem deixa de ser dono do tempo.
2. Orientar os alunos para a atividade e apoiar
a discusso a partir dos ramos de produo
e as classes sociais apresentados no filme,
levando-os a elaborar os conceitos de diviso
de produo social, processo de trabalho e
seus elementos e a diviso tcnica do tra-balho. No item b, sugere-se que para cada
grupo seja oferecida uma atividade para a
listagem dos recursos.
3. Orientar dinmica podendo utilizar tcni-
cas ludopedaggicas (dramatizao, msica,
colagem ou outras), que dinamizem e enri-
queam as discusses. Estimular os alunos
a identificar os diversos atores envolvidosna diviso social do trabalho no seu muni-
cpio, resgatando o conceito de classe social
discutidos na atividade 2.
4. Orientar atividade, distribuir textos de apoio
para realizao dos trabalhos.
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5. Plenria. Apresentar atividade. Sistematizar
as discusses anteriores.
6. Em subgrupos, listar alguns agravos decor-
rentes de atividades produtivas em pessoas
conhecidas. Discutir como a organizao
do trabalho pode acarretar problemas para
a sade, a partir dos exemplos citados.
7. Discutir as orientaes de traba lho de
campo.a) Realizar atividade de mapeamento dos estabe-
lecimentos com atividades laborais existentes
na sua rea de abrangncia.
b) Ler as trs opes propostas para o trabalho
de campo e dividir-se em grupos para sua
realizao.
Roteiro para trabalho de campo
Opo 1
Visitar um ambiente de trabalho com o objetivo
de observar o processo de trabalho e fazer uma lis-
tagem do que existe neste processo que pode pro-
vocar problemas de sade do trabalhador. Conside-
ra-se ambiente de trabalho: fbricas (indstrias de
transformao), servios (aougues, farmcias), o
domiclio (costureiras, doceiras), postos de sade,hospitais, entre outros.
Opo 2
Acompanhar a visita de profissionais responsveis
pelas inspees nos locais de trabalho (vigilncia
sanitria, subdelegacias regionais do trabalho),
com o objetivo de observar como realizada uma
inspeo nos ambientes de trabalho. Verificar co-
mo estes profissionais realizam tais levantamentos
5. Estimular os alunos na elaborao dos con-
ceitos de trabalho/trabalhador nas diferen-
tes sociedades; fora de trabalho; meios de
produo, PEA.
6. Estimular a discusso, destacando os pro-
blemas de sade decorrentes do trabalho.
7. Orientar a realiz ao do traba lho de
campo.a) A confeco do mapa da sua rea de abran-
gncia, sinalizando as atividades laborais de-
senvolvidas pelo mercado formal e informal.
b) Distribuir as opes de trabalho de campo, esclare-
cer dvidas e solicitar a subdiviso em grupos, que
contemple a realizao das trs opes propostas.
Referncia bibliogrfica
HARNECKER, Marta. Os conceitos ele-
mentares do materialismo histrico. 2.ed.
So Paulo: Global, 1983. p. 31-40. (Coleo
Bases, n. 36)
LACAZ, Francisco Antonio de Castro. Sade-
doena e trabalho no Brasil. In: TODESCHI-
NI, Remigio (Org). Sade, meio ambientee condies de trabalho: contedos bsicos
para uma ao sindical. So Paulo. CUT,
Fundacentro, 1996
Bibliografia recomendada
ABRASCO. Sade e trabalho: desafios de
uma poltica. Rio de Janeiro, 1990. 72 p.
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(caso no seja permitido o acompanhamento na
visita, realizar entrevistas com os profissionais so-
bre como so realizadas as inspees no ambiente
de trabalho).
Opo 3
Entrevistar trabalhadores de um ramo produtivo
ou de servios com o mesmo objetivo da opo 1.
Anotaes!
Anotaes!
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SEGUNDA UNIDADESEGUNDA UNIDADE
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Conceitos-chave
Risco, carga, desgaste do trabalhador.
Carga horria prevista
Concentrao: 8 horas
Disperso: 8 horas
Objetivos
1. Conceituar risco e fatores de risco.
2. Classificar os riscos. Reconhecer como os riscos
so classificados no Brasil.
