SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: … · ponto de vista prático, a autopercepção da...
Transcript of SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: … · ponto de vista prático, a autopercepção da...
Londrina 2011
KARLA GIOVANA BAVARESCO ULINSKI
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE MESTRADO EM ODONTOLOGIA
Área de Concentração Dentística Preventiva e Restauradora
SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: ASSOCIAÇÕES COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS,
SUBJETIVOS E CONDIÇÕES CLÍNICAS
Londrina 2011
SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: ASSOCIAÇÕES COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS,
SUBJETIVOS E CONDIÇÕES CLÍNICAS
Dissertação de Mestrado apresentada à Universidade Norte do Paraná (UNOPAR), como requisito parcial para a obtenção do título de Mestre em Odontologia. Área de Concentração Dentística Preventiva e Restauradora. Orientadora: Prof. Drª Sandra Mara Maciel
KARLA GIOVANA BAVARESCO ULINSKI
AUTORIZO A REPRODUÇÃO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRÔNICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE.
Dados Internacionais de catalogação na publicação Universidade Norte do Paraná
Biblioteca Central Setor de Tratamento da Informação
Ulinski, Karla Giovana Bavaresco U35s Saúde bucal e qualidade de vida de idosos: associações com
fatores sociodemográficos, subjetivos e condições clínicas / Karla Giovana Bavaresco Ulinski. Londrina: [s.n], 2011.
viii; 59 p.
Dissertação (Mestrado). Odontologia. Dentística Preventiva e Restauradora. Universidade Norte do Paraná.
Orientador: Profª Dra. Sandra Mara Maciel
1- Odontologia - dissertação de mestrado – UNOPAR 2- Saúde bucal 3- Idoso 4- Qualidade de vida - impacto da doença I - Maciel, Sandra Mara, orient. II- Universidade Norte do Paraná.
CDU 616.314-089.27/28
Londrina,15 de dezembro de 2011.
Prof. Sandra Mara Maciel Universidade Norte do Paraná
Profª. Drª. Regina Poli-Frederico Universidade Norte do Paraná
Profª. Drª. Marina de Lourdes Calvo Fracasso Universidade Estadual de Máringá
KARLA GIOVANA BAVARESCO ULINSKI
SAÚDE BUCAL E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS: ASSOCIAÇÕES COM FATORES SOCIODEMOGRÁFICOS,
SUBJETIVOS E CONDIÇÕES CLÍNICAS
Dissertação de Mestrado, apresentada à UNOPAR - Universidade Norte do
Paraná, no Centro de Ciências Biológica e da Saúde, como requisito parcial para
a obtenção do título de Mestre em Odontologia, Área de Concentração Dentística
Preventiva e Restauradora, com nota final igual a _______, conferida pela Banca
Examinadora formada pelos professores:
AGRADECIMENTOS
À Deus e Nossa Senhora, que me fortalecem todos os dias.
Ao meu pai, Arlindo, pelo exemplo da coragem para o recomeço.
À minha mãe, Hilda, pela dedicação incondicional, a quem faltariam linhas para
agradecer.
Ao meu marido Alessandro, pessoa fundamental para meu crescimento pessoal e
profissional.
Aos meus lindos, queridos e amados filhos, Marco Antônio e João Emídio, que
mudaram o sentido da minha vida.
À minha “irmãe” Luty, quem sabe a maior responsável por minha formação, com
quem sempre pude contar.
À minha irmã Ângela, que falta você faz...
Aos meus irmãos Silvio, Paulo e Carlos, que mesmo distantes são lembranças
constantes em meus pensamentos.
À querida amiga Vivian, parceira neste mestrado, amizade que pretendo levar
para a vida toda.
Aos meus colegas de curso, por tornarem tudo tão mais fácil e agradável...
À Profª Drª Sandra Mara Maciel, minha orientadora, com quem tive o privilégio
de conviver nestes dois anos, dividindo e transmitindo muito além do que eu
esperava aprender...
A todos os professores do Mestrado em Odontologia da UNOPAR, pelos
valorosos ensinamentos.
À Banca Examinadora, pelas importantes observações.
Aos idosos que participaram do projeto EELO.
Aos alunos de iniciação científica que contribuíram para a realização desta
pesquisa.
Aos funcionários da UNOPAR, entre as quais, D. Vera e Andresa.
ULINSKI, KGB. Saúde bucal e qualidade de vida de idosos: associações com fatores sociodemográficos, subjetivos e condições clínicas. 2011. 59p. Dissertação (Mestrado em Odontologia – Área de Concentração Dentística Preventiva e Restauradora) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2011.
RESUMO
O objetivo principal deste estudo foi avaliar o impacto das condições bucais sobre a qualidade de vida dos idosos independentes cadastrados nas Unidades Básicas de Saúde do Município de Londrina – PR. Adicionalmente, avaliar quais fatores associaram-se a esse impacto. Trata-se de um estudo transversal, cuja amostra de estudo foi constituída por 504 idosos, de ambos os gêneros, com 60 anos e mais de idade. As condições clínicas foram avaliadas seguindo-se os critérios da Organização Mundial da Saúde. Para medir o impacto da saúde bucal na qualidade de vida dos idosos, utilizou-se o Oral Health Impact Profile em sua forma simplificada (OHIP-14). Simultaneamente ao OHIP-14, coletaram-se informações referentes às variáveis independentes. Estas foram reunidas em quatro subgrupos: fatores sociodemográficos, condições e necessidades bucais, uso dos serviços odontológicos e condições subjetivas, os quais foram distribuídos em um modelo hierárquico, baseado na teoria da determinação social das doenças. Para a análise dos dados utilizou-se a regressão de Poisson. As possíveis associações foram expressas pelas razões de prevalência (RP) e o nível de significância foi fixado em 5%. Associaram-se aos impactos negativos da saúde bucal sobre a qualidade de vida: ser do gênero feminino, estar entre os mais jovens, pertencer à classe econômica baixa, possuir menos que três pares de dentes posteriores em oclusão, necessitar de tratamento devido à cárie dentária, ter procurado assistência odontológica devido à dor ou algum problema e ter percebido de forma negativa a própria saúde bucal e a atenção prestada na última consulta odontológica.
Palavras-chave: Saúde bucal. Idoso. Qualidade de vida. Impacto da doença na qualidade de vida.
ULINSKI, KGB. Oral health and quality of life of elderly people: associations with sociodemographic and subjective factors and clinical conditions. 2011. 59p. Dissertação (Mestrado em Odontologia – Área de Concentração Dentística Preventiva e Restauradora) – Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2011. .
ABSTRACT
The principal objective of this study was to assess the impact of oral health conditions on the quality of life of independent elderly people registered with the Primary Healthcare Centres of the municipality of Londrina, Paraná, as well as to assess what factors were associated with this impact. It was a cross-cutting study involving a sample comprised of 504 elderly people of both genders aged 60 and over. Their clinical conditions were assessed following World Health Organization criteria. The simplified form of the Oral Health Impact Profile (OHIP-14) was used to measure the impact of oral health on the quality of life of the elderly subjects. Simultaneously to the application of OHIP-14, information was also collected in relation to the independent variables. These were divided between four subgroups: sociodemographic factors, oral conditions and needs, use of dental services and subjective conditions. The four subgroups were distributed in a hierarchical model based on the theory of the social determinants of diseases. Poisson regression was used to analyse the data. The possible associations were expressed by the prevalence ratios (PR) and the level of significance was set at 5%. The following variables were associated with the negative impacts of oral health on quality of life: being of the female gender, being among the less elderly, belonging to a low economic class, having fewer than three pairs of occluding posterior teeth, needing treatment owing to dental caries, having sought dental care because of pain or other problems, having perceived negatively one’s own oral health and the care provided during the most recent dental appointment.
Keywords: Oral health. Elderly. Quality of life. Impact of disease on quality of life.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
2 REVISÃO DE LITERATURA ................................................................................. 17
3 ARTIGO ................................................................................................................. 23
4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 40
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 41
ANEXOS ................................................................................................................... 46
ANEXO A - Autorização da Secretaria de Saúde de Londrina .................................. 47
ANEXO B - Parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da UNOPAR ......................... 49
ANEXO C - Termo de consentimento ...................................................................... 51
ANEXO D – Questionário OHIP-14 ........................................................................... 53
ANEXO E – Ficha de exame das condições bucais ................................................. 55
ANEXO F – Questionário condições sociodemográficas .......................................... 57
14
1 INTRODUÇÃO
O País está passando por muitas mudanças, entre elas, a estrutura etária da
população brasileira (1). Em 2025, o Brasil terá cerca de 32 milhões de pessoas com
mais de 60 anos; tornando-se a sexta maior população de idosos no mundo (2).
Seguindo essa tendência, no município de Londrina, os idosos correspondem a
12,1% da população total (3).
Devido à rapidez e a grande proporção desse crescimento, é indispensável à
preocupação com esse grupo populacional, a fim de que o mesmo possa envelhecer
com saúde e qualidade de vida (4,5). Infelizmente isto não aconteceu com a maioria
dos idosos do Brasil; milhões de pessoas chegaram à terceira idade sem assistência
necessária e com várias limitações (6). Essa população requer cuidados especiais
que envolvem diversas áreas, entre elas, a Odontologia (7).
As condições bucais dos idosos brasileiros foram avaliadas em levantamentos
epidemiológicos de abrangência nacional em três momentos distintos: em 1986 (8),
em 2003 (9), e em 2010 (10). Ambos os estudos evidenciaram o quadro crítico de
saúde bucal dessa população, que mesmo em 2010 estão muito aquém do proposto
pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para o ano 2000 (11). Esses resultados
refletiram a atenção odontológica prestada à população até o início dos anos 90, que
era centrada em modelos assistenciais curativos e excludentes (12).