3. Conceituar cargas de trabalho e sua classi-
ficao.
4. Conhecer o instrumental de Investigao da
Vigilncia em Sade a partir dos dispositivos
legais.5. Relacionar riscos com etapas do processo de
trabalho.
Competncias
- Reconhece a ocorrncia de acidentes
e/ou doenas relacionadas ao trabalho
que acometem trabalhadores inseridos
tanto no mercado formal como informal
de trabalho.
- Inclui o item ocupao e ramo de atividade
em toda ficha de atendimento individual de
crianas, adolescentes e adultos.
- Investiga o local de trabalho, visando a esta-
belecer relaes entre situaes de risco obser-
vadas e o agravo que est sendo investigado.
Anotaes!
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Aluno
1. Participar da apresentao das atividades
dos subgrupos, descrevendo os trabalhosdesenvolvidos na sua rea de abrangncia,
as etapas do processo de trabalho, o que
existe nestes processos que pode provocar
problemas de sade no trabalhador.
2. Em subgrupos, refletir o que se entende por
risco e fator de risco, relacionados aos pro-cessos de trabalho e ao ambiente, a partir
da seguinte situao: qual o risco de um
trabalhador morrer no exerccio de suas ati-
vidades, neste Estado? E no seu Municpio?
E na sua rea de abrangncia? Por que estes
trabalhadores morrem?
- Listar os fatores de risco encontrados e os re-
cursos (equipamentos) normalmente utilizados
na investigao para sua identificao.
3. Ler o texto Uma contribuio da epide-
miologia: o modelo de determinao social
aplicado sade do trabalhador
Discutir:
a) as diferenas entre conceito de risco, fator de
risco e carga de trabalho;
b) as possibilidades e limites de sua aplicao.
4. Discutir as figuras das pginas 19 e 25 a 30 do
livro Ambiente de Trabalho Oddone.
- Ler a interpretao dos trabalhadores sobre As
causas da nocividade ambiental e seus efeitos
sobre a sade do mesmo livro.
Instrutor
1. Orientar apresentao. Solicitar que os alu-
nos realizem uma classificao sobre o queeles identificaram como existentes no pro-
cesso de trabalho, capaz de provocar pro-
blemas de sade do trabalhador. Destacar
tambm para atividades no remuneradas,
a exemplo do trabalho domstico (domici-
liao do risco).
2. Levar o aluno a distinguir risco e fator de
risco, ocupacional e ambiental, entendendoo risco como uma probabilidade de ocorrn-
cia de um determinado agravo.
3. Salientar a diferenciao das concepes
de risco, fator de risco e carga de trabalho,
ampliando a compreenso dos determinan-
tes da sade do trabalhador, considerando
a diviso e a organizao do processo de
trabalho.
4. Levar o aluno a compreender que a alterna-
tiva para a sade dos trabalhadores requer
a efetiva participao destes, seja no reco-
nhecimento dos riscos, bem como no enfren-
tamento dos problemas. Requer tambm,
a troca de conhecimentos entre tcnicos e
trabalhadores, socializando a informao,
para a construo de um ambiente de tra-
balho saudvel.
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5. Retomar os itens, identificados como exis-
tentes no processo de trabalho, que podem
provocar problemas de sade do trabalha-
dor, levantados na atividade 1 desta unida-de, correlacionando os fatores de risco com
possveis agravos.
6. Discutir as orientaes de trabalho de campo.
Levantar as seguintes questes:
a) Quantos e quais casos de agravos relacionadosao trabalho esto registrados em sua Unidade
Bsica de Sade?
b) Qual o encaminhamento dado a esses casos?
c) Estudar as legislaes sobre os acidentes de
trabalho, doenas relacionadas ao trabalho e
os benefcios previdencirios.
d) Verif icar se os agravos identificados no item a
desta unidade so considerados na legislao
estudada no item c.
Referncia bibliogrfica
FACCHINI, Luis Augusto. Uma contribui-
o da epidemiologia: o modelo da determina-
o social aplicado sade do trabalhador. In:
BUSCHINELLI, Jos T. P; ROCHA, Lys E. R;
RIGOTTO, Raquel M. (Org). Isto trabalhode gente?: vida, doena e trabalho no Brasil.