Dados epidemiológicos são fundamentais para planejamento, organização e
monitoramento dos serviços (13), mas trata-se de uma visão unilateral e objetiva, ou
seja, são restritos à percepção profissional (14,15). Estes dados ganham outro
significado quando acompanhados da auto-avaliação por parte do paciente, onde as
condições de saúde bucal são auto-referidas. A importância da auto percepção se
deve ao fato de que o comportamento das pessoas é condicionado por suas
percepções e pela importância dada a elas (16, 17).
Os Idosos foram apontados como maiores usuários de serviços médicos e
maiores não usuários de serviços odontológicos (18). Mesmo em países que
mantém programas odontológicos gratuitos dirigidos a idosos, a principal razão para
não procurarem esse serviço seria a não percepção de sua necessidade (19). Do
ponto de vista prático, a autopercepção da saúde bucal tem impacto sobre a
utilização dos serviços, sendo preditora de freqüência por procura de atendimento
(20, 21, 22).
15
Em 2003, a OMS (Organização Mundial da Saúde), A FDI (Federação
Dentária Internacional) e a IADR (International Association for Dental Research),
estabeleceram novas metas para o ano 2020, entre as quais, minimizar o impacto
das doenças de origem bucal e craniofacial sobre o desenvolvimento da saúde e de
aspectos psico-sociais, com ênfase para a promoção de saúde bucal e redução das
doenças bucais entre as populações que sofrem mais com o ônus destas condições.
Esta informação evidencia a preocupação por parte das principais organizações
mundiais ligadas à odontologia com a melhoria das condições de saúde bucal das
populações em todas as faixas etárias e consequentemente com sua qualidade de
vida (23)
Qualidade de vida pode ser entendida como "o grau em que uma pessoa
desfruta as possibilidades importantes da vida" (24). Esse entendimento è
multidimensional e depende de fatores externos do indivíduo, como os sociais,
culturais, econômicos e políticos; de condições de saúde e de saúde relacionados à
qualidade de vida, como sintomas, estado funcional e componentes de percepção de
saúde; e finalmente de fatores internos do indivíduo, como: biológicos, estilo de vida,
comportamentos de saúde, personalidade e valores (25) .
A hipótese que os problemas odontológicos podem influenciar a qualidade de
vida e o bem-estar das pessoas é motivo de estudo em diferentes pesquisas (26 -
30). A maior parte das doenças orais não são fatais, mas podem levar à morbidades
significativas, podendo acarretar sérias conseqüências de ordem física, social e
psicológica, o que poderia afetar a qualidade de vida dos indivíduos (31) .
As variáveis referentes ao impacto da saúde bucal na qualidade de vida,
comumente aparecem associadas à autopercepção (22, 32 - 35), embora ainda seja
necessário compreender melhor os elementos básicos que determinam esta
autopercepção da saúde bucal, uma vez que o envelhecimento ocorre de maneira
diferente para cada indivíduo, de geração em geração, e de uma sociedade para
outra. Diante disso, estudos com idosos devem considerar diferentes elementos
intrínsecos ao processo de envelhecimento, os quais são diretamente ligados às
características do indivíduo, da sociedade, da cultura e das próprias políticas
públicas vigentes (36).
Buscando informações sobre as condições bucais relacionadas à qualidade
de vida dos idosos do município de Londrina, não se verificou nenhum estudo
abordando esse tema em amostras representativas dessa população. Dentro do que
16
foi apresentado, o objetivo principal deste estudo foi avaliar o impacto das condições
bucais sobre a qualidade de vida dos idosos independentes cadastrados nas
Unidades Básicas de Saúde do Município de Londrina – PR, e, adicionalmente,
avaliar quais fatores associaram-se a esse impacto.
.
17
REVISÃO DE LITERATURA
O aumento da expectativa de vida é uma aspiração, antes um privilégio dos
países desenvolvidos, hoje uma realidade mesmo nos países pobres (37). Mas para
que isso não se torne um problema, muitos fatores devem ser observados, entre
eles a atenção integral à saúde (38). Principalmente quando esse crescimento
acontece de forma acelerada como no Brasil, onde a população de idosos em
menos de 50 anos aumentou aproximadamente 700%. Anualmente há um
acréscimo de 650 mil novos idosos no país (1).
Segundo dados publicados no Perfil da População Idosa de Londrina (3),
vivem atualmente em Londrina 61.822 pessoas com 60 ou mais anos de idade, o
que significa que essa faixa etária representa 12,1% da população total do
município. Segundo dados da Autarquia Municipal de Saúde (2004), 81%
encontram-se cadastrados em alguma Unidade Básica de Saúde.
O envelhecimento da população se dá como resposta à mudança de alguns
indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade, da mortalidade e o
aumento da esperança de vida (39). Esse processo pode ocorrer de forma natural,
com a diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos, conhecida como
senescência, a qual, em condições normais, não costuma gerar qualquer problema;
ou de outra forma, em que condições de sobrecarga, como por exemplo, doenças,
acidentes e estresse emocional, podem evoluir para uma condição patológica
requerendo assistência: a senilidade. É de grande importância conhecer as
condições normais ocasionadas pela senescência, a fim de que não gerem
tratamentos medicamentosos desnecessários, e, que haja a detecção precoce de
doenças no caso da senilidade (40).
Existem algumas alterações comuns ao processo de envelhecimento ou
ainda alterações sistêmicas associadas ao uso de certos medicamentos que afetam
a saúde geral do idoso e consequentemente sua saúde bucal. Devido a essas e
outras peculiaridades, a pessoa idosa requer atenção de forma global e
multidisciplinar (40)
No que diz respeito à saúde bucal, a exemplo dos adultos, os idosos ficaram
desassistidos de medidas de promoção e prevenção por um longo período de
tempo, restando aos mesmos uma odontologia curativo-mutiladora (12, 41), Fato
com reflexos constatados através da realização do primeiro Levantamento
18
Epidemiológico em Saúde Bucal no Brasil, em 1986, onde se encontrou um CPO-D
de 27,19 para o grupo de idosos, com o índice do componente P=23,37 (8). Apesar
de ser um levantamento de abrangência nacional, esse estudo sofreu críticas, entre
elas a escolha da faixa etária que representou os idosos, pois ao invés de 65 a 74
anos como preconizava a OMS, optou-se pela faixa etária de 50 a 59 anos,
dificultando comparações internacionais ou até mesmo nacionais (41).
Com o objetivo de analisar os estudos epidemiológicos sobre a saúde bucal
dos idosos no Brasil, Colussi e Freitas, em 2002 (42), realizaram uma revisão de
literatura onde encontraram um CPO-D variando de 26,8 a 31,0 entre os sete
estudos que foram analisados, sendo que o componente extraído representou
aproximadamente 84% desse índice. A prevalência do edentulismo ficou em 68%.
Somente em 2004 foram divulgados os resultados do segundo levantamento
de abrangência nacional que incluiu os idosos na amostra, mas dessa vez seguindo
os padrões da OMS, a faixa etária que os representou foi a de 65 a 74 anos.
Novamente o CPO-D encontrado foi alto, de 27,8, e o componente P=25,83 (9).
À fim de proporcionar melhores condições de saúde bucal à população
brasileira, houve a implementação da Política Nacional de Saúde Bucal, com a qual
buscou-se a reorientação do modelo de atenção através do incremento da atenção
básica com a Estratégia Saúde da Família, a estruturação da atenção secundária
através dos Centros de Especialidades Odontológicas e também com as ações de
caráter coletivo. Como pressupostos dessa política, destacam-se: 1)“utilizar a
Epidemiologia e as informações sobre o território subsidiando o planejamento”;
2)“centrar a atuação na Vigilância à Saúde, incorporando práticas contínuas de
avaliação e acompanhamento dos danos, riscos e determinantes do processo saúde
doença” (12).
Dando continuidade à Política Nacional de Saúde Bucal, a fim de avaliar o
impacto das ações realizadas com o programa Brasil Sorridente, em 2010 foi
realizado outro levantamento epidemiológico de abrangência nacional, o SB 2010.
Estes dados foram recentemente publicados, e, no que se refere aos idosos, o
resultado apresentado em geral praticamente não se alterou. Entre os idosos de 65
a 74 anos, o CPO, ficou em 27,5 em 2010, com a maioria correspondendo ao
componente “extraído”. Na amostra avaliada, 23,9% necessitavam de prótese total
em pelo menos um maxilar e 15,4% necessitavam de prótese total dupla, ou seja,
nos dois maxilares. Estes números estão muito próximos dos encontrados em 2002/
19
2003, que foram 24% e 16% respectivamente (9, 10).
Quanto à situação da saúde bucal dos idosos de Londrina, Morita et al. (43)
encontraram um índice de CPO-D de 28,6, com uma taxa de edentulismo de 49,4%.
Mesas et al. (44), em um estudo feito em um conjunto habitacional no mesmo
município encontraram um número próximo para o CPO-D de 27,9, e a taxa de
edentulismo em 43,1%. Em outro estudo conduzido por Mesas et al. (45), com 43
idosos restritos ao domicílio, foi encontrado um CPO-D de 27,9. Analisando a
autopercepção em saúde bucal desses idosos, os autores verificaram que esta não
representava a realidade observada clinicamente, tendo concluído que os mesmos
tinham pouca informação sobre os cuidados com a saúde bucal, e necessitavam de
programas educativos específicos e com uma metodologia adaptada à sua condição.
Os referidos resultados, tanto os de abrangência nacional quanto os do
município deixaram muito a desejar no que diz respeito às metas da OMS, que, para
o ano 2000, determinavam que 50% da população na faixa etária de 65 a 74 anos
deveriam apresentar, pelo menos, vinte dentes em condições funcionais na boca
(11, 46). Coincidem com essa meta da OMS, resultados encontrados por autores
como Sheiham (47) e Marcenes et al. (48), que em seus estudos encontraram
relação entre idosos com uma dentição natural funcional, definida como ter mais que
20 dentes na boca, apresentarem uma dieta saudável rica em frutas, verduras e
legumes, um estado nutricional satisfatório e um Índice de Massa Corporal aceitável.
Além do impacto da condição bucal sobre o estado nutricional, há que se
considerar mais amplamente, sobre a qualidade de vida das pessoas. Vargas e
Paixão (49), em um estudo com adultos usuários de Serviço Público em Belo
Horizonte, encontraram problemas relatados na vida diária pelos usuários que
perderam seus dentes, de natureza funcional e social, tais como: dificuldades para
mastigar, falar, mudanças no comportamento, insatisfação com a aparência, prejuízo
na aceitação social e dificuldade de acesso ao mercado de trabalho, causando forte
impacto na qualidade de vida.
Minayo et al. (50), definem qualidade de vida como sendo uma noção
eminentemente humana, que tem sido aproximada ao grau de satisfação existencial,
pressupondo uma síntese cultural dos elementos que determinada sociedade
considera como padrão de conforto e bem-estar. Outra definição, mas dentro do
mesmo contexto, é dada pelo Grupo de Qualidade de Vida da Organização Mundial
da Saúde: “percepção do indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e
20
sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas,
padrões e preocupações” (51).
Esse grupo criou um instrumento denominado World Health Organization
Quality of Life (WHOQOL-100), para avaliar a qualidade de vida sob perspectiva
transcultural em âmbito internacional com cem questões nos seguintes domínios:
físico, psicológico, nível de independência, relações sociais, meio ambiente e
aspectos espirituais/religião/crenças pessoais (52). Posteriormente, com o objetivo
de se obter uma ferramenta com maior facilidade de aplicação, mas que mantivesse
as características psicométricas satisfatórias do anterior, foi desenvolvido o
questionário abreviado WHOQOL-BREF que contém 26 questões nos domínios:
físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente (53).
Ambos os instrumentos são genéricos, não avaliam as dimensões
considerando um problema de saúde específico. No entanto, foram desenvolvidos
indicadores mais específicos de qualidade de vida relacionados à saúde, que
consideram o impacto de condições mais definidas, como por exemplo, os
problemas que acometem a cavidade bucal. Neste sentido, na odontologia, os
indicadores sócio-odontológicos têm sido propostos para medir com que magnitude
as alterações bucais comprometem a qualidade de vida e bem-estar, e incluem
medidas subjetivas como dor, incômodo, problemas estéticos, restrições na
alimentação, na comunicação, nas relações afetivas, nas atividades diárias e no
bem-estar psicológico dos indivíduos (54). São exemplos de indicadores: Geriatric
Oral Health Assessment Index (GOHAI) ou Índice de Determinação da Saúde Bucal
Geriátrica (55), o OIDP (Índice de Impactos Odontológicos no Desempenho Diário)
(56), o Oral Health Impact Profile (OHIP-49) (57) ou Perfil do Impacto da Saúde
Bucal, de Slade e Spencer, e a sua versão reduzida, o OHIP-14 (58).
O Oral Health Impact Profile (OHIP) desenvolvido na Austrália, por Slade e
Spencer (59) é composto por 49 questões e já foi validado em várias pesquisas, que
confirmaram suas boas propriedades psicométricas e sua eficiência (13,15-17, 60).
Tornou-se um dos questionários mais difundidos de auto-avaliação de saúde bucal
relacionados à qualidade de vida, sendo utilizado inclusive no Brasil (57).
O questionário OHIP-14, denominação conferida à sua forma simplificada,
demonstra propriedades similares às do formato original e, sendo mais sucinto,
requer menos tempo para aplicação, o que favorece sua utilização. Este questionário
constitui-se de catorze perguntas, duas para cada uma das sete dimensões do
21
instrumento: limitação funcional, dor, desconforto psicológico, inabilidade física,
inabilidade psicológica, inabilidade social e incapacidade (29, 58, 61).
Todas as perguntas do questionário OHIP- 14 procuram relacionar a condição
bucal ou das próteses em uso aos temas de cada uma. A dimensão limitação
funcional inclui perguntas sobre dificuldade para falar e piora no sabor dos
alimentos; na dimensão dor, pergunta-se sobre a sensação de dor e incômodo para
comer; na dimensão desconforto psicológico, as perguntas se referem à
preocupação e estresse pela condição bucal. O prejuízo na alimentação e a
necessidade de ter de parar de se alimentar são os quesitos da dimensão
inabilidade física, enquanto que na inabilidade psicológica as perguntas referem-se à
dificuldade para relaxar e ao sentimento de vergonha em função da condição bucal.
A dimensão inabilidade social inclui perguntas sobre irritação com terceiros e
dificuldade de realizar atividades da rotina diária por causa da condição bucal; e as
perguntas que compõem a dimensão incapacidade buscam saber se há a percepção
de que a vida tenha piorado e se a pessoa se sentiu totalmente incapaz de
desenvolver suas atividades rotineiras (29).
O OHIP 14 foi testado e validado na língua portuguesa por Oliveira e
Nadanovsky (61), em uma pesquisa realizada com puérperas brasileiras, em que se
verificou o impacto negativo da dor de dentes na qualidade de vida dessas mulheres.
Outro estudo utilizando o OHIP-14, foi realizado por Steele et al (27), em
amostras representativas de adultos e idosos da Austrália e do Reino Unido,
relataram menor impacto das condições bucais entre os idosos. Os autores
concluíram que a idade e a perda dentária estão fortemente relacionadas, mas têm
efeitos independentes quanto às condições bucais e qualidade de vida. A Perda
dentária relacionou-se ao envelhecimento com impactos negativos, enquanto que o
envelhecimento de forma independente resultou em impactos menores.
O OHIP-14 também foi utilizado para avaliar a associação entre a capacidade
mastigatória e a qualidade de vida em idosos Coreanos (62). Neste estudo, verificou-
se que os idosos que possuíam a capacidade de mastigar efetivamenete uma
grande variedade de alimentos sentiram significantemente menores impactos na sua
qualidade de vida em comparação aos que não possuíam.
Ainda em relação ao referido questionário, Silva et al. (29), avaliaram o
impacto da perda dentária sobre a qualidade de vida de pacientes usuários do
serviço público de saúde da região sudeste do Brasil, anterior ao tratamento para
22
inserção ou substituição de prótese total dupla. Entre seus achados, verificaram que,
entre as dimensões do OHIP-14, as mais impactadas foram, “desconforto
psicológico”, seguida da “dor física”. Já o menor impacto foi pecebido na dimensão
“inabilidade social”, que corresponde às relações interpessoais e ao
desenvolvimento das atividades rotineiras.
24
ORAL HEALTH AND QUALITY OF LIFE OF ELDERLY PEOPLE: ASSOCIATIONS
WITH SOCIODEMOGRAPHIC AND SUBJECTIVE FACTORS AND CLINICAL
CONDITIONS
ABSTRACT The objective of this study was to assess the factors associated with the impact of oral health-related conditions on the quality of life (OHRQoL) of elderly South Brazilians. It is a cross-sectional study involving a sample comprised of 504 independent elderly people of both genders aged 60 and over who took part in the Aging and Longevity Study (Estudo sobre Envelhecimento e Longevidade – EELO project). Data collection included oral examinations, following World Health Organization criteria and recommendations, as well as structured interviews. The simplified form of the Oral Health Impact Profile (OHIP-14) was used to measure the impact of oral health on the quality of life of the elderly subjects. In addition, information was collected on sociodemographic factors, use of dental services and subjective measures of health. Poisson regression within a hierarchical model was used to analyse the data. The following were associated with the negative OHRQoL impact: belonging to the female gender (PR=1.40; CI 95%: 1.11-1.77), belonging to the 60 to 64 age group (PR=0.68; CI 95%: 0.62-1.77), having low economic classification (PR=1.58; CI 95%: 1.13-2.20); having fewer than 3 occluding pairs of posterior teeth (PR=1.88; CI 95%: 1.13-3.14), needing treatment for caries (PR=1.28; CI 95%: 1.06-1.54); the motive for the most recent dental appointment having been pain or an emergency (PR=1.52; CI 95%: 1.15-2.00); negative perception of their own oral health (PR=2.49; CI 95%: 1.92-3.24), and care provided during the most recent dental appointment (PR=1.34; CI 95%: 1.12-1.59). These findings suggest that in order to assess and gain a better understanding of OHRQoL, in addition to the clinical factors, the personal characteristics, social insertion and subjective aspects of the individuals also have to be taken into consideration. Keywords: Oral health. Elderly. Quality of life. Impact of disease on quality of life.
25
INTRODUCTION The health of the elderly is increasingly awakening the interest of researchers
since aging of the population, once seen as a phenomenon, is now a reality both in
developed and developing countries (1). It is estimated that by 2040 the developing
countries will have 1 billion people aged 60 or over (2). Given the great velocity and
extent of this growth, care with this specific group is essential so they can age
healthily and with quality of life (3). Oral health is among the factors that can exert
influence on the quality of life of the elderly, since poor oral health conditions results
in difficulty in chewing, speaking or even in the relations with other people (4 - 6).
In recent years a significant increase can be observed in studies on oral
health-related quality of life (OHRQoL) in the elderly. The impact of oral health on
quality of life broadens the sources of information from epidemiological research
beyond just clinical indicators (7, 8). Therefore, various instruments have been
developed, including the Oral Health Impact Profile (OHIP-49), in order to measure
people’s perceptions of the social impact of oral disorders on their well-being. OHIP-
49 was developed in Australia by Slade & Spencer (9). Later, Slade (10) published a
reduced version of this instrument, the OHIP-14. Although previous publications have
used OHIP-14 to analyze the influence of oral health on quality of life of the elderly
(5, 11 - 13), most were purely based on statistical associations from traditional
analysis, rather than using the hierarchical approach.