So Paulo: Vozes, 1993. p. 178-186.
ODDONE, Ivar et a lli.Ambiente de traba-
lho: a luta dos trabalhadores pela Sade. So
Paulo: Hucitec. 1986.
5. Apoiar os alunos na classificao e na identi-
ficao dos agravos, estimulando a reflexo
sobre a importncia da participao do tra-
balhador e de sua percepo na investigaodo agravo.
Refletir sobre a organizao do trabalho,
o uso de equipamentos de proteo e sua
limitao no controle dos agravos sade
do trabalhador.
6. Orientar a realizao do trabalho de campo,
esclarecendo dvidas.
Ressaltar a importncia do dado ocupaopara a produo de informaes sobre a si-
tuao de sade do trabalhador na sua rea
de abrangncia. Orientar sobre as fontes de
notificao (Unidade Bsica de Sade, Sin-
dicato e o prprio trabalhador).
Disponibilizar cpias do Decreto n. 3.048/
99. Home page: www.mpas.gov.br
Anotaes!
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21
Bibliografia recomendada
ABRASCO. Sade e trabalho: desafios de
uma poltica. Rio de Janeiro, 1990. 72 p.
BRASIL. Decreto n 3.048 de 6 de maio de
1999, artigos 336 a 347.
BRASIL. Lei 8.213 de 24 de julho de 1991.
Dispe sobre o custeio da Seguridade Social.
In: MARTINEZ, W. N. Nova lei bsica da
previdncia social. So Paulo: Ed. LTr, 1991.
(Arts. 19 a 21 e 23).
COHN, Amlia; MARSIGLIA, Regina G.
Processo e organizao do trabalho. In: BUS-
CHINELLI, Jos T. P.; ROCHA, Lys E.R.;
RIGOTTO, Raquel M. (Org). Isto trabalho
de gente?: vida, doena e trabalho no Brasil.
So Paulo: Vozes, 1993. p. 187-202.
CORRA FILHO, Heleno Rodrigues. OutraContribuio da Epidemiologia. In: BUSCHI-
NELLI, Jos T. P.; ROCHA, Lys E. R.; RI-
GOTTO, Raquel M. (Org). Isto trabalho
de gente?: vida, doena e trabalho no Brasil.
So Paulo: Vozes, 1993. p. 56-75.
RIGOTTO, Raquel M. Investigando a relao
entre sade e trabalho. In: BUSCHINELLI,
Jos T. P.; ROCHA, Lys E.R.; RIGOTTO,Raquel M. (Org). Isto trabalho de gente? :
vida, doena e trabalho no Brasil. So Paulo:
Vozes, 1993. p. 159-177.
SIVIERI, Luiz Humberto. Sade no trabalho e
mapeamento dos riscos. In: TODESCHINI, Re-
migio (Org).Sade, meio ambiente e condies
de trabalho: contedos bsicos para uma ao
sindical. So Paulo: CUT, Fundacentro, 1996.
Anotaes!
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ERCEIRA UNIDADETERCEIRA UNIDADE
22
Conceitos-chave
Acidente de trabalho, doenas ocupacionais, doen-as do trabalho, doenas relacionadas ao trabalho.
Carga horria prevista
Concentrao: 8 horas
Disperso: 8 horas
Objetivos
1. Identificar os agravos mais freqentes do
municpio e/ou da rea de abrangncia.
2. Conceituar acidente (tipo, doenas do trabalho
e doenas relacionadas ao trabalho).
3. Discutir alguns agravos no que se refere clnica (sinais e sintomas, seqelas, etc.), na
perspectiva da estruturao de um protocolo
junto aos demais membros da equipe.
4. Dar relevncia ao fator ocupao dos pacien-
tes atendidos ambulatorialmente procuran-
do estabelecer nexo do agravo com os riscos
decorrentes do processo de trabalho.
5. Discutir o sistema de referncia e contra-refe-
rncia no SUS para os agravos identificados.
6. Identificar informaes, fontes de informa-
es formais e alternativas para o estudo da
relao trabalho e sade.