While various models seek out support for the social determinants of health,
the model proposed by Victora et al. (14) employs hierarchical frameworks to
investigate the determinants of diseases by using multivariate analysis techniques.
Although OHRQoL was not focused, the hierarchical approach has already been
used in oral health studies and sustains the theory that sociodemographic conditions
can determine oral morbidities and the use of health services (7, 15).
Considering that oral health might have an impact on the quality of life of the
elderly population, the purpose of this study was to assess through OHIP-14 which
factors are associated with this impact, within a theoretical hierarchical model.
METHODS
This cross-sectional study was approved by the Human Ethics Committee of
26
the North Paraná University (pp.0070/09). The target population was comprised of
independent elderly people, without physical and mental disabilities, aged 60 and
over of both gender, from 38 primary healthcare centres in the urban region of
Londrina, Paraná, Brazil. Other health indicators have been analyzed in this elderly
population from the municipality, as part of a broader investigation conducted by the
group of Interdisciplinary Aging and Longevity Study (EELO, Londrina, Brazil), which
in 2009 totalled 43,610 individuals.
A representative sample size was defined as 343 elderly, but 177 participants
were added in order to compensate for sample loss (N = 520). Participants were
randomly selected from information received from the primary healthcare centres.
Stratified random sampling was used considering the city’s five regions, obtaining
15% from the central region, 27% from the northern region, 23% from the southern
region, 19% from the eastern region and 16% from the western region. All
participants signed an informed consent form.
Dental exams were performed under artificial illumination using flat mirrors and
community periodontal index (CPI) probes according to biosecurity parameters. Oral
health was assessed through the experience and severity of dental caries (DMFT
index), the presence of edentulism, and the use of and need for prosthesis according
to criteria defined by the World Health Organization (WHO) (16). The dental exams
were performed by a single examiner and intra-examiner agreement (Kappa
coefficient = 0.97) was considered excellent.
The instrument used to measure the impact of oral health on the quality of life
of the elderly people was the OHIP-14 (10), which psychometric properties were
previously validated in Portuguese (11). The questionnaire is comprised of fourteen
questions, corresponding to seven dimensions: functional limitation, pain,
psychological discomfort, physical disability, psychological disability, social disability
and handicap. There are five possible answers for each question, according to the
Likert-type scale: never, rarely, occasionally, frequently and always. Answers were
coded from 0 (never) to 4 (always) and OHIP-14 scores were calculated by the
additive method. All the answers were added to produce a total score, which could
vary between 0 and 56; whereby the higher the OHIP-14 score, poorer OHRQoL.
Initially, a descriptive analysis was made of the OHIP-14 results; thus,
percentage distributions; mean, standard deviation, and median scores were
obtained. Subsequently, the dependent variable was obtained by the dichotomization
27
of the total OHIP-14 score, based on the median score (in this case 6). Therefore, all
scores greater than 6 implied in high impact of oral health on quality of life, while all
scores lower or equal to 6 represented low impact of oral health on quality of life. The
questionnaire was applied individually by two trained interviewers and, in addition to
the OHRQoL interview (OHIP-14), other information was also collected. Variables
were grouped from distal to proximal in four levels: level 1 = sociodemographic
factors, level 2 = oral health conditions and needs, level 3 = use of dental services,
level 4 = subjective conditions, in a hierarchical model (14).
The following variables comprised the sociodemographic factors in level 1:
gender (female/male); age (60-64 years, 65-69 years, 70-74 years); origin (rural area,
urban area); companionship (none, with companionship); skin colour (white, non-
white); schooling (up to 4 years, more than 4 years); economic class (upper, lower).
The oral health conditions and needs in level 2 was comprised of: number of
teeth (edentulous, 1-19 teeth, ≥ 20 teeth); occluding pairs of posterior teeth (up to 3,
more than 3); use of any type of prosthesis (yes, no); untreated caries lesions (none,
at least one); need for any type of prosthesis (yes, no).
The use of dental services in level 3 was composed by: visits to dental service
(regular visits, not regular); last dental appointment (≤ 1 year, > 1 year); type of
dental service (public, private); reasons for seeking the last dental appointment
(preventive, curative).
The subjective conditions in level 4 were: self-perception of overall health
(very good/good, fair, very poor/poor); self-perception of oral health (very good/good,
fair, very poor/poor); perception of dental care at the last appointment (good, poor).
Poisson regression models with robust variance and adjustment for design
effects were used. Bivariate analysis was performed at each hierarchical level.
Results were presented as prevalence ratios (PR). In the multivariable analysis,
variables were controlled for all others in the same level (horizontal) and those with a
significant level of 5% or lower were retained to the next level down (vertical), thus
characterizing the adjusted hierarchical model.
RESULTS
Five-hundred and four elderly were examined and answered the questionnaire
28
(OHIP-14), a response rate of 96.9%. Regarding the sociodemographic factors (level
1), the average age was 69.5 years. The following characteristics were predominant:
female gender (66.3%), white skin colour (62.1%), rural origin (53.8%), and with
companionship (65.1%). The majority (80.5%) had schooling up to 4 years and
belonged to the lower economic class (83.5%).
When considering oral health conditions and needs (level 2), mean DMFT
index was 26.1 (SD=8.6): 87.1%, 8.9%, and 3.8% of the index accounted for the
missing, filled, and decayed components, respectively. Almost half (47.4%) of the
studied population was edentulous and only 12.3% had ≥20 teeth. It is important to
point out that 73.4% had no upper teeth and 49.4% had no lower teeth. Regarding
the use of and need for prosthesis, 60.3% used some type of prosthesis, 37.9%
accounted for total prosthesis, and 54.5% needed full dentures in either the upper or
lower jaw.
In relation to the use of dental services (level 3), most of the participants did
not visit the dentist regularly (95.4%), had their last dental appointment >1 year
(73.2%) in the private sector (77.2%) for curative reasons (93.8%).
Regarding the subjective conditions (level 4), participants perceived their
overall health as very good/good (38.1%), fair (47%), or very poor/poor (14.9%); their
oral health as very good/good (40.5%), fair (25.6%), or very poor/poor (33.9%). Most
perceived dental care at the last appointment as good (76.4%).
Mean OHIP-14 scores were 9.1 (SD= 9.5) and median was 6.0. No negative
impact of oral health on quality of life (score 0) was registered in 15.1% of the
sample. A higher percentage of individuals reported to be concerned about their oral
health and were uncomfortable to eat (Table 1). When considering the dimensions of
OHIP-14, the highest mean were registered for physical pain and psychological
discomfort (Table 1).
Variables identified in the bivariate analysis (Table 2) that were associated to
higher negative impact on OHRQoL were, for the 4 levels: Level 1 - female gender,
age 60-64 years, lower economic class; Level 2 - up to 3 occluding pairs of posterior
teeth, at least one untreated caries lesion; Level 3 - seeking the public dental service
for curative reasons in the last dental appointment; Level 4 - very poor/poor self-
perception of overall health and oral health, poor perception of dental care at the last
appointment.
From the multivariate analysis (Table 3), the previously reported variables
29
remained associated with higher negative impact on quality of life, with exception of
site of last dental visit (level 3) and self-rating general status (level 4).
DISCUSSION
To the best of our knowledge, this is the first epidemiological investigation that
used the hierarchical model to assess the impact of oral health on the quality of life of
independent elderly. In the final model, all the hierarchical levels proposed resulted in
at least one significant variable associated with high negative impact on OHRQoL.
Among the sociodemographic variables (level 1), the female gender, the age
between 60-64 years, and the lower economic class had a high impact on OHRQoL.
When considering gender, women, even in similar clinical conditions to men, have
been more unsatisfied with their appearance (17), demonstrated greater perception
of oral conditions (18 - 20), and higher complains regarding pain and the ability to
chew (21).
Despite the evidence that oral health worsens with aging (22), in the present
study, the younger elderly (age 60-64 years) noticed a higher impact on OHRQoL.
According to our results, the high impact on OHRQoL was inversely proportional to
age, i.e. the higher the age, the lower the OHIP-14 scores. A similar fact was also
reported by McGrath and Bedi (23) and by Steele et al. (5), who observed that adults
perceived a greater impact on OHRQoL than the elderly. Thus, it is presumed that
the elderly become more tolerant towards oral health problems that result from aging
(24).
The association between high impact on OHRQoL and lower economic class
of the elderly in this study is consistent with previous publications (10, 25). This
supports the fact that the less privileged class had less access to the dental services,
despite their worse oral health condition (26). As consequence, the accumulation and
aggravation of oral problems may negatively impact on their quality of life (27).
Schooling, on the hand, did not produce a high impact on OHRQoL in the population
from this study, contrary to the reported by Atchinson et al. (17), who observed that
individuals with lower schooling perceived a higher impact on OHRQoL.
In respect to the oral health conditions and needs (level 2), the high DMFT
index and the high prevalence of edentulism observed in this study are similar to the
ones reported in the latest epidemiological national survey (28) as well as other
30
studies involving elderly Brazilians (29, 30). These data reflect the Brazilian health
care model, which historically has been centred on curative practices, often involving
mutilation (31). Surprisingly, the number of remaining teeth did not particularly
influence the quality of life of the investigated elderly. The latest observation was also
reported by Kim et al. (12) and may possibly be explained by the fact that tooth loss
is associated with aging as a natural and inevitable process (32, 33). This finding
corroborates with previous reports that identified a positive perception from the
majority of the elderly, in spite of their poor oral health (34, 35). However, having
fewer than three occluding pairs of posterior teeth had a high impact on OHRQoL,
which is in accordance with previous findings (36 - 38) and can be explained by their
importance to the masticatory ability (39). Relationships between chewing ability and
quality of life have been also found in elderly populations in countries such as Japan,
Korea and Great Britain (12, 39, 40). The poor oral condition implies in greater
treatment needs. During the validation of OHIP-14 in Brazil, significant higher
treatment needs due to dental caries were associated to higher impact on OHRQoL
(11), in agreement with the findings from this study.