7. Discutir o sub-registro dos acidentes e doen-
as ocupacionais.
Competncias
- Reconhece os principais agravos relaciona-
dos ao trabalho.
1. Conduz clinicamente os casos (diagnstico,tratamento e alta) para aquelas situaes de
menor complexidade.
2. Estabelece os mecanismos de referncia e con-
tra-referncia necessrios ao caso.
3. Acompanha o caso at a sua resoluo.
- Identifica e reconhece a importncia dos
dados obtidos atravs do sistema formal do
SUS (Sistema de Informaes de Mortalidade SIM, Sistema de Informaes Hospitalares
do SUS SIH, Sistema de Informaes Am-
bulatoriais SIA, Sistema de Informaes
de Agravos Notificveis SINAN e Sistema
de Informao da Ateno Bsica SIAB) e,
informalmente, atravs das visitas domici-
liares realizadas pelos agentes ou auxiliares
de sade e/ou por membros das equipes de
sade da famlia.
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231 A CAT dever ser emitida obrigatoriamente pelo empregador, podendo tambm ser emitida, extraordinariamente, pelo sindicato da ca-tegoria, pelo pr prio trabalhador ou pelo servio de sade. Ca so o empregador recuse a emisso, o fato dever ser comunicado pelo ser vio desade Vigilncia Sanitria e Delegacia Regi onal do Trabalho para as providncias.
- Registra os casos atravs dos instrumentos
do Setor Sade: SINAN, SIAB, SIM do SUS
e CAT do MPAS.
- Suspeita do acidente do trabalho ou doena
relacionada ao trabalho e, tratando-se de
trabalhador inserido no mercado formal,
preencher o item II campo Atestado M-
dico da CAT ou do SINAN.
Aluno
1. Participar da apresentao das atividades :
a) Descrever quais os agravos relacionados ao
trabalho identificados na sua rea de abran-
gncia.
b) Descrever o que voc entende por acidente
de trabalho, doenas relacionadas ao trabalho
e identificar quais os trabalhadores que tm
benefcios assegurados pela Previdncia.
2. Discutir:
a) Que fontes de informaes do SUS subsidiam
a anlise do processo sade-doena na popu-
lao?
b) Que fontes de dados alimentam este sistema?
c) Como a sade do trabalhador est represen-
tada nestas fontes?
d) O que feito com estes dados?
e) Quais seriam outras fontes de dados sobresade do trabalhador?
3. Em subgrupos, realizar estudo dos agravos
mais freqentes apresentados no item anterior,
utilizando-se dos documentos: Cadernos de
Ateno Bsica, Programa Sade da Famlia,
Caderno 5 Sade do Trabalhador e Doenas
Anotaes!
Instrutor
1. Orientar apresentao. Resgatar os ramos
produtivos e os agravos levantados na Pri-
meira e Segunda Unidade.
Salientar que a maioria das informaes dis-
ponveis refere-se aos trabalhadores formais
(contribuintes da Previdncia).
2. Orientar a discusso. Estimular os alunos a
identificar os sistemas de informaes for-
mais (SINAN, SIAB, SIM), fontes de dados
formais (AIH, CAT, Atestado de bito) e in-
formais (trabalhador, jornais, sindicatos).
Disponibilizar texto de apoio sobre sistema
de informao. Discutir a subnotificao,
com nfase na falta de diagnstico.
Ratif icar, portanto, a necessidade de se va-lorizar a ocupao como um dado impor-
tante para o estabelecimento do nexo entre o
agravo e trabalho exercido pelo paciente.
3. Orientar a atividade, priorizando a leitura
dos agravos levantados nas atividades an-
teriores.
Fornecer os documentos: Cadernos de
Ateno Bsica, Programa de Sade da
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Relacionadas ao Trabalho Manual de
Procedimentos para os Servios de Sade.
4. Ler uma histria sobre investigao de al-
guns agravos para o estabelecimento de nexo
causal (LER, Intoxicaes, PAIR e outros).
Com base nesta leitura e nas reflexes an-
teriores, descreva para o caso estudado as
relaes entre os conceitos trabalhados an-
teriormente, trabalho do paciente e o agravo
estudado.