The need for and use of dental prosthesis among the elderly, on the other
hand, were not associated to the high impact on OHRQoL. Silva et al. (41) suggested
that, although the absence of teeth and the use of deficient prosthesis do not
interfere in daily activities or social relations, these conditions result in negative
impacts on some of the OHIP dimensions, such as psychological discomfort, pain
and physical disability. In the present study, the impact of OHIP-14 were mostly
influenced by higher scores in the dimensions “physical pain” and “psychological
discomfort”, which was also observed in previous publications (12, 41, 42).
In this context, physical pain and psychological discomfort exert a direct
influence on the search for dental services (level 3). In the present study, pain or
curative needs were the main reason related to the latest dental appointment and
had a high impact on OHRQoL. This reinforces the idea that oral health care in Brazil
has been based mainly on a curative approach. For many decades in the country,
the oral health care has focused on school children, which consequently means that
these assistance programmes excluded adults and the elderly who, for the most part,
only received care in cases of dental emergencies (15). It is also interesting to point
out that only 26% of the elderly reported having used the public service for their last
dental appointment, although all the participants from this study were registered in
31
the public health system. A high impact of the use of the public oral health care on
OHRQoL was evident in the bivariate analysis, but this was not retained in the
hierarchical approach. Additionally, the elderly that reported poor service in their last
dental appointment demonstrated higher OHIP-14 scores when compared to the
ones that perceived the service as good.
The subjective conditions (level 4) also exert influence on OHRQoL, since the
perception of individuals is more strongly influenced by self-evaluation than by
objective parameters of their condition itself (43). Associations between the negative
self-perception of oral health and its negative impact on OHRQoL have been well
defined in the literature (11, 12, 41, 43). The individual’s self-perception of oral health
in the investigated population had a strong impact on OHRQoL.
Although the investigated population was representative of medium-sized
municipalities, it should be noted that the sample was comprised of individuals
registered in the primary healthcare centres. Therefore, the socio-economic profile of
the investigated population corresponds to the group of elderly who use the public
health system in a specific southern municipality in Brazil. Considering the marked
regional differences within Brazil, caution is recommended before generalizing the
results from the present study.
CONCLUSION
From the hierarchical model analysis, the following factors exerted a high impact
on OHRQoL of the elderly population: female gender, 60-64 years of age, lower
economic class, presence of up to three pairs of occluding posterior teeth, at least
one untreated caries, seeking the public dental service for curative reasons in the last
dental appointment, poor self-perception of oral health and poor perception of dental
care at the last appointment. Therefore, it is possible to conclude that the clinical
conditions, the sociodemographic variables, and the subjective conditions of the
individuals also have to be taken into consideration in the analysis of the impact of
oral health on quality of life of elderly people.
32
REFERENCES 1. Shrestha LB. Population aging in developing countries. Health Aff
(Millwood). 2000 May-Jun;19(3):204-12.
2. Kinsella K, He W. An Aging World: 2008. In: Office USGP, editor. Washington: U.S. Census Bureau; 2009. p. P95-109.
3. Veras R. Population aging today: demands, challenges and innovations.
Rev Saude Publica. 2009 Jun;43(3):548-54.
4. Petersen PE. The World Oral Health Report 2003: continuous improvement of oral health in the 21st century – the approach of the who Global Oral Health Programme. Community Dent Oral Epidemiol 2003;31(Suppl. 1):3-24.
5. Steele JG, Sanders AE, Slade GD, Allen PF, Lahti S, Nuttall N, et al. How do age and tooth loss affect oral health impacts and quality of life? A study comparing two national samples. Community Dent Oral Epidemiol. 2004 Apr;32(2):107-14.
6. Musacchio E, Perissinotto E, Binotto P, Sartori L, Silva-Netto F, Zambon S, et al. Tooth loss in the elderly and its association with nutritional status, socio-economic and lifestyle factors. Acta Odontologica Scandinavica. 2007;65(2):78-86.
7. Pattussi MP, Peres KG, Boing AF, Peres MA, da Costa JS. Self-rated oral
health and associated factors in Brazilian elders. Community Dent Oral
Epidemiol. 2010 Aug;38(4):348-59.
8. Stenman U, Ahlqwist M, Bjorkelund C, Hakeberg M. Oral health-related quality of life - associations with oral health and conditions in Swedish 70-year-old individuals. Gerodontology. 2011 Jun 28.
9. Slade GD, Spencer AJ. Development and evaluation of the Oral Health Impact Profile. Community Dent Health. 1994 Mar;11(1):3-11.
10. Slade GD. Derivation and validation of a short-form oral health impact
profile. Community Dent Oral Epidemiol. 1997 Aug;25(4):284-90.
11. Oliveira BH, Nadanovsky P. Psychometric properties of the Brazilian version of the Oral Health Impact Profile-short form. Community Dent Oral Epidemiol. 2005 Aug;33(4):307-14.
12. Kim HY, Jang MS, Chung CP, Paik DI, Park YD, Patton LL, et al. Chewing
function impacts oral health-related quality of life among institutionalized
and community-dwelling Korean elders. Community Dent Oral Epidemiol.
2009 Oct;37(5):468-76.
13. Johansson V, Axtelius B, Soderfeldt B, Sampogna F, Paulander J, Sondell K. Multivariate analyses of patient financial systems and oral health-related quality of life. Community Dent Oral Epidemiol. 2010 2010;38(5):436-44.
33
14. Victora CG, Huttly SR, C. FS, Olinto MT, 00. The role of conceptual frameworks in epidemiological analysis: a hierarchical approach. Int J Epidemiol. 1997;26(00):224–7.
15. Moreira RS. Factors associated with subjective need for dental treatment in
elderly Brazilians. Cad Saude Publica. 2009 2009;23(12):11.
16. World Health Organization. Oral health surveys: basic methods. . 4 ed
Geneva: WHO. 1997.
17. Klages U, Bruckner A, Zentner A. Dental aesthetics, self-awareness, and
oral health-related quality of life in young adults. Eur J Orthod. 2004
Oct;26(5):507-14.
18. Astrom AN, Haugejorden O, Skaret E, Trovik TA, Klock KS. Oral Impacts
on Daily Performance in Norwegian adults: validity, reliability and
prevalence estimates. Eur J Oral Sci. 2005 Aug;113(4):289-96.
19. Baker SR, Pankhurst CL, Robinson PG. Utility of two oral health-related
quality-of-life measures in patients with xerostomia. Community Dent Oral
Epidemiol. 2006 Oct;34(5):351-62.
20. Mason J, Pearce MS, Walls AW, Parker L, Steele JG. How do factors at
different stages of the lifecourse contribute to oral-health-related quality of
life in middle age for men and women? J Dent Res. 2006 Mar;85(3):257-
61.
21. Locker D. The burden of oral disorders in a population of older adults.
Community Dent Health. 1992 Jun;9(2):109-24.
22. Rihs LB, da Silva DD, de Sousa Mda L. Dental caries and tooth loss in
adults in a Brazilian southeastern state. J Appl Oral Sci. 2009 Sep-
Oct;17(5):392-6.
23. McGrath C, Bedi R. Why are we "weighting"? An assessment of a self-
weighting approach to measuring oral health-related quality of life.
Community Dent Oral Epidemiol. 2004 Feb;32(1):19-24.
24. Bulgarelli AF, Manço ARX. A population of elderly and their satisfaction
with their oral health. Ciência & Saúde Coletiva. 2008 2008;13(4):1165-74.
25. Sanders AE, Slade GD, Lim S, Reisine ST. Impact of oral disease on
quality of life in the US and Australian populations. Community Dent Oral
Epidemiol. 2009 Apr;37(2):171-81.
26. Kieser JA, Groeneveld HT. Inequalities in the pattern of dental delivery in
South Africa. J Dent Assoc S Afr. 1995 Jul;50(7):327-31.
34
27. Matos DL, Lima-Costa MF, Guerra HL, Marcenes W. [Bambui Project: an
evaluation of private, public and unionized dental services]. Rev Saude
Publica. 2002 Apr;36(2):237-43.
28. Brasil. Projeto SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal –
Resultados Principais. 2011:92.
29. Mendes DC, De Oliveira Poswar F, De Oliveira MV, Haikal DS, Da Silveira
MF, De Barros Lima Martins AM, et al. Analysis of socio-demographic and
systemic health factors and the normative conditions of oral health care in
a population of the Brazilian elderly. Gerodontology. 2010
30. Hugo FN, Hilgert JB, de Sousa Mda L, da Silva DD, Pucca GA, Jr.
Correlates of partial tooth loss and edentulism in the Brazilian elderly.
Community Dent Oral Epidemiol. 2007 Jun;35(3):224-32.
31. Moreira RdS, Nico LS, Tomita NE, Ruiz T. A saúde bucal do idoso
brasileiro: revisão sistemática sobre o quadro epidemiológico e acesso aos
serviços de saúde bucal. Cadernos de Saúde Pública. 2005;21(6):1665-
75.
32. Chen MS, Hunter P. Oral health and quality of life in New Zealand: a social
perspective. Soc Sci Med. 1996 Oct;43(8):1213-22.
33. Atchison KA, Gift HC. Perceived oral health in a diverse sample. Adv Dent
Res. 1997 May;11(2):272-80.
34. Matthias RE, Atchison KA, Lubben JE, De-Jong F, Schweitzer SO. Factors
affecting self-ratings of oral health. J Public Health Dent. 1995;55(4):197-
204.