5. Retomar os agravos at agora identificados
e discutir:
a) O que da competncia da Rede de Ateno
Bsica no atendimento destes agravos?
b) Quais as competncias da equipe de sade
para o controle de tais cargas?
c) Quais os recursos do municpio para o controledos agravos?
6. Participar das orientaes do trabalho de
campo.a) Levantar as instituies pblicas e privadas
que realizam aes diretamente relacionadas
sade do trabalhador (DRT, Vigilncia Sa-
nitria, INSS, Ministrio Pblico e outros).
b) Levantar os recursos de assistncia sade
existentes no municpio desde a rede bsica,
ambulatrios especializados, laboratrios e
outros.
Famlia, Caderno 5 Sade do Trabalhador,
e Doenas Relacionadas ao Trabalho
Manual de Procedimentos para os Servios
de Sade.4. Ratif icar a necessidade de ser valorizado o
item ocupao na anamnese do paciente.
- Resgatar na discusso as diversas categorias de
anlise (processo de produo, processo de tra-
balho fora de trabalho, meios de produo,
matria-prima ou bruta, objetos-diviso da pro-
duo social e tcnica do trabalho.
- Ramos de produo, classe social, fatores de
risco e cargas de trabalho, etc. que podem seridentificados a partir da histria.
5. Apoiar os alunos na discusso. Resgatar
os nveis de hierarquizao propostos pelo
SUS, para os servios de sade (primrio,
secundrio, tercirio), f luxo de atendimento
dos agravos ocorridos com os trabalhadores,
atividades de promoo e preveno.
Salientar as seguintes questes:- a importncia da ao intersetorial e multipro-
fissional no enfrentamento dos problemas da
rea de Sade do Trabalhador;
- a organizao do trabalho e o uso de equipa-
mentos de proteo e sua limitao no controle
dos agravos sade do trabalhador.
6. Orientar a realizao do trabalho de campo,
esclarecendo dvidas.Orientar sobre a busca de informaes de
instituies que atuam diretamente com o
trabalhador: ambulatrios, DRT, servios
privados, Vigilncia Sanitria, identificando
o fluxo de atendimento oferecido ao traba-
lhador no municpio ou regio.
Disponibilizar texto sobre o quadro insti-
tucional em sade do trabalhador.
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25
Referncia bibliogrfica
BRASIL. Ministrio da Sade; Secretaria de
Polticas de Sade; rea Tcnica de Sadedo Trabalhador. Doenas relacionadas ao
trabalho: manual de procedimentos para os
Servios de Sade. Braslia: Ministrio da
Sade, 2001.
BRASIL. Ministrio da Sade, Departamento
de Aes Programticas Estratgicas. Lista de
doenas relacionadas ao trabalho: Portaria
n. 1.339/GM, de 18 de novembro de 1999.Braslia: Ministrio da Sade, 2000.
BRASIL. Ministrio da Sade; Secretaria de
Polticas de Sade; Departamento de Ateno
Bsica. Caderno de ateno bsica: progra-
ma sade da famlia 5. Braslia: Ministrio
da Sade, 2001.
Bibliografia recomendada
MENDES, Ren (Org.). Patologia do traba-
lho. Rio de Janeiro: Atheneu, 1995.
SES-BAA/DVS/CESAT. Manual de normas
e procedimentos tcnicos para a vigilncia
de sade do trabalhador. Salvador, Bahia:
CESAT, 1996.
Anotaes!
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QUARTA UNIDADEQUARTA UNIDADE
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A ateno sade e ocontrole social em sadedo trabalhador naperspectiva do SUS
Conceitos-chave
Vigilncia, assistncia, intersetorialidade, con-
trole social, participao.
Carga horria prevista
Concentrao: 8 horas
Disperso: 8 horas
Objetivos
1. Descrever, na rede de sade local do SUS, as
estruturas com capacidade de atendimento
mdico e de vigilncia em sade do traba-
lhador, como ambulatrios, hospitais, vigi-
lncia sanitria e outras.
2. Descrever outras instituies locais do po-
der pblico com atuao direta na rea de
Sade do Trabalhador, como INSS, DRT,
Promotoria e outros.