35. Jokovic A, Locker D. Dissatisfaction with oral health status in an older adult
population. J Oral Health Dent. 1997;57(1):40-7.
36. Tsakos G, Marcenes W, Sheiham A. The relationship between clinical
dental status and oral impacts in an elderly population. Oral Health Prev
Dent. 2004;2(3):211-20.
37. Hassel AJ, Koke U, Schmitter M, Rammelsberg P. Factors associated with
oral health-related quality of life in institutionalized elderly. Acta Odontol
Scand. 2006 Feb;64(1):9-15.
38. Gerritsen AE, Allen PF, Witter DJ, Bronkhorst EM, Creugers NH. Tooth
loss and oral health-related quality of life: a systematic review and meta-
analysis. Health Qual Life Outcomes. 2010;8:126.
35
39. Takata Y, Ansai T, Awano S, Fukuhara M, Sonoki K, Wakisaka M, et al.
Chewing ability and quality of life in an 80-year-old population. J Oral
Rehabil. 2006 May;33(5):330-4.
40. Sheiham A, Steele JG, Marcenes W, Tsakos G, Finch S, Walls AWG.
Prevalence of impacts of dental and oral disorders and their effects on
eating among older people; a national survey in Great Britain. Community
Dent Oral Epidemiol 2001;29:195-203.
41. Silva MES, Villaça EL, Magalhães CS, Ferreira EF. [Impact of tooth loss in
quality of life]. Ciência & Saúde Coletiva. 2010 2010;15(3):841-50.
42. Heydecke G, Tedesco LA, Kowalski C, Inglehart MR. Complete dentures
and oral health-related quality of life -- do coping styles matter? Community
Dent Oral Epidemiol. 2004 Aug;32(4):297-306.
43. Martins AM, Barreto SM, Pordeus IA. [Objective and subjective factors
related to self-rated oral health among the elderly]. Cad Saude Publica.
2009 Feb;25(2):421-35.
36
Table 1: Distribution of responses (%) to OHIP-14 items, mean and median scores
subscales
Conceptual domains and Questions
Never (0)/ Hardly ever (1)
Occasionally (2)
Very often (3) / Fairly often (4)
Mean (SD) Median (range)
Functional limitation 1.34 (1.90) 0 (0-8)
Trouble pronouncing words 71.8 17.9 10.3
Felt sense of taste worsened 82.7 8.1 9.1
Physical pain 2.11 (2.19) 2 (0-8)
Had painful aching in mouth 70.2 17.1 12.1
Uncomfortable to eat foods 58.7 20.0 21.2
Psycological discomfort 2.02 (2.44) 1 (0-8)
Been self-conscious 57.3 19.0 23.6
Felt tense 78.2 9.7 12.1
Physical disability 1.37 (1.99) 0 (0-8)
Diet been unsatisfactory 73.0 12.7 14.3
Had to interrupt meals 82.1 11.3 6.5
Psycological disability 1.45 (2.06) 0 (0-8)
Difficult to relax 87.7 5.2 7.1
Been a bit embarrassed 66.7 14.7 18.7
Social disability 0.43 (1.17) 0 (0-8)
Irritable with other people 92.9 3.4 3.8
Difficult doing usual jobs 93.7 3.6 2.8
Handicap 0.39 (1.19) 0 (0-8)
Felt life less satisfying 90.9 4.0 5.2
Totally unable to function 96.6 2.0 1.4
Total OHIP-14 9.10 (9.47) 6 (0-56)
37
Table 2 – Bivariate analysis of factors associated with the impact of oral health on
quality of life of elderly independent of Londrina, PR
Variables Impact
PR CI 95% P value Yes
n %
Level 1 – Sociodemographic factors Gender
Male 58 34.1 1
Female 171 51.2 1.50 (1.18-1.89) 0.001
Age
60 a 64 years 75 58.6 1
65 a 69 years 113 41.4 0.70 (0.57-0.86) 0.001
75 or over 41 39.8 0.67 (0.51-0.90) 0.007
Geography
Urban 108 46.4 1
Rural 121 44.6 0.96 (0.79-1.16) 0.702
Living arrangements
Not alone 147 44.8 1
Alone 82 46.6 1.04 (0.85-1.26) 0.702
Ethnicity
White 148 47.3 1
Non-white 81 42.4 0.89 (0.73-1.09) 0.292
Education
> 4 years 42 42.9 1
≤ 4 years 187 46.1 1.07 (0.83-1.38) 0.575
Economicl class
Upper/Upper Middle 25 30.1 1
Lower Middle/Lower 204 48.5 1.60 (1.14-2.26) 0.006
Level 2 – Oral health conditions and needs
Number of teeth
≥ 20 24 38.7 1
< 1 – 19 103 50.7 1.31 (0.93-1.84) 0.120
Edentulous 102 42.7 1.10 (0.78-1.55) 0.580
Posterior occlusal pairs
≥ 3 11 26.8 1
< 3 218 47.1 1.75 (1.04-2.93) 0.032
Use of prosthesis
No 29 38.2 1
Yes 200 46.7 1.22 (0.90-1.65) 0.191
Untreated dental caries
No 139 42.1 1
At least one 90 51.7 1.22 (1.01-1.49) 0.035
Prosthetic need
No 44 40.4 1
Yes 185 46.8 1.16 (0.90-1.49) 0.246
Level 3 - Use of dental services
Pattern of dental atttendance
Regular 6 26.1 1
Irregular 223 46.4 1.77 (0.89-3.56) 0.105
Time since last dental visit
≤ 1 year 66 48.9 1
1 year 163 44.2 0.90 (0.73-1.11) 0.337
38
Site of last dental visit Private/ agreements 167 42.9 1
Public 62 53.9 1.25 (1.02-1.54) 0.029
Reason for dental visit
Check-up, exam or clean 209 44.2 1
Pain / problem 20 64.5 1.46 (1.10-1.93) 0.008
Level 4 – Subjective conditions
Self-rating general status
Good/very good 66 34.4 1
Fair 122 51.5 1.59 (1.19-2.11) 0.001
Poor/very poor 41 54.7 1.49 (1.18-1.88) 0.001
Self-rating of oral health
Good/very good 51 25.0 1
Fair 52 40.3 1.61 (1.17-2.21) 0.003
Poor/very poor 126 73.7 2.94 (2.28-3.80) 0.000
Perception of the last query
Good 154 40.0 1
Poor 75 63.0 1.57 (1.31-1.89) 0.000
39
Table 3 – Poisson regression analysis adjusted for factors associated with the impact
of oral health on quality of life of elderly independent of Londrina, PR.
Variables PR ajusted CI 95% P value
Level 1 – Sociodemographic factors Gender
Male 1
Female 1.40 (1.11-1.77) 0.004
Age
60 a 64 years 1
65 a 69 years 0.72 (0.59-0.88) 0.001
75 or over 0.68 (0.52-0.90) 0.006
Economical class
Upper/Upper Middle 1
Lower Middle/Lower 1.58 (1.13-2.20) 0.008
Level 2 – Oral health conditions and needs
Posterior occlusal pairs
≥ 3 1
< 3 1.88 (1.13-3.14) 0.015
Untreated dental caries
No 1
At least one 1.28 (1.06-1.54) 0.010
Level 3 - Use of dental services
Reason for dental visit
Check-up, exam or clean 1
Pain / problem 1.52 (1.15-2.00) 0.003
Level 4 – Subjective conditions
Self-rating of oral health
Good/very good 1
Fair 1.48 (1.08-2.02) 0.014
Poor/very poor 2.49 (1.92-3.24) <0.001
Perception of the last query
Good 1
Poor 1.34 (1.12-1.59) 0.001
40
CONCLUSÕES
Resultados do presente estudo apontaram para múltiplos fatores impactando
negativamente na qualidade de vida dos idosos estudados: ser do gênero feminino,
estar entre os mais jovens, pertencer à classe econômica baixa, possuir menos que
três pares de dentes posteriores em oclusão, necessitar de tratamento devido à cárie
dentária, ter procurado assistência odontológica devido à dor ou algum problema e
ter percebido de forma negativa a própria saúde bucal e a atenção prestada na
última consulta odontológica. Estes achados evidenciam que além dos aspectos
clínicos, características sociodemográficas, comportamentais e de autopercepção
dos idosos devem ser levadas em consideração ao se planejar ações de promoção e
reabilitação de saúde que atendam às necessidades dos mesmos, garantindo-lhes
melhor qualidade de vida.
41
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Veras R. Population aging today: demands, challenges and innovations. Rev Saude Publica. 2009 Jun;43(3):548-54.
2. Veras R, Ramos LR, Kalache A. Crescimento da população idosa no Brasil: Transformação e conseqüências na sociedade. Rev Saúde Publica. 1987;21(3):225-33.
3. Londrina. Perfil da População Idosa de Londrina. In: Idoso SMd, editor. Londrina; 2009. p. 1-91.
4. Lima-Costa MF, Veras R. Saúde pública e envelhecimento. Cad de Saúde Pública. 2003;19(3):700-1.
5. Pereira RJ, Cotta RMM, Franceschini SdCC, Ribeiro RdCL, Sampaio RF, Priore SE, et al. Contribuição dos domínios físico, social, psicológico e ambiental para a qualidade de vida global de idosos. Revista de Psiquiatria do Rio Grande do Sul. 2006;28(1):27-38.
6. Parahyba MI, Veras R. [Socio-demographic differentials in the functional decline among the elderly in Brazil]. Cien Saude Colet. 2008 Jul-Aug;13(4):1257-64.
7. Ozkan Y, Ozcan M, Kulak Y, Kazazoglu E, Arikan A. General health, dental status and perceived dental treatment needs of an elderly population in Istanbul. Gerodontology. 2011 Mar;28(1):28-36.