3. Discutir o fluxo de encaminhamento dos tra-
balhadores enfermos e o fluxo para a avaliao
ambiental, incluindo o do trabalho.
4. Discutir as formas de controle social no SUS.
5. Identificar as entidades que atuam na rea de
Sade do Trabalhador (entidades de classe, as-
sociaes, sindicatos, conselhos e outros).
Competncias
- Mapeia na rede de sade local as estruturas
com capacidade de resposta s questes de
sade do trabalhador, como ambulatrios,
hospitais, vigilncia sanitria e outros.
- Mapeia as instituies locais do poder pblico
com atuao na rea de Sade do Trabalha-dor, como INSS, DRT, promotorias, rgos
e instituies de sade ambiental e outros.
- Mapeia as instncias locais da sociedade com
capacidade de estabelecer mecanismos de
controle social, como Conselhos de Sade
(municipais e locais), sindicatos, associaes
de classe, ONGs.
- Constri um fluxograma de referncia e
contra-referncia ao acidentado e portador
de doena ocupacional ou suspeito.
- Considera os riscos ambientais na avalia-
o dos determinantes de sade e doena
do trabalhador.
- Fomenta e apia espao de controle social.
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Aluno
1. Em plenria:
a) Apresentar os dados levantados sobre a redede sade local, as estruturas com capacidade
de atendimento sade do trabalhador, como
ambulatrios, hospitais e outros.
b) Descrever as instituies locais do poder p-
blico com atuao direta na rea de Sade do
Trabalhador, como INSS, DRT, Vigilncia
Sanitria, Ministrio Pblico, rgos e insti-
tuies de sade ambiental e outros.
2. Ler a Portaria GM/MS n. 3.120/98, no Ca-
derno de Ateno Bsica, Programa Sade
da Famlia, Caderno 5 Sade do Traba-
lhador Anexo V, e discutir :
a) O que voc entende por vigilncia sade no
modelo do SUS?
b) E por vigilncia em sade do trabalhador?
c) Como est organizada em seu municpio?
3. Discutir:
a) O que voc entende por controle social?
b) Como est definido o controle social para
o SUS?
c) Como est organizado o controle social em
sade no seu municpio?
4. Plenria para sistematizao dos itens
anteriores.
Instrutor
1. Apoiar apresentao do trabalho de cam-
po, identificando o f luxo de atendimentodisponibilizado ao trabalhador no muni-
cpio ou regio e a discusso sobre o papel
das instituies envolvidas em sade do
trabalhador.
Estimular a visita aos endereos eletrni-
cos das instituies, disponibilizando seus
endereos.
2. Orientar trabalho em subgrupos, podendo
realizar atividade sob a forma de cartazes,
dramatizao, apresentao oral ou outras.
Apoiar a discusso sobre a organizao
da vigilncia em sade do trabalhador,
no que diz respeito descentralizao
das aes.
3. Em subgrupos, estimular os alunos a resga-
tarem as leis que regulamentam o controle
social no SUS (Leis 8.080 e 8.142) e como
esto propostas para o nvel federal, esta-
dual e municipal.
Disponibilizar textos de apoio (texto do Vic-
tor Vincent Valla e outros que dem conta
da participao social).
4. Organizar e coordenar plenria para sis-
tematizar os conceitos de controle social,
participao popular, vigilncia sade.
Podero participar representantes institu-
cionais e de trabalhadores.
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5. Discutir as orientaes de trabalho de campo.
a) Organizar listagem dos problemas relacionados
rea de Sade do Trabalhador por ordem de
prioridade.b) Realizar levantamento sobre as entidades de
classe (associaes, sindicatos, conselhos e
outros) que atuam na abordagem destes pro-
blemas.
Referncia bibliogrfica
BRASIL. Ministrio da Sade; Secretaria dePolticas de Sade; Departamento de Aten-
o Bsica. Sade do trabalhador: caderno
de ateno bsica - n. 5. Braslia: Ministrio
da Sade, 2002.
VALLA, Victor V. Participao popular e
os servios de sade: o controle social co-
mo exerccios da cidadania. Rio de Janeiro:
Pares, 1993.