8. Pinto VG. A odontologia brasileira às vésperas do ano 2000: diagnóstico e caminhos a seguir São Paulo: Editora Santos; 1993.
9. Brasil. Projeto SB Brasil 2003: condições de saúde bucal da população brasileira 2002-2003: resultados principais. In: Saúde Md, editor. Brasília: MS; 2004. p. 68.
10. Brasil. Projeto SB Brasil 2010: Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – Resultados Principais. 2011:92.
11. Federation Dentaire Internationale FDI. Global goals for oral health in the year 2000. Int Dental J 1982;32(1):74-7.
12. Moreira RDS, Nico LS, Tomita NE, Ruiz T. A saúde bucal do idoso brasileiro: revisão sistemática sobre o quadro epidemiológico e acesso aos serviços de saúde bucal. Cadernos de Saúde Pública. 2005;21(6):1665-75.
13. World Health Organization. Oral health surveys: basic methods. . 4 ed Geneva: WHO. 1997;
14. Sheiham A, Tsakos G. Oral health needs assessments. In: Pine C, Harris R, editors. Community oral health Mew Malden: Quintessence Publishing Co Limited. 2007. 59-79.
42
15. Gherunpong S, Tsakos G, Sheiham A. A sociodental approach to assessing dental needs of children: concept and models. Int J Paediatr Dent. 2006;16:81-8.
16. Esmeriz CE, Meneghim MC, Ambrosano GM. Self-perception of oral health in non-institutionalised elderly of Piracicaba city, Brazil. Gerodontology. 2011 Apr 20.
17. Matos DL, Lima-Costa MF, Guerra HL, Marcenes W. [Bambui Project: an evaluation of private, public and unionized dental services]. Rev Saude Publica. 2002 Apr;36(2):237-43.
18. Ettinger RL. Oral health needs of the elderly: an international review. Int Dent J. 1993;43:358-4.
19. Kiyak HA. Age and Culture: influences on oral health behavior. Int Dent J 1993;43(1):9-16.
20. Gilbert GH, Heft MW, Duncan RP, Ringelberg ML. Perceived need for dental care in dentate older adults. Int Dent J 1994;44(2):145-52.
21. Gilbert L. Social factors and self-assessed oral health in South Africa Community Dent Oral Epidemiol. 1994;22(1):47-51.
22. Matthias RE, Atchison KA, Lubben JE, De-Jong F, Schweitzer SO. Factors affecting self-ratings of oral health. J Public Health Dent. 1995;55(4):197-204.
23. Hobdell M, Petersen PE, Clarkson J, Johnson N. Global goals for oral health 2020. Int Dent J. 2003 Oct;53(5):285-8.
24. Sheiham A, Steele JG, Marcenes W, Tsakos G, Finch S, Walls AWG. Prevalence of impacts of dental and oral disorders and their effects on eating among older people; a national survey in Great Britain. Community Dent Oral Epidemiol 2001;29:195-203.
25. Patrick DL, Chiang YP. Measurement of health outcomes in treatment effectiveness evaluations: conceptual and methodological challenges. Med Care. 2000;38(Suppl):II-14-II-25.
26. Wong MC, Lo EC, McMillan AS. Validation of a Chinese version of the Oral Health Impact Profile (OHIP). Community Dent Oral Epidemiol. 2002 Dec;30(6):423-30.
27. Steele JG, Sanders AE, Slade GD, Allen PF, Lahti S, Nuttall N, et al. How do age and tooth loss affect oral health impacts and quality of life? A study comparing two national samples. Community Dent Oral Epidemiol. 2004 Apr;32(2):107-14.
28. Sanders AE, Slade GD, Lim S, Reisine ST. Impact of oral disease on quality of life in the US and Australian populations. Community Dent Oral Epidemiol. 2009 Apr;37(2):171-81.
43
29. Silva MES, Villaça EL, Magalhães CS, Ferreira EF. [Impact of tooth loss in quality of life]. Ciência & Saúde Coletiva. 2010;15(3):841-50.
30. Stenman U, Ahlqwist M, Bjorkelund C, Hakeberg M. Oral health-related quality of life - associations with oral health and conditions in Swedish 70-year-old individuals. Gerodontology. 2011 Jun 28.
31. Hegarty AM, McGrath C, Hodgson TA, Porter SR. Patient-centred outcome measures in oral medicine: Are they valid and reliable? . Int J Oral Maxillofac Surg. 2002;31:670-4.
32. Locker D, Slade G. Association between clinical and subjective indicators of oral health status in an older adult population. Gerodontology. 1994;11(2):108-14.
33. Jokovic A, Locker D. Dissatisfaction with oral health status in an older adult population. J Oral Health Dent. 1997;57(1):40-7.
34. Silva SRC, Fernandes RAC. Autopercepção das condições de saúde bucal por idosos. Rev Saúde Pública. 2001;35(4):349-55.
35. Martins AM, Barreto SM, Pordeus IA. [Objective and subjective factors related to self-rated oral health among the elderly]. Cad Saude Publica. 2009. 25(2):421-35.
36. Uchôa E, Firmo JA, Lima-Costa MFF, . Envelhecimento e Saúde: experiência e construção cultural In: Minayo MCS, Carlos EAC, organizadores. Antropologia, saúde e envelhecimento. Rio de Janeiro: Fiocruz. 2002:25-36.
37. Shrestha LB. Population aging in developing countries. Health Aff (Millwood). 2000 May-Jun;19(3):204-12.
38. Veras R. Em busca de uma assistência adequada à saúde do idoso: revisão da literatura e aplicação de um instrumento de detecção precoce e de previsibilidade de agravos. Cadernos de Saúde Pública. 2003;19(3):705-15.
39. Ramos LR, Veras R, Kalache A. A populational aging: a brazilian reality. Rev Saúde Publica. 1987;21(3):211-24.
40. Brasil. Envelhecimento e saúde da pessoa idosa. In: Saúde Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Basica. Brasília: MS; 2006. p. 192.
41. Roncalli AG. Levantamentos epidemiológicos em saúde bucal no Brasil. In: Peres, M. A.; Antunes, J. L. F.; editores. Epidemiologia em saúde bucal. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan;. 2006.
42. Colussi CF, Freitas SFT. Aspectos epidemiológicos da saúde bucal do idoso no Brasil. Cad Saúde Pública. 2002;18(5):1313-20.
43. Morita C, Gonini CAJ, Souza RAAR. Perfil da saúde bucal da população idosa de Londrina. In: LONDRINA. Secretaria do Idoso. A saúde do idoso de Londrina. Londrina. mmmm. 2001.
44
44. Mesas AE, Andrade SM, Cabrera MAS. Condições de saúde bucal de idosos de comunidade urbana de Londrina, Paraná. Ver Bras Epidemiol. 2006;9(4):471-80.
45. Mesas AE, Trelha CS, Azavedo MJ. Saúde bucal de idosos restritos ao domicílio: Estudo descritivo de uma demanda interdisciplinar. Physis Revista de Saúde Coletiva. 2008;18(1):61-75.
46. Caldas Júnior AF, Caldas KU, Oliveira MRM, Amorim AA, Barros PMF. O impacto do edentulismo na qualidade de vida dos idosos. Rev Ciênc Méd. 2005;14(3):229-38.
47. Sheiham A, Steele JG, Marcenes W, Finch S, Walss AWG. The relationship between oral health status and Body Mass Index among older people: a national survey of older people in Great Britain. British. Dental Journal. 2002;192:703–6.
48. Marcenes W, Steele JG, Sheiham A, Walls AWG. The relationship between dental status, food selection, nutrient intake, nutritional status, and body mass index in older people. Cad Saúde Pública. 2003;19(3):809-16.
49. Vargas AMD, Paixão HH. Perda dentária e seu significado na qualidade de vida de adultos usuários de serviço público de saúde bucal do Centro de Saúde Boa Vista, em Belo Horizonte. Ciênc Saúde Coletiva. 2005;10(4):1015-24.
50. Minayo MCS, Hartz ZMA, Buss PM. Qualidade de vida e saúde: um debate necessário. Cienc Saude Colet. 2000;5(1):7-18.
51. The Whoqol Group. The development of the World Health Organization quality of life assessment instrument (the WHOQOL). In: Orley J, Kuyken W, editors. Quality of life assessment: international perspectives. . Heidelberg: Springer Verlag;. 1994;00(00):41-60.
52. The World Health Organization quality of life assessment (WHOQOL). Soc Sci Med. 1998;46(1569-85).
53. Development of the World Health Organization WHOQOL-bref. Quality of Life assessment. The WHOQOL Group. . Psychol Med. 1998;28(00):551-8.
54. Chianca TK, Deus MR, Dourado AS, T. LA, Vianna RBC. El impacto de la salud bucal en la calidad de vida. Rev Fola/Ora. 1999;5(15):96-102
55. Atchison KA, Dolan TA. Development of geriatric oral health assessment index. Dental Educ. 1990;54(11):680-7.
56. Adulyanon S, Sheiham A, 1997: . Oral impacts on daily performances. In: Slade G ed. Measuring oral health and quality of life. . Chapel Hill: University of North Caroline. 1997:151–60.
57. Pires CPAB, Ferraz MB, Abreu MHNG. Translation into Brazilian portuguese, cultural adaptation and validation of the oral health impact profile (ohip-49).
45
Braz Oral Res. 2006;20(3):263-8.
58. Slade GD. Derivation and validation of a short-form oral health impact profile. Community Dent Oral Epidemiol. 1997 Aug;25(4):284-90.
59. Slade GD, Spencer AJ. Development and evaluation of the Oral Health Impact Profile. Community Dent Health. 1994 Mar;11(1):3-11.
60. Broder HL, Slade G, Caine R, Reisine S. Perceived Impact of Oral Health Conditions Among Minority Adolescents. J Public Health Dent 2000;60(3):189-91.
61. Oliveira BH, Nadanovsky P. Psychometric properties of the Brazilian version of the Oral Health Impact Profile-short form. Community Dent Oral Epidemiol. 2005 Aug;33(4):307-14.
62. Kim HY, Jang MS, Chung CP, Paik DI, Park YD, Patton LL, et al. Chewing function impacts oral health-related quality of life among institutionalized and community-dwelling Korean elders. Community Dent Oral Epidemiol. 2009 Oct;37(5):468-76.
52
Termo de consentimento livre e esclarecido para participação na pesquisa intititulada “ DE IDOSOS FISICAMENTE INDEPENDENTES DO
MUNICÍPIO DE LONDRINA/PR” (de acordo com a Resolução 196 de 10/10/1996 do Conselho Nacional de Saúde).
Eu,_______________________________________________________________________, RG nº __________________________ livremente, consinto
em participar da pesquisa “ DE IDOSOS FISICAMENTE INDEPENDENTES DO MUNICÍPIO Londrina/PR” sob responsabilidade do
professor , docente da Universidade do Paraná, localizada à Av. Paris, 675, Jardim Piza, Londrina/PR.
Objetivo da pesquisa:
Este estudo pretende de idosos independentes do munícipio de Londrina/PR,.
Procedimentos que serão necessários:
A pesquisa será conduzida da seguinte maneira:
a)
inicialmente será realizada uma entrevista estruturada com o objetivo de obter informações sobre perfil sociodemográfico, capacidade cognitiva, uso
de medicamentos, consumo alimentar entre outros;
b)
será necessário coletar uma pequena quantidade de sangue em jejum para realizar exames de sangue;
Esclarecemos que o risco decorrente da sua participação é o mesmo de procedimentos rotineiros de coleta de sangue, ou seja, não haverá nenhum risco
porque será utilizado material descartável e as pessoas são totalmente treinadas para realizar esta tarefa.
c)
será realizado um exame físico, denominado de bioimpedância, que tem por objetivo medir a massa gorda e magra. Será necessário estar de jejum
por pelo menos 5 horas. E também não há nenhum risco a sua saúde.
d)
será necessário coletar urina de 24 horas. O recipiente será fornecido pelos pesquisadores e esses orientarão o procedimento de coleta que será
realizado em sua residência. Não há nenhum risco a sua saúde durante a coleta.
e)
serão necessários aferir o peso, a altura, circunferências do braço, panturrilha, cintura. Estes procedimentos não causam nenhum dano físico e nem
mental.
f)
Será necessário submeter-se a alguns testes físicos para avaliar a capcidade funcional, de exercício e atividade físcia diária. Estes procedimentos não
causam nenhum dano físico e nem mental.
g)
Privacidade:
Os dados individualizados serão confidenciais. Os resultados coletivos serão divulgados apenas em eventos e revistas meios científicos e não é possível a
sua identificação.
Benefícios:
As informações obtidas nesta pesquisa poderão ser úteis cientificamente e de ajuda para todos, porém não receberei nenhuma compensação financeira por
participar deste estudo.
Riscos:
Não haverá nenhum risco para a minha integridade física, mental ou moral por participar desta pesquisa.
Desistência:
Poderei desistir a qualquer momento deste estudo, sem qualquer conseqüência para mim.
O(a) senhor(a) tem o direito de pedir outros esclarecimentos sobre a pesquisa que considerar necessário e de se recusar a participar ou interromper a sua
participação a qualquer momento, sem que isso lhe traga qualquer prejuízo.
Contato com os pesquisadores:
Caso haja necessidade de esclarecimento de dúvidas ou reclamações ligue para o Centro de Pesquisa em Saúde da UNOPAR, (43) 3371-7 , nos
seguintes horários: 8h:00min. às 12h:00min. e das 14h:00min às 17h:00min.
Declaro estar ciente das informações deste termo de consentimento livre e esclarecido e concordo em participar desta pesquisa.
________________________________
Assinatura do entrevistado
54
OHIP – 14 ( Oral Health Impact Profile)
Questão Nunca Raramente (quase nunca)
Às vezes (ocasionalmente)
Repetidamente (muitas vezes)
Sempre
1 Você teve problema para pronunciar alguma palavra por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
2 Você sentiu que sua capacidade de sentir o gosto dos alimentos piorou por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
3 Você teve alguma dor em sua boca/ dentes?
0 1 2 3 4
4 Você sentiu dificuldade (desconforto/ dor) para comer alguma comida por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
5 Você se sentiu preocupado por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
6 Você se sentiu nervoso ou irritado (tenso) por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
7 Sua alimentação foi insatisfatória (precária, prejudicada) por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
8 Você interrompeu suas refeições por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
9 Você sentiu dificuldades para relaxar por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
10 Você ficou envergonhado por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura? Sentiu vergonha de sorrir ou falar?
0 1 2 3 4
11 Você ficou irritado com outras pessoas por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
12 Você sentiu dificuldade em realizar suas atividades habituais( estudar, trabalhar, passear, se divertir) por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
13 Você sentiu, no geral, que a vida é menos satisfatória por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
14 Você esteve totalmente incapaz de realizar suas atividades habituais por causa de problemas em seus dentes, boca ou dentadura?
0 1 2 3 4
56 59
FICHA DE EXAME – CONDIÇÕES BUCAIS
INFORMAÇÕES GERAIS
NO. IDENTIFICAÇÃO :__________
NOME:____________________________
IDADE: SEXO: 1.MASC 2.FEM
CÁRIE DENTÁRIA E NECESSIDADE DE TRATAMENTO
COROA
RAIZ TRAT. COROA RAIZ TRAT
EDENTULISMO USO DE PRÓTESE NECESSIDADE DE PRÓTESE SUP. INF. SUP. INF. TEMPO DE USO:_
SUP:___________
INF:____________
___
CONDIÇÃO PERIODONTAL CPI
17/16 11 26/27 17/16 11 26/27 17/16 11 26/27
47/46 31 36/37 47/46 31 36/37 47/46 31 36/37
PIP
17/16 11 26/2 47/46 31 36/37
18 17 16 15 14 13 12 11 21 22 23 24 25 26 27 28
48 47 46 45 44 43 42 41 31 32 33 34 35 36 37 38
DATA: ___/___/____
EXAMINADOR:____________
ANOTADOR:______________
SANGRAMENTO
GENGIVAL CÁLCULO
DENTÁRIO BOLSA
PERIODONTAL
58
INFORMAÇÕES SÓCIO-DEMOGRÁFICAS
IDENTIFICAÇÃO Nome: ______________________________________________________________________ Gênero: ( ) 1-M ( ) 2-F
Idade: ________anos. Data de nascimento: ____/____/____ Cor: ( ) 1.branca ( ) 2.negra ( ) 3.parda ( ) 4.amarela
Nacionalidade: ______________ Naturalidade: ____________ Religião: ________________ RG: _____________________________________ Situação legal conjugal: ( ) solteiro ( ) casado ( )separado/ divorciado ( )viúvo Co-habitação atual: ( ) com companheiro ( ) sem companheiro Procedência: ( ) rural ( ) urbana. Tempo de residência em Londrina: ____________anos. Endereço residencial: __________________________________________________________ Contato familiar: Nome: ________________________________________________________ Grau de parentesco: _______________________________ Telefone: ____________________
Peso corporal: _________________ Estatura corporal: ___________________
CLASSIFICAÇÃO ECONÔMICA Quantidade de Itens
0 1 2 3
4 ou +
Televisão em cores 0 1 2 3 4
Rádio 0 1 2 3 4
Banheiro 0 4 5 6 7
Automóvel 0 4 7 9 9
Empregada mensalista 0 3 4 4 4
Máquina de lavar 0 2 2 2 2
Videocassete ou dvd 0 2 2 2 2
Geladeira 0 4 4 4 4
Freezer (aparelho independente ou parte da geladeira duplex)
0 2 2 2 2
GRAU DE INSTRUÇÃO DO CHEFE DA FAMÍLIA
Analfabeto / Primário incompleto Analfabeto / até 3ª série fundamental
0
Primário completo / Ginasial incompleto
Até 4ª série fundamental 1
Ginasial completo / Colegial incompleto
Fundamental completo 2
Formulário no. __________ Data: _____/_____/_____ UBS:_________________ Região:______________ Avaliador:____________
59
Colegial completo / Superior incompleto
Médio completo 4
Superior completo Superior completo 8
TOTAL DE PONTOS = _____________________
CLASSES:
A1= 42-43
A2= 35-41
B1 29-34
B2=23-28
C1=18-22
C2=14-17
D=8-13 E=0-7
DADOS SOCIAIS
Você sai de casa? ( ) sim ( ) não Freqüência: ____________________________
Quais lugares costuma freqüentar?________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Você usufrui de algum dos seguintes benefícios sociais?
Vacinas ( ) Passe livre ( ) Outros ( )
Medicamentos() Transporte ( )
CONDIÇÃO REFERIDA DE SAÚDE
Percepção de saúde
1 – Boa ( ) 2 – Regular ( ) 3.- Ruim ( ) 4 – Muito ruim ( )
Quão satisfeito(a) você está com sua vida sexual? ( ) muito insatisfeito ( ) insatisfeito ( ) nem satisfeito/ nem insatisfeito ( ) satisfeito ( ) muito satisfeito
MEDO DE QUEDAS
Você tem medo de cair? ( ) sempre ( ) às vezes ( ) nunca Para respostas “sempre” e “às vezes”. Qual o motivo? ________________________________________________________
Você sofreu algum episódio de quedas nos últimos 12 meses? ( ) sim ( ) não Trouxe conseqüências para a sua saúde? ( ) não ( ) sim. Qual(is): ________________________________________