Bibliografia recomendada
MENDES, Eugnio V. (Org.). Distrito sani-
trio: o processo social de mudana das pr-
ticas sanitrias do Sistema nico de Sade.
So Paulo: Hucitec, 1993.
5. Orientar trabalho de campo. Resgatar, a par-
tir das discusses anteriores, os problemas
ligados rea de Sade do Trabalhador em
sua rea de abrangncia.Orientar sobre levantamento das entidades
de classe.
Anotaes!
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QUINTA UNIDADEQUINTA UNIDADE
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Tecendo a mudana
Conceito-chave
Planejamento
Carga horria prevista
Concentrao: 8 horas
Objetivos
1. Planejar as aes integrais em sade do tra-
balhador e executar aes que visem maior
resolutividade para o atendimento aos agra-
vos decorrentes dos processos de trabalho.
Competncia
- Desenvolve, juntamente com a comunidade einstituies pblicas (Centros de Referncia
em Sade do Trabalhador, Fundacentro, Mi-
nistrio Pblico, Laboratrios de Toxicolo-
gia, Universidades, etc.), aes direcionadas
para a soluo dos problemas encontrados,
para a resoluo de casos clnicos e/ou para
as aes de vigilncia e educao popular
em sade do trabalhador.
Anotaes!
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Aluno
1. Discutir a importncia do planejamento
intra e interinstitucional na organizaodos servios de sade.
2. Apresentar os problemas levantados no tra-
balho de campo. Selecionar um problema
prioritrio. Responder s seguintes ques-
tes:
a) Que fontes de informao apontam ou con-
firmam o problema?b) Quais as causas destes problemas?
c) Identifique as pessoas e/ou instituies que
estabelecem relao e/ou interface com os
problemas.
d) Identifique as pessoas e/ou instituies que
tm interesse no enfrentamento do problema.
H pessoas/instituies que no tm interesse
pelo problema?
e) O que poderia ser feito (aes) para o enfren-tamento do problema?
f) Defina estratgias de interveno para a im-
plementao das operaes.
g) Que indicadores podem contribuir para a
avaliao?
3. Apresentar e discuti r os resultados em
plenria.
4. Em grande grupo listar os produtos que
se espera obter, a partir deste processo de
capacitao, no trabalho e como construir
um plano de ao na rea de Sade do Tra-
balhador a ser desenvolvido pelos profissio-
nais da Rede Bsica de Sade e/ou Sade da
Famlia.
Instrutor
1. Orientar as discusses podendo utilizar
tcnicas ludopedaggicas (dramatizao,msica, colagem ou outras) que dinami-
zem e enriqueam as discusses.
2. Dividir em subgrupos e apoiar na realiza-
o do exerccio, destacando os seguintes
pontos:
a) quanto descrio do problema;
b) quanto anlise do problema, elaborao da
rede explicativa, consolidando um quadro queevidencie causas e conseqncias;
c) quanto s frentes de ataque, a identificao de
pontos crticos, caminhos ou possibilidades de
atuao.
d) a importncia do trabalho intersetorial e mul-
tiprofissional para o enfrentamento dos proble-
mas de sade propicie, se possvel, assessoria de
especialistas aos grupos de trabalho, em funo
da natureza dos problemas em pauta.
3. Coordenar a plenria, apresentando suges-
tes, complementando as anlises e esclare-
cendo as dvidas.
4. Organizar atividade para que os alunos re-
gistrem e expressem suas expectativas para
a transformao do trabalho a partir deste
processo de capacitao.
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5. Participar da avaliao do mdulo.
Bibliografia recomendada
ORGANIZAO PAN-AMERICANA DA
SADE. Desenvolvimento gerencial de uni-
dades bsicas do Sistema nico de Sade
(SUS). Braslia, 1997. p. 63-76 e 158-172.
Anotaes!
5. Realizar atividade de avaliao oral e/ou es-
crita sobre o mdulo quanto a carga horria,
contedo, mtodo e aplicabilidade.
Anotaes!
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EDITORA MSCoordenao-Geral de Documentao e Informao/SAA/SE
